Post on 18-Dec-2014
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FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ANÁPOLIS UNIEVANGÉLICA
EMERGÊNCIAS MÉDICASProfessor: Rodolfo Mendes
●ANGIANA DE PECTORIS
●IAM
Acadêmicos:
Ademilson Alves RamosAparecida MoreiraCamerino NetoCintia Matos Fernanda Miranda RibeiroGislaine CândidoJaqueline HelhrilgJoana CássiaLara TofoloTathiane Ferreira
ANGINA DE PECTORIS
●Literalmente significa “dor no peito”.
●É a dor ou desconforto que ocorre quando uma ou mais artérias
coronarianas não fornece sangue(oxigênio e nutrientes) adequado
as necessidades do miocárdio.
●A angina é geralmente descrita como isquemia miocárdica
sintomática.
●A isquemia miocárdica pode ocorrer sem causar dor ou outros sintomas
perceptíveis(isquemia
Silenciosa ou assintomática)
ANGINA: Fatores que afetam a demanda de O2
●Determinantes: Stress da parede ventricular, frequência cardíaca e contractilidade.
●Pré-carga e pós-carga afetam o stress da parede ventricular.
Pré-carga:▪É a pressão que distende a parede ventricular durante a diástole( Pressão Diastólica Ventricular Final) e é determinada pelo retorno venoso.▪Diminuindo o RV também reduz o volume diastólico ventricular final o qual reduz a tensão daParede ventricular.
Pós-carga:▪É a resistência com a qual o ventrículo precisa bombear.▪Diminuindo a resistência arteriolar periférica reduz o trabalho cardíaco e, portanto, o consumo De oxigênio.
ANGINA: Fatores que afetam a demanda de O2●O fluxo sanguíneo arterial coronariano é o principal fator determinante.
● É determinado pela pressão de perfusão(pressão diastólica aórtica), duração da diástole e resistência coronariana.
●A resistência vascular coronariana é determinada por numerosos fatores:▪Metabólicos que dilatam a arteríola coronariana,▪Arteriosclerose,▪Trombos intra-coronárias,▪Compressão mecânica extra-vascular.
QUAIS OS DIFERENTES TIPOS DE ANGINA PECTORIS?
●Angina Estável: ▪Devido a uma isquemia miocárdica transitória, ocorre durante atividade física( exercício físico, atividade sexual) ou stress emocional. ●Angina Instável: ▪Ocorre tanto em situação de repouso como em esforço,▪A intensidade da dor é mais imprevisível e pode evoluir para um enfarto do miocárdio,▪Definida como angina de início recente(2 meses) ou severidade de grau III ou aumento Significativo na frequência ou severidade da dor.
●Angina variante, atípica ou de decúbito:▪ ocorre mais frequentemente quando o indivíduo está de repouso ou a dormir.▪Acredita-se que seja devido a um espasmo das coronárias.▪É uma forma pouco comum.▪Mecanismo incluem: tabagismo, uso de cocaína, níveis baixos de Mg+ e hiperinsulinemia.
ANGINA PECTORIS X ENFARTE
●Na angina o fluxo de sangue e oxigênio para o músculo cardíaco é temporariamente reduzido.
●No enfarte o fluxo de sangue e oxigênio é repentina e completamente interrompido devido a um bloqueio da artéria coronária.
●Portanto, uma crise de angina pode não causar lesão permanente ao coração, enquanto o enfarte sim.
●O risco de enfarte é maior quando uma pessoa sofre de angina, especialmente angina Instável.
SINAIS DE ALERTA DE ANGINA PECTORIS
●Sensação de peso;
●Adormecimento, dores nos braços especialmente no esquerdo;
●Queimação;
●Dor em aperto no peito, epigástrio ou pescoço
Diagnóstico:
●História clínica → descrição dos sintomas, revisão dos fatores de risco cardiovasculares,História familiar de doença coronariana.●Exame físico completo→Pulso, PA, Auscultação cardíaca e pulmanar.
OBS: o exame físico é muita vezes normal na angina.
●Exames complementares→Hemograma, urina, ECG PE, ETT, scintigrafia do miocárdio, coronariografia. Aprox. 50% dos pacientes têm ECG de repouso normal. (50% destes têm anomalias durante um episódio de angina).
INSUFICIENCIA AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)
●Desequilíbrio entre o suprimento sanguíneo para as células do
músculo cardíaco e a demanda do sangue oxigenado exigida pelo coração.
●A redução da disponibilidade de substratos e nutrientes, bem como a
remoção inadequada de metabólitos;
●O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma cardiopatia isquêmica.
●Uma ou mais artérias ou ramos coronários sofrem obstrução.
●Resultando em isquemia prolongada e necrose da região do músculo
cardíaco irrigada pelo vaso obstruído.
●Mais de 90% dos casos ( Placas aterosclerósticas) que podem se soltar
formando trombos – broqueando por completo outra região do vaso.
SINAIS E SINTOMAS DA INSUFICIÊNCIA AGUDA DO MIOCÁRDIO
●Pulso rápido e fraco;
●A dispnéia, ocasionada pelo comprometimento da contratilidade do
miocárdio
isquêmico é comum, podendo ser acompanhada de congestão e
edema pulmonares;
●A dor é intensa e semelhante a um aperto ou pressão na região
subesternal, que pode irradiar-se para o ombro e braço esquerdos, bem
como para a região mandibular, podendo vir associada à falta de ar,
palpitações, náuseas e vômito;
●Cerca de 10% a 15% dos infartos têm início totalmente assintomático e a
doença só é detectada mais tarde através de alterações no
eletrocardiograma;
●Estes infartos silenciosos são particularmente comuns em pacientes
diabéticos e idosos.
IAM : DIAGNÓSTICO MÉDICO
●História clínica;
● Exames complementares: ▪Cateterismo
▪Eletrocardiograma
▪Cintilografia de perfusão
▪Métodos bioquímicos como a determinação dos níveis de creatinase-MB e troponina).
INSUFICIENCIA AGUDO DO MIOCÁRDIO
Fatores que pode levar ao IAM:●Tabagismo,●Hipertensão arterial,●Colesterol alto,●Sobrepeso e obesidade,●Sedentarismo (indivíduo que não pratica atividades físicas),●Diabetes Mellitus (glicose aumentada no sangue).
TRATAMENTOS ODONTOLÓGICOS EM PACIENTE QUE TEVE IAM
●Tradicionais recomendam (6 meses após o infarto);
●Tempo necessário para ocorrer fibrose da área necrótica infartada e
desenvolvimento de circulação colateral para o miocárdio.
●Altos índices de reinfarto verificados quando da execução de
cirurgias ou anestesia geral ao longo deste período.
PRÉ-OPERATÓRIO
●A anamnese detalhada;
●O tempo decorrido do infarto;
●Presença de algum tipo de cardiopatia, seja prévia ou posterior ao
infarto, sintomas como dor
no peito, cansaço excessivo durante esforço físico, taquipnéia;
●Se tem presença e frequência de crises de angina pectoris e a frequência
de acompanhamento médico.
●Pacientes infartados apresentam uma ou mais complicações decorrentes
do infarto, (arritmias, distúrbios de condução e insuficiência cardíaca
congestiva as mais frequentes).
●A avaliação de pressão arterial e frequência cardíaca são
imprescindíveis já no primeiro atendimento.
● É comum em pacientes o uso crônico de Ácido Acetilsalisílico (AAS)
ou Varfarina . Alteram os mecanismos hemostáticos, retardando o processo
de coagulação e consequentemente aumentando sangramento.
●Tradicionalmente, descontinuação por 7 a 10 dias do AAS ou da
Varfarina por 2 a 3 dias.
●A literatura tem-se posicionado, recentemente, contrária à suspensão
destes medicamentos, uma vez que o risco de formação de trombos e
desenvolvimento de novo infarto ou AVC nestes pacientes, pode suplantar o
risco oferecido por uma possível hemorragia. A incidência de complicações
trombo-embólicas quando da interrupção do uso da Varfarina, foi três vezes
maior que as complicações decorrentes de sangramento durante cirurgias
odontológicas.
●A literatura tem definido que na maioria dos casos, o uso de métodos
hemostáticos locais são suficientes para o controle da hemorragia.
Entretanto a comprovação laboratorial a partir das provas de coagulação
são essenciais para que se possa adotar esta postura.
PRÉ-OPERATÓRIO
●O fator estresse ou ansiedade influenciam diretamente na instabilidade do
sistema cardiovascular( anestesia, exodontia, raspagem periodontal e a expectativa
pelo atendimento são apontadas como os principais geradores de estresse).
●A tranquilidade do paciente deve ser garantida desde o pré-operatório.
●Administração de Diazepam 5 ou 10mg na noite anterior ao procedimento assim
como 1 hora antes da cirurgia.
●O uso deste medicamento é particularmente vantajoso em pacientes com infarto do
miocárdio, uma vez que garante um efeito ansiolítico que se estende por várias horas
no pós-operatório.
●A sedação com Midazolan (Dormonid).
●Para garantir a vasodilatação das artérias coronárias durante o procedimento
odontológico, preconiza o uso profilático de nitroglicerina por via sublingual
(Dinitrato de Isossorbida - Isordil®, 5mg) 1 ou 2 minutos antes da cirurgia, o que
consequentemente diminui a possibilidade de isquemia cardíaca.
A prescrição deste medicamento depende de um comum acordo entre o cirurgião-
dentista e o médico do paciente.
PRÉ-OPERATÓRIO
TRANS-OPERATÓRIO
●Aferir sua pressão arterial e frequência cardíaca, (durante todo o trans-operatório);●Sessões curtas, a necessidade de exodontias múltiplas( divididas em várias sessões);●O uso de um oxímetro para medir a saturação de oxigênio das hemácias;●Anestesia deverá ser altamente eficaz e indolor. ●Aspiração negativa durante a aplicação da solução anestésica;● Uso de adrenalina 1:100.000 (respeitado o limite de 2 tubetes anestésicos por sessão);●Mepivacaína 2% com adrenalina 1:100000 em pacientes com doença cardíaca coronariana não resultou em risco adicional de isquemia, arritmia ou dor no peito. ●Uso de adrenalina, a literatura ressalta a contra-indicação deste vasoconstritor a pacientes que fazem uso de β-bloqueadores não seletivos ( propanolol, nadolol, timol, pindolol, alprenolol, e abetalol, oxiprenolol e sotalol);●Desencadear hipertensão grave com bradicardia reflexa. Esses efeitos não ocorrem com bloqueadores β-adrenérgicos seletivos (β1), como o atenolol e metoprolol.
TRANS-OPERATÓRIO●Uso de lidocaína 2% com adrenalina 1:100.000 e Prilocaína 3% com Felipressina respeitando a dose de dois tubetes por sessão e com aspiração prévia negativa durante a aplicação; Caso de complementação anestésica indica-se a mepivacaína 3% sem vasoconstritor; ●Se paciente queixar-se de dor toráxica, associado a sudorese, dispnéia e/ou taquicardia, deve-se imediatamente interromper o procedimento.● O paciente numa posição em que se sinta mais confortável ( semi-reclinada). ●Administrar um vasodilatador coronariano (Isordil® 5mg) sublingual juntamente com oxigênio. Se após 10 a 15 minutos ainda houver persistência de dor, deve ser repetido. Se a dor desaparecer deve-se encaminhar o paciente para avaliação médica. ●Caso os sintomas ainda persistam solicitar serviço médico de urgência. Os sinais vitais devem ser continuamente monitorados.
PÓS-OPERATÓRIO
● Observação durante os primeiros 30 minutos ou até que se perceba
sua recuperação física e emocional, sempre com monitoração dos sinais
vitais;
●Prescrever analgésico para evitar a possibilidade de dor pós-operatório e
anti-inflamatório, de acordo com a indicação do procedimento;
●Recomendações pós-operatórias devem detalhar todos os cuidados
necessários com a ferida cirúrgica como também o uso criterioso dos
medicamentos prescritos, com especial atenção para o controle da dor;
●Deve-se ainda enfatizar a necessidade de um repouso livre de estresse,
principalmente esforço físico;