Fisiologia Da Flexibilidade

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Apresentação sobre os processos fisiológicos da Flexibilidade.

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FISIOLOGIA DA FLEXIBILIDADE Patricia Chakur Brum

pcbrum@usp.br

FISIOLOGIA DA FLEXIBILIDADE

Primeiros relatos datam de 400 anos AC (Hipócrates).

Principais atividades conhecidas: yoga, tai chi chuan, karate, dança e algumas modalidades esportivas.

Apenas na décadas de 30 e 40 começam a aparecer estudos importantes, mostrando os benefícios dos níveis flexibilidade.

Na década de 80 o treinamento de flexibilidade começa a ser preconizado para melhora da qualidade de vida e da saúde.

No final da década de 90 exercícios de flexibilidade são preconizados pela primeira vez no American College of Sports Medicine.

FISIOLOGIA DA FLEXIBILIDADE

Definição de flexibilidade e alongamento

Classificação dos tipos de alongamento

Reflexos musculares e tendinosos

Vantagens e desvantagens

Adaptações ao treinamento de flexibilidade Amplitude do movimento

Aumento dos sarcômeros em série

Alteração das isoformas de titina

Alterações nos envoltórios conjuntivos

Adaptações reflexas

FISIOLOGIA DA FLEXIBILIDADE

Definição de flexibilidade e alongamento

Classificação dos tipos de alongamento

Reflexos musculares e tendinosos

Vantagens e desvantagens

Adaptações ao treinamento de flexibilidade Amplitude do movimento

Aumento dos sarcômeros em série

Alteração das isoformas de titina

Alterações nos envoltórios conjuntivos

Adaptações reflexas

FLEXIBILIDADE

Qualidade física responsável pela execução movimentos

de amplitude máxima, dentro dos limites morfológicos,

dependente tanto da elasticidade muscular quanto da mobilidade

articular.

(Dantas E, 1999)

Fatores que influenciam a flexibilidade:

Fatores mecânicos: ossos, cápsula articular, tendões, ligamentos, músculos, gordura e pele.

Fatores endógenos: idade, sexo, individualidade biológica, respiração e concentração.

Fatores exógenos: temperatura ambiente e hora do dia.

FLEXIBILIDADE

Badaro AF, 2007

ALONGAMENTO

Forma de trabalho que visa obter melhora da

flexibilidade através da viabilização de amplitudes de arcos de

movimento superiores às originais.

(Dantas E, 1999)

FISIOLOGIA DA FLEXIBILIDADE

Definição de flexibilidade e alongamento

Classificação dos tipos de alongamento

Reflexos musculares e tendinosos

Vantagens e desvantagens

Adaptações ao treinamento de flexibilidade Amplitude do movimento

Aumento dos sarcômeros em série

Alteração das isoformas de titina

Alterações nos envoltórios conjuntivos

Adaptações reflexas

Classificação segundo o movimento:

Estático:

• Determinado pelo alcance da amplitude de movimento

articular durante algum tempo

• Realizado de forma lenta e controlada

TIPOS DE ALONGAMENTO

TIPOS DE ALONGAMENTO

Classificação segundo o agente que realiza o movimento:

Passivo:

Depende de agentes externos

•Força aplicada por outra pessoa

•Força aplicada por outro segmento corporal

•Força gravitacional

Classificação segundo o movimento:

Dinâmico

• Determinado pelo maior alcance do movimento voluntário

• Ao alcançar determinada amplitude de movimento,

retorna-se à posição inicial

TIPOS DE ALONGAMENTO

Classificação segundo o movimento:

Balístico

• Sequência de movimentos com insistências na amplitude

final do movimento

TIPOS DE ALONGAMENTO

TIPOS DE ALONGAMENTO

Classificação segundo o agente que realiza o movimento:

Ativo:

Alongamento voluntário dos músculos

• Livre

• Resistido

(Facilitação neuromuscular proprioceptiva - FNP)

FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA (FNP)

Envolve um padrão de contração e relaxamento alternados dos

músculos agonistas e antagonistas com finalidade de inibir o

reflexo miotático e ativar o reflexo miotático inverso.

FISIOLOGIA DA FLEXIBILIDADE

Definição de flexibilidade e alongamento

Classificação dos tipos de alongamento

Reflexos musculares e tendinosos

Vantagens e desvantagens

Adaptações ao treinamento de flexibilidade Amplitude do movimento

Aumento dos sarcômeros em série

Alteração das isoformas de titina

Alterações nos envoltórios conjuntivos

Adaptações reflexas

Reflexo Miotático/Estiramento

Vias aferentes: fibras Ia e II

Centro Integrador: Medula

Vias eferentes: motoneurônio e motoneurônio

Resposta desencadeada: contração do agonista e relaxamento do antagonista

Fusos neuro-musculares

Reflexo Miotático Inverso

Vias aferentes: fibras Ib

Centro integrador: Medula

Vias eferentes: motoneurônio

Resposta desencadeada: inibição agonista e ativação do antagonista

Orgãos Tendinosos de Golgi

Bagrichevisky M, 2002

O músculo é estirado lenta e voluntariamente permanecendo por mais

de 5 segundos

Os fusos neuromusculares são

estirados e ativam fibras aferentes Ia e II

O MNα envia comando motor ao músculo

(contração do agonista e

relaxamento do antagonista)

Aumenta a resistência ao alongamemto

Amplitude muscular

alcançada não é a maior possivel

Alongamento Estático/Passivo

Bagrichevisky M, 2002

O músculo é estirado rapidamente até determinado comprimento, retornando em seguida ao tamanho original

Os fusos neuromusculares são

estirados e ativam fibras aferentes Ia

O MNα envia comando motor ao músculo

Aumenta a resistência ao alongamemto

Amplitude muscular

alcançada não é a maior possivel

Alongamento Dinâmico/Ativo

Livre

Elevados níveis de tensão gerados nas fibras não ativam fibras Ib (OTG)

Bagrichevisky M, 2002

O músculo é estirado lenta e passivamente até o comprimento no

qual e mantido por mais de 5s

Os FNMs são estirados e ativam fibras aferentes Ia e II

O MNα envia comando motor (contração do agonista e

relax. do antagonista)

Aumenta a resistência ao alongamemto

Contração isométrica contra a força externa

Alongamento FNP ou ativo com

resistência

A tensão muscular resulta na ativação das fibras Ib

(OTG)

Comando motor promove relaxamento do musculo

agonista

Novo alongamento com ajuda da força externa

A amplitude de movimento atingida é maior do que com

outras técnicas

FISIOLOGIA DA FLEXIBILIDADE

Definição de flexibilidade e alongamento

Classificação dos tipos de alongamento

Reflexos musculares e tendinosos

Vantagens e desvantagens

Adaptações ao treinamento de flexibilidade Amplitude do movimento

Aumento dos sarcômeros em série

Alteração das isoformas de titina

Alterações nos envoltórios conjuntivos

Adaptações reflexas

Vantagens Desvantagens

Estático/Passivo

Baixo risco de lesão. Ativação do reflexo miotático

Melhor efeito na amplitude muscular

Não reflete algumas habilidades esportivas e atividades da vida diária

Dinâmico/Ativo Livre

Aumento do aporte sanguíneo, importante no aquecimento.

Melhora independência de movimento, importante para algumas modalidades.

Possibilidade de lesão em amplitudes máxima do movimento,

(não ativa reflexo miotático inverso – OTG)

Balístico Pode ser importantes para melhorar a performance em alguns esportes.

Grande possibilidade de lesão MUITO CUIDADO, atualmente só

recomendado em algumas situações especiais!!

FNP Melhora a flexibilidade mais rapidamente, devido ativação do s OTG e reflexo miotático inverso . Utilizado em

reabilitação (encurtamento)

Deve ser feito com ajuda de uma pessoa que conheça a técnica para evitar lesões . Não é indicado para indivíduos com lesões

por estiramento ou hipermobilidade

FISIOLOGIA DA FLEXIBILIDADE

Definição de flexibilidade e alongamento

Classificação dos tipos de alongamento

Reflexos musculares e tendinosos

Vantagens e desvantagens

Adaptações ao treinamento de flexibilidade Amplitude do movimento

Aumento dos sarcômeros em série

Alteração das isoformas de titina

Alterações nos envoltórios conjuntivos

Adaptações reflexas

Melhora da Amplitude de Movimento

(Voigt L. et al, 2008)

Análise da amplitude articular do movimento de flexão do quadril (FQ) * p < 0,05, pré vs pós teste. 91 indivíduos saudáveis: G1 = 1 repetição de 10 segundos de Flexão de Quadril G3 = 3 repetições de 10 segundos de Flexão do Quadril GC = grupo controle

FISIOLOGIA DA FLEXIBILIDADE

Definição de flexibilidade e alongamento

Classificação dos tipos de alongamento

Reflexos musculares e tendinosos

Vantagens e desvantagens

Adaptações ao treinamento de flexibilidade Amplitude do movimento

Aumento dos sarcômeros em série

Alteração das isoformas de titina

Alterações nos envoltórios conjuntivos

Adaptações reflexas

Aumento dos sarcômeros em série

(Willians PE, 1990)

Efeito do alongamento intermitente (1/4h, 1/2h, 1he 2hs) nos sarcômeros em série de animais imobilizados em encurtamento.

Aumento no comprimento muscular

Qual mecanismo esta envolvido no aumento dos sarcômeros em série?

Mecanismos de aumento dos sarcômeros em série

Deyne P G, 2001

Mecanismos de aumento dos sarcômeros em série

Deyne P G, 2001

Adição de sarcomêros em série

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Definição de flexibilidade e alongamento

Classificação dos tipos de alongamento

Reflexos musculares e tendinosos

Vantagens e desvantagens

Adaptações ao treinamento de flexibilidade Amplitude do movimento

Aumento dos sarcômeros em série

Alteração das isoformas de titina

Alterações nos envoltórios conjuntivos

Adaptações reflexas

Titina

(Trinick J, 2010)

Aproximadamente 10% da massa de miofibrila;

1µm de comprimento

Rica em aminoácidos

Estrutura em espiral

Diferentes isoformas

Alterações nas isoformas de titina

Avaliação das isoformas de titina em coelhos adultos:

Diferentes músculos - diferentes isoformas de titina

Diferentes isosformas de titina - diferentes comprimento muscular ao repouso

Provavelmente o treinamento de flexibilidade altera a expressão gênica das isoformas de titina.

Adutor Magno

Latíssimo do dorso

Sóleo

Semitendinoso

Psoas Sartório

Wang et al, 1991

FISIOLOGIA DA FLEXIBILIDADE

Definição de flexibilidade e alongamento

Classificação dos tipos de alongamento

Reflexos musculares e tendinosos

Vantagens e desvantagens

Adaptações ao treinamento de flexibilidade Amplitude do movimento

Aumento dos sarcômeros em série

Alteração das isoformas de titina

Alterações nos envoltórios conjuntivos

Adaptações reflexas

Alterações nos envoltórios conjuntivos

Unidade músculo-tendão

Tendão

Fáscia Muscular

Epimísio

Perimísio

Endomísio

Baixa capacidade de distensão Alta viscosidade

Alterações nos envoltórios conjuntivos

Efeito do alongamento passivo na rigidez dos tecidos conjuntivos do tornozelo

Nakamura M, 2011

Alterações nos envoltórios conjuntivos

Kubo et al, 2002

Efeito do treinamento de flexibilidade na flexão plantar

Envelhecimento promove aumento da rigidez e viscosidade dos tecidos conjuntivos

FISIOLOGIA DA FLEXIBILIDADE

Definição de flexibilidade e alongamento

Classificação dos tipos de alongamento

Reflexos musculares e tendinosos

Vantagens e desvantagens

Adaptações ao treinamento de flexibilidade Amplitude do movimento

Aumento dos sarcômeros em série

Alteração das isoformas de titina

Alterações nos envoltórios conjuntivos

Adaptações reflexas

Adaptações reflexas

O treinamento de flexibilidade aumenta o limiar de ativação dos reflexos: Os fusos neuromusculares serão ativados com maior

amplitude de movimento (maior estiramento muscular).

Os orgãos tendinosos de golgi serão ativados com maior tensão gerada.

Aumenta a latência

Para pensar...

Alongamento aquece?

Qual a melhor hora de alongar?

Alongamento antes ou depois da atividade evita lesões?

Alongamento antes melhora o desempenho ?

Treinamento de força diminui a flexibilidade?

Quem deve melhorar a flexibilidade?

Obrigada! pcbrum@usp.br