ENID - OFICINA SOBRE JOGOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE HISTÓRIA

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ENSINO DE HISTÓRIA E PRODUÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS

Auricélia Lopes Pereira (UEPB); Juliana Karol de Oliveira Falcão (UEPB); Juliana Nascimento de Almeida (UEPB); Tissiane Emanuela A. Gomes

(UEPB); Ítalo P. de Sousa (UEPB); Leonardo L. de Sousa (UEPB).

Aspectos conceituaisTissiane Emanuela A. Gomes (UEPB)

O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida quotidiana (HUIZINGA, 2000, p. 30).

Breve HistóricoJuliana Nascimento de Almeida (UEPB)

“O jogo é um fenômeno antropológico que se deve considerar no estudo do ser humano. É uma constante em todas as civilizações, esteve unido a cultura dos povos, a sua história, ao mágico, ao sagrado, ao amor, a arte, a língua, a literatura, aos costumes, a guerra. O jogo serviu de vinculo entre povos, é facilitador da comunicação entre os seres Humanos.” ( MURCIA,2005, p.9)

OS JOGOS SÃO DOTADOS DE HISTORICIDADE.

Tão antigos quanto o próprio ser humano, estão inseridos no cotidiano e nas práticas humanas desde os tempos Antigos.

E logo refletem os discursos e valores pregados por uma dada sociedade.

Será que os jogos foram sempre vistos por uma mesma ótica?Na Grécia Antiga; Aristóteles enfatiza o jogo enquanto algo que auxilia no preparo para a vida adulta.

Ao longo da Idade Média; o interesse pelo jogo decresce, sobretudo quanto a sua incorporação no ensino.

Já no que diz respeito ao século XVI, época do Renascimento o jogo deixa de ser objeto de reprovação oficial.

Século XVI; surgem também os jogos educativos sobe a influencias de Ignácio de Loyola.

Os jogos didáticos no tempo presente:

Vem sendo cada vez mais incorporados no Ensino, sobretudo, no Ensino de História.

Entretanto ainda enfrenta pré-conceitos.

O JOGO ENQUANTO RECURSO DIDÁTICOTissiane Emanuela A. Gomes (UEPB)

DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES QUE FACILITAM A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS:

Interesse: o aspecto “desafiador” do jogo;

Motivação: transformação do conteúdo em vivência, papel ativo do aluno;

Interação: relação dos indivíduos com os outros, reconhecimento do outro;

Capacidade crítica e socialização do conhecimento: apropriação do que vem do outro, expor e ouvir opiniões;

Autoconfiança e autoestima: exposição de opiniões, pensamentos e etc.;

Curiosidade e concentração: para entender o mecanismo do jogo e executar jogadas.

Sugestões de referênciasTissiane Emanuela A. Gomes (UEPB)Juliana Nascimento de Almeida (UEPB)

BITENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: Fundamentos e Métodos. São Paulo: Cortez Editora, 2005.

FORTUNA, T. R. Sala de aula é lugar de brincar?. In: XAVIER, M. L. M.; DALLA ZEN, M. I. H. (org). Planejamento em destaque: análises menos convencionais. Porto Alegre: Mediação, 2000. (Caderno de Educação Básica, 6) p. 147-164.

GIACOMONI, Marcello Paniz; PEREIRA, Nilton Mullet (org.). Jogos e ensino de História. Porto Alegre: Evangraf, 2013.

HUIZINGA, Johan. Homo Ludens. Tradução: João Paulo Monteiro. São Paulo: Editora Perspectiva, 2000.

ARRIÈS, Philippe. Historia Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro: Guanabara,1981.

MURCIA, Juan Antônio Moreno(org.). Aprendizagem através do jogo. Porto Alegre: Artmed, 2005.

KISHIMOTO, Tizukomorchida (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação.3º Edição, SP: Cortez 1999.

Experiências com Jogos Didáticos em sala de aulaTissiane Emanuela A. Gomes (UEPB)Juliana Nascimento de Almeida (UEPB)Juliana Karol de Oliveira Falcão (UEPB)

Jogo didático “Perfil Histórico” Tissiane Emanuela A. Gomes (UEPB)

APRESENTAÇÃO   Jogo de tabuleiro baseado em um jogo

já existente e conhecido por muitos alunos;

Aborda três conteúdos: Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa e Crise do Liberalismo;

Revisão e compreensão dos conteúdos.

OBJETIVO

Descobrir o conteúdo das cartas para alcançar o espaço marcado “chegada”.

COMPONENTES: 1 tabuleiro; 5 peões; 30 cartas; Cada carta: assunto, “resposta”, categoria, 5

dicas misturadas a 5 instruções; Instruções: “Perca sua vez”; “Avance (ou volte)

‘X’ espaços”; “Um palpite a qualquer hora”; “Escolha uma equipe para avançar ou voltar ‘X’ espaços”;

As casas do tabuleiro marcadas com o símbolo “?”.

COMO FUNCIONA?

1) O mediador revela o assunto e categoria da carta;2) A equipe da vez escolhe um número de 1 a 10; 3) Palpite sobre a identidade da carta;4) A equipe opta por não dar o palpite;5) A equipe acerta o palpite:

APÓS ACERTAR COM

NÚMERO DE CASAS

1 DICA 102 DICAS 83 DICAS 64 DICAS 45 DICAS 2

6) Outra carta e outra rodada;7) A equipe erra o palpite: a vez de jogar passa para a próxima equipe.

O verdadeiro ou falso da históriaTissiane Emanuela A. Gomes (UEPB)

APRESENTAÇÃO   Jogo baseado em ideias já

existentes; Aborda três conteúdos: Fascismo,

Nazismo, Segunda Guerra Mundial; Revisão e compreensão dos

conteúdos.

OBJETIVO

Perceber se as afirmativas sobre os conteúdos estudados são verdadeiras ou falsas.

COMPONENTES:

Fitas de três cores diferentes para demarcação das equipes;

Sequência de 60 afirmações; 3 placas:“verdadeiro” ou “falso”.

COMO FUNCIONA?

1) Divisão da turma em três equipes;2) Equipes organizadas em fila; 3) O primeiro jogador de cada fila levanta a placa;4) O aluno acerta;5) O aluno erra;6) Eliminação dos integrantes das equipes: a equipe “restante” é a vencedora.

Juliana Nascimento de Almeida (UEPB)

JOGO DA MEMÓRIA “RENASCENTISTA”

APRESENTAÇÃO Tendo como suporte para montagem o

Software Microsoft Power Point. O Jogo visa salientar a importância das obras de arte e seus criadores, enquanto enunciadores de discursos do pensamento humanista.

Aplicado no 7ºano do Ensino Fundamental da E.E.E.F.M. Argemiro de Figueiredo.

OBJETIVOS DO JOGO Utilização da imagem enquanto fonte

histórica. O inserir do aluno nos contexto históricos

através da reflexão e interpretação. O despertar de noções de coletividade

“O ARTEDÓ”

O “Artedó” foi pensado levando em consideração os mecanismos que regem o jogo de Dominó, entretanto, no caso em questão, um Dominó onde os números foram substituídos por obras de arte.

Para jogar os alunos deviam ligar o autor a obra, ou as obras que possuíssem o mesmo pintor.

Em ambos os jogos houve uma pequena competição, a turma foi separada em dois grupos.

FONTE: ARQUIVO PIBID, 2014. Jogo aplicado na E.E.E.F.M.

Argemiro de Figueiredo

Resultados alcançados:

Diminuição do número de evasão as sala de aula, envolvimento da turma. O “rachar” dos muros da timidez. O levantar da auto estima do aluno.Observação da capacidade interpretação dos discursos presentes nas obras. Despertar para o trabalho em equipe.

Resignificar o ensino é preciso, é um processo continuo, é o ato de não

acomodar-se.

For WestJuliana Karol de Oliveira Falcão (UEPB)

MATERIAIS NECESSÁRIOS:

EVAS AZUIS; 2EVAS VERMELHOS; 2

EVA CINZA; 1EVA LILÁS; 1

COLA DE ISOPOR; 1 OU MAISISOPOR; 1

COLA COLORIDA (COR DE PREFERENCIA). 1

TESOURA 1 OU MAIS

For West é um jogo produzido com o objetivo de ensinar sobre a conquista do Oeste dos Estados Unidos de forma dinâmica.

O jogo trata-se de um caminho com várias casas, em algumas casas tem perguntas em outras não. Os participantes avançam as casas através do resultado que obtém com a ajuda dos dados. Se por um acaso o participante parar em cima de uma casa que contêm pergunta ele tem direito de escolher se vai ou não responder. Se ele passar a pergunta pra outro participante e ele responder de forma correta, o que acertou avançará as casas e o que passou a pergunta voltará casas.

É o eloquente e meticuloso relato da destruição sistemática dos índios da América do Norte;

Registros oficiais, autobiografias, depoimentos e descrições de primeira mão.

Dee Brown – um dos maiores especialistas em história norte-americana da atualidade – tornou-se rapidamente um divisor de águas da maneira de se pensar a conquista do Velho Oeste;

Propondo uma visão totalmente diferente dos heroicos e falaciosos filmes de faroeste;

Foi traduzido para dezessete línguas e vendeu quatro milhões de cópias, tornando-se o livro número 1 sobre a conquista do Velho Oeste e a história do extermínio dos pele-vermelha.

Uma obra que merece ser relida sob as conjunturas atuais, por lembrar sobre o alto custo e os baixos escrúpulos envolvidos nos chamados processos civilizatórios que forjaram o dito mundo desenvolvido de hoje.

Durante a atividade os alunos demostraram querer participar a todo o momento, logo também demostraram uma preocupação sobre o andamento da realização da apresentação, pois queriam que a mesma fosse perfeita e quando aparecia algum aluno querendo “atrapalhar” o seu desenvolvimento eles ficavam levemente irritados.

CONCLUSÃO DO FOR WEST No emprego dessa atividade, podemos

notar um maior interesse por parte dos alunos em conhecer o conteúdo e participar das aulas, além de uma melhor recepção da disciplina de História.

Foi percebido um aumento na autoestima intelectual dos educados, proporcionando a perda do medo de responder as indagações feitas durante as aulas pelo professor.

Em suma, a aplicação do jogo For West foi um sucesso em vários âmbitos de conhecimento educacional, pois além de produzir saber, ele também foi à porta aberta para fazer com que os alunos pudessem ir mais longe, simplesmente, por uma característica adicionada a eles, após um trabalho bem feito e reconhecido.

Cold WarJuliana Karol de Oliveira Falcão (UEPB)

Role playing game e as suas práticas no ensino de históriaÍtalo P. de Sousa (UEPB)

ROLE-PLAYING GAME (RPG)

Jogo de interpretação de personagens;

Vários sistemas (D&D, AD&D, GURPS, 3d&T);

O mestre e os jogadores;

AS REGRAS O ambiente; Os personagens; Os testes (combates e

obstáculos); Os turnos; NPC’s .

A CONSTRUÇÃO DO PERSONAGEM

Atributos;Vantagens;Desvantagens;Perícias.

A MESA

RPG COMO PRÁTICA DE ENSINO

COMO FAZER? Limitação do recurso didático; A divisão da sala quanto os personagens; A ambientalização; A narrativa; Adaptações de regras; Sistema recomendado; Em relação a violência presente no RPG; Mudança nos atributos;

O TEMA DA AVENTURA

Jogos digitais no ensino de história Leonardo L. de Sousa (UEPB).

INTRODUÇÃOJOGOS DIGITAIS NA SALA DE AULA:

SINÔNIMO DE LAZER E ÓCIO?

Jogo digital Valiant HeartsEscola Estadual de

Ensino Fundamental e Médio Professor Raul

Córdula

EXPERIÊNCIA NA ESCOLA PÚBLICA

METODOLOGIA• Aplicação prévia de um texto

sobre o jogo.• Formação de 5 grupos de 4

alunos, estimulando a cooperação e o diálogo sobre o assunto entre os membros da equipe.

• Pibidianos monitorando e tirando possíveis dúvidas sobre o contexto histórico do game.

OBJETIVOS • Inserir as ferramentas tecnológicas nos

processos de ensino-aprendizagem da escola em questão.

• Aliar os games com temáticas históricas ao outros recursos, tais como filmes, músicas e o livro didático.

• Despertar o interesse dos alunos pelo conteúdo que está sendo trabalhado (Primeira Guerra Mundial) através de algo que lhes dessem prazer (jogos digitais);

Resultados

Aspectos mais importantes do conteúdo assimilados pelos alunos.

Produção de cartas, estimulando assim a escrita.

OUTRAS ALTERNATIVAS: AGE OF EMPIRES III

OUTRAS ALTERNATIVAS: CALL OF DUTY II

PRODUÇÃO DE JOGOS A PARTIR DO PROGRAMA RPG MAKER VX ACE

Obrigado pela atenção de todos e todas. Até a próxima!