Estilos Cognitivos

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A “DEPENDÊNCIA-INDEPENDÊNCIA DE

CAMPO” NA RELAÇÃO PEDAGÓGICA E NA

ORIENTAÇÃO ESCOLAR E PROFISSIONAL

Lígia Mexia Leitão

(1985)

Dependência de Campo

CogniçãoIndependência

de Campo

Tópicos.

Estilos Cognitivos.

Objectivos de Investigação.

Métodologias de Investigação.

A Dependência-Independência de Campo na relação professor-

aluno.

A Dependência-Independência de Campo na relação escolar e

profissional.

Estilos Cognitivos.

São manifestações de actividades intelectuais que se relacionam com a

estrutura do pensamento. É uma modalidade particular que possibilita

ao indivíduo assimilar as informações obtidas, tratá-las e emiti-las.

Existem diferentes modos de funcionamento intelectual e cada individuo

tem um modo de funcionamento característico e coerente nas suas

actividades intelectuais e perceptivas, caracterizando-se mais pela forma

que pelo conteúdo da actividade cognitiva, são dimensões extensas que

manifestam-se no domínio intelectual e abrangem os sectores de

condutas cognitivas, sociais e afectivas.

Apesar de os estilos cognitivos poderem ser compreendidos como

características relativamente estáveis através da interferência são

susceptíveis de modificações são dimensões bipolares no qual os

pólos opostos caracterizam duas maneiras diferentes de

acomodação a condições próprias. Os estilos cognitivos são

variáveis importantes nas abordagens individuais de aprendizagens.

O tema E.C. é um tema que constitui diversos trabalhos e investigações

realizadas em torno da sua complexidade, em constantes estudos que

relatam novas descobertas e caracterizações.

O termo foi apregoado pela primeira vez em 1951 por Klein no livro de

Blake et Ramsey, Perception – an approach to personality.

Segundo Binet a estrutura do pensamento é um mecanismo muito

complexo, os estudos realizados por ele no âmbito da psicologia

cognitiva, visavam observar, identificar, analisar e conhecer os

mecanismos que intervêm nas operações de selecção, orientação e

expressão do pensamento, ou seja, qual a ligação e relação entre os

processos dinâmicos que causam as condutas efectuadas pelo sujeito.

Implicações na relação pedagógica

e na orientação vocacional.

Trabalhos sobre DIC

“Rod and Frame test” (teste do quadro e vara)

“EmbeddedFigures test”

(teste de figuras embutidas)

“Tilting-room-tilting-chair

test” (teste do quadro e da

cadeira)

Objectivo das Investigações.

Análise das Tarefas.

Verificação de modelos de tratamento da informação verificação de

modelos de tratamento da informação.

Verificação de modelos de tratamento da informação.

Desenvolver estratégias de ensino-aprendizagem favoráveis a

melhor eficiência dos estilos cognitivos.

Metodologias de

Investigação.

Duas estratégias

Exteriorizar os processos do pensamento

através da observação

Exame dos produtos do pensamento

Obstáculos à aplicabilidade dos

E.C.

Psicologia da Educação

Psicologia Educação

ComportamentoDescobrir leis

Prática

Obstáculos à aplicabilidade dos

E.C.

Teoria sem

prática

Especulação abstracta

Prática sem

teoria

Actividade ao acaso

Relação professor-aluno.

Investigações referem o papel do estilo cognitivo dos alunos na

situação de aprendizagem.

Investigações referem o papel dos professores na situação de ensino.

Análise dos efeitos combinados dos e.C. Dos professores e dos

alunos.

Relação professor-aluno.- DIC na situação de aprendizagem

Características sociais • Aprendizagem do Material

Ruble e nakamura (1972)

Sujeitos dependentes de campo são mais sensíveis aos fenómenos

de influência social.

Sujeitos dependentes de campo revelaram-se superiores em

problemas de formação de conceitos.

Crutchfield (1958)

Sujeitos dependentes de campo superiores na memorização de

informação social. Aprendizagem acidental - DC IC

Aprendizagem intencional - DC = IC

Relação professor-aluno.- DIC na situação de aprendizagem

Características sociais • Efeitos do reforço social

Conceito de Identidade Separada = Existência de níveis de

diferenciação do “Eu” e do Não-Eu” distintos.

Sujeitos IC recorrem ao quadro de referência interno – nível de

maior diferenciação e separação.

Sujeitos DC recorrem ao quadro de referência externo – nível

de diferenciação menor (supõe continuidade entre “eu” e “não-

eu”).Sujeitos DC têm maior necessidade da definição exterior

dos objectivos e reforços.

Sujeitos IC definem-nos por si mesmos.

Steinfeld (1973)

Criança introduz uma bola num determinado

buraco.

REFORÇO 1

REFORÇO ABSTRACTO [luz vermelha

acende]

REFORÇO 2

REFORÇO MATERIAL

[recebe uma ficha que pode trocar por um

brinquedo]

REFORÇO 3

REFORÇO SOCIAL

[experimentador elogia a criança]

Resultados:• Ic mais eficazes com reforço abstracto.• Ic interiorizam quadro referencial motivacional.• Dc têm necessidade de definição exterior.

• Reforços negativos: Dc apresentam maior sensibilidade face a críticas verbais.

Relação professor-aluno.- DIC na situação de aprendizagem

Características cognitivas • Processos mediadores

Sujeitos DC têm uma percepção global do campo e apreendem-no

tal como se apresenta – não utilizam processos mediadores de

análise e estruturação.

Sujeitos IC revelam uma atitude activa de apreensão do campo.

Estudo de Fleming (1968)

• Lista do geral p/ particular - não existem diferenças .• Lista particular p/geral – resultados IC superiores.

Resultados indiferenciados – técnicas pedagógicas em vídeoResultados diferenciados – técnicas pedagógicas escritas.

GERAL – PARTICULAR

Animal

Vertebrado

Mamífero

Homem

PARTICULAR - GERAL

Homem

Mamífero

Vertebrado

Animal

Estudo de Schwein (1970)Sujeitos IC alcançam performances melhores que sujeitos DC.

Estudo de Nebelkopf & Dreyer (1973)Sujeitos IC utilizam uma estratégia activa de categorização e organização na formação de conceitos.

Sujeitos DC adoptam uma estratégia passiva.

Relação professor-aluno.- DIC na situação de aprendizagem

Características cognitivas • Saliência dos Índices

Perante uma série de estímulos complexos (formação de

conceitos):

Sujeitos DC procuram primeiro verificar os que sobressaem

imediatamente do resto do conjunto.

Sujeitos IC verificam os estímulos em função do agrupamento e não

em função da saliência – identificam o conceito mais rapidamente.

Relação professor-aluno.- DIC na situação de ensino.

Professores IC

Preferem situações educativas impessoais sobressaindo os aspectos

cognitivos.

Adoptam métodos de leitura e auto-descoberta.

Papel organizador e orientador da aprendizagem.

Professores DC

Preferem situações educativas de interacção.

Adoptam método da discussão do conjunto.

Método facilita a troca de conhecimentos e confere um papel mais activo ao

aluno.

Relação professor-aluno.- DIC na situação de ensino.

Estudo de Ennerich, referido por Witkin (1977)

Professores com estilos cognitivos diferentes preferem tipos de reforçosdiversos.

Professores IC

Consideram mais eficaz prevenir o aluno de uma aprendizagemincorrecta.

Professores DC

Ao contrário, confiam na capacidade de auto-correcção do aluno.

Professores com Estilos Cognitivos diferentes são percepcionados

pelos alunos:

Professores IC são referidos como mais ligados aos princípios

abstractos, às teorias, às normas e à estruturação dos conhecimentos.

Professores DC são vistos como dando mais relevância aos factos e

revelam-se mais centrados nos alunos.

Relação professor-aluno.- DIC na situação de ensino.

Referências Bibliográficas.

Caderno de Fotocópias da cadeira de Psicologia da Educação II.

Grupo.Ana Filipa Carreira Antunes

Nº 8134

Anabela Cunha

Maryenne Viana

Universidade de Lisboa

Faculdade de P. e C. da Educação

Psicologia da Educação II

Docente Guilhermina Miranda

2008/2009