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3SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2013 A GAZETA
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PDU: REGRAS NA CIDADEO QUE OS MORADORESQUEREM VER EM VITÓRIAMais vagas e prédios menores nos bairros são alguns pedidos
CARLA SÁcarla.sa@redegazeta.com.br
Já começaram as discus-sõesparaarevisãoeaatua-lizaçãodoPlanoDiretorUr-bano (PDU) de Vitória. To-do o processo dura mais deumanoemeio.Aúltimavezem que isso aconteceu foiem 2006, e de lá para cá acidadecresceu,assimcomoas reivindicações e necessi-dades dos bairros muda-ram.AGAZETAouviuoquequeremosmoradoresdeal-gumascomunidadesdaCa-pital para esse novo PDU.
Entre as questões levan-tadas pela população naPraia do Canto, em JardimCamburi, em Bento Ferrei-ra, no Centro e no ParqueMoscoso estão principal-mente a preocupação comaalturadosprédios,comasvagas de estacionamento ecomaexpansãoeorganiza-ção das áreas de comércio.
Comgrandeconcentra-çãodelojas,restauranteseestabelecimentosdeservi-ços,aPraiadoCantohojeéconsiderada um shoppingaberto. Mas, até algumtempoatrás, o local eraes-sencialmente residencial,e os moradores não que-rem que as casas percamainda mais espaço.
“Hoje, temos um fluxomuito intenso. Porém, oidealéqueissonãoaumen-te, porque senão a regiãovai acabar virando umbairro comercial”, reclamaopresidentedaAssociaçãode Moradores da Praia doCanto, Márcio Esteves.
Por isso, um dos pedidosda associação é que seja
CARLOS ALBERTO SILVA
Escassez de vagasA dificuldade emencontrar locaispara estacionarpreocupa LucianaDalla Bernardina,moradora dobairro Praia doCanto hásete anos,
“Tem quehaver umlimite paraa altura dosprédios, maso problemamesmo é anecessidadede vagasparaestacionar”—LUCIANA DALLABERNARDINAAdministradorade empresas
mantida a medida que en-trou no PDU de 2006 e queprevê que nenhuma árearesidencial possa ser trans-formada em comercial.
Além disso, a falta devagas para estacionamen-to é um grave problema.“Queremos que nenhumprédio que venha a serconstruído tenha menosde duas vagas de garagempor apartamento”, dizMárcio Esteves.
CRESCIMENTOEm Jardim Camburi,
bairro mais populoso da
cidade, a preocupaçãomaiorécomocrescimentodesordenado do númerode construções, que na re-gião é alto por ser um dospoucos locais de Vitóriaem que há terrenos paraconstruir.
“É preciso haver umconsenso sobre o númerode andares e a quantidadede prédios para que nãohajaumaexplosãopopula-cional que comprometa aqualidade de vida”, alertaopresidentedaAssociaçãoComunitária de JardimCamburi, Anael Parente.
ENTENDA
PDUt O que é
Lei municipal que regulao uso e a ocupação nacidade de acordo com acapacidade geográfica ede infraestrutura. Temcomo objetivo preservaros recursos naturais; opatrimônio de interesseshistórico, arquitetônico,cultural, e os principaismarcos da paisagemurbana. O PDU é formadopelos códigos de Obras ede Postura e pela Lei deParcelamento de Solo
Populaçãot Participação
O conselho do PDU écomposto por oitorepresentantes do poderpúblico, oito da sociedadecivil e oito moradores(um de cada regional).A população também éconvocada em audiênciaspúblicas para participar dasdecisões sobre os projetos
O QUE QUEREM AS COMUNIDADES
Praia do Cantot Comércio
Os moradores queremque seja mantida adeterminação de que asáreas residenciais nãosejam revertidaspara comerciais
t PavimentosA diminuição do gabaritopermitido é umareivindicação. O pedido épor prédios menores, com20 metros e seis andares
t GaragensDevido à escassez de
vagas na rua, o idealseria que os prédiosconstruídos a partir deagora tivessem duasvagas por apartamento
t EstacionamentoJá os estabelecimentoscomerciais precisariamcontar necessariamentecom estacionamento
Jardim Camburit Prédios
Por ser um bairro queainda cresce muito,moradores querem uma
regularização rígida sobreas regras e as medidaspara construção de prédiose a altura permitida
t FluxoO aumento do fluxo depessoas e carros nasruas, fruto da atividadedo comércio e da maiorquantidade de prédios, éuma preocupação dosmoradores. Eles pedemmedidas visando amelhorar a mobilidadeurbana e a diminuirveículos nas ruas
REPORTAGEM ESPECIAL
Documento:AG14CACI003;Página:1;Formato:(274.11 x 381.00 mm);Chapa:Composto;Data:13 de Sep de 2013 20:35:22
4 CIDADESA GAZETA SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2013
REPORTAGEM ESPECIALDISCUSSÕES PARA NOVO PDU
No Centro, associações pedemocupação de prédios abandonadosQuem vive na regiãoquer área revitalizada emais bonita, incluindomarquises padronizadas
DANIELLA ZANOTTIdzanotti@redegazeta.com.br
Um Centro de Vitória maisbonito e que valoriza a his-tória. Esse é o desejo dosmoradores para o bairro.Eles propõem medidas co-mo a padronização dasmarquises no comércio e areformaeocupaçãodepré-diosqueestãohojeabando-nados pelo poder público.
ParaopresidentedaAs-sociação de Moradores doParque Moscoso, JorgeBernardino, o Plano Dire-tor Urbano (PDU) poderiacriar mecanismos para re-vitalizar e dar um novo as-pecto visual para a região.
“Um instrumento seria aisenção de taxas para quemoradores de casarios comfachadas históricas refor-massem suas moradias. Aprefeitura poderia custear areformadascalçadasnoslo-caiscontempladospelopro-jeto Visitar, que é o trajetopara conhecer os monu-mentos históricos”, opina.
Ele acrescenta que o Có-digo de Posturas, que com-põeoPDU,poderiapreveraretiradadetodasasmarqui-sesdecomérciosdaAvenidaJerônimo Monteiro para avalorização das fachadashistóricas.
Uma mudança sugeridapelopresidentedaAssocia-ção de Moradores do Cen-tro Histórico, José IrineuFerreira, é a reforma dosprédios abandonados. “Ogoverno poderia vender àiniciativa privada prédioscomooantigoINSS(regiãodaRuaGeneralOsório)pa-ra construção de edifíciosresidenciais com garagensouparareadequá-losapro-jetos de habitação como o‘Morar no Centro’.”
HELÔ SANT’ANA/ARQUIVO
O antigo prédio do INSS, perto do Porto de Vitória, seria um a ser reformado, diz presidente de associação local
Bento Ferreira quernúcleos de comércio
Com forte característicaresidencial, Bento Ferrei-raganhouprédiosmaisal-tos nos últimos tempos. Ocrescimentoatrai tambémo comércio, mas os mora-dores esperam que o PDUpossa limitarachegadadede lojas e serviços na co-munidade por temerem oaumento desenfreado dofluxo de pessoas e carros.
“O ideal seria determi-nar algumas ruas específi-cas para serem áreas co-merciais e deixar as de-mais somente com casas econdomínios”, defende opresidente da Associaçãode Moradores de Bento
Ferreira, Evandro Fernan-des da Cruz.
A medida serviria, in-clusive, para agênciasbancáriasafimdequeare-gião tenhaumamovimen-tação regulada dentro dobairro.“OqueagentequeréevitarqueBentoFerreiraperca a característica delugar residencial e fiqueinsuportável, com muitomovimento”, Evandro.
O número de andarespermitidoporprédioéou-tro ponto de discussão pa-ra a localidade, mas a as-sociação aguarda a pro-posta que virá da prefeitu-ra para avaliação.
O QUE QUEREM AS COMUNIDADES
Conselheiros do PDU pedem foco no pedestreUm dos pontos princi-
paisdadiscussãodoPlanoDiretor Urbano (PDU) deVitória será a mobilidadeurbana. Conselheiros doPDU que representam asociedade civil defendema humanização da cidade,com o foco no pedestre.
O engenheiro e empre-
sárioLuizCarlosMenezesfaz parte do conselho eacredita que a qualidadede vida nas cidades não éprejudicada pela densi-dade de moradores, maspela grande quantidadedecarros.Emsuaopinião,onovoPDUdevepriorizara construção de ruas para
pedestres, calçadas maislargas, além de ciclovias eciclofaixas para estimularo uso da bicicleta.
“O PDU atual, ao au-mentar em 40% as exigên-cias de estacionamentonos edifícios comerciais,abriu mais espaço para oscarros, agravando o pro-
blema do tráfego. Está nahora de reverter paradig-mas e valorizar mais aspessoas do que os carros.Podemos nos inspirar nascidades europeias, quedeixaram as vias arteriaispara os carros e privilegia-ramopedestrenasdemais,comalargamentodecalça-
das”, diz o engenheiro.Tambémconselheirodo
PDU, o arquiteto AugustoAlvarenga concorda que énecessário tirar o foco noscarros e acrescenta ser im-portante a cidade incenti-var empreendimentos deuso misto. “É necessáriocriar incentivos de poten-ciais construtivos paraprojetos que unam habita-çãoecomércio”,defendeo
arquiteto. Segundo Alva-renga, com a expansãoimobiliária em JardimCamburi,obairropassouater muitos condomínios epoucos estabelecimentoscomerciais. “Éprecisobus-car o equilíbrio e incenti-var a instalação de farmá-cias, padarias e pequenoscomércios. O morador ho-je pega o carro para com-prar pão”, afirma.
Centro de Vitóriae Parque Moscoso
t MarquisesPadronizaçãodas marquises nocomércio da AvenidaJerônimo Monteiro
t Prédios residenciaisReforma e ocupação deprédios abandonados dopoder público. O governopoderia reformá-los paraprojetos de habitaçãocomo o “Morar noCentro” ou passar àiniciativa privada amissão de construirnovos edifíciosresidenciais comgaragens no subsolo
t ReformasEstimular o morador deimóveis históricos areformar e morar nos
locais em vez de apenasexplorar um dos andarescomercialmente. Alémdisso, pede-se isençãode taxas para reformase revitalização dosespaços
t CalçadasDeveriam ser alargadase reformadas
Bento Ferreirat Comércio
Além de uma limitaçãomais rígida para onúmero de andares porconstrução, há umademanda pela escolhade algumas ruaspara receberemlojas e serviços,transformando-se emáreas comerciaisespecíficas
NECESSIDADES
“O Centro precisa deincentivos para ainstalação desupermercados e hotéis.Prédios abandonadosprecisam de reforma”JOSÉ IRINEU FERREIRAPRESIDENTE DAASSOCIAÇÃO DEMORADORES DO CENTRO
“As marquises daAvenida JerônimoMonteiro precisamser retiradas.Elas são feias edesvalorizam a região”JORGE BERNARDINOPRESIDENTE DAASSOCIAÇÃO DO PARQUEMOSCOSO
DiscussõesdoPDUvãoaté2015 »LKnKIKV hn ¾`hnhf
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Documento:AG14CACI004;Página:1;Formato:(274.11 x 381.00 mm);Chapa:Composto;Data:13 de Sep de 2013 22:40:11