Post on 24-Mar-2021
FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Os Óleos Essenciais e Diferentes Abordagens na Química Orgânica
Autor Maria Neizi Pereira
Escola de Atuação Colégio Estadual Duque de Caxias Ensino Fundamental e Médio
Município da escola Maringá
Núcleo Regional de Educação Maringá
Orientador Marilde Beatriz Zorzi Sá
Instituição de Ensino Superior UEM – Universidade Estadual de Maringá
Disciplina/Área (entrada no PDE) Química
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Relação Interdisciplinar _
Público Alvo Alunos da 3ª série do ensino médio- Matutino
Localização Colégio Estadual Duque de Caxias Ensino Fundamental e Médio
Rua Mascarenhas de Morais, 925
Apresentação: Este projeto, utilizado em ambiente escolar, pretende refletir e agir em torno do processo de ensino e aprendizagem de química. Para tal, será utilizado o tema óleos essenciais, com objetivo de possibilitar uma compreensão e um conceito mais adequado de conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica e
microscópica para desenvolver nos estudantes o espírito investigativo, a capacidade de articular os conhecimentos teóricos e práticos, a possibilidade de elaborar estratégias para as questões cotidianas, promover o interesse diante do componente curricular em questão, tornando-se mais críticos, principalmente quanto às decisões referentes aos investimentos nessa área, a fim de buscar soluções para os problemas sociais que podem ser resolvidos com a ajuda do desenvolvimento dessa ciência. O projeto será aplicado no Colégio Estadual Duque de Caxias de Maringá (PR), com alunos da 3ª série do Ensino Médio do período matutino, que será contemplada com atividades de investigação prévia sobre o assunto, para verificar as estruturas moleculares, suas aplicações no cotidiano e as funções orgânicas a elas relacionadas são conhecidas; utilização de vídeo sobre o processo de destilação por arraste a vapor mostrando sua técnica usual; pesquisa bibliográfica enfatizando suas aplicações na indústria de cosméticos e alimentos; realização de experimento com foco investigativo sobre o tema em foco, após as atividades realizadas esperamos resultados favoráveis de maneira que a aprendizagem dos alunos seja mais significativa e que professores da área possam, planejar e executar, de maneira mais eficiente, suas aulas, orientados por esse projeto.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Óleos essenciais, extração, experimentação
Material Didático - Unidade Didática
A) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professora PDE: Maria Neizi Pereira
Área PDE: Química
NRE: Maringá
Professora orientadora: Marilde Beatriz Zorzi Sá
IES Vinculada: Universidade Estadual de Maringá – UEM
Escola de Implementação: Colégio Estadual Duque de Caxias
Público objeto da intervenção: Alunos do 3º ano do Ensino Médio
B) TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE
OLEOS ESSENCIAIS
C) TÍTULO
OS ÓLEOS ESSENCIAIS E DIFERENTES ABORDAGENS NA QUÍMICA
ORGÂNICA.
D) CONTEXTO HISTÓRICO
Segundo Pelt (2003) “os óleos essenciais são formados por um conjunto de
substâncias voláteis, de aroma e paladar específicos. Eles são obtidos de diversos
vegetais por meio de vários tipos de técnicas de extração. Esses óleos são utilizados
nos alimentos, nos medicamentos e incenso destinados aos ritos religiosos”.
Esses compostos sempre foram muito utilizados pelos mais diversos
povos. Por meio da extração de óleos essenciais de plantas aromáticas, os egípcios
faziam pomadas milagrosas. Os óleos essenciais eram utilizados com a finalidade
de mumificar os mortos, para propósitos espirituais, medicinais e cosméticos. As
plantas aromáticas tinham efeitos milagrosos na visão dos gregos. Os óleos
essenciais eram aplicados também em massagens por indicação dos médicos. Os
romanos e os árabes buscaram conhecimentos sobre esses óleos e passaram a
fazer uso dos mesmos.
Plantas aromáticas também eram utilizadas pelos monges para combater
as pragas. No século XIV houve um surto de peste negra por toda a Europa, e as
ervas aromáticas foram utilizadas para serem queimadas nas ruas e igrejas para
desinfetar o ar e afastar mau cheiro dos cadáveres, que eram encontrados por toda
parte.
Passaram gerações e gerações e diferentes culturas sempre utilizaram
plantas para aliviar ou curar algumas doenças. O conhecimento antigo serviu de
base para o avanço da medicina, o qual motivou os cientistas a prosseguirem nas
pesquisas e descobertas levando-os a encontrar mais compostos vitais na natureza.
Portanto não se descartou os efeitos benéficos provindos das tradições terapêuticas
que permeavam nas épocas anteriores.
Disponível no site: www.copper- alembic.com/ Essentials.
E) RESUMO
Este projeto, utilizado em ambiente escolar, pretende refletir e agir em torno do processo de ensino e aprendizagem de química. Para tal, será utilizado o tema óleos essenciais, com objetivo de possibilitar uma compreensão e uma conceituação mais adequada de conhecimentos químicos dentro de uma visão macroscópica e microscópica para desenvolver nos estudantes o espírito investigativo, a capacidade de articular os conhecimentos teóricos e práticos, a possibilidade de elaborar estratégias para as questões cotidianas, promover o interesse diante do componente curricular em questão, tornando-se mais críticos, principalmente quanto às decisões referentes aos investimentos nessa área, a fim de buscar soluções para problemas sociais que podem ser resolvidos com a ajuda do desenvolvimento dessa ciência. O projeto será aplicado no Colégio Estadual Duque de Caxias de Maringá (PR), com alunos da 3ª série do Ensino Médio do período matutino, que será contemplada com atividades de investigação prévia sobre o assunto, para verificar as estruturas moleculares, suas aplicações no cotidiano e as funções orgânicas a elas relacionadas são conhecidas; a utilização de vídeo sobre o processo de destilação por arraste a vapor mostrando sua técnica usual; pesquisa bibliográfica enfatizando suas aplicações na indústria de cosméticos e alimentos; realizações de experimento com foco investigativo sobre o tema em questão após as atividades realizadas esperaram resultados favoráveis de maneira que a aprendizagem dos alunos seja mais significativa e que professores da área possam, planejar e executar, de maneira mais eficiente, suas aulas, orientados por esse projeto.
Palavras-Chave: óleos essenciais; extração; experimentação no ensino de química.
F) INTRODUÇÃO
O conhecimento químico, assim como todos os demais saberes, não é
algo pronto, acabado e inquestionável, mas sim, algo em constante transformação.
Esse processo de elaboração e transformação do conhecimento ocorre em função
das necessidades humanas, uma vez que a ciência é construída por homens e
mulheres, portanto, falível e inseparável dos processos sociais, políticos e
econômicos.
“A ciência já não é mais considerada objetiva nem neutra, mas preparada e orientada por teorias e/ou modelos que, por serem construções humanas com propósitos explicativos e previstos, são provisórios.”(CHASSOT,1995, p.68).
O desenvolvimento da sociedade no contexto capitalista passou a exigir
das ciências respostas precisas e específicas as demandas econômicas, sociais,
políticas. A partir das décadas de 1960 e 1970, o processo de industrialização
brasileiro influenciou a formação de cursos profissionalizantes com métodos que
privilegiavam a memorização de fórmulas, a nomenclatura, as classificações dos
compostos químicos, as operações matemáticas e a resolução de problemas
(PARANÁ, 2008).
Sendo assim, acredita-se numa abordagem de “ensino de Química voltada
à construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades
em sala de aula”. (MALDANER 2003). O ensino de Química, na perspectiva
conceitual, retoma a cada passo o conceito estudado, na intenção de construí-lo
com a ajuda de outros conceitos envolvidos, dando-lhe significado em diferentes
contextos. (PARANÁ, 2008).
Isso ocorre por meio da inserção do aluno na cultura científica, seja no
desenvolvimento de práticas experimentais, na análise de situações cotidianas, e
ainda na busca de relações da Química com a sociedade e a tecnologia. Isso implica
compreender o conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito
dos conceitos de Química. (PARANÁ, 2008).
Portanto, cabe à escola e aos professores, desenvolver atividades de modo
que os jovens se tornem capazes, criativos, competitivos e inovadores com vistas a
formar um ser humano
[...] que vai construindo e reconstruindo o seu mundo, de acordo com as relações estabelecidas. Cria, recria e decide. Acrescenta algo de inovador. Gera construções coletivas. Torna-se um sujeito histórico. Faz cultura. Colabora coma evolução da humanidade (FREIRE, 1980, p.34).
Desta forma, os alunos devem ser críticos, principalmente quanto aos
efeitos ambientais da utilização da Química e quanto às decisões referentes aos
investimentos nessa área, a fim de buscar soluções para os problemas sociais que
podem ser resolvidos com a ajuda do desenvolvimento dessa ciência.
Para que essas ações se concretizem, é fundamental que os alunos
ultrapassem o papel de repetidor dos ensinamentos do professor, deixando de ser
um sujeito passivo, tornando-se crítico e atuante, buscando se organizar, analisar,
refletir e elaborar seu conhecimento.
Assim, é necessário que o ensino de Química perca o estigma de ser
apresentar um amontoado de símbolos e fórmulas que devem ser memorizadas,
mas aquele que provoque alterações no comportamento dos alunos e os preparem
de uma forma mais eficaz, para as exigências da sociedade contemporânea. Essas
considerações são ratificadas por Santos e Schnetzier (2003, p.96):
[...] os educadores evidenciaram que há necessidade de o aluno adquirir conhecimento mínimo de química para poder participar com maior fundamentação na sociedade atual. Deste modo, o objetivo básico do ensino de química compreende a abordagem de informações químicas fundamentais que permitam ao aluno participar ativamente na sociedade, tornando decisões com consciência de suas consequências.
A responsabilidade maior para que ocorra a mudança comportamental é,
fundamentalmente, do professor, o qual deve se adaptar a esse novo paradigma,
que exige novos conhecimentos e novas práticas, obrigando a um esforço de
aprendizagem permanente.
A abordagem do “ensino de Química deve estar voltada à construção e
reconstrução de significados dos conceitos nas atividades em sala de aula”-
conforme atesta MALDANER (2003). Isso se dá por meio da inserção do aluno no
desenvolvimento de práticas experimentais, nas análises de situações cotidianas, e
ainda na busca de relações da Química com a sociedade e a tecnologia. Dessa
forma, o professor propiciará uma abordagem de ensino no contexto autêntico do
seu meio tecnológico e social.
Assim, o tripé Ciência, Tecnologia e Sociedade estará presente em sua prática, uma vez que dará condições ao aluno integrar a sua compreensão pessoal do mundo natural (conteúdo da ciência) com o mundo construído pelo homem (tecnologia) e o seu mundo social do dia-a-dia (sociedade) (SANTOS et AL., 2003, p. 59 apud Hofstein et AL., 1988).
Para atendermos às exigências e às expectativas da comunidade escolar
em relação ao ensino de Química, pode-se trabalhar com um tema específico e que
nos remeta a óleos essenciais, com um aspecto relevante e conscientização do
aluno para uma visão aos diversos campos da química e sua utilidade na sociedade.
Óleos essenciais são substâncias extraídas de plantas constituindo
matérias-primas de grande importância para as indústrias cosmética, farmacêutica e
alimentícia. Essas substâncias orgânicas, puras e extremamente potentes são
consideradas a alma da planta e são os principais componentes bioquímica de ação
terapêutica das plantas medicinais e aromáticas.
Quimicamente, em sua maioria os óleos essenciais são constituídos de
substâncias terpênicas e eventualmente de fenilpropanóides, acrescido de
moléculas menores, como alcoóis ésteres, aldeído, cetonas de cadeia curta, como
alcoóis, fenóis, ésteres, aldeídos e hidrocarbonetos havendo sempre a prevalência
de uma ou duas delas, que assim irão caracterizar os aromas. São obtidos pelos
processos de destilação a vapor, extração por solvente ou por pressão. Ainda, nem
todos os óleos essenciais possuem aroma agradável ao olfato, apesar das suas
propriedades terapêuticas.
A evolução de conhecimento técnicas sobre os óleos essenciais inicia-se
estudos de caracterização químicos, no século XVII. Atualmente, há grande número
de plantas conhecidas para a produção de óleos essenciais em bases econômicas.
O Brasil é o terceiro maior exportador de óleos essenciais do mundo, mas existem
alguns problemas a serem considerados como falta de manejo no extrativismo,
padrão de qualidade e, baixo investimento governamental, que levam ao quadro
estacionário no setor. (Enciclopédia Biosfera).
Os óleos essenciais podem ser utilizados como matéria- prima para a
síntese de compostos de alto valor comercial. Entre os principais usos dos derivados
de óleos essenciais podemos citar:
a) Fragrâncias
b) Sabões, detergentes e cremes
c) Loção e perfumes
d) Bebidas não alcoólicas
e) Sorvetes, doces, gelatinas, pudim e goma de mascar
f) Xaropes
g) Condimentos e Conservas
h) Solventes e intermediárias de síntese.
Óleo essencial é uma mistura complexa de compostos orgânicos voláteis,
com até centenas de constituintes distintos, extraídos por processo específico de
vegetais.
Em geral, a matéria-prima na extração de óleos essenciais é diversificada,
pode se utilizado qualquer vegetal que apresenta óleos voláteis odoríferos. Contudo,
o interesse comercial na extração pode ser menor ou maior conforme a planta,
assim como a parte a ser explorada. Esses mesmos óleos podem estar presentes
em diferentes partes conforme o vegetal, que pode ser desde nas flores, bem como
os botões, folhas, ramos, casca, semente, frutas, lenho, raízes e rizomas.
O Brasil destaca-se na produção mundial de óleos essenciais, mas sofre de
problemas crônicos como a falta de manutenção do padrão de qualidade dos óleos,
representatividade nacional e baixos investimentos governamentais no setor.
(Enciclopédia Biosfera).
Recentemente foi fundada ABRAPOE (Associação Brasileira de Produtores
de Óleos Essenciais) que busca, entre outros metas, colaborar na aproximação
entre os produtores e os centros de pesquisa nacionais para agregar qualidade aos
óleos. Os fatores econômicos são os únicos a governarem o setor, uma vez que o
domínio destas conversões é importante para tornar um empreendimento de cultivo
de óleos essenciais mais rentáveis, agregando-se a um produto primário através de
tecnologia química. (Enciclopédia Biosfera).
G) JUSTIFICATIVA:
No ambiente escolar, a reflexão em torno do processo de ensino e
aprendizagem da química tem despertado nos educadores questionamentos sobre
as possibilidades desta disciplina auxiliar na formação do aluno como cidadão, para
que se aproprie de conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente em
relação á sociedade que está inserido. Nesse sentido, é imprescindível que o aluno
tenha a compreensão das finalidades deste componente curricular no currículo
escolar. Assim, cabe ao professor fornecer meios para que o estudante tenha uma
aprendizagem significativa e relacione a química aprendida na escola com a química
utilizada no seu cotidiano.
Torna-se evidente, portanto, que para o cidadão efetivar a sua participação
comunitária, é necessário que disponha de informações. Tais informações são
aquelas que estão diretamente vinculadas aos problemas sociais que afetam o
cidadão, os quais exigem um posicionamento quanto ao encaminhamento de suas
soluções.
A inquietação e os questionamentos têm levado os professores a buscar
novas metodologias de ensino, uma vez que há muito que se fazer em termos
pedagógicos para que a educação química atinja seus objetivos na formação do
aluno cidadão. Dessa forma, esse projeto se justifica a partir do entendimento de
que uma das possibilidades de um processo consistente de ensino e aprendizagem
da química vai além da transmissão de conteúdos, pois é importante o aluno
perceber que os conhecimentos desta disciplina podem ajudá-lo a compreender e a
respeitar o mundo em que vive.
A importância do desenvolvimento desse trabalho justifica-se, ainda, pelo
fato de que grande parte dos alunos do ensino médio apresenta como única
preocupação a memorização dos conteúdos. Contudo minha experiência como
professora revela a necessidade de conscientizar os alunos para questões
relacionadas também os aspectos sociais.
Outra razão que faz com que o tema desse projeto seja importante é o fato
de proporcionar ao aluno a participação em diferentes atividades possibilitando o
desenvolvimento de sua capacidade de investigação, compreensão e seu espírito
crítico.
O presente projeto pretende, portanto, elucidar um pouco sobre os óleos
essenciais, sua história, seus componentes, bem como os diferentes conceitos a
eles vinculados na tentativa de alcançar os objetivos anteriormente descritos.
H) Objetivo Geral
Propiciar situações diferenciadas de aprendizagem envolvendo o tema
óleos essenciais, promovendo uma aprendizagem significativa por meio de
construção e reconstrução de conceitos químicos.
I) Desenvolvimento da Unidade Didática
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná – Superintendência da
Educação; através do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, vem
proporcionando aos professores do Estado do Paraná a oportunidade de retornarem
à Universidade adquirindo novos subsídios para desenvolver ações educacionais
sistematizadas e melhorar sua prática pedagógica.
Por meio dessa unidade didática pretende-se aprofundar os estudos sobre
os óleos essenciais com o objetivo de conhecer as principais funções que os
constituem bem como relacionar os conhecimentos químicos à realidade dos
estudantes, permitindo que os mesmos percebam a utilização dessas substâncias
nas várias situações da atuação humana compreendendo e valorizando o seu uso
social e cultural.
ETAPA – I
1- Introdução ao conceito de óleos essenciais.
Serão realizados questionamentos (por escrito) explorando o tema com o intuito de
investigar as concepções prévias dos alunos sobre o assunto, verificando também
se as estruturas, suas aplicações no cotidiano e as funções orgânicas (grupos
funcionais e estruturais) são conhecidas por eles. A seguir elencamos os
questionamentos realizados.
a) O que são óleos essenciais?
b) Como se obtém os óleos essenciais?
c) Que elementos químicos estão presentes nas estruturas dos os óleos
essenciais?
d) De onde vêm as essências que lhe conferem odor tão agradável?
e) Onde são utilizados os óleos em nosso dia-a-dia?
f) Qual a importância comercial dos óleos essenciais?
g) Você conhece a essência do perfume que você está usando?
h) Em quais tipos de produtos usam-se essências?
i) Quais essências que você tem mais contato?
j) Quais suas essências preferidas?
k) De onde você acredita que as essências são extraídas?
Após as questões terem sido respondidas serão apresentadas as estruturas de
algumas essências para que os alunos as compreendam. Isso se dará com a
utilização de cartazes (conforme ilustração a seguir) e maquetes que serão
confeccionadas com bolinhas de isopor e canudo de plástico.
Imagem: Arquivo pessoal Maria Neizi Pereira
(Estrutura da essência da laranja)
Em seguida serão formados grupos com 4 integrantes. Cada grupo
confeccionará modelos moleculares feitos com EVA representando as essências
de laranja, cravo, rosas e jasmim.
Utilização de Modelos Moleculares se baseia no artigo escrito por Lima e Lima-
Neto que comentam:
O uso de modelo moleculares no ensino da química é de grande valia para este propósito, pois apóia a visualização das ligações químicas existentes entre os núcleos atômicos que compõem uma molécula, o modo como alguns temas específicos são abordadas em sala de aula: ligações químicas, estruturas moleculares, levam o estudante a imaginar a química como uma ciência abstrata, pois muitas vezes este não consegue conceber estas idéias no espaço tridimensional, dificultando consideravelmente o aprendizado, além de transmitir o conceito errôneo de que o estudo da química é meramente decorativo. (LIMA e LIMA-NETO, 1999)
Após a realização da atividade, os alunos apresentarão os modelos construídos para
os colegas explicando como chegaram a montagem de cada estrutura e falando
sobre suas características. Num momento posterior será promovida uma discussão
relacionada às questões respondidas pelos alunos no início da atividade com o
objetivo de socializar conhecimentos e esclarecer possíveis dúvidas em relação ao
assunto.
ETAPA – II
1- Processo de obtenção de óleos essenciais será apresentado utilizando-se um
vídeo para que os alunos observem a destilação por arraste a vapor e suas
etapas além de relacionar a técnica usual com os conhecimentos vistos em sala
de aula. Após assistirem o vídeo, os alunos deverão fazer uma análise e uma
discussão para responderem as seguintes questões:
a) Por que a destilação por arraste a vapor é preferida à destilação simples
quando se trata de óleos essenciais?
b) Em que se baseia a técnica de destilação por arraste a vapor?
c) O que é a destilação por arraste a vapor superaquecida? Quais as suas
vantagens?
Disponível no site: vídeo Youtube- Webtv Cocamar- Reportagem da Rede Globo.
Criado em 23/07/2010.
ETAPA – III
1- Os alunos deverão pesquisar alguns tipos de essências e suas aplicações na
indústria de cosméticos e alimentos bem como sua importância e suas
aplicações no nosso cotidiano. A seguir, a pesquisa será apresentada em forma
de seminário, para tal, serão formadas equipes com 4 integrantes. Logo a seguir
as equipes responderão a algumas questões. As questões, que aparecem a
seguir, serão recolhidas, analisadas e avaliadas pelo professor.
α) Pesquisem sobre o perfume que usam ou que gostam sua composição,
essências envolvidas.
β) Que substâncias se encontram presentes em todas as essências?
χ) Quando surgiu o perfume?
δ) É possível fazer perfume em casa?
ε) O olfato está relacionado ao paladar?
φ) Como eles se combinam?
γ) E como a química interage em tudo isso?
η) Por que aplicamos perfume em partes específicas do corpo, como por
exemplo: no pulso, na nuca, e atrás da orelha?
ι ) As flores, as frutas possuem seus odores naturais?
ϕ) Existem alguns odores que não são perceptíveis ao olfato humano?
κ) Procure verificar, nos rótulos de perfumes, produtos alimentícios e de higiene
os aromas e aromatizantes presentes.
λ) Como o perfume chega até o nosso nariz?
µ) Por que não sentimos o gosto das coisas quando estamos gripados?
Em um momento posterior o professor apresentará algumas práticas
possibilitando ampliar conhecimentos em relação ao tema.
Exemplo de algumas práticas:
- Abrir um frasco de perfume, deixando-o assim por alguns minutos e explicar
como o aroma chega até os alunos.
– Levar alguns alimentos para serem mastigado com o nariz tapado e depois
com o nariz destapado para perceber que o olfato está ligado ao paladar.
Questionamentos serão realizados levando em conta os acontecimentos e as
atitudes dos alunos.
ETAPA – IV
Imagem: Arquivo pessoal Maria Neizi Pereira
(produção do óleo essencial da laranja)
1- Experimento realizado pelo professor (demonstrativo) cujo objetivo principal é
obter o óleo essencial por meio da destilação por arraste a vapor e a forma de
utilização para a obtenção do perfume.
Materiais
Balão de fundo redondo, manta aquecedora, condensador, Kitassato casca
de laranja.
Procedimentos:
a) Pesar 20 g de casca de laranja
b) Transferir para um balão de fundo redondo de 250 ml (A)
c) Em outro balão colocar água (B)
d) Acoplar a um condensador
A água colocada no balão é aquecida até entrar em ebulição, assim o vapor de água
passa pelo balão que contém a casca de laranja. Este vapor arraste por meio de
ligações intermoleculares as moléculas voláteis presentes na laranja. O vapor então
passará pelo condensador e será recolhido por um Kitassato.
No Kitassato estará então, a água e o óleo essencial, como estes não se misturam
(são imiscíveis) podemos passar para um funil de separação. Após um período em
repouso serão formadas duas fases então é possível separá-los com o funil de
decantação. Com a obtenção do óleo essencial se fará o fechamento do tema. Em
seguida os alunos orientados pelo professor produzirão perfume a partir da essência
(laranja) extraída na aula prática.
Procedimento:
Materiais:
Béquer 250 ml
Provetas 100 ml, 10 ml, 5 ml.
Produção do perfume
Álcool 76 ml, essência 10 ml, fixador 2 ml, propileno glicol 2 ml, água destilada 2 ml.
Procedimento
- Medir todos os reagentes em provetas de acordo com a quantidade indicada e
transferir para o béquer onde serão misturados.
- Deixar curtir no escuro por três semanas.
Após da realização do experimento farão grupos de 4 integrantes onde entregarão
um relatório com os seguintes itens:
a) Título
b) Objetivo
c) Procedimento
a) Questões para discussão
b) Conclusão
A seguir, estão apresentadas as questões para discussão:
a) Em que se baseia a técnica de destilação por arraste a vapor?
b) Com que outros odores conhecidos se assemelham o do extrato obtido?
c) A composição química do óleo essencial obtido é a mesma que a dos óleos
vegetais no comparativo? Justifique a sua resposta.
J) AVALIAÇÃO: Será processual baseada nas pesquisas realizadas pelos alunos e
no envolvimento em sala com o tema abordado, também será aplicado um
questionário para avaliar o projeto como todo.
QUESTIONÁRIO
1) O tema do projeto alcançou expectativas?
( ) Sim ( ) Não ( ) Em parte
2) As atividades desenvolvidas estavam de acordo com o tema?
( ) Sim ( ) Não ( ) Em parte
3) O tema escolhido é aplicável no seu cotidiano?
( ) Sim ( ) Não ( ) Em parte
4) A metodologia aplicada durante o projeto foi fácil de compreensão?
( ) Sim ( ) Não ( ) Em parte
5) O material didático oferecido para a elaboração das atividades foi suficiente?
( ) Sim ( ) Não ( ) Em parte
6) As atividades desenvolvidas no projeto foram agradáveis?
( ) Sim ( ) Não ( ) Em parte
7) O tempo para a realização das atividades foi suficiente?
( ) Sim ( ) Não ( ) Em parte
8) Houve dificuldades de desenvolvimento de algumas atividades?
( ) Sim ( ) Não
Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
9) As explicações para o desempenho das atividades foram suficientes?
( ) Sim ( ) Não ( ) Em parte
10) Escreva suas críticas do projeto e sugestões para a realização de um próximo.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
K) CRONOGRAMA
ATIVIDADES 2011
Fev.
Mar.
Abr. Mai.
Jun.
Jul. Ago.
Set. Out.
Nov.
Dez.
Encontro de Orientação e Formação - IES
X X X X X X X X X X X
Elaboração do projeto de Intervenção na Escola.
X X X X
Elaboração da Produção Didática Pedagógica
X X X X X X X
Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola
X X X X X
L) REFERÊNCIAS
BERNADELLI, M. S. Encantar para ensinar – um procedimento alternativo para o ensino de Química. In: Convenção Brasil Latino América, Congresso Brasileiro e Encontro de Psicoterapias Corporais. 1. 4., 6., Foz do Iguaçu. Anais. Centro Reichiano, 2004. CD-ROM.CHASSOT, A. I Para que(m) é útil o ensino de Química? Canoas: ULBRA, 2004 DIAS, S. M.: SILVA, R. B. Da. Perfumes: Uma química inesquecível. Química Nova na Escola, nº4, p.03 – 06 Novembro 1996.ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer- Goiânia Vol. 6 N.10, p.2 2010.
GUIMARAES, P. I. C., et AL. Extraindo óleos essenciais de plantas. Química Nova na Escola, nº 11 p.45 – 46 Maio 2000.LIMA, M. B., e LIMA-NETO P. de. Construção de modelos para ilustração de estruturas moleculares em aulas de química Química Nova v.22 n. 6 São Paulo Dezembro 1999. MALDANER, O.A. A formação inicial e continuada dos professores de química; professor/pesquisador, 2. ed.Ijuí. Unijuí, 2003. I.PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação, Superintendência da Educação, Diretrizes Curriculares de Química para a educação básica. Curitiba. Seed, 2008.PELT, Jean-Marie. Especiarias e ervas aromáticas: história, botânica e culinária. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. 224p.SANTOS, W. L. P. dos e SCHNETZLER, R. P. Educação em química: compromisso com a cidadania. 3. Ed. Ijuí: Ed.Unijuí, 2003.Vídeo Youtube - Webtv Cocamar- Reportagem da Rede Globo. Criado em 23/07/2010.SITE: www.copper.alembic.com/essentials. História dos óleos essenciais.