Gerenciamento Ambiental Na Indústria Moveleira – Estudo de Caso No

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gerenciamento ambiental de resíduos industriais em empresas moveleiras.

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XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produo - Ouro Preto, MG, Brasil,21 a 24de out de 2003 ENEGEP 2003ABEPRO1 Gerenciamento ambiental na indstria moveleira estudo de caso no municpio de Bento Gonalves Vania Elizabete Schneider (Universidade de Caxias do Sul - UCS)veschnei@ucs.br verton Hillig (UCS)ehillig@ucs.br Eloide Teresa Pavoni (UCS)etpavoni@ucs.br Maicon Roberto Rizzon (UCS)mrrizzon@ucs.br Luis Alberto Bertotto Filho (UCS)labertof@ucs.br Resumo Estetrabalhoobjetivaapresentarosresultadosdeumapesquisarealizadajunto indstriamoveleiradeBentoGonalves,aqualrepresenta45%daproduodemveisdo RioGrandedoSul.Osdadosfundamentam-senumdiagnsticoambientalrealizadoem26 empresas, em que foram quantificados os resduos gerados, sua destinao, situao quanto aogerenciamentoelicenasambientais,sistemadepinturautilizadoeimplantaodeSistemasdeGerenciamentoAmbiental,visandoanalisarasituaogeraldasempresasnos aspectoscontempladoseapreocupaocomasustentabilidadedoseto.rSodiscutidas ainda medidas mitigadoras de impactos ambientais e perspectivas de retorno dos resduos ao ciclo produtivo. Palavras chave: Gesto de Resduos, Indstria Moveleira, Diagnstico Ambiental. 1. Introduo A preservao ambiental uma temtica atual e emergente que requer o envolvimento eaparticipaodetodosossegmentosdasociedadecivilbemcomodecadacidadoem particular.Agestoambientaldentrodestecontextoapresenta-secomoumaalternativaque vemdeencontrocominteressesscio-econmicosenvolvendocadavezmaisosegmento empresarial.Aminimizaodeimpactosambientaisassociadaminimizaodecusto, recuperaodematriasprimaseenergiaprojetamumfuturoemqueosinteressesda sociedade se associam no sentido de preservar a qualidade ambiental para as atuais e futuras geraes.Odesenvolvimentosustentvel desponta como um objetivo global a ser alcanado racionalizando-seousodosrecursosnaturais.Aatividadeindustrial,pormuitotempotida como impactante comea a despontar para um cenrio de alternativas racionais de gesto, em queavarivelambientalinsere-sesemcontudofrearoseudesenvolvimentoesuaprpria sustentabilidade Dentrodestecontexto,segundoDONAIRE(1999),asempresasvmintegrandoem suasestratgiasaproteoeconservaoambiental,tornando-seestasvariveisoufatores direcionadores de todas as outras estratgias.Alguns fatores tm sido importantes nestes direcionamentos pelas empresas, como os fatores coercitivos (regulaes, multas, barreiras comerciais no tarifrias, presses externas, etc.)quelevamaumaaoreativa,eosfatoreseconmicos,ondeacompetitividadesed tambmpelapreservaoeconscientizaoambiental(responsabilidadesocialetica)que levam a uma ao pr-ativa. XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produo - Ouro Preto, MG, Brasil,21 a 24de out de 2003 ENEGEP 2003ABEPRO2 A gesto ambiental pode levar a um resgate da responsabilidade subjacente aplicao desoluesquecontenhamcrescentediferenciaotecnolgica,nodesafiodapreservao ambiental. Isto pode dar-se com reduo de custos com material, gua, energia, tratamento e disposioderesduos,custosjuntoaosrgosreguladores,satisfaodosconsumidorese, como conseqncia, aumento da competitividade.Relativamenteaosresduosslidos,areduonaorigemdeterminanteparaa eficinciadosistemadegesto.Poroutrolado,areutilizaoeareciclagem,bemcomoa recuperao de matria e energia agregados aos resduos podem trazer benefcios ambientais e econmicos. Osaspectosnormativosparaagestoambientalnumasociedadeglobalizada incentivam a minimizao e a no gerao de resduos. Estes tambm so aspectos adotados para a implantao de sistema de gerenciamento ambiental (SGA). Outros princpios bsicos que orientam um SGA so a definio da poltica ambiental quedeveestardisponvelaopblico,oplanejamento,aimplantao,amediaoea coordenao das aes corretivas e preventivas. O planejamento de grande importncia para aformadeimplementaodeSGAedeveidentificarosaspectosambientaisquesoos elementos da atividade empresarial que podem interagir com o meio. As modificaes que os impactosambientaispodemprovocarnomeioambiente,servemdebaseparaadefinioe objetivos do SGA. De acordo com ALMEIDA (2002), estes aspectos so relevantes para avaliar o grau de envolvimentodasempresascomodesenvolvimentosustentvel,bemcomoparaanalisar-se os ganhos obtidos com as modificaes feitas.Asempresasnecessitam,noentanto,ir alm da preveno da poluio, atentando tambm para os impactos ambientais relacionados comociclodevidadoproduto.Oprincpiodadescargazero,areduodoconsumode materiais e de gerao de resduos exige mudanas fundamentais nos produtos e processos.Oprojetovoltadoparaomeioambiente,DesignforEnvironmentDFE,uma importanteferramentaparaacriaodeprodutosdemaisfcilrecuperao,reutilizaoou reciclagem,umavezquetodososefeitospotenciaisdoprodutosobreoambienteso examinados durante a fase de projeto (SERRA, 2000). 2.A Cadeia produtiva madeira e mveis SegundoaAbimvel(2001),houveumconsidervelaumentonasexportaesdo setormoveleirobrasileiroemfunododesenvolvimentodacapacidadedeproduoe melhorianaqualidadedosprodutos.NosltimostrsanosoRioGrandedoSulvem ocupandoosegundolugarnocenrionacional,representandoaproximadamente20%da produonacional,comumfaturamentonoanode2000deR$1,65bilhes(2%doPIB gacho),ecomumaexportaodeUS$160milhes(31%dototalnacional),sendoos Estados Unidos os principais importadores. Conforme ROESE (2000), embora no conjunto da indstriadetransformaoaparticipaodosetorsejamodesta,ofatodeconstituirplos regionaisfazcomqueassumagrandeimportnciaemdeterminadasregies.Noestado,a indstria est concentrada na regio da serra com um plo em Bento Gonalves, responsvel por 45% da produo estadual. 2.1. Matrias-primas As Florestas nativase plantadas, a madeira industrializada, o MDF, os aglomerados, e placasdurasparamveissoasprincipaismatrias-primasutilizadaspelaindstria moveleira.AproduoatualdemadeiranoBrasilrepresentacercadeUS$2,5bilhes/ano, com4,6milhesdehectaresdeflorestasplantadas,amaiorialocalizadanosestadosdo XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produo - Ouro Preto, MG, Brasil,21 a 24de out de 2003 ENEGEP 2003ABEPRO3 Paran, So Paulo, Minas Gerais e Esprito Santo, sendo que as reas de reflorestamento so constitudas principalmente por eucalipto e pinus com larga utilizao pelo setor moveleiro.Aproduodemadeiraaglomerada,quefoide494milmem1990,aumentoupara 1.313milmem1998,oquesignificouumincrementomdiode13%aoano.Osplos moveleiros so os principais mercados consumidores de aglomerados, posto que entre 80% e 90% do volume produzido destinado fabricao de mveis. A maior parcela da produo nacionalabsorvidadiretamentepelaindstriamoveleira.Umvolumemenor comercializado pelas revendas e destinado ao setor moveleiro de pequeno porte.No Brasil, a madeira, uma das principais matrias-primas utilizada para a produo de painis de aglomerado, provm, em sua totalidade, de florestas plantadas. As empresas Placas do Paran, Tafisa e Berneck utilizam 100% de pinus na fabricao de painis de aglomerado; a Eucatex utiliza 100% de eucalipto, enquanto Duratex e Satipel combinam pinus e eucalipto em propores variadas.Os investimentos que esto sendo feitos pelas empresas produtoras de aglomerados, de MDF,deferragenseacessrios,derevestimentos,tintasevernizes,bemcomoos investimentosdasprpriasindstriasmoveleiraspermitemafirmarqueondicede crescimentoanualdosetordeplacasdemadeirasermantidoeatmesmoampliadonesta dcada. Por outro lado, a falta de informaes sobre a caracterizao e quantidade de resduos demadeiraedeoutrosresduosgeradosnaindstriamoveleiranopossibilitaindicar modelos de gesto destes resduos. Conforme a RADIOBRAS (1997), os resduos resultantes dasatividadesdetransformaodamadeiraslidaemprodutosacabadosemmuitoscasos tmsidotradicionalmentedesperdiados,constituindoumestorvoparaofabricante.Muitas empresaspromovemaqueimaemfornos como forma de reduzir o volume do material a ser eliminado.Ouaindaparageraodeenergia,atravsdacombusto.Estetipode aproveitamento,entretanto,emboratenhabenefciossociais,agregapoucovaloraoproduto final. 2.2.A Indstria moveleira e a gerao de resduos Aindstriabrasileirademveisformadapor13.500micro,pequenasemdias empresas,decapitalnacionallocalizadasemsuamaiorianaregiocentro-suldopas, constituindoplosmoveleiros,aexemplodeBentoGonalves-RS.Osetortemgrande representatividade na economia do pas com uma participao de 7% na indstria brasileira.Apesardodestaquedosetormoveleironocenrioindustrialbrasileiro,melhoriasna gestoambientalpoderorepresentarnoapenasasustentabilidadedosmercados conquistados, mas novos ganhos de competitividade, atravs de tcnicas como racionalizao dousodematrias-primas,reaproveitamentoereciclagemderesduos.Abuscade recuperao das fatias de mercado perdidas, portanto, poderia ser catalisada pela adoo das tecnologias limpas. Astentativasdeanliseglobaldoproblemadageraoderesduospelaindstria moveleiratornam-sedifceis,noentanto,faceausnciadeumaestimativaoficiale atualizada, em nvel nacional ou regional, sobre o volume de resduos gerado pelas empresas do setor.Odiagnsticodageraoderesduosnestecasopassaaserfundamentalparaa tomadadedecisonadeterminaodagestodosresduos.Emalgunscasos,o aproveitamento dos resduos est condicionado a economias de grande escala, como o caso daindstriadeaglomeradosque,apesardetersurgidonaEuropacomafinalidadede aproveitamento dos resduos industriais e das serrarias, no Brasil se utiliza preferencialmente decavacosdemadeiraroliaoriundadeflorestas(ROQUE,1998).Apossibilidadesde XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produo - Ouro Preto, MG, Brasil,21 a 24de out de 2003 ENEGEP 2003ABEPRO4 utilizaodosresduosdemadeiranestaindstriasograndes,masdependemdo conhecimento das classes e quantidades geradas. Assim, torna-se de fundamental importncia o levantamento das quantidades e tipos de resduosgeradospelasindstriasmoveleiras,comobaseparaprojetosdepesquisase formulao de modelos de gesto que possibilitem alternativas de melhor aproveitamento para osresduosgerados.SegundoCALDERONI(1997),aindstriaosegmentoquemaiores ganhosauferecomoprocessodereciclagem,tendo,portanto,queseengajarnestecontexto de forma a viabilizar o diagnstico com mxima transparncia. 3. Metodologia Visando identificar o universo das empresas ligadas rea de produo moveleira no municpiodeBentoGonalvesRS,foramrealizadoslevantamentosdedadosjuntoao SINDMVEIS (Sindicato das Indstrias da Construo e do Mobilirio de Bento Gonalves RS),MOVERGS(AssociaodaIndstriadeMveisdoRioGrandedoSul), SINDIMADEIRA(CaxiasdoSul)eempesquisasbibliogrficasjuntoalevantamentose diagnsticosjpublicados.Osdadosobtidosforamcruzadosnosentidodeseobteruma listagemquecontemplasseasempresaspotencialmentegeradorasdestesresduos, oficialmente registradas em alguma destas Instituies. ParaefeitodeclassificaofoiutilizadaametodologiadeHierarquia(2000),que define a representatividade da empresa em funo do seu ndice scio-econmico, obtido pela mdiaaritmticadosndicespercentuaisdepatrimniolquido,faturamentobruto,lucro operacional, impostos gerados e salrios pagos. Paraacoletadosdados,elaborou-seumformulriodepesquisa,utilizadonasvisitas sempresasepreenchidopelopesquisadoremconjuntocomorepresentantedecada indstria.Asinformaesforambuscadasnossetorespertinentesemcadaempresa,ou mesmoverificadasinlocoquandonecessrio.Osformulriosforamigualmenteenviadoss empresas atravs da MOVERGS, analisados individualmente e complementados em visita s empresas, procurando sanar possveis erros de interpretao. Visandocaracterizarasituaoprodutivadasempresasvisitadas,foramlevantadas variveisdeproduodasquaispodem-sedestacaralgumasdeinteresse,comoconsumode energiaeltricaedegua,nmerodecolaboradores,graudeinstruodestes,nmerode mquinas,principaismatriasprimasutilizadasedestinodaproduo,almdasvariveis relacionadasgeraoderesduoscomooconsumodematria-primaporclassee aproveitamento, quantidade de resduos de serragem e retalhos e outros resduos, bem como a existncia de sistema de gerenciamento ambiental. Para estimativa das quantidades de resduos gerados por classe de matria-prima e por municpio,foramconsideradasasproporesdematrias-primasutilizadaseseu aproveitamentocalculando-seassimovolumederesduosgeradosemfunodo aproveitamentodamatria-primaesuaproporoemrelaoaototaldematria-prima utilizada. Nestetrabalho,seroanalisadassomenteasvariveisrelacionadasaogerenciamento ambientalegeraoderesduosdemadeiraeoutros,exemplodaborradetinta,embalagens de tintas e produtos qumicos, existncia de sistemas de gerenciamento ambiental, e situao da empresa quando a licenciamentos ambientais.Os dados foram levantados em 26 empresas do polo moveleiro de Bento Gonalves, e analisadosquantoaveracidade,comparandoosvaloresinformadosdematria-prima consumida com a representatividade das empresas, o nmero de colaboradores e a quantidade deresduosgerados.Arepresentatividadedaamostraemrelaoaproduodomunicpio abrangeu 40% da produo do Municpio, representando 18% da produo estadual. XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produo - Ouro Preto, MG, Brasil,21 a 24de out de 2003 ENEGEP 2003ABEPRO5 3.Resultados e Discusso Aanlisedasinformaesrelativasaogerenciamentoambientaldasindstrias analisadasmostraumconsumodeenergiade2.884.329kwh/msedeguanaordemde 4.163m3,esteltimorelacionadoasatividadesdepintura.Sendoesteonicoprocessono qual a gua utilizada, justifica-se o baixo consumo pelas indstrias do setor. Por outro lado, o alto consumo de energia, em decorrncia de sua utilizao para movimentao de mquinas e equipamentos, demonstra a viabilidade de utilizao dos resduos de madeira a atividades na gerao de energia para prpria indstria. A gerao de borras de tinta so da ordem de 10.307 m3 geradas em 11 empresas das 26visitadas.Verifica-seseremosresduosdosetordepinturaosqueapresentammaiores problemasdegerenciamentoedescartenesteramoindustrial,levandomuitasempresasa eliminaroudiminuirosprocessosdepinturaemsuaslinhasdeproduopormeioda utilizao,porexemplo,depainisrevestidoscomlminassintticas.Processosdepintura alternativoscomocitadosemVENZKE&NASCIMENTO(2002)quesugeremautilizao de tintas em p curvel por radiao ultravioleta tambm vem sendo utilizados. Este fato pode serconfirmadoumavezque50%dasempresasvisitadasquepossuemprocessodepintura utilizamsistemasalternativos.Dosdadosfornecidoscomrelaoaosprocessosdepintura, 69,2%dasempresasinformaramteremsistemadepinturainplantados,sendoquedestas 88,8%afirmamteremcabineparapinturainstalada.Verifica-se,confrontandoonmerode empresasquepossuemcabinecomonmerodeempresasquegeramresduosdeborrasde tinta, que no necessariamente as empresas que declaram ter cabine de pintura, realmente as possuem. Outroimpactoambientalcausadopelasatividadesdasindstriasmoveleirase relacionadoaoprocessodepinturasoodescartedosresduosdeembalagensdetintas.Os dados levantados totalizaram uma gerao de 2.492 Kg mensais de resduos de embalagens de tintaseprodutosqumicos.Dasempresaspesquisadas,14declararamageraodestes resduos,sendoqueemduasestessoencaminhadosparaARIP(AterrodeResduos IndustriaisPerigosos)eumaarmazenanodepsitoderesduosdaempresa.Orestante informou a destinao de suas embalagens para reciclagem ou reutilizao. Com relao aos resduos de madeira e derivados, verificou-se a gerao de 1.576 m3 de serragem, 94m3 de maravalhas e 1.039 m3 de retalhos,mensais medidos a granel.Apesardasempresasdaremdiferentesdestinaesaosresduosdemadeirae derivados, verifica-se que a maioria (53,3%) vende para utilizao por terceiros. Neste caso, existem empresas de transporte que realizam a coleta e compra dos resduos, desconhecendo a empresa muitas vezes a destinao final destes resduos. Afigura1apresentaaproporodosdiferentesdestinosfinaisdosresduosde madeiraederivados,calculadosemfunodototaldosresduosgeradospelasempresas visitadas.Verifica-setambmqueumaparcelaexpressivadosresduos(16,5%),ainda descartada para queima, sem aproveitamento. XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produo - Ouro Preto, MG, Brasil,21 a 24de out de 2003 ENEGEP 2003ABEPRO6 16,50%53,30%2,30% 2,48%25,33%0,00%10,00%20,00%30,00%40,00%50,00%60,00%QueimaVendaDisposio em AterroDoaoReaproveito Grfico 1 Destino dos resduos gerados Relativamente situao junto ao rgo ambiental, 34,6% declaram possuir licena de operao (LO) para armazenamento e destino final de resduos; 69,2% para o funcionamento da empresae 30,79% para o funcionamento da estao de tratamento de efluentes (ETE).Noquetangeaosistemadegerenciamentoambiental(SGA)30,8%declaramt-lo implantado, contra 69,2% que no o possuem. Outros tipos de resduos gerados por estas empresas mensalmente (8.590 kg de metais, 7.620 kg de papel e papelo, 4.390kg de plstico, 883kg de orgnico, 270 kg de vidro e 186kg de txtil), podem ser observados no grfico 2. 8590Kg7620Kg186Kg883Kg4390Kg270Kg0200040006000800010000MetaisPapel e PapeloTxtilOrgnicoPlsticoVidro Grfico 2 Outros resduos gerados pelas empresas pesquisadas em Kg/ms 4. Concluso Osresultadosobtidosdemonstramumapreocupaoaindatmidacomosaspectos ambientais pertinentes ao processo produtivo tanto internamente quanto nos aspectos relativos ao armazenamento, tratamento e destinao final dos resduos e efluentes. Mesmo entre as empresas que do destinao final aos seus resduos, o que se observa que os processos utilizados so ambientalmente incorretos, seno representando desperdcio dematrias-primaspotenciais,exemplodaqueimaderesduosdemadeiraouasimples disposiodestesnosolo.Omesmosepodeobservarcomrelaoaosresduos potencialmenteperigosos,exemplodeembalagensdetintaseprodutosqumicosqueso XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produo - Ouro Preto, MG, Brasil,21 a 24de out de 2003 ENEGEP 2003ABEPRO7 encaminhadosreciclagemcontrariandoaodispostonalegislaoestadualderesduos slidos que os classificam como resduos Classe I.Consideradososaspectosacimaobserva-seumpotencialemergentederevisodos processosprodutivos,buscandoinserodavarivelambiental,comsistemasde gerenciamentoelicenciamentoambientalcompatveiscomalegislaovigenteou recuperaodematriasprimaseenergia,bemcomoousoracionaldosrecursosnaturais, exemplo da gua. Deve-seconsideraraindaosaspectosderecuperao/reciclagemdosresduosde madeira e derivados, maior contingente gerado pelo setor, os quais apresentam forte potencial de retorno ao prprio processo produtivo industrial moveleiro como matria prima secundria, exemplo de compsitos polmero-fibra e aglomerados. 6. Referncias Bibliogrficas ABIMVEL-AssociaoBrasileiradasIndstriasdoMobilirio.PanoramadoSetorMoveleiro. 2001. ALMEIDA, Fernando. O Bom Negcio da Sustentabilidade. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 2002 CALDERONI, S. Os bilhes perdidos no lixo. Universidade de So Paulo. So Paulo (SP): Humanitas Livraria, 1997.343 p. il. DONAIRE, Dennis. Gesto Ambiental na Empresa. So Paulo, Atlas, 1999. Hierarquia Scio-Econmica de Bento Gonalves. Bento Gonalves: CFP Senai de Artes Grficas, 2000. 29 ed. 144 p. MOVELSUL. Setor moveleiro. www.movelsul.com.br/movelsul/movprt.htmPlanet house, 2000. RADIOBRAS-CINCIA,TECNOLOGIA&MEIO-AMBIENTESerrariasgeram620mil toneladas de serragem por ano. www.radiobras.gov.br/abrn/c&t/1997/coluna_090597.htm., maio, 1997. Relatrio para o Arranjo Industrial Moveleiro. Porto Alegre: NITEC, PPGA, UFRGS FAURGS, 2000. 83 p. ROESE,M.PolticaindustrialedeC&Tregional:sistemasdeinovaoregionais.Ocasoda aglomeraomoveleiradeBentoGonalves/RS.RevistaEletrnicadeAdministrao.v.6,n.4,UFRGS, novembro/2000. ROQUE, C. A. L. Painis de madeira aglomerada. SET805.doc www.bndes.gov.br, 1998. SERRA, Afonso C.C. Estratgia Corporativa / Harvard Business Review. Rio de Janeiro: Campus, 2000. pg. 117 140. VENZKE C.S. & NASCIMENTO L.F. O Ecodesign no Setor Moveleiro do Rio Grande do Sul. Revista eletrnica de Administrao ed. 30 n6 vol.8. Dezembro 2002 . http;//read.adm.ufrgs.br/read30. Acesso em maio de 2003.