Enf. Vera Lúcia Borrasca Coordenadora de Segurança ... · CIRURGIA SEGURA: APLICAÇÃO E...

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CIRURGIA SEGURA:

APLICAÇÃO E DIFICULDADES ENFRENTADAS

Enf. Vera Lúcia Borrasca Coordenadora de Segurança Assistencial

vera.lucia@hsl.org.br

JCI – eventos sentinelas de notificação

Segurança em cirurgia - Problemas sistemáticos que causam dano aos pacientes

Dano ao paciente

Defesas Procedimentos

Barreiras físicas

Treinamento

Cultura

Lacunas

Falta de protocolos ou checagens, não seguimento a

protocolos

Falta de compreensão ou materiais inadequados

Conhecimento inadequado ou falta de treinamento

Falta de clareza da liderança, falta de trabalho em equipe

David W. Bates, MD 2000

DIRETORIA TÉCNICA HOSPITALAR

Campanha OMS - Cirurgia segura salva vidas!

Estimativas da OMS: 7.000.000 de complicações de cirurgias por ano! 1.000.000 de óbitos durante ou imediatamente após uma cirurgia Cuidados simples, como a checagem clínica do doente, do órgão a ser operado e se os equipamentos ou materiais estão disponíveis podem ser a diferença entre o sucesso de uma cirurgia e o início de uma sequência de “tragédias”

ANVISA

A Surgical Safety Checklist to Reduce Morbidity and Mortality in a Global Population. N Engl J Med 2009;360:491-9

8 hospitais (Canadá, Inglaterra, EUA, Índia, Nova Zelândia, Filipinas e Tanzânia)

3900 pacientes

Período pré

Período pós

Taxa de mortalidade

1,5% 0,8% P=0,003

Complicações pós operatórias

11% 7% P<0,001

SSI 6.2% 3.4% <0.001

Haynes et al.. New England Journal of Medicine 360:491-9. (2009)

Por que pilotos de aeronaves fazem

checklist e cirurgiões não aderem?

Resposta:

Se o avião cair, o piloto morre junto!!!

Hospital Sírio Libanês

• Instituição privada

• Filantrópica

• Alta complexidade

• 356 leitos (93 leitos críticos)

• 17 salas de cirurgia

• 1300 cirurgias; 1900 procedimentos

• Excelência e pioneirismo: missão e valores

• Certificada pela Joint Commission International (JCI)

Hospital Sírio Libanês

Estratégia Institucional

Segurança da assistência prestada

Programa de segurança

Eventos adversos Avaliação de risco

Programa “Cirurgia Segura” - HSL Pré internação: Planejamento da agenda cirúrgica e recursos – distribuição de salas e horários Planejamento da necessidade de equipamentos e materiais – 24/48h para

procedimentos eletivos

Pós internação: • Identificação e sinalização: paciente, procedimento e local certo – concordância na

identificação do paciente (pulseira), do prontuário, agenda cirúrgica, sala cirúrgica e equipe médica

– Antes do encaminhamento – Antes do início da cirurgia

• “Time out”: antes da indução anestésica e antes da incisão

Pós procedimento: • Conferir compressas e peças para diagnóstico no final do procedimento • Garantir registros adequados - antes do paciente sair da sala • Garantir encaminhamento adequado de peças cirúrgicas

CHECK IN

Check List de encaminhamento Pré-operatório

CHECK IN Entrada do Centro Cirúrgico

CHECK IN

Demarcação cirúrgica: ato médico

TIME OUT

Incisão

horas

Taxa d

e I

nfe

cção

Classen et al. NEJM, 1992

Momento início profilaxia e risco de infecção ferida cirúrgica

horas N Inf % RR

-24 a -2 369 3,8 6,7*

-2 a 0 1708 0,6 1

0 a 3 282 1,4 2,4

> 3 h 488 3,3 5,8*

2847cirurgias limpas ou potencialmente contaminadas

Taxa infecção = 0,6 %

con

cen

tra

ção

MIC

tecido

soro

incisão

ATB EV nos 60 min prévios à incisão

a

b

tempo

Período

Vulnerável

(ferida

aberta)

Princípios da Antibioticoprofilaxia Cirúrgica

Protocolo ATM profilático

Protocolo ATM profilático

PacienteInterna

Unidade de Internação:

Preparo para Sala de Operação

Admissão

Tricotomia se necessária

Banho com antisséptico

Jejum

Exames

Visita pré- operatória do anestesista

Suprimentos:

Abastece os carros de medicação anestésica,

com os ATM

definidos no protocolo

Induz

anestesia

Anestesista no

Centro CirúrgicoSe não houver prescrição de

profilaxia, sugere ATM de acordo

com protocolo institucional

De acordo com o Cirurgião, o

Anestesista prescreve, prepara e administra o ATM

na indução anestésica

Repete doses do ATM de 2/2h (cefalotina/cefoxitina) ou

4/4h cefazolina/cefuroxime) ou

de acordo com tabela 1

Avaliação do uso de ATM profilático Cirurgia Cardíaca

Trimestre cirurgia n ATB correto ATB

<60 min

Suspenção

em até 48 h

Nov 2011- jan

2012 revasc 22 100% 59 % 91%

Fev – abril 2012 revasc 24 100% 54 % 79 %

Maio-junho 2012 revasc

18 100% 50% 100%

Nov 2011- jan

2012 Troca válvula 4 100% 50 % 100 %

Fev – abril 2012 Troca válvula 11 91% 73 % 45 %

Maio –junho

2012 Troca válvula 6 100% 50% 100%

Avaliação do uso de ATM profilático Cirurgia Ortopédica

Trimestre cirurgia n ATB correto ATB

<60 min

Suspensão

em até 48 h

Nov 2011- jan

2012 Artroplastia

de quadril

31 77% 68 % 23%

Fev – abril 2012 Artroplastia

de quadril

28 89% 54 % 18 %

Maio-junho 2012 Artroplastia

de quadril

16 94% 62% 37%

Nov 2011- jan

2012 Artroplastia

de joelho

4 100% 75 % 75 %

Fev – abril 2012 Artroplastia

de joelho

12 100% 67 % 25 %

Maio –junho

2012 Artroplastia

de joelho

8 100% 100% 12%

Uso de Medicamentos em CC

Prontidão: disponibilidade

Segurança: 5 certos (paciente, droga, dose, via, hora)

Rastreabilidade: investigação de eventos adversos

Conscientização: inter e transdisciplinaridade; comunicação

O quê garante a Segurança?

• Qualificação técnica de fornecedores;

• Seleção de medicamentos (Comissão de Farmácia e Terapêutica);

• Gestão dos suprimentos;

• Identificação dos medicamentos;

• Central de Informação de Medicamentos (CIM);

• Forma de solicitação;

• Modelo de distribuição e dispensação;

• Protocolos terapêuticos;

• Preparo e administração;

• Seguimento farmacoterapêutico;

• Monitoramento dos reais e potenciais eventos adversos a medicamentos;

• Orientação multiprofissional...

O quê garante a Segurança?

Padronização: segurança e prontidão

Identificação Identificação

Drogas de alta vigilância

Drogas “semelhantes”

KIT ANESTESIA GERAL SERVIÇO DE FARMÁCIA.

BARREIRAS DE SEGURANÇA

1ª Barreira de Segurança: Avaliação Farmacêutica

Farmacêutico na CEFACLIN realiza avaliação da prescrição médica e transcrições no sistema, ou seja,

verifica dose, diluente, via de administração, frequência, posologia, interações e orientações

específicas.

2ª Barreira de Segurança

Outro profissional da Farmácia checa cada medicamento com a solicitação através

da leitura do código de barras.

3ª Barreira de Segurança: Preparo da medicação

pela equipe de enfermagem, com 3 leituras da prescrição médica

MANUAL

O profissional confere a prescrição do

ADEP com a prescrição original.

INFORMATIZADO

4ª Barreira de Segurança: Duplo Check

Tem por objetivo a conferência do medicamento já preparado com a prescrição.

O profissional que administra confere os

medicamentos preparados, um a um, com a prescrição

médica coloca as iniciais ao lado do horário e no verso

da prescrição junto com o carimbo.

O profissional, dentro do quarto do paciente,entra no ADEP e bipa

os medicamentos, um a um, e o sistema irá realizar o duplo check.

INFORMATIZADO MANUAL

5ª Barreira de Segurança:

Checagem com a pulseira do paciente

O profissional confere a etiqueta com a pulseira do

paciente.

O profissional bipa a pulseira do paciente e bipa seu

crachá ou digita sua senha. Automaticamente o

medicamento estará checado no sistema.

O profissional administra o medicamento

Checa a prescrição impressa

INFORMATIZADO MANUAL

O profissional confere a etiqueta com a pulseira do

paciente.

Taxa de administração de medicamento com checagem eletrônica

66,9

0%

54,0% 62,0%

66,0%

74,0%

82,0% 82,0% 81,0% 83,0% 83,0%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

Média2010

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Meta

2011

2010

Gestão de suprimentos

Kits padronizados com código de barra – produto

Identificação de eventos adversos

Uso de Medicamento - CC

rastreabilidade

CHECK OUT

Cirurgia Segura - Avaliação de Risco

Pareto: fases do processo

Jul/2011

0

500

1000

1500

2000

2500

Trans operatório Pré-operatório

(UI)

Agendamento Admissão HSL Transporte para

CC

Recuperação

anestésica (RA)

Alta da RA

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

Cirurgia Segura - Avaliação de Risco

Pareto: fase intra-operatória

Jul/2011

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

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20%

40%

60%

80%

100%

120%

Cirurgia Segura - Avaliação de Risco

Pareto: fases do processo

Reavaliação Jan/2012

1116

0

500

1000

1500

2000

2500

Trans operatório Pré-operatório

(UI)

Agendamento Admissão HSL Transporte para

CC

Recuperação

anestésica (RA)

Alta da RA

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

Cirurgia Segura - Avaliação de Risco

Pareto: fase intra-operatória

Reavaliação Jan/2012

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

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Prevenção de Infecção do Local Cirúrgico

Análise de Risco (FMEA) - falhas

Revisão 2011

0

20

40

60

80

100

120

140

160

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Meta 4:

Incidência de pac. com demarcação de lateralidade pré CC

Meta: 100%

Meta: 100%

Meta 4:

Taxa de realização de “time out” no Centro Cirúrgico

Ações - Programa de Melhoria da Qualidade e Segurança do Paciente (Meta 4)

Análise causal

Cultura de Segurança - institucional

Plano de Ação

(PDCA)

Comunicação

Família e paciente

Evento adverso

(classificação)

Avaliação pró-ativa de risco

Indivíduo e Processo

barreira barreira barreira

Divulgação

Convite!

Obrigada!

Enf. Vera Lúcia Borrasca Coordenadora de Segurança Assistencial

CCIH e Risco – HSL vera.lucia@hsl.org.br