FLG 0386-Regionalização do Espaço Brasileiro Profa. Dra. Rita de Cássia Ariza da Cruz...

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FLG 0386-Regionalização do Espaço BrasileiroProfa. Dra. Rita de Cássia Ariza da Cruz

DG/FFLCH/USP

“...o poder dos fluxos é mais importante que os fluxos do poder”

Manuel Castells (1999)

Redes constituem a nova morfologia social de nossas sociedades , e a difusão da lógica de redes modifica de forma substancial a operação e os resultados dos processos produtivos e de experiência, poder e cultura. (1999: 497)

Castells define rede como sendo “um conjunto de nós interconectados”, sendo o nó “o ponto no qual uma curva se entrecorta”.Segundo o autor, “o que um nó é depende do tipo de redes concretas de que falamos” (1999: 498).

Para Lobato Corrêa (2001), a rede geográfica é “um conjunto de

localizações geográfica interconectadas”

Segundo Haesbaert, o conceito de rede nasce com o capitalismo e, ao longo do tempo, a sociedade moderna foi-se tornando cada vez mais “resificada” ou reticulada...(2002: 122).

Para Corrêa, todavia, as redes já existiam nos circuitos de troca de presentes das comunidades primitivas, assim como na organização espacial centralizada pela cidade cerimonial e suas aldeias tributárias e na organização comercial dos centros do mundo mediterrâneo (Corrêa: 2001, 107-8).

Uma das características do mundo atual é a exigência de fluidez para a circulação de idéias, mensagens, produtos ou dinheiro... A fluidez contemporânea é baseada nas redes técnicas, que são um dos suportes da competitividade. (Santos, 1996: 218).

Dimensão organizacional Dimensão temporal Dimensão espacial

* Compreendidas estas nas suas articulações

Agentes sociais Origem Natureza dos fluxos Função Finalidade Existência Construção Formalização Organicidade

Duração Velocidade dos fluxos Frequência

Escala Forma espacial Conexão

Fonte: www.transportes.gov.br

www.turismo.gov.br

Fonte: www.ons.org.br

Fonte: SILVA E TOLEDO JÚNIOR, 2010.

“...a relação entre redes e territórios é permanente e indissociável.” (Haesbaert, 2002: 133)

“...a estrutura social em rede pode atuar como um elemento fortalecedor do território (vide as redes de infra-estrutura no interior de um Estado-nação)...” (Haesbaert, 2002: 132)

“...novas concepções, como as de territórios-rede e de redes regionais indicam não a simples superação de antigas realidades (que em muitos casos ainda permanecem) e dos conceitos que procuravam traduzí-las, mas a emergência concomitante de situações mais complexas e, em parte, ambivalentes (BAUMAN, 1999 apud HAESBAERT, 2002), em que o controle e os enraizamentos convivem numa mesma unidade com a mobilidade, a fluidez e os desenraizamentos. (Haesbaert, 2002: 137)

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede.SP: Paz e Terra, 1999.

CORRÊA, Roberto L. Trajetórias geográficas.RJ: Bertrand Brasil, 1999.

HAESBAERT, Rogério. Territórios alternativos. SP/RJ: Contexto/EdUFF, 2002.

SANTOS, Milton. A natureza do espaço. SP: Hucitec, 1996.

SILVA. Felipe S. da & TOLEDO JÚNIOR, Rubens de.Lógicas territoriais das redes de telefonia móvel no Brasil. In: Anais do XVI Encontro Nacional de Geógrafos. Porto Alegre, 2010.