Estação-Memória_Memórias-do-Baixo-Pinheiros

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Estação MemóriaBiblioteca Pública Infanto-Juvenil Álvaro Guerra

Avenida Pedroso de Moraes, 1919 – Pinheirostelefone 3031-7784

e-mail: estacaomemoria@prefeitura.sp.gov.br

“Memórias do baixo Pinheiros, memórias de vida, memórias da cidade...”

-Fragmentos-

2005

A exposição “Memórias do baixo Pinheiros, memórias de vida, memórias da cidade...” foi originalmente produzida em 1997, para

a inauguração da Estação Memória, espaço de comunicação, educação e informação dedicados às trocas culturais entre

gerações, instalado na Biblioteca Pública Infanto-Juvenil Álvaro Guerra.

Reúne fragmentos de relatos de antigos moradores do bairro de Pinheiros, coletados entre 1992 – 1996, e combinados a imagens fotográficas e figuras especialmente criadas, tendo em vista a

comunicação com crianças e jovens.

A versão digital desta exposição foi elaborada em 2005, dentro do programa de atividades comemorativas do 445º Aniversário de

Pinheiros.

“... todo chacareiro ia prá lá...

Ia de carroça com os animais,

burro... carroça de burro...”

José Teixeira

“... se pudesse voltar ao tempo que Pinheirosera quase uma aldeia... as pessoas todas seconheciam... A gente encontrava as pessoasna rua e conversava...”

Paulino Lazzarini

“... no prédio Martinelli, o primeiro dacidade, tem muita areia do rio Pinheirostirada por mim e por outros barqueiros.Até hoje, guardo comigo a pá e outrascoisas da época...”

João Pedro Peralta

“... naquele tempo tinha um padre, era

o padre Lourenço, tão bonzinho!

Acolheu tanta gente na sua igreja, na Revolução de 24.

Ele também benzia as plantações e as

pragas acabavam..”

Alzira T. di Giácomo

“... quando chegava o fotográfo,sumia tudo quanto era moça,prá não ser fotografada, se nãoa família ia ver...”

Alberico Ravedutti Bulcão

“... o rio Pinheiros era limpo... Eu saía com meuirmãozinho, meu pai, íamos pescar e se pegavapeixinho...”

Massao Miyashita

“... aquela rua que saía e ia até o Butantã era umadas ruas principais...Era a rua do Comércio, e seencaminhava através da ponte de madeira...”

Zelinda Portanti Mazzieri

“... na Semana Santa, era um respeito. Quandochegava a sexta-feira santa, vinha uma pessoada igreja passando pelas ruas, batendo amatraca, sabe? Tocava o coração da gente...”

Isaura Teixeira Perrotti

“... ao redor do Largo estava o comércio,as vendas. Ali a gente encontrava de tudo:azeite, banha de porco, azeitona, vinho,aliche, sal...”

Maria T. de Lima

“... a situação para o povo de São Paulo mudou completamente... Lembro muito bem que a gente não conseguia pão para comprar em Pinheiros. Então, íamos a pé até a cidade fugindo dos tiroteios...”

José de Barros

“... quando as águas das enchentes baixavam,eu fugia da chácara e arriscava minha vidaatravessando a correnteza num barquinho...Não sabia nadar, mas era uma aventura...”

Francisco Teixeira

“... o que eu me lembro de lindo na minhavida... na infância, é a maravilhosa infânciade rua, com árvores cheias de flores, de chãoforrado de varetas, de flores lilases...”Era uma coisa linda a rua Arco Verde...”

Esther Abud Matuck - “Zizinha”

“... comerciante tem que ser habilidoso,tem que cativar os clientes, não pode

ter desonestidade, no sentido do lucroextraordinário...”

Antonio Duran

“... essas minhas funcionáriascom o tempo ficaram amigas.Eu fui padrinho de muitasdelas no casamento, nobatizado, na colocação dostrabalhos para os maridos...”

Jorge Nahas Siuffi

“... eu sou muito devoto... de Bom Jesus dePirapora, D. Bosco e Nossa Senhora Auxiliadora.Quando eu tenho um problema, eu rezo...”

Fernando Crespi

“... a terra foi melhorando com o tempo...

A parte de cima era mais seca... E regar,

era na base do regador, um em cada mão...”

Isaura Soares Mendes

“... antigamente era tudo água de poço,era uma água pura... A gente cozinhavapraticamente a carvão...”

Nair Teixeira

“... eu lembro quando entrei nonavio, fomos lá pro fundo.Minha mãe comigo e meuirmão menor. Meu pai já tinhavindo. O navio chegou antes.Meu pai não estava no porto...”

Angelina T. Fortes

“... meu pai era verdureiro ambulante. Eu faziaos macinhos pequenos pra revender. Antes deeu ir para a escola era meu serviço...”

Assako Suzuye

“... da adolescência, eu lembro queo primeiro terno que fui comprar,foi junto com a minha mãe na LadeiraPorto Geral...”

Nozomu Tsubouchi

“... aos domingos, não éramos chacareiros,comerciantes, barqueiros... Éramos apenaso “Esmaga – sapo”, o “Atlético Lusitano”calçando a bola no pé de nossosadversários: Barqueiros, Butantã, BoaVista...”

Francisco Teixeira

“... a nossa distração era trabalhar. Nós fomos umdia num teatro e umas 4 ou 5 vezes no cinema...”

Alfredo Simões

Agradecimento

Aos idosos que gentilmente ofereceram seus depoimentos àEstação Memória.

Ficha técnica da Exposição original*

Imagens fotográficasEntrevistados, Departamento de Patrimônio Histórico e

Centro de Memória do Esporte Clube Pinheiros

Pesquisa de textos e imagensIvete Pieruccini, Maiah Pinsard Vianna e Giselle S. Soares

FotografiaInácio Rodrigues e Luiz Trazzi

Programação visualAdriana Caccese Mattos

Apoio técnicoCibele Haddad e Carolina Castanheira

CuradoriaEdmir Perrotti

*São Paulo - 1997

Ficha técnica da Exposição versão digital

*Edição

Ivete PierucciniJamile Salibe Ribeiro de Faria

ColaboraçãoJosé Flávio Cury

*

São Paulo - 2005

Realização:

Subprefeitura de Pinheiros

Biblioteca Infanto-Juvenil Álvaro Guerra