Post on 22-Jan-2018
Encontros Brasil, África:
Religiosidade e Hibridismo
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
Ementa: Religiões de matriz africana no Brasil, os significados e os sentidos dos orixás, processo de hibridismo, constituição de identidades África/Brasil.
Prof. Msc. Francisco Alfredo Braun Neto
ÁFRICA ANTES DOS EUROPEUS (SEC. XV)
GRUPOS ÉTNICOS NO CONTINENTE AFRICANO
Tráfico de Escravos para a América e a Diáspora Africana
Rota do tráfico de escravos entre 1500-1866. Disponível em:
http://www.slavevoyages.org/tast/assessment/intro-maps/01.jsp
Regiões ligadas ao tráfico de escravos. Disponível em:
http://www.slavevoyages.org/tast/assessment/intro-maps/05.jsp
Países envolvidos no tráfico. Disponível em:
http://www.slavevoyages.org/tast/assessment/intro-maps/05.jsp
Estimativa do Tráfico de escravos para a América
Escravos deslocados para a América entre 1500-1866. Disponível em:
http://www.slavevoyages.org/tast/assessment/estimates.faces
África : Panteão dos Orixás
Olorum
Orixá maior, senhor do universo e de todos os orixás.
OxaláObatalá, como também é conhecido, foi o filho escolhido por Olorum para comandar a criação e a povoação do Aiê. Para procriar teve que se materializar aqui sendo conhecido por Oxalá.
Nanã
Nanã é a deusa das chuvas, senhora da morte, e responsável pelo portais de entrada (reencarnação) e saída (desencarne).Senhora das doenças cancerígenas, está sempre ao lado do seu filho Omulu. Protetora dos idosos, desabrigados, doentes e deficientes visuais.
IemanjáIemanjá foi escolhida pelos orixás para sera mãe de todos (simbolicamente), por issotodas as nações a veneram, estendendo otitulo para mãe de todos os mortaistambém.Com sua pureza e sabedoria, predominanos lares, para que haja a paz espiritual,ameniza as dores e sofrimento dasmulheres na hora do parto.
Omulu, Exumarê, Euá e OssãeElegbará, Ogum e Xangô
Elegbará
Filho de Oxalá com Iemanjá e irmão gêmeo de Ogum, Elegbará sempre aprontava para chamar a atenção, devido seu ciúme.
É aquele que vive no plano intermediário entre Orum e o Aiê.Ele é o protetor dos aventureiros, jogadores e todos aqueles que gostam de viver.
Ogum
Ogum é o guerreiro, general destemido e estratégico, é aquele que veio para ser o vencedor das grandes batalhas, o desbravador que busca a evolução.Defensor dos desamparados, Ogum andava pelo mundo comprando a causa dos indefesos, sempre muito justo e benevolente. Ele era o ferreiro dos orixás, senhor das armas e dono das estradas.
Iansã
Logum Edé
Iansã: Senhora do fogo, dos raios e da guerra, é ela quem traz as tempestades e a ventania para varrer a maldade humana da face da Terra. Iansã andava pelo mundo se aventurado, onde quer que ela soubesse haver algo impossível para se fazer, lá estava ela se propondo a obter mais uma conquista.
Logum Edé
Orixá multifacetado, príncipe da
herança, da floresta, da guerra e da
vaidade, pois é filho de quatro orixás,
Ogum, Iansã, Oxossê e Oxum,
comandando assim junto com todos.
Obá: é Filha de Afefé com Iroco e irmã gêmea de Iansã, e a senhora das estrelas e encarregada de mandar luminosidade para aureolar os seres na Terra.
Oxum: Dona de suprema beleza, dotada de grande vidência, Oxum vive nas cachoeiras e rios cantando e admirando-se em seu espelho.
OxossêOxossê, o caçador invencível, com sua flecha conseguiu vencer Adja Odum Aini, trazendo a prosperidade, tornando-se assim o rei de Ketu.
Os Orixás segundo a tradição Ketu
Os reinos de Ketu e Jeje tiveram pouca intervenção do catolicismo, o
que os diferencia dos africanos de Angola e Congo.
Nas casas de Candomblé da tradição Ketu é utilizado o idioma, iorubá.
Nas casas de Candomblé da tradição Jeje é utilizado o idioma Fon.
Nas casas de Angola o idioma é kimbundo.
Os Orixás são as energias primais da natureza.
Energia eólica dos ventos, energia telúrica da terra, e a
energia térmica do fogo.
São os ancestrais divinizados.
Algumas representações dos orixás:
Oyá (oxigênio) Oyá Onira é o primeiro suspiro da criança.
Oyá Igbalê é o último suspiro.
Ogum (ferro) X Oyá (oxigênio) = Ferrugem.
Referências:
ISAIA, Arthur Cesar, MANOEL, Ivan Aparecido (Org.)
Espiritismo e religiões afro-brasileiras: história e
ciências sociais. São Paulo: Unesp, 2012.
RAMOS, Eurico. Revendo o Candomblé: respostas as
mais frequentes perguntas sobre religião. Rio de janeiro:
Mauad, 2011.
ROCHA, Agenor Miranda. As Nações Kêtu: origens, ritos
e crenças: os candomblés antigos do Rio de Janeiro. Rio
de Janeiro: mauad, 2000.
SILVA, Vagner Gonçalves da. Candomblé e Umbanda:
caminhos da devoção brasileira. São Paulo: Selo Negro,
2005.
Referências:
GRIN, Monica. “Raça” – Debate Público no Brasil. Rio
de Janeiro: mauad/faperj, 2010.
HEYWOOD, Linda M. Diáspora Negra no Brasil. São
Paulo: Contexto, 2013.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças:
cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-
1930. São Paulo: Cia das Letras, 2010.