Ensino de espanhol e interculturalidade novo

Post on 06-May-2015

1.116 views 5 download

Transcript of Ensino de espanhol e interculturalidade novo

Ensino de espanhol e interculturalidade: tecendo caminhos possíveis

Gloria Gil

As perguntas que norteiam a minha fala são as seguintes:

• O que é uma perspectiva intercultural? • Essa perspectiva substitui o ensino

comunicativo? • De que forma a relação entre língua e cultura

pode ser trabalhada na sala de aula?• Como são as tarefas/atividades interculturais?

Premissa inicial: a dimensão cultural da língua

língua na sua dimensão cultural

COMUNICAÇÃO/INTERAÇÃO

MEDIADORA CULTURAL CONSTITUIDORA DA

IDENTITADE

•A perspectiva intercultural implica que devemos abandonar o ensino comunicativo?

ENSINO COMUNICATIVO

A COMPENTENCIA COMUNICATIVA

Sub-competência GRAMATICAL

Sub-competência DISCURSIVA

Sub-competência ESTRATÉGICA

Sub-competência SOCIOLINGUÍSTICA

PROBLEMAS: ENSINO COMUNICATIVO

- A língua modelo o castelhano

- A cultura padrão da Espanha

- Um objetivo processual ser um nativo

PROBLEMA: ENSINO COMUNICATIVO

• Tem a língua como transmissora de informação

• Evita a diferência e o conflito

• Deixa de lado as funções identitárias e de mediação cultural da linguagem

• Ensino de cultura como diferença – culturas não são monolíticas.

• Em cada cultura há uma variedade de fatores relacionados a idade, gênero, origem regional, background étnico e classe social.

Ensino comunicativo: ampliado =ENSINO INTERCULTURAL

objetivos

FALANTE NATIVO

COMUNICADOR INTERCULTURAL

Ensino comunicativo: ampliado =ENSINO INTERCULTURAL

objetivos

Modificação dos modelos de língua e cultura

ESPANHOL PADRÃO + CULTURA ESPANHOLA HIBRIDISMO

Ensino comunicativo: ampliado =ENSINO INTERCULTURAL

objetivos

• Inclusão das outras duas funções linguísticas

FUNÇÃO COMUNICATIVA + FUNÇÃO IDENTITARIA + FUNÇÃO MEDIADORA

O OBJETIVO DA INTERCULTURALIDADE

• Objetivo processual : um comunicador intercultural

• O nosso modelo de língua: híbrido

• Cultura: de ser de vários países, regiões ou grupos do mundo hispano, sempre a partir da própria cultura.

PONTO DE PARTIDA

A PRÓPRIA LÍNGUA-CULTURA

PORTANTO

•COMO É ESSE FALANTE INTERCULTURAL?

•Precisa conhecer a língua e as culturas visíveis e invisíveis relacionadas a essa língua = linguacultura(s)

Culturas visíveis

,

• Precisa compreender que o LÉXICO E A CARGA CULTURAL COMPARTILHADA

Culturas invisíveis: a produção discursiva do significado

• Suposições e expectativas culturais para uma situação comunicativa: o olhar, “el piropo”.

• formas de apresentar uma informação, de estruturar um argumento, de contra-argumentar, interromper ou segurar um turno de fala;

• temas compartilhados socialmente (ou não): dinheiro, política, religião.

• máximas conversacionais constitutivas da cultura: o que pode ou não pode falar um garção

• Precisa desenvolver atitudes de tolerância e aceitação das diferenças evitando estereótipos e preconceitos, isto é, uma visão não-essencialista da cultura

Visão não-essencialista da cultura: da sua e da do outro

En ese sentido, Charaudeau (en Guillén Díaz, 2004: 838) señala que:Lo cultural no es simplemente un conjunto de conocimientos sobre la historia, la geografía, las instituciones de un país; menos aún sobre las características turísticas de un país [...] Todo ello no son más que datos en estado bruto. Tampoco se confundirá lo cultural con un simple

conocimiento referencial necesario para comprender un texto [...]. Lo cultural no es una realidad global, es una realidad fragmentada, múltiple, plural, que depende de numerosos factores tales como el lugar geográfico, el estrato social, la edad, el sexo, las categorías socio profesionales, etc. Hay que hablar, pues, de las características culturales de un grupo social dado, de una época dada, y ver las cosas bajo el ángulo de la pluralidad.

•Precisa ter uma postura crítica em relação as questões de hegemonia e poder que essas lingua-culturas veiculam

• Precisa entender de que modo as percepções da propria lingua-cultura e da lingua-cultura dos outros, em parte, determinam as percepções que nos e o os outros temos delas i.e. o modo como cada cultura vê a outra existe um certo modo “linguístico e culturalmente determinado” de ver o mundo

Definição

• O falante intercultural é aquele que, consciente de suas identidades e culturas e das percepções que outras pessoas têm dessas, é capaz de além de se comunicar na língua alvo consegue estabelecer relações entre a cultura da língua materna e a cultura da língua alvo, isto é, ser um mediador entre as diferentes culturas, explicar as diferenças entre elas, aceitá-las e valorizá-las

De que forma a interculturalidade pode ser trabalhada na sala de aula?

Várias formas

• Através de um currículo intercultural (Serrani-Infante, 2004)

• Através dos momentos espontâneos interculturais

• Através de tarefas interculturais planejadas

TAREFAS INTERCULTURAIS

• Conchecimento de linguaculturas visiveis e invisíveis

• Reconhecimento do não-essencialismo cultural

• Inclusão da voz do aluno

• Reconhecimento da existência de modos de ver e agir no mundo linguística e culturalmente determinados

Componentes

• Etnográfico

• Crítico

• Multi-modal

COMPONENTE ETNOGRÁFICO

Objetivo: desenvolver ‘olhar etnográfico”.

Observação, descrição, comparação e interpretação.

Valor do conhecimento local

Tarefas: “loja de souvenirs”, “grafitti”, “entrevista: como aprendi a hablar español”

COMPONENTE CRÍTICO e CRIATIVO

• Dar voz ao aluno, valorizando seu conhecimento.• Mostrar a importância de compreender ‘textos’ além

da significação superficial, e de desconstruir primeiras impressões, mitos dominantes para poder entender que o significado esta sempre determinado socio-cultural e ideológicamente.

• Procurar posturas críticas em relação ao conhecimento, sem aceitação passiva do conhecimento hegemônico e também trabalhar na criação de novas formas.

• Exemplos de tarefas: analisando propagandas e piadas

Valores/atitudes/identidades

¿Te parecen actitudes machistas? Sí No Depende

Decir piropos a las mujeres en la calle

Ceder el paso a una mujer al entrar o salir de un lugar

Decir que los hombres no deben llorar en público

El que el camarero en un restaurante lleve la cuenta al hombre

Decir que la política es cosa de hombres

Creer que las mujeres tienen más paciencia y que por eso haymás enfermeras y profesoras

Decir que el destino natural de una mujer es tener hijos

COMPONENTE VISUAL E DIGITAL

• Componente visual: imagens, gestos, cenas

• Utilização de novas mídias: fotos, vídeos, apresentações multimídias, blogs, podcasts.

• ANÁLISE E CRIAÇÃO

A perspectiva intercultural pode ser incluída em todos os níveis de proficiência?

Na formação de professores

• Uma proposta intercultural não pode fugir de trabalhar/compreender a língua como discurso, isto é, como língua em contexto e/ou em uso.

• Perspectiva Bakhtiniana:gêneros do discurso• Perspectiva crítica: Bourdieu, Freire,

Fairclough• Multi-letramentos: Gee, Lankshear,

Materiais e bibliografia sobretarefas interculturais

GARCÍA-VIÑÓ , M. ; MASSÓ PORCAR, A. Propuestas para desarrollar la consciencia intercultural en el aula de español lengua extranjera

http://www.educacion.gob.es/dctm/redele/Material-RedEle/Revista/2006_07/2006_redELE_7_04Garcia.pdf?

documentId=0901e72b80df93e1

MARTÍNEZ TEM. L.; TUTS, M.; POZO.J. Actividades para practicar la interculturalidad en el

Aula Publicado en Carabela nº 54. La interculturalidad en la enseñanza de español como s

Egunda lengua / lengua extranjera. Ed. SGEL. QUERÍAMOS TRABAJADORES Y VINIERON PERSONAShttp://www.aulaintercultural.org/spip.php?article492

BYRAM, MICHAEL Y FLEMING, MICHAEL (2001), Perspectivas interculturalesen el aprendizaje de idiomas. Enfoques a través del teatro y la etnografía. Madrid. Cambridge University PressPARAQUETT, M. (2005). Multiculturalismo y aprendizaje de lenguas extranjeras In: Actas del II Simposio José Carlos Lisboa de Didáctica de Español para Extranjeros. RJ: Instituto CervantesPARAQUETT, M. (2009). Lingüística Aplicada, inclusión social y aprendizaje deespañol en el contexto latinoamericano. Revista Nebrija de Lingüística Aplicada, 6(3), 1-23PEÑA CALVO, A; GUTIÉRREZ ALMARZA, G. La interculturalidad y el desarrollo de actividades interculturales para estudiantes principiantes deELE, ASELE. Actas XIII (2002). SERRANI, S. (2004). El docente de lenguas como interculturalista. Lenguas

Vivas, 3/4, 4-14.

HTTP://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=XYP7XT-YGY0