Post on 18-Dec-2018
FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Animação: uma possibilidade de uso da tecnologia para a produção de material di-
dático-pedagógico
Autor Manoel Bueno
Escola de Atuação Colégio Estadual Barão do Rio Branco
Município da escola Foz do Iguaçu
Núcleo Regional de Educa-
ção
Foz do Iguaçu
Orientador Maria Elena Pires
Instituição de Ensino Superi-
or
Unioeste
Disciplina/Área (entrada no
PDE)
Português
Produção Didático-
pedagógica
Produção de material que utiliza programas de código
aberto como: Ofcce/Linux, servindo como recurso didático,
tanto na preparação de aulas como no auxilio aos alunos
em suas atividades escolares.
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as dife-
rentes disciplinas compreen-
didas no trabalho)
História, Artes e Português
Público Alvo (indicar o grupo
com o qual o professor PDE
desenvolveu o trabalho: pro-
fessores, alunos, comunida-
de...)
Professores do ensino fundamental nas áreas de Artes,
História e Português
Localização
(identificar nome e endereço
da escola de implementação)
Colégio Estadual Barão do Rio Branco – Ensino Funda-
mental, Médio e Profissionalizante
Rua Silvino Dal‟Bó, 85 – Jardim Polo Centro – Foz do Igu-
açu - Pr
Apresentação:
(descrever a justificativa, ob-
jetivos e metodologia utiliza-
da. A informação deverá con-
ter no máximo 1300 caracte-
res, ou 200 palavras, fonte
Arial ou Times New Roman,
tamanho 12 e espaçamento
simples)
- Justificativa: Diante a nova geração „digital‟ a escola pre-
cisa rever sua função e adotar uma postura pedagógica
mais rica e adequada. Hoje, no seu dia a dia dos educan-
dos estão as novas tecnologias, portanto precisamos, en-
quanto docentes, proporcionar o melhor aproveitamento
desses equipamentos digitais, transformando-os em fer-
ramentas aliadas.
- Objetivos: Oferecer subsídios para a elaboração de ati-
vidades pedagógicas integradas, a partir de equipamentos
digitais.
- Metodologia: Produzir, junto aos professores, material
didático pedagógico a partir de animação explicando, pas-
so a passo, como é possível, num trabalho multidisciplinar,
agregar conhecimentos e tornar os conteúdos mais recep-
tivos. O material será produzido a partir de softwares es-
pecíficos, que são os apresentadores de slides e editores
de filmes e os equipamentos são a máquina fotográfica
digital, os celulares e outros recursos do próprio computa-
dor.
Palavras-chave ( 3 a 5 pala-
vras)
Digital, tecnologias, produção, material, animação
PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA
ANIMAÇÃO: UMA POSSIBILIDADE DE USO DA TECNOLOGIA PARA A PRODUÇÃO
DE MATERIAL DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
PROFESSOR PDE: MANOEL BUENO
ORIENTADORA: PROFª.DRª. MARIA ELENA PIRES DOS SANTOS
FOZ DO IGUAÇU-PR
2011
PARANÁ
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
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A) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
Professor PDE: Manoel Bueno
Área PDE: Português
NRE: Foz do Iguaçu
Professor Orientador IES: Maria Elena Pires
IES vinculada: Unioeste – Universidade do Oeste do Paraná
Escola de Implementação: Colégio Estadual Barão do Rio Branco
Público objeto da intervenção: Professores de História, Artes e Língua Portuguesa
B) TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE:
A dificuldade encontrada no dia a dia da escola em relação ao uso dos dispositivos
digitais, tão presentes nas mãos dos alunos. É preciso entendê-los, aproveitá-los, e fazer
destes, material de sala de aula.
C) TÍTULO:
Animação: uma possibilidade de uso da tecnologia para a produção de material di-
dático-pedagógico.
D) PÚBLICO ALVO:
Professores das disciplinas de Artes, História e Português do ensino fundamental
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E) OBJETIVO:
OBJETIVO GERAL:
Oferecer subsídios para a elaboração de atividades pedagógicas integradas, como
produção de animação a partir de equipamentos digitais.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Produzir, junto aos professores das áreas de Português, Artes e História, material
didático pedagógico a partir de animação explicando, passo a passo, no laboratório de
informática, como é possível, num trabalho multidisciplinar, agregar conhecimentos e tor-
nar mais receptivos os conteúdos;
Mediar, em sala de aula, os trabalhos de produção das animações, tendo, como
apoio, os dispositivos trazidos pelos próprios alunos;
Encaminhar a iniciativa para a equipe pedagógica da escola envolvida a fim de que
se discuta a possibilidade do uso da hora atividade dos professores envolvidos no projeto
e, por fim, divulgar os trabalhos junto à comunidade escolar, na perspectiva de que possa
expandir a iniciativa para outras disciplinas.
F) JUSTIFICATIVA:
Os últimos avanços científicos nos trouxeram facilidade e rapidez na comunicação
e informação. Por sua vez, inserida nesse contexto, a escola deve entender e repensar a
educação sob esse novo paradigma, pois a tradicional forma de educar se torna, assim,
se não obsoleta, ao menos desconfigurada em relação às novas tecnologias. As Diretri-
zes Curriculares da Educação Básica quando tratam das dimensões do conhecimento
propõem que ofereçamos ao estudante “a formação necessária para o enfrentamento
com vistas à transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo”
(DCE-PR. 2008,p.20). Assim é que nesse novo tempo informático, nossos educandos
têm diferentes e novos estímulos. Portanto devemos enfrentar o desafio. Isso não implica
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em deixar o quadro negro, o giz e um livro didático, mas, na práxis, é preciso integrar
novas formas de desenvolvimento. Muitos autores estão preocupados com as rápidas
transformações em relação aos novos mecanismos de comunicação, de informação. Pa-
ra Silva,
O mundo moderno exige pessoas preparadas para enfrentar e absorver as
novas formas de mensagens que chegam até elas. A leitura de vários tipos
de texto é essencial na sociedade em que vivemos. Saber ver ou produzir
uma imagem, um filme é tão necessário quanto aprender a ler e escrever
nos moldes convencionais, pois os códigos e os processos de produção
da comunicação se alteram e, nessas mudanças, buscam receptores ap-
tos para entendê-los. Se o modo de produção se altera, fazendo surgir no-
vos códigos, ele irá exigir uma nova posição receptiva; o mesmo valendo
para a alteração da percepção e da recepção, que exigirá novos códigos
no processo de produção. (SILVA, 1991, p.81)
Percebemos a preocupação com o entendimento e o diálogo com as novas lingua-
gens, deixando claro que estas, com os novos códigos, têm uma formatação mais ágil,
provocam novos estímulos. Desta forma, procede a preocupação, pois a sociedade mo-
derna desenvolveu formas diferentes de aprender e ensinar e a escola, por sua vez, se
não se alfabetizar para a utilização das novas tecnologias da comunicação estará limita-
da, alienada e até mesmo marginalizada. Segundo Frigotto,
Trata-se de reafirmar, no espaço da educação escolar, o direito social, in-
dividual e coletivo de uma formação escolar omnilateral – dirigida para o
desenvolvimento de todas as potencialidades do ser humano: intelectuais,
biopsíquicas, lúdicas, afetivas etc. – e não apenas para a visão unidimen-
sional do mercado e garantir a todo cidadão o acesso aos conhecimentos,
valores e bens culturais do seu tempo histórico. (Frigotto, 2001, p.131)
É nesse contexto que, enquanto professores, e por exigência da atividade, como
produtores de material didático, é importante repensar a forma, a técnica, os recursos
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para os encaminhamentos dos conteúdos, levando em consideração o uso exatamente
destes novos conhecimentos, desses novos equipamentos digitais. Uma das possibilida-
des é a produção de animações - via softwares apropriados - a partir da produção por
parte dos próprios professores, no chão da escola. Assim é que será importante viabilizar
uma parceria alunos/professores em relação a essa produção digital, o que pode ser
concretizado em ações conjuntas, uma vez que para parte dos alunos não há dificuldade
quanto ao manuseio dos recursos digitais, embora de forma ainda básica, ou seja, explo-
rando somente o que os encanta, com cores e sons, como simples fotografias e sons.
G) PROCEDIMENTOS/METODOLOGIAS: Nosso trabalho será dividido basicamente
em atividades, ou seja:
1. Leituras: É importante fazermos primeiramente as leituras pertinentes, bem como
os devidos debates a respeito das ações da escola nos tempos modernos, cujos
educandos tem tantas informações e facilidade para o uso dos aparatos digitais. –
é o que os textos tratarão, de certa forma;
2. Vivendo o tema: Vamos assistir a alguns filmes de animação, cujos assuntos
abordados têm relação com nossos discursos em sala de aula, portanto muito nos
diz respeito, filminhos cujas técnicas de animação são facilmente perceptíveis, o
que nos ajudará no próximo passo para nossa própria produção. Logo após vamos
conhecer as partes da uma filmagem;
3. Oficinas: As oficinas, se dividirão em duas etapas, uma preocupada mais com a
produção intelectual, ou seja, a redação mesmo e que será „formatada‟ de forma
diferente do que estamos acostumados, ou seja, o texto tomará corpo e se apre-
sentará em forma de animação, que é nossa segunda parte de oficinas.
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INTRODUÇÃO:
A linguagem na animação é uma forma de inovar e aproximar os alunos do conte-
údo, uma vez que é uma forma nada tradicional de se trabalhar em sala de aula. A produ-
ção de curtas possui características especificas para a transmissão de mensagens: a
imagem, o som, o movimento, a cor e outros elementos que provocam nos autores e/ou
nos expectadores novas reflexões. Os benefícios pedagógicos trazidos pelos produtos
audiovisuais, por meio dos vídeos, são muitos, além de fazer com que se trabalhe em
grupo, desenvolvendo o sentido estético. Mas um audiovisual é muito mais do que uma
câmera na mão e uma ideia na cabeça, pois implica em muito trabalho e é preciso seguir
todos os passos de realização.
O projeto quer, ainda, contribuir para a formação dos professores envolvidos, so-
bretudo na incrementação do repertório de leituras teóricas e literárias, numa medida em
que o professor se sinta autor. Destaca-se o interesse na ampliação do conceito de leitura
dos alunos, expandindo-o também para o domínio do não verbal.
Atividade UM – Leitura e debate com apoio nos seguintes Textos:
1 – LER E COMPREENDER OS SENTIDOS DO TEXTO - Capítulo UM
Ingedore Villaça Koch e Vanda Maria Elias –– Contexto
2 - A DIDÁTICA NA FORMAÇÃO DOCENTE
Texto de Maiza M. Althaus. Disponível em: < http://www.uepg.br/uepg>.
3 - A FORMAÇÃO DE EDUCADORES: UMA PERSPECTIVA MULTIDIMENSIONAL
Texto de Vera Maria Candau. Publicado em: “A formação do educador: desafios e
perspectivas”. Série Estudos PUC/RJ, 1981. In: CANDAU, Vera Maria. (Org.) Rumo
a uma nova Didática. 14ª. ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2002.
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4 - MULTIDISCIPLINARIDADE, INTERDISCIPLINARIDADE E TRANSDISCI PLI NA-
RIDADE NO ENSINO
Texto de Marília Freitas de Campos Pires, Professora do Departamento de Educa-
ção do Instituto de Biociências da UNESP - Botucatu e doutoranda em Educação na
UNICAMP
5 - DIDÁTICA E TECNOLOGIA: AMIGAS OU INIMIGAS - Sobre a Importância
dos Recursos Tecnológicos na Educação - POSSIDONIO, Laudiméia da Silva.
DIDÁTICA E TECNOLOGIA: AMIGAS OU INIMIGAS? Disponível em:
<www.vezdomestre.com.br>.
6 - AS NOVAS TECNOLOGIAS NA FORMAÇÃO DO PEDAGOGO: CON-
TINGÊNCIA DE UMA ÉPOCA OU MODISMO? A LINGUAGEM DA TELEVISÃO E
DO CINEMA e OUTRAS LINGUAGENS NÃO-ESCOLARES - Carlos Alves Rocha,
Mestre em Tecnologia – Área: Educação Tecnológica. Licenciado em Ciências e Bio-
logia. Especialista em Informática na Educação, professor no ensino fundamental,
médio e superior (Ciências e TICE)
7 – TECNOLOGIAS, TRABALHO E EDUCAÇÃO - UM DEBATE MULTIDISCI-
PLINAR
Capítulos UM (Modernização tecnológica e relações de trabalho) e DOIS, Capacita-
ção tecnológica, revalorização do trabalho e educação - Lucia Mathilde E. Orth, Vo-
zes 1994
Os dois livros a seguir nos acompanharão durante todo o trabalho, pois são fun-
damentais para nos fundamentarmos e são ainda esclarecedores em relação à
parte técnica:
1 – CINEMA E EDUCAÇÃO, Rosália Duarte, autêntica, 2009, Belo Horizonte
8 2 - SILÊNCIO: FILMANDO! Um guia para documentários com qualquer orçamento, qualquer câmera e a qualquer hora - Artis, anthony Q. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011
Atividade DOIS: Assistindo a algumas animações
Veremos nessa atividade alguns curtas metragem que parecem feitos para ser
mostrados em sala de aula, para aproveitarmos de certa forma como ensinarmos nossos
conteúdos e são muitos, pois há um acervo riquíssimo de animações e curta metragem
na rede. Um exemplo é o site www.portacurtas.com.br que é um site que possui quase
sete mil filmes produzidos no Brasil ou em outros países. Alguns merecem destaque, co-
mo por exemplo, os filmes:
Blue
http://www.filmesdecinema.com.br/filmes-de-blue
Blue, a arara-azul,
cujo roteiro nos mostra, os
pontos turísticos da cidade
maravilhosa como cená-
rio. É possível fazermos
algo parecido mostrando
Foz do Iguaçu. Basta cri-
armos algo como em Blue,
focalizando um contra-
bando de animais via pon-
te da amizade podemos
mostrar toda a beleza de
Foz do Iguaçu.
9
A fuga das Galinhas
8
http://www.adorocinema.com
A noiva Cadáver
Ilha das Flores
http://www.portacurtas.com.br/pop_160.asp?cod=647&Exib=1
Neste curta de humor sarcástico
temos o dia a dia triste da realidade das pesso-
as que sobrevivem comendo as sobras dos por-
cos, fazendo uma reflexão sobre a sociedade
capitalista, a função da escola, entre outros.
Trabalhando a questão de "o que define um ser
humano", "o que é ser livre" entre outros.
Neste curta de hu-
mor sarcástico. Trabalham-se
questões como “o que define um
ser humano”, “o que é ser livre”.
Tecnicamente o aproveitaremos
para entender, com ele, como
trabalhar as cores.
A análise do filme leva-nos à reflexão
de que os nossos sonhos e almejos devem
ser sempre colocados em primeiro plano.
Gerar mudanças depende da ação. A única
forma de gerar resultados é tomando deci-
sões. Tenhamos certeza de que um trabalho,
ainda que escolar, se bem feito, pode dar
resultado explêndido na apresentação final,
como nesta, de tantos recursos.
http://www.portacurtas.com.br/pop_1 60.asp?1
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Histórias das coisas
http://www.filmesdecinema.com.br/histoiadascoisas
Atividade TRÊS: As etapas para a produção da animação:
Por mais que o trabalho com um curta metragem possa, a princípio, assustar um
professor, uma vez que parece requerer uma série de conhecimentos prévios e técnicos,
os programas de computadores nos facilitam, pois um programa para isso já vem instala-
do no sistema operacional livre Linux, que usamos nos laboratórios das escolas. Esses
softwares têm uma quantidade relativamente grande de recursos que vão desde a inser-
ção de fotos, som, legenda, entre outros. O importante para se trabalhar com curtas me-
tragem é um bom planejamento do trabalho. Desta forma, vamos dividi-los em etapas.
1 - Introdução à linguagem de animação: Nossos jovens hoje em dia estão acos-
tumados com vídeos curtos, especialmente após o youtube e todos os seus similares.
Apesar de acostumados com esse tipo de vídeo isso não significa que terão domínio da
Uma crítica ao seu pró-
prio país onde é produzido, os
Estados Unidos da América, à
economia capitalista, ao consu-
mismo. Vamos observar a „apa-
rência‟, o cenário desse curta
que entenderemos que é uma
das técnicas para a produção de
uma animação. Nela os dese-
nhos se movimentam num se-
gundo plano, enquanto uma
apresentadora se fixa em primei-
ro plano e vai apresentando o
tema.
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linguagem dos curtas-metragens. O ideal é colocá-los em contato com esse material na
prática.
2 – Definição de tema e do teor: É importante discutir com os alunos o tema e o
tipo de vídeo que se quer produzir. Nunca podemos nos esquecer de que todos nós, de
todas as áreas do conhecimento temos nossos conteúdos programáticos para desenvol-
ver juntos aos alunos. Se o objetivo é documentar algo, como a história da escola, então
a sátira não seria mais adequada seria melhor dar um tom de reportagem ao curta, enfim,
o que queremos é que se defina muito bem o teor, para ser mostrado para toda a comu-
nidade escolar.
3 - Pesquisa Inicial: É necessário que os alunos pesquisem informações sobre o
tema. Sendo assim, todos poderão contribuir com ideias pontuais e não somente "achis-
mos" na fase seguinte. Todos devem pensar juntos. Até mesmo as grandes empresas, há
algum tempo, adotam esta técnica, ou seja, várias pessoas juntas lançando ideias iniciais
sobre um tema, que serão posteriormente selecionadas e desenvolvidas.
4 - Elaboração de um roteiro: Não é necessário que se crie um roteiro fixo, com
falas fixas, mas um esboço de roteiro é fundamental, um conjunto de ideias básicas que
irá guiar a „fala‟ dos personagens, a escolha das músicas, arranjos, cenários, etc.
6 – Filmagens: Nossa sugestão é no sentido de evitar fazer somente na escola.
Vamos deixar os alunos se divertirem e darem risadas em grupos ao criar isso, pois o tra-
balho pode ser mais divertido. Para a produção de um vídeo escolar pode-se utilizar uma
máquina digital que filme, ou dependendo do telefone celular, a resolução pode ser acei-
tável, nunca nos esquecendo dos conteúdos programáticos, pois estes têm que estar
contemplados.
7 – Edição: Esta pode ser feita de diversas formas. É interessante que seja feita
coletivamente, se possível, ou ao menos iniciada coletivamente, até que o grupo de edi-
ção assuma o trabalho depois. Os encarregados desta parte devem levar em conta as
idéias de quem produziu o texto, a história, por isso mesmo deve esse participante, ter
acompanhado todo o processo. A edição é a conclusão, ou seja, é quando juntamos as
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peças e as dispomos para serem mostradas, por isso na inserção das músicas, dos sons
de efeito, legendas, entre outros, toda a equipe deve acompanhar.
8 – Divulgação: A divulgação ajuda tanto o professor quanto a escola a divulgar
seus nomes profissionais e institucionais, como também dá ânimo aos alunos, uma vez
que poderão ver que o trabalho deles foi valorizado.
Atividade QUATRO: Conhecendo as técnicas de animação:
A tabela a seguir mostra algumas técnicas de animação. É muito importante conhecê-las:
Técnica: Características:
A
Animação tra-
dicional
É uma técnica trabalhosa, requer criatividade, planejamento, paci-
ência e dedicação, como a maioria das técnicas manuais. Os de-
senhos são feitos à mão. Definem-se as ações do personagem
quadro a quadro, desenhando cada parte da sequência dos movi-
mentos.
B
Animação digi-
tal
Para essa técnica usam-se equipamentos digitais, como o compu-
tador. Uma imagem é apresentada no monitor do computador e em
seguida é rapidamente substituída por uma nova imagem, seme-
lhante à imagem anterior, mas ligeiramente modificada. É fácil para
quem tem conhecimento em programação, no entanto não envolve
outros elementos senão o próprio computador, o que resume o tra-
balho somente para aqueles que o dominam.
Atividade CINCO: Oficinas de produção de uma animação stop motion.
Atividades técnicas:
Optamos, nesse primeiro momento, por uma produção usando a técnica stop motion
(animação quadro a quadro) e com personagens produzidos a partir de massa de mode-
lar, pois essas são duas perfeitas combinações para um início de trabalho.
Como podemos ter a “ideia” primeira? Confrontando os conteúdos logo deve surgir
uma boa ideia. Para tal é importante que os professores envolvidos tenham em mãos os
conteúdos programáticos para serem apresentados e confrontados com os demais.
C
Animação por
stop-motion
Nesta técnica são utilizados elementos moldáveis para fazer as
animações, os personagens e cenários podem ser feitos de vários
materiais, como papeis, plásticos, madeiras, etc. Geralmente o
mais usado é a „massinha‟, a massa de modelar.
D
Animação com
fantoches
Técnica na qual se filma normalmente os movimentos dos fanto-
ches. Ou seja, os fantoches são os personagens. É muito parecido
com o teatro de fantoche, porém acrescentam-se elementos pró-
prios de filme, como efeitos, músicas de fundo, etc.
E
Animação de-
senhada em
filme
Nessa técnica os personagens de animação interagem com huma-
nos. É um filme em live action, apresenta a combinação de atores
reais e elementos criados por meio de animação, interagindo nor-
malmente. Exige muito trabalho, pois requer muitos recursos e co-
nhecimento de computação gráfica. Não indicamos essa técnica,
pois se resumiria a alguns poucos alunos mais conhecedores de
computação gráfica, o que não é nossa intenção.
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Oficina 1: Pré-produção:
Pré-produção é a produção inicial de um filme, é o gênesis de uma produção. Após
termos o assunto propriamente dito, ou a ideia do que será o filme, devidamente aprova-
da pelos envolvidos, é só indicar um produtor e um roteirista para gerenciar o projeto.
Oficina 2: Argumento e roteiro literário:
É muito importante essa fase, pois aqui se escreve o texto mesmo, que é a base para
o início. Pode ser entendida como um resumo do filme. Nessa etapa a idéia é desenvol-
vida mostrando os personagens, o local e ainda como a trama se desenrola. É como ler
um texto curto, ágil e ainda sem detalhes de linguagem cinematográfica. Já no roteiro lite-
rário vem o argumento. Agora temos que dividi-lo em cenas, cujos diálogos já aparecem,
bem como toda a ação. Ainda aqui os cenários e conflitos devem ser descritos e caracte-
rizados pensando-se num filme, isto é, nessa etapa a história começa a ser adaptada pa-
ra o fim a que se destina: um monitor ou uma tela maior, como de uma sala de projeção.
O roteiro tem uma sintaxe e uma padronização específica e dela vamos tomar conta
passo a passo. Para nós professores, é uma etapa de muito aprendizado, pois aqui é
como que „brincar‟ de trocar de gênero.
Oficina 3: Produção dos ‘bonecos’ e do cenário
Definimos, aqui, o material para a produção, como papéis, plásticos, tintas, madeiras,
etc., para a produção do cenário e ainda „criamos‟ os personagens. Nessa oficina usare-
mos um local um tanto silencioso e afastado, pois
estaremos concentrados nos detalhes.
Essa foto mostra uma cena toda preparada com
massa de modelar, a „massinha‟ que tanto vai ser útil
para nossos trabalhos...
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... E esta um personagem em plena ação.
Vamos notar que o artista usou, além de massinha, papeis ou panos.
Estes são alguns „artistas‟ criados com massinha.
http://conversamineira.blogspot.com/2010/05/marcelo-xavier-e-os-sonhos-em-massa-de.html
Oficina 4: Técnicas de controle de imagem e iluminação
É um estudo diferente do que estamos acostumados e nos trará aprendizado que
poderemos utilizar em outros momentos, até mesmo em casa, pois quem não gosta de
fazer uma boa fotografia da própria família? Vamos conhecer os equipamentos que preci-
samos para a boa iluminação dos personagens e de nossos cenários, como:
Temperatura de cor, filtros de
correção e polarização, con-
tra-luzes e efeitos e ilumina-
ção em vários pontos,
Balanceamento de cor e gra-
vação externa e em estúdio.
As cores da luz, a mistura adi-
tiva e subtrativa,
Refletores e acessórios, filtros
para câmera e gelatinas para
correção,
Efeitos e iluminação interna e
externa.
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Nesse exemplo vemos como a imagem pode parecer melhor com uma boa iluminação.
Oficina 5: Gravação de áudio
Com essa oficina aprenderemos sobre a gravação tanto
das „falas‟, dos efeitos e da música de fundo. O áudio terá um
papel importante no momento de criar um curta metragem ou
somente uma pequena animação.
Vamos aprender a gravar as „falas‟ dos personagens jun-
to às cenas, vamos entender sobre distância de „quem fala‟ e o
aparelho eletrônico que „capta‟ o som. Segundo os técnicos
mais experientes, é aconselhável não haver um intervalo de 2 a 3 metros de distância do
sujeito, mas isso veremos na prática. Vamos entender como funcionam os microfones
incorporados nas câmeras de vídeo, que são normalmente de baixa qualidade, e final-
mente vamos saber o porquê de gravar em local bem protegido de ruídos de fundo.
Oficina 6: Usando o software de computador.
É no software do computador que fazemos a decupagem, o último estágio do pla-
nejamento do filme, em que todas as indicações
técnicas, como o tempo de cada cena, dos sons,
ou seja, tudo que for relevante para a melhoria da
animação, até mesmo a posição e movimento de
câmara, dos personagens, enfim a divisão de uma
cena em planos e a previsão de como estes pla-
nos vão se ligar uns aos outros através de cortes.
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O software se chama kdenlive e está disponível para ser instalado em seu compu-
tador. Basta acessar o site http://www.kdenlive.org/ fazer a cópia, (download) e seguir
as instruções.
Aliás, ele foi escolhido porque pode ser instalado também no sistema Windows,
da Microsoft, o que é importante, pois nossos alunos usam esse sistema, assim, podem
trabalhar no colégio, com o software instalado no Linux e em casa, com ele instalado no
seu próprio computador, que usa o sistema Windows da Microsoft.
Atualmente muitos alunos fazem esse tipo de atividade em um programa que se
chama Movie Maker, também da Microsoft , mas não é indicado para nós, professores,
pois não é livre, como o Linux e o Kdenlive, que „roda‟ (funciona) facilmente em qualquer
máquina que tenha o sistema Linux, que está instalado nas nossas máquinas dos labora-
tórios todos das escolas da rede.
Este programa não oferecerá dificuldade, nem mesmo para quem não tem nenhu-
ma experiência com qualquer editor de animação.
Agora temos que mudar o foco, ou seja, se estávamos escrevendo e produzindo a
animação éramos sujeitos, agora temos que também nos imaginar sentados, simples-
mente assistindo ao filme acabado, o que é um outro anglo, outro foco.
Avaliação:
Este é um trabalho que necessariamente é feito em equipe, assim a avaliação de-
verá, como em qualquer atividade, ser realizada a partir de apontamentos sobre a efetiva
participação de cada participante no seu grupo específico em todo o processo, desde a
montagem de turma, nas divisões de tarefas, no trabalho, seja ele intelectual ou mesmo
prático, na contribuição individual no momento da produção, na divulgação e finalmente
nas apresentações. Sempre lembrando que os alunos que não participam com algum re-
curso técnico não podem ser prejudicados nas avaliações. Em qualquer tipo de atividade
sempre corremos o risco de cometer alguma injustiça em relação às avaliações e esta é
uma delas, pois sabemos que alguns são tímidos, mas não menos capazes; outros já
gostam mais atividades desta natureza, ou conhecem o programa usado e tomam mais
iniciativa.
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Orientações:
Acreditamos na facilidade para realizar essas atividades, pois estamos indo
ao encontro do que querem nossos educandos. É esta uma atividade um tanto diferente
daquelas com as quais estamos mais acostumados no nosso dia a dia, e estamos, ao
mesmo tempo, mostrando todo nosso conteúdo programático com a riqueza de estarmos,
junto a um outro colega professor de uma outra disciplina, ou seja, interagindo. Vamos
mostrar que a comunicação não se esgota no verbal, e que a cada dia temos os nossos
sentidos estimulados para captar novos códigos e novas mensagens. Assim estaremos
considerando a riqueza receptiva por parte de nossos alunos.
Esta deve ser nossa postura ao difundirmos para nossos alunos essa iniciativa.
Com certeza eles serão atraídos e disputarão as „posições‟ para fazerem parte do „time‟,
se sentindo verdadeiros artistas e trazendo muita contribuição, pois são criativos. Basta
para nós mediarmos junto às equipes, fazendo parte de todas elas, em cada etapa do
trabalho, incentivando a participação do aluno, fazendo com que ele se expresse. Nossos
alunos estão sempre prontos para o trabalho em equipe e, para essa nossa atividade,
devemos ajudá-los na divisão. Para tal, é importante deixar claras as atividades/tarefas
específicas para cada participante, que são as seguintes:
Função Atividades
1 Diretor geral
Tem uma visão geral, pois conhece os detalhes. Faz também a função de diretor de produção, coordenando as filmagens, esta-belecendo cronogramas. Esta tarefa pode ser dividida por mais de um aluno, pois requer alguma experiência.
2 Redator Escreve o texto, a narração propriamente dita, acompanhando toda a equipe para as adaptações necessárias. Pode ser mais de um aluno.
3 Diretor de Foto-grafia
Responsável pela fotografia do filme. É o que faz a colocação de refletores e tudo o que for necessário para a iluminação ideal para cada cena, como uma vela acesa ou ainda algo para „bloquear‟ a claridade, etc.
4 Operador de Câmera
Opera a câmera conforme orientações do diretor geral e diretor de fotografia.
5 Assistente de Câmera
É o que faz a manutenção da câmera, seja ela de filmar ou a fo-tográfica, põe o aparelho em dia, com as baterias ou „pilhas‟ car-regadas, cuida ainda dos cabos elétricos e verifica a energia elé-trica do local.
6 Técnico de Som É o que operadora o gravador das „falas‟ dos personagens, cui-dando dos detalhes como as interferências, ruídos locais, etc.
7 Cenógrafo Prepara o local das cenas e constrói e transforma os atores para cada cena fazendo todo o acabamento necessário para cada quadro. É um trabalho para vários alunos.
8 Figurinista Faz o figurino, cuida e desenvolve o vestuário dos atores. Intera-ge muito como os cenógrafos.
9 Editor É o que opera o software, fazendo a montagem final sempre acompanhado pelos diretores. É este aluno que tomará conta da projeção do filme.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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