Post on 19-Jan-2016
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FRATURA DE FÊMUR PROXIMAL NO IDOSO
Profª. Leopoldina Milanez
Serviço de Ortopedia-Traumatologia
HU / UFMA
O envelhecimento é um processo gradual, progressivo e variável, com perda das reservas funcionais.
Alterações morfológicas, bioquímicas, fisiológicas e psicológicas, tornando os indivíduos mais propensos a adoecer e com mais chances de morte.
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Relembrando o fêmur proximal...
Vascularização e arquitetura trabecular do fêmur proximal
Índice de Singh
Grau VI:- todos grupos trabeculares visíveis Grau V:- Trabeculares principais tênsil e compressivo acentuado - Triângulo de Ward proeminenteGrau IV:- Trabéculas pricipais tênseis reduzidas, mas presentes Grau III:- Quebra nas trabéculas tênseis principais opostas ao trocanter maior - osteoporose definitiva;Grau II:- Trabéculas compressivas principais se destacam mas ainda presentes tênseis secundárias Grau I:- Apenas compressivas principais
ARTIGO ORIGINAL Singh M, Nagrath AR, Maini PS. Changes in trabecular pattern of the upper end of the femur as an index of osteoporosis. J Bone Joint Surg Am 1970;52:457 467
Epidemiologia
São as mais graves fraturas no idoso Altos índices de morbidade e mortalidade 5/1000 pessoas entre 70-74 anos de idade 9 em cada 10 fraturas ocorrem acima dos 65
anos de idade Apenas 50% dos pacientes recuperam a
atividade funcional prévia e a qualidade de vida (SERNBO; JOHNELL, 1993).
A taxa de mortalidade no primeiro ano após sua ocorrência varia de 20 a 30%(KANIS et al., 2003).
Epidemiologia
32 idosos são internados por dia em SP devido a fratura de fêmur. Somente em 2011, foram realizadas 11.631 internações, das quais 7.973 (68,5%) foram de mulheres.2
Comparado com o ano de 2001, quando foram notificadas 6.830 internações, em dez anos houve um aumento superior a 70% no número de idosos que sofreram fraturas de fêmur. Já em relação ao número de óbitos, o aumento registrado em dez anos foi de 86%, passando de 331 em 2001 para 617 mortes em 2011.
(Fonte: Secretaria de Estado da Saúde – São Paulo)
Mecanismo da fratura
Quadro clínico
Dor Limitação funcional Encurtamento e rotação externa do MI
Divisão anatômica das fraturas do fêmur proximal no idoso
FRATURAS DO COLO DO FÊMUR – classificação quanto a localização
Quanto ao desvio - Classificação de Garden
Tipo I – Impactada em valgo Tipo II – Completa sem desvios Tipo III – Completa com desvio em varo Tipo IV – Completa soltura da cabeça
femoral
Classificação de Garden
Tratamento e complicações Conservador Cirúrgico - Osteossíntese - Artroplastia Complicações: - Necrose asséptica - Pseudartrose
Osteossíntese
Artroplastia
FRATURAS TRANSTROCANTÉRICAS DO FÊMUR
Ocorrem ao longo de uma linha entre o grande e o pequeno trocânter
São extracapsulares, às vezes com cominução variável, nem sempre estáveis.
Ocorrem nos indivíduos idosos com osteoporose e em traumatismo moderado ou mínimo.
Elevada morbidade e mortalidade Incidência maior no sexo feminino Mais freqüentes do que as fraturas do colo
femoral (intracapsulares) e ocorrendo mais precocemente que estas.
FRATURAS TRANSTROCANTÉRICAS DO FÊMUR
São divididas em estáveis e instáveis. As instáveis são aquelas com
obliqüidade inversa ou com cominução das corticais posterior e medial.
Classificação de Tronzo
Tipo 1: Incompleta Tipo 2: Não cominuída, com ou sem desvio, ambos
trocânteres Tipo 3: Cominuída. Grande fgto peq trocanter.
Parede posterior acometida Tipo 4: Parede posterior acometida Tipo 5: Reversa
Tratamento
Cirúrgico!! Dois sistemas de fixação mais usados:
sínteses extra-medulares (DHS – Dinamic Hip Screw) e sínteses intra-medulares (PFN – Proximal Femoral Nail)
Tratamento - PFN
Tratamento - DHS
Tratamento - DHS
Complicações
Varismo Quebra do material Pseudartrose Necrose