Espaço e expressão

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Produção acadêmica da Professora Viviane Marques com base no livro: OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. São Paulo, Ática,1979

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Espaço e Expressão

OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. São Paulo, Ática, 1979.

Viviane Marques

Movimento Visual

• O espaço = vivência básica para todos os seres humanos.• A descoberta do espaço representa para cada indivíduo uma experiência a

um só tempo pessoal e universal, considerando as possibilidades da pessoa sentir e pensar dentro do meio ambiente em que vive.

• Tudo que nos afeta intimamente em termos de vida precisa assumir uma imagem espacial para poder chegar ao nosso consciente.

• Tudo que queremos comunicar sobre valores de vida traduzimos em imagens de espaço.

• E o principal configurador do espaço é o movimento visual.• O conteúdo expressivo de uma obra de arte/arquitetura se baseia no

caráter dinâmico ou estático do movimento visual que será articulado.• O conteúdo expressivo da imagem depende, assim, da proporção de

qualidades dinâmicas e estáticas interligadas no movimento visual.• Qualquer marca visual, qualquer elemento na composição tem a função

de dirigir nossa atenção , orientando-nos pelos caminhos que podem ser percorridos.

Movimento Visual

• As margens do plano:– estabilizam o movimento em duas direções, a horizontal e a vertical.

• A direção horizontal:– está associada a idéia de imobilidade e ausência de movimento. – È considerada uma direção estática.

• A direção vertical:– indica um grau menor de imobilidade considerando a tendência a

instabilidade, associa-se ainda à idéia de elevação e transcendência.• As direções curvas, diagonais, e espirais:

– são consideradas dinâmicas, potencialmente instáveis e carregadas de maior movimento visual.

Vincent Van Gogh, Noite Estrelada.1889. Óleo sobre tela. 73,7 x 92,1 cm.

Museu de Arte Moderna. New York. EUA.

Paul Klee, Caminhos principais e caminhos laterais.1929. Óleo sobre tela. 83 x 67 cm.

Museum Ludwig. Colônia.Alemanha

Leonardo da Vinci A Última Ceia, 1495-1498, Afresco

Convento Santa Maria Delle Grazie – Milão, Itália

Jacopo Tintoretto, A Última Ceia 1495-1498 Óleo sobre Tela, 365 x 568 cm

San Giorgio Maggiore de Veneza . Veneza, Itália.

Umberto Boccioni, Formas de Continuidade no Espaço, 1913Bronze, 111,44cmMoma, New York

Carl Andre, Instalação “Cubos de Grafite”, 2005

Michelangelo, Davi, 1501-04, Mármore Galleria dell'Accademia, Florence.

Michelangelo, Davi, 1501-04, Mármore Galleria dell'Accademia, Florence.

BERNINI, Apolo e Dafné, 1622 - 1625243 cm, Galleria Borghese, Rome, Italy

BERNINI, Apolo e Dafné, 1622 - 1625243 cm, Galleria Borghese, Rome, Italy

BERNINI, Apolo e Dafné, 1622 - 1625243 cm, Galleria Borghese, Rome, Italy

BERNINI, Apolo e Dafné, 1622 - 1625243 cm, Galleria Borghese, Rome, Italy

Thomas Gerrit Rietveld, arquitetura “Casa Schröder”, 1924, Utrecht, Holanda

Thomas Gerrit Rietveld, arquitetura “Casa Schröder”, 1924, Utrecht, Holanda

Thomas Gerrit Rietveld, arquitetura “Casa Schröder”, 1924, Utrecht, Holanda

Thomas Gerrit Rietveld, arquitetura “Casa Schröder”, 1924, Utrecht, Holanda

Alberti Leon Battista, 1404-1472Palazzo Rucellai, facade

Alberti Leon Battista, 1404-1472Palazzo Rucellai, facade

GUARINO GUARINI, Palácio Carignano, 1749, Turim

GUARINO GUARINI, Palácio Carignano, 1749, Turim

GUARINO GUARINI, Palácio Carignano, 1749, Turim

Orientação e Direções Espaciais

• A forma é estruturada a partir das margens que nos orientam e nos fazem intuir a estrutura interna.

• Cada forma possui uma dupla estrutura espacial:– Estrutura Geométrica – centro e eixos centrais fixos. Sempre uma

estrutura simétrica.– Estrutura Visual Perceptiva – percepção do centro, mas os eixos

centrais são relativos. Estrutura assimétrica, lado esquerdo é a entrada, lado de cima, leveza, lado direito, ação e energia e lado de baixo, peso visual.

• Os limites são essenciais para a percepção da forma. • Sem delimitações, em qualquer que seja o âmbito, sensorial ou mental,

não é possível perceber ou entender a forma.• Quando percebemos na arte, a indicação de horizontais e verticais, não se

trata de elementos geométricos, mas sim de direções vivenciadas, direções carregadas de emoção.

Orientação e Direções Espaciais

• A parte inferior de um plano significa para nós a base, nosso sentido de equilíbrio (margem horizontal inferior).

• Em conseqüência direta temos, qualquer marca visual na área baixa de um plano ficará imediatamente carregada de peso e densidade.

• Por esta razão existem dois centros na superfície de um quadro: o centro geométrico e o centro visual perceptivo.

• O centro visual perceptivo está um pouco acima do centro geométrico para compensar o peso visual da base.

• Se uma forma visual estiver colocada no alto de um plano, as várias qualidades formais serão reforçadas no sentido de maior leveza e movimentação.

• Na área baixa do plano haverá um reforço no sentido de maior densidade, maior peso e menor movimento.

Piet Mondrian, Composição, 1929Óleo sobre tela, 73.5cm x 74.5cm

The Cleveland Museum of Art

Piet Mondrian, Composição, 1929Óleo sobre tela, 73.5cm x 74.5cm

The Cleveland Museum of Art

Leonardo da Vinci, Anunciação, 1472-75Têmpera sobre madeira, 98x217cmGalleria Degli Uffizi, Florença, Itália

Rubens, El golpe de lanza, 1620. Óleo sobre lienzo. Museode Bellas Artes Koninklijk. Ámberes. Bélgica.

Bramante Donato, 1444-1514S Pietro in Montorio, tempietto

Bramante Donato, 1444-1514S Pietro in Montorio, tempietto

BERNINI, Sant'Andrea al Quirinale,Rome, Italy, 1658 to 1665

BERNINI, Sant'Andrea al Quirinale,Rome, Italy, 1658 to 1665

BERNINI, Sant'Andrea al Quirinale,Rome, Italy, 1658 to 1665

Coop Himmelbeau, UFA Cinema Center, 1993, Dresden, Alemanha

Coop Himmelbeau, UFA Cinema Center, 1993, Dresden, Alemanha

Coop Himmelbeau, UFA Cinema Center, 1993, Dresden, Alemanha

Coop Himmelbeau, UFA Cinema Center, 1993, Dresden, Alemanha

Le Corbusier, Villa Savoye, 1928, Poissy, França

Le Corbusier, Villa Savoye, 1928, Poissy, França

Le Corbusier, Villa Savoye, 1928, Poissy, França

Le Corbusier, Villa Savoye, 1928, Poissy, França