Post on 07-Feb-2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS
FLORESTAIS E AMBIENTAIS
DANOS NA COPA: CRESCIMENTO, PRODUÇÃO E DESBASTE EM POVOAMENTOS CLONAIS E SEMINAIS
DE TECA EM DUAS REGIÕES DE MATO GROSSO
FERNANDO HENRIQUE GAVA
CUIABÁ – MT
2015
II
FERNANDO HENRIQUE GAVA
DANOS NA COPA: CRESCIMENTO, PRODUÇÃO E DESBASTE EM POVOAMENTOS CLONAIS E SEMINAIS
DE TECA EM DUAS REGIÕES DE MATO GROSSO
Orientador: Prof. Dr. Ronaldo Drescher
Co-orientador: Prof. Dr. Sidney Fernando Caldeira
Dissertação apresentada à Faculdade de
Engenharia Florestal da Universidade
Federal de Mato Grosso, como parte das
exigências do Curso de Pós-Graduação em
Ciências Florestais e Ambientais, para
obtenção do título de mestre.
CUIABÁ – MT
2015
V
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao mundo a ao universo por cada dia que me é
concedido.
À minha família que sempre me apoia e compreende dando o
maior suporte para realização de meus sonhos.
À Universidade Federal de Mato Grosso.
Ao Programa de Pós Graduação em Ciências Florestais e
Ambientais.
Ao Coordenador do Programa de Pós Graduação em Ciências
Florestais e Ambientais professor Doutor Gilvano Ebling Brondani pela
seriedade e confiança.
Ao Fundo de Apoio à Madeira (FAMAD) pelo apoio dado à esta
pesquisa.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES) pela concessão da bolsa de estudo.
Aos dados concedidos para realização da pesquisa e
desenvolvimento de estudo de caso.
Ao professor Doutor Ronaldo Drescher quem me orientou
nesta pesquisa, mas também quem sempre me concedeu muitas
conversas boas, obrigado por transmitir um pouco dos seus
conhecimentos e experiências.
Ao professor Doutor Sidney Fernando Caldeira pela
oportunidade, atenção, paciência, orientação, conversas e discussão.
Ao professor Doutor Diego Tyszka Martinez pela compreensão
e por sempre me apoiar e estender a mão.
As empresas ECOLÓGICA e ECOFLORESTAL e ao
proprietário da Fazenda Cristo Rei pelo apoio, suporte técnico, logística e
dados.
Ao grupo de estudantes do Laboratório de Crescimento
Florestal da Faculdade de Engenharia Florestal e a que ajudaram direta
ou indiretamente nas diversas etapas de coleta de dados.
VI
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS ...................................................................................... VII
LISTA DE FIGURAS ......................................................................................... IX
RESUMO ........................................................................................................... XII
ABSTRACT ...................................................................................................... XIII
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1
2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................ 3
2.1. Tectona grandis Linn f. (TECA) .................................................................. 3
2.2. DANOS NA COPA...................................................................................... 4
2.3. CRESCIMENTO.......................................................................................... 6
2.3.1. Relação Hipsomértica ........................................................................... 8
2.3.2. Razão Altura e Diâmetro a Altura do Peito .......................................... 9
2.4. DESBASTE................................................................................................ 10
2.5. VOLUME ................................................................................................... 11
3. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................ 13
3.1. ÁREA DE ESTUDO .................................................................................. 13
3.2. TRATAMENTOS SILVICULTURAIS .................................................... 14
3.3. COLETA DE DADOS ............................................................................... 15
3.5. ANÁLISE ESTATÍSTICA ........................................................................ 19
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................... 22
4.1. DANO DA COPA QUEBRADA NO FUSTE COMERCIAL .................. 22
4.2. RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA .................................................................. 27
4.3. CRESCIMENTO........................................................................................ 36
4.3.1. Diâmetro .............................................................................................. 36
4.3.2. Altura Total ......................................................................................... 44
4.3.3. Volume ................................................................................................ 52
4.4. VOLUME ................................................................................................... 60
4.4.1. Volume Estimado pela Floresta .......................................................... 63
4.4.2. Volume Estimado do Desbaste ........................................................... 66
5. CONCLUSÃO ................................................................................................. 68
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 69
VII
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – MODELOS DE RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA. ........................... 18
TABELA 2 – MODELOS DE CRESCIMENTO AJUSTADOS. ........................ 18
TABELA 3 – MODELOS VOLUMÉTRICOS TESTADOS. .............................. 19
TABELA 4 – FÓRMULAS DOS PARÂMETROS ESTATÍSTICOS
UTILIZADOS NA COMPARAÇÃO DOS MODELOS TESTADOS. ............... 20
TABELA 5 – FREQÜENCIA DO DANO CAUSADO PELA QUEBRA DA
COPA. ................................................................................................................... 22
TABELA 6 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DA
RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA PARA FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE E
LAMBARI D’OESTE. .......................................................................................... 28
TABELA 7 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DO
MODELO DE MOISSEV PARA DAP. ............................................................... 37
TABELA 8 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DO
MODELO DE CHAPMAN-RICHARDS PARA DAP NO MUNICÍPIO DE
LAMBARI D’OESTE. .......................................................................................... 41
TABELA 9 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DO
MODELO DE BACKMAN PARA ALTURA TOTAL EM FIGUEIRÓPOLIS
D’OESTE. ............................................................................................................. 45
TABELA 10 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DO
MODELO DE MOISSEV PARA ALTURA TOTAL EM LAMBARI D’OESTE.
............................................................................................................................... 49
TABELA 11 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DO
MODELO DE MOISSEV PARA VOLUME EM FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE.53
TABELA 12 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DO
MODELO DE CHAPMAN-RICHARDS PARA VOLUME EM LAMBARI
D’OESTE. ............................................................................................................. 57
TABELA 13 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DO
MODELO DE PRODAN MODIFICADO AJUSTADO PARA O VOLUME NO
MUNICÍPIO DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE. .................................................. 61
TABELA 14 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DO
MODELO DE PRODAN MODIFICADO AJUSTADO PARA O VOLUME NO
MUNICÍPIO DE LAMBARI D’OESTE. ............................................................. 61
VIII
TABELA 15 – VOLUMES ESTIMADOS GERADOS PELA FLORESTA PARA
CADA TRATAMENTO DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE E LAMBARI
D’OESTE. ............................................................................................................. 64
TABELA 16 – VOLUMES ESTIMADOS DO DESBASTE POR
TRATAMENTO PARA FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE E LAMBARI D'OESTE.
............................................................................................................................... 66
IX
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - RELAÇÃO DO CRESCIMENTO NO TEMPO (SCHNEIDER e
SCHNEIDER, 2008). .............................................................................................. 7
FIGURA 2 – LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS EXPERIMENTAIS COM OS
TRATAMENTOS CLONAIS E SEMINAIS NOS MUNICÍPIOS DE
FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE E LAMBARI D'OESTE. ...................................... 13
FIGURA 3 -– CRITÉRIO PARA CLASSIFICAÇÃO DOS INDIVÍDUOS
QUANTO À FORMA E QUALIDADE DO FUSTE (JANKAUSKIS, 1979). ... 15
FIGURA 4 – IDENTIFICAÇÃO DE INDÍVÍDUOS COM DANOS NA COPA. 16
FIGURA 5 – ETAPAS DA ANÁLISE DE TRONCO: (A) SECCIONAMENTO
DA ÁRVORE; (B) RETIRADA DOS DISCOS; (C) MEDIÇÃO DA SECÇÃO;
(D) MEDIÇÃO DOS ANÉIS DE CRESCIMENTO. ........................................... 17
FIGURA 6 – PERCENTUAL MÉDIO DE REDUÇÃO NA ALTURA
COMERCIAL DE ÁRVORES SEM DANOS NA COPA E COM COPA
QUEBRADA DE CLONES E PLANTAS SEMINAIS DE Tectona grandis NO
MUNICÍPIO DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE. .................................................. 23
FIGURA 7 – PERCENTUAL MÉDIO DE REMDUÇÃO NA ALTURA
COMERCIAL DE ÁRVORES SEM DANOS NA COPA E COM COPA
QUEBRADA DE CLONES E PLANTAS SEMINAIS DE Tectona grandis NO
MUNICÍPIO DE LAMBARI D’OESTE. ............................................................. 24
FIGURA 8 – FOTOS ILUSTRATIVAS DE EXEMPLOS DE COPAS
QUEBRADAS PELO VENTO EM FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE. .................... 24
FIGURA 9 – FOTOS ILUSTRATIVAS DE EXEMPLOS DE COPAS
QUEBRADAS PELO VENTO EM LAMBARI D’OESTE. ................................ 25
FIGURA 10 – QUALIDADE DO FUSTE DE PLANTAS CLONAIS E
SEMINAIS DE Tectona grandis NO MUNICÍPIO DE FIGUEIRÓPOLIS
D’OESTE SEGUNDO CRITÉRIO DE JANKAUSKIS (1979). .......................... 26
FIGURA 11 – QUALIDADE DO FUSTE DE PLANTAS CLONAIS E
SEMINAIS DE Tectona grandis NO MUNICÍPIO DE LAMBARI D’OESTE
SEGUNDO CRITÉRIO DE JANKAUSKIS (1979)............................................. 27
FIGURA 12 – DISTRIBUIÇÃO RESIDUAL DE SEIS MODELOS DE
RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA PARA Tectona grandis EM FIGUEIRÓPOLIS
D’OESTE AOS 6 ANOS. ..................................................................................... 29
FIGURA 13 – DISTRIBUIÇÃO RESIDUAL DE SEIS MODELOS DE
RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA PARA Tectona grandis EM LAMBARI D'OESTE
AOS 7 ANOS. ....................................................................................................... 30
X
FIGURA 14 – RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA PARA Tectona grandis. ALTURA
ESTIMADA VERSUS A ALTURA REAL PARA FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE
AOS 6 ANOS. ....................................................................................................... 31
FIGURA 15 – RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA PARA Tectona grandis. ALTURA
ESTIMADA VERSUS A ALTURA REAL PARA LAMBARI D'OESTE AOS 7
ANOS. ................................................................................................................... 32
FIGURA 16 – RELAÇÃO ALTURA VERSUS DAP PARA TECTONA
GRANDIS NAS REGIÕES DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE E LAMBARI
D’OESTE. ............................................................................................................. 35
FIGURA 17 – GRÁFICO DE DISPERÇÃO DOS RESÍDUOS EM
PORCENTAGEM PARA DAP, SEGUNDO MODELO DE MOISSEV
AJUSTADO PARA FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE. ............................................. 38
FIGURA 18 – DAP ESTIMADO VERSUS A DAP REAL PARA OS
TRATAMENTOS DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE AOS 6 ANOS. ................. 39
FIGURA 19 – INCREMENTO CORRENTE ANUAL (ICA) E INCREMENTO
MÉDIO ANUAL (IMA) EM DAP PARA OS TRATAMENTOS DE
FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE. .............................................................................. 40
FIGURA 20 – GRÁFICO DE DISPERÇÃO DOS RESÍDUOS EM
PORCENTAGEM PARA DAP NO MODELO DE CHAPMAN-RICHARDS
AJUSTADO NO MUNICÍPIO DE LAMBARI D’OESTE. ................................. 42
FIGURA 21 – DAP ESTIMADO VERSUS DAP REAL PARA OS
TRATAMENTOS DE LAMBARI D’OESTE AOS 7 ANOS. ............................. 43
FIGURA 22 – INCREMENTO CORRENTE ANUAL (ICA) E INCREMENTO
MÉDIO ANUAL (IMA) EM DAP PARA OS TRATAMENTOS DE LAMBARI
D’OESTE. ............................................................................................................. 44
FIGURA 23 – GRÁFICO DE DISPERSSÃO DOS RESÍDUOS EM
PORCENTAGEM PARA ALTURA TOTAL USANDO O MODELO DE
MOISSEV AJUSTADO PARA O MUNICÍPIO DE FIGUEIRÓPOLIS
D’OESTE. ............................................................................................................. 46
FIGURA 24 – ALTURA TOTAL ESTIMADA VERSUS A ALTURA TOTAL
REAL PARA OS TRATAMENTOS DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE AOS 6
ANOS. ................................................................................................................... 47
FIGURA 25 – INCREMENTO CORRENTE ANUAL (ICA) E INCREMENTO
MÉDIO ANUAL (IMA) EM ALTURA PARA OS TRATAMENTOS DE
FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE. .............................................................................. 48
FIGURA 26 – GRÁFICO DE DISPERÇÃO DOS RESÍDUOS EM
PORCENTAGEM PARA ALTURA TOTAL. MODELO DE MOISSEV
AJUSTADO PARA LAMBARI D’OESTE. ........................................................ 50
XI
FIGURA 27 – ALTURA TOTAL ESTIMADA VERSUS A ALTURA TOTAL
REAL PARA OS TRATAMENTOS DE LAMBARI D’OESTE AOS 7 ANOS. 51
FIGURA 28 – INCREMENTO CORRENTE ANUAL (ICA) E INCREMENTO
MÉDIO ANUAL (IMA) EM ALTURA PARA OS TRATAMENTOS DE
LAMBARI D’OESTE. .......................................................................................... 52
FIGURA 29 – GRÁFICO DE DISPERÇÃO DOS RESÍDUOS EM
PORCENTAGEM PARA VOLUME AJUSTADO PARA O MODELO DE
MOISSEV NO MUNICÍPIO DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE.......................... 54
FIGURA 30 – VOLUME ESTIMADO VERSUS VOLUME REAL PARA OS
TRATAMENTOS DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE AOS 6 ANOS. ................. 55
FIGURA 31 – INCREMENTO CORRENTE ANUAL (ICA) E INCREMENTO
MÉDIO ANUAL (IMA) EM VOLUME PARA OS TRATAMENTOS DE
FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE. .............................................................................. 56
FIGURA 32 – GRÁFICO DE DISPERÇÃO DOS RESÍDUOS EM
PORCENTAGEM PARA VOLUME. MODELO DE CHAPMAN-RICHARDS
AJUSTADO PARA LAMBARI D’OESTE. ........................................................ 58
FIGURA 33 – VOLUME ESTIMADO VERSUS VOLUME REAL PARA OS
TRATAMENTOS EM LAMBARI D’OESTE AOS 7 ANOS. ............................ 59
FIGURA 34 – INCREMENTO CORRENTE ANUAL (ICA) E INCREMENTO
MÉDIO ANUAL (IMA) EM VOLUME PARA OS TRATAMENTOS DE
LAMBARI D’OESTE. .......................................................................................... 60
FIGURA 35 – DISPERÇÃO DOS RESÍDUOS EM PORCENTAGEM PARA O
MODELO DE PRODAN MODIFICADO PARA OS CLONES E DE STOATE
PARA OS SEMINAIS. *MODELO DE SCHUMACHER-HALL AJUSTADO. 63
XII
RESUMO
GAVA, Fernando Henrique. Danos na copa: crescimento, produção e desbaste em povoamentos clonais e seminais de Teca em duas regiões de Mato Grosso. 2015. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais e Ambientais) – Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT. Orientador: Prof. Dr. Ronaldo Drescher. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o desenvolvimento de plantas clonais e seminais de Teca associado às intensidades de danos na copa, em duas regiões no sudoeste de Mato Grosso. O trabalho foi conduzido nos municípios de Figueirópolis D’Oeste e Lambari D’Oeste com clones procedentes de Perlis, Malásia, e de Ilhas Salomão, e plantas seminais da região de estudo. Os tratamentos foram estruturados em delineamento em blocos casualizados, com medição da circunferência à altura do peito, das alturas comercial e total em parcelas permanentes aos seis e sete anos de idade. Complementarmente, foi feita a cubagem rigorosa, a análise de tronco e quantificada a frequência de copa quebrada. Para o conjunto total de dados e separados por copa quebrada e copa sem danos, foram testados modelos para relação hipsométrica. Com os dados coletados foi simulado o desbaste seletivo na intensidade de 40% das árvores, com determinação dos volumes, incrementos em altura, DAP e volume do povoamento, além do volume extraído pelo do desbaste. Em ambas regiões, os clones foram mais afetados por danos nas copas em relação às plantas seminais. Os danos nas copas afetam a relação hipsométrica e os modelos testados não se adequam para estimar a altura. Em Lambari D’Oeste, para os clones 62 e 68 e plantas seminais, o comprimento médio do dano nas copas ao sexto ano, foi maior que o incremento médio registrado ao sétimo ano. Em ambas regiões, o clone 61 se destacou pelo volume estimado para o desbaste e em Lambari D’Oeste o clone 62 foi estatisticamente igual ao 61. Em Figueirópolis D’Oeste, os clones de Perlis foram superiores aos de Ilhas Salomão e, em ambas regiões o menor volume de desbaste foi produzido pelas plantas seminais. Palavras-chave: Copa quebrada, relação hipsométrica e volume.
XIII
ABSTRACT
GAVA, Fernando Henrique. Crown damage: growth, production and thinning in clona and seminalstands of Teak in two regions of Mato Grosso. 2015. Dissertation (MSc in Forestry and Environmental Sciences) – Federal University of Mato Grosso, Cuiabá-MT. Adivisor: Prof. Dr. Ronaldo Drescher. The objective of this research was evaluate the development of clonal and seminal plants of Teak associated with crown damage intensities in two regions in southwest Mato Grosso. The study was conduct in Figueirópolis D’Oeste and Lambari D’Oeste with clones proceeding from Perlis, Malaysia and Solomon Islands and seminal plants from studies refions. Treatments were structured in a randomized block design, with measuring circumference at breast height, commercial and total heights in permanent plots to six and seven years old. In addition, the cubed, the stem analysis and quantified the frequency of broken cup have been made. For the full set of data and separated by broken crown and crown without damage, models were tested for relative hipsometric. With collected data were simulated selective thinning 40% intensity of the trees, determinating volumes, increases in height, CBH and plantation volume, in addition the volume extracted by the thinning. In both regions, the clones were more affected by crown damage in relation to seminal plants. The crown damage affects the hypsometric relation and tested models are not suitable to estimate the height. In Lambari D'Oeste, for clones 62 and 68 and seminal plants, the average length of crown damage to the sixth year, was higher than the average increase recorded in the seventh year. In both regions, the clone 61 stood out for the estimated thinning volume and Lambari D'Oeste clone 62 was statistically equal to 61. In Figueirópolis D'Oeste, clones of Perlis were higher than in Solomon Islands, and both regions the least volume of thinning was produced by the seminal plants. Keywords: Broken crown, hypsometric model and volume.
1
1. INTRODUÇÃO
O crescimento é afetado por diversos fatores sendo eles a luz,
a concentração de CO2, a temperatura, a água, os nutrientes e o
conteúdo de clorofila (SCHNEIDER e SCHNEIDER, 2008).
Um dos avanços em plantios florestais é a seleção de
indivíduos com o intuito de melhorar determinadas características que
reflitam em maior crescimento aumentando a produtividade local.
Para a espécie Tectona grandis Linn F., em Mato Grosso, os
experimentos com clones iniciaram em 2003 e resultaram em
produtividades maiores que 30% em volume comparado a Teca
proveniente de plantas seminais (GOH e MONTEUUIS, 2012). Estes
resultados incitam ganhos de produtividade e melhor desenvolvimento
futuro para a espécie.
Esses ganhos de crescimento fazem com que as plantas
cresçam rapidamente afetando a disponibilidade dos fatores de
crescimento pela concorrência no povoamento. Esta concorrência pode
ser controlada através de desbastes e cortes de melhoramento.
Com o manejo florestal é possível compreender melhor o
crescimento da espécie através de predições da produtividade, que
fornecem dados para planejamentos futuros como aplicação de desbastes
que se pode verificar pela análise dos incrementos correntes e médios
anuais.
No entanto, perdas nos povoamentos florestais são frequentes
como danos na copa causada por macacos prego (KOEHLER e
FIRKOWSKI, 1996; LIEBSH et al., 2015) e quebra da copa causado por
ventos (TONINI et al., 2006; SOUZA et al., 2008; CARDOSO et al., 2011;
BRAZ et al., 2014; COSTA et al., 2008).
Estes danos podem resultar em perda da qualidade do produto
gerado pela floresta no desbaste e na colheita, e podem estar
influenciando nas ferramentas utilizadas pelo manejo para estimações da
variável altura uma vez que foram danificadas e seu comportamento
esperado alterado.
2
Diante do exposto, o objetivo desta pesquisa o objetivo desta
pesquisa foi avaliar o desenvolvimento de plantas clonais e seminais aos
seis e sete anos de idade em duas regiões no sudoeste de Mato Grosso.
Os objetivos específicos foram quantificar a frequência e o
dano de copa quebrada, ajustar e verificar se a utilização de modelos de
relação hipsométrica são adequados para o uso em povoamentos com
indivíduos com copa quebrada, e, avaliar o crescimento dos clones e das
plantas seminais.
3
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Tectona grandis Linn f. (TECA)
A Teca ocorre naturalmente entre as latitudes 10°S e 25°N no
subcontinente índico e no sudoeste asiático, principalmente na Índia,
Birmânia, Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã, Java e Myanmar. Sua
ocorrência se dá entre Floresta Úmida e Decídua Árida Mista com
elevações em torno de 1.000 m (LAMPRECH, 1990; WHITE, 1991),
sujeita a precipitações anuais entre 500 e 5000 mm com temperaturas
mínimas mínimas de 2º C e máximas de 48º C (FERREIRA e MELO,
2006). Quando plantada em altitude superior a 1.000 m, apresenta
dificuldade em se adaptar (WEAVER, 1993; FIGUEIREDO et al., 2005b).
É uma espécie lenhosa que pode alcançar elevados valores no
mercado internacional por ser considerada uma madeira nobre (TIWARI e
SIRIL, 2002; GYVES et al., 2007), sendo destinada a usos requintados
como movelaria, embarcações e objetos de decoração (MATRICARDI,
1989; AKRAM e AFTAB, 2009). A madeira possui densidade aparente de
0,65 g.cm-3, sendo considerada estável sob condições altas de humidade
e resistente às variações de umidade (LAMPRECHET, 1990; WALKER et
al. 1993; LORENZI et al., 2003).
A espécie se desenvolve em solos moderadamente profundos,
bem drenados, apresentando raiz pivotante grossa e larga e um sistema
radicular superficial bem desenvolvido. A ausência de oxigênio prejudica
seu desenvolvimento, crescendo melhor em solos com boa aeração
(LAMPRECHT, 1990; KRISHNAPILLAY, 2000).
A Teca pode crescer até 40 m de altura com fuste reto, casca
gretada, grossa e fibrosa, amarronzada em árvores jovens e acinzentada
com o avanço da idade. Em climas sazonais as folhas caem na estação
seca do ano e emitem novas folhas no período da chuva, quando
apresenta o seu maior ritmo de crescimento com estagnação no próximo
período seco. Esse crescimento sazonal que confere a Teca suas
melhores propriedades (LAMPRECHET, 1990; LORENZI et al., 2003).
Para produção de madeira de boa qualidade a Teca requer um
4
período de seca de três a cinco meses ao ano (WEAVER, 1993; KAOSA-
ARD, 1998; PANDEY e BROWN, 2000; OLIVEIRA, 2003; FIGUEIREDO
et al., 2005b).
A Teca é plantada em regiões da África, América Tropical,
Oceania, e da Ásia, com destaque pela beleza e qualidade dos produtos
no mercado internacional entre as espécies produtoras de madeira.
(TANAKA et al., 1998; KRISHNAPILLAY, 2000; LEITE, et al., 2006; FAO,
2012; MIRANDA, 2013).
O Brasil possui pouco mais de 6,9 milhões de hectares de
florestas plantadas, que representa menos de 1% das terras brasileiras.
Esse percentual é responsável por fornecer matéria-prima para os mais
variados segmentos da cadeia produtiva da madeira em um período de
tempo relativamente rápido (MENON et al., 2011).
Os plantios de Teca iniciaram na década de 60 no município de
Cáceres, Mato Grosso, com sementes provenientes de Trinidad e Tobago
(DRESCHER, 2004; CÁCERES FLORESTAL. 2006; SCHUHLI e
PALUDZYSZYN FILHO, 2010), a espécie foi introduzida com o objetivo
de produzir árvores de grande porte destinadas a multiprodutos
(OLIVEIRA, 2003), visto que se adaptou muito bem as condições
edafoclimáticas matogrossenses e a atualmente é a espécie mais
plantada para fins de produção de tora (FAMATO, 2013).
A área plantada de Teca no Brasil é de 67.329 hectares,
concentrados nos Estados de Mato Grosso, Pará e Roraima (ABRAF,
2013), sendo, aproximadamente, plantado em Mato Grosso 49.000 ha
(FAMATO, 2013).
Sobre as questões de atributos químicos do solo para o
desenvolvimento de Teca, por grau de importância são expressas pela
sequência: Ca > pH > Al > K > MO > Mg > P. (PELISSARI et al., 2012).
2.2. DANOS NA COPA
Danos na copa ocorrem geralmente por ação dos ventos no
qual os galhos se entrelaçam e quebram e por quebra da parte superior
da copa (SCHNEIDER e SCHNEIDER, 2008; ROSADO, 2013; BRAZ et
5
al., 2014). Porém, também podem ser causados por animais como
verificados por Koehler e Firkowski (1996) e Liebsh et al. (2015) a
presença de macacos-prego causando danos no terço superior das
árvores arrancando parte da copa mais fina ou então deixando os
indivíduos suscetíveis a quebra por ação de ventos.
O vento é um fator ambiental que afeta o crescimento das
plantas pela transpiração, absorção de CO2 e efeito mecânico sobre as
folhas e ramos que dependem da espécie (STATHERS et. al., 1994;
MUNHOZ e GARCIA, 2008). Geralmente causa danos nos povoamentos
depois de o mesmo alcançar uma altura dominante superior a mais ou
menos 12 m (SCHNEIDER e SCHNEIDER, 2008).
A estrutura e funcionalidade do ecossistema florestal é afetado
pelo vento que causa danos nas árvores e reduz o ganho econômico da
floresta (VENÄLÄINEN et al., 2004). Em 1999 milhões de m3 de florestas
foram derrubados por ação dos ventos em uma única tempestade na
Europa (BOMERSHEIM, 2000).
A ocorrência e intensidade de ventos afetam o
desenvolvimento dos plantios e as características da madeira, interferindo
no produto final, nas questões econômicas e no desenvolvimento de
atividades em campo, acarretando preocupações a empresas do setor
florestal (BRAZ et al., 2014)
Os danos florestais causados pelo vento influenciam
diretamente na qualidade da madeira e na produtividade, eleva os custos
da colheita também causam prejuízos às reservas biológicas,
deterioração da qualidade visual e o aumento das chances de erosão
(ROSADO, 2013; BRAZ et al. 2014).
O rápido crescimento das árvores ligado aos programas de
melhoramento florestal contribui com a formação de povoamentos cada
vez mais jovens, influenciando nas características anatômicas, química,
físicas e mecânicas da madeira, que junto com os tratamentos
silviculturais e o ambiente interferem na qualidade dos povoamentos
florestais (LATORRACA e ALBURQUERQUE, 2000). Assim povoamentos
formados por árvores jovens estão suscetíveis à ação dos ventos, em
função da sua constituição química (BRAZ et al., 2014).
6
A ação de ventos influenciou na quebra da copa para
povoamentos de Schizolobium amazonicum e Acacia mangium (TONINI
et al., 2006) Sclerolobium paniculatum (SOUZA et al., 2008), clones de
Eucalyptus (CARDOSO et al., 2011; BRAZ et al., 2014) e em floresta
nativa (COSTA et al., 2008), este último com árvores sem danos
crescendo mais de 32% DAP em cinco anos comparado as árvores com
dano na copa.
2.3. CRESCIMENTO
O crescimento consiste no alongamento e engrossamento de
suas raízes, tronco e galhos, influenciando diretamente o seu peso,
volume e forma. O crescimento longitudinal de todas as partes da árvore
é do meristema primário, e o crescimento em diâmetro é originário do
meristema secundário ou câmbio (BURGER, 1980; FINGER, 1992;
SCOLFORO, 1998b e CAMPOS e LEITE, 2009).
De acordo com Schneider e Schneider (2008), os fatores como
luz, temperatura, água, nutrientes, CO2 e conteúdo de clorofila afetam o
crescimento da árvore e sua disponibilidade depende da concorrência
existente no povoamento que pode ser trabalhada através dos desbastes,
desramas e controle da mato competição.
O crescimento de uma árvore pode ser dividido em três fases,
sendo o primeiro período o inicial (a), ou jovem, em que a árvore cresce
num ritmo lento, porém crescente; o segundo período é de crescimento
rápido (b), com um crescimento mais ascendente e o terceiro período é o
de maturação (c), com crescimento lento, diminuindo naturalmente. A
curva tem forma típica sigmoidal, começa no ponto zero com crescimento
lento, passando a ser mais íngreme até um ponto de inflexão, aproxima-
se da assintótica (SCHNEIDER e SCHNEIDER, 2008; CAMPOS e LEITE,
2009).
7
FIGURA 1 - RELAÇÃO DO CRESCIMENTO NO TEMPO (SCHNEIDER e SCHNEIDER, 2008).
O crescimento pode ser expresso de diferentes maneiras,
como: incremento corrente anual (ICA); incremento periódico (IP);
incremento periódico anual (IPA); incremento médio anual (IMA), em que
as curvas típicas de ICA e IMA estão sujeitas as oscilações das condições
climáticas do ano corrente e anterior (SCOLFORO, 1998b; SCHNEIDER e
SCHNEIDER, 2008).
Segundo Finger (1992) o crescimento das árvores é
influenciado diretamente pelos fatores genéticos da espécie, interagindo
com o meio ambiente (fatores climáticos, solo, topografia e competição).
Como verificado por Goh e Monteuuis (2005) e Palanisamy
(2009) clones de Tectona grandis apresentaram maiores características
de crescimento como enraizamento, desempenho, troncos retilíneos e
poucos ramos comparados a plantas seminais.
Os modelos de crescimento e produção, classificados como de
povoamento total, de árvores individuais, e de distribuição de diâmetros,
não respondem muito bem aos detalhes do processo de crescimento da
floresta, mas são empregados com muito sucesso para predizer a
produção de madeira, que é um dos elementos essenciais do manejo
propriamente dito (CAMPOS e LEITE, 2009).
8
Um modelo de crescimento, por exemplo, pode abranger um
sistema de equações, sendo capaz de prognosticar o crescimento e a
produção sob várias condições. A estimativa da produção de madeira, em
volume e qualidade, e a avaliação do impacto de fatores ambientais,
sobre o crescimento de árvores e povoamentos florestais, requerem
ferramentas elaboradas como modelos flexíveis de prognose (SPATHELF
e NUTTO, 2000).
Em relação aos anéis de crescimento, esses são visíveis a olho
nu, sendo demarcados pelas faixas de parênquima inicial, facilitando
estudos de incremento ao longo dos anos (HIGUCHI, 1979; CARDOSO,
1991; CHAVES, 2013).
2.3.1. Relação Hipsomértica
É definida como a relação existente entre a altura e diâmetro a
1,3 m do solo (DAP) (SCHIMIDT, 1977; SCOLFORO, 2005; SOARES et
al., 2006). Esta relação possibilita a redução de custos em inventários
florestais, sendo utilizada com grande frequência, pois é medido um
menor número da variável altura (PELISSARI et al., 2014).
A relação hipsométrica associada com outras variáveis
dendrométricas permite calcular o estoque de madeira de um
determinado povoamento em uma determinada época (GARCIA et al.,
2011).
Finger (1992), Prodan et al. (1997), Bartoszeck et al. (2002) e
Scolforo (2005) relatam que a relação hipsométrica é influenciada pela
idade, sítio, densidade, tamanho da copa, espécie e posição sociológica.
Rossi et al. (2011) e Chaves (2013) ajustaram para idades
distintas a mesma equação de relação hipsométrica para Tectona
grandis.
Pelissari et al. (2014), para povoamento com duas idades, dois
e seis anos, ajustaram dois modelos diferentes para relação hipsométrica
de Teca, sendo o primeiro um modelo polinomial e outro de potência.
9
Em sítios bem conduzidos e formados espera-se uma
correlação forte entre altura e DAP, pois se entende que estes tenham
maior homogeneidade, contrário aos povoamentos mal conduzidos ou em
sítios de baixa produtividade – fraca correlação pela maior
heterogeneidade (DRESCHER, 2004).
Por possibilitar a estimação com precisão da altura das árvores
de forma rápida e baixos custos, modelos matemáticos tem sido utilizados
por diversos pesquisadores (JAYARAMAN e LAPPI, 2001; ZAMBRANO et
al., 2001; DRESCHER, 2004; ROSSI et al. 2011; CHAVES, 2013;
OLIVEIRA, 2014).
Drescher et al. (2001), Drescher (2004), Rossi et al. (2011),
Chaves (2013) e Oliveira (2014) destacam o uso de modelos hiperbólicos
para relação hipsométrica de Teca.
2.3.2. Razão Altura e Diâmetro a Altura do Peito
O quociente H/DAP não somente dá informação sobre a
concorrência como também sobre a vitalidade, potencial de crescimento e
estabilidade da árvore contra o vento (ABETZ, 1976).
No caso de forte concorrência, o crescimento em diâmetro é
baixo, porém o crescimento em altura continua aumentando em valor,
assim o valor de relação H/DAP aumenta. Por outro lado, árvores com
quociente h/d baixo têm um espaço vital relativamente grande
(SCHNEIDER e SCHNEIDER, 2008).
A razão H/DAP também reflete o vigor da árvore e pode ser
usada como indicativo de desbaste, uma vez que com o aumento da
idade este quociente tende a diminuir, pois o crescimento em altura
diminui e o diâmetro está aumentando (DURLO E DENARDI, 1998;
SCNHEIDER e SCHNEIDER, 2008; GONZÁLEZ et al., 2012; WINK et al.,
2012; ZIMMERMANN et al., 2012).
A taxa de aumento da razão H/DAP para plantios florestais em
10
regiões tropicais é bem alta com razões aos 5,4 anos para
E.camaldulensis de 1,48 (GALLOWAY et al., 1995). E quanto maior essa
razão para as árvores maior é a instabilidade da árvore sendo mais
suscetível a quebra com ação dos ventos (OLIVER E LARSON, 1990;
GALLOWAY et al., 1995; STAMPFER, 1995; DURLO E DENARDI, 1998;
GONZÁLEZ et al., 2012; ZIMMERMANN et al., 2012).
2.4. DESBASTE
Consiste em retirar alguns indivíduos para diminuir a
competição intraespecífica, isso proporciona mais espaços, aumento na
taxa de crescimento das árvores remanescentes, aumento do câmbio,
manutenção da sanidade e melhoria geral da qualidade do povoamento
(FISHWICK, 1976; SCOLFORO, 1998a; SCHNEIDER et al., 1999;
NOGUEIRA et al., 2006; CALDEIRA E OLIVEIRA, 2008).
Para produção de árvores de grande porte ou, com
características para o processamento mecânico, o povoamento florestal
deve ser manejado para que as árvores tenham as características
desejadas, definindo então, o ritmo de crescimento adequado por meio de
aplicação de desbastes, retirando alguns indivíduos a fim de disponibilizar
recursos de crescimento aos remanescentes (BEZERRA, 2009).
No desbaste muitas decisões ainda são tomadas
empiricamente, como a determinação da intensidade ótima e a idade
técnica de desbaste, que deveria ocorrer por meio de sistemas de suporte
à decisão, por exemplo, utilizando modelos de crescimento e produção
para geração e avaliação econômica associada a alternativas de manejo
e pesquisa operacional (NOGUEIRA et al., 2006).
O processo de competição se inicia em menor período de
tempo quanto maior a taxa de crescimento, ocorrendo a estagnação do
crescimento (LEITE et al., 2006). Este momento é a idade técnica de
desbaste. Contudo, após o desbaste essa estagnação ocorre em intervalo
de tempo menor comparada a estagnação do desbaste anterior
(NOGUEIRA et al., 2006; CAMPOS e LEITE, 2009).
11
O desbaste influencia na produtividade e na qualidade da
madeira, ou seja, no rendimento econômico. O espaçamento 3 x 2 m foi
o mais usado para Teca com povoamentos de 1667 árvores.ha-1
(GARCIA, 2006). Pelissari et al. (2014) ressaltaram que atualmente ha
tendência de se aumentar os espaçamentos, sendo de 3,5 m x 3 m ou 4
m x 2,5 m, devido ao advento da seleção e da clonagem de indivíduos de
alto desempenho, associado à disponibilidade de máquinas e
implementos que exigem uma maior largura nas entrelinhas de plantio.
Em locais com alta capacidade produtiva ha necessidade de
desbastes mais cedo e pesados para sustentar o crescimento rápido dos
diâmetros das árvores selecionadas (GALLOWAY et al. 1995; BEZERRA,
2009). Porém, não é certo que este rápido crescimento em diâmetro seja
prejudicial para algumas propriedades da madeira (PÉREZ, 2005).
2.5. VOLUME
A dificuldade em determinar o volume diretamente está na
cubagem das seções, no tempo de operação e na sua estimativa o que
pode ser considerado como um problema relevante, sendo necessária a
utilização de expressões matemáticas que possam estimar o volume de
árvores a partir de medições simples no campo como diâmetro a altura do
peito (PRODAN, et al., 1997; DRESCHER, 2004).
O aumento do volume individual da árvore possui tendência a
uma curva sigmoide (SCOLFORO, 1998b; CAMPOS e LEITE, 2009). Seu
crescimento é rápido até entrar em maturidade fisiológica, ou então, ao
entrar em competição com outras árvores, que resulta em menores taxas
de crescimento (BURGER, 1980; GALLOWAY, 1993).
A medição de todas as árvores de uma floresta com a
finalidade de obter seus volumes pode ser considerada uma tarefa
inviável e onerosa, por isso ela é inventariada por amostragem, desta
forma, uma parte da população é amostrada e mensurada, extrapolando-
se as características dessa amostra para toda a floresta (MACHADO e
FIGUEIREDO, 2006).
12
Uma maneira prática, simples e rápida de estimar o volume do
povoamento é pela utilização de equações de volume (FINGER, 1992;
DRESCHER, 2004; CAMPOS e LEITE, 2009; CHAVES, 2013).
A precisão das estimativas volumétricas é fundamental para o
planejamento e otimização das atividades de exploração florestal, que
dispõe de equações de simples entrada, dupla entrada, associadas à
relação hipsométrica, fator de forma e de afilamento (MACHADO e
FIGUEIREDO et al, 2006).
Moret et al. (1998), Drescher (2004), Passos et al. (2006), Cruz
et al. (2008a), Cotta et al. (2009), Tonini et al. (2009), e Oliveira (2014)
destacaram a eficiência do modelo de Schumacher-Hall para estimativa
de volume de Tectona grandis.
Kanninen et al. (2004) encontrou para Teca na Costa Rica, aos
seis anos, um volume de 171 m3.ha-1 e Pérez (2005) de 32 m3.ha-1 aos
quatro anos de idade.
O volume estimado de Teca em Rondônia foi de 107,7 m3.ha-1
aos seis anos de idade (FERREIRA e MELLO, 2006) e de 156,88 m3.ha-1
aos sete anos (VIEIRA et al., 2008).
Caldeira e Oliveira (2008) aos seis anos de idade encontraram
um volume de Teca de 140,63 m3.ha-1 para Nossa Senhora do
Livramento, Mato Grosso.
13
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. ÁREA DE ESTUDO
O estudo foi realizado em duas localidades situadas nos
municípios de Figueirópolis D’Oeste e de Lambari D’Oeste, ambas no
sudoeste de Mato Grosso.
O povoamento de Figueirópolis D’Oeste está circunscrito à
coordenada 15°27'24.62"S e 58°38'17.49"O com em um raio de 130 m e o
de Lambari D’Oeste à coordenada 15°16'27.95"S e 57°55'49.21"O em um
raio de 280 m (Figura 2).
FIGURA 2 – LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS EXPERIMENTAIS COM OS TRATAMENTOS CLONAIS E SEMINAIS NOS MUNICÍPIOS DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE E LAMBARI D'OESTE.
O clima da região é do tipo Aw, segundo a classificação de
Köppen (ALVARES et al., 2013), com média de temperatura máxima
anual de 32,4ºC e mínima de 20,3ºC, (ROZALES, 2006) e precipitação
anual variando de 1500 a 1800 mm (MAITELLI, 2005). A altitude média de
Figueirópolis D’Oeste é de 250 m ao nível do mar e de Lambari D’Oeste
de 185 m.
O relevo é caracterizado como depressão Rio Paraguai e a
vegetação é característica do Cerrado sob influência de áreas úmidas do
Pantanal, e presença de fragmentos de Floresta Amazônica (CARNIELLO
14
et al., 2010). O solo é do tipo Cambissolo Háplico Tb Eutrófico Léptico
(EMBRAPA, 2006).
Os experimentos foram estabelecidos em delineamento
experimental de blocos casualizados com tratamentos provenientes de
plantas clonais e seminais.
Os clones são denominados 61, 62, 63, 68 e 80, sendo que os
clones 61, 62, 63 e 68 procedem de Perlis, Malásia, enquanto o clone 80
provém das Ilhas Salomão (MIRANDA, 2013), já as plantas seminais
foram produzidas com sementes oriundas da empresa Cáceres Florestal.
O povoamento em Figueirópolis D’Oeste foi implantado em
2008 e possui seis tratamentos, composto pelos clones 61, 62, 63, 68 e
80 e um tratamento seminal. Cada tratamento possui quatro blocos e
cada bloco uma área de 306,25 m2 totalizando 1.225 m2 em espaçamento
de 3,5 x 3,5 metros.
O povoamento em Lambari D’Oeste tem sete anos de idade e
possui quatro tratamentos, três sendo os clones 61, 62 e 68 e um
seminal. Os tratamentos são divididos em três blocos, cada bloco com
área de 932,40 m2 totalizando 2.792,20 m2 em espaçamento 3,7 x 2,8
metros.
3.2. TRATAMENTOS SILVICULTURAIS
Foi realizada desrama nas duas regiões dos dois aos quatro
anos e posteriormente efetuadas apenas desramas de manutenção.
Foram feitos desbastes aos seis anos para o povoamento de
Figueirópolis D’Oeste e aos sete anos para Lambari D’oeste. Neste
segundo povoamento foram retirados de forma complementar, para evitar
maiores complicações, alguns indivíduos afetados pela seca da Teca,
causada pelo fungo Ceratocystis fimbriata.
Em ambos os povoamentos, foi aplicado desbaste seletivo na
intensidade de 40% com a seleção e remoção de duas árvores a cada
cinco indivíduos na linha do plantio que não atendiam aos critérios de
qualidade estabelecidos por Caldeira e Oliveira (2008), na seguinte
sequência cronológica: com problemas fitossanitários, sem forma ou
15
qualidade de fuste e as árvores com menores valores de DAP e de altura
total.
3.3. COLETA DE DADOS
Em 2013 e 2014, foram medidas a circunferência à altura do
peito, a altura comercial e a altura total das árvores de parcelas
permanentes do povoamento. Os valores de altura foram mensurados
com o hipsômetro eletrônico Haglof. Posteriormente foi obtido o diâmetro
à altura do peito (DAP) e a área basal.
Para determinar a forma e a qualidade do fuste foi utilizada a
classificação apresentada por Jankauskis (1979) que classifica o fuste em
cinco formas: (1) reto, sem galhos laterais, copa bem definida, tipicamente
comercial; (2) reto, com galhos laterais, mas aproveitável comercialmente;
(3) alguma tortuosidade, sem galhos laterais e aproveitamento comercial
parcial; (4) tortuoso, com galhos laterais e pouco aproveitáveis
comercialmente; e (5) tortuoso ou defeituoso com galhos laterais e
praticamente sem uso comercial (Figura 3).
FIGURA 3 -– CRITÉRIO PARA CLASSIFICAÇÃO DOS INDIVÍDUOS QUANTO À FORMA E QUALIDADE DO FUSTE (JANKAUSKIS, 1979).
Em 2014 foi realizada a cubagem rigorosa de 10 árvores para
os tratamentos 61, 62, 63, 68, 80 e seminal de Figueirópolis D’Oeste e 61,
62, 68 e seminal de Lambari D’Oeste pelo método de Smalian. Estas
árvores foram destinadas para o estudo de volume e crescimento, além
da análise de tronco (ANATRO).
16
A seleção dos indivíduos para cubagem foi feita pelo critério de
HOSOKAWA e SOUZA (1987), calculando-se cinco classes de DAP. As
classes foram estipuladas pelo desvio padrão da estimativa de cada
tratamento, sendo que cada classe possui como limite inferior o DAP de
centro da classe menos 0,5 vezes o desvio padrão e limite superior o DAP
de centro da classe mais 0,5 vezes o desvio padrão.
A metodologia de levantamento para quantificar quais
indivíduos estavam com dano na copa foi feita baseada no local onde
houve ruptura e bifurcação observada em campo (Figura 4).
FIGURA 4 – IDENTIFICAÇÃO DE INDÍVÍDUOS COM DANOS NA COPA.
Após a cubagem foram feitas marcas ao longo do tronco
identificando o local de seccionamento para retirada dos discos. Os
discos foram obtidos da base (0,1 m do solo), a 1,3 m do solo e de metro
a metro até diâmetros com aproximadamente 2 cm. As fatias foram
identificadas com o número da árvore, tratamento e bloco utilizando lápis
cópia (Figuras 5 A, B e C).
17
Nos locais onde haviam galhos grossos foram selecionadas
uma secção acima para retirada dos discos. O material foi transportado
ao laboratório de Crescimento e Produção Florestal da Universidade
Federal de Mato Grosso onde foram feitas as medições dos anéis de
crescimento (Figura 5 D).
As fatias possuíam em torno de cinco centímetros de
espessura e foi possível visualizar com nitidez e medir os anéis de
crescimento seguindo a metodologia de Barusso (1977), que consiste na
marcação de uma linha no maior raio da fatia e a partir deste raio foi feito
um ângulo de 45º onde foi traçada uma reta, com lápis, cortando a fatia e
outra reta perpendicular a esta.
A B
C D
FIGURA 5 – ETAPAS DA ANÁLISE DE TRONCO: (A) SECCIONAMENTO DA ÁRVORE; (B) RETIRADA DOS DISCOS; (C) MEDIÇÃO DA SECÇÃO; (D) MEDIÇÃO DOS ANÉIS DE CRESCIMENTO.
Para o estudo do comportamento da altura em função do
diâmetro foram testados os modelos utilizados por Chaves (2013), pois
18
estes apresentaram adequados ajustes para Teca em final de rotação no
Município de Figueirópolis D’Oeste (Tabela 1).
TABELA 1 – MODELOS DE RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA.
Nº Modelo Autor
1 1
√H−1,3 = β0+β1.
1
DAP + εi Petterson
2 1
√H−1,3 = β0+β1.
1
DAP +β2.
1
DAP2 + εi Drescher et al. (2001)
3 lnH = β0+β1. 1
DAP + εi Curtis
4 H = β0+β1. 1
DAP + εi Assmann
5 1
√H−1,3 = β0+β1.
1
DAP +β2.
1
DAP2 + β3. DAP2 Autor desconhecido
6 1
H−1,3 = β0+β1.
1
DAP2 +β2. DAP+ εi
Autor desconhecido
H = altura total (m); DAP = diâmetro à altura do peito (cm); ln = logaritmo neperiano; β = coeficiente de regressão; εi = erro associado.
O crescimento foi calculado utilizando como variável
dependente o DAP, a altura total e o volume proveniente das parcelas
permanentes e da análise de tronco, sendo testados oito modelos de
crescimento para cada tratamento (Tabela 2).
TABELA 2 – MODELOS DE CRESCIMENTO AJUSTADOS.
Nº Modelo Autor
1 Ln (y) = β0 + β1.t
1 + εi Schumacher
2 Ln(y) = β0 + β1.ln(t) + β2.ln(t2) + εi Backman
3 Ln(y) = β0 + β1.ln(t) + β2.t + εi Gram
4 Ln (y) = β0 + β1.1
t + β2.ln(t) + εi
Hoerl
5 Ln(y) = β0 + β1.t + β2.(t2) + β2.(t
3) + εi Moissev
19
6 Ln (y) = β0 + β1.1
𝑡 + β2.(
1
t)
2
+ β3.(1
t)
3
+ εi Spillmam
7 y = β0.[1 − exp(−β1. t)]β2 + εi Chapman-Richards
8 y = β0.[1 − exp(−β1. t)] + εi Mitscherlich
Em que: y = variável dependente; t = tempo (idade); ln = logaritmo neperiano; β = coeficiente de regressão; exp = exponencial e εi = erro associado.
A partir da cubagem rigorosa em campo foi obtido o volume
para cada tratamento e ajustado os modelos volumétricos (Tabela 3),
calculando os volumes estimados para os indivíduos remanescentes e
desbastados no povoamento.
TABELA 3 – MODELOS VOLUMÉTRICOS TESTADOS.
Nº Modelo Autor
1 Ln(V) = β0 + β1.ln(DAP) + β2.ln(h )+ εi Schumacher-Hall
2 Ln(V) = β0 + β1.ln(DAP) + β2.Ln
2(DAP) + β3.ln(h) + β4.ln
2(h) +
εi Prodan Modificado
3 V = β0 + β1.DAP2 + β2.DAP.h + β3.DAP
2.h + εi Stote
4 V = β0 + β1.DAP2 + β2.h + β3.DAP
2.h + εi
Meyer Modificado
5 V = β0 + β1.(DAP2.h) + εi Spurr
6 V = β0 + β1.DAP² + β2.ln(DAP2.h) + β3.DAP.h
2 + β4.h
2 + εi Näslund Modificado
Em que: V = volume (m³); DAP = diâmetro à altura do peito (cm); h = altura total; ln = logaritmo neperiano; β = coeficiente de regressão; e εi = erro associado.
3.5. ANÁLISE ESTATÍSTICA
Foi utilizado o programa estatístico ASSISTAT 7.7 para análise
das variáveis DAP, altura total, área basal e volume. Os dados foram
submetidos aos testes de homogeneidade, normalidade e independência
para verificação das condições para a análise de regressão segundo
Schneider et al. (2009).
20
Para a avaliação dos modelos foi utilizado o coeficiente de
determinação ajustado (R2 aj.), erro padrão dos resíduos em porcentagem
(Syx%), e a análise gráfica dos resíduos em porcentagem (Erro%). Nos
modelos não lineares foi utilizado o fator de correção de Meyer para
eliminar a discrepância logarítmica, multiplicando os volumes por esse
fator:
Fm = e0,5*(QMRes)²
Em que: Fm = índice de Meyer; e = exponencial; QMRes = quadrado médio do resíduo.
Para verificar o grau de correlação linear entre a altura total e o
DAP foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson que varia entre -
1 e 1, sendo que quanto mais próximo de 1 maior correlação entre as
variáveis, quando é positivo a correlação é diretamente proporcional e, se
negativo, inversamente proporcional.
Para qualificar o grau de correlação entre as variáveis foi
utilizado o critério de Callegari-Jacques (2003) que classifica da seguinte
forma: < 0,3, correlação fraca; 0,3 a 0,6, moderada; 0,6 a 0,9, forte e >
0,9, correlação muito forte.
TABELA 4 – FÓRMULAS DOS PARÂMETROS ESTATÍSTICOS UTILIZADOS NA COMPARAÇÃO DOS MODELOS TESTADOS.
Parâmetros Fórmula
Coeficiente de determinação ajustado
(R2 aj.) SQTotal
SQRes*
pn
1n1R aj.
2
Erro padrão dos resíduos (Syx%) 100*y
QMRes%Syx
Erro (%) 100*y
yyE(%)
^
Coeficiente de Pearson
2)y(yi*)x(xi
)y(yi*)x(xip
Em que: n = número de observações; p = número de coeficientes do modelo; SQRes = somatória quadrática dos resíduos; SQTotal = somatória quadrática total; QMRes = quadrado médio residual; y = variável dependente; ӯ = média da variável dependente; ;
21
= variável dependente estimada; xi = variável independente i; x = média das variáveis
independentes; yi= variável dependente i.
22
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. DANO DA COPA QUEBRADA NO FUSTE COMERCIAL
Foi verificada grande quantidade de indivíduos com a copa
quebrada, sendo todos os clones muito afetados, com índices superiores
a 70%, com destaque ao clone 68 de Figueirópolis D’Oeste com 97% dos
indivíduos com copa quebrada (Tabela 5).
As duas regiões sofrem influência de ventos fortes, como
constatados por Miranda (2013) que registrou para os clones 62, 63 e 68,
aos quatro anos, em Figueirópolis D’Oeste, índices superiores a 50% de
indivíduos com copa quebrada, inferiores a 30% para o clone 61 e
inferiores a 20% para o plantio seminal.
TABELA 5 – FREQÜENCIA DO DANO CAUSADO PELA QUEBRA DA COPA.
Figueirópolis D’Oeste Lambari D’Oeste
Tratamento Indivíduos com copa
quebrada (%) Indivíduos com copa
quebrada (%)
61 73 b 78 a
62 72 b 85 a
63 89 a -
68 97 a 78 a
80 64 b -
Seminal 42 c 31 b
F 18,84* 37,15*
CV 12,24 10,42
média 72,87 68,16 Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste deScott Knott (5 %); * significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F (P<0,01); CV (%): coeficiente de variação em porcentagem.
Todos os clones, em ambas as regiões, apresentaram danos
em suas copas acima de 60%, já o tratamento seminal obteve
porcentagens de 42% em Figueirópolis D’Oeste e 31% em Lambari
D’Oeste.
23
A diferença dos indivíduos danificados entre os clones de
Figueirópolis D’Oeste foi de 20% e entre os tratamentos de Lambari
D’Oeste de 40%, aproximadamente, demonstrando uma maior resistência
de árvores provenientes de sementes em relação às plantas clonais.
Essa diferença pode ser devido ao rápido crescimento do
material clonado, pois pressupõe que tais plantas foram melhoradas para
aumentar a velocidade de crescimento, resultando em indivíduos mais
finos e compridos, provavelmente mais frágeis e mais sensíveis a danos
causados por ventos fortes que o material vindo de sementes.
A influência causada por esse dano no fuste comercial da
árvore, no sentido da copa para a base da árvore, foi menor que 8% para
todos os tratamentos 61, 68, 80 e seminal de Figueirópolis D’Oeste e 61,
68 e seminal de Lambari D’Oeste. O clone 62 das duas regiões teve o
fuste afetado com aproximadamente 15% e o clone 63 de Figueirópolis
D’Oeste com aproximadamente 10%, sendo os maiores danos
observados no fuste.
Para ilustrar a perda do fuste foi feita uma comparação por
classes de altura entre o fuste comercial real com o fuste comercial
danificado para Figueirópolis D’Oeste (Figura 6) e Lambari D’Oeste
(Figura 7).
FIGURA 6 – PERCENTUAL MÉDIO DE REDUÇÃO NA ALTURA COMERCIAL DE ÁRVORES SEM DANOS NA COPA E COM COPA QUEBRADA DE CLONES E PLANTAS SEMINAIS DE Tectona grandis NO MUNICÍPIO DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE.
2%
15,5% 10%
7% 8% 1,5
0
1
2
3
4
5
6
7
8
61 62 63 68 80 Seminal
Alt
ura
(m
)
Altura Comercial sem Copa Quebrada Altura Comercial com Copa Quebrada
24
FIGURA 7 – PERCENTUAL MÉDIO DE REMDUÇÃO NA ALTURA COMERCIAL DE ÁRVORES SEM DANOS NA COPA E COM COPA QUEBRADA DE CLONES E PLANTAS SEMINAIS DE Tectona grandis NO MUNICÍPIO DE LAMBARI D’OESTE.
Na figura 23 e 24 é possível visualizar a perda do fuste
danificado pelas copas quebradas em Figueirópolis D’Oeste e Lambari
D’oeste, respectivamente.
FIGURA 8 – FOTOS ILUSTRATIVAS DE EXEMPLOS DE COPAS QUEBRADAS PELO VENTO EM FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE.
2%
14% 7,5%
1%
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
61 62 68 Seminal
Alt
ura
(m
)
Altura Comercial sem Copa Quebrada Altura Comercial com Copa Quebrada
25
FIGURA 9 – FOTOS ILUSTRATIVAS DE EXEMPLOS DE COPAS QUEBRADAS PELO VENTO EM LAMBARI D’OESTE.
Tais danos não afetaram drasticamente o produto final da
madeira tanto para Figueirópolis D’Oeste quanto Lambari D’Oeste, pois a
parte afetada é a porção final do fuste comercial, normalmente utilizada
como lenha. No entanto, as árvores poderiam atingir altura superiores e
fornecer produtos com maior valor agregado, comparado à lenha.
Em Figueirópolis D’Oeste, esse produto gerado do desbaste
possui uma qualidade do fuste baixa, pois os indivíduos retirados são de
maioria com copa quebrada e qualidade do fuste torto ou com galhos,
dificultando seu beneficiamento (Figura 10).
26
FIGURA 10 – QUALIDADE DO FUSTE DE PLANTAS CLONAIS E SEMINAIS DE Tectona grandis NO MUNICÍPIO DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE SEGUNDO CRITÉRIO DE JANKAUSKIS (1979).
A frequência da FF4 para o clone 63 foi a menor dentre os
tratamentos com 40%, no entanto foi o clone com mais indivíduos
afetados pela copa quebrada junto com o clone 68, que apresenta 59%
dos indivíduos FF4.
Em Lambari D’Oeste a desrama foi intensa e controlada,
diminuindo o número de indivíduos com forma do fuste torto e com galhos
(FF4), resultando em um material com melhores possibilidades de
comercialização (Figura 11).
O tratamento com maior frequência da FF4 é o das plantas
seminais para as duas regiões com 72% para Figueirópolis D’Oeste e
37% para Lambari D’Oeste. No entanto são os tratamentos que tiveram
menor intensidade de copas quebradas.
A forma de fuste predominante nos clones de Lambari D’Oeste
é a reta sem galhos (FF1) com aproximadamente mais de 80% dos
indivíduos, contrário ao seminal com mais de 90% nas classes FF3 e FF4.
30
40
50
60
70
80
90
100
61 62 63 68 80 Semi
Fre
qu
en
cia
da
cla
ss
e d
e f
us
te (
%)
FF1
FF2
FF3
FF4
27
FIGURA 11 – QUALIDADE DO FUSTE DE PLANTAS CLONAIS E SEMINAIS DE Tectona grandis NO MUNICÍPIO DE LAMBARI D’OESTE SEGUNDO CRITÉRIO DE JANKAUSKIS (1979).
A FF4 foi predominante para o tratamento seminal em ambas
as regiões e também o que possui a menor intensidade de copas
quebradas.
Cabe destacar que com tratamentos silviculturais, como
desrama e desbaste, os indivíduos desbastados são selecionados e o
material retido no povoamento melhora.
Esse produto possivelmente agregará maior valor e trará
receitas altas como encontradas por Saguino (2009), García (2011) e
Camino e Morales (2013), tanto no mercado regional e nacional quanto no
mercado internacional.
4.2. RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA
As correlações entre as variáveis altura e diâmetro não foram
fortes, sendo a maior correlação, 0,35, registrada para o clone 63
(Figueirópolis D’Oeste), e as demais próximas de 0,20, sendo
consideradas por Callegari-Jacques (2003) como correlações fracas.
Essa fraca correlação pode estar relacionada com a alta
incidência de ventos nas duas regiões ocasionando a quebra da copa, de
0
20
40
60
80
100
61 62 68 Semi
Fre
qu
en
cia
da
cla
ss
e d
e f
us
te (
%)
FF1
FF2
FF3
FF4
28
algumas árvores e interferindo, assim no crescimento em altura da árvore.
Tal registro foi apresentado por Miranda (2013) com os clones 63, 68 e 62
com mais de 50% de indivíduos com copa quebrada.
Ainda assim, foram ajustados os modelos de relação
hipsométrica para cada região. Os valores do erro padrão foram inferiores
a 7% para todas as equações. No entanto, o coeficiente de determinação
ajustado foi inferior 0,4, sendo o modelo de Drescher et al. (2001) o que
apresentou maior índice para Figueirópolis D’Oeste, 0,2094, enquanto o
Modelo 5 com maior coeficiente R² aj., 0,3796, para Lambari D’Oeste
(Tabela 6).
TABELA 6 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DA RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA PARA FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE E LAMBARI D’OESTE.
Modelo β0 β1 β2 β3 Syx% R² aj.
Fig
ueir
óp
olis
D’O
este
Petterson 0,2199 0,7177 - - 6,68 0,1386
Drescher 0,2883 -1,8966 24,5622 - 6,51 0,2094
Curtis 3,0603 -4,9989 - - 6,51 0,1820
Assmann 20,6022 -78,827 - - 6,66 0,1433
5 0,4268 -5,3399 48,3074 -0,000064 6,62 0,1570
6 0,0297 6,7539 0,0009 6,64 0,1514
Lam
bari
D’O
este
Petterson 0,2148 0,8804 - - 5,14 0,3672
Drescher 0,2404 -0,0836 8,7048 - 6,56 0,3733
Curtis 3,0924 -6,0558 - - 6,23 0,3711
Assmann 21,0397 -94,008 - - 6,55 0,3720
5 0,0589 4,2841 -20,122 0,000087 6,53 0,3796
6 0,0508 4,8215 0,0002 - 6,56 0,3728 Em que: βi = Coeficientes de regressão; Syx% = Erro padrão das estimativas em percentagem; R² aj. = Coeficiente de determinação ajustado.
Os resultados da distribuição residual das estimativas também
não foram satisfatórios com subestimativas do erro absoluto do Modelo 5
de Figueirópolis D’Oeste. O mesmo modelo para Lambari D’Oeste
apresentou distribuição mais uniforme com o aumento de DAP.
29
FIGURA 12 – DISTRIBUIÇÃO RESIDUAL DE SEIS MODELOS DE RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA PARA Tectona grandis EM FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE AOS 6 ANOS.
-25
-15
-5
5
15
25
10 15 20 25 30E
rro
H (
%)
DAP (cm)
Drescher
-25
-15
-5
5
15
25
10 15 20 25 30
Err
o H
(%
)
DAP (cm)
Petterson
-25
-15
-5
5
15
25
10 15 20 25 30
Err
o H
(%
)
DAP (cm)
Curtis
-25
-15
-5
5
15
25
10 15 20 25 30
Err
o H
(%
)
DAP (cm)
Assmann
-25
-15
-5
5
15
25
10 15 20 25 30
Err
o H
(%
)
DAP (cm)
Modelo 5
-25
-15
-5
5
15
25
10 15 20 25 30
Err
o H
(%
)
DAP (cm)
Modelo 6
30
FIGURA 13 – DISTRIBUIÇÃO RESIDUAL DE SEIS MODELOS DE RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA PARA Tectona grandis EM LAMBARI D'OESTE AOS 7 ANOS.
Em ambas as localidades, o erro absoluto não foi superior a
quatro metros e variou pouco entre si para cada modelo de cada região,
pois esse erro está associado a variável dependente altura que variou
pouco entre para os tratamentos.
A distribuição residual para Lambari D’Oeste foi similar entre os
modelos testados, e os seis modelos se distribuíram de maneira uniforme
sob a linha central dos resíduos, de forma homogênea e sem
tendenciosidades.
Para entender melhor se há ajuste para a relação hipsométrica
foi contraposto a curva de atura estimada com o banco de dados
mensurados (Figuras 14 e 15).
-30
-20
-10
0
10
20
10 15 20 25 30E
rro
H (
%)
DAP (cm)
Petterson
-30
-20
-10
0
10
20
10 15 20 25 30
Err
o H
(%
)
DAP (cm)
Drescher
-30
-20
-10
0
10
20
10 15 20 25 30
Err
o H
(%
)
DAP (cm)
Curtis
-30
-20
-10
0
10
20
10 15 20 25 30
Err
o H
(%
)
DAP (cm)
Assmann
-30
-20
-10
0
10
20
10 15 20 25 30
Err
o H
(%
)
DAP (cm)
Modelo 5
-30
-20
-10
0
10
20
10 15 20 25 30
Err
o H
(%
)
DAP (cm)
Modelo 6
31
FIGURA 14 – RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA PARA Tectona grandis. ALTURA ESTIMADA VERSUS A ALTURA REAL PARA FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE AOS 6 ANOS.
As equações estimadas configuram uma forma próxima a de
uma reta, porém o modelo de Drescher e o Modelo 6 apresentaram uma
leve curvatura para os diâmetros maiores em Figueirópolis D’Oeste,
enquanto que para Lambari D’Oeste os modelos de Drescher, o modelo 5
0
4
8
12
16
20
10 15 20 25 30
Alt
ura
(m
)
DAP (cm)
Petterson
0
4
8
12
16
20
10 15 20 25 30
Alt
ura
(m
)
DAP (cm)
Drescher
0
4
8
12
16
20
10 15 20 25 30
Alt
ura
(m
)
DAP (cm)
Curtis
0
4
8
12
16
20
10 15 20 25 30
Alt
ura
(m
)
DAP (cm)
Assmann
0
4
8
12
16
20
10 15 20 25 30
Alt
ura
(m
)
DAP (cm)
Modelo 5
0
4
8
12
16
20
10 15 20 25 30
Alt
ura
(m
)
DAP (cm)
Modelo 6
32
e o modelo 6 configuraram essa curvatura também quando ajustados aos
dados reais.
FIGURA 15 – RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA PARA Tectona grandis. ALTURA ESTIMADA VERSUS A ALTURA REAL PARA LAMBARI D'OESTE AOS 7 ANOS.
0
4
8
12
16
20
10 15 20 25 30
Alt
ura
(m
)
DAP (cm)
Petterson
0
4
8
12
16
20
10 15 20 25 30
Alt
ura
(m
)
DAP (cm)
Drescher
0
4
8
12
16
20
10 15 20 25 30
Alt
ura
(m
)
DAP (cm)
Curtis
0
4
8
12
16
20
10 15 20 25 30
Alt
ura
(m
)
DAP (cm)
Assmann
0
4
8
12
16
20
10 15 20 25 30
Alt
ura
(m
)
DAP (cm)
Modelo 5
0
4
8
12
16
20
10 15 20 25 30
Alt
ura
(m
)
DAP (cm)
Modelo 6
33
Com os erros padrões das estimativas próximos e abaixo de
7% foi selecionado o modelo de Drescher para relação hipsométrica de
Tectona grandis Linn f. nas duas regiões estudadas, sendo Syx% de
6,51% para Figueirópolis D’Oeste e 6,56% para Lambari D’Oeste. O
coeficiente deste modelo foi o mais alto para Figueirópolis D’Oeste,
0,2094, e foi o segundo maior para Lambari D’Oeste, 0,3733, com uma
diferença menor que 5% para o modelo 5. O modelo selecionado
apresentou uma adequada distribuição residual e sobreposição das
curvas estimadas com os dados reais, para ambas as regiões.
Rossi et al. (2011) obtiveram a melhor estimativa hipsométrica
com a equação de Drescher para povoamento de Teca aos 6 e 26 anos
de idade em Monte Dourado – PA, com erro padrão da estimativa de
11,95%, coeficiente de determinação ajustado de 0,848 e ausência de
tendências nas estimativas dos resíduos.
Para este estudo o erro padrão foi menor que o encontrado por
Rossi et al. (2011), sendo 6,5% e também não houve tendências para os
resíduos, porém o coeficiente de determinação foi muito inferior.
No modelo proposto por estes autores (modelo 5) foi verificado
uma subestimação de até 6,90 m para Figueirópolis D’Oeste e de 7,1 m
para Lambari D’Oeste. Essa diferença foi maior nos diâmetros menores
sendo que um DAP de 15 cm para uma altura de 17,00 m, medida,
quando estimada pela equação obteve 11,00 metros.
Chaves (2013) ajustou o modelo genérico de Näslund “H =
DAP2
3,753+0,242.DAP2+0,0329.DAP²+ 1,3” para povoamento de Teca com rotação
aos 26 com anos; Syx% de 9,35 e R2aj. de 0,89, aplicado aos
povoamentos, superestimou as alturas nos diâmetros maiores, com erro
máximo de 6,80 m e 7,40 m para Figueirópolis D’Oeste e Lambari
D’Oeste respectivamente.
O modelo de Drescher também foi ajustado por Chaves (2013)
com Syx% 10,25; R2aj. de 0,87 e resíduo apresentando superestimativas
nos diâmetros maiores. Esse modelo foi testado nas duas regiões e
apresentou superestimativa nos diâmetros maiores e subestimativa nos
34
menores, sendo que para um diâmetro de 15 cm estimou-se 13 m em
altura e um DAP de 21 cm a 19 m de altura, para ambas localidades.
As curvas das equações comparadas apresentaram grau de
inclinação maior que as ajustadas para as regiões de Figueirópolis
D’Oeste e Lambari D’Oeste e também alturas foram maiores que as
observadas neste estudo.
Devido ao coeficiente R2aj. resultar menor que 0,4, os dados
foram separados por alturas com copa quebrada e sem copa quebrada.
Para Figueirópolis D’Oeste, o erro encontrado bem como o R2aj. foram
6,84 e 0,12 (sem copa quebrada) e 6,89 e 0,22 (com copa quebrada).
Para Lambari D’Oeste o modelo de Drescher ajustou melhor aos dados
de copa quebrada, Syx% 4,58 e R2aj. 0,49, e o modelo 6 sem copa
quebrada, 5,61 e 0,63. Foi verificado uma diferença quando separado os
dados por indivíduos com e sem copa quebrada, mas ainda sim com um
coeficiente de determinação baixo.
Esse baixo valor do R² aj. para os dois tipos de bancos de
dados analisados é provavelmente devido a degeneração da relação
altura e DAP, havendo uma perda dessa relação, que para plantios
clonais ocorre pelos clones serem procedentes de matérias cada vez
mais trabalhados e selecionados, aumentando as chances de ocorre, pois
a altura dos indivíduos no povoamento será semelhante, porém o DAP
ainda sofrerá variações.
Tais erros nas estimativas das alturas decorrem provavelmente
devido a quebra da ponteira das árvores nos dois povoamentos,
dificultando a explicação da relação altura DAP.
A razão altura/DAP para os tratamentos de Figueirópolis
D’Oeste foram discrepantes, com os clones 61, 68 e 80 e plantas
seminais tendo os valores das alturas sem danos maiores que as alturas
com danos, isto seria o esperado, pois a relação da altura dos indivíduos
ainda estaria alta aumentando essa razão H/DAP. No entanto o oposto
ocorreu com os clones 62 e 63 que tiveram uma razão H/DAP maior para
os indivíduos com copa quebrada, sendo observado o mesmo
comportamento para o clone 62 de Lambari D’Oeste (Figura 16).
35
FIGURA 16 – RELAÇÃO ALTURA VERSUS DAP PARA TECTONA GRANDIS NAS REGIÕES DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE E LAMBARI D’OESTE.
Para Figueirópolis D’Oeste o clone 80 e as plantas seminais
foram os tratamentos que tiveram as menores frequências de danos na
copa e consequentemente as maiores razões de H/DAP tanto para altura
com dano quanto para altura sem dano.
O mesmo padrão que ocorreu com o clone 80 e plantas
seminais de Figueirópolis D’Oeste foi verificado para o tratamento com
plantas seminais e Lambari D’Oeste, que foi o tratamento com menos
indivíduos com copa quebrada e maiores valores de razão H/DAP.
Essa diferença encontrada nas duas regiões mostra que os
clones procedentes de Perlis são mais suscetíveis a danos nas porções
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
61 62 63 68 80 Seminal
H /
DA
P
Figueirópolis D'Oeste
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
61 62 68 Seminal
H /
DA
P
Lambari D'Oeste
36
mais altas da árvore que foi diferente para o clone 80, que procede das
Ilhas Salomão, e das plantas seminais.
Galloway et al. (1995) encontraram para T. grandis aos seis
anos de idade uma razão H/D de 0,99 e que é considerada pelos autores
uma razão alta para. Quanto maior essa razão para as árvores maior a
instabilidade contra ventos (OLIVER E LARSON, 1990; GALLOWAY et
al., 1995; STAMPFER, 1995; DURLO E DENARDI, 1998; GONZÁLEZ et
al., 2012; ZIMMERMANN et al., 2012).
Ao analisar as relações hipsométrica ajustadas é verificado que
as equações não são, aparentemente, uma ferramenta adequada para
estimar a altura quando se tem povoamentos com copas quebradas.
E a razão H/DAP foi mais baixa para os tratamentos com maior
quantidade de indivíduos com copas quebradas que provavelmente foi
influenciada por essa quebra, pois se não estariam com um quociente
maior que evidencia essa instabilidade.
4.3. CRESCIMENTO
Para cada região serão elencadas as equações que melhores
estimaram os dados DAP, altura total e volume, para cada parâmetro
avaliado.
Na região de Figueirópolis D’Oeste a equação de Moissev foi a
que apresentou os menores valores para erro padrão da estimativa e
maiores para o coeficiente de determinação ajustado para as variáveis
DAP, área basal e volume. Para altura total a equação que conferiu as
melhores estatísticas foi a de Backman.
Para o ajuste dos modelos de crescimento em Lambari
D’Oeste houve uma maior heterogeneidade, sendo a equação de
Chapman-Richards a selecionada para DAP e volume e Moissev para
área basal e altura total.
4.3.1. Diâmetro
37
A equação selecionada para Figueirópolis D’Oeste foi a de
Moissev e para Lambari D’Oeste de Chapman-Richards.
Em Figueirópolis D’Oeste o crescimento em diâmetro foi
estimado para todos os clones 61, 62, 63 e 80 com erro padrão de
estimativa inferior a 9,5%, já os tratamentos 68 e seminal tiveram o erro
padrão com 11,45% e 12,70%, respectivamente (Tabela 7).
TABELA 7 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DO MODELO DE MOISSEV PARA DAP.
Região Trat. β0 β1 β2 β3 Syx% R2aj
Fig
ueir
óp
olis
D’O
este
61 1,988 -0,007 0,0976 -0,011 9,26 0,8870
62 2,0936 -0,038 0,0971 -0,011 7,74 0,9206
63 2,2963 -0,221 0,1457 -0,015 9,08 0,8908
68 2,1039 -0,085 0,1122 -0,012 11,47 0,8536
80 2,0476 -0,064 0,0961 -0,01 8,03 0,9115
Semi 1,4737 0,2931 0,0108 -0,004 12,66 0,8200 Em que: Trat.= Tratamento; βi= Coeficientes de regressão; R² aj.= Coeficiente de determinação ajustado; Syx%= Erro padrão das estimativas em percentagem.
O coeficiente de determinação ajustado ficou acima de 0,82
para todos os tratamentos, sendo a equação de Moissev “Ln(y) = β0 + β1.t
+ β2.(t2) + β2.(t
3) + εi” de melhor ajuste para o crescimento em DAP.
A distribuição residual (Figura 17) apresentou algumas
superestimavas aos dois e três anos, o que é comum, pois é um período
em que a árvore cresce mais em altura para se estabilizar (FINGER,
1992; DRESCHER, 2004; CRUZ et al., 2008b). Chaves (2013) verificou as
mesmas tendências nas idades iniciais para as equações de Chapman-
Richards, Moissev e Schumacher.
38
FIGURA 17 – GRÁFICO DE DISPERÇÃO DOS RESÍDUOS EM PORCENTAGEM PARA DAP, SEGUNDO MODELO DE MOISSEV AJUSTADO PARA FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE.
Para representar os valores estimados com os reais a curva
estimada foi contraposta com banco de dados de DAP, estabilizando nos
dois últimos anos para todos os tratamentos, o que indica que as árvores
estão crescendo menos e que é necessária a intervenção (Figura 18).
-80
-60
-40
-20
0
20
40
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o D
AP
(%
)
Idade (anos)
Clone 61
-80
-60
-40
-20
0
20
40
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o D
AP
(%
)
Idade (anos)
Clone 62
-80
-60
-40
-20
0
20
40
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o D
AP
(%
)
Idade (anos)
Clone 63
-80
-60
-40
-20
0
20
40
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o D
AP
(%
)
Idade (anos)
Clone 68
-80
-60
-40
-20
0
20
40
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o D
AP
(%
)
Idade (anos)
Clone 80
-80
-60
-40
-20
0
20
40
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o D
AP
(%
)
Idade (anos)
Seminal
39
FIGURA 18 – DAP ESTIMADO VERSUS A DAP REAL PARA OS TRATAMENTOS DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE AOS 6 ANOS.
Na Figura 19 é possível observar as curvas de ICA e IMA para
os tratamentos de Figueirópolis D’Oeste que expressam os menores
incrementos para o tratamento do clone 80 e de plantas seminais.
0
5
10
15
20
25
0 1 2 3 4 5 6 7
DA
P (
cm
)
Idade (anos)
Clone 61
0
5
10
15
20
25
0 1 2 3 4 5 6 7
DA
P (
cm
)
Idade (anos)
Clone 62
0
5
10
15
20
25
0 1 2 3 4 5 6 7
DA
P (
cm
)
Idade (anos)
Clone 63
0
5
10
15
20
25
0 1 2 3 4 5 6 7
DA
P (
cm
)
Idade (anos)
Clone 68
0
5
10
15
20
25
0 1 2 3 4 5 6 7
DA
P (
cm
)
Idade (anos)
Clone 80
0
5
10
15
20
25
0 1 2 3 4 5 6 7
DA
P (
cm
)
Idade (anos)
Seminal
40
FIGURA 19 – INCREMENTO CORRENTE ANUAL (ICA) E INCREMENTO MÉDIO ANUAL (IMA) EM DAP PARA OS TRATAMENTOS DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE.
Os valores deste povoamento foram superiores aos de
Drescher (2004) em povoamentos de Teca no Estado de Mato Grosso
(15,8 cm aos seis anos para o melhor sítio, 20 m), Mollinedo et al. (2005)
em Canal do Panamá (3,5 cm para melhor sítio), Tonini et al. (2009) em
Iracema Estado de Roraima (8,89 aos sete anos) e Chaves (2013) em
Figueirópolis D’Oeste (15 cm aos seis anos).
Em Lambari D’Oeste, o ajuste para os tratamentos clonais
foram superiores a 0,90 para o coeficiente de determinação ajustado com
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
5,5
2 3 4 5 6 7
DA
P (
cm
)
Idade (anos)
ICA
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
5,5
0 1 2 3 4 5 6 7
DA
P (
cm
)
Idade (anos)
IMA
41
erro inferior a 7%. O tratamento com as árvores de origem seminal
apresentou erro de 16% e coeficiente de 0,62, sendo o tratamento com os
menores valores estatísticos para o modelo ajustado de Chapman-
Richards.
Para os demais tratamentos o modelo de Chapman-Richards
foi o que melhor ajustou os dados (Tabela 8).
TABELA 8 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DO MODELO DE CHAPMAN-RICHARDS PARA DAP NO MUNICÍPIO DE LAMBARI D’OESTE.
Trat. β0 β1 β2 Syx% R2aj
61 33,511 0,1656 1,0696 6,96 0,91
62 37,926 0,1369 1,0285 5,74 0,91
68 40,00 0,1133 0,9436 5,54 0,91
Semi 18,066 0,5502 3,7752 18,59 0,62 Em que: Trat.= Tratamento; βi= Coeficientes de regressão; R² aj.= Coeficiente de determinação ajustado; Syx%= Erro padrão das estimativas em percentagem.
Os resíduos das equações apresentados na Figura 20
superestimaram o tratamento 62 aos cinco anos e o seminal nas idades
de três, quatro e cinco anos com erros maiores que 50%. Para os clones
61 e 68 esses erros do DAP ao longo dos anos foram menores que 50%,
sendo os erros aos seis e sete anos, para os clones, entre 20 e -20,
conferindo uma melhor distribuição dos erros e um adequado ajuste da
equação.
42
FIGURA 20 – GRÁFICO DE DISPERÇÃO DOS RESÍDUOS EM PORCENTAGEM PARA DAP NO MODELO DE CHAPMAN-RICHARDS AJUSTADO NO MUNICÍPIO DE LAMBARI D’OESTE.
O tratamento para o plantio seminal foi estimado pela equação
de Chapman-Richards, pois foi a que resultou os melhores parâmetros
estatísticos avaliados. É possível observar que a curva de crescimento
em DAP, para as plantas de origem seminal em Lambari D’Oeste, está
próxima aos valores medianos do povoamento (Figura 21).
-170
-110
-50
10
70
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Err
o D
AP
(%
)
Idade (anos)
Clone 61
-170
-110
-50
10
70
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Err
o D
AP
(%
)
Idade (anos)
Clone 62
-170
-110
-50
10
70
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Err
o D
AP
(%
)
Idade (anos)
Clone 68
-170
-110
-50
10
70
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Err
o D
AP
(%
)
Idade (anos)
Seminal
43
FIGURA 21 – DAP ESTIMADO VERSUS DAP REAL PARA OS TRATAMENTOS DE LAMBARI D’OESTE AOS 7 ANOS.
Para todos os clones a curva de crescimento em diâmetro
apresenta ascendência, diferente para os clones de Figueirópolis
D’Oeste, enquanto o seminal apresenta a mesma estabilização que o
seminal de Figueirópolis D’Oeste, porém dos seis aos sete anos.
Essa ascendência para os clones possivelmente foi provocada
pela retirada de alguns indivíduos atacados pelo fungo nos povoamentos,
resultando em um maior espaço entre algumas plantas, reduzindo a
competição por fotossíntese e nutrientes e favorecendo a continuidade do
crescimento. A exceção foi o clone 68 que teve o ICA sempre
decrescendo ao longo dos anos não ascendo como os outros tratamentos
de Lambari D’Oeste (Figura 22).
0
5
10
15
20
25
0 1 2 3 4 5 6 7 8
DA
P (
cm
)
Idade (anos)
Clone 61
0
5
10
15
20
25
0 1 2 3 4 5 6 7 8
DA
P (
cm
)
Idade (anos)
Clone 62
0
5
10
15
20
25
0 1 2 3 4 5 6 7 8
DA
P (
cm
)
Idade (anos)
Clone 68
0
5
10
15
20
25
0 1 2 3 4 5 6 7 8
DA
P (
cm
)
Idade (anos)
Seminal
44
Os diâmetros dos tratamentos de Lambari D’Oeste foram
superiores aos trabalhos de Drescher (2004), Mollinedo et al. (2005),
Tonini et al. (2009) e Chaves (2013) aos sete anos de idade.
FIGURA 22 – INCREMENTO CORRENTE ANUAL (ICA) E INCREMENTO MÉDIO ANUAL (IMA) EM DAP PARA OS TRATAMENTOS DE LAMBARI D’OESTE.
4.3.2. Altura Total
As equações selecionadas para entender o crescimento de
Figueirópolis D’Oeste e Lambari D’Oeste foram Backman e Moissev,
respectivamente.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
3 4 5 6 7 8
DA
P (
cm
)
Idade (anos)
ICA
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
0 1 2 3 4 5 6 7 8
DA
P (
cm
)
Idade (anos)
IMA
45
Em Figueirópolis D’Oeste, o modelo de Backman estimou os
valores de altura com erro inferior a 12% e coeficiente de determinação
superior a 0,85 para todos os tratamentos (Tabela 9).
O clone 68 resultou um Syx% igual a 11,75% e R2aj de 0,8387,
sendo este o tratamento com menores parâmetros para o crescimento em
altura.
TABELA 9 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DO MODELO DE BACKMAN PARA ALTURA TOTAL EM FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE.
Trat. β0 β1 β2 Syx% R2aj
61 1,6847 0,3623 0,147 8,76 0,89
62 -1,786 -0,797 0,021 8,23 0,90
63 2,2423 -0,63 0,5257 8,24 0,91
68 2,059 -0,40 0,4519 11,74 0,84
80 1,7438 0,2314 0,2148 10,94 0,86
Semi 1,8018 0,1491 0,2457 9,70 0,88 Em que: Trat.= Tratamento; βi= Coeficientes de regressão; R² aj.= Coeficiente de determinação ajustado; Syx%= Erro padrão das estimativas em percentagem.
O clone 68, com maior erro e menor coeficiente de
determinação ajustado, ao ser ajustado ao modelo proposto,
superestimou os valores de crescimento nas idades mais novas três,
quatro e cinco anos, sendo aos três e quatro anos as maiores
superestimativas.
Foi verificado que este mesmo clone teve mais de 95% de seus
indivíduos com a copa quebrada, sendo possivelmente essa falha na
estimação do crescimento em altura, no entanto todos os tratamentos de
Figueirópolis D’Oeste tiveram suas estimativas reduzidas para as idades
de seis e sete anos (Figura 23).
46
FIGURA 23 – GRÁFICO DE DISPERSSÃO DOS RESÍDUOS EM PORCENTAGEM PARA ALTURA TOTAL USANDO O MODELO DE MOISSEV AJUSTADO PARA O MUNICÍPIO DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE.
As curvas de crescimento em altura configuraram uma
ascendência para todos os tratamentos (Figura 24), similar ao encontrado
por Drescher (2004), Chaves (2013) e Miranda (2013), que é ressaltada
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o H
(%
)
Idade (anos)
Clone 61
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o H
t (%
)
Idade (anos)
Clone 62
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o H
(%
)
Idade (anos)
Clone 63
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o H
(%
)
Idade (anos)
Clone 68
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o H
(%
)
Idade (anos)
Clone 80
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o H
(%
)
Idade (anos)
Seminal
47
ao observar as curvas de ICA nos dois últimos anos com os incrementos
correntes aumentando (Figura 25).
FIGURA 24 – ALTURA TOTAL ESTIMADA VERSUS A ALTURA TOTAL REAL PARA OS TRATAMENTOS DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE AOS 6 ANOS.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 1 2 3 4 5 6 7
H (
m)
Idade (anos)
Clone 61
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 1 2 3 4 5 6 7
H (
m)
Idade (anos)
Clone 62
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 1 2 3 4 5 6 7
H (
m)
Idade (anos)
Clone 63
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 1 2 3 4 5 6 7
H (
m)
Idade (anos)
Clone 68
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 1 2 3 4 5 6 7
H (
m)
Idade (anos)
Clone 80
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 1 2 3 4 5 6 7
H (
m)
Idade (anos)
Seminal
48
Há uma diminuição no incremento corrente do clone 61 dos
três para os quatro anos e, do clone 80 e plantas seminais dos quatro
para os cinco anos. Essa redução implica que o comprimento do fuste
quebrado maior que o comprimento do ICA em altura no período
considerado pra cada um desses três tratamentos. Mesmo não sendo os
tratamentos com as maiores quantidades de indivíduos danificados isso
não implica que não podem ter sido os mais danificados com quebras,
que é oque foi registrado nesse trabalho.
FIGURA 25 – INCREMENTO CORRENTE ANUAL (ICA) E INCREMENTO MÉDIO ANUAL (IMA) EM ALTURA PARA OS TRATAMENTOS DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
2 3 4 5 6 7
Alt
ura
(m
)
Idade (anos)
ICA
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
1 2 3 4 5 6 7
Alt
ura
(m
)
Idade (anos)
IMA
49
Em Lambari D’Oeste, o melhor ajuste foi obtido pela equação
de Moissev com erro padrão de 5,5% para os clones e 10,61% para o
tratamento de plantio seminal.
O R2aj para as alturas totais da equação selecionada “Ln(y) = β0
+ β1.t + β2.(t2) + β2.(t
3) + εi” foram 0,76 clone 61, 0,58 clone 62, 0,74 clone
68 e 0,44 seminal (Tabela 10).
TABELA 10 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DO MODELO DE MOISSEV PARA ALTURA TOTAL EM LAMBARI D’OESTE.
Trat. β0 β1 β2 β3 Syx% R2aj
61 -0,376 1,6719 -0,304 0,0187 5,15 0,75
62 0,4444 1,0722 -0,164 0,0083 5,32 0,58
68 -0,373 1,6685 -0,3 0,0183 4,66 0,74
Semi -2,471 2,8747 -0,544 0,0343 10,61 0,44 Em que: Trat. = Tratamento; βi= Coeficientes de regressão; R² aj.= Coeficiente de determinação ajustado; Syx%= Erro padrão das estimativas em percentagem.
Para os clones a tendenciosidade foi menor ficando abaixo de
20% (Figura 26).
50
FIGURA 26 – GRÁFICO DE DISPERÇÃO DOS RESÍDUOS EM PORCENTAGEM PARA ALTURA TOTAL. MODELO DE MOISSEV AJUSTADO PARA LAMBARI D’OESTE.
A distribuição dos resíduos obteve um erro percentual de 40%
em todas as idades para o tratamento dos plantios seminais,
demonstrando certa heterogeneidade para esta variável neste tratamento.
A diferença de distribuição entre os clones e o plantio seminal
mostra menores erros para os clones, pois possuem maior
homogeneidade para as alturas, que ocorre devido ao material ter sido
pré-selecionado resultando em menores diferenças morfométricas
comparado aos plantios seminais.
A equação de Moissev estimada (Figura 27) não passa pelos
pontos de dados reais aos cinco anos de idade. Provavelmente pelo fato
dos indivíduos de Lambari D’Oeste terem sido afetados por ventos que
danificaram as copas quebrando-as nesse período.
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Err
o H
(%
)
Idade (anos)
Clone 61
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Err
o H
(%
)
Idade (anos)
Clone 62
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Err
o H
(%
)
Idade (anos)
Clone 68
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Err
o H
(%
)
Idade (anos)
Seminal
51
Os clones tiveram suas copas quebradas numa intensidade
maior que 78% sendo a provável interferência para ajustes do coeficiente
de determinação ao quadrado menores que 0,75.
FIGURA 27 – ALTURA TOTAL ESTIMADA VERSUS A ALTURA TOTAL REAL PARA OS TRATAMENTOS DE LAMBARI D’OESTE AOS 7 ANOS.
Ao observar os ICAs de todos os tratamentos de Lambari
D’Oeste fica evidente que os danos no fuste causados pela quebra da
copa foram grandes, com valores de ICA negativos, sendo para o clone
62 incremento corrente aos seis anos de 1,8 m negativos, ressaltando
que esse tratamento foi o que teve maior frequência de indivíduos com
copa quebrada (Figura 28).
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 1 2 3 4 5 6 7 8
H (
m)
Idade (anos)
Clone 61
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 1 2 3 4 5 6 7 8
H (
m)
Idade (anos)
Clone 62
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 1 2 3 4 5 6 7 8
H (
m)
Idade (anos)
Clone 68
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 1 2 3 4 5 6 7 8
H (
m)
Idade (anos)
Seminal
52
FIGURA 28 – INCREMENTO CORRENTE ANUAL (ICA) E INCREMENTO MÉDIO ANUAL (IMA) EM ALTURA PARA OS TRATAMENTOS DE LAMBARI D’OESTE.
4.3.3. Volume
O modelo selecionado para Figueirópolis D’Oeste foi o de
Moissev e para Lambari D’Oeste de Chapman-Richards. Em Figueirópolis
D’Oeste, o coeficiente de determinação ajustado foi superior a 0,86 para
todos os tratamentos, conferindo bom ajuste do modelo de Moissev para
Figueirópolis D’Oeste. Já o erro padrão da estimativa foi alto com valores
até 23,4% (Tabela 11).
-2,5
-2-1,5
-1
-0,5
00,5
1
1,52
2,5
3
3,54
4,5
5
3 4 5 6 7 8
Alt
ura
(m
)
Idade (anos)
ICA
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
2 3 4 5 6 7 8
Alt
ura
(m
)
Idade (anos)
IMA
53
TABELA 11 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DO MODELO DE MOISSEV PARA VOLUME EM FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE.
Trat. β0 β1 β2 β3 Syx% R2aj
61 -5,702 0,8427 0,0427 -0,013 23,337 0,8651
62 -6,297 1,6254 -0,182 0,0059 17,232 0,9114
63 -5,415 0,8639 -7E-04 -0,008 24,182 0,8424
68 -6,303 1,5942 -0,176 0,0057 19,745 0,8901
80* -6,876 1,8246 -0,219 0,0084 23,008 0,8635
Semi -6,628 1,4412 -0,137 0,0035 12,300 0,9213 Em que: Trat.= Tratamento; βi= Coeficientes de regressão; R² aj.= Coeficiente de determinação ajustado; Syx%= Erro padrão das estimativas em percentagem.
As estimativas do modelo “Ln(y) = β0 + β1.t + β2.(t2) + β2.(t
3) +
εi” para o plantio seminal apresentaram R2aj de 0,92 e Syx% de 12,3%
seguido pelos clones 62, 68, 80, 61 e 63, tendo o clone 63 erro padrão e
coeficiente de determinação ajustado de 24,18% e 0,84 respectivamente.
Superestimativas existem nos primeiros anos para todos os
tratamentos, sendo maiores que 80% para o tratamento do clone 61 e o
seminal. O clone 68 superestimou o volume e apresentou pontos
distantes do eixo das abscissas da distribuição dos resíduos, assim como
o tratamento seminal para todos os anos com outliers (Figura 29).
54
FIGURA 29 – GRÁFICO DE DISPERÇÃO DOS RESÍDUOS EM PORCENTAGEM PARA VOLUME AJUSTADO PARA O MODELO DE MOISSEV NO MUNICÍPIO DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE.
Verifica-se a tendência de crescimento para Teca até a idade
de seis anos em Figueirópolis D’Oeste (Figura 30), sendo o volume
individual alcançado de 0,148 m3 para o clone 61, 0,178 m3 clone 62,
0,152 m3 clone 63, 0,174 m3 clone 68, 0,132 m3 clone 80 e 0,099 m3
plantas seminais.
-90
-50
-10
30
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o V
(%
)
Idade (anos)
Clone 61
-90
-70
-50
-30
-10
10
30
50
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o V
(%
)
Idade (anos)
Clone 62
-90
-70
-50
-30
-10
10
30
50
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o V
(%
)
Idade (anos)
Clone 63
-90
-70
-50
-30
-10
10
30
50
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o V
(%
)
Idade (anos)
Clone 68
-90
-70
-50
-30
-10
10
30
50
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o V
(%
)
Idade (anos)
Clone 80
-90
-70
-50
-30
-10
10
30
50
0 1 2 3 4 5 6 7
Err
o V
(%
)
Idade (anos)
Seminal
55
Para o clone 68 a curva de crescimento superestimou alguns
volumes aos seis anos de idade, porém, para o tratamento seminal,
alguns outliers ocorreram aos quatro, cinco e seis anos acima da curva de
crescimento.
FIGURA 30 – VOLUME ESTIMADO VERSUS VOLUME REAL PARA OS TRATAMENTOS DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE AOS 6 ANOS.
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0 1 2 3 4 5 6 7
V (
m³)
Idade (anos)
Clone 61
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0 1 2 3 4 5 6 7
V (
m³)
Idade (anos)
Clone 62
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0 1 2 3 4 5 6 7
V (
m³)
Idade (anos)
Clone 63
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0 1 2 3 4 5 6 7
V (
m³)
Idade (anos)
Clone 68
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0 1 2 3 4 5 6 7
V (
m³)
Idade (anos)
Clone 80
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0 1 2 3 4 5 6 7
V (
m³)
Idade (anos)
Seminal
56
A curva de crescimento está em ascendência, porém os
povoamentos estão em ritmos de estabilidade no crescimento como pode
ser visto nas curvas de IMA para todos os tratamentos de Figueirópolis
D’Oeste (Figura 31) que estabilizaram o incremento médio nos dois
últimos anos.
Os valores de ICA em volume não foram tão afetados quanto
os valores altura, pois a altura é uma variável isolada com efeito direto no
volume já o DAP é calculado ao quadrado e não diminuiu tanto quanto a
altura e sim apresentou uma estagnação nos últimos anos.
FIGURA 31 – INCREMENTO CORRENTE ANUAL (ICA) E INCREMENTO MÉDIO ANUAL (IMA) EM VOLUME PARA OS TRATAMENTOS DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE.
0
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
2 3 4 5 6 7
Vo
lum
e (
m³)
Idade (anos)
ICA
0
0,005
0,01
0,015
0,02
0,025
0,03
1 2 3 4 5 6 7
Vo
lum
e (
m³)
Idade (anos)
IMA
57
O volume encontrado por Rossi et al. (2011) para Teca em
monte Dourado – PA foi de 0,094 m3, aos seis anos. Chaves (2013)
ajustou o modelo de Chapman-Richards com Syx% de 25% e R2aj de 0,88
estimando para Teca aos seis anos, atingindo um volume médio de
0,0122 m3, inferiores a todos os tratamentos de Figueirópolis D’Oeste.
Em Lambari D’Oeste o modelo de Chapman-Richards foi o que
melhor estimou o crescimento para os tratamentos.
As estimativas para o clone 68 e o tratamento seminal foram
menores que os outros tratamentos, sendo esse obtido a um ajuste aos
dados com com erro padrão de 52,72% e coeficiente de determinação
0,63 enquanto que o clone 68 obteve Syx% de 35,03% e R2aj de 0,42. Na
Tabela 12 estão os coeficientes e estatísticas dos tratamentos ajustados
pela equação de Chapman-Richards.
TABELA 12 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DO MODELO DE CHAPMAN-RICHARDS PARA VOLUME EM LAMBARI D’OESTE.
Trat. β0 β1 β2 Syx% R2aj
61 741,49 0,0014 1,7908 22,644 0,8438
62 0,4875 0,2003 3,1183 24,961 0,8694
68 17,894 0,0004 0,7866 35,032 0,4164
Semi 0,2202 0,2896 4,4688 52,723 0,6286 Em que: Trat. = Tratamento; βi= Coeficientes de regressão; R² aj.= Coeficiente de determinação ajustado; Syx%= Erro padrão das estimativas em percentagem.
Na análise da distribuição residual das estimativas nota-se uma
superestimação com outliers para todos os tratamentos nos primeiros
anos (Figura 32) e como se trata de povoamentos jovens tais erros nos
primeiros anos de crescimento de Teca são comuns devido ao rápido
crescimento e dificuldade de ajuste dos modelos (DRESCHER, 2001;
CRUZ et al., 2008b; CHAVES, 2013).
Os volumes estimados aos sete anos são superiores aos
encontrados por Rossi et al. (2011) e Chaves (2013).
58
FIGURA 32 – GRÁFICO DE DISPERÇÃO DOS RESÍDUOS EM PORCENTAGEM PARA VOLUME. MODELO DE CHAPMAN-RICHARDS AJUSTADO PARA LAMBARI D’OESTE.
O volume dos clones 61 e 62 e plantas seminais indicam que a
floresta ainda está crescendo, já o clone 68 tem seu crescimento em
volume iniciando uma estabilidade, chegando a reduzir seu crescimento
(Figura 33).
-120
-90
-60
-30
0
30
60
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Err
o V
(%
)
Idade (anos)
Cl. 61 - Lambari
-120
-90
-60
-30
0
30
60
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Err
o V
(%
)
Idade (anos)
Cl. 62 - Lambari
-120
-90
-60
-30
0
30
60
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Err
o V
(%
)
Idade (anos)
Cl. 68 - Lambari
-120
-90
-60
-30
0
30
60
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Err
o V
(%
)
Idade (anos)
Seminal - Lambari
59
FIGURA 33 – VOLUME ESTIMADO VERSUS VOLUME REAL PARA OS TRATAMENTOS EM LAMBARI D’OESTE AOS 7 ANOS.
Os ICA e IMA dos clones 61 e 62 e das plantas seminais
tiveram curvas típicas de incremento (SCOLFORO, 1998b; SCHNEIDER
e SCHNEIDER, 2008). No entanto o clone 68 teve um decréscimo de
aproximadamente 0,0175 m3 do quinto para o sexto ano em incremento
corrente e também uma redução no mesmo período para IMA (Figura 34).
O clone 68 não foi o tratamento que teve a maior diferença no
incremento em altura, porém foi suficiente para interferir no incremento
corrente em volume aos seis anos.
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0 1 2 3 4 5 6 7 8
V (
m³)
Idade (anos)
Clone 61
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0 1 2 3 4 5 6 7 8
V (
m³)
Idade (anos)
Clone 62
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0 1 2 3 4 5 6 7 8
V (
m³)
Idade (anos)
Clone 68
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0 1 2 3 4 5 6 7 8
V (
m³)
Idade (anos)
Seminal
60
FIGURA 34 – INCREMENTO CORRENTE ANUAL (ICA) E INCREMENTO MÉDIO ANUAL (IMA) EM VOLUME PARA OS TRATAMENTOS DE LAMBARI D’OESTE.
4.4. VOLUME
Dos modelos de volume testados, de forma geral, o modelo de
Prodan Modificado foi o que melhor estimou os dados para ambas
regões, com seus parâmetros estatísticos Syx% abaixo de 8,73 e R2aj
maior que 0,91, exceto para o clone 61 do experimento de Figueirópolis
D’Oeste que foi de 0,85 (Tabelas 13 e 14).
0
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
2 3 4 5 6 7 8
Vo
lum
e (
m³)
Idade (anos)
ICA
0
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
1 2 3 4 5 6 7 8
Vo
lum
e (
m³)
Idade (anos)
IMA
61
TABELA 13 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DO MODELO DE PRODAN MODIFICADO AJUSTADO PARA O VOLUME NO MUNICÍPIO DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE.
Trat. β0 β1 β2 β3 β4 Syx% R2aj
61 -72,74 29,90 -4,699 16,414 -2,817 7,44 0,85
62 68,551 -89,22 14,713 45,072 -7,774 5,65 0,91
63 -67,69 18,23 -2,612 24,728 -4,369 3,72 0,98
68 -33,5 15,502 -2,248 3,3411 -0,463 5,83 0,93
80* -6,4408 1,5663 0,0914 - - 5,20 0,89
Seminal -19,31 40,48 -6,725 -31,11 5,5908 5,78 0,92
Em que: Trat.= Tratamento; β= Coeficientes de regressão; Syx%= Erro padrão das estimativas em percentagem; R² aj.= Coeficiente de determinação ajustado. * Equação selecionada de Schumacher-Hall.
TABELA 14 – COEFICIENTES E PARÂMETROS ESTATÍSTICOS DO MODELO DE PRODAN MODIFICADO AJUSTADO PARA O VOLUME NO MUNICÍPIO DE LAMBARI D’OESTE.
Trat. β0 β1 β2 β3 β4 Syx% R2aj
61 -98,58 45,548 -7,025 16,059 -2,717 3,16 0,98
62 -45,97 -20,73 3,694 49,587 -8,366 5,21 0,94
68 6,6343 -0,771 49,98 -8,387 -88,79 1,53 0,99
Seminal -18,573 3,1667 -0,23 6,6754 -1,153 5,82 0,99
Em que: Trat.= Tratamento; β= Coeficientes de regressão; Syx%= Erro padrão das estimativas em percentagem; R² aj.= Coeficiente de determinação ajustado.
Para os dados do clone 80 (Figueirópolis D’Oeste) houve
superestimação com a equação de Prodan Modificado, mesmo mostrando
ter os melhores parâmetros para os demais tratamentos de Figueirópolis
D’Oeste e Lambari D’Oeste, assim então foi selecionada a equação de
Schumacher-Hall com as seguintes estatísticas, Syx% 5,20 e R2aj de 0,89.
62
Na análise da distribuição gráfica dos resíduos (Figura 35) foi
verificada a ausência de tendências para as equações, podendo ser
utilizadas para as estimativas volumétricas da Teca, tanto em
Figueirópolis D’Oeste quanto em Lambari D’Oeste. O mesmo resultado
para os mesmos modelos foi encontrado por Chaves (2013).
No trabalho de Oliveira (2014), a equação de Prodan
Modificado ajustou bem aos dados de Teca, possuindo pouca diferença
em relação ao modelo selecionado (Schumacher-Hall). O mesmo foi
observado por Chaves (2013), que selecionou o modelo de Meyer em seu
estudo.
Moret et al. (1998), Drescher (2004), Passos et al. (2006), Cruz
et al. (2008a), Cotta et al. (2009), Tonini et al. (2009), e Oliveira (2014)
destacaram a eficiência do modelo de Schumacher-Hall.
-14-10-6-226
1014
0,1 0,2 0,3 0,4
Err
o (
%)
Volume (m³)
Clone 61 - Figueirópolis D’Oeste
-14
-10
-6
-2
2
6
10
14
0,1 0,2 0,3 0,4
Err
o (
%)
Volume (m³)
Clone 61 - Lambari D'Oeste
-14-10-6-226
1014
0,1 0,2 0,3 0,4
Err
o (
%)
Volume (m³)
Clone 62 - Figueirópolis D’Oeste
-14
-10
-6
-2
2
6
10
14
0,1 0,2 0,3 0,4
Err
o (
%)
Volume (m³)
Clone 62 - Lambari D'Oeste
-14-10-6-226
1014
0,1 0,2 0,3 0,4
Err
o (
%)
Volume (m³)
Clone 68 - Figueirópolis D’Oeste
-14
-10
-6
-2
2
6
10
14
0,1 0,2 0,3 0,4
Err
o (
%)
Volume (m³)
Clone 68 - Lambari D'Oeste
63
FIGURA 35 – DISPERÇÃO DOS RESÍDUOS EM PORCENTAGEM PARA O MODELO DE PRODAN MODIFICADO PARA OS CLONES E DE STOATE PARA OS SEMINAIS. *MODELO DE SCHUMACHER-HALL AJUSTADO.
4.4.1. Volume Estimado pela Floresta
Os volumes para cada floresta foram estimados pelas
equações de Prodan Modificado, com exceção para o clone 80 na região
de Figueirópolis D’Oeste que foi utilizado pelo modelo de Schumacher-
Hall como descrito no capítulo anterior.
Para Figueirópolis D’Oeste o tratamento com maior volume foi
o do clone 61 com 173,89 m3.ha-1 e o menor volume foi para os
tratamentos do clone 80 e seminal com 100,66 e 97,47 m3.ha-1
respectivamente. Os clones 62, 63 e 68 não diferiram estatisticamente,
com 151,33, 144,48 e 137,64 m3.ha-1, respectivamente, sendo
estatisticamente superiores aos tratamentos 80 e seminal e inferiores ao
clone 61 (Tabela 15).
Para Lambari D’Oeste não houve diferença estatística entre os
clones 61 e 62, respectivamente com 161,94, 156,56 m3.ha-1, seguido
pelo clone 68, 147,55 m3.ha-1, sendo o plantio tratamento seminal o
-14-10-6-226
1014
0,1 0,2 0,3 0,4
Err
o (
%)
Volume (m³)
Clone 63 - Figueirópolis D’Oeste
-14-10
-6-226
1014
0,1 0,2 0,3 0,4
Err
o (
%)
Volume (m³)
Clone 80 - Figueirópolis D’Oeste *
-14-10-6-226
1014
0,1 0,2 0,3 0,4
Err
o (
%)
Volume (m³)
Seminal - Figueirópolis D’Oeste
-14
-10
-6
-2
2
6
10
14
0,1 0,2 0,3 0,4
Err
o (
%)
Volume (m³)
Seminal - Lambari D'Oeste
64
tratamento que apresentou o menor volume com 100,50 m3.ha-1(Tabela
15).
TABELA 15 – VOLUMES ESTIMADOS GERADOS PELA FLORESTA PARA CADA TRATAMENTO DE FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE E LAMBARI D’OESTE.
Tratamento Figueirópolis D’Oeste Lambari D'Oeste
Volume estimado (m3.ha-1) Volume estimado (m3.ha-1)
61 173,89 a 161,94 a
62 151,33 b 156,56 a
63 144,48 b -
68 137,64 b 147,55 b
80 100,66 c -
Seminal 97,47 c 100,50 c
Média 134,24 141,63
F 12,98* 13,05*
CV (%) 12,35 9,50 Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste deScott Knott (5 %); * significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F (P<0,01); CV (%): coeficiente de variação em porcentagem.
Kanninen et al. (2004) mensuraram aos seis anos de idade um
volume de 171 m3.ha-1 para Teca na densidade de 1487 árvores.ha-1,
valor este superior a todos os volumes de Lambari D’Oeste e inferior
apenas ao clone 61 de Figueirópolis D’Oeste.
Os mesmos autores calcularam o volume não desbastado aos
sete anos, 198 m3.ha-1, superior a todos os tratamentos de Figueirópolis
D’Oeste e de Lambari D’Oeste. A provável diferença de volume pode ser
explicada pelo espaçamento de 2,5 x 2,5 m, que confere mais indivíduos
por área resultando em maior volume, sendo a densidade para
Figueirópolis D’Oeste e Lambari D’Oeste de 816 árvores.ha-1 e 965
árvores.ha-1.
Ferreira e Mello (2006) calcularam para povoamentos de Teca,
sem desbaste em Rondônia aos 6 anos de idade, 1667 árvores.ha-1, um
volume médio estimado de 107,7 m3.ha-1, superior aos tratamentos
seminal de ambas regiões e ao clone 80 de Figueirópolis D’Oeste.
Vieira et al. (2008) estimaram para Teca aos sete anos de
idade com 816 árvores.ha-1, em Rondônia, um volume de 156,88 m3.ha-1,
65
para povoamento não desbastado. Os autores selecionaram o modelo de
Brenac “lnv = -1,44 + 0,405*ln(DAP) - 29,151*ln(1/DAP)”, porém o modelo
de Meyer Modificado obteve ajustes melhores não sendo selecionado por
ser de dupla entrada e relativamente mais complexos segundo os
autores. Tal volume estimado não foi superior apenas ao clone 61 para as
duas regiões de estudo, logo para o clone 62 de Lambari D’Oeste, pois é
estatisticamente igual ao clone 61.
Caldeira e Oliveira (2008), aos cinco anos de idade, 1074
árvores.ha-1, sem desbaste, calcularam um volume gerado para Teca de
140,63 m3.ha-1, em Nossa Senhora do Livramento – MT. O tratamento
com sementes de Lambari D’Oeste foi inferior ao de Ns. do Livramento
com 96,85 m3.ha-1 e os clones 68, 80 e seminal para Figueirópolis
D’Oeste. No entanto, como os clones 62, 63 e 68 são estatisticamente
iguais, pode-se afirmar que apenas o clone 61 de Figueirópolis D’Oeste
foi superior.
Tonini et al. (2009) verificaram aos seis anos um volume não
desbastado de 52,80 m3.ha-1 com 1402 árvores.ha-1, em Roraima,
ajustado para a equação de Schumacher-Hall logaritmizada “logv = -
3,6015 + 2,0226*log(DAP) + 0,2602*log(h)”, sendo um volume muito
abaixo do encontrado para as duas regiões.
Com exceção do clone 80 e do plantio seminal, os demais
clones tanto para Figueirópolis D’Oeste quanto para Lambari D’Oeste
foram superiores.
Assim, para fim de seleção até o momento deste estudo o
clone 61, com volume médio de 173,89 m3.ha-1 apresentou os maiores
valores para de Figueirópolis D’Oeste, enquanto que o os clones 61 e 62,
com volume médio de 159,25 m3.ha-1 foram melhores para Lambari
D’Oeste.
Novaes (2009) destacou a Teca como madeira para ser
serrada por apresentar alto valor econômico, rápido crescimento em
alguns estados do Brasil, aliado com uma produtividade geralmente alta
quando comparada a outros países. Isto ressalta os resultados
encontrados, principalmente para o clone 61, que se destacou perante os
66
resultados dos autores acima pelo maior volume por hectare para ambas
as regiões.
4.4.2. Volume Estimado do Desbaste
Os volumes gerados foram calculados para um desbaste
sistemático com intensidade 40% (Tabela 16).
TABELA 16 – VOLUMES ESTIMADOS DO DESBASTE POR TRATAMENTO PARA FIGUEIRÓPOLIS D’OESTE E LAMBARI D'OESTE.
Tratamento Figueirópolis D’Oeste Lambari D'Oeste
Volume desbastado estimado (m3.ha-1)
Volume desbastado estimado (m3.ha-1)
61 69,56 a 64,78 a
62 60,53 b 57,74 a
63 57,79 b -
68 55,06 b 46,70 b
80 40,27 c -
Seminal 38,99 c 37,36 c
Média 53,70 56,65
F 12,98* 13,05*
CV (%) 12,35 9,50 Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott Knott (5 %); * significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F (P<0,01); CV (%): coeficiente de variação em porcentagem.
Os volumes gerados para os tratamentos de Figueirópolis
D’Oeste e Lambari D’Oeste foram diferentes estatisticamente pelo teste
Skott-Knott, com o clone 61 superior aos demais tratamentos em
Figueirópolis D’Oeste (69,56 m3.ha-1) e os clones 61 e 62 superiores para
Lambari D’Oeste, apresentando valores de volume por hectare de 64,78
e 57,74 respectivamente.
Os clones 62, 63 e 68 não diferiram estatisticamente para o
volume, seguidos do clone 80 e seminal, iguais estatisticamente, em
Figueirópolis D’Oeste. Para Lambari D’Oeste a mesma sequência ocorreu
com clone 68 seguido pelo plantio seminal.
Kanninem et al. (2004) estimaram para Teca com densidade de
1487 árvores.ha-1, em intensidade de desbaste de 40% aos seis anos um
67
volume de 41 m3.ha-1 que comparado aos tratamentos com seis anos de
idade de Figueirópolis D’Oeste foi maior que os tratamentos do clone 80 e
seminal, 40,27 e 38,99, respectivamente, e superior apenas ao tratamento
seminal de Lambari D’Oeste, 37,36 m³.ha-1.
O volume retirado aos quatro anos no primeiro desbaste de
Teca na Costa Rica foi de 32 m3.ha-1 para um manejo de 20 anos, em
espaçamento de 1111 árvores.ha-1 e intensidade de 45% (PÉREZ, 2005).
Este volume desbastado foi inferior a todos tratamentos desbastados
neste estudo para Figueirópolis D’Oeste e Lambari D’Oeste como pode
ser observado na Tabela 15.
Em Trinidad um primeiro desbaste realizado aos três anos de
idade obteve 14,9 m3.ha-1 de 45% para o melhor sítio e de 10,7 m3.ha-1
para o pior sítio (LADRACH, 2009), que somados são iguais a 25,16
m3.ha-1, sendo inferiores aos tratamentos para as duas localidades de
estudo.
Bezerra (2009) ao estimar o volume desbastado para Teca aos
cinco anos de idade, a uma intensidade de 50%, com densidade de 1667
árvores.ha-1, em três diferentes classes de sítio para a região de Jangada
– MT, obteve 34 m3.ha-1 na classe I (maior produtividade), 20 m3.ha-1, na
classe II e 8 m3.ha-1 na classe III. Ao simular para um desbaste aos 10
anos obteve 25 m3.ha-1 na classe I, 18 m3.ha-1, na classe II e 11 m3.ha-1
na classe III. Resultados próximos do melhor sítio aplicado ao tratamento
seminal de Lambari D’Oeste, 37,36 m3.ha-1, porém inferior aos outros
volumes estimados de Lambari D’Oeste e aproximadamente duas vezes
menor que o volume do clone 61 de Figueirópolis D’Oeste.
As duas regiões produziram um volume de madeira
desbastado elevado, destacando o clone 61 para as duas regiões com
69,56 m³.ha-1, e 64,78 m³.ha-1, respectivamente para Figueirópolis
D’Oeste (seis anos) e Lambari D’Oeste (sete anos).
68
5. CONCLUSÃO
Os clones são mais afetados pelo vento e apresentam maior
frequência de copa quebrada em relação às plantas seminais.
O dano na copa das árvores em Figueirópolis D’Oeste e em
Lambari D’Oeste aumenta o erro nos modelos de relação hipsométrica
não sendo adequados para estimar a altura.
Em Lambari D’Oeste, para os clones 62 e 68 e plantas
seminais, o comprimento médio do dano nas copas ao sexto ano, foi
maior que o incremento médio registrado ao sétimo ano.
Em ambas regiões, o clone 61 se destacou pelo volume
estimado da floresta e do desbaste, e em Lambari D’Oeste o clone 62 foi
estatisticamente igual ao 61. E, em ambas regiões o menor volume obtido
da floresta e do desbaste foi produzido pelas plantas seminais.
69
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABETZ P. Reaktionen auf Standraumerweiterung und Folgerungen für die Auslesedurchforstung bei Fichte. AFJZ. N. 147 v.4, p. 72–75, 1976.
ALVARES, C. A.; STAPE, J. L.; SENTELHAS, P. C.; GONÇALVES, J. L. M.; SPAROVEK, G. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v. 22, n. 6, p. 711-728. 2013.
AKRAM, M.; AFTAB, F. An efficient method for clonal propagation and in vitro establishment of softwood shoots from epicormic buds of teak (Tectona grandis L.). Stud. China, v. 11, n. 2, p. 105-110. 2009.
ABRAF – Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas. Anuário Estatístico da ABRAF: ano base 2012. Brasília, DF: ABRAF, 2013. 147 p. Disponível em: <http://www.abraflor.org.br/estatisticas.asp>. Acesso em 11 Nov. 2013.
BARTOSZECK, A. C. P. S.; MACHADO, S. A.; AFONSO FILHO, F.; OLIVEIRA, E. B. Modelagem da relação hipsométrica para bracatingais da região metropolitana de Curitiba - PR. Revista Floresta, v.32, n.2, p.189-204, 2002.
BARUSSO, A. P. A determinação de funções de crescimento mediante análise de tronco.1977.122 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) - Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, Curitiba – PR.
BEZERRA, A. F. Modelagem do crescimento e da produção de povoamentos de Tectona grandis submetidos a desbaste. 2009. 60 p. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa – MG.
BOMERSHEIM, W.P., After the Storms: Impact of the December 1999 Storms which hit Europe. Forest and Fishery Products Division. US Department of Agriculture Foreign Agricultural Service. 2000. Disponível em: http://www.fas.usda.gov/ffpd/woodcirculars/jun00/europe.pdf >. Acesso em 15 Jun. 2015.
BRAZ, R. L.; OLIVEIRA,J. T. S.; ROSADO, A. M.; VIDAURRE, G. B.; PAES, J. B. Parâmetros dendrométricos e resistência mecânica das árvores de clones de Eucalyptus em áreas sujeitas à ação dos ventos. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 24, n. 4, p. 947 – 958, 2014.
BURGER, D. Ordenamento Forestal I (A Producão Florestal). FUPEF, Curitiba – PR, 124 p., 1980.
CÁCERES FLORESTAL. Manual do reflorestamento da Teca. Cáceres, MT: Cáceres Florestal, 2006. 16 p. (Versão Eletrônica). Disponível em:<http://www.caceresflorestal.com.br/>. Acesso em: 12 Nov. 2014.
70
CALDEIRA, S. F.; OLIVEIRA, D. L. C. Desbaste seletivo em povoamentos de Tectona grandis com diferentes idades. Acta Amazonica, vol. 38 (2) p. 223 – 228, 2008.
CALLEGARI-JACQUES, S.M. Bioestatística: princípios e aplicações. Porto Alegre: Artemed, 2003. 255p.
CAMINO, R.; MORALES, J. P. Las plantaciones de teca en América Latina: mitos y realidades. Boletim técnico n. 397, CATIE – FAO. 392 p. 2013.
CAMPOS, C. C.; LEITE, H. G. Mensuração florestal: perguntas e respostas, Viçosa, Minas Gerais, UFV, 2009.
CARDOSO, A. L.; ROSADO, A. M.; SILVA, A; G. Danos provocados por ventos em florestas de eucalipto em diferentes altitudes e as implicações para a colheita florestal. Anais: XIV Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, X Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e IV Encontro Latino Americano de Iniciação Científica Júnior - Universidade do Vale do Paraíba – UNIVAP, 2011.
CARDOSO, N. S. Caracterização da estrutura anatômica da madeira, fenologia e relações com a atividade cambial de árvores de teca-Verbenaceae. Piracicaba: USP/ESALQ, 1991, 133p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) – Universidade de São Paulo, 1991.
CARNIELLO, M. A.; SILVA, R. S.; CRUZ, M. A. B.; GUARIM NETO, G. Quintais urbanos de Mirassol D’Oeste-MT, Brasil: uma abordagem etnobotânica. Acta Amazonica. vol. 40, n. 3, 451 – 470, 2010.
CHAVES, A. G. S. Modelagem do crescimento e da produção de Tectona grandis Linn. f. até a idade de rotação. 2013. 72 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais e Ambientais) – Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá.
COSTA, D. H. M.; SILVA, J. N. M.; CARVALHO, J. O. P. Crescimento de árvores em uma área de terra firme na floresta nacional do tapajós após a colheita de madeira. Revista Ciências Agrárias, n. 50, p. 63-76, 2008.
COTTA, T. R.; CEZANA, D. P.; BAUER, M. O.; CHICHORRO, J.F. Equação volumétrica para Tectona grandis L. F. de um povoamento no município de Cachoeiro de Itapemirim – ES. XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro LatinoAmericano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba, 2009.
CRUZ J. P.; LEITE, H. L.; SOARES, C. P. B.; CAMPOS, J. C. C.; SMIT, L.; NOGUEIRA, G. S. Curvas de crescimento e de índice de local para povoamentos de Tectona grandis em Tangará da Serra, Mato Grosso. Revista Árvore, v.32, n.4, p. 679-685, 2008a.
CRUZ J. P.; LEITE, H. L.; SOARES, C. P. B.; CAMPOS, J. C. C.; SMIT, L.; NOGUEIRA, G. S. Modelos de crescimento e produção para plantios
71
comerciais jovens de Tectona grandis em Tangará da Serra, Mato Grosso. Revista Árvore, v.32, n.5, p. 821-828, 2008b.
DRESCHER, R. Crescimento e produção de Tectona grandis Linn f., em povoamentos jovens de duas regiões do estado de Mato Grosso – Brasil. 2004. 116p. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria – RS.
DRESCHER, R; SCHEEREN, L.W.; MEDEIROS, J.G.S.; BERTAZO, J. Modelos de relação hipsométricas para Tectona grandis L.f. no Estado do Mato Grosso. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL, 1., 2001, Santa Maria. Anais...Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, v.1, p.44-61, 2001.
DURLO, M.A. & DENARDI, L. Morfometria de Cabralea canjerana em mata secundária nativa do Rio Grande do Sul, Revista Ciência Florestal, Santa Maria, v.8, n.1, p.55-66. 1998.
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2. ed. Rio de Janeiro: 306 p, 2006.
FAMATO (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso). Diagnóstico de Florestas Plantadas do Estado de Mato Grosso. Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA). Cuiabá, 2013.
FAO. Planted Forests and Trees Working Paper Series: Teak resources and market assessment 2010 (Tectona grandis Linn. F.). 2012. Disponível em: <http://www.fao.org/docrep/015/an537e/an537e00.pdf>. Acesso em: 14 de maio de 2014.
FERREIRA, A. G.; MELO, R. R. Inventário florestal quantitativo de plantios de teca (Tectona grandis L.f.) e pinho-cuiabano (Schizolobium amazonicum Hub.). Revista Científica Eletrônica de Engenharia Florestal, ISSN 1678-3867, ano iv, n. 7, 2006.
FIGUEIREDO, E. O.; OLIVEIRA, A. D.; SCOLFORO, J. R. S. Análise econômica de povoamentos não desbastados de Tectona grandis L.f., na microrregião do baixo Rio Acre. Cerne, Lavras, v. 11, n. 4, p.342-353, 2005a.
FIGUEIREDO, E. O.; OLIVEIRA, L. C. de; BARBOSA L. K. F. Teca (Tectona grandis L. f.): principais perguntas do futuro empreendedor florestal. Rio Branco. Embrapa Acre, Documentos, 97p, 2005b.
FINGER, C. A. G. Fundamentos de biometria florestal. Santa Maria – RS, UFSM, Centro de Pesquisas Florestais. 269 p. 1992.
FISHWICK, R.W. Estudos de espaçamento e desbastes em plantações brasileiras. Brasil Florestal, Rio de Janeiro, RJ, v.27, n.7, p.13-23. 1976.
72
GALLOWAY, G. Guía técnica para el extensionista forestal. Centro Agronómico Tropical de Investigación y Enseñanza (CATIE). Serie técnica, Manual Técnico 7. p. 16-47. 1993.
GALLOWAY, G.; UGALDE, L.; VÁSQUEZ, W. Management of tropical plantations unde stress. In: IUFRO WORLD CONGRESS, 1995, Tempere, Finland. Congress Report, v. 2, p. 351- 352, 1995.
GARCIA, J. S.; LUZ, A. S.; PINTO, R. S.; GAMA, J. R. V. Relação hipsométrica para Tectona grandis L.f. 5º Simpósio Latino-Americano sobre Manejo Florestal. Santa Maria – MS. 157-161. 2011.
GARCIA, M. L. Intensindade de desbaste em um povoamento de Tectona grandis L.f., no município de Sinop – MT. 2006. 44p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Mato Grosso. Faculdade de Medicina Veterinária.
GARCÍA, M. R. P.; Comparación dasométrica y económica de dos intensidades de raleo en un cultivo de Teca (Tectona grandis) en la zona de Pedro Carbo provincia del Guayas. 2011. 84 p. Tese de Graduação (Monografia) – Escuela Superior Politécnica del Litoral. Facultad de Ingeniería en Mecánica y Ciencias de la Producción.
GOH, D. K. S.; MONTENUUIS, O. Behaviour of the “YSG Biotech TG1-8” teak clonesunder various site conditions: first observations. Bois et Forêts des Tropiques, n. 311 (1), 2012.
GOH, D.K.; MONTENUUIS, O. Rationale for developing intensive teak clonal plantations, with special reference to Sabah. Bois et Forêts des Tropiques, v.3, n.285, 2005.
GONZÁLEZ, G. P.; DOMÍNGUEZ, M. D.; ZURIMENDI, P. M.; BARRA, J. D. E. Caracterización dasométrica e índice de sitio en plantaciones de caoba. Madera y Bosques, v. 18 n.1, 7-24, 2012.
GYVES, E. M.; ROYANI, J. I.; RUGINI, E. Efficient method of micropropagation and in vitro rooting of teak (Tectona grandis L.f.) focusing on large-scale industrial plantations. Annals of Forest Science, v. 64 p.73–78, 2007. DOI: 10.1051/forest: 2006090.
HIGUCHI, N. Informações básicas para o manejo florestal da Tectona grandis (Teca) ntroduzida no Alto Jaurú. Cuiabá, MT. Fundação Universidade Federal de Mato Grosso (FUFMT), Departamento de Engenharia Florestal, Centro de Ciências Agrárias. 92p. 1979.
HOSOKAWA, R. T.; SOUZA, A. L. Curso de Manejo Florestal. Módulo 9 – Manejo de produção florestal para fins específicos. Curitiba: UFPR-UFV-ABEAS, 23p. 1987.
JANKAUSKIS, J. Recuperação de florestas tropicais mecanicamente exploradas. Belém: SUDAM, 58p, 1979.
73
JAYARAMANA, K.; LAPPI, J. Estimation of height-diameter curves through multilevel models with special reference to even-aged teak stands. Forest Ecology and Management, v. 142, p. 155–162, 2001.
KANNINEN, M.; PÉREZ, D.; MONTERO, M.; VÍQUEZ, E. Intensity and timing of the first thinning of Tectona grandis plantations in Costa Rica: results of a thinning trial. Forest Ecology and Management 203 p. 89–99, 2004.
KAOSA-ARD, A. Overview of problems in teak plantation establishment. In: REGIONAL SEMINAR ON TEAK, 2., 1998, Yangon. Proceeding... Bangkok: FAO, p. 49-59, 1998.
KOEHLER, A.; FIRKOWSKI, C. Descascamento de pinus por Cebus
apella. Floresta, Curitiba, v. 24, n. 1-2, p. 61-75, 1996.
KRISHNAPILLAY B. Silvicultura y ordenación de plantaciones de teca. Unasylva, v.51, p. 14-21, 2000.
LADRACH, W. Management of teak plantations for solid wood products. Bethesda: ISTF, 25 p. 2009.
LAMPRECH, H. Silvicultura nos trópicos: ecossistemas florestais e respectivas espécies arbóreas – possibilidades e métodos de aproveitamento sustentado. Trad. De Guilherme de Almeida-Sedas e Gilberto Calcagnoto. Rossdorf: TZ – Verl. – Ges, 343p. 1990.
LATORRACA, J. V.; ALBUQUERQUE, C. E. Efeito do rápido crescimento sobre as propriedades da madeira. Floresta e Ambiente, v. 7, n. 1, p. 297-291, 2000.
LEITE, H. G.; NOGUEIRA, G. S.; CAMPOS J. C C.; TAKIZAWa, F. H.; RODRIGUES, F. L. Um modelo de distribuição diamétrica para povoamentos de Tectona grandis submetidos a desbaste. Revista Árvore, Viçosa-MG, v.30, n.1, p.89-98, 2006.
LIEBSCH, D.; MIKICH, S. B.; OLIVEIRA, E. D.; MOREIRA, J. M. M. A. P. Descascamento de Pinus taeda por macacos-prego (Sapajus nigritus): tipos e intensidades de danos e seus impactos sobre o crescimento das árvores. Scientia Forestales, Piracicaba, v. 43, n. 105, p. 37-49, 2015.
LORENZI, H., Árvores Exóticas no Brasil – Madeireiras, ornamentais e aromáticas. Instituto Plantarum. Nova Odessa – SP, 2003.
MACHADO, S. A.; FIGUEIREDO FILHO, A. Dendrometria. 2a ed. Guarapuava, Paraná: Editora Unicentro, 2006, 316 p.
MAITELLI, G.T. Interações atmosfera superfície. In: MORENO, G. & HIGA, T.C.S. Geografia de Mato Grosso: território, sociedade, ambiente. Cuiabá: Entrelinhas, 296 p. 238-249. 2005.
74
MATRICARDI, W. A. T. Efeitos dos fatores do solo sobre o desenvolvimento da teca (Tectona grandis L.f.) cultivada na Grande Cáceres - Mato Grosso. 1989. 151 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Piracicaba.
MENON, F. V.; DIAS, A. N.; FIGUEIREDO FILHO, A.; CHRISTO, J. C. Crescimento de Tectona grandis L. f. a partir de análise de tronco. 5º Simpósio Latino-Americano Sobre Manejo Florestal: Sustentabilidade Florestal. UFSM, p. 602-609. 2011.
MIRANDA, M. C. Caracterização Morfológica e Avaliação do Desenvolvimento Inicial de Clones de Teca (Tectona grandis L.f.). 2013. 71 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais e Ambientais) – Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá.
MOLLINEDO, M.; UGALDE, L.; ALVARADO, A.; VERJANS, J. M.; RUDY, L. C. Relación suelo-arbol y factores de sitio, em plantaciones jóvenes de Teca (Tectona grandis), em la zona oeste de la cuenca del canal de Panamá. Agronomía Costarricense 29 (1), p.67-75. 2005.
MORET, A.Y.; JEREZ, M. & MOURA, A. Determinación de equaciones devolumen para plantaciones de Teca (Tectona grandis Linn. f.) en la unidad experimental de la reserva forestal Caparo, Estado Barinas-Venezuela. Merida-Venezuela. Revista Forestal Venezolana, 42 (1), p.41-50. 1998.
MUNHOZ, F. C.; GARCIA, A. Caracterização da velocidade e direção predominante dos ventos para a localidade de Ituverava–SP. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 23, n. 1, p. 30 – 34, 2008.
NOGUEIRA, G. S; LEITE, H. G.; CAMPOS, J. C. C.; TAKIZAWA, F. H.; COUTO, L. Avaliação de um modelo de distribuição diamétrica ajustado para povoamentos de Tectona grandis submetidos a desbaste. Revista Árvore, v.30, n.3, p.377-387, 2006.
NOVAES, D. M. Modelagem de crescimento e produção de povoamentos de Tectona grandis L.f. a partir de análise de tronco. 2009. 42 p. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, MG.
OLIVEIRA, B. R. Determinação do volume de cerne produzido em árvores de Tectona grandis L. f. em Mato Grosso. 2014. 59 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais e Ambientais) – Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá – MT.
OLIVEIRA, J. R. M. Sistema para cálculo de balanço nutricional e recomendação de calagem e adubação de povoamentos de teca – Nutriteca. 2003, 74 p. Tese (Doutorado em Ciências Florestais) – Universidade Federal de Viçosa.
OLIVER, C. D.; LARSON, B Ç. Forest stand dynamics. Mc Graw-Hill,
75
Inc, 467 p. 1990.
PALANISAMY, K.; GIREESAN, K.; NAGARAJAN, V.; HEGDE, M. Selection and clonal multiplication of superior trees of teak (Tectona grandis) and preliminary evaluation of clones. Journal of Tropical Forest Science, v.2, n. 21, p.168–174, 2009.
PANDEY, D. BROWN, C. Teak: a global overview. Unasylva 201, Vol. 51, 2000.
PASSOS, C. A. M.; BUFULIN JUNIOR, L.; GONÇALVES, M. R. Avaliação silvicultural de Tectona grandis L.f., em Cáceres – MT, Brasil: resultados preliminares. Ciência Florestal, v. 16, n. 2, 2006.
PELISSARI, A. L.; CALDEIRA, S. F.; SANTOS, V. F.; SANTOS, J. O. P. Correlação espacial dos atributos químicos do solo com o desenvolvimento da teca em Mato Grosso. Pesquisa Florestal Brasileira. Colombo, v. 32, n. 71, p. 247-256, 2012.
PELISSARI, A. L.; GUIMARÃES, P. P.; BEHLING, A.; EBLING, A. A. Cultivo da teca: características da espécie para implantação e condução de povoamentos florestais. Agrarian Academy. Goiânia, v.1, n.01; p. 127-145. 2014.
PÉREZ, D. Stand growth scenarios for Tectona grandis plantations in Costa Rica. 2005. 77 p. Dissertação (Faculty of Agriculture and Forestry). University of Helsinki, Finlândia.
PRODAN, M.; PETERS, R.; COX, F.; REAL, P. Mensura Florestal. San José – Costa Rica: GTZ - IICA. 586p. 1997.
ROSADO, A. M.; ATAÍDE, G. M.; CASTRO, R. V. O.; CORREIA, A. C. G. Avaliação da tolerância à quebra por vento em árvores de eucalipto via teste de resistência. Pesquisa Florestal Basileira, Colombo, v. 33, n. 75, p. 309-315, 2013.
ROSSI, A. S.; DRESCHER, R.; PELISSARI, A. L.; LANSSANOVA, L. R. Relação hipsométrica e crescimento de Tectona grandis L.f. no município de Monte Dourado, Pará. Scientia Forestalis, v. 39, n. 91, p. 301-307, 2011.
ROZALES, L.M.T. Temperaturas máxima, mínima e compensada no período de 1971 a 2005 em Cáceres-MT. 2006. Monografia. Universidade do Estado de Mato Grosso, Cáceres-MT.
SAGUINO, A. C. Custo de implantação e rentabilidade econômica de povoamentos florestais com Teca no estado do Pará. Revista Ciências Agrárias, n. 52, p. 61-78, 2009.
SCHIMIDT, P. B. Determinação indireta da relação hispométrica para povoamentos de Pinus taeda L. Floresta, Curitiba, v.8, n.1, p.24-27, 1977.
76
SCHNEIDER, P. R.; SCHNEIDER, P. S. P. Introdução ao manejo florestal. Santa Maria, RS, FACOS-UFSM, 2º edição, 566 p. 2008.
SCHNEIDER, P. R.; SCHNEIDER, P. S. P.; SOUZA, C. A. M. Análise de Regressão Aplicada à Engenharia Flrorestal. Santa Maria, RS, 2º edição, 294 p. 2009.
SCHNEIDER, P.R.; FINGER, C.A.G.; HOPPE, J.M. Efeito da intensidade de desrama na produção de Pinus elliotti Engelm., implantado em solo pobre, no estado do Rio Grande do Sul. Ciência Florestal, Santa Maria, v.9, n.1, p.35-46, 1999.
SCHUHLI, G. S.; PALUDZYSZYN FILHO, E. O cenário da silvicultura de teca e perspectivas para o melhoramento genético. Pesquisa Florestal Brasileira, Colombo, v. 30, n. 63, p. 217-230. 2010.
SCOLFORO, J. R. S. Biometria Florestal: Parte I: modelos de regressão linear e não linear; Parte II: modelos para relação hipsométrica. Volume, afilamento e peso de matéria seca. Lavras, MG: UFLA/FAEP, 352 p. 2005.
SCOLFORO, J.R.S. Manejo Florestal. Lavras, MG: UFLA/FAEPE. 438 p. 1998a.
SCOLFORO, J.R.S. Biometria Florestal: Modelagem do crescimento e produção de florestas plantadas e nativas. Lavras – MG: UFLA/FAEPE/DCF, 441 p, 1998b.
SOARES, C. P. B.; PAULA NETO, F.; SOUZA, A. L. Dendrometria e Inventário Florestal. Viçosa, MG: UFV, 276 p. 2006.
SOUZA C. R.; LIMA, R. M. B.; AZEVEDO, C. P.; ROSSI, L. M. B. Desempenho de espécies florestais para uso múltiplo na Amazônia. Scientia Forestalis, Piracicaba, v. 36, n. 77, p. 7-14, 2008.
STAMPFER, E Solitärdimensionen österreichischer Baumarten: Diplomarbeit. Wien: Universität für Bodenkultur, 102 p. 1995.
SPATHELF, P.; NUTTO L. Modelagem aplicada ao Crescimento e Produção Florestal – com exercícios resolvidos – UFSM, Santa Maria, 71 p. 2000.
STATHERS, R. J.; ROLLERSON, T. P.; MITCHELL, S. J. Windthrow handbook for British Columbia forests. Victoria, B.C.: Ministry of Forests Research Program, 31 p, 1994.
TANAKA, N.; HAMAZAKI, T.; VACHARANGKURA, T. Distribution, Growth and site requirements of teak. Japan Agricultural Research Quarterly, v.32, p. 65-77, 1998.
TIWARI, S.K.; SIRIL, E.A. An improved micropropagation protocol for teak. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, v 71, p. 1–6, 2002.
77
TONINI, H.; ARCO-VERDE, M. F.; SCHWENGBER, D.; JUNIOR, M. M. Avaliação de espécies florestais em área de mata no estado de Roraima. Cerne, Lavras, v. 12, n. 1, p. 8-18, 2006.
TONINI, H.; COSTA, M. C. G.; SCHWENGBER, L. A. M. Crescimento da Teca (Tectona grandis) em Reflorestamento na Amazônia Setentrional. Pesquisa Florestal Brasileira, Colombo, n.59, p.05-14, 2009.
VENÄLÄINEN, A.; ZENG, H.; PELTOLA, H.; TALKKARI, A.; STRANDMAN, H.; WANG, K.; KELLOMÄKI, S. Simulations of the influence of forest management on wind climate on a regional scale. Agricultural and Forest Meteorology, n. 123, p.149–158, 2004.
VIEIRA, A. H.; ROCHA, R. B.; BENTES-GAMA, M. M.; LOCATELLI, M. Desempenho de teca (Tectona grandis) em plantio adensado no Estado de Rondônia. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, EMBRAPA, 14p, 2008.
WALKER, J. C.F.; BUTTER FIELD, B. G.; HARRIS, J. N.; LANGRISH, T. A. G.; UPRICHART, J. N.; Primary wood processing: principles and practice. London: Chapman & Hall, 611 p., 1993.
WEAVER, P. L. Tectona grandis L.f. Teak. New Orleans: USDA-Forest Service, 18p. 1993.
WHITE, K. J. Teak. Some aspects of research and development. Bangkok: RAPA Publications, FAO, 1991.
WINK, C.; MONETIRO, J. S.; REINERT, D. J.; LIBERALESSO, E. Parâmetros da copa e a sua relação com o diâmetro e altura das árvores de eucalipto em diferentes idades. Scientia Forestalis, Piracicaba, v. 40, n. 93, p. 057-067, 2012.
ZAMBRANO, T.; SUÁREZ, M; JEREZ, M. Evaluación de la efectividade del ajuste de algunos modelos de regresión utilizados para estimar la relación altura-diámetro em parcelas permanentes de rendimento y aclareo em Teca (Tectona grandis Linn). Revista Forestal Venezolana, v. 45, n. 2, 163-173, 2001.
ZIMMERMANN, A. P. L.; FLEIG, F. D.; REDIN, C. G.; AGUIAR, A. V.; Relações morfométricas para árvores dominantes de Pinus taeda no estado do Paraná. Anais. VII Simpósio de Pós-Graduação em Ciências Flroestais, Viçosa – MG, 2012.