Post on 01-Jul-2015
FEIO OU BONITO?DEPENDE DO GOSTO?Introdução;
1. A Estética;
2. O Belo;
3. O Feio;
4. O Gosto;
5. O mau gosto;
Conclusão
INTRODUÇÃO Quando alguém diz que uma coisa é
bela ou feia, está fazendo um Julgamento de Valor Estético;
Valor é uma relação entre um sujeito que valora e o objeto valorado;
No caso da arte, é uma relação entre o público e uma obra de arte, seja um quadro, uma peça ou um filme;
O valor em jogo é o Valor Estético, a capacidade da obra de nos comover, de nos proporcionar a experiência única de perceber um sentido possível do mundo, da vida, da natureza, por meio de nossos sentidos;
Esse Valor Estético já foi chamado de Beleza.
Será que esse é o único valor pelo qual uma Obra de arte é valorizada no mundo de hoje?
1. A ESTÉTICA É um ramo da filosofia que se
ocupa das questões tradicionalmente ligadas á arte, como o belo, o feio, o gosto, os estilos e as teorias da criação e da percepção artísticas;
Do ponto de vista estritamente filosófico, a estética estuda racionalmente o belo e o sentimento que este desperta nas pessoas – A estética como sinônimo de beleza;
A palavra estética vem do grego aisthesis e significa “faculdade de sentir”, “compreensão pelos sentidos”;
As obras de arte são objetos estéticos por excelência.
Monalisa, Leonarado da Vinci
2. O BELO A beleza é um valor objetivo,
que pertence ao objeto e pode ser medido, ou subjetivo, que pertence ao sujeito e que, portanto, poderá mudar de indivíduo para indivíduo?
Na antiguidade, com Platão na Grécia defendia-se a existência do “belo em si”. Existia um ideal universal de beleza como padrão a ser seguido.
As qualidades que tornam um objeto belo estão no próprio objeto e independem do sujeito que os percebe
Contrários a visão grega de estética, temos os filósofos empiristas, como David Hume, que relatizavam a beleza reduzindo-a ao gosto de cada um;
O belo, nessa perspectiva, não está mais no objeto, mas nas condições de recepção do sujeito.
Kant, no séc. XVIII, afirma que o belo “é aquilo que agrada universalmente, ainda que não se possa justificá-lo intelectualmente”;
Para Kant, qualquer ser humano tem as mesmas condições subjetivas de fazer um juízo estético.
Hegel, no século seguinte, introduz o conceito de história – “A beleza muda de face e de aspecto através dos tempos;
Cada objeto singular, estabelece seu próprio tipo de beleza,bem como as regras para o seu julgamento.
ANTROPOFAGIA, TARSILA DO AMARAL
3. O FEIO Por principio, o feio não
pode ser objeto da arte; Há dois modos de
representação do feio: a representação do assunto “feio” e a forma de representação feia;
Só haverá obras feias se forem malfeitas, isto é, se não corresponderem plenamente á sua proposta. Em outras palavras, quando houver uma obra feia, neste último sentido, não haverá uma obra de arte.
Ilustração: O Grito, de Edvard Munch
4. O GOSTO A questão do gosto não pode ser
encarada como uma preferência arbitrária e imperiosa da nossa subjetividade.
Dessa forma, nosso julgamento estético decide o que preferimos em função do que somos.
E não há margem para melhoria, aprendizado, educação da sensibilidade para crescimento.
Se quisermos educar nosso gosto diante de um objeto estético, a subjetividade precisa estar mais interessada em conhecer do que em preferir.
Nesse sentido ter gosto é ter capacidade de julgamento sem preconceitos;
Se nos limitarmos àquelas obras que já conhecemos e das quais sabemos que gostamos – sejam elas música, cinema, programas de TV, quadros, esculturas, edifícios – jamais nosso gosto será ampliado;
A educação do gosto se dá dentro da experiência estética, que é a experiência da presença tanto do objeto estético como do sujeito que o percebe.