Post on 04-Jul-2015
Sumário
1.1 Introdução................................................................................................................3
2.1 Breve Histórico da Empresa....................................................................................4
2.1.1 Celg...................................................................................................................4
2.1.2 Estado de São Paulo..........................................................................................7
2.2 Características da Empresa....................................................................................12
2.2.1 Celg.................................................................................................................12
2.2.2 Estado de São Paulo........................................................................................14
2.3 Características do Setor em que a Empresa Atua..................................................15
2.3.1 Celg.................................................................................................................15
2.3.2 Estado de São Paulo........................................................................................16
2.4 Características do Mercado em que a Empresa Atua.............................................17
2.4.1 Celg.................................................................................................................17
2.4.2 Estado de São Paulo........................................................................................17
2.5 Descrição da Área a ser Estudada na Empresa......................................................18
2.5.1 Celg.................................................................................................................18
2.5.2 Estado de São Paulo........................................................................................19
3.1 Referencial Teórico................................................................................................20
3.2 Energias Renováveis..............................................................................................22
3.2.1 Energia Solar...................................................................................................23
3.2.2 Energia Hidráulica...........................................................................................24
3.2.3 Energia Eólica.................................................................................................25
3.2.4 Energia Maremotriz.........................................................................................26
3.2.5 Energia das Ondas...........................................................................................27
3.2.6 Energia da Biomassa.......................................................................................27
3.2.7 Energia Geotérmica.........................................................................................28
3.2.8 Energia Azul....................................................................................................29
3.3 Tecnologias Verdes................................................................................................30
3.4 Transporte Sustentável...........................................................................................31
3.5 Construção Civil Sustentável.................................................................................33
3.6 Saneamento............................................................................................................34
3.7 Uso Racional de Água...........................................................................................35
3.8 Agricultura e Florestas...........................................................................................36
3.9 Investimento em Turismo......................................................................................37
3.10 Emprego Verde....................................................................................................38
3.11 Reestruturação na Educação e Parcerias Privadas...............................................39
4.1 Conclusão...............................................................................................................41
5.1 Referencial Teórico................................................................................................43
2
1.1 Introdução
Este trabalho de estágio tem a proposta de fazer uma análise
bibliográfica do tema Economia Verde, mesmo tendo em vista que a quantidade de
empresas que aderiram a essa nova tendência de mercado ainda é pequena, podemos
notar conforme o texto abaixo que empresas com políticas públicas já têm grande
desempenho nos estados e geram grandes benefícios para a população e stakeholders,
como por exemplo, a atuação do Governo do Estado de São Paulo e da CELG no
Estado de Goiás.
Viver em um mundo globalizado com imensa integração econômica,
social, cultural e política, impulsionada principalmente pelo desenvolvimento dos
meios de comunicação e transporte, onde qualquer informação pode ser acessada a
qualquer momento em qualquer lugar no mundo é extremamente intrigante, nota-se
cada vez mais que a briga acirrada entre as empresas e países pela geração de lucros e
pelo domínio do mercado que afeta não só as pessoas, quando as empresas na busca
de redução de custos cortam diversos gastos como os com empregos, mas também o
meio ambiente.
Considerado “vítima” do avanço tecnoeconômico do ser humano, o
meio ambiente é afetado pela ação humana desde muito tempo atrás, onde para
sustentar o crescimento da humanidade o desmatamento, a poluição ou qualquer outro
tipo de degradação ambiental sempre passou despercebido pelos olhos da
humanidade, pois o bem estar do ser humano era posto sempre em primeiro lugar.
Vários movimentos têm acontecido no mundo com o objetivo de rever
a atuação da humanidade especialmente sobre as políticas sobre o meio ambiente.
Destaca-se entre eles a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento (CNUMAD), ou mais conhecida como ECO-92 ou Rio-92, e a
maior conscientização dos consumidores, empresas potencialmente poluidoras ou as
que degradam o meio ambiente de qualquer forma, estão cada vez mais preocupadas
3
com sua imagem, procurando então se adaptar às novas exigências dos consumidores
diminuindo seu potencial poluidor e impacto ambiental.
Dentro desta linha de mudança, onde muitos a chamam de “Era
Verde”, cada vez mais assuntos como crédito de carbono, degradação ambiental,
aquecimento global e principalmente economia verde tem sido palco de grandes
teorias e discussões, levando empresas e países a debaterem sobre possíveis prós e
contra desse novo assunto e tendência.
2.1 Breve Histórico da Empresa
2.1.1 Celg
A Celg Distribuição S.A. é uma subsidiária integral da Companhia
Celg de Participações (Celgpar), constituída para atender à Lei 10.848, de 15 de
março de 2004, no que concerne a reestruturação societária das empresas de energia
elétrica, cujo processo foi aprovado pelas Resoluções Autorizativas da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de números 643/2006 e 773/2006.
A Celgpar é uma Sociedade de economia mista e de capital autorizado,
cujos acionistas são o Estado de Goiás, que possui 99,68% do capital, Eletrobrás,
municípios e investidores privados.
A origem da Celg Distribuição foi a Centrais Elétricas de Goiás S.A.,
criada em 19 de agosto de 1955, mediante Escritura Pública de Constituição, a qual
teve como base a Lei Estadual Nº 1.087, de agosto de 1955, que autorizou a criação
da empresa. A partir de 13 de março de 1956, por meio do Decreto Federal Nº 38.868,
a Centrais Elétricas de Goiás S.A. foi autorizada a funcionar como concessionária de
serviços públicos de eletricidade, atuando como geradora, transmissora e distribuidora
de energia elétrica. Para isso, incorporou as pequenas centrais e as redes de
distribuição pertencentes às companhias municipais. Em 1955, logo depois que sua
4
criação foi autorizada, teve início a construção da Usina Hidrelétrica de Rochedo,
para atender Goiânia e localidades do Sul do Estado. Com potência de 4 MW, a UHE
Rochedo entrou em operação em 1956, conforme relatório socioambiental.
Além da missão de eletrificar o Estado de Goiás, coube à Celg a
responsabilidade de construir a geradora que viria suprir a Capital Federal em início
de implantação. Assim, ainda em 1956 foi deflagrado o projeto da UHE Cachoeira
Dourada, cuja motorização ocorreu em 1959, com 32 MW de potência instalada.
O desenvolvimento do Estado a partir da mudança da Capital Federal
exigiu da Celg o investimento no aumento da produção de energia e a implantação de
um sistema elétrico que atendesse à crescente demanda. Dessa maneira, entre 1965 e
1970 entrou em operação a segunda etapa de Cachoeira Dourada, com 156 MW.
Foram construídas as usinas do Lageado, no médio Norte, e Lages, no extremo Norte,
bem como sistemas de linhas e subestações em 138 kV, 69 kV e 34,5 kV a elas
associadas de acordo relatório publicado.
Na década de 70, construiu-se a terceira etapa de Cachoeira Dourada,
agregando 255 MW ao sistema, e um conjunto de obras de grande porte em 138 e
230kV, principalmente no Sul e médio Norte. O extremo Norte, então contando com
reforço de uma geradora térmica de 5 MW em Araguaína, foi interligado ao sistema
de Tucuruí por meio de uma linha em 138 kV, proveniente da subestação de
Imperatriz. Por outro lado, o reforço para o médio Norte nesta ocasião veio com a
construção da UHE Isamu Ikeda, com 16 MW, e o Nordeste do Estado recebia a UHE
São Domingos, com 12 MW. Para ambos os sistemas, a energia escoava por linhas de
69 kV, conforme dados do relatório socioambiental.
Em 1989, com a divisão do Estado de Goiás ao Norte do paralelo 13,
as instalações da empresa, que incluíam linhas e subestações de 138 KV, 69 KV e
34,5 KV, redes urbanas e rurais, além das centrais hidrelétricas já citadas, totalizando
24,92 MW, foram transferidas para o novo estado do Tocantins.
Na década de 90, foi concluído o aproveitamento de Cachoeira
Dourada com a construção da quarta etapa, acrescentando 200 MW ao sistema, e
5
investiu-se US$ 250 milhões em linhas, subestações e eletrificação rural monofásica e
trifásica, com recursos próprios do Programa Nacional de Irrigação e Financiamento
(PRONI) , do Overseas Economic Cooperation Fund (OECF), órgão do governo
japonês.
No ano de 1996, o Estado de Goiás procedeu a cisão da Companhia,
criando a Centrais Elétricas de Cachoeira Dourada, que foi vendida à iniciativa
privada. Cachoeira Dourada à época gerava 60% da energia requerida pelo mercado
da Celg, que passou a adquirir energia de Furnas, Itaipu e da Centrais Elétricas
Cachoeira Dourada S.A.. E de acordo com preceitos das leis que instituíram o novo
modelo do setor elétrico (9.074/95, 9.648/98), tornou-se Transmissora, Distribuidora e
Comercializadora de energia elétrica, conforme formalizado nos Contratos de
Concessão números 062/2000, 063/2000 e 063/2001 firmados com a Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), conforme consta em seu relatório
socioambiental.
Conforme já mencionado, através da Resolução 643, de 23 de julho de
2006, a Aneel aprovou a segregação das atividades da Companhia Energética de
Goiás (Celg), numa companhia de distribuição designada Celg Distribuição S.A. e
numa subsidiária de geração e transmissão, denominada Celg Geração e Transmissão
S.A.
Por meio da Resolução 643, de 23 de julho de 2006, a Aneel aprovou a
segregação das atividades da Companhia Energética de Goiás (Celg), numa
companhia de distribuição designada Celg Distribuição S.A. e numa subsidiária de
geração e transmissão, denominada Celg Geração e Transmissão S.A.
A concessão da Celg Distribuição S.A. (CELG D) cobre uma área
geográfica de 337.008 Km2, que corresponde a 98,7% do território do Estado,
estendida a 237 municípios para uma população aproximada de 5 milhões de
habitantes. A sede da empresa está localizada em Goiânia, à rua 2, quadra A-37,
Jardim Goiás, com área construída de aproximadamente 50.610 m², num terreno que
possui 142.503 m2.
6
No segmento da distribuição, hoje a Celg D possui 2.048.251 clientes
nas classes residencial, comercial, industrial, rural, serviços públicos, poderes
públicos e iluminação pública, propiciando uma receita bruta de R$ 2.982.312.000
(dois bilhões, novecentos e oitenta e dois milhões, trezentos e doze mil reais),
referente ao fornecimento desta energia. O mercado da Celg D corresponde a cerca de
2,4% da energia consumida no Brasil (relatório socioambiental CELG 2008).
2.1.2 Estado de São Paulo
A colonização de São Paulo começou em 1532 quando, em 21 de
janeiro, Martim Afonso de Souza fundou a povoação que iria transformar-se na Vila
de São Vicente, uma das mais antigas do Brasil e a mais remota da Colônia. Dando
continuidade à exploração da terra e em busca de novos gentios a evangelizar, no
cumprimento da missão que os trouxera ao Novo Mundo, um grupo de jesuítas, do
qual faziam parte José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, escalou a serra do mar
chegando ao planalto de Piratininga, onde encontraram, segundo cartas enviadas a
Portugal, "uma terra mui sadia, fresca e de boas águas". Do ponto de vista da
segurança, a localização topográfica de São Paulo era perfeita: situava-se numa colina
alta e plana, que facilitava a defesa contra ataques de índios hostis. Nesse lugar,
fundaram um colégio em 25 de janeiro de 1554, ao redor do qual se iniciou a
construção das primeiras casas de taipa, que dariam origem ao povoado de São Paulo
de Piratininga. Em 1560, o povoado ganhou foros de vila (Governo do Estado de São
Paulo).
O fim da Colônia se antecipa, no próprio período colonial, com a
chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808, fugindo ao avanço das tropas
napoleônicas. D. João VI deu então início a uma série de reformas que, da arquitetura
ao ensino superior, da civilidade urbana aos empreendimentos artísticos, deveriam
adequar o país para sediar o Vice-Reinado que abrigava a Coroa portuguesa, e que de
fato preparariam sua independência. São Paulo também se beneficiaria em muito
7
dessas transformações. Foi em território paulista que, em 7 de setembro de 1822, o
herdeiro do trono português, o príncipe Dom Pedro, declarou a Independência do
Brasil, sendo aclamado Imperador com o título de Dom Pedro I. Com sua renúncia
nos anos 30, em meio à agitação política contra o domínio português, seguiu-se o
conturbado período da Regência que, na segunda metade do século, com a ascensão
ao trono de D. Pedro II, cederia lugar a um período de inusitado desenvolvimento e
prosperidade do país, sobretudo após a consolidação da agricultura cafeeira como o
principal produto de exportação brasileiro.
Foi nessa época que São Paulo passou a assumir uma posição de
destaque no cenário nacional, com o avanço dos cafezais, que encontraram na terra
roxa do norte da província o solo ideal. A expansão da cultura do café exigiu a
multiplicação das estradas de ferro, iniciando-se então (1860-1861) em Santos e São
Paulo os trabalhos da construção da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, a São Paulo
Railway, responsável pelo primeiro trem a ligar as duas cidades. Esse foi um período
de grandes transformações, marcado pela crise do sistema escravocrata, que levaria à
Abolição em 1888 e que daria lugar, entre outros fatos, à chegada em massa de
imigrantes, principal alternativa de solução ao problema da mão-de-obra na lavoura
cafeeira.
São Paulo prosperou muito nessa época e a capital da província passou
por uma verdadeira revolução urbanística, resultado da necessidade de transformar
uma cidade acanhada, pouco mais que um entreposto comercial, em capital da nova
elite econômica que se impunha. Em meados de 1860, a cidade de São Paulo já era
bem diferente da antiga cidade colonial. Os primeiros lampiões de rua queimavam
óleo de mamona ou de baleia e a cidade já contava com um parque público, o Jardim
da Luz, que passaria por extensas reformas no final do século. Nesse período, à
medida que a cidade se expandia em todas as direções, consolidava-se também um
núcleo urbano moderno em torno de alguns marcos simbólicos, como a Estação da
São Paulo Railway e o Jardim da Luz. Ao seu redor instalaram-se bairros residenciais
de elite - os Campos Elíseos -, com seus bulevares ao estilo parisiense, como a
avenida Tiradentes. Mas as estradas de ferro também permitiram que surgissem novos
bairros populares ao lado da Estação da São Paulo Railway, como o Bom Retiro e o
8
Brás, cujo povoamento foi reforçado pela instalação, nas proximidades, da
Hospedaria dos Imigrantes. Também os edifícios públicos multiplicaram-se:
assembléia, câmara, fórum, escolas, quartéis, cadeias, abrigos para crianças
desamparadas. Dezenas de igrejas, conventos e mosteiros ainda continuavam, como
nos tempos coloniais, a espalhar-se por toda parte. Na área cultural artistas de circo,
atores de teatro, poetas e cantores começaram a consolidar seu lugar na cidade, junto
com o primeiro jornal periódico.
Mas as transformações no período também assumiram outras facetas.
A chegada de milhares de imigrantes, além de resolver o problema da mão-de-obra da
lavoura cafeeira, permitiu maior ocupação do interior do Estado. Criaram-se as
condições necessárias para que pequenas fábricas, subsidiárias do café, dessem os
primeiros passos em direção à industrialização. Com o interior já integrado ao cenário
do rápido crescimento da província, começou haver a preocupação com a construção
de novas estradas, prevendo-se a interiorização dos cafezais e a prosperidade que seria
sacramentada com a República.
O fim do Império já estava selado quando foi declarada a Abolição da
Escravidão em 1888. A perda de apoio das elites conservadoras, agravada pelas
fricções do imperador com a Igreja, na chamada "Questão religiosa", e a crise no
Exército após a guerra do Paraguai, origem da "Questão militar", determinariam a
queda de Dom Pedro II. Assim, ele seria deposto por um movimento militar liderado
pelo Marechal Deodoro da Fonseca em 1889. Teve início então o primeiro período
republicano no Brasil. Até 1930, a República é controlada pelas oligarquias agrárias
de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A importância econômica do café
produzido em São Paulo e do gado de Minas Gerais sustenta a "política do café-com-
leite", em que paulistas e mineiros se alternam na presidência da República. Na
verdade, São Paulo apenas mantinha o poder que conquistara com a consolidação das
novas bases econômicas do país nas últimas décadas do Império. A ferrovia puxava a
expansão da cafeicultura, atraía imigrantes e permitia a colonização de novas áreas,
enquanto nas cidades a industrialização avançava, criava novos contornos urbanos e
abria espaço para novas classes sociais, o operariado e a classe média. Mais próspero
do que nunca, e agora um Estado de verdade dentro da Federação, São Paulo via
9
surgir a cada dia uma novidade diferente: a eletricidade substituía o lampião a gás;
chegavam os primeiros carros (o primeiro de todos pertenceu ao pai de Santos
Dumont, em 1891); cresciam as linhas de bondes elétricos; construíam-se na capital
grandes obras urbanas, entre elas, o Viaduto do Chá e a Avenida Paulista.
Nesse período da Primeira República, a aristocracia cafeeira paulista
vive o seu apogeu. Mas a Revolução de 1930 coloca fim à liderança da oligarquia
cafeeira, trazendo para o primeiro plano os Estados menores da Federação, sob a
liderança do Rio Grande do Sul de Getúlio Vargas. As oligarquias paulistas ainda
promovem, contra o movimento de 1930, a Revolução Constitucionalista em 1932,
mas são derrotadas, apesar da pujança econômica demonstrada pelo Estado de São
Paulo.
Em 1930, os trilhos de suas ferrovias chegavam às proximidades do rio
Paraná e a colonização ocupava mais de um terço do Estado. As cidades se
multiplicavam. Socialmente, o Estado, com seus mais de um milhão de imigrantes,
tornou-se uma torre de Babel, profundamente marcado pelas diferentes culturas
trazidas de mais de 60 países. Mas na última década da República Velha, o modelo
econômico e político que sustentava o predomínio de São Paulo mostrava seu
esgotamento. Após a Revolução de 1930, o país viveu um período de instabilidade
que favoreceu a instalação da ditadura de Getúlio Vargas, período de oito anos que
terminou juntamente com a Segunda Guerra Mundial, que abriu um período de
redemocratização e a instalação da chamada Segunda República.
Entretanto, no plano econômico, o café superou a crise por que passou
no início da década de 1930 e foi estimulado por bons preços durante a guerra,
favorecendo a recuperação de São Paulo. Mas, agora, era a vez da indústria despontar,
impulsionada, entre outros motivos, pelos capitais deslocados da lavoura. Logo, outro
grande salto seria dado, com a chegada da indústria automobilística em São Paulo,
carro-chefe da economia nacional desde a década de 1950. A partir daí, o Estado
paulista se transformou no maior parque industrial do país, posição que continuou a
manter, apesar das transformações econômicas e políticas vividas pelo Brasil.
10
Foi em novembro de 1891 que o primeiro carro motorizado chegou em
solo brasileiro. A bordo do navio Portugal, que aportou na cidade de Santos, um único
exemplar de um Peugeot, comprado por 1.200 francos. O proprietário era um rapaz de
dezoito anos chamado Alberto Santos Dumont - o futuro Pai da Aviação -, que
acabava de retornar da França com a família. Dumont já demonstrava que era um
homem de visão. O automóvel se transformaria na maior mola propulsora da
economia mundial. Se em 1891 existia somente um automóvel no Brasil, em 1904, 84
carros já eram registrados na Inspetoria de Veículos. Faziam fila na época figuras
ilustres da sociedade paulista: Antonio Prado Júnior, Ermelindo Matarazzo, Ramos de
Azevedo, José Martinelli e muitos outros. De olho nesse mercado, a empresa Ford
decide em 1919 trazer a empresa ao Brasil. O próprio Henry Ford sentencia: "O
automóvel está destinado a fazer do Brasil uma grande nação". A primeira linha de
montagem e o escritório da empresa foram montados na rua Florêncio de Abreu,
centro da cidade de São Paulo.
Em 1925, foi a vez da General Motors do Brasil abrir sua fábrica no
bairro paulistano do Ipiranga. Meses depois já circulava o primeiro Chevrolet. Dois
anos depois, a companhia inicia a construção da fábrica de São Caetano do Sul.
Nessas alturas, o som das buzinas e o barulho peculiar dos motores já fazem parte do
cotidiano do paulista. Estradas são construídas em todo o Estado de São Paulo. O
reflexo dessas iniciativas no aumento da frota de veículos é surpreendente: entre 1920
e 1939, só no Estado de São Paulo, o número de carros de passeio salta de 5.596 para
43.657 e o de caminhões vai de 222 para 25.858.
Entra o ano de 1940, tem início a Segunda Guerra Mundial. As
importações são prejudicadas e a frota de veículos no Brasil vai ficando ultrapassada.
As fábricas só montavam seus automóveis aqui e não produziam suas peças. Era
preciso desenvolver o parque automotivo brasileiro. O então presidente da República,
Getúlio Vargas, proíbe a importação de veículos montados e cria obstáculos à
importação de peças. Foi Juscelino Kubitschek, presidente empossado em 31 de
janeiro de 1956, que deu o impulso necessário à implantação definitiva da indústria
automotiva, ao criar o Geia - Grupo Executivo da Indústria Automobilística.
11
Em 28/9/1956, foi inaugurada, em São Bernardo do Campo, no ABC
Paulista, a primeira fábrica de caminhões com motor nacional da Mercedes-Benz.
Juscelino Kubitscheck compareceu à cerimônia. O Brasil chega ao final de 1960, com
uma população de 65.755.000 habitantes e um total de 321.150 veículos produzidos
desde o início da implantação do parque industrial automotivo. Mais de 90% das
indústrias de autopeças foram instaladas na Grande São Paulo. E foi no Estado de São
Paulo que ficou instalado o maior parque industrial da América Latina, dando um
importante impulso para o rápido crescimento econômico paulista (Governo do
Estado de São Paulo).
A revolução automotiva da década de 1950 trouxe ao Estado paulista
tecnologia de ponta, empregos, desenvolvimento industrial e uma nova relação de
capital-trabalho, com o crescimento e fortalecimento dos sindicatos de classes. Hoje,
o Estado produz mais de um milhão de veículos por ano.
2.2 Características da Empresa
2.2.1 Celg
A CELG Distribuição é uma sociedade anônima, constituída como
subsidiária integral da CELGPAR, companhia de capital aberto conforme registro na
Comissão de Valores Mobiliários - CVM, cujos valores mobiliários são negociados na
Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA. O principal acionista da CELGPAR é o
Governo do Estado de Goiás, que detém o controle de 99,6843% do seu capital
votante. Esta configuração foi o resultado, em dezembro de 2006, do processo de
segregação das atividades de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica
segundo disposição regulatória da ANEEL (desverticalização das atividades).
A Governança Corporativa da CELG D é constituída visando atender
os princípios de transparência, equidade, prestação de contas (accountability),
cumprimento das leis (compliance) e ética, estando descrita no seu estatuto. A
12
Governança na organização é caracterizada por meio do estabelecimento de papéis
bem definidos para cada órgão, bem como de fóruns de interface para a troca de
informações entre as partes, garantindo assim definição clara na formulação,
aprovação e execução dos negócios de forma que os interesses de todos sejam
considerados e tratados da maneira mais transparente possível, trazendo
confiabilidade e agilidade ao processo.
A estrutura organizacional do trabalho, representada através de seu
organograma, prevê cinco níveis hierárquicos: presidente, diretores, superintendentes,
departamentos e setores. Para dar suporte à estrutura formal descrita, são constituídos
os comitês e grupos de trabalho multifuncionais promovendo a agilização de resposta
e o aprendizado organizacional, dentre os quais, Comitê de Ética e Responsabilidade
Social, Comitê de Qualidade, Comitê Estratégico, Grupo de Estudos sobre Adicional
de Periculosidade, CIPA`s. Estes Comitês são temporários, de forma que os trabalhos
vão sendo executados e/ou atualizados, se necessário, para execução da finalidade a
que se destinam. Para tal, utiliza-se de padrões de trabalho estabelecidos para o
assunto.
Em Dezembro de 2008, a força de trabalho da CELG D contava com
2.699 funcionários próprios, 668 estagiários e 4.103 prestadores de serviço. Além das
3 usinas em operação, 12 subestações, 319 subestações de distribuição, cobrindo 237
municípios (96,20% dos municípios goianos), 171 agências de atendimento, 73
agências credenciadas e 18 postos no Vapt-Vupt e 2.000.083 unidades consumidoras
(relatório socioambiental CELG 2008).
A CELG D focaliza a segurança dos seus colaboradores, assim como
dos prestadores de serviço, através de controles nos processos e capacitação e
comprometimentos dos mesmos. Para manter o nível de satisfação e motivação dos
colaboradores, a empresa possui uma política de remuneração compatível com o
mercado e uma extensa gama de benefícios. Os programas de capacitação e
desenvolvimento são alinhados as estratégias, buscando a eficiência e eficácia
operacional.
13
A CELG D apóia a participação de seus funcionários em associações
de classes profissionais, como: sindicato dos empregados, associação dos
engenheiros, associação dos administradores e contadores, inclusive fornecendo infra-
estrutura dentro da sua sede para as reuniões ou eventos. Cabe salientar que a empresa
possibilita a livre escolha de representantes dos empregados no sindicato e no
Conselho de Administração.
2.2.2 Estado de São Paulo
São Paulo é uma das 27 unidades federativas do Brasil. O Estado está
localizado no sul da região Sudeste e tem como limites os estados Minas Gerais (N e
NE), Rio de Janeiro (NE), oceano Atlântico (L), Paraná (S) e Mato Grosso do Sul (O).
Ocupa uma área de 248.808,8 quilômetros quadrados, sendo pouco maior que o Reino
Unido. Sua capital é a cidade de São Paulo e seu atual governador é Alberto
Goldman.
O Estado de São Paulo é a terceira unidade administrativa mais
populosa da América do Sul, superada apenas pelo próprio país e ligeiramente pela
Colômbia, à frente da Argentina e de todos os outros países sul-americanos. Tem a
maior população do Brasil: são mais de 40 milhões de habitantes distribuídos em 645
municípios (Governo do Estado de São Paulo).
Estado mais cosmopolita da América do Sul, São Paulo abriga cerca de
três milhões de imigrantes, de 70 diferentes nacionalidades. Sua população, a mais
diversificada do Brasil, descende principalmente de imigrantes italianos e
portugueses, embora haja também forte influência de ameríndios e africanos e de
outras grandes correntes migratórias, como árabes, alemães, espanhóis e japoneses.
Construído com o esforço de povos de todas as partes do Brasil e do mundo, mantém
arraigado em cada pedaço desta terra a vocação para o trabalho.
14
Mais rica das unidades federativas, São Paulo também figura entre os
estados com alto Índice de Desenvolvimento Humano, sendo superado apenas por
Santa Catarina e pelo Distrito Federal. Responsável por mais de 31% do PIB do país,
São Paulo legitima seu status de "motor econômico" do Brasil por possuir melhor
infraestrutura, mão de obra qualificada, fabricar produtos de alta tecnologia, além de
abrigar o maior parque industrial e a maior produção econômica.
Mas o destaque não fica somente na indústria. O paulista também
prima pela excelência nas áreas de agricultura e pecuária. Na economia, dos 260
shopping centers existentes no país, 80 estão localizados no Estado, sendo
responsáveis por mais de 200 mil empregos, e uma ampla rede atacadista e varejista
espalhada pelos municípios. Por tudo isso, São Paulo pode mesmo ser resumida como
uma potência civil, espiritual e socioeconômica.
2.3 Características do Setor em que a Empresa Atua
2.3.1 Celg
O Setor Elétrico Brasileiro – SEB opera sob concessão, autorização ou
permissão do Estado provendo serviços públicos de eletricidade à população.
Presentemente é o serviço público na área de infra-estrutura com maior extensão de
atendimento, superior a 98% da população, portanto, próximo à universalização.
O marco regulatório do SEB, que passou por processo de revisão a
partir de meados da década de 90, foi consolidado pela Lei 10.848/2004, onde estão
estabelecidas as regras que definem o seu funcionamento, nas atividades típicas de
geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica.
Enquanto serviço público exercido sob concessão, autorização ou
permissão do Estado, o funcionamento do SEB é altamente regulamentado, o marco
definindo extensivamente as atribuições, direitos e deveres do Poder Concedente,
15
Agência Reguladora, Entidades Setoriais e Agentes, tudo com o objetivo fundamental
de assegurar a gestão do compromisso da segurança do suprimento e modicidade
tarifária no curto, médio e longo prazo (relatório socioambiental CELG 2008).
O marco atribui ao Poder Concedente, além de suas responsabilidades
típicas de Estado como a definição da matriz energética nacional, assegurar o
equilíbrio oferta / demanda no curto, médio e longo prazos: para tanto reserva-lhe o
planejamento e a gestão da outorga dos empreendimentos de expansão da oferta, bem
como a tomada de ações, regulamentadas, para gestão da continuidade do suprimento
no curto / médio prazos.
Algumas das principais características do marco regulatório, que
objetivam torná-lo estável, são as que seguem:
- Universalização do acesso e do uso dos serviços;
-Justa remuneração, definida em contrato de concessão, autorização ou
permissão, para os investimentos;
-Leilões para outorga da expansão da geração / transmissão;
-Contratação de energia via contratos bilaterais para ambos os mercados ACP
e ACL;
-Contabilização e liquidação centralizada dos contratos;
-Monitoração permanente das condições de atendimento pelo Poder
Concedente;
-Operação sistêmica da Rede Básica de Transmissão e despacho centralizado
da geração;
-Mecanismos regulados de fiscalização e avaliação pela Agência Setorial.
2.3.2 Estado de São Paulo
O Estado de São Paulo atua no setor governamental, relacionando com
os grandes agregados macroeconômicos, demonstrando com freqüência, a natureza e
16
as conseqüências da intervenção do mesmo na sociedade. A magnitude dessa
intervenção ou participação é notória no sistema econômico, na medida em que causa
variações sobre a demanda agregada, e sobre os fatores necessários para o
desempenho das atividades governamentais.
Dentro deste processo, a participação do governo na economia pode
acelerar o desenvolvimento econômico através de políticas fiscais e monetárias
expansionistas, podendo, também, em função de seu tamanho, simplesmente
obstaculizar o almejado desenvolvimento.
2.4 Características do Mercado em que a Empresa Atua
2.4.1 Celg
A Celg atua no mercado cobrindo uma área geográfica de 337.008
Km2, que corresponde a 98,7% do território do Estado, estendida a 237 municípios
para uma população aproximada de 5 milhões de habitantes. A Celg também possui
2.048.251 clientes nas classes residencial, comercial, industrial, rural, serviços
públicos, poderes públicos e iluminação pública, propiciando uma receita bruta de R$
2.982.312.000 (dois bilhões, novecentos e oitenta e dois milhões, trezentos e doze mil
reais), referente ao fornecimento desta energia. O mercado da Celg D corresponde a
cerca de 2,4% da energia consumida no Brasil.
2.4.2 Estado de São Paulo
O Estado conta com um PIB de R$ 902,7 bilhões, e é o estado mais
rico da Federação, e o pólo econômico da América do Sul. O Estado possui uma
economia diversificada. As indústrias metal-mecânica, de álcool e de açúcar, têxtil,
17
automobilística e de aviação; os setores de serviços e financeiro; e o cultivo de
laranja, cana de açúcar e café formam a base de uma economia que responde por
cerca de um terço do PIB brasileiro, algo em torno de 550 bilhões de dólares na
"paridade de poder de compra". Além disso, o estado oferece boa infra-estrutura para
investimentos, devido às boas condições das rodovias.
São Paulo é também o principal centro financeiro do país, por isso
apresenta o maior e mais completo parque industrial, isso significa que atua em
diferentes tipos de produção. Na prática agrícola o Estado de São Paulo configura
como um grande produtor em diferentes culturas, dentre muitas, as principais são:
cana-de-açúcar, laranja, milho, soja, banana, tomate, mandioca, batata, feijão, algodão
herbáceo e café.
Sua participação no PIB(Produto Interno Bruto) nacional gira em torno
de 31%, o PIB estadual é composto de 6,5% referente ao setor agropecuário, 46,3%
do setor industrial e 47,2% de serviços, além de um volume de exportações de 38
bilhões de dólares, conforme afirma Eduardo de Freitas.
2.5 Descrição da Área a ser Estudada na Empresa
2.5.1 Celg
A área a ser estudada na Celg está voltada para os impactos
ambientais causadas pela mesma e como a empresa desenvolve em sua atuação no
mercado um modelo de Economia Verde. Embora os impactos causados pela
distribuição de energia elétrica não possam ser considerados tão agressivos, a CELG
D desenvolve ações fundamentadas numa política para a preservação do meio
ambiente.
Esta política também busca orientar e minimizar, de forma pro ativa,
os riscos relacionados ao exercício das atividades relacionadas ao negócio –
18
construção, manutenção e operação de redes, linhas e subestações, para eliminar,
reduzir ou mitigar os impactos gerados.
Além disso, a CELG D objetivando minimizar os impactos ambientais
e preocupada com o processo de melhoria contínua através do PEE (Programa de
Eficiência Energética), busca em diversos projetos, como o de substituição do
chuveiro elétrico por coletores solares acoplados, visando não só a redução do
consumo de energia, mas também cumprir seu papel social e fidelizar o cliente.
2.5.2 Estado de São Paulo
No Estado de São Paulo a área a ser estudada é a Secretaria do Meio
Ambiente e seu projeto intitulado “Economia Verde: desenvolvimento, meio ambiente
e qualidade de vida no Estado de São Paulo”, que pretende transformar diversas
idéias, como as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, em ações
práticas, não só criando novos ciclos de desenvolvimento mas também melhorando a
qualidade de vida do cidadão paulista.
Dentre os objetivos deste projeto podemos destacar o crescimento
econômico, envolvendo o estabelecimento de cadeias produtivas de alto valor
agregado, ampliação e renovação da matriz energética, geração de divisas, eficiência
no transporte logístico e de passageiros e a consolidação de mercados como o
Ecoturismo e o turismo regional; a geração de empregos e renda, com a criação de
empregos verdes nos diversos níveis de qualificação e o aumento da renda média da
população economicamente ativa; o fortalecimento de pesquisas e inovação
tecnológica e a qualidade ambiental, através do uso eficiente de recursos naturais
minerais e hídricos e planejamento do acesso a recursos naturais finitos.
19
3.1 Referencial Teórico
Gould (1977) ao analisar Charles Darwin, em sua teoria da mudança
evolucionária das espécies biológicas, sugere que as mudanças ambientais forçam as
espécies em direção a mutações ou transformações incrementais, porém contínuas,
onde uma espécie que não possa adaptar-se às exigências ambientais é prejudicada,
podendo extinguir-se.
Para Wright (2007, p. 29) “Essa perspectiva de mudança evolucionária
tem influenciado muitos pensadores de administração. Como resultado, acreditam que
as organizações são influenciadas pelo ambiente; que a mudança ambiental é gradual,
exigindo uma mudança organizacional concomitante; e que as organizações eficazes
são aquelas que mais se adaptam às exigências ambientais. As empresas que não
conseguem ou não se adaptam à mudança externa gradual serão superadas por seus
concorrentes e forçadas a sair do negócio.”
Camargo (2006, p.1) afirma “Na teoria da revolução, a mudança
ambiental não é gradual, ela ocorre de maneira revolucionária e abrupta. Acredita-se
que uma espécie possa existir de forma inalterada durante um período de tempo
bastante longo. Assim, com a mudança ambiental repentina e revolucionária, espécies
antigas podem ser destruídas e novas espécies criadas. As espécies que restaram
existirão por muito tempo, até que o ambiente mais uma vez modifique-se de maneira
repentina, abrupta, criando espécies ainda mais novas.”
Em uma linha de raciocínio mais moderada Schumpeter (1950) ao
analisar essa mudança revolucionária afirma que algumas empresas existentes
poderiam sobreviver à mudança revolucionária, onde poderiam ser capazes de se
adaptar a uma mudança ambiental abrupta. Essas organizações adaptativas
permitiriam às empresas inovadoras absorver os custos e riscos de se criarem novos
produtos e serviços e depois imitariam as adaptações bem-sucedidas.
20
Em meio a diversas evoluções e revoluções surge uma época com
constantes transformações econômicas e políticas, principalmente movidas pela
realidade ambiental que presenciamos. É bastante difícil definir um tema novo que
abrange diversas áreas e opiniões como a economia voltada para o amanhã, a
Economia Verde. Além de assuntos como energias renováveis, a Economia Verde
abrange outros temas como tecnologias verdes, transporte sustentável, construção
civil sustentável, saneamento, uso racional da água, agricultura, florestas e turismo
dentre outros.
Milani (2001) ao definir Economia Verde afirma que ela é a economia
do mundo real, um mundo composto de trabalho, de necessidades humanas, de
matérias-prima, e como misturar todos estes componentes juntos harmonicamente.
Ela é primeiramente o uso do valor e não uma troca de valor ou dinheiro, ela é sobre
qualidade e não quantidade e tudo gira sobre regeneração, de indivíduos,
comunidades e ecossistemas, e não sobre acumulação de capital ou material. Portanto
para ele a Economia Verde significa o foco direto na reunião das necessidades
humanas e do meio ambiente.
No meio de uma crise econômica global a UNEP (United Nations
Environment Program, ou Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente,
PNUMA) orientou países para uma nova alternativa global o Green New Deal, ou
novo acordo global verde, onde cada país foi encorajado a dar suporte à
transformação econômica para uma Economia Verde. Economia esta que seria uma
alternativa à atual “Economia Negra”, baseada em combustíveis fósseis, como carvão,
petróleo e gás natural.
De acordo com o projeto sancionado pelo Estado de São Paulo em
novembro de 2009, visando à migração do modelo de desenvolvimento do Estado de
São Paulo para uma economia de baixo carbono se tornou fundamental como
estratégia para o futuro. De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente “... a
Economia Verde se apresenta como uma proposta de desenvolvimento que busca
instituir novos vetores de crescimento econômico, novas fontes de empregabilidade e
soluções consistentes para a melhoria da qualidade ambiental com base no
21
reconhecimento de que, apesar de sua indiscutível capacidade de geração de empregos
e renda, o atual modelo de produção e consumo de bens e serviços é insustentável. Ela
engloba idéias e práticas que assumem espaço em políticas nacionais e regionais de
desenvolvimento por todo o planeta por buscar soluções pragmáticas e funcionais
para questões chave do mundo contemporâneo, ao mesmo tempo em que questiona a
maneira como os sistemas econômicos provocam impactos ambientais em escala
global e de médio e longo prazo.”
Seguindo esta linha de raciocínio nota-se que Economia Verde não é
apenas um assunto sobre o meio ambiente, mas uma harmonia entre os sistemas
naturais que façam nossa economia fluir no rumo da sustentabilidade, através de uma
transformação ecológica e social, não só de grandes empresas ou nações, mas uma
transformação que provavelmente passará de mão em mão.
3.2 Energias Renováveis
De acordo com a revista Ecoturismo (Dez/2008) energia renovável é
“aquela que é obtida de fontes naturais capazes de se regenerar, e portanto
virtualmente inesgotáveis, ao contrário dos recursos não-renováveis”. São conhecidas
pela imensa quantidade de energia que contêm, e porque são capazes de se regenerar
por meios naturais. As energias renováveis são consideradas como energias
alternativas ao modelo energético tradicional, tanto pela sua disponibilidade (presente
e futura) garantida (diferente dos combustíveis fósseis que precisam de milhares de
anos para a sua formação) como pelo seu menor impacto ambiental.
Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), “energia renovável
é a derivada de processos naturais que são repostos constantemente. Inclusos na
definição estão eletricidade e calor gerado pelas seguintes fontes de energia
renovável: solar, eólica, oceânica, hidrelétrica, biomassa, geotérmica, biocombustíveis
e hidrogênio”.
22
Assim, as energias renováveis estão na centralidade da Economia
Verde, uma vez que se trata de um setor com grande possibilidade de expansão e base
para o desenvolvimento de outras atividades econômicas, tais como transporte,
construção civil, turismo, indústria, entre outros.
Dentro deste tema há dois motivadores de investimento nas energias
renováveis, a segurança energética e mudanças climáticas. A segurança energética
está ligada a substituição da utilização de energias não renováveis por renováveis de
forma gradativa com o intuito de ficar menos dependente de tais tipos de energia. A
mudança climática está ligada a grande parcela que a geração de energia elétrica
corresponde nas emissões antropogênicas, sendo então um fator importante nas
estratégias para atingir as metas de redução de emissões estabelecidas conforme o
protocolo de Quioto, onde os países integrantes devem seguir as metas para a
descarbonização das matrizes energéticas nacionais.
3.2.1 Energia Solar
Energia solar é a designação dada a qualquer tipo de captação de
energia luminosa (e, em certo sentido, da energia térmica) proveniente do Sol, e
posterior transformação dessa energia captada em alguma forma utilizável pelo
homem, seja diretamente para aquecimento de água ou ainda como energia elétrica ou
mecânica afirma a revista Ecoturismo (Dez/2008).
Ela é considerada também aquela obtida por meio da radiação
proveniente do sol, a energia solar ao passar pela atmosfera terrestre, a maior parte da
radiação manifesta-se sob a forma de luz invisível, como raios infravermelhos e
ultravioletas, sendo possível sua captação e transformação em energia térmica ou
elétrica.
De acordo com Johnson (2009) um dos grandes atributos da energia
solar é que ela pode ser gerada praticamente em qualquer lugar, e em qualquer escala.
23
Ele relata também que o preço dos painéis fotovoltaicos está caindo, em grande parte
graças à economia na produção em grande escala impulsionada pela disseminação de
uso em países como a Alemanha.
Ramos (2006) afirma que mesmo sendo uma energia abundante, a
energia solar é difícil de ser usada diretamente e também considerada cara. Dentro das
três maneiras de uso ele destaca as células fotovoltaicas, onde a luz solar é
transformada diretamente em energia elétrica através de placas que se tornam baterias,
os captadores planos ou coletores térmicos, que aquecem a água num lugar fechado e
com a pressão do vapor movem turbinas ligadas a geradores e também os captadores
de energia, os espelhos côncavos refletores, que absorvem a energia do sol que
aquecem a água em mais de 100°C em tubos.
Drummond (2010) destaca o fato da energia solar não agredir o meio
ambiente e ser inesgotável. Em seu artigo ela demonstra alguns dos benefícios da
mesma como a diversidade de seu aproveitamento, como a iluminação natural,
aquecimento de ambientes, aquecimento solar da água e a geração de energia elétrica.
No aproveitamento da energia solar no aquecimento da água são
utilizados placas e boilers solares capazes de aquecer a água, já na transformação da
energia solar em elétrica, é utilizado materiais semicondutores, que compõem os
painéis solares fotovoltaicos, o efeito fotovoltaico decorre da excitação dos elétrons
nos semicondutores na presença dos raios solares afirma Drummond (2010).
3.2.2 Energia Hidráulica
A energia hidráulica ou energia hídrica é a energia obtida a partir da
energia potencial de uma massa de água. A forma na qual ela se manifesta na natureza
é nos fluxos de água, como rios e lagos e pode ser aproveitada por meio de um
desnível ou queda d’água. Pode ser convertida na forma de energia mecânica (rotação
de um eixo) através de turbinas hidráulicas ou moinhos de água. As turbinas por sua
24
vez podem ser usadas como acionamento de um equipamento industrial, como um
compressor, ou de um gerador elétrico, com a finalidade de prover energia elétrica
para uma rede de energia afirma a revista Ecoturismo (Dez/2008).
Ramos (2006) aponta as vantagens da energia hidráulica, quando cita o
fato de ser uma fonte limpa, não causar grandes impactos ambientais globais, ser
renovável e o fato de ser muito barata comparada com as outras fontes . As
desvantagens estão ligadas ao fato da inundação de áreas habitadas causando
deslocamentos de população e destruição da flora e fauna.
Em seu artigo na web Eitelwein descreve sobre a necessidade de se
utilizar diversas formas de energia pelo fato de trazer diversos benefícios para a
Humanidade, mas aponta para a possibilidade de algumas alterações ambientais.
Dentro da energia hidráulica ela destaca os impactos geomórficos (erosão,
assoreamento), climatológicos, hídricos e geopolíticos causados pela construção de
usinas de grande porte.
3.2.3 Energia Eólica
A energia eólica é a energia que provém do vento. O termo eólico vem
do latim aeolicus, pertencente ou relativo a Éolo, deus dos ventos na mitologia grega
e, portanto, pertencente ou relativo ao vento. A energia eólica tem sido aproveitada
desde a antiguidade para mover os barcos impulsionados por velas ou para fazer
funcionar a engrenagem de moinhos, ao mover as suas pás. Nos moinhos de vento a
energia eólica era transformada em energia mecânica, utilizada na moagem de grãos
ou para bombear água. Os moinhos foram usados para fabricação de farinhas e ainda
para drenagem de canais, sobretudo nos Países Baixos afirma a revista Ecoturismo
(Dez/2008).
Para Ramos (2006) a energia eólica é a energia mais limpa que existe
porém é caracterizada pela demora na sua obtenção, pois o vento é um fenômeno
25
natural e sofre com as interrupções temporárias. Ele destaca o aspecto econômico da
energia dos ventos ao citar o Estado da Califórnia, que com o aproveitamento desse
tipo de energia, economizou mais de 10 milhões de barris de petróleo.
Esse tipo de energia pode significar desenvolvimento local ao
incentivar proprietários rurais a alugarem seus campos para a exploração da energia
eólica, além de estabilizar o custo da energia uma vez que fontes alternativas de
energia passam a substituir a dependência dos combustíveis convencionais e suas
variações de preços e disponibilidade de acordo com o mercado destaca o blog As
Energias Renováveis.
3.2.4 Energia Maremotriz
Energia maremotriz é o modo de geração de eletricidade através da
utilização da energia contida no movimento de massas de água devido às marés. Dois
tipos de energia maremotriz podem ser obtidas: energia cinética das correntes devido
às marés e energia potencial pela diferença de altura entre as marés alta e baixa
conforme matéria da revista Ecoturismo (Dez/2008).
Esse tipo de energia possui alguns tipos de vantagens como o fato de
não ser poluente, ser uma fonte renovável e não requerer material muito sofisticado,
mas por outra lado, as desvantagens estão ligadas ao fato do fornecimento da energia
das ondas não ser contínuo, e também por apresentar baixo rendimento, cerca de 20%,
ser fortemente dispendiosa, destruir habitats naturais de diversas espécies de animais,
impossibilitar a navegação e a necessidade de amplitudes de marés superiores a 5
metros para que esse tipo de energia seja rentável mostra o blog As Energias
Renováveis.
O futuro deste tipo de produção de eletricidade reside em centrais
offshore (pouca distância da praia ou mar aberto) em que se prevê como, por exemplo,
26
para Portugal um potencial elevado que pode levar a que em 2025 cerca de 20% da
eletricidade consumida tenha esta origem conforme se afirma no Portal Energia.
3.2.5 Energia das Ondas
Conforme a revista Ecoturismo (Dez/2008) a energia das ondas,
provém do aproveitamento das ondas oceânicas. É uma energia “limpa”, isto é, sem
quaisquer custos para o ambiente. A instalação de equipamentos técnicos capazes de
gerar este tipo de energia ocorreu pela primeira vez em Portugal no ano de 2008, no
Parque de Ondas da Aguçadoura, a cerca de três milhas náuticas da Póvoa de Varzim.
Rutherford (2009) destaca os avanços que estão sendo realizados que
proporcionam à humanidade diversas fontes de energia através dos recursos naturais
da Terra. Mesmo estando em um período de estudos com algumas formas diferentes
de tecnologia aplicadas a esse tipo de energia, diversos obstáculos devem ser
superados para tornar esse tipo de energia realmente eficaz.
Particularmente benéfica para regiões costeiras, onde as ondas são
fortes, Rutherford (2009) lembra que esse tipo de energia é relativamente lenta e sua
movimentação irregular fazem-la não ser o melhor tipo de tecnologia para produção
de energia elétrica, mas conforme o avanço da tecnologia pode se tornar mais uma
ótima opção para substituir os combustíveis fósseis.
3.2.6 Energia da Biomassa
A biomassa é utilizada na produção de energia a partir de processos
como a combustão de material orgânico produzido e acumulado em um ecossistema,
porém nem toda a produção primária passa a incrementar a biomassa vegetal do
ecossistema. Parte dessa energia acumulada é empregada pelo ecossistema para sua
27
própria manutenção. Suas vantagens são o baixo custo, é renovável, permite o
reaproveitamento de resíduos e é menos poluente que outras formas de energias como
aquela obtida a partir de combustíveis fósseis afirma a revista ecoturismo (Dez/2008).
Ela é considerada uma das fontes para produção de energia com maior
potencial de crescimento nos próximos anos. É considera como qualquer matéria
orgânica que possa ser transformada em energia mecânica, térmica ou elétrica, de
origem florestal (madeira), agrícola (soja, arroz e cana-de-açúcar) e rejeitos urbanos e
industriais.
Os biocombustíveis, considerando as fontes de energia a partir da
biomassa, são os que desempenham papel extremamente relevante na geração de
energia renovável, principalmente pelo papel estratégico, como por exemplo o etanol
e o biodiesel, na substituição de combustíveis fósseis. No Estado de São Paulo o
biodiesel tem grande potencial de exploração a partir do cultivo de soja no processo
de rotação de cultura da cana-de-açúcar.
Ramos (2006) destaca a energia da biomassa como sendo uma energia
vegetal e por ser derivadas de plantas cultivadas são mais ecológicas que os
combustíveis fósseis. Porém ele destaca o fato do metro quadrado da biomassa ser
menos eficiente que o metro quadrado de painéis solares, onde na obtenção de boa
quantidade de captação de energia por meio de plantas é preciso uma quantidade de
terra bem mais extensa.
3.2.7 Energia Geotérmica
Energia geotérmica ou energia geotermal é a energia obtida a partir do
calor proveniente da Terra, mais precisamente do seu interior afirma a revista
Ecoturismo (Dez/2008). Devido a necessidade de se obter energia elétrica de uma
maneira mais limpa e em quantidades cada vez maiores, foi desenvolvido um modo
de aproveitar esse calor para a geração de eletricidade. Hoje a grande parte da energia
28
elétrica provém da queima de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão
mineral, métodos esses muito poluentes.
Para que possamos entender como é aproveitada a energia do calor da
Terra devemos primeiramente entender como nosso planeta é constituído. A Terra é
formada por grandes placas, que nos mantém isolados do seu interior, no qual
encontramos o magma, que consiste basicamente em rochas derretidas. Com o
aumento da profundidade a temperatura dessas rochas aumenta cada vez mais, no
entanto, há zonas de intrusões magmáticas, onde a temperatura é muito maior. Essas
são as zonas onde há elevado potencial geotérmico.
Ramos (2006) apesar de destacar o fato da energia geotérmica ser
gerada pelo calor das rochas do subsolo, onde as águas dos lençóis freáticos são
aquecidas e utilizadas na produção de energia, ele também aponta o fato desse tipo de
energia ocorrer em poucos lugares, principalmente perto de vulcões, e do alto custo de
perfuração da terra para chegar nas rochas aquecidas.
3.2.8 Energia Azul
Energia azul é a energia obtida da diferença entre a concentração de sal
entre a água do mar e a do rio com o uso de eletrodiálise reversa (EDR) (ou osmose)
com membranas específicas para cada tipo de íons afirma a revista Ecoturismo
(Dez/2008). O resíduo deste processo, é água salobra.
A tecnologia de EDR foi confirmada em condições laboratoriais.
Como em outras tecnologias, o custo da membrana foi um obstáculo. Uma membrana
nova e mais barata, baseada em polietileno eletricamente modificado, permitiu seu
uso comercial. Com isso a energia azul, é considerada mais uma das novas energias
que no futuro, quando se esgotarem as energias não-renovaveis, nos trará energia
afirma Gonçalves (2009).
29
Sad (2009) confirma que esse tipo de tecnologia ainda não é
economicamente viável devido aos custos das membranas. Foi constatado que o custo
megawatt/hora chega a ser o dobro do gerado por uma usina termelétrica.
Cruz (2010) destaca que mesmo sendo um tipo de energia que ainda é
cara ela pode ser usada por populações carentes que ainda não têm acesso a qualquer
tipo de energia. Em um projeto criado na Nicarágua através da associação Craig, uma
homenagem a seus fundadores Matías e Guillaume Craig, ele constatou que depois da
implantação desse projeto a população beneficiada agora é capaz de participar dos
avanços da sociedade moderna e utilizar dos benefícios de participar da mesma, ao
invés de serem isoladas e literalmente abandonadas à escuridão.
3.3 Tecnologias Verdes
Ainda não há uma definição rigorosa para termos como tecnologia
verde ou sustentável, mas a definição de tecnologia ambiental proposta pelo Conselho
Nacional de Ciência e Tecnologia (NSTC) dos EUA é bastante funcional e
interessante no contexto da Economia Verde. Segundo o NSTC, as tecnologias verdes
são aquelas que reduzem riscos humanos e ecológicos, melhoram a custo-eficiência,
melhoram a eficiência de processos e criam produtos e processos ambientalmente
benéficos ou benignos.
No mercado de energias renováveis, o investimentos em pesquisa e
desenvolvimento é crucial para a descoberta de novas formas de geração de energia a
partir de fontes renováveis, além de melhorar a eficiência das tecnologias já
existentes, garantindo a competitividade com o modal não renovável.
A existência de tecnologias disponíveis no mercado não significa
necessariamente a possibilidade de implementação e ampla utilização das mesmas,
uma vez que é preciso realizar estudo de viabilidade econômica na região desejada
para verificação da realidade e adequação ao portfólio disponível de tecnologias. São
30
Paulo, por exemplo, apresenta um grande potencial solar quando comparado com o
modal eólico.
No Brasil, as tecnologias amplamente utilizadas para geração de
energia estão na área da biomassa e da hidroeletricidade, as quais representam as duas
fontes com menor custo de investimento e custo de geração conforme o Centro de
Pesquisa em Energia Elétrica (CEPEL). Uma vez dominadas e reconhecidas estas
tecnologias, é possível realizar um planejamento energético considerando os períodos
do ano onde há maior possibilidade de geração de energia para cada fonte, protegendo
os consumidores de possíveis “apagões”.
Esse pilar da Economia Verde envolve o estímulo ao desenvolvimento
e fabricação de produtos, serviços e modelos de negócio baseados em tecnologias
verdes – um campo novo e altamente intensivo em inovação, que articula
conhecimentos, técnicas, métodos, processos, experiências e equipamentos em novas
formas de se pensar a indústria e a produção, buscando harmonizar o
desenvolvimento econômico com a qualidade ambiental em escalas local, regional,
nacional e global.
3.4 Transporte Sustentável
Qualquer política pública deve concentrar suas ações na solução do
problema entre espaço e tempo que sofre o trânsito, a fim de assegurar a mobilidade
de cargas e passageiros. Mas só essa preocupação não é o suficiente, é preciso que
esse transporte seja sustentável. Dentro deste tema é que buscamos aplicar nos
transportes as teorias da Economia Verde, onde devem ser considerados os vínculos
entre economia, sociedade e meio ambiente, com o intuito de melhorar os padrões de
consumo e produção.
A necessidade de políticas e de planejamento relacionados ao
transporte é inquestionável para Feldmann (2009). Segundo a UNEP (United Nations
31
Environmental Programme) o setor de transportes é responsável por um quarto das
emissões de dióxido de carbono, e essas emissões tendem a crescer 57% no mundo no
período de 2005 a 2030, sendo 80% deste crescimento contribuição direta dos países
em desenvolvimento. Ainda, a grande maioria dos Gases Efeito Estufa liberados no
setor de transportes, inclusive a estimativa de crescimento, são provenientes dos
carros particulares e caminhões.
Devido a grande capacidade de diversificação e revitalização, o setor
de transportes visa não só reduzir a matriz poluidora mas sim diversificar a economia
através da criação de empregos verdes, comércio sustentável e geração e distribuição
de renda, atrelados à redução da poluição e do uso de recursos e energia renováveis.
Ao levarmos em consideração a necessidade de se renovar a matriz
energética do transporte, devemos atentar também para a emissão de poluentes e a
eficiência energética do transporte, que podem proporcionar enormes benefícios
econômicos e sociais gerados pelo investimento em infra-estrutura adequada, criação
de empregos e combate à degradação do meio ambiente.
Dentro dos diversos fatores que devem ser modificados é necessário
atentar para os que englobam reforma fiscal, políticas de investimento,
estabelecimento de padrões, produção e consumo sustentável, inovação, educação
ambiental e parcerias público-privadas com o intuito de melhorar a qualidade e
capacidade do transporte, gerando ganhos econômicos, ambientais e de segurança.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) apóia
algumas diretrizes na política de transporte sustentável como o incentivo a utilização
do transporte público e do transporte não-motorizado, a promoção da utilização de
veículos de baixo impacto poluidor, o desincentivo a utilização do transporte
individual, a promoção da gestão ambiental urbana, o adensamento das áreas centrais
e controle a dispersão urbana e a promoção da disseminação de informações sobre
meio ambiente no setor de transportes, trânsito e planejamento urbano.
32
3.5 Construção Civil Sustentável
Com a atual necessidade de reduzir o déficit habitacional e melhorar a
infra-estrutura urbana no Brasil, podemos notar o crescente aumento das atividades na
construção civil. O resultado desse aumento é a expansão expressiva do crédito
habitacional e a participação de investidores externos nas captações brasileiras no
mercado aberto.
A construção civil não só movimenta a economia brasileira, gerando
empregos e contribuindo para o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro,
mas também é responsável por exercer grandes impactos ambientais ao absorver
grande quantidade de recursos naturais e gerar gases de efeito estufa, tanto no
consumo de energia em edificações como na produção de materiais construtivos.
Novas tecnologias podem evitar grande parte das emissões nos
edifícios e residências, como sistemas de aquecimento solar e a aquisição de
eletrodomésticos mais eficientes. Além de evitar emissões essas tecnologias mais
limpas são uma oportunidade para a criação de empregos verdes, além de
proporcionar o desenvolvimento social, a transformação de mercado e evitar os
efeitos das mudanças climáticas, através da eficiência energética e a reciclagem de
materiais.
Segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (2009), o impacto da
construção civil é grande, ela é responsável por consumir entre 30% e 40% de todos
os recursos extraídos da natureza. Com relação à madeira, dos 64% produzidos na
Amazônia, 15% são consumidos pelo setor no Estado de São Paulo, onde grande parte
da madeira é de origem ilegal ou predatória.
Outro grande responsável por contribuir para o efeito estufa é um
material muito utilizado na construção civil, o cimento Portland. Sua contribuição
para tais efeitos ocorre quando o cimento é produzido, onde com o processo de
descarbonatação do calcário é emitido carbono 14 para a atmosfera.
33
Uma alternativa a esse grande impacto ambiental é a incorporação de
resíduos sólidos na produção de novos materiais de construção, permitindo a redução
do consumo de energia e de matérias-primas e, em alguns casos, permite a produção
de materiais com melhores características técnicas, como é o caso da utilização da
escória de alto forno (resíduo proveniente da produção do aço), que melhora o
desempenho do concreto conforme afirma Cassa (2001).
Outra alternativa é a utilização de resíduos da construção e demolição,
os famosos entulhos, na construção de pavimentação, pois além de serem vendidos
por preços inferiores aos dos granulares tradicionais, utilizados nesse tipo de
construção, contribuem para a redução dos impactos ambientais provocados pela
construção civil.
3.6 Saneamento
O conceito de saneamento básico, segundo a Lei Federal nº.
11.445/2007, engloba o sistema de abastecimento de água, esgotamento sanitário,
manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana, e o manejo de águas pluviais urbanas,
os quais devem se integrar de forma sistêmica ao ordenamento e ao uso do solo, a fim
de promover crescentes níveis de salubridade ambiental e a melhoria das condições de
vida.
Com o crescimento populacional acelerado e os padrões insustentáveis
de produção e consumo, alguns problemas passam a ser mais notados como a
crescente quantidade de resíduos e dejetos gerados por tal crescimento, sendo
associado esse problema a impactos ambientais, sociais, à saúde pública e às
economias locais.
De acordo com o IBGE (2000) dos 97,9% dos municípios que possuem
abastecimento de água, 52,2% deles são atendidos por esgotamento sanitário, sendo
que destes, apenas 20,2% possuem tratamento. O manejo de resíduos sólidos também
34
é preocupante, pois 63,6% dos municípios brasileiros utilizam lixões como forma de
disposição dos resíduos sólidos urbanos, 18,4% utilizam aterros controlados e 13,8%
utilizam os aterros sanitários.
Mesmo reciclando apenas 8% dos resíduos sólidos domiciliares, a
gestão dessa reciclagem emprega cerca de 500 mil pessoas no Brasil, sendo este então
o emprego verde que possui maior postos de trabalhos no país. Apesar da excelente
geração de emprego essa porcentagem fica muito atrás da União Européia que recicla
cerca de 22% de seus resíduos sólidos domiciliares conforme dados do UNEP (2008).
Apesar de haver um grande potencial a ser explorado no setor de
reciclagem, gerando benefícios ambientais através da redução do consumo de
recursos naturais, sociais e econômicos, com a geração de empregos verdes, devemos
atentar para as condições de trabalho dos empregados desse setor, garantindo a
promoção de políticas públicas com o intuito de garantir condições seguras e salubres
aos trabalhadores, além de remuneração adequada.
Outra forma lucrativa de lidar com esse problema é o aproveitamento
energético do biogás em aterros sanitários. A tecnologia de aproveitamento do gás de
lixo (GDL) consiste na recuperação do biogás gerado pela decomposição da parte
orgânica dos resíduos no aterro, podendo ser convertido em eletricidade, vapor,
combustível para caldeiras ou fogões, combustível veicular ou ser utilizado para
abastecer gasodutos com gás de qualidade demonstra Goldemberg.
3.7 Uso Racional de Água
Mesmo situado em uma posição privilegiada, com relação à
disponibilidade de recursos hídricos, o Brasil ainda sofre com a desigualdade regional
na disponibilização hídrica, onde regiões pouco habitadas possuem grande potencial
hídrico, como a região amazônica, enquanto outras podem até sofrer com a escassez
como a Nordeste e a Sudeste.
35
Além dos problemas relacionados à disponibilidade, existem também
os relacionados à qualidade da hídrica, como a distribuição do saneamento às diversas
regiões do país, a disposição inadequada de esgoto sem tratamento nos rios, a
contaminação dos mananciais por agrotóxicos, resíduos industriais ou resíduos sólidos
dispostos inadequadamente.
Uma alternativa interessante para esses problemas seria o reuso da
água proveniente de tratamento de esgotos e também o aproveitamento de água de
chuva, através de técnicas de construção civil sustentável que visam evitar a agressão
ao meio ambiente.
O setor de construção civil, além de promover o uso da inovação nesse
novo ramo de mercado, também usa o apelo ambiental no lançamento de
empreendimentos imobiliários, onde além de atrair a atenção de consumidores
conscientes também oferece espaço para o desenvolvimento de uma Economia Verde
voltada para o uso racional de água.
3.8 Agricultura e Florestas
Atividade essencial à sobrevivência humana, a agricultura sempre teve
papel decisivo no desenvolvimento da sociedade e na conseqüente causa de
importantes transformações ambientais, a partir dessas transformações ficou evidente
a necessidade de conservação ambiental devido ao impacto gerado pelo modelo
tradicional de produção e consumo.
O agronegócio como peça fundamental na economia brasileira é
responsável por grande participação na geração de renda e de empregos e na inserção
do país no comércio mundial. Esse fato torna a agricultura um ponto estratégico na
implementação de técnicas voltadas ao aumento da rentabilidade e produtividade das
fazendas.
36
A importância das florestas e principalmente da produção florestal está
relacionada a necessidade de utilizar a madeira em diversas áreas da economia, como
a produção de energia, óleos e remédios e a demanda por fibras, resinas e sementes.
Aliar essas necessidades com a preservação do meio ambiente é o grande desafio da
atual economia e objetivo principal da Economia Verde.
Desenvolvimento econômico e preservação podem estar aliados aos
mesmos objetivos quando diversos incentivos, como os relacionados a preservação de
mata nativa, inserção ao mercado de carbono e produtos certificados, facilitam a
participação dos produtores nessa nova tendência econômica.
3.9 Investimento em Turismo
A CELG D apóia vários eventos culturais promovidos pelas
Secretarias de Cultura do Estado e dos Municípios, como o Festival Internacional do
Cinema Ambiental, realizado anualmente na Cidade de Goiás, que como o próprio
nome indica, trata de produções voltadas para assuntos do meio ambiente. Em
Pirenópolis, o Festival de Canto da Primavera explora o compromisso dos
consumidores com o meio ambiente. Estas cidades, por seu peso histórico no Estado
receberam investimentos na construção de redes subterrâneas e iluminação que
reproduz a posteação do início do século, em ambas, a CELG D adquiriu casarões
tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e com
sua consultoria adequou-as para funcionarem como Agências de Atendimento.
Além do turismo cultural outra vertente que cresce muito no mercado,
principalmente depois da conscientização de preservação do meio ambiente, é o
ecoturismo. Uma vez que os ambientes naturais estão entre os principais atrativos
turísticos, quanto mais preservado for o atrativo, melhor será sua atratividade.
De acordo com a Sociedade Internacional de Ecoturismo (TIES – The
International Ecoturism Society), ecoturismo é “viagens responsáveis para áreas
37
naturais que conservam o meio ambiente e sustentam o bem estar das comunidades
locais”. Portanto o ecoturismo está ligado ao turismo que busca na natureza atrativos
de descanso e lazer, ligados a práticas sustentáveis de mínimo impacto ambiental e de
valorização de culturas locais através da educação da conservação ambiental.
Fennel (2002) define ecoturismo como “uma forma sustentável de
turismo baseado nos recursos naturais, que focaliza principalmente a experiência e o
aprendizado sobre a natureza: é gerido eticamente para manter um baixo impacto, é
não predatório e localmente orientado (controle, benefícios e escala). Ocorre
tipicamente em áreas naturais, e deve contribuir para a conservação ou preservação
destas”.
A TIES define que os princípios do ecoturismo estão ligados a
minimização dos impactos, construção de uma consciência ambiental e cultural de
respeito, proporcionar experiências positivas tanto para visitantes como anfitriões,
proporcionar benefícios financeiros diretos para a conservação da natureza e
contribuição ao desenvolvimento da consciência política, ambiental e social.
O turismo quando desenvolvido de maneira sustentável e com
planejamento, além de gerar empregos e renda, preserva o meio ambiente e evita a
pressão humana demasiada aos recursos naturais. Vale lembrar que o turismo está
intensamente ligado as mudanças climáticas, onde além de ser responsável por tais
mudanças também sofre com elas.
3.10 Emprego Verde
Emprego verde é definido por Renner (2008) como o trabalho em
diversos setores como o da agricultura, da manufatura, da pesquisa e do
desenvolvimento, do administrativo e o de serviços que contribuem substancialmente
em preservar ou recuperar a qualidade do meio ambiente. Especificamente, mas não
exclusivamente, é incluído empregos que ajudam a proteger o ecossistema e a
38
biodiversidade, a reduzir o consumo de energia, matéria-prima e água através de
estratégias eficientes que minimizam qualquer forma de geração de desperdício e
poluição.
Principalmente devido ao fato do mercado de energias renováveis estar
crescendo de forma consistente nos últimos anos e devido ao grande volume de
investimentos públicos e privados, é que podemos afirmar que a Economia Verde tem
grande potencial de geração de empregos na agricultura, em institutos de pesquisa,
plantas de produção de equipamentos, logística, universidades e consultorias em todos
os níveis de qualificação consolidando tanto o mercado internacional como o
nacional.
Dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que os
combustíveis fósseis geram menos empregos que a indústria de energias renováveis
atualmente. Essas duas organizações, em conjunto com o WorldWatch Institute,
estimam que haverá um crescimento neste mercado para US$ 630 bilhões até 2030, e
se esta projeção for concretizada, serão gerados, ao menos 20 milhões de empregos
diretos e indiretos, com 2 milhões no mercado de energia eólica e 6 milhões em
energia solar.
3.11 Reestruturação na Educação e Parcerias Privadas
Segundo Milani (2007), uma economia ecológica é impossível de ser
criada apenas melhorando a eco-eficiência da produção industrial existente. Para se
obter uma produção verde é necessário um novo tipo de profissional, uma pessoa
melhor integrada na vida social e ecológica, com uma nova percepção sobre serviço.
A CELG desenvolve, anualmente, campanhas públicas de preservação
de um dos principais rios do Estado de Goiás, o Araguaia. Também com
39
periodicidade anual é levado o “Projeto CELG nas Escolas” distribuindo cartilhas
abordando o uso racional e eficiente da energia. Clientes que acessam o tele-
atendimento ouvem mensagens sobre o uso racional de energia e cuidados no uso da
eletricidade.
A CELG D tem atuado muito próxima dos centros de ensino médio e
superior do Estado de Goiás, como:
-Convênio com a Escola de Engenharia da UFG possibilitou a montagem de
laboratório de máquinas estáticas e a absorção por esta da execução de laudos
técnicos dos equipamentos que serão montados nas redes da empresa;
-Convênio com outro com o CEFET – Centro Federal de Educação
Tecnológica permite aos alunos trabalharem na recuperação de medidores
danificados, sendo remunerados através de bolsas de estudos;
-Disponibilização de vagas para estágios de diversos cursos.
40
4.1 Conclusão
Com a grande integração global e concorrência acirrada dos dias
atuais, as empresas devem se preparar para permanecerem no mercado. Manter o foco
somente no capital e no uso descontrolado das matérias-primas pode não ser a melhor
escolha para o futuro. Uma grande tendência do mercado é a Economia Verde, mas
não é a única.
O novo paradigma sobre a Economia Verde é considerado muito mais
do que simplesmente energia limpa ou mudança das atitudes ou comportamento das
pessoas, empresas e países com relação ao meio ambiente. Seguir o rumo dessa nova
tendência é uma boa dica, mas isso requer uma grande discriminação entre autênticas
tendências da evolução humana e apenas uma ressaca do consumismo descontrolado
humano, conforme sugere Milani (2007).
Com as recentes descobertas maciças sobre a consciência ambiental, as
organizações ambientais têm uma grande oportunidade de levantar o nível de
discussão e de consciência para um novo plano estratégico, buscando aliar enfim seus
objetivos ambientais com os econômicos de nossa sociedade. Nota-se também a
grande oportunidade de criação de alianças estratégicas, democracia participativa,
justiça social e regeneração da comunidade através do potencial de desenvolvimento
da Economia Verde.
È normal e até desejável que algumas empresas buscam obter lucros
dentro da nova tendência de sustentabilidade da economia, mas alguns pontos
essenciais devem ser levados em conta como o impacto dessa nova tendências na
economia tradicional e na comunidade, uma maior democratização dos meios de
preservação do meio ambiente e transparência no desenvolvimento de novas idéias e
tecnologias no intuito de direcionar os interesses pessoais para não afetar o
desenvolvimento sustentável e o bem estar dos consumidores, são boas sugestões de
Milani (2001) para esse novo assunto.
41
Garcia(2007, p.6) aponta em sua abordagem que “caso não haja uma
revisão por parte das empresas em sua sistemática de elaboração de sua estratégia,
considerando como uma das variáveis o meio ambiente, o resultado poderá ser um
plano inócuo, que não retrata uma parcela significativa e relevante em termos de
impacto sobre o meio, além de perda de mercado e diminuição do lucro no médio e
longo prazo.”
Garcia(2007, p.6) afirma “A busca do desenvolvimento sustentável não
é uma opção, mas uma necessidade de mercado. Hoje o impacto ambiental dos
negócios é tema obrigatório na elaboração do planejamento estratégico das empresas.
As ações visando a eco eficiência podem ser aplicadas em qualquer fase do projeto ou
da venda do produto, porém quanto antes elas forem consideradas, o custo de
implementação será menor, ou seja, se forem levadas em conta, já na fase do
planejamento, menor o impacto de custo sobre o projeto, e conseqüentemente melhor
o resultado”.
Portanto mesmo com várias vertentes apoiando ou sendo contra a nova
situação econômica, a Economia Verde, é notório que a necessidade por
sustentabilidade e diminuição dos impactos ambientais causados pelo homem serão o
grande diferencial das empresas nessa nova era, a Era Verde, e esse diferencial já é
constatado em empresas como a CELG e o Governo do Estado de São Paulo.
42
5.1 Referencial Teórico
CAMARGO, Pedro Celso Julião de. Administração estratégica: Marketing na
sociedade da informação. São Paulo, 2006.
CASSA, J. C. et al. Diagnóstico dos setores produtores de resíduos na Região
Metropolitana de Salvador/Bahia – Projeto Entulho Bom. Salvador: EDUFBA,
Caixa Econômica Federal, 2001.
CELG. História da Celg Distribuição S.A. Disponível em
<http://celgd.celg.com.br/paginas/institucional/historia.aspx>. Acesso em 19
Ago/2010 às 9:30 h.
CELG. Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental. 2008.
CETESB. Transporte Sustentável. Disponível em
<http://www.cetesb.sp.gov.br/Ar/emissoes/sustentavel.asp>. Acesso em 11 Out/2010
às 18:30 h.
CRUZ, Sergio. Los quijotes de la energía azul. Publicado em Mar/2010. Disponível
em <http://www.labrujula.com.ni/noticia/465>. Acesso em 02 Nov/2010 às 17:20 h.
DRUMMOND, Christinne. A energia solar e seus benefícios. Publicado em
03/2010. Disponível em <http://www.webartigos.com/articles/35329/1/A-Energia-
Solar-e-seus-Beneficios/pagina1.html>. Acesso em 31 Out/2010 às 18:23 h.
ECOTURISMO, Revista. Energias Renováveis. Publicado em 12/2008 Disponível
em <http://revistaecoturismo.com.br/turismo-sustentabilidade/energias-renovaveis>.
Acesso em 18 Set/2010 às 18:31 h.
EITELWEIN, Débora. Energia Hidráulica. Disponível em
<http://www.coladaweb.com/fisica/mecanica/energia-hidraulica>. Acesso em 01
Nov/2010 às 21:53 h.
43
ENERGIA, Portal. Energia, Ondas e Mares. Disponível em <http://www.portal-
energia.com/ondas-e-mares/>. Acesso em 02 Nov/2010 às 15:05 h.
FELDMANN, Fabio. Transporte Sustentável: uma solução necessária. Disponível
em <http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3792694-EI11351,00-
Transporte+Sustentavel+uma+solucao+necessaria.html>. Acesso em 11 Out/2010 às
19:20 h.
FENNEL, D. A. Ecoturismo: uma introdução. São Paulo: Contexto, 2002.
FREITAS, Eduardo de. Economia do Estado de São Paulo. Escola Brasil.
Disponível em <http://www.brasilescola.com/brasil/economia-estado-sao-
paulo.htm>. Acesso em 20 Ago/2010 às 8:30 h.
GARCIA, Roberto Sanches. O meio ambiente e o planejamento estratégico. São
Paulo, 2007.
GOLDEMBERG, José. Bioenergia no estado de São Paulo : situação atual,
perspectivas, barreiras e propostas / José Goldemberg, Francisco E. B. Nigro,
Suani T. Coelho – São Paulo : Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2008.
Disponível em
<http://homologa.ambiente.sp.gov.br/biogas/docs/livro_bioenergia.pdf>. Acesso em
02 Nov/2010 às 19:15 h.
GONÇALVES, Filipe. Energia azul: o que é e como se obtém? Publicado em
Nov/2009. Disponível em <http://filipegoncalves7.blogspot.com/2009/11/energia-
azul-o-que-e-e-como-se-obtem.html>. Acesso em 02 Nov/2010 às 17:00 h.
GOULD, Stephen Jay. Ever since Darwin: Reflections in Natural History. New
York: Norton, 1977.
GOVERNO DO BRASIL. Lei Federal 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Disponível
em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm>.
Acesso em 02 Set/2010 às 16:07 h.
44
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. História do Estado de São Paulo.
Disponível em
<http://www.nossosaopaulo.com.br/Reg_SP/Hist_Geog/HistGeo_Hist.htm>. Acesso
em 19 Ago/2010 às 10:00 h.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Lei Estadual 13.798, de 09/11/2009.
Disponível em <http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/2009/lei
%20n.13.798,%20de%2009.11.2009.htm>. Acesso em 07 Ago/2010 às 19:00 h.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Uma potência chamada São Paulo.
Disponível em <http://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/principal_conheca>.
Acesso em 19 Ago/2010 às 14:30 h.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Pesquisa
Nacional de Saneamento Básico 2000. Disponível em
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pnsb/pnsb.pdf>.
Acesso em 02 Nov/2010 às 19:50 h.
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS – IPT. Madeira – Uso
sustentável na construção civil. 2º edição. São Paulo:Instituto de Pesquisas
Tecnológicas, 2009.
JOHNSON, George. Plugados no Sol. Publicado em 2009. Disponível em
<http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/edicao-114/energia-solar-
493877.shtml>. Acesso em 31 Out/2010 às 18:03 h.
MILANI, Brian. Beyond Environmental Protection: Ecological Alternatives &
Education for a Green Revolution. (2001) Disponível em
<http://www.greeneconomics.net/EnvironEducation.html>. Acesso em 08 Jul/2010 às
17:30 h.
MILANI, Brian. Break Through…to What?.Green Economic Strategies and the
Environmental Movement. (2007) Disponível em
<http://www.greeneconomics.net/BreakThroughReview.htm>. Acesso em 08
Jul/2010 às 10:30 h.
45
MILANI, Brian. What is green economics? (2001) Disponível em
<http://www.greeneconomics.net/what2f.htm>. Acesso em 28 Jul/2010 às 11:00 h.
RAMOS, Caio Prat. Energia alternativa: uma meta para o futuro. 2006.
Disponível em <http://www.escolaviva.com.br/7serie/aenergia_caio.htm>. Acesso em
01 Nov/2010 às 21:25 h.
RENNER, Michael.Green Jobs: Towards decent work in a sustainable, low-
carbon world. Michael Renner, Sean Sweeney, Jill Kubit.UNEP/ILO/IOE/ITUC.
2008.
RENOVÁVEIS, As Energias. Vantagens da Energia Eólica. Disponível em
<http://www.gstriatum.com/pt/vantagens-da-energia-eolica/>. Acesso em 01
Nov/2010 às 22:32 h.
ROSENWALD, Michael S. Showcasing the Growth of the Green Economy. (2006)
Disponível em
<http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/10/15/AR2006101500
685.html>. Acesso em 08 Jul/2010 às 19:00 h.
RUTHERFORD, Max. The benefits of wave power. Publicado em Fev/2009.
Disponível em <http://www.biofuelswatch.com/the-benefits-of-wave-power/>.
Acesso em 02 Nov/2010 às 15:35 h.
SAD, Álvaro. A energia azul promete benefícios para o meio ambiente. Publicado
em Set/2009. Disponível em <http://ideias-verdes.blogspot.com/2009/09/energia-
azul-promete-beneficios-para-o.html>. Acesso em 02 Nov/2010 às 16:45 h.
SÃO PAULO (ESTADO). Secretaria do Meio Ambiente / Coordenadoria de
Planejamento Ambiental. Economia Verde: desenvolvimento, meio ambiente e
qualidade de vida no Estado de São Paulo. Coordenação Casemiro Tércio dos Reis
Lima Carvalho – São Paulo: SMA/CPLA, 2010.
SCHUMPETER, J. A. Capitalism, socialism and democracy. New York: Harper e
Row, 1950.
46
TIES. The International Ecoturism Society. Disponível em
<http://www.ecotourism.org>. Acesso em 20 Nov/2010 às 9:50 h.
UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME – UNEP. Green Jobs:
Towards decent work in a sustainable, low-carbon world. Publicado em Set/2008.
Disponível em < http://www.unep.org/labour_environment/PDFs/Greenjobs/UNEP-
Green-Jobs-Report.pdf>. Acesso em 02 Nov/2010 às 18:36 h.
WRIGHT, Peter L. Administração estratégica: conceitos. Peter Wright, Mark J.
Kroll, John Parnell: tradução Celso A. Rimoli, Lenita R. Esteves. – 1.ed. – 8.reimpr. –
São Paulo: Atlas, 2007.
ZAITSEV, Yuri M. O setor governamental: Um modelo para estimar a
participação plausível do governo na economia. Passo Fundo (p. 159,170) Nov
1993.
47