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EVASÃO NOS CURSOS DE TECNOLOGIA: Estudo sobre os possíveis motivos
que levariam um aluno a evadir-se dos Cursos de Tecnologia da Informação na
Faculdade Projeção Taguatinga
Elvis Roberto Barreto
Orientador: Prof. Msc. Thales José Salomão Belém de Souza
RESUMO
Este estudo teve como objetivo detectar e esclarecer os fatores que podem
ocasionar a evasão de alunos, ingressantes nos cursos de Tecnologia da Faculdade
Projeção Taguatinga. A amostra estudada consiste em 66% da população de
ingressantes no primeiro período de 2012. Para atingir os objetivos definidos, foram
utilizadas as estratégias de pesquisa documental e de revisão bibliográfica sobre o
tema. A pesquisa documental teve como base as informações contidas no
questionário aplicado aos alunos de primeiro semestre. A revisão bibliográfica
utilizou citações de autores em pesquisas e literatura que demonstram, na
atualidade, como o tema é tratado. Este trabalho se constitui na primeira tentativa de
detectar as causas que podem levar a evasão nos Cursos de Tecnologia da
Faculdade Projeção Taguatinga. Foi delineado o perfil do aluno ingressante no
período, considerando as suas características predominantes. Os fatores apontados
pelos alunos como possíveis determinantes para sua evasão do curso foram
discutidos à luz da literatura sobre o assunto. Dos fatores apontados pelos
entrevistados, alguns coincidem com o que dispõem as obras sobre o tema; alguns
outros fatores têm menor importância que a destacada na literatura.
Palavras-chave: Evasão. Ensino Superior. Cursos de Tecnologia. Faculdade
Projeção. Taguatinga.
ABSTRACT
This study aimed to identify and clarify the factors that may cause the escape
of students, entrants in the courses of Technology at Faculdade Projeção in
Taguatinga. The sample consists of 66% of the population of entrants in the first
period of 2012. To achieve the defined objectives, strategies were used to document
research and literature review on the topic. The documentary research was based on
the information in the questionnaire given to students in the first semester. The
bibliographic citations of authors used in research and literature show that,
nowadays, as the subject is treated. This work constitutes the first attempt to detect
the causes that can lead to avoidance courses in the Faculdade Projeção at
Taguatinga. Has been the profile of the student entering the period, considering its
predominant features. The factors cited by students as possible determinants for its
avoidance of the course were discussed in light of the literature on the subject. Of the
factors mentioned by respondents, some have matched what works on the subject,
some other factors have less importance than highlighted in the literature.
Keywords: Evasion. Higher Education. Technologies Courses. Faculdade
Projeção. Taguatinga.
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1. INTRODUÇÃO
O meio acadêmico surge como um contexto de desenvolvimento importante
dos jovens adultos nos diversos países. No Brasil, para grande parte dos
estudantes, o curso superior ainda é a forma privilegiada de ascensão social e
realização profissional, sendo uma continuidade entre a vida escolar e a inserção
laboral. Nos últimos anos, entretanto, os estudos têm mostrado elevados índices de
insatisfação com a escolha profissional entre alunos universitários brasileiros
(BARDAGI, 2007; GHIZONI e TELES, 2005; PALMA, A., PALMA, S. e
BRANCALEONI, 2005).
Segundo Spinosa (2003), existem políticas voltadas para a permanência dos
estudantes nas universidades, como o fortalecimento de medidas que privilegiam o
apoio financeiro e psicológico aos alunos carentes ou a modernização de métodos e
de currículos.
Um estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia
da Informação e Comunicação (Brasscom) revela que a evasão em cursos superior
de educação tecnológica, até a data da pesquisa em maio de 2011, chegava a 82%.
Outros fatores como o reflexo do investimento anual em educação por estudante e a
base matemática na escola regular também influenciam na escassez de estudantes.
Segundo o estudo, apenas 85 mil estudantes concluem os cursos
tecnológicos do Ensino Superior oferecidos por instituições brasileiras. O número
equivale a aproximadamente 18% do total de 460 mil vagas disponíveis. A pesquisa
não revela, contudo, o porcentual dessas vagas que são preenchidas já nos
períodos iniciais dos cursos, conforme se verifica na Figura 1.
Entre as razões desse alto índice de evasão, segundo a Brasscom, estão a
falta de perfil adequado dos alunos para o setor de tecnologia; a criação de
expectativas não realistas em relação aos cursos; e a falta de uma base matemática
que deveria ter sido construída durante o Ensino Básico.
Normalmente no Brasil o estudo de evasão é realizado no contexto de uma
IES específica ou de um curso específico, como é o caso do presente trabalho.
Parece haver a necessidade de que um trabalho mais genérico, com alcance
nacional, possa ser feito em torno desse assunto tão importante para a educação
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como um todo. O resultado dessa investigação mais abrangente sobre evasão traria
retorno econômico, social e humano, pois daria indicativos sobre a evasão, para as
instituições do ensino, para a sociedade e para o aluno, de como tentar evitar a sua
ocorrência.
A figura abaixo demonstra que as oportunidades de emprego no campo
tecnológico existem e são muitas, porém com o despreparo apresentado pela
maioria dos profissionais, entende-se que a demanda sempre será maior que a
procura.
O objetivo deste estudo é determinar os fatores que levam os alunos dos
cursos da área de Tecnoloiga da Informação a não renovarem suas matrículas, ou
simplesmente abandonarem os cursos. Para tanto, aplicou-se um questionário,
visando, em princípio, determinar se fatores de ordem acadêmica estão
influenciando na evasão.
Figura 1: representação gráfica do número de desistências nos cursos de TI. Fonte: Folha de São Paulo, de 19 de outubro de 2011.
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Infere-se que reprovações em disciplinas basilares podem causar atraso e até
mesmo a desistência nos cursos, vez que por serem pré-requisitos de outras, os
alunos ficam impedidos de darem continuidade com sua grade fechada em
acompanhamento de sua turma de origem, fazendo assim com que se desistimulem
por dois motivos: atraso semestral em relação aos seus colegas de sala e a perda
daquele convívio no qual já está habituado.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Sobre as Instituições de Ensino Superior – IES e a Educação no
Brasil
As Instituições de Ensino Superior, além do objetivo de produzir
conhecimento cultural, empenham-se em ajustar-se à realidade do país,
promovendo uma melhoria de vida na sociedade brasileira, “equipando tecnicamente
as elites profissionais e proporcionando ambiente propício às vocações, cujo
destino, imprescindível à formação da cultura nacional, é o da investigação e da
ciência pura”. (Diário Oficial de 15 de abril de 1931, citado por SOUZA, 1991, p. 104)
A educação faz parte da vida do homem na sociedade, serve de guia para
uma boa convivência social e o capacita para poder transmitir conhecimentos; é,
portanto, fator principal na formação da sociedade. “A educação está situada no
coração do desenvolvimento do ser humano, fazendo frutificar os seus talentos e
potencialidades criativas, o que implica a capacidade de cada um em
responsabilizar-se pela realização do seu projeto pessoal”. (SILVA, 2002. p. 42)
A educação tem o objetivo de dotar o homem de instrumentos culturais
capazes de impulsionar as transformações materiais e espirituais exigidas pela
dinâmica da sociedade, não se restringindo somente ao conhecimento sistemático
adquirido dentro de uma instituição de ensino. Ninguém escapa da educação: seja
em casa, na rua, na igreja ou na escola, todos aprendem alguma coisa,
independentemente do meio em que vive. A educação desenvolve e forma a
personalidade humana atuando em todos os aspectos, começando na família,
continuando na escola e se prolongando por toda existência. Ela forja no homem a
capacidade crítica, permitindo o livre pensamento e uma ação autônoma.
(BRANDÃO, 1985; DEOLORS, 2001; KRAEMER, 2005)
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De acordo com Souza (1991), os primeiros cursos superiores no Brasil
tiveram início em 1808, com o Colégio Médico-Cirúrgico na Bahia e a Cadeira de
Anatomia, implantada no Hospital Militar do Rio de Janeiro, seguida pela criação da
Escola Anatômica Cirúrgica e Médica, no Morro do Castelo, ainda no Rio de Janeiro.
“Após a primeira Guerra Mundial, com a industrialização e a urbanização,
forma-se a nova burguesia, e estratos emergentes de uma pequena burguesia
exigem o acesso à educação. [...], estes segmentos aspiram à educação acadêmica
e elitista [...]”. (ARANHA, 1996, p. 198)
Para Aranha (1996), a educação no país passou a despertar maior atenção a
partir da década de 30, podendo ter uma série de motivos, tais como: movimentos
dos educadores; iniciativas governamentais ou resultados concretos alcançados.
Nessa década é criado o Ministério da Educação e Saúde, responsável pelas
reformas educacionais no âmbito nacional e pela estruturação da universidade.
Ocorre maior autonomia didática e administrativa, bem como o interesse pela
pesquisa e difusão da cultura, com a finalidade de beneficiar a comunidade.
Na década de 90, foi promovida uma reforma da educação superior,
envolvendo alterações políticas, legais, estruturais e gerenciais no âmbito das
universidades. Essa reforma abriu um leque de ação para as universidades, que,
entre outras, podem realizar atividades para captação de recursos; contratar
funcionários; efetuar processo seletivo por meio de uma sequencia de etapas;
oferecer ensino, pesquisa e extensão; podendo abrir e fechar cursos e criar vagas
sem autorização. Nesse momento, a universidade passou a ser definida como
instituição pluridisciplinar. (CATANI, 1998)
Nos anos mais recentes, foram adotadas diversas iniciativas em relação ao
Ensino Superior, tais como: mudanças na Educação Superior com vistas a fortalecer
e expandir o ensino público gratuito; política de estabelecimento de quotas para
estudantes carentes, negros e indígenas; o ProUni - Programa Universidade para
Todos, que seleciona alunos que cursaram o 2º grau em escolas Públicas ou com
bolsas integrais em escolas particulares, para receberem bolsas de até 100% em
Faculdades Particulares. (Informativo MEC, 2005)
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2.2. Sobre evasão escolar e universitária
A evasão é o desligamento da instituição de ensino, sem que esta tenha
controle do mesmo. Segundo Santana et al (1996), a evasão escolar é um dos
maiores e mais preocupantes desafios do Sistema Educacional, pois é fator de
desequilíbrio, desarmonia e desajustes dos objetivos educacionais pretendidos. O
autor acusa a escola, responsável pelo processo de educação formal, de não
motivar os alunos nem atrair professores com melhores qualificações, oferecendo
assim, uma aprendizagem deficitária.
Pode ocorrer evasão por vários motivos: trabalho, doença grave ou morte,
transferência de domicílio, etc. Muitos alunos têm que dividir seu tempo entre a
faculdade e o trabalho, e são vencidos pelo cansaço, optando pelo dinheiro
necessário à sobrevivência. Outros são afetados com o problema da moradia, tendo
que arcar com o alto preço dos aluguéis ou das passagens, sem falar no tempo
despendido por aqueles que moram longe da escola. Isso leva à evasão
universitária e ao baixo rendimento dos alunos. (KAFURI E RAMON, 1985).
Outra causa da evasão está no fato do aluno não saber escolher a profissão
que quer seguir. Muitas vezes é transmitida ao jovem uma visão negativa do
mercado de trabalho e da profissão; ele acaba absorvendo essas informações e
nem busca conhecer pessoas que se deram bem na área de seu interesse, e, assim,
fica confuso e acaba evadindo do curso. (AUGUSTIN, 2005)
Uma boa escolha profissional leva em conta pelo menos três elementos:
quem é o jovem, o que é o mercado de trabalho e o que é a vida
universitária. As grandes causas da evasão universitária, [...] têm relação
com a desinformação do aluno sobre si mesmo, sobre as dificuldades do
mercado e sobre as matérias da faculdade [...].(AUGUSTIN, 2005. p. 2)
Muitos alunos evadem do curso por motivo de transferência para outra
universidade, devido à mudança de domicílio. Segundo Spinosa (2003), além da
evasão, as vagas ociosas surgem quando o aluno faz opção por outro curso
(transferência interna), se transfere para outra instituição, é jubilado (perde direito à
vaga) ou quando morre.
De uma maneira geral, há uma preocupação no sentido de diminuir ou, até
mesmo, extinguir a evasão. Segundo Spinosa (2003), existem políticas voltadas
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para a permanência dos estudantes nas universidades, como o fortalecimento de
medidas que privilegiam o apoio financeiro e psicológico aos alunos carentes ou a
modernização de métodos e de currículos.
Segundo Sbardelini (2004, p. 1) “o índice de desenvolvimento e modernização
de uma sociedade tem sido avaliado através do acesso de sua população ao ensino
superior”. Seguindo essa perspectiva, tão importante quanto facilitar o acesso do
aluno a uma IES, é mantê-lo nessa mesma instituição até a conclusão do seu curso.
Todo investimento da IES no sentido de manter o aluno em seus bancos escolares
será revertido para ela mesma.
Preocupados com retenção dos alunos, ficou evidenciado que na
Coordenação dos Cursos de Tecnologia da Informação, as seguintes atividades vêm
sendo desenvolvidas: reforço de aprendizagem, aplicações práticas em laboratórios
específicos e video-aulas com conteúdos das disciplinas de todo o curso. O estudo
pretende auxiliar na descoberta dos reais motivos da evasão dos alunos,
interessando principalmente a evasão no primeiro semestre dos cursos oferecidos
pela Faculdade.
2.3. Sobre o relacionamento entre IES e discentes
Para Gordon (2002), o marketing de relacionamento é o processo contínuo de
identificação e criação de novos valores com clientes individuais e o
compartilhamento de seus benefícios durante uma vida toda de parceria, envolvendo
a compreensão, a concentração e a administração de uma contínua colaboração
entre fornecedores e clientes selecionados para a criação e o compartilhamento de
valores mútuos por meio de interdependência e alinhamento organizacional.
Sheth (2001) defende um modelo de compra baseado no relacionamento, no
qual os fatores custo-benefício (custos de procura, redução de custos, custos de
mudança e benefícios acrescidos de valor) e socioculturais (socialização precoce, a
reciprocidade, as redes e as amizades) constituem as motivações, resultando em
relacionamentos fornecedores-clientes que são caracterizados pelo
comprometimento e a confiança. O resultado destes relacionamentos é a lealdade
do cliente ao fornecedor, o aumento do volume de compras, a disposição a pagar
mais, a comunicação boca a boca favorável e o valor líquido ou a boa vontade do
cliente. O autor ainda esclarece que estratégias competitivas para conservar clientes
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existentes tendem a ser menos custosas do que as estratégias para conquistar
novos clientes.
Do ponto de vista econômico há uma crise mundial com fusões,
incorporações, falências de grandes empresas e segmentos de mercados
tradicionais, ou seja, grandes e rápidas transformações na economia.
Gois (2006) afirma que se acreditava muito que a questão financeira era a vilã
da história, mas percebemos em vários estudos que há várias outras razões. A
principal delas talvez seja o desestímulo com o curso ou a falta de conhecimento
prévio sobre a carreira escolhida no vestibular. Se o ensino for de qualidade e
houver bons professores, no entanto, ele fará de tudo para continuar estudando.
Todos os fatores apontados acima podem explicar o índice de evasão em
cursos de ensino superior.
Por outro lado, segundo Gois (2006, p. 1), apenas 51% dos estudantes
universitários se formam, evadindo cerca de 49%, dados de 2005. Segundo esse
autor, os dados comparados com outros países são preocupantes. Comentando os
dados de uma pesquisa do Instituto Lobo, Gois (2006, p. 1) afirma que “a taxa é alta
quando comparada com países desenvolvidos ou em desenvolvimento”. Por
exemplo, no Japão, apenas 7% dos alunos não concluem o curso após quatro anos.
Já no México, esse percentual chega a 31%. Por outro lado, o patamar brasileiro é
próximo ao da Colômbia com 51% dos alunos não concluindo o curso.
Cabe destacar que a evasão é maior nas IES de caráter privado, em relação
às públicas. Segundo Gois (2006, p. 1), o índice de evasão no ensino privado é o
dobro do que no ensino público (25% contra 12%).
Estudos sobre a evasão do cliente-aluno no ensino superior têm sido
amplamente pesquisados, permitindo um extenso corpo de literatura de investigação
que se estende por mais de quatro décadas, a fim de buscar melhor compreensão
dos comportamentos de desistência ou permanência no ensino superior. A partir da
década de 70 os estudos sobre a evasão dos alunos passaram a identificar
fundamental o papel do ambiente, em especial da instituição, nas decisões do
estudante (TINTO, 1993).
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Nesse sentido, o marketing de relacionamento surge como uma alternativa
estratégica para a conquista da retenção do consumidor, e estudos que buscam a
melhor compreensão acerca desse fenômeno educacional (evasão discente) tem
sido desenvolvidos por autores como Tinto (1975; 1993), que aborda o modelo de
integração do estudante, destacando que a decisão de evadir-se é tomada em
função da integração social e acadêmica desenvolvida na universidade.
A declaração do presidente do Conselho Nacional de Educação, Edson
Nunes, ao analisar a pesquisa do Instituto Lobo de Educação (GOIS, 2006, p. 1) em
relação à evasão no ensino superior é enfática:
Acho até surpreendente que a taxa de desistência não seja maior, já que
muitos cursos têm a mesma cara que tinham no século 19 e não são
atraentes para os jovens. São visões antigas de mundo, que oferecem
pouco do ponto de vista de uma formação mais sólida. Hoje, nossas
universidades oferecem, na verdade, apenas um ensino tecnológico metido
a besta.
Por outro lado, vê-se uma rápida alteração nas habilitações profissionais
necessárias para que os indivíduos ingressem no mercado de trabalho, exigindo
adaptações dos currículos universitários e até mesmo a oferta de novos cursos em
detrimento da retirada de oferta de cursos mais tradicionais, fortalecendo o
relacionamento entre IES e discentes, o que possibilita sua manutenção até a
conclusão de seu curso.
Quanto aos relacionamentos interpessoais na graduação, tanto com colegas
quanto com professores, os estudos têm mostrado que durante a graduação e em
especial no período inicial do curso universitário, a saliência do papel profissional
não é tão grande, sendo mais importantes as questões de exploração de si mesmo,
busca de integração social e identificação grupal (DINIZ e ALMEIDA, 1997;
FEITOSA, 2001). O aluno iniciante costuma buscar um ‘lugar’ na instituição e, neste
período, as insatisfações costumam ser relativas às dificuldades experimentadas na
adaptação à faculdade, ao ambiente, e especialmente aos novos colegas e
professores (FEITOSA, 2001; SILVA, MAINIER e PASSOS, 2006; UVALDO, 1995).
O mau relacionamento interpessoal costuma ser também citado na literatura como
razão para evasão de curso (CUNHA, TUNES, e SILVA, 2001; VELOSO e
ALMEIDA, 2001). No levantamento feito por OLIVEIRA et al., (2008) com quase
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3000 alunos de todos os níveis que buscaram auxílio no serviço de saúde mental de
uma universidade paulista entre os anos de 1987 e 2004, as queixas de problemas
de relacionamento interpessoal na universidade estavam entre os principais motivos
de busca de atendimento.
3. PERCURSO METODOLÓGICO
Para o estudo proposto foi realizada uma pesquisa empírica por meio de um
questionário aplicado aos alunos ingressantes do 1º semestre de 2012 nos cursos
de Tecnologia, buscando de forma quantitativa identificar se em termos acadêmicos,
didáticos e pedagógicos a Faculdade Projeção de Taguatinga atende, ou não, aos
interesses educacionais de seus alunos.
Durante duas semanas do mês de maio de 2012, as turmas de calouros dos
Cursos de Tecnologia da Informação foram visitadas para que pudessem responder
à pesquisa aplicada em meio físico. O questionário, composto por 10 perguntas,
aborda as dimensões didáticas, pedagógicas e pessoais na visão dos discentes.
Nesse contexto a pesquisa não aborda se aquele aluno, já evadido, quando de sua
saída, apontou problemas de ordem financeira, ou afins.
Após todas as turmas terem devolvido o instrumento devidamente
respondido, os resultados foram tabuladas com auxílio da ferraenta Microsoft Office
Excel a fim de serem gerados os gráficos interpretativos.
4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
Durante a pesquisa observou-se que o alunado é distinto, sendo que hoje em
dia a maioria dos estudantes do ensino superior brasileiro está matriculada no
período noturno e trabalha no turno oposto, um dos principais fatores de evasão,
segundo diversos autores, como afirmam Dias & Theóphilo & Lopes e Ribeiro (2005)
no Estudo dos fatores causadores da evasão no Curso de Ciências Contábeis da
Universidade Estadual de Montes Claros.
No âmbito do total geral de alunos matriculados em turmas de 1º semestre
nos Cursos de Tecnologia da Informação, encontrou-se o quantitativo de 205
calouros. Destes, 135 responderam o questionário, representando aproximadamente
66% daquele total. Foram considerados apenas alunos que estavam ingressando na
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Faculdade, por vestibular ou transferência externa. Não foram consultados alunos
repetentes nos semestres anteriores.
A pesquisa focou-se em identificar as possíveis causas que levariam um
aluno a desistir do curso e até mesmo de seguir na própria Faculdade Projeção
Taguatinga. No apêndice “A”, ao final deste trabalho, as perguntas poderão ser
conhecidas.
4.1. Resultados do questionário aplicado
Os resultados refletem o que pode ser identificado nas respostas dos calouros
de 2012/1. Dessa forma novos estudos poderão ser trabalhados buscando
desenvolver estratégias que mitiguem ou erradiquem a evasão, o que seria ideal,
mas com base em toda pesquisa realizada, extremamente difícil.
O intuito principal dessa pesquisa é identificar as possíveis causas, no campo
acadêmico, que levam um aluno a não renovação de sua matrícula ou evasão
precoce no decorrer do semestre letivo nos cursos da área de Tecnologia da
Informação.
Abaixo serão apresentados os gráficos gerados após tabiulação dos
resultados, com suas interpretações, expressando as mais relevantes e
preocupantes possibilidades de evasão nos Cursos de Tecnologia da Informação na
Faculdade Projeção Taguatinga.
No gráfico 1 – Disciplinas mais complexas – segundo os respondentes, a
disciplina considerada mais complexa para continuidade fé Algoritmos e Lógica de
Gráfico 1: representação das disciplinas consideradas mais complexas. Fonte: o autor 1º sem 2012.
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Programação. Trata-se de uma disciplina chave para as próximas etapas dos
cursos, principalmente os de Bacharelado em SI e Tecnologia em Análise e
Desenvolvimento de Sistemas.
No gráfico 2 – Qualidade da didática – mesmo demonstrando dificuldades nas
disciplinas, acima informadas, os discentes consideraram que a didática dos
professores é ótima ou boa, como se pode ver no gráfico abaixo.
No gráfico 3 – Situação na disciplina – ainda sobre dificuldades, os alunos acenaram como se viam naquelas disciplinas ao final do semestre.
Gráfico 2: representação sobre a percepção da didática dos professores. Fonte: o autor 1º sem 2012.
Gráfico 3: representação das disciplinas consideradas com maiores possibilidades de reprovação. Fonte: o autor 1º sem 2012.
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No gráfico 4 – Satisfação com a IES – pode-se perceber que a maioria dos
calouros 2012/1, cerca de 90%, demonstrou interesse em permanecer e dar
continuação ao curso escolhido, bem como expressou seu interesse em continuar e
indicar a IES para outras pessoas.
Menos de 3% indicou que não continuaria e menos de 12% acenou com a
não indicação da Faculdade para pessoas próximas.
Após conhecido os resultados, foi realizada uma consulta propondo uma
comparação entre a pesquisa e os números registrados na plataforma Phidelis, local
onde encontram-se as informações e históricos dos acadêmicos, para aferir o grau
de igualdade entre aqueles que informaram que renovariam e a real quantidade de
alunos que trancou ou desistiu dos Cursos de Tecnologia da Informação. Foram
encontrados os seguintes números:
- No curso Sistemas de Informação (matutino e noturno) = apenas 4 alunos
em condições de irem para o 2º semestre não renovaram suas matrículas.
- No curso Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (matutino
e noturno) = apenas 1 aluno em condições de ir para o 2º semestre não renovou sua
matrícula.
- No curso Tecnologia em Redes de Computadores (noturno) = nenhum aluno
se desligou.
Demonstra-se assim, que realmente, poucos alunos desligaram-se dos
cursos, conforme detectado pela pesquisa. Porém isso não reflete a veracidade no
Gráfico 4: representação da situação do discente para o próximo semestre. Fonte: o autor 1º sem 2012.
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decorrer do semestre, pois foram comparados números iniciais dos semestres
2012/1 e 2012/2, sem considerar o desligamento dos discentes nos transcurso dos
mesmos.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo evidenciou que ainda poderão ser desenvolvidas estratégias que
mitiguem ou erradiquem a evasão, o que seria ideal, mas com base em toda
pesquisa realizada, extremamente difícil, pois apesar da baixa constatação do
número de alunos que não renovaram suas matrículas, este estudo deve, como um
de seus objetivos identificar os motivos que levariam à evasão.
Ainda entende-se que devam ser propoostos meios pelos quais a Faculdade
Projeção Taguatinga, em seus Cursos de Tecnologia da Informação, cative e
mantenha 100% (cem por cento) de seus alunos identificados com os cursos
escolhidos.
Em uma próxima aborgadem poderia ser proposto que os ex-alunos
colocassem em ordem de importância o que deveria ser melhorado, colocando um
(1) para o menos importante e oito (5) para o mais importante. Os itens seriam os
seguintes: Instalações Físicas, Qualidade dos Docentes, Coordenação do Curso,
Acervo da Biblioteca, Aulas Práticas, Atendimento ao Aluno, Atividades Extra-Classe
e Material Didático.
A busca de soluções para diminuir o índice de evasão no ensino superior
torna-se algo indispensável no atual contexto educativo. Sabe-se que o investimento
para prospecção de novos alunos é bastante elevado e a retenção dos mesmos no
ambiente acadêmico é uma questão importante, a qual as faculdades devem levar
em consideração.
Segundo informações levantadas com o pessoal da Central de Processos
Seletivos e Assessoria de Relacionamento, o custo com o retorno dos alunos
evadidos é representa um gasto maior para a Faculdade Projeção de Taguatinga
face àquele que é destinado ao trabalho de retenção de alunos. Investimento esse
que é aplicado em melhorias, como na expansão do acervo da biblioteca, adoção de
Tecnologias de Informação mais modernas, trabalhos dedicados à pesquisa e
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extensão, apenas para exemplificar. Esse investimento, portanto, resultaria no
aumento do índice de qualidade da Faculdade Projeção.
As conclusões dos diversos estudos que serviram de referência apontam para
as seguintes causas principais da evasão no primeiro semestre do ensino superior
brasileiro:
Precariedade na escolha do curso superior (BARDAGI, 2008 e HARNIK,
2005).
Má qualidade do ensino (incluindo a metodologia do ensino, a qualidade do
professor e a qualidade da interação professor/aluno) (GOIS, 2006 e
WAJSKOP, 2007).
Dificuldade financeira de manter o pagamento do curso (RIBEIRO, 2005).
Conflito do horário do trabalho com o horário das aulas (DIAS & THEÓPHILO
& LOPES, 2005 e RIBEIRO, 2005).
Desinteresse do aluno pelo ensino pela percepção que não irá agregar
diferencial na busca de oportunidades/emprego no mercado de trabalho.
(RIBEIRO, 2005)
Dessa forma ainda, na visão desse pesquisador, poder-se-ía lançar mão de
iniciativas que fomentem o interesse dos alunos em permanecerem em seus cursos,
com o intuito de não apenas concluí-los, mas de irem mais além, dando
continuidade nos cursos de especialização oferecidos pela IES.
A partir da interpretação dos resultados, nos Cursos de Tecnologia da
Informação da Faculdade Projeção Taguatinga, sugerem-se algumas ações que
poderão ser colocadas em prática:
Oferecer orientação vocacional aos candidatos do vestibular.
Oferecer reforço de aprendizagem para alunos com dificuldades nas
disciplinas de Algoritmo e Lógica de Programação.
Formar turmas para cursos de verão.
Incentivar a formação de grupos de estudos com monitores oriundos dos
próprios alunos.
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Oferecer bolsas meritórias aos alunos monitores tomando-se como base o
desempenho de suas atividades por meio de acompanhamento direto da
coordenação dos cursos.
Oferecer bolsas para os cursos de pós-graduação aos alunos que mais se
destacarem, sendo aqueles alunos nota 10, que prestariam serviços como
estagiários ou assistentes nos cursos de graduação, auxiliando atividades de
laboratório e sala de aula, além de realizarem atividades voltadas para
comunidade, assim proporcionando no futuro uma equipe de docentes
oriundos da IES.
Outras descobertas poderão surgir ao longo de novos estudos por meio de
discussões com discentes e docentes. Acredita-se, ainda, que com uma pesquisa
mais detalhada em relação ao motivo da saída alegada por alguns alunos, ao
solicitarem trancamento de matrícula junto à Central de Atendimento, e registrada
nos protocolos abertos (problemas financeiros), poderiam ser encontrados outros
motivos escondidos por trás de alegações tão vagas, ou não investigadas, e estas
novas informações dariam à Faculdade Projeção formas de desenvolver ações
objetivando diminuir, mitigar e até extinguir o processo de evasão.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. 2 ed. São Paulo: Moderna,
1996. ps 198 – 214.
AUGUSTIN, Cristina. Dinâmica das Vagas. UERJ. Disponível em:
http://www2.uerj.br/~niesc/datauerj/estudos/Dinamica_texto.htm. Acesso em 17 de
agosto de 2012.
BARDAGI, Marúcia Patta. Evasão e comportamento vocacional de
universitários: Estudos sobre o desenvolvimento de carreira na graduação. 2007.
230 p. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
2007.
BRASSCOM. Evasão de alunos em cursos de tecnologia. 12/05/2011. Diposnível
em: http://computerworld.uol.com.br/blog/profissao-ti/2011/05/12/evasao-de-alunos-em-
cursos-de-tecnologia-no-brasil-chega-a-82-aponta-estudo/. Acesso em 17/09/2012.
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APÊNDICE “A”
Questões apresentadas aos alunos consultados
Identificação
Nome: ______________________________________ Matrícula: ____________________________________ Matutino ( ) - Noturno ( )
Curso: ___________________ Responda as seguintes questões a respeito de seu 1º semestre na Faculdade:
1 - Sobre as disciplinas, eleja o nível de dificuldade:
Muita Pouca Nenhuma
Algoritmos e Lógica de Programação
( ) ( ) ( )
Arquitetura de Computadores
( ) ( ) ( )
Fundamentos da Computação
( ) ( ) ( )
Lógica
( ) ( ) ( )
Design para Web
( ) ( ) ( )
Língua e Comunicação
( ) ( ) ( )
2 - Sobre a didática do professor:
Ótima Boa Ruim
Algoritmos e Lógica de Programação
( ) ( ) ( )
Arquitetura de Computadores
( ) ( ) ( )
Fundamentos da Computação
( ) ( ) ( )
Lógica
( ) ( ) ( )
Design para Web
( ) ( ) ( )
Língua e Comunicação (método EAD)
( ) ( ) ( )
3 - Sobre sua dedicação ao curso:
Sempre Às vezes Nunca
Solicitação de material extra ao professor
( ) ( ) ( )
Participação nas atividades de reforço
( ) ( ) ( )
Acompanhamento das atividades no blog
( ) ( ) ( )
Disponibiliza tempo para estudo e realização de tarefas
( ) ( ) ( )
4 - Sua atualização por meio de leitura:
Semanal Mensal Anual Nunca
Periódicos (publicações, textos técnicos)
( ) ( ) ( ) ( )
Livros Especializados
( ) ( ) ( ) ( )
Revistas Especializadas
( ) ( ) ( ) ( )
Livros de ficção, romance etc.
( ) ( ) ( ) ( )
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5 - Visitas à Biblioteca da Faculdade:
Diário Semanal Mensal Nunca
Para estudos individuais
( ) ( ) ( ) ( )
Para estudos em grupos
( ) ( ) ( ) ( )
Para empréstimos de livros
( ) ( ) ( ) ( )
6 - Acesso ao blog acadêmico:
Diário Semanal Mensal Nunca
Vista das mensagens e conteúdos
( ) ( ) ( ) ( )
Vista das faltas
( ) ( ) ( ) ( )
Vista das notas
( ) ( ) ( ) ( )
7 - Disciplinas que mais se identificou:
Muito Pouco
Algoritmos e Lógica de Programação
( ) ( )
Arquitetura de Computadores
( ) ( )
Fundamentos da Computação
( ) ( )
Lógica
( ) ( )
Design para Web
( ) ( )
Língua e Comunicação (método EAD)
( ) ( )
8 - Possibilidade de Reprovação:
Sim Não Recuperação
Algoritmos e Lógica de Programação
( ) ( ) ( )
Arquitetura de Computadores
( ) ( ) ( )
Fundamentos da Computação
( ) ( ) ( )
Lógica
( ) ( ) ( )
Design para Web
( ) ( ) ( )
Língua e Comunicação (método EAD)
( ) ( ) ( )
9 - Importância do curso para conquistas de:
Grande Média Baixa
Oportunidades de Estágio
( ) ( ) ( )
Oportunidades de Emprego
( ) ( ) ( )
Oportunidades para Concursos
( ) ( ) ( )
Realização pessoal
( ) ( ) ( )
Realização familiar
( ) ( ) ( )
10 - Ao final do semestre:
Sim Não Indeciso
Renovará sua matrícula
( ) ( ) ( )
Trocará de curso
( ) ( ) ( )
Indicará a faculdade
( ) ( ) ( )
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Trocará de faculdade
( ) ( ) ( )
Trocará de curso e de faculdade
( ) ( ) ( )
Espaço para observações e sugestões:
Data e Local
Assinatura