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ENSINO ENSINO ENSINO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO FUNDAMENTAL E MÉDIO FUNDAMENTAL E MÉDIO FUNDAMENTAL E MÉDIO
GOIOERÊ GOIOERÊ GOIOERÊ GOIOERÊ –––– PARANÁPARANÁPARANÁPARANÁ
2017201720172017
SUMÁRIO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL ..............................................................3
ARTE – ENSINO MÉDIO................................................................................ 23
BIOLOGIA........................................................................................................40
CIÊNCIAS........................................................................................................48
EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL .........................................60
EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO ........................................................69
ENSINO RELIGIOSO .....................................................................................77
FILOSOFIA .................................................................................................... 89
FÍSICA ........................................................................................................... 103
GEOGRAFIA – ENSINO FUNDAMENTAL .................................................... 119
GEOGRAFIA – ENSINO MÉDIO ....................................................................131
HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL .........................................................142
HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO ........................................................................156
LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO FUNDAMENTAL ..................................166
LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO ................................................. 197
MATEMÁTICA – ENSINO FUNDAMENTAL ..................................................227
MATEMÁTICA – ENSINO MÉDIO ................................................................. 236
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL ................................... 245
LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS ...........................................262
QUÍMICA ........................................................................................................278
SOCIOLOGIA .................................................................................................286
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ARTE - ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A compreensão do ensino da arte atualmente pode ser aprofundada
partindo dos fatos marcantes na história com metodologias bem diferenciadas. O
povo brasileiro no ano de 1500 tem sua própria linguagem artística indígena, a
música, a dança, as pinturas e tudo mais que os indígenas faziam como parte do
seu dia a dia. Chega ao Brasil os Jesuítas transmitindo conhecimentos
catequizando os índios com artes e ofícios de origem renascentistas durante 250
anos nos Seminários. No século XVIII são Colégios que se fundamentam nos
princípios do iluminismo, a educação na prática é baseada em retórica,
gramática, latim e música. Na década de 1800 chega a Missão francesa com o
estilo neoclássico fundamentado na beleza clássica, é o início dos Colégios
Públicos, no Paraná foi fundado em 1846 o Liceu de Curitiba, hoje, Colégio
Estadual do Paraná. Nestes colégios havia o ensino de Belas Artes e Música com
formação estética e o de artes manuais. Depois a Escola Normal, Escola
Profissional Feminina com cursos de corte e costura, bordados, arranjos de flores.
A arte desloca-se paratécnicas de artes manuais ligadas ao trabalho. A partir de
1930, das escolas públicas surgem os cursos profissionalizantes e o movimento
modernista na escola a expressão do aluno passa ser priorizada, e com o tempo
a Escola Nova tem como fundamento a criatividade, genialidade, individualismo,
espontaneidade, sensitiva e sem conhecimento. Surgem as escolas de artes, os
ateliês, conservatórios e as faculdades.
A partir dos anos 60 os movimentos artísticos se intensificam com Bienais,
Festivais, Teatro de Rua, cinema que deixaram de acontecer devido ao regime
militar e a Educação artística é obrigatória no ensino como artes manuais e a
música para comemorações cívicas. Em 1980a proposta na educação é oferecer
aos educandos acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social
transformadora, assim a arte retoma seu caráter artístico e estético e no Paraná
é elaborado Currículo Básico em 1990. Em 1997 são publicados os Parâmetros
Curriculares Nacionais fundamentado na metodologia triangular. Porém, através
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de mobilizações de universidades, de profissionais da arte a nova LDB/96
mantém a obrigatoriedade do ensino de Arte nas escolas de educação
básica.
Como vimos neste breve histórico, em 500 anos de história, quantas
transformações deixando em cada brasileiro uma maneira diferente de ver a arte
e de como tratar a arte nos estabelecimentos de ensino. O que menos importou
foi a arte indígena e a afro-brasileira.
Mas, aqui estamos, num Colégio que faz parte de um dos países de maior
diversidade do mundo, este é um tema que transpõe os muros do
estabelecimento de ensino, há diversidade social, tecnológica, cultural, religiosa,
valores éticos. Por isso na disciplina de Artes temos vários objetivos:
∙ Compreender a teoria estética como uma referência para o pensar a arte,
articulando saberes cognitivos, sensíveis e sócio-históricos.
∙ Associar a arte e cultura.
∙ Ampliar o repertório cultural do aluno, aproximando-o do universo cultural
da humanidade.
∙ Identificar e valorizar a arte – cultura regional e local.
∙ Conscientizar sobre a necessidade humana da expressão e comunicação
através da arte.
∙ Instrumentalizar para a interpretação do espectador na obra artística (
como um texto aberto), permitindo a elaboração de conclusões para interagir com
o mundo as informações obtidas.
∙ Abordar a arte como linguagem, interpretando e organizando signos
verbais e não verbais.
∙ Diferenciar a arte como necessidade e sensibilidade humana, da arte
profissional, conceitual que modifica-se conforme a história.
∙ Utilizar as diversas linguagens artísticas.
∙ Alfabetizar os códigos das linguagens artísticas.
∙ Refletir sobre a influência da arte no comportamento humano e da
sociedade.
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∙ Analisar na mídia, a arte puramente comercial da arte conhecimento,
cultura.
∙ Sensibilizar para a cultura da paz, da solidariedade, das ações ecológicas,
a cultura afro, a cultura indígena, os direitos e deveres e principalmente a
valorização da vida.
A arte é uma constante na vida e por ser tão natural, tão necessária, muitas
vezes não percebemos. A frase VEJO O QUE CONHEÇO afirma que
percebemos o que conhecemos e atingindo os objetivos acima citados, o
conhecimento dos signos das linguagens artísticas proporcionará a percepção de
presentes maravilhosos que nos cercam, como os registros feitos artisticamente
nos permitem entender as verdades dos vários períodos históricos, como a mídia
influencia nossos comportamentos através da exploração do som , das cores, das
expressões e o mais importante, a arte através do processo de criação
interagindo entre o interior e exterior humano, aguçando o senso crítico,
proporcionando visões diferentes sobre um assunto, transformando nossa
sociedade através das ações artísticas ou não artísticas.
Toda linguagem artística possui uma organização de signos que propiciam
comunicação e interação, concretizadas através de suas manifestações sonoras,
visuais, movimentos corporais e cênicos que são percebidos pelos sentidos
humanos. O uso dos signos, dos códigos, se diferenciam conforme a instância
intelectual, política, econômica, e interagem conforme a cultura. O sujeito influi e
é influenciado pelo pensar, fazer e fruir arte. Assim a arte e a ciência, a razão e a
emoção, a objetividade e subjetividade caminham juntas.
Sendo alfabetizadora, a arte amplia o olhar de leitura de mundo permitindo
outros pontos de vista, provocando o sujeito para o novo, e não somente para a
reprodução de padrões pré estabelecidos em seu meio social, e sim, um novo
agente cultural. Com aquisição do conhecimento da arte nosso mundo será
observado com mais intensidade.
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conteúdo contempla os elementos básicos de cada LINGUAGEM
ARTÍSTICA: ARTES VISUAIS, DANÇA, MÚSICA E TEATRO.
Os conteúdos estruturantes para o ensino fundamental são:
• Elementos formais;
• Composição;
• movimentos e períodos.
ELEMENTOS FORMAIS
No conteúdo estruturante elementos formais, o sentido da palavra formal
está relacionado à forma propriamente dita, ou seja, aos recursos empregados
numa obra. São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na
natureza; são matéria-prima para a produção artística e o conhecimento em arte.
Esses elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são
diferentes em cada uma delas. Eis alguns exemplos: o timbre em Música, a cor
em Artes Visuais, a personagem em Teatro ou o movimento corporal em Dança.
No processo pedagógico, o professor de Arte deve aprofundar o
conhecimento dos elementos formais da sua área de habilitação e estabelecer
articulação com as outras áreas por intermédio dos conteúdos estruturantes.
COMPOSIÇÃO
Composição é o processo de organização e desdobramento dos elementos
formais que constituem uma produção artística. Num processo de composição na
área de artes visuais, os elementos formais – linha, superfície, volume, luz e cor –
“não têm significados pré-estabelecidos, nada representam, nada descrevem,
nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nada – nada, antes de
entrarem num contexto formal” (OSTROWER 1983, p. 65). Ao participar de uma
composição, cada elemento visual configura o espaço de modo diferente e, ao
caracterizá-lo, os elementos também se caracterizam. Na área de música, todo
som tem sua duração, a depender do tempo de repercussão da fonte sonora que
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o originou. É pela manipulação das durações, mediada pelo conhecimento, que
esse som passa a constituir um ritmo ou uma composição.
Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos de
composição de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas
visuais, teatrais, musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e estilos.
MOVIMENTOS E PERÍODOS
O conteúdo estruturante movimentos e períodos se caracteriza pelo
contexto histórico relacionado ao conhecimento em Arte. Este conteúdo revela
aspectos sociais, culturais e econômicos presentes numa composição artística e
explicita as relações internas ou externas de um movimento artístico em suas
especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas. Para facilitar a
aprendizagem do aluno e para que tenha uma ampla compreensão do
conhecimento em arte, esse conteúdo estruturante deve estar presente em vários
momentos do ensino. Sempre que possível, o professor deve mostrar as relações
que cada movimento e período de uma determinada área da arte estabelece com
as outras áreas e como apresentam características em comum, coincidindo ou
não com o mesmo período histórico.
Caso o trabalho se inicie pelo conteúdo estruturante movimentos e
períodos em música, pode-se, por exemplo, enfatizar o período contemporâneo e
o movimento Hip-Hop, com a pesquisa de sua origem, que teve raízes no rap, no
grafiti e no break, articulando-os, assim, às áreas de música, de artes visuais e de
dança, respectivamente. A seguir, apresenta-se um esquema gráfico que detalha
como os conteúdos estruturantes se articulam entre si.
Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são
interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses
conteúdos deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais,
organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte,
constituirão para composição que se materializa como obra de arte nos diferentes
movimentos e períodos. A opção pelos elementos formais e de composição
trabalhados pelos artistas determinam os estilos e gêneros dos movimentos
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artísticos nos diferentes períodos históricos. Da mesma forma, a visão de mundo,
característica dos movimentos e períodos, também determina os modos de
composição e de seleção dos elementos formais que serão privilegiados.
Concomitantemente, tempo e espaço não somente estão no interior dos
conteúdos, como são também, elementos articuladores entre eles.
A explicitação dos conteúdos de Arte é uma preocupação e uma
necessidade para o melhor entendimento de como os conteúdos estruturantes
podem ser organizados no encaminhamento metodológico. Por isso, no quadro a
seguir se explicita um recorte dos conteúdos da disciplina a partir de seus
conteúdos estruturantes em cada área de Arte.
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO- ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas: diatônica pentatônica cromática Improvisação
Greco-Romana Oriental Ocidental Africana
Neste ano, o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nos anos seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais. Teoria da música. Produção e execução de instrumentos rítmicos. Prática coral e cânone rítmico e melódico.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.
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7º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico. Técnicas: vocal, instrumental e mista Improvisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
Neste ano é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais. Teorias da música. Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da paisagem sonora.
Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.
8º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista
Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno
Neste ano o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. (Cinema, Vídeo, TV e Computador) Teorias sobre música e indústria cultural. Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos
Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
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e recursos tecnológicos.
9ºANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, instrumental e mista Gêneros: popular, folclórico e étnico.
Música Engajada Música Popular Brasileira. Música Contemporânea
Neste ano, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer música e sua função social. Teorias da Música. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na Música Engajada.
Compreensão da música como fator de transformação social. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
6º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor
Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia...
Arte Greco- Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica
Neste ano o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nos anos seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
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Luz
composição e movimentos e períodos das artes visuais. Teoria das Artes Visuais. Produção de trabalhos de artes visuais.
7º ANO- ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
Arte Indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco
Neste ano é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos. Teoria das ArtesVisuais. Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.
Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
8º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Linha Forma
Semelhanças Contrastes
Indústria Cultural Arte no Séc. XX
Neste ano o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade
Compreensão das artes visuais em diversos no Cinema e nas mídias, sua
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Textura Superfície Volume Cor Luz
Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...
Arte Contemporânea
contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias. Teoria das artes visuais e mídias. Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
9º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-Americana Hip Hop
Neste ano, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social. Teorias das Artes Visuais. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição como fator de transformação social.
Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
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6º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais. Ação Espaço
Enredo, roteiro. Espaço Cênico, Adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.
Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento
Neste ano o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nos anos seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos deComposição teatral.
7º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua e arena, Caracterização.
Comédia dell’ arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano
Neste ano é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.
Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais, presentes no cotidiano. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
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8º ANO- ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo
Neste ano o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias. Teorias da representação no teatro e mídias. Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
9º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação
Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas
Neste ano, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. Teorias do teatro. Criação de trabalhos com os modos de
Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social. Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
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Figurino organização e composição teatral como fator de transformação social.
6ºANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular
Pré-história Greco-Romana Renascimento Dança Clássica
Neste ano o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas ANOs seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança. Teorias da dança. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
7º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Movimento Corporal Tempo
Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve e pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido)
Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena
Neste ano é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da
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Espaço
Lento, rápido e moderado Niveis (alto, médio e baixo) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica
é elaborada e executada. Teorias da dança. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
dança.
8º ANO- ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Movimento Corporal Tempo Espaço
Giro Rolamento Saltos Aceleração e desaceleração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo
Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna
Neste ano o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias. Teorias da dança de palco e em diferentes mídias. Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, Musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
9º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Movimento Corporal
Kinesfera Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros
Vanguardas Dança moderna Dança
Neste ano, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. Produção de
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Tempo Espaço
Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e moderna
Contemporânea fazer dança e sua função social. Teorias da dança. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança como fator de transformação social.
trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos
estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o
Conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os
momentos da prática pedagógica, em todos os anos da Educação Básica.
Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão
ministradas como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como
espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do
ensino da arte três momentos da organização pedagógica:
• Teorizar – fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e
aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para
formar conceitos artísticos.
•Teorizar é a parte do trabalho metodológico que privilegia a cognição, em
que a racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente
produzido sobre arte.
• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos
que compõe uma obra de arte. A racionalidade opera para apreender o
conhecimento historicamente produzido sobre arte.
• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à
obra de arte. No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras
de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as
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diversas formas de produção artística. Trata-se de envolvernatureza A prática
artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada, é o exercício da
imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para
desenvolver essa prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida
somente de forma abstrata. De fato, o processo de produção do aluno acontece
quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza
seus sentidos.
Artes Visuais
Sugere-se para a prática pedagógica, que o professor aborde, além da
produção pictórica de conhecimento universale artistas consagrados, também
formas e imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades
contemporâneas . O cinema, televisão, videoclipe e outros são formas
artísticas, constituídas pelas quatro áreas de Arte, onde a imagem tem uma
referência fundamental, compostas por imagens bidimensionais e
tridimensionais. Por isso, sugere-se que a prática pedagógica parta da
análise e produção de trabalhos artísticos relacionados a conteúdos de
composição em Artes Visuais, tais como:
• imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia,
propaganda visual;
• imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções
arquitetônicas;
Dança
Para o ensino da Dança na escola, é fundamental buscar no
encaminhamento das aulas a relação dos conteúdos próprios da dança com os
elementos culturais que a compõem. É necessário rever as abordagens presentes
e modificara ideia de que a Dança aparece somente como meio ou recurso
“para relaxar’, ‘para soltar as emoções’, ‘para expressar-se espontaneamente’,
‘para trabalhar a coordenação motora’ ou até ‘para acalmar os alunos” (MARQUES,
2005, p. 23).
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Música
Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma
grande oferta musical que tanto compõe suas preferências relacionadas à
herança cultural, quanto interfere na formação de comportamento e gostos
instigados pelacultura de massa. Por isso, ao trabalhar uma determinada música,
é importante contextualizá-la, apresentar suas características específicas e
mostrar que as influências de regiões e povos misturam-se em diversas
composições musicais.
Teatro
Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na
educação, destacam-se a: criatividade, socialização, memorização e a
coordenação, sendo o encaminhamento metodológico, proposto pelo professor, o
momento para que o aluno os exercite. Com o teatro, o educando tem a
oportunidade de se colocar no lugar de outros, experimentando o mundo sem
correr risco.
AVALIAÇÃO
A avaliação em arte é diagnóstica e processual, contínua e cumulativa
observando o processo de aprendizagem, os avanços e as dificuldades
individuais e em grupo, as soluções de problemas, o relacionamento em grupo, a
auto-avaliação.
É um instrumento de reflexão para professor, aluno e comunidade escolar.
Tem como base o desempenho do aluno em diferentes experiências de
aprendizagem. Há também a possibilidade de avaliação em atividades ou projetos
extraclasse, desenvolvidas na comunidade ou no convívio social do aluno desde
que tenham mensuração e data previstos anteriormente.
As avaliações podem ser individuais, em grupo, em equipe com atividades
diferenciadas objetivas ou subjetivas. Com mensurações e critérios previstos,
algumas atividades podem ser avaliadas com a participação dos alunos da sala,
tornando-se uma retomada de conteúdos e deixando claro o porquê de sua nota.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 20
Sugestão de instrumentos de verificação:
-trabalhos individuais e em grupo;
-pesquisas bibliográficas e de campo;
-debates em forma de seminários e simpósios;
-provas teóricas e práticas.
Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário
para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo.
A avaliação em Arte busca superar o papel de mero instrumento de
medição da apreensão dos conteúdos e busca propiciar aprendizagens
socialmente significativas para o aluno. Almeja-se formar cidadãos críticos
responsáveis, participativos, ativos e criativos.
Havendo necessidade, em qualquer momento do período letivo, são
realizadas intervenções pedagógicas com retomada de conteúdos para a
realização da recuperação dos estudos.
O resultado da avaliação é traduzido em forma de notas, em algarismos,
compreendido entre 0,0 (zero) a 10,0 (dez) que pode ser obtido de forma
somatória ou média aritmética, registrado na caderneta de forma clara e sem
rasuras para o entendimento da equipe pedagógica.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
Havendo necessidade, em qualquer momento do período letivo, são
realizadas intervenções pedagógicas com retomada de conteúdos para a
realização da recuperação de estudos.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo
ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades significativas, por meio
de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez).
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 21
DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS QUE DEVEM SER ARTICULADOS AOS CONTEÚDOS, COM RESPALDO NAS SEGUINTES LEGISLAÇÕES: Lei Federal n° 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira Lei Federal n° 11.645/08 - História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena Lei Federal n° 11769/08 - Obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica Lei Federal n° 13.381/01 - História do Paraná Lei Federal n° 17505/13 - Educação ambiental
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 22
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ALMANAQUE ABRIL. São Paulo. Abril, 1996.
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DELTA UNIVERSAL. Rio de janeiro. Delta, S>A>, 1987. V. 13.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPEG,1992.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Arte e Artes Para a Educação Básica. Curitiba, 2006.
IESDE BRASIL S.A. Artes. – Curitiba. IESDE, 2003
JANSON, H. W. História da Arte. 5ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
MIRADOR, São Paulo. Companhia melhoramentos, 1991. V. 4.
OS GRANDES ARTÍSTAS MODERNOS, Kandinsky, Munch e Klint. São Paulo. Nova Cultural Ltda., 1984.
PEDRO, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1977.
PENTEADO NETO, Onofre. Desenho Estrutural. São Paulo. Perspectiva, 1981.
READ, Herbert. Dicionário da Arte e dos Artistas. Lexis: edições 70, 1989.
REZENDE, Neide. A Semana da Arte Moderna. São paulo. Ática, 1993.
TAVARES,Isis Moura. Educação, Corpo e Mente. Curitiba: IESDE, 2004
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 23
ARTE – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A compreensão do ensino da arte atualmente pode ser aprofundada
partindo dos fatos marcantes na história com metodologias bem diferenciadas. O
povo brasileiro no ano de 1500 tem sua própria linguagem artística indígena, a
música, a dança, as pinturas e tudo mais que os indígenas faziam como parte do
seu dia a dia. Chegam Brasil os Jesuítas transmitindo conhecimentos
catequizando os índios com artes e ofícios de origem renascentistas durante 250
anos nos Seminários. No século XVIII são Colégios que fundamentam-se nos
princípios do iluminismo, a educação na prática é baseada em retórica, gramática,
latim e música. Na década de 1800 chega a Missão francesa com o estilo
neoclássico fundamentado na beleza clássica, é o início dos Colégios Públicos,
no Paraná foi fundado em 1846 o Liceu de Curitiba, hoje , Colégio Estadual do
Paraná. Nestes colégios havia o ensino de Belas Artes e Música com formação
estética e o de artes manuais. Depois a Escola Normal, Escola Profissional
Feminina com cursos de corte e costura, bordados, arranjos de flores. A arte
desloca-se paratécnicas de artes manuais ligadas ao trabalho. A partir de 1930,
das escolas públicas surgem os cursos profissionalizantes e o movimento
modernista na escola a expressão do aluno passa ser priorizada, e com o tempo
a Escola Nova tem como fundamento a criatividade, genialidade, individualismo,
espontaneidade, sensitiva e sem conhecimento. Surgem as escolas de artes, os
ateliês, conservatórios e as faculdades.
A partir dos anos 60 os movimentos artísticos se intensificam com Bienais,
Festivais, Teatro de Rua, cinema que deixaram de acontecer devido ao regime
militar e a Educação artística é obrigatória no ensino como artes manuais e a
música para comemorações cívicas. Em 1980a proposta na educação é oferecer
aos educandos acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social
transformadora, assim a arte retoma seu caráter artístico e estético e no Paraná
é elaborado Currículo Básico em 1990. Em 1997 são publicados os Parâmetros
Curriculares Nacionais fundamentado na metodologia triangular. Porém através
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 24
de mobilizações de universidades, de profissionais da arte a nova LDB/96
mantém a obrigatoriedade do ensino de Arte nas escolas de educação básica.
Como vimos neste breve histórico, em 500 anos de história, quantas
transformações deixando em cada brasileiro uma maneira diferente de ver a arte
e de como tratar a arte nos estabelecimentos de ensino. O que menos importou
foi a arte indígena e a afro-brasileira.
Mas, aqui estamos, num Colégio que faz parte de um dos países de maior
diversidade do mundo, este é um tema que transpõe os muros do
estabelecimento de ensino, há diversidade social, tecnológica, cultural, religiosa,
valores éticos. Por isso na disciplina de Artes temos vários objetivos:
• Compreender a teoria estética como uma referência para o pensar a arte,
articulando saberes cognitivos, sensíveis e sócio-históricos.
• Associar a arte e cultura.
• Ampliar o repertório cultural do aluno, aproximando-o do universo cultural da
humanidade.
• Identificar e valorizar a arte – cultura regional e local.
• Conscientizar sobre a necessidade humana da expressão e comunicação
através da arte.
• Instrumentalizar para a interpretação do espectador na obra artística ( como um
texto aberto), permitindo a elaboração de conclusões para interagir com o mundo
as informações obtidas.
• Abordar a arte como linguagem, interpretando e organizando signos verbais e
não verbais.
• Diferenciar a arte como necessidade e sensibilidade humana, da arte
profissional, conceitual que modifica-se conforme a história.
• Utilizar as diversas linguagens artísticas.
• Alfabetizar os códigos das linguagens artísticas.
• Refletir sobre a influência da arte no comportamento humano e da sociedade.
• Analisar na mídia, a arte puramente comercial da arte conhecimento, cultura.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 25
• Sensibilizar para a cultura da paz, da solidariedade, das ações ecológicas, da
cultura afro, da cultura indígena, os direitos e deveres e principalmente a
valorização da vida.
FUNDAMENTOSTEÓRICO METODOLÓGICOS
A arte é uma constante na vida e por ser tão natural, tão necessária, muitas
vezes não percebemos. A frase VEJO O QUE CONHEÇO afirma que
percebemos o que conhecemos e atingindo os objetivos acima citados, o
conhecimento dos signos das linguagens artísticas proporcionará a percepção de
presentes maravilhosos que nos cercam, como os registros feitos artisticamente
nos permitem entender as verdades dos vários períodos históricos, como a mídia
influencia nossos comportamentos através da exploração do som , das cores, das
expressões e o mais importante, a arte através do processo de criação
interagindo entre o interior e exterior humano, aguçando o senso crítico,
proporcionando visões diferentes sobre um assunto, transformando nossa
sociedade através das ações artísticas ou não artísticas.
Toda linguagem artística possui uma organização de signos que propiciam
comunicação e interação, concretizadas através de suas manifestações sonoras,
visuais, movimentos corporais e cênicos que são percebidos pelos sentidos
humanos. O uso dos signos, dos códigos, se diferenciam conforme a instância
intelectual, política, econômica, e interagem conforme a cultura. O sujeito influi e é
influenciado pelo pensar, fazer e fruir arte. Assim a arte e a ciência, a razão e a
emoção, a objetividade e subjetividade caminham juntas.
Sendo alfabetizadora, a arte amplia o olhar de leitura de mundo permitindo
outros pontos de vista, provocando o sujeito para o novo, e não somente para a
reprodução de padrões pré estabelecidos em seu meio social, e sim, um novo
agente cultural. Com aquisição do conhecimento da arte nosso mundo será
observado com mais intensidade.
Estas concepções de arte se fazem presentes no cotidiano da escola e
cabe ao professor refletir e reorganizar a sua prática pedagógica a partir de uma
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 26
reflexão crítica sobre elas no processo educativo dos alunos. Definir a arte e
entendê-la pressupõe abordar campos conceituais que historicamente foram
construídos sobre ela: conhecimento estético relacionado à apreensão do objeto
artístico como criação de cunho sensível e cognitivo e o conhecimento da
produção artística relacionado aos processos do fazer artístico e da criação como
forma de organização e estruturação do trabalho artístico.
O ensino de Arte na Educação Básica tem como foco a relação entre arte
e sociedade e fundamenta-se nas concepções próprias do campo das teorias
críticas que envolvem: arte como ideologia, arte como forma de conhecimento e
arte como trabalho criador. Vázquez (1978) aponta que estas três interpretações
são fundamentais para o entendimento da arte no convívio social.
A arte como ideologia nos faz refletir que a arte é produto de um conjunto
de ideias, crenças e doutrinas, próprias de uma sociedade, de uma época ou de
uma classe. A arte não é só ideologia, porém, a ideologia está presente nas
produções artísticas. A arte como forma de conhecimento mostra que a arte
é organizada e estruturada por um conhecimento próprio, por um conteúdo
formal, que ao mesmo tempo possui um conteúdo social e que tem como objeto o
ser humano em suas múltiplas dimensões. Por fim, a arte como trabalho criador
considera que ao criar o ser humano recria-se, constituindo-se como um ser
humano criador, sensível, consciente, capaz de compreender e transformar a
realidade. O trabalho artístico além de representar uma dada realidade constitui-
se, em si mesmo, numa nova realidade social concreta.
Estas concepções de arte são fundamentais para o desenvolvimento do
ensino desta disciplina na escola, no entanto deve-se ter uma coerência entre os
fundamentos teóricos - metodológicos, os conteúdos, os objetivos, a metodologia
e a avaliação para uma aprendizagem efetiva. Na Educação Básica, a disciplina
de Arte busca propiciar aos alunos um conhecimento sistematizado e, para isso, é
necessário conhecer os elementos que constituem essa disciplina, denominados
nas Diretrizes Curriculares Estaduais de Conteúdos Estruturantes. Estes
conteúdos (elementos formais, composição, movimentos e períodos) são os
fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de Arte: Artes Visuais,
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Música, Teatro e Dança, e possibilitam um trabalho pedagógico com foco na
totalidade do conhecimento.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conteúdo contempla os elementos básicos de cada LINGUAGEM
ARTÍSTICA: ARTESVISUAIS, DANÇA, MÚSICA E TEATRO.
Os conteúdos estruturantes para o ensino médio são:
• elementos formais;
• composição
• movimentos e períodos
ELEMENTOS FORMAIS
No conteúdo estruturante elementos formais, o sentido da palavra formal
está relacionado à forma propriamente dita, ou seja, aos recursos empregados
numa obra. São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na
natureza; são matéria-prima para a produção artística e o conhecimento em arte.
Esses elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são
diferentes em cada uma delas. Eis alguns exemplos: o timbre em Música, a cor
em Artes Visuais, a personagem em Teatro ou o movimento corporal em Dança.
No processo pedagógico, o professor de Arte deve aprofundar o
conhecimento dos elementos formais da sua área de habilitação e estabelecer
articulação com as outras áreas por intermédio dos conteúdos estruturantes.
COMPOSIÇÃO
Composição é o processo de organização e desdobramento dos elementos
formais que constituem uma produção artística. Num processo de composição na
área de artes visuais, os elementos formais – linha, superfície, volume, luz e cor –
“não têm significados pré-estabelecidos, nada representam, nada descrevem,
nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nada – nada, antes de
entrarem num contexto formal” (OSTROWER 1983, p. 65). Ao participar de uma
composição, cada elemento visual configura o espaço de modo diferente e, ao
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 28
caracterizá-lo, os elementos também se caracterizam. Na área de música, todo
som tem sua duração, a depender do tempo de repercussão da fonte sonora que
o originou. É pela manipulação das durações, mediada pelo conhecimento, que
esse som passa a constituir um ritmo ou uma composição.
Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos
de composição de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas
visuais, teatrais, musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e estilos.
MOVIMENTOS E PERÍODOS
O conteúdo estruturante movimentos e períodos se caracteriza pelo
contexto histórico relacionado ao conhecimento em Arte. Este conteúdo revela
aspectos sociais, culturais e econômicos presentes numa composição artística e
explicita as relações internas ou externas de um movimento artístico em suas
especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas. Para facilitar a
aprendizagem do aluno e para que tenha uma ampla compreensão do
conhecimento em arte, esse conteúdo estruturante deve estar presente em vários
momentos do ensino. Sempre que possível, o professor deve mostrar as relações
que cada movimento e período de uma determinada área da arte estabelece com
as outras áreas e como apresentam características em comum, coincidindo ou
não com o mesmo período histórico.
Caso o trabalho se inicie pelo conteúdo estruturante movimentos e
períodos em música, pode-se, por exemplo, enfatizar o período contemporâneo e
o movimento Hip-Hop, com a pesquisa de sua origem, que teve raízes no rap, no
grafiti e no break, articulando-os, assim, às áreas de música, de artes visuais e de
dança, respectivamente. A seguir, apresenta-se um esquema gráfico que detalha
como os conteúdos estruturantes se articulam entre si.
Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são
interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses
conteúdos deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais,
organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte,
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constituirão a composição que se materializa como obra de arte nos diferentes
movimentos e períodos.
Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são
interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses
conteúdos deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais,
organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte,
constituirão a composição que se materializa como obra de arte nos diferentes
movimentos e períodos. A opção pelos elementos formais e de composição
trabalhados pelos artistas determinam os estilos e gêneros dos movimentos
artísticos nos diferentes períodos históricos. Da mesma forma, a visão de mundo,
característica dos movimentos e períodos, também determina os modos de
composição e de seleção dos elementos formais que serão privilegiados.
Concomitantemente, tempo e espaço não somente estão no interior dos
conteúdos, como são também, elementos articuladores entre eles.
A explicitação dos conteúdos de Arte é uma preocupação e uma
necessidade para o melhor entendimento de como os conteúdos
estruturantes podem ser organizados no encaminhamento metodológico.
Por isso, no quadro a seguir se explicita um recorte dos conteúdos da
disciplina a partir de seus conteúdos estruturantes em cada área de Arte.
CONTEÚDOS POR ANO
Os Conteúdos Básicos a serem trabalhados no Ensino Médio estão
apresentados nas Diretrizes Curriculares Estaduais para a disciplina de Arte,
entretanto, naquele documento esses conteúdos não estão separados por ano,
pois, as matrizes na organização curricular anual são muito diversas e essa
disciplina não está presente, necessariamente, nos três anos em todas as escolas
da rede. Entretanto, nas escolas que aderiram ao Ensino Médio por blocos a
disciplina de Arte está presente nos três anos, por isso, sugerimos uma divisão de
conteúdos conforme a tabela abaixo.
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1º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA
Elementos Formais
Composição Movimentos e Períodos
Intensidade Altura Duração Timbre Densidade
Ritmo Melodia Escalas: diatônica, pentatônica, cromática... Gêneros: popular, folclórico, clássico... Técnicas: vocal, instrumental, mista
Música Ocidental Música Oriental Música Popular Música popular Brasileira
2º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA
Elementos Formais
Composição Movimentos e Períodos
Intensidade Altura Duração Timbre Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Escrita Musical Gêneros: clássico, popular, étnico Técnicas: vocal, instrumental, mista
Música Ocidental e Oriental Música Popular e Étnica Indústria Cultural Música Contemporânea Hip Hop
3º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos Intensidade Altura Duração Timbre Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Modos: tonal, modal, atonal Técnicas: vocal, instrumental, mista, improvisação
Música Engajada Música Minimalista Rap, Funk, Tecno Música Experimental
1º ANO ENSINO MÉDIO – ARTES VISUAIS
Elementos formais Composição Movimentos e períodos Linha Forma Superfície Volume Luz Cor
Bidimensional Tridimensional Figurativo Abstrato Perspectiva Técnica: pintura, desenho,gravura, escultura,histórias em quadrinhos... Gênero: paisagem, cenas do cotidiano, cenas histórias ...
Arte Pré-Histórica Arte Pré-Colombiana Arte Pré-Cabralina Arte Latino Americana Renascimento Muralismo Hip Hop
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2º ANOENSINO MÉDIO – ARTES VISUAIS
Elementos formais Composição Movimentos e períodos Linha Forma Superfície Volume Luz Cor
Bidimensional Tridimensional Figurativo Abstrato Perspectiva Técnica: pintura, grafitti desenho, gravura, colagem, modelagem, Gênero: paisagem, cenas do cotidiano, cenas históricas
Arte Popular Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Indígena Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Indústria Cultural
3º ANO ENSINO MÉDIO – ARTES VISUAIS
Elementos formais
Composição Movimentos e períodos
Linha Forma Superfície Volume Luz Cor
Bidimensional Tridimensional Figurativo Abstrato Perspectiva Técnica: pintura, escultura, vídeo, fotografia, arquitetura, instalação móbiles... Gênero: paisagem, cenas do cotidiano, religiosa, histórica..paisagem urbana,
Arte Ocidental Arte Oriental Vanguardas Artísticas Arte Contemporânea Indústria Cultural
1º ANO DO ENSINOMÉDIO - DANÇA
Elementos corporais
Composição Movimentos e Períodos
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Movimentos articulares Ponto de apoio Rolamento lento, médio e rápido Níveis Deslocamento Direções Planos Coreografia gêneros: étnica e popular
Pré-história Greco-Romana Medieval Dança popular Dança brasileira Dança africana Dança indígena
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2º ANODO ENSINO MÉDIO - DANÇA
Elementos Corporais
Composição Movimentos e Períodos
Movimento Corporal Tempo Espaço
Peso Salto e queda Lento, médio e rápido Aceleração e desaceleração Descolamento Improvisação Coreografia Gênero: espetáculo, folclórico e salão
Dança brasileira Dança paranaense Indústria cultural Hip Hop
3º ANO DO ENSINO MÉDIO – DANÇA
Elementos Corporais
Composição Movimentos
Movimento Corporal Tempo Espaço
Fluxo Eixo Giro Lento, médio, rápido Aceleração e desaceleração Deslocamento Improvisação Coreografia Gênero: indústria cultural e salão
Dança Clássica Dança moderna Dança contemporânea Indústria cultural Vanguardas
1º ANO DO ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO
Elementos formais
Composição Movimentos e Períodos
Personagem: expressões: corporais, vocais, gestuais e faciais Ação espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica e pantomima... Sonoplastia
Teatro Greco-Romano Teatro Essencial Teatro Popular Commédia Dell’arte
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2º ANO DO ENSINO MÉDIO – ÁREATEATRO
Elementos formais
Composição Movimentos e Períodos
Personagem: expressões: corporais, vocais,gestuais e faciais Ação espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, ensaio... Gêneros: dramas e épico, popular... Sonoplastia Cenografia e iluminação Figurino
Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro renascentista Teatro Latino Americano
3º ANO DO ENSINO MÉDIO – ÁREATEATRO
Elementos formais
Composição Movimentos e Períodos
Personagem: expressões: corporais, vocais,gestuais e faciais Ação espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, ensaio, Teatro-Fórum Gêneros: tragédia e comédia drama e circo... Trilha sonora e sonoplastia
Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro do Oprimido Teatro Pobre Indústria Cultural
ENCAMINHAMENTOSMETODOLÓGICOS
Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos
conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o
conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os
momentos da prática pedagógica, em todas os anos da Educação Básica.
Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão
ministradas, como, porque e o que será trabalhado, tomando-se a escola
como espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na
metodologia do ensino da arte, três momentos da organização pedagógica:
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• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a
obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos
artísticos.
Teorizar é a parte do trabalho metodológico que privilegia a cognição, em
que a racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente
produzido sobre arte.
• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos
que compõe uma obra de arte. a racionalidade opera para apreender o
conhecimento historicamente produzido sobre arte.
• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à
obra de arte. No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras
de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as
diversas formas de produção artística. Trata-se de envolver natureza A prática
artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada, é o exercício da
imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para
desenvolver essa prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida
somente de forma abstrata. De fato, o processo de produção do aluno acontece
quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza
seus sentidos.
SUGESTÕES DE ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Artes Visuais
Sugere-se para a prática pedagógica, que o professor aborde, além da
produção pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também
formas e imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades
contemporâneas. O cinema, televisão, vídeo clipe e outros são formas artísticas,
constituídas pelas quatro áreas de Arte, onde a imagem tem uma referência
fundamental, compostas por imagens bidimensionais e tridimensionais. Por isso,
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 35
sugere-se que a prática pedagógica parta da análise e produção de trabalhos
artísticos relacionados a conteúdos de composição em Artes Visuais, tais como:
• imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia,
propaganda visual;
• imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções
arquitetônicas;
Dança
Para o ensino da Dança na escola, é fundamental buscar no
encaminhamento das aulas a relação dos conteúdos próprios da dança com os
elementos culturais que a compõem. É necessário rever as abordagens presentes
e modificara ideia de que a Dança aparece somente como meio ou recurso
“para relaxar’, ‘para soltar as emoções’, ‘para expressar-se espontaneamente’,
‘para trabalhar a coordenação motora’ ou até ‘para acalmar os alunos”
(MARQUES, 2005, p. 23).
Música
Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma grande
oferta musical que tanto compõe suas preferências relacionadas à herança
cultural, quanto interfere na formação de comportamento e gostos instigados pela
cultura de massa. Por isso, ao trabalhar uma determinada música, é importante
contextualizá-la, apresentar suas características específicas e mostrar que as
influências de regiões e povos misturam-se em diversas composições musicais.
Teatro
Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na
educação, destacam-se a: criatividade, socialização, memorização e a
coordenação, sendo o encaminhamento metodológico, proposto pelo professor,
o momento para que o aluno os exercite. Com o teatro, o educando tem a
oportunidade de se colocar no lugar de outros, experimentando o mundo sem
correr risco.
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ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS - ENSINO MÉDIO
A disciplina de Arte, composta por quatro áreas – Música, Teatro, Dança e
Artes Visuais – é de suma importância na formação do aluno do Ensino Médio,
pois seu ensino possibilita expandir seus sentidos, sua capacidade de criação,
percepção e apreciação, desenvolver o pensamento crítico e aprimorar a
interpretação do mundo com vistas à sua transformação e a de si mesmo.
Segundo Peixoto (2003) “Por meio da arte o homem pode aprender a
realidade, não só para suportá-la, mas, principalmente, para transformá-la, ou
seja, para humanizá-la e, dialeticamente humanizar-se.”
Desde os primórdios o ser humano transformou o mundo, construiu a
história, a sociedade e a si próprio por meio do processo do trabalho,
transformando a natureza e os objetos naturais em ferramentas, acelerando o
processo de transformação do natural em humano. Tornou-se capaz de abstrair,
simbolizar e criar arte.
É importante o aluno compreender que a Arte está presente em todas as
sociedades, e que o ser humano produz maneiras de ver e sentir, diferentes em
cada tempo histórico, pois ele é fruto do contexto histórico em que nasceu, o qual
irá determinar o processo de criação e sua produção artística. “Estas formas
artísticas - como expressão concreta de visões de mundo – são determinadas,
mas também determinam o contexto histórico, social, econômico e político, isto é,
as transformações da sociedade implicam condições para uma nova atitude
estética e são por elas modificadas” (DCE, 2008, p. 55).
Assim, pretende-se que os alunos do Ensino Médio apropriem-se dos
conhecimentos próprios das diversas áreas de arte, desenvolvam um trabalho de
criação total e unitário, estabeleçam relações com a diversidade de pensamento e
de criação artística, aumentem a capacidade do pensamento crítico, aprimorem
seus sentidos humanos, enfim, humanizem-se, superando a condição de
alienação e repressão à qual estes sentidos, historicamente, foram submetidos.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 37
Por fim, espera-se que o ensino de Arte contribua para que transformem a
realidade.
AVALIAÇÃO
A avaliação em arte é diagnóstica e processual, contínua e cumulativa
observando o processo de aprendizagem, os avanços e as dificuldades
individuais e em grupo, as soluções de problemas, o relacionamento em grupo, a
auto-avaliação.
É um instrumento de reflexão para professor, aluno e comunidade escolar.
Tem como base o desempenho do aluno em diferentes experiências de
aprendizagem. Há também a possibilidade de avaliação em atividades ou projetos
extraclasse, desenvolvidas na comunidade ou no convívio social do aluno desde
que tenham mensuração e data previstos anteriormente.
Sugestão de instrumentos de verificação:
-trabalhos individuais e em grupo;
-pesquisas bibliográficas e de campo;
-debates em forma de seminários e simpósios;
-provas teóricas e práticas.
Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário
para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo.
A avaliação em Arte busca superar o papel de mero instrumento de
medição da apreensão dos conteúdos e busca propiciar aprendizagens
socialmente significativas para o aluno. Almeja-se formar cidadãos críticos
responsáveis, participativos, ativos e criativos.
Havendo necessidade, em qualquer momento do período letivo, são
realizadas intervenções pedagógicas com retomada de conteúdos para a
realização da recuperação dos estudos.
As avaliações podem ser individuais, em grupo, em equipe com atividades
diferenciadas objetivas ou subjetivas. Com mensurações e critérios previstos
algumas atividades podem ser avaliadas com a participação dos alunos da sala,
tornando-se uma retomada de conteúdos e deixando claro o porquê de sua nota.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 38
O resultado da avaliação é traduzido em forma de notas, em algarismos,
compreendido entre 0,0 (zero) a 10,0 (dez) que pode ser obtido de forma
somatória ou média aritmética, registrado na caderneta de forma clara e sem
rasuras para o entendimento da equipe pedagógica.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
Havendo necessidade, em qualquer momento do período letivo, são
realizadas intervenções pedagógicas com retomada de conteúdos para a
realização da recuperação de estudos.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo
ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades significativas, por meio
de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez).
DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS QUE DEVEM SER ARTICULADOS AOS CONTEÚDOS, COM RESPALDO NAS SEGUINTES LEGISLAÇÕES: Lei Federal n° 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira Lei Federal n° 11.645/08 - História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena Lei Federal n° 11769/08 - Obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica Lei Federal n° 13.381/01 - História do Paraná Lei Federal n° 17505/13 - Educação ambiental
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PENTEADO NETO, Onofre. Desenho Estrutural. São Paulo. Perspectiva, 1981.
READ, Herbert. Dicionário da Arte e dos Artistas. Lexis: edições 70, 1989.
REZENDE, Neide. A Semana da Arte Moderna. São Paulo. Ática, 1993.
TAVARES,Isis Moura. Educação, Corpo e Mente. Curitiba: IESDE, 2004
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 40
BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
No decorrer da história diferentes pensamentos delimitaram
concepções diversas sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no
ensino, abordando os fatos e os princípios científicos, como também
oferecendo condições para que as pessoas tomassem decisões frente aos fatos.
Possibilitou que analisassem as implicações sociais da ciência e sua influência
e com isso buscassem condições de tomar posicionamento crítico em
relação a melhoria da qualidade de vida.
Assim surge a Biologia que é vista como uma ciência encantadora pois
estuda o fenômeno vida, todas as suas diversidades, mudanças, peculiaridades, e
as novas descobertas contemporâneas, que podem ser incluídas e estudadas
pela disciplina como clonagem, transgênicos, células tronco, vacinas,
biotecnologia e outros, compreendendo o conhecimento científico e
tecnológico como resultados de uma construção humana, inseridos em um
processo histórico, social, cultural, científico e político.
A Biologia como disciplina não pode ser abordada de forma fragmentada e
organizada em cada nível de estudo e sim de forma integrada
sempre focando a aprendizagem do educando.
É necessária a contextualização dos conteúdos para que o
aluno perceba e identifique as informações em sua vida, refletindo sobre a
realidade de forma global, na qual os seres vivos estão inseridos, como também,
sendo preparado para o mundo do trabalho.
O objetivo geral do ensino da Biologia segue conduzindo o aluno a uma
reflexão e um posicionamento mais adequado e crítico em relação ao estudo do
fenômeno vida, da natureza e ao próprio homem como indivíduo e como parte
da sociedade em que vive, como também, do meio em que ocupa,
procurando sempre reconhecer o ser humano como agente e paciente
de transformações intencionais por ele produzidas no seu ambiente,
julgando ações de intervenções e identificando aquelas que visam a
preservação e implementação da saúde individual e coletiva.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 41
A importância da Biologia na vida de um cidadão é imensurável, uma vez
que a biologia é parte integrante da formação de um cidadão crítico capaz de
interagir no meio em que vive, portanto, o maior e mais desafiador objetivo da
Biologia é de fato ser agente de crescimento do educando para que ele cresça
e seja capaz de ser um cidadão que possa agir no ambiente em que vive
transformando-o para um mundo mais justo e melhor.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Segundo a Diretrizes Curriculares do Paraná (2008) os
conteúdos estruturantes são os saberes, conhecimentos de grande
amplitude, que identificam e organizam os campos de estudo de uma
disciplina escolar, considerados fundamentais para a abordagens pedagógicas
dos conteúdos específicos e conseqüente compreensão de seu objeto de estudo
e ensino através do fenômeno vida.
Os conteúdos estruturantes foram assim definidos:
- Organização dos seres vivos;
- Mecanismos Biológicos;
- Biodiversidade;
- Manipulação Genética.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
1º ANO
- Classificação dos seres vivos: critério s taxonômicos e filogenéticos ;
- Mecanismos celulares, biofísicos e bioquímicos;
- Sistemas Biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;
2º ANO
- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;
- Sistemas Biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia;
- Mecanismos de desenvolvimento embriológico;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 42
3º ANO
- Transmissão das características hereditárias;
- Organismos geneticamente modificados;
- Teorias evolutivas;
- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência
com o ambiente;
DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS QUE DEVEM SER ARTICULADOS AOS
CONTEÚDOS, COM RESPALDO NAS SEGUINTES LEGISLAÇÕES:
Lei Federal nº 10.639/09 História e Cultura Afro-Brasileira e Lei Federal
nº11.645/08 História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
Lei Federal n º 9.795/99 Política Nacional de Educação Ambiental e
Lei Estadual nº 17.505/13 Política Estadual de Educação Ambiental.
Lei Federal nº 10.741/03 Estatuto do Idoso e Lei Estadual nº 17.858/13 Política
de Proteção ao Idoso.
Lei Federal n º 12.235/10 Dia Nacional de Combate a Dengue e Lei Estadual nº
17.675/13, Dia de Ação Contra Dengue.
Lei Federal nº 11525/07 Enfrentamento à Violência Contra a Criança e
o Adolescente
Lei Estadual n º 16.454/10 Gênero e Diversidade Sexual e Resolução nº 12/16.
METODOLOGIA:
O processo de ensino fundamenta-se em uma cognição situada, ou seja,
as ideias prévias dos estudantes e dos professores, advindas do contexto de suas
experiências e de seus valores culturais, que devem ser reestruturadas
e sistematizadas a partir das ideias ou dos conceitos que estruturam as
disciplinas de referência.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 43
De um ponto de vista sócio histórico da noção de contextualização,deve-
se considerar que o confronto entre os contextos sócio históricos
,construído ao longo de uma investigação, é um procedimento metodológico
das ciências de referência e das disciplinas escolares.
A simples comparação entre contextos sócios históricos, porém, promove
juízos de valor sobre as diferentes temporalidades, além do
anacronismo, quando elementos de uma dada época são transportados
automaticamente para outro período histórico. O presentíssimo, por exemplo, é a
forma mais comum do anacronismo.
Para evitar o anacronismo, é necessária uma sólida compreensão dos
conceitos de tempo e de espaço, muito caros ao entendimento do
processo sócio histórico e constituição das dimensões filosófica, científica e
artística de todas as disciplinas escolares.
Assim, é importante que os professores tenham claro que o método
fundamental, no confronto entre contextos sócio históricos, é a
distinção temporal entre as experiências do passado e as experiências do
presente. Tal distinção realizada por meio dos conceitos e saberes que
estruturam historicamente as disciplinas – os conteúdos estruturantes.
Esse método também considera outros procedimentos, além das relações de
temporalidade,tais como a contextualização social e a contextualização
por meio da linguagem.
A contextualização social expõe uma tensão teórica fundamental:
o significado de contextualização para as teorias funcionalista e estruturalista
em oposição a esse significado para as teorias críticas.
Das perspectivas funcionalista e estruturalista, a sociedade apresenta-se
com estruturas políticas, econômicas, culturais, sociais permanentes.
Para essas concepções, a contextualização tem como finalidade explicar
o comportamento social dos indivíduos ou dos grupos conforme a normatização
de uma estrutura pré-existente, cabendo à educação adaptar os indivíduos a
essas estruturas. Na História da Educação Brasileira, por muito tempo, essas
concepções foram aceitas, mas passaram a ser questionadas por
apresentarem limites na formação dos indivíduos.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 44
Na atualidade, conforme as Diretrizes Curriculares para a disciplina de
Biologia, devemos ir além das funções que já desempenha a disciplina no
currículo escolar. E lá deve-se discutir os educandos, instrumentalizando-os para
que resolvam problemas que atinjam direta ou indiretamente sua
perspectiva de futuro onde leva a compreensão dos conceitos científicos deforma
significativa, onde ele perceba a realidade local e global, interferindo na
sociedade. Para tanto o educador deve partir dos saberes adquiridos
previamente pelos educandos.
Nesse contexto, ressalta a importância de trabalhar a disciplina de forma
contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando a inter-
relação entre o conteúdo estudado com o seu dia-a-dia.
Os métodos para aquisição de estudo em Biologia parte da realidade do
aluno e das necessidades decorrentes de uma sociedade organizada, fazendo
pesquisas teóricas e práticas, relacionando os fenômenos biológicos e
os induzidos pela ação do homem.
Com isso iremos explorar as experiências vividas de cada aluno e propor
atividades individuais ou coletivas, explorando a linguagem formal e a linguagem
popular para descrever diversos fenômenos e assim mediar o conhecimento
científico.
Para desenvolver as aulas propostas diversos instrumentos e recursos
pedagógicos serão utilizados, tais como:
- Aula expositiva e dialogada de forma significativa, onde ele perceba
a realidade local e global, interferindo na sociedade. Para tanto o educador deve
partir dos saberes adquiridos previamente pelos educandos.
- Trabalho em equipe, sempre buscando relacionar fatos do cotidiano com o
conteúdo científico;
- Uso da internet (informática);
- Aulas práticas com relatório (laboratório e de campo);
- Leitura e interpretação de textos de interesse científico;
- Palestra sobre saúde, cuidados sexuais;
- Debates para expressar dúvidas, idéias e conclusões acerca dos fenômenos
biológicos;
- Atividades textuais, escritas e orais;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 45
- Resolução das atividades, exercícios propostos;
- Expor o conhecimento biológico através de desenhos e esquemas;
- Pesquisa orientada sobre as principais viroses, bactérias e protozooses;
- Trabalhos com filmes, questionando fatos ecológicos ou biotecnologias com os
conhecimentos científicos adquiridos;
- Trabalhar com músicas utilizando nas letras os conteúdos de Biologia;
-Trabalhar com imagens Power Point;
- Textoteca com leitura atual e informativa.
Os desafios socioeducacionais e as legislações obrigatórias serão
trabalhadas como parte do currículo, especificamente no Plano de Trabalho
Docente sendo descrito na metodologia e abordado a partir dos conteúdos
específicos com os quais estejam articulados.
AVALIAÇÃO
A avaliação constitui um elemento central na organização da prática
pedagógica, na medida em que favorece o processo de construção do
conhecimento para o aluno e subsidia a auto avaliação do trabalho
metodológico do professor.
O desempenho dos alunos durante o ano letivo será considerado sob
diversas formas.
- Atividades de Pesquisa: As avaliações serão aplicadas individualmente ou em
grupo que tanto podem ser entregues ao professor ou expostos
oralmente.
-Provas escritas, serão elaboradas de acordo com os conteúdos
estudados, com questões diversificadas, objetivas e subjetivas.
-Trabalhos em sala e resolução de exercícios:
-Realização de atividades de tarefa casa.
-Minis seminários.
-Relatórios de aulas práticas e experimentação.
A avaliação será diagnóstica, contínua, processual e cumulativa em que
prevalecerão os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, terá os registros de
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 46
nota expresso em uma escala de 0 (zero) a10 (dez), será feita a somatória das
apropriações do conhecimento do aluno que resultará em uma aferição.
O número de aferições não poderá ser inferior a dois.
A média bimestral resultará da média aritmética das aferições ofertadas
durante o bimestre, atingindo valoração de 0 (zero) a 10 (dez).
A recuperação de estudos acontecerá em sala de aula, tão logo o
professor perceba que não houve apropriação do conteúdo pelo aluno.
A recuperação será organizada com atividades significativa, por meio de
procedimentos didáticos metodológicos diversificados como exemplo através de
revisão de conteúdo, tarefas, atividades diversificadas, trabalhos individuais
ou em grupos, provas individuais ou em grupos, para que todos os alunos tenham
oportunidades de participar do processo ensino-aprendizagem.
Portanto como a Biologia representa um incessante vir- a- ser,
assim também será a avaliação, um momento de reflexão, atendendo as
expectativas do educando, do educador, num entrosamento entre a avaliação de
notas, e a avaliação diagnóstica, contínua, reflexiva e a recuperação de estudos.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 47
REFERÊNCIAS:
BIZZO , N. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio .Brasília : MEC,
2004.
BRASIL, Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008: inserção dos conteúdos de
Historia.Cultura Africana, Afro Brasileira e Indígena nos currículos escolares.
Brasília: Casa Civil, 2008.
BRASIL, Lei nº 9.795/99: institui a Política Nacional de Educação Ambiental,
voltada para diferentes órgãos. Brasília: Casa Civil, 1999.
BRASIL,Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional:LDB,nº9394/96.Brasília: Ministério da Educação e Cultura, MEC, 1997.
CHASSOT , A . A ciência através dos tempos .são Paulo : editora Moderna ,
2004
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PARANÁ,Secretaria de Estado da Educação.Caderno de Expectativas de
Aprendizagem.Curitiba:Seed/DEB-PR,2010
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação.Diretrizes Curriculares de Biologia
para o Ensino Médio. Curitiba: Seed/DEB-PR,2008 Deliberação 007/99 –
CEE/PR, Normas Gerais para Avaliação do Aproveitamento Escolar,
Recuperação de Estudos e Promoção de Alunos, do Sistema Estadual de
Ensino, em Nível do Ensino Fundamental e Médio.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 48
CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Ao longo da história da humanidade percebe-se que, com a descoberta do
fogo, o homem primitivo passou a fazer uso da ciência para facilitar sua vida e
atender suas necessidades básicas como conservação de alimentos e construção
de ferramentas entre outros.
Segundo alguns fragmentos históricos, somente na década de 20, a
disciplina de ciências foi inserida no currículo escolar como “Ciências Físicas
Naturais” e o método de ensino utilizado na época eram centrados na exposição,
memorização e repetição.
Até a década de 50, o conhecimento científico era tratado na escola como
verdade absoluta. O professor atuava como transmissor de conhecimento e os
alunos como receptores passivos.
Na década de 50, durante a Guerra Fria, houve o lançamento de um
satélite artificial russo ao espaço. Esse fato gerou nos Estados Unidos
investimentos na educação, com auxílio de sociedades científicas e
universidades, na produção de projetos de Física, Química e Matemática. Esses
projetos tinham a finalidade de formar novos cientistas.
Também nessa década houve no Brasil a organização do (IBECC) Instituto
Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura. O IBECC tinha como principal objetivo
a participação de professores e alunos em atividades experimentais, com a
intenção de melhorar o ensino de ciências, tanto no ensino fundamental, como no
ensino superior.
Na década de 60, com a industrialização, foi defendida a formação de
novos pesquisadores para que o Brasil pudesse participar em melhores condições
nesse processo.
Essa década foi marcada por intensos debates políticos e por gerar
conflitos no currículo escolar. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 49
4.024/51 ampliou o espaço da disciplina de “Ciências Físicas e Naturais” para
“Iniciação às Ciências”, estendendo sua obrigatoriedade para todos os anos do
ginasial.
Nessa década, as atividades experimentais ganharam destaque no ensino
de ciências, como forma de levar o aluno a vivenciar o método científico e ter uma
boa formação científica.
Nessa perspectiva a disciplina de ciências tinha a função de preparar aluno
para ter conhecimento dos procedimentos dos trabalhos dos cientistas,
objetivando com isso a construção do espírito crítico e do pensamento lógico.
Com isso, as feiras de ciências e as atividades de laboratório atingiram um papel
importante na disciplina.
A década de 70 foi marcada com crescente degradação ambiental e
desenvolvimento das indústrias, ocasionadas pelo avanço do sistema capitalista.
Nesse contexto, ciência e tecnologia voltam a ser discutidas mais criticamente,
devido aos impactos provocados por essas tecnologias à sociedade. Nessas
discussões surge o Movimento Ciência, Tecnologia e Sociedade.
Na década de 80, com o fim da ditadura militar, organizam-se novos
currículos escolares e o ensino de ciência sofre muitas críticas quanto a sua
metodologia, uma vez que ele havia deixado de lado sua prática social. Entram
em discussões temas relacionados à saúde, ambiente, relação indústria e
agricultura e entre a ciência e a tecnologia.
A partir desse ano os conhecimentos prévios dos alunos passam a ser
considerados no processo ensino aprendizagem de forma articulada aos aspectos
sociais e históricos, tornando-os co-responsáveis pela sua aprendizagem.
O “Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná”, veio no
início dos anos 90, fundamentado na pedagogia histórico crítica na qual a escola
é valorizada como espaço responsável pelo saber sistematizado e os conteúdos
indispensáveis para a compreensão da prática social do aluno.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 50
O ensino de ciências no Currículo Básico propôs a integração dos
conteúdos a partir de três eixos norteadores: Noções de Astronomia,
Transformação e Interação da Matéria e Energia e Saúde: Melhoria da Qualidade
de Vida.
A partir de 1996, o ensino de ciência teve seu objeto de estudo
redirecionado e o esvaziamento de seus conteúdos clássicos, tendo em vista os
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental – Ciências
Naturais (PCNs), uma vez que temas específicos da disciplina de ciências como
Saúde, Sexualidade, Meio Ambiente entre outros eram tratados por outras
disciplinas, na forma de projetos curriculares e extra-curriculares, propostos por
organizações não-governamentais (ONGS) e empresas variadas, desrespeitando
muitas vezes a proposta pedagógica da escola.
Diante desse contexto, em 2003, com as mudanças no cenário político
nacional e estadual, iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com
objetivo de produzir novas Diretrizes Curriculares para reformular a política
educacional do Estado, estabelecer novos rumos e uma nova identidade para o
ensino de Ciências.
A nova proposta para o ensino de ciências parte do princípio que a ciência
não se constitui numa verdade absoluta, pronta e acabada. É indispensável rever
o processo ensino e aprendizagem no contexto escolar, de modo que o modelo
tradicional seja superado por um modelo que desenvolva nos educandos a
capacidade de buscar explicações científicas para os fatos, através de posturas
críticas referenciadas pelos conhecimentos científicos.
O objeto de estudo da disciplina de Ciências é (...) o conhecimento
científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico,
entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o
Universo, em toda a sua complexidade. Ao Homem cabe interpretar
racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações
entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento,força,
campo, energia e vida (DCE, 2008, p. 88)
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 51
É importante que o educando, não só tenha informações sobre os avanços
do conhecimento científico, mas que tenha acesso a esse conhecimento a fim de
compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os seres vivos e o
universo. Da mesma forma, compreender os aspectos positivos e negativos da
ciência e da tecnologia, para que ele possa estar atuando de forma consciente em
seu meio social e interferir no ambiente, considerando a ética e os valores sociais,
morais e políticos que sustentam a vida.
As Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE, 2008) propõe que o ensino de
Ciências aconteça por integração conceitual e que estabeleça relações entre os
conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos estruturantes da disciplina
(relações conceituais); entre eles e os conteúdos estruturantes das outras
disciplinas do Ensino Fundamental (relações interdisciplinares); entre os
conteúdos científicos escolares e o processo de produção do conhecimento
científico (relações contextuais).
Para a disciplina de Ciências são apresentados cinco conteúdos
estruturantes, Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade, construídos a partir da historicidade dos conceitos científicos.
Para que não aconteça a fragmentação do currículo, propõe-se que o professor
trabalhe com os cinco conteúdos estruturantes em todas os anos, a partir da
seleção de conteúdos específicos da disciplina de Ciências adequados ao nível
de desenvolvimento cognitivo do estudante.
O objetivo da disciplina de Ciências é formar sujeitos que construam
sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e
histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, possam ser
capazes de ações transformadoras na sociedade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS - CIÊNCIAS
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
Universo
Sistema Solar
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 52
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Astros
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Níveis de organização
ENERGIA
Formas de energia
Conversão de energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos
Ecossistemas
Evolução dos seres vivos
7ª ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
Astros
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Células
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Formas de energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Origem da vida
Organização dos seres vivos
Sistemática
8ª ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA Origem e evolução do Universo
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 53
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Células
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Formas de energia
BIODIVERSIDADE
Evolução dos seres vivos
9ª ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
Astros
Gravitação Universal
MATÉRIA
Propriedades da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
ENERGIA
Formas de energia
Conservação de energia
BIODIVERSIDADE Interações ecológicas
DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS QUE DEVEM SER ARTICULADOS AOS
CONTEÚDOS, COM RESPALDO NAS SEGUINTES LEGISLAÇÕES:
Lei Federal nº 10.639/09 História e Cultura Afro-Brasileira e Lei Federal nº
11.645/08 História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
Lei Federal n º 9.795/99 Política Nacional de Educação Ambiental e Lei Estadual
nº 17.505/13 Política Estadual de Educação Ambiental.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 54
Lei Federal nº 10.741/03 Estatuto do Idoso e Lei Estadual nº 17.858/13 Política
de Proteção ao Idoso.
Lei Federal n º 12.235/10 Dia Nacional de Combate a Dengue e Lei Estadual nº
17.675/13, Dia de Ação Contra Dengue.
Lei Federal nº 11525/07 Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o
Adolescente
Lei Estadual n º 16.454/10 Gênero e Diversidade Sexual e Resolução nº 12/16.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A disciplina de Ciências pretende investigar e pesquisar, através de ações
desafiadoras, os conhecimentos científicos, abordando assuntos atuais,
oportunizando aos alunos situações concretas de aprendizagem, como
discussões e questionamentos que suscitem uma reflexão mais apurada sobre
inovações no campo da ciência e da realidade social, incluindo aspectos políticos,
éticos, educacionais, ambientais e econômicos.
Para tanto, é necessário utilizar uma diversidade de abordagens
estratégias e recursos pedagógicos, tais como:
• A problematização, a partir de situações cotidianas dos alunos, considerados
como prática social inicial, desenvolvendo o conteúdo específico envolvido e que
possibilitará ao aluno a compreensão crítica dessa realidade;
• Aulas práticas de experimentação com a finalidade de análise, discussão
percepção do erro e o acerto como processo de construção do conhecimento;
• Aulas práticas de leituras, análises, interpretação de gráficos, imagens,
esquemas, tabelas, mapas conceituais, etc.;
• Aulas práticas com o uso do computador para realização de pesquisas,
simulações, jogos, produção e sistematização de conhecimentos;
• Pesquisas bibliográficas como fonte de aprofundamento de conhecimentos;
• Entrevistas, debates, palestras, seminários, conferências, fóruns, feiras de
ciência, como possibilidades de ampliação da cultura geral do aluno;
• Resolução de situações problema, discutindo-as e relacionando-as aos
conceitos envolvidos;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 55
• Desenvolvimento de projetos individuais e em equipe;
• Trabalho de campo (visitas às indústrias, fazendas, museus, etc.), observação,
registro, discussão e análise;
• Dramatizações, painéis, murais, histórias em quadrinho, músicas e paródias,
teatro, poesia, telejornal, desenhos, cartazes, etc.;
• Os desafios socioeducacionais e as legislações obrigatórias serão trabalhadas
como parte do currículo, especificamente no Plano de Trabalho Docente sendo
descrito na metodologia e abordado a partir dos conteúdos específicos com os
quais estejam articulados.
AVALIAÇÃO
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem,
possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com os alunos,
contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriaram
dos conteúdos específicos tratados nesse processo. Portanto a avaliação deve
ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do aluno, prevalecendo os
aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Através das atividades
desenvolvidas, o professor acompanhará não só o desempenho de seus alunos,
como também o seu próprio trabalho, analisando suas práticas pedagógicas e
avaliativas.
Portanto, é necessário que o processo avaliativo se dê de forma
sistemática e a partir de critérios avaliativos estabelecidos pelo professor, que
considerem aspectos como o conhecimento que os alunos possuem sobre
determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto entre esses
conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações
estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do processo de
ensino e de aprendizagem e, no seu cotidiano.
Nesse sentido, é imprescindível a coerência entre o planejamento das
ações pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo
avaliativo, a fim de que os critérios de avaliação estabelecidos estejam
diretamente ligados ao propósito principal do processo de ensino e de
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 56
aprendizagem, à aquisição dos conteúdos específicos e a ampliação de seu
referencial de análise crítica da realidade, por meio da abordagem articulada.
Como a avaliação deverá refletir o desempenho do aluno em diferentes
situações, os recursos e os instrumentos avaliativos deverão ser diversificados e
compatíveis com a disciplina, conteúdos e condições do aluno. Com isso, a
avaliação permitirá diagnosticar e identificar as dificuldades dos alunos,
possibilitando a partir daí, uma intervenção pedagógica capaz de promover a
aprendizagem significativa
Em ciências são muitas as formas de avaliações, tais como: individual ou
em grupos, oral ou escrita, relatórios, apresentação em seminários, lista de
exercícios sobre o conteúdo em sala, tarefas etc.
Será feita a somatória das apropriações do conhecimento do aluno que
resultará em uma aferição.
O número de aferições não poderá ser inferior a três.
A média bimestral resultará da média aritmética das aferições ofertadas
durante o bimestre, atingindo valoração de 0 (zero) a 10 (dez).
A recuperação de estudos é um direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Caso seja necessário, se fará
uso da recuperação de estudos, instrumento com a qual, objetiva-se constatar o
resultado do processo ensino aprendizagem após uma retomada dos conteúdos.
É importante salientar que a recuperação de estudos não deve prender-se
somente a nota, e sim a real apropriação do conhecimento e a conseqüente
melhoria das notas.
A recuperação de estudos será organizada com atividades significativas,
por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados como:
- Revisão dos conteúdos avaliados em testes;
- Exercícios de fixação com consulta individual ou coletiva em classe e/ou
extraclasse;
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- Uma nova avaliação para a verificação da aquisição e/ou domínio do conteúdo
das quais todos os alunos poderão participar independente de seu
aproveitamento nas avaliações anteriores;
Na recuperação de estudos, prevalecerá a maior nota.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, D. C. de et.al. Concepções e tendências da educação e suas manifestações na prática pedagógica escolar. Disciplina de Produção social do saber e organização escolar: questões conceituais e metodológicas ministrada pela professora Maria Madselva F. Feiges, Curso de Especialização em Organização do Trabalho Pedagógico, Setor de Educação da UFPR., Curitiba, 2003. (mimeo.)
AMARAL, I. A. do. Currículo de ciências: das tendências clássicas aos movimentos atuais de renovação. In: BARRETO, E. S. de S. (Org.). Os currículos do Ensino Fundamental para as escolas brasileiras. Coleção Formação de Professores. São Paulo: Autores Associados, 2000.
AMARAL, I. A. do. Ensino de Ciências e os parâmetros curriculares nacionais. In: Seminário Regional sobre Parâmetros Curriculares Nacionais. São Paulo, 16 e 17de setembro de 1996.
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BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diretrizes e bases da educação nacional. Editora do Brasil S/A.
BRASIL, Lei nº 9.795/99: institui a Política Nacional de Educação Ambiental, voltada para diferentes órgãos. Brasília: Casa Civil, 1999. BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: LDB, nº 9394/96. Brasília: Ministério da Educação e Cultura, MEC, 1997.
CHALITA, G. Vivendo a Filosofia. 2.ed. São Paulo: Ática, 2005.
CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. E ed. São Paulo: Moderna, 2004.
CRUZ, C. G. M. da et. Al. Fundamentos teóricos das ciências naturais. Curitiba: IESDE, 2004.
Deliberação 007/99 – CEE/PR, Normas Gerais para Avaliação do Aproveitamento Escolar, Recuperação de Estudos e Promoção de Alunos, do Sistema Estadual de Ensino, em Nível do Ensino Fundamental e Médio. BRASIL, Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008: inserção dos conteúdos de História e Cultura Africana, Afro Brasileira e Indígena nos currículos escolares. Brasília: Casa Civil, 2008.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 59
DOMINGUES, j. l. ET. AL. Anotações de leitura dos parâmetros nacionais do currículo de ciências. IN: In: BARRETO, E. S. de S. (Org.). Os currículos do Ensino Fundamental para as escolas brasileiras. Coleção Formação de Professores. São Paulo: Autores Associados, 2000.
FERREIRA, M. S.: GOMES, m. m. ; ribeiro, c. c. História da disciplina escolar Ciências nas Legislações Brasileiras de Ensino (1931 – 1971). In: V Jornada de Pesquisadores em Ciências Humanas, 1999, Rio de Janeiro. Anais da V Jornada de Pesquisadores em Ciências Humanas, 1999.
FREIRE MAIA, N. A ciência por dentro. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico - crítica. 2. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.
GORNI, D. A. P. A reestruturação do Ensino Fundamental do Paraná após a abertura democrática do Brasil: retrospectiva e perspectivas. Londrina: EDUEL, 2002.
KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das Ciências. São Paulo: EPU, 1987.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Avaliação, sociedade e escola: fundamentos para reflexão. 2. ed. Curitiba: SEED, 1986.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná. 3. ed. Curitiba: SEED, 1997.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares Estaduais de Ciências. Curitiba: SEED/DEB-PR, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB-PR,2010
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 60
EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física passou por uma série de transformações durante toda sua existência. Processo necessário para que fosse legitimada como disciplina escolar. Passemos a seguir, a discutir e conhecer diversos momentos importantes para esta disciplina.
Na antiguidade, os homens primitivos praticavam atividades físicas naturalmente, de maneira espontânea e instintiva. Tinham a necessidade de correr, saltar, nadar, lutar, caçar para sobreviver. Assim, o homem, à luz da ciência, executa os seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé: corre, salta, arremessa, empurra, puxa e etc.
A preocupação dos chineses era com a postura correta, com a ginástica curativa e principalmente com os hábitos higiênicos.
Os egípcios realizavam exercícios físicos nas cerimônias religiosas, nos funerais e no treinamento dos guerreiros. A ginástica egípcia já valorizava o que se conhece hoje como qualidades físicas tais como: equilíbrio, força, flexibilidade e resistência. Já usavam, embora rudimentares, materiais de apoio tais como tronco de árvores, pesos e lanças.
Na Grécia Antiga, os atletas eram considerados exemplos a serem seguidos e a preparação física fazia parte da educação dos jovens gregos. Da Grécia surgiram muitas das práticas atuais e o mais importante evento esportivo mundial, que são os Jogos Olímpicos.
Os romanos eram um povo guerreiro e assim desenvolveram principalmente as artes militares, como a corrida de bigas e o duelo de gladiadores.
Os povos hindus praticavam exercícios físicos, o tratamento pela massagem e o controle respiratório como medidas higiênicas e medicinais. As danças e os jogos também eram muito apreciados.
Na Idade Contemporânea a influência na nossa ginástica localizada começa a se desenvolver e quatro grandes escolas foram as responsáveis por isso: a alemã, a nórdica, a francesa, e a inglesa. Nesse período, a Educação Física volta a ser considerada necessária à educação e passa a ser ensinada nas escolas. Surgem novas modalidade esportivas como o handebol, o basquetebol e o voleibol. O Barão de Coubertin faz renascer os jogos olímpicos, que divulgam o esporte como meio de integração entre todos os povos.
No Brasil colônia, os primeiros habitantes, os índios, deram pouca contribuição a não ser os movimentos rústicos naturais tais como nadar, correr atrás da caça, lançar, e o arco e flecha. Na suas tradições incluem-se as danças, cada uma com significado diferente: homenageando o sol, a lua, os Deuses da
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guerra e da paz, os casamentos etc. Entre os jogos incluem-se as lutas, a peteca, a corrida de troncos entre outras que não foram absorvidas pelos colonizadores.
Junto com a proclamação da República, vieram muitas propostas de mudança e também a discussão sobre as instituições escolares e as políticas educacionais praticadas pelo antigo regime. Ainda no final do século XIX, Rui Barbosa, Deputado Geral do Império, emitiu um Parecer em 1882, onde, entre outras conclusões, afirmou a importância da ginástica para a formação do cidadão, equiparando-a em categoria e autoridade com as demais disciplinas. A partir de então, a Educação Física tornou-se componente obrigatório dos currículos escolares.
A Educação Física brasileira, em sua prática pedagógica escolar, foi fortemente influenciada pelo militarismo e pela medicina, setores emergentes dos séculos XVIII e XIX.
Por não existir um plano nacional de Educação Física, a prática nas escolas se dava através do método francês de ginástica adotado pelas Forças Armadas e tornado obrigatório a partir de 1931. Foi a partir da Constituição de 1937 que a Educação Física se consolidou no contexto escolar, sendo, então, utilizada com o objetivo de doutrinação, dominação e contenção dos ímpetos da classe popular, exaltando o patriotismo, a hierarquia e a ordem.
A partir de 1964, devido aos acordos feitos entre o MEC e o Departamento Federal de Educação Americana, muitos professores de Educação Física frequentaram cursos de pós-graduação nos Estados Unidos na área esportiva. Isso fez com que o esporte, principalmente os ditos olímpicos, fosse visto como objeto principal da Educação Física e, então, os currículos passaram a tratá-lo com maior ênfase, através do método tecnicista centrado na competição e no desempenho.
A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório na escola, com a promulgação da Lei 5692/71. Nesse período, aos olhos do regime militar, a Educação Física era vista como forma de disciplinar o homem através da promoção de sua aptidão física, considerada importante para o desenvolvimento da capacidade produtiva da classe trabalhadora, e ao desporto, pela intenção de tornar o país uma potência olímpica.
Em meados dos anos 80, dando origem aos primeiros debates voltados à criticidade, surgem as denominadas correntes ou tendências da Educação Física, são elas: desenvolvimentista, construtivista, crítico superadora, crítico emancipatória.
Nos anos 90, o esporte passa a ser visto como meio de promoção à saúde acessível a todos, manifestada de três formas: esporte educação, esporte participação e esporte performance.
O estado do Paraná dentro de um projeto mais amplo entende a escola como um espaço que, dentre outras funções deve garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido historicamente pela humanidade.
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Seu objeto de estudo e de ensino, é a Cultura corporal e a Educação
Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e a reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como um sujeito transformadora e agente histórico, político,social e cultural.
Considerando o contexto histórico, vemos a necessidade de sistematizar novas propostas pedagógicas, buscando fazer da Educação Física uma disciplina que vai além da função de treinar o corpo sem qualquer reflexão sobre o fazer corporal.
A Educação Física escolar tem se inserido no plano de uma reflexão sobre diferentes problemáticas sociais, como a violência, preconceitos étnicos de cor, sexo, classe social, religião, entre tantos outros; as formas corporais de exclusão social, as potencialidades e os limites de expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações corporais historicamente produzidas, que pretende possibilitar a comunicação e interação de diferentes indivíduos com eles mesmos, com outras, e com seu meio sócio-natural.
A Educação Física deve ser a humanização das relações humanas. Portanto a noção de corporalidade alicerce em que a Educação Física se solidifica pretende ampliar as possibilidades de intervenção educacional do professor, superando a dimensão meramente motriz de sua aula sem, no entanto negar o movimento da manifestação humana.
Importante destacar que as aulas de Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e como tal, deve estar articulada ao projeto político pedagógico da escola. Se a atuação do professor é na quadra ou em qualquer outro lugar do ambiente escolar, seu compromisso é com a escola, com o projeto político pedagógico de escolarização instituído com o aluno, sempre em favor da principal preocupação, que é a formação do aluno e do cidadão.
O ensino de Educação Física vai além de jogar, é mais que ensinar habilidade técnicas. Deve ser entendida como reflexão crítica, construção de personalidade e caráter dos alunos, tornando-os verdadeiros cidadãos conscientes de seus direitos e deveres.
Os conteúdos obrigatórios relacionados à Educação Física e os desafios socioeducacionais que devem ser articulados aos mesmos se respaldam em legislações vigentes e devem abordar a cultura afro-brasileira, indígena, o combate ao bullying e a educação alimentar, podendo ser abordados na forma de textos, filmes, danças e teatros.
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OBJETIVOS
• Adotar hábitos de higiene, alimentação e atividades corporais para melhoria da saúde coletiva;
• Valorizar as qualidades físicas, intelectuais e morais, possibilitando a formação do homem de mentalidade sadia e justa, assumindo o seu papel em atividades individuais ou em equipes, respeitando a si mesmo e aos outros;
• Tomar iniciativa e liderar, se for o caso, em situações de jogos, recreação ou
outras atividades;
• Participar espontaneamente com lealdade, tolerância, controle emocional e esforço para superar-se nas atividades individuais e coletivas, respeitando regras e instruções;
• Expressar qualidades morais e esportivas sob comportamento qualitativo:
pontualidade, assiduidade, esportividade, respeito, etc.;
• Desenvolver as atividades físicas, a ginástica, o esporte, a recreação e as atividades complementares dentro de critérios de continuidade e crescimento da ação educativa;
• Movimentar-se com naturalidade e eficiência, assim como se localizar em
espaços adequados taticamente nos jogos coletivos ou competições individuais;
• Desenvolver noções e conhecimentos sobre higiene, saúde, ginástica, esportes, recreação, atividades complementares, organização e direção de jogos, torneios e campeonatos;
• Pesquisar para conhecimento e diálogo sobre esportes, regras, organização,
saúde e higiene geral. Utilizar o conhecimento obtido para analisar, comparar e realizar escolhas para o seu bem viver;
• Reconhecer, respeitar e valorizar as diferentes formas de linguagem e expressividade decorrentes das diferenças culturais, sexuais e sociais;
• Conhecer a diversidade de padrões de saúde e beleza, evitando o
consumismo e o preconceito.
• Desenvolver e entender a corporalidade como prática fecunda no processo de formação humana;
• Conhecer a cultura Afro-brasileira e Africana.
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - 6º, 7º, 8º e 9º ano.
Foram definidos como aqueles saberes que identificam e organizam os campos de estudo da disciplina escolar considerados fundamentais e são legitimados socialmente, assim, optou-se por contemplar diferentes conteúdos, tendo como princípio básico o reconhecimento das características dos alunos, respeitando suas individualidades.
No Ensino Fundamental, a expressividade corporal deve ser o foco na abordagem com manifestações culturais, essenciais para a educação do corpo, como alicerce do projeto educativo.
Os conteúdos estruturantes para o Ensino Fundamental são os seguintes:
- Esporte;
- Ginástica;
- Dança
- Jogos e brincadeiras;
- Lutas.
CONTEÚDOS BÁSICOS - 6º, 7º, 8º e 9º ano.
Esporte:
- Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história
- O esporte como fenômeno de massa;
- Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;
- Elementos básicos constitutivos dos esportes: arremessos, deslocamentos, passes, fintas, chutes, saques, toques, sistemas defensivos e ofensivos.
- Práticas esportivas com e sem materiais e equipamentos.
Ginástica:
- Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
- Diferentes tipos de ginástica;
- Práticas ginásticas;
- Cultura da rua, cultura do circo: malabares, acrobacia.
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Dança:
- A dança como possibilidades de manifestação corporal;
- Diferentes tipos de dança;
- Por que dançamos?;
- Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
- Mímica, imitação e representação;
- Expressão corporal com e sem matérias.
Jogos e brincadeiras:
- A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
- Por que brincamos?;
- Oficina de construção de brinquedos;
- Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas;
- Diferentes manifestações e tipos de jogos;
- Jogos e brincadeiras com sem materiais;
- Diferenças entre jogo e esporte.
Lutas:
- Origem e história dos diversos tipos de lutas;
- Vivência de jogos de oposição;
- Princípios de ataque e defesa.
DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS QUE DEVEM SER ARTICULADOS AOS CONTEÚDOS, COM RESPALDO NAS SEGUINTES LEGISLAÇÕES: - HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA (10.639/03) - HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA (11.645/08) - INSTRUÇÃO Nº 17/16 SUED/SEED – HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA - LEI ESTADUAL Nº 17335/12 – PROGRAMA DE COMBATE AO BULLYING - LEI Nº 11947/09 – EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
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METODOLOGIA
Propõe-se que a metodologia de trabalho a ser desenvolvido nas aulas de Educação Física seja coerente, numa práxis constante, embasando a prática na teoria, refletindo a teoria na prática.
A educação do corpo em movimento deverá propiciar ao educando uma tomada de consciência e domínio de seu corpo e, a partir daí, contribuir para o desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem. Ela deverá permitir ao aluno a exploração motora e as descobertas em sua realização, vivendo, através das atividades propostas, movimentos que lhe dê condições de criar novos caminhos a partir das experiências vivenciadas, criando novas formas de movimento, podendo, assim, atingir níveis mais elevados em seu conhecimento
O método consiste basicamente em valorizar as vivências que o aluno traz para a escola e sistematizá-las cientificamente, sem perder de vista a realidade em que nele está situado.
Os conteúdos a serem trabalhados devem ser os mais variados possíveis, indo desde arbitragem e táticas de jogo até pesquisas e discussões sobre assuntos relacionados à saúde, à qualidade de vida e ao bem-estar social.
Serão aulas práticas e teóricas, individuais e em grupo, com pesquisas e exposições.
A metodologia a ser usada na aplicação dos conteúdos poderá variar de acordo com o nível de aproveitamento de cada turma.
AVALIAÇÃO
Para que a avaliação contribua de forma positiva e eficaz para a tomada de decisões, necessário se faz, entre outras coisas, que ela seja planejada e realizada durante todo o processo educativo, de modo a permitir que falhas eventuais sejam detectadas antes que os possíveis males por elas causados se tornem irreparáveis.
Vê-se, então, que o alcance de objetivos guarda uma relação de dependência direta com a verificação contínua, sistemática e cumulativa dos resultados observados. Assim, é importante que todos os objetivos previstos ou conseqüências, mesmo que inesperadas, de uma ação educativa, sejam, de alguma forma, avaliados.
Toda e qualquer forma de avaliação a ser aplicada deverá contemplar e respeitar a individualidade de cada aluno, não recortando nenhuma possibilidade de aprendizagem, independente do grau de dificuldades e limitações que o aluno apresente.
O aluno terá o direito de aprender os diversos conteúdos, só não será avaliado por padrões técnicos considerados na formação de atletas.
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A avaliação será somativa e/ou aritmética, isto é, será feita através da soma do processo de aprendizagem verificado durante o cotidiano das aulas, sendo avaliados os aspectos afetivo, cognitivo e psicomotor.
A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento e o desenvolvimento pleno do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si.
Na avaliação do aluno deve ser considerado os resultados obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressas em uma escala de 0( zero) a 10,0 (dez) sendo aritmética
Serão utilizados os seguintes critérios:
- observação direta e constante (também quanto à postura nas aulas);
- participação e interesse nas atividades;
- provas práticas e teóricas;
- trabalhos práticos em classe e extraclasse.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação de estudos será através de estudos e da conscientização da necessidade da Educação Física para sua formação física, cultural e social.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem da qual todos os alunos podem participar, independentemente do nível de aproveitamento
A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina e ser registrada no Livro de Registro de Classe.
Após a recuperação de estudos será considerada a maior nota.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica - Educação Física.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº. 9394/96), 1996.
PPP (Projeto Político Pedagógico).
TABORDA DE OLIVEIRA, Marcos Aurélio. Práticas pedagógicas da Educação Física nos tempos e espaços escolares: a corporalidade como termo ausente? 1998.
www.cdof.com.br
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EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO
A Educação Física como disciplina curricular assumiu diversas concepções político-pedagógicas ao longo de sua história, nem todas focadas na formação de sujeitos críticos. Suscitou discussões desde as que envolviam sua legalização no currículo escolar, até, as que pautavam sua função educativa. Hoje a Educação Física é uma disciplina legal e legítima, presente em todas as etapas da Educação Básica.
Os avanços que esta disciplina alcançou, especialmente no estado do Paraná, nos últimos anos, estão documentados na concepção de ensino, na proposta das Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE). Acredita-se que o envolvimento e comprometimento dos professores que atuam no cotidiano da escola legitimaram um trabalho pedagógico organizado de acordo com os referenciais teóricos das Diretrizes Curriculares, rumo a uma escola includente e cada vez mais democrática.
O Estado do Paraná dentro de um projeto mais amplo entende a escola como um espaço que, dentre outras funções deve garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido historicamente pela humanidade.
Através de seu objeto de estudo e de ensino, a Cultura Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e a reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como um sujeito que é produto, mas também agente histórico, político,social e cultural.
Ao propor o trabalho com os diferentes conteúdos básicos é imprescindível que o professor leve em consideração a Abordagem Teórico Metodológica presente nas Diretrizes Curriculares, conforme segue:
Traçar objetivamente o que se pretende alcançar com o conteúdo trabalhado, identificar aquilo que os alunos já conhecem sobre o tema, estabelecer relação entre o Conteúdo Estruturante e as problemáticas da vida social, cultural, econômica. Lançar questões ou desafios que suscitam a reflexão por parte dos alunos, possibilitar ao aluno o contato com o conhecimento sistematizado, historicamente construído, oportunizar condições de assimilação e recriação do conhecimento, realizar intervenções pedagógicas necessárias para apreensão do conhecimento e solicitar a criação de outras variações da temática trabalhada.
OBJETIVOS
• Adotar hábitos de higiene, alimentação e atividades corporais para melhoria da saúde coletiva;
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• Valorizar as qualidades físicas, intelectuais e morais, possibilitando a formação do homem de mentalidade sadia e justa, assumindo o seu papel em atividades individuais ou em equipes, respeitando a si mesmo e aos outros;
• Tomar iniciativa e liderar, se for o caso, em situações de jogos, recreação ou outras atividades;
• Participar espontaneamente com lealdade, tolerância, controle emocional e esforço para superar-se nas atividades individuais e coletivas, respeitando regras e instruções;
• Expressar qualidades morais e esportivas sob comportamento qualitativo:
pontualidade, assiduidade, esportividade, respeito, etc.;
• Desenvolver as atividades físicas, a ginástica, o esporte, a recreação e as atividades complementares dentro de critérios de continuidade e crescimento da ação educativa;
• Movimentar-se com naturalidade e eficiência, assim como se localizar em
espaços adequados taticamente nos jogos coletivos ou competições individuais;
• Desenvolver noções e conhecimentos sobre higiene, saúde, ginástica, esportes, recreação, atividades complementares, organização e direção de jogos, torneios e campeonatos;
• Pesquisar para conhecimento e diálogo sobre esportes, regras, organização,
saúde e higiene geral. Utilizar o conhecimento obtido para analisar, comparar e realizar escolhas para o seu bem viver;
• Reconhecer, respeitar e valorizar as diferentes formas de linguagem e expressividade decorrentes das diferenças culturais, sexuais e sociais;
• Conhecer a diversidade de padrões de saúde e beleza, evitando o
consumismo e o preconceito.
• Desenvolver e entender a corporalidade como prática fecunda no processo de formação humana;
• Conhecer a cultura Afro-brasileira e Africana.
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.
Foram definidos como aqueles saberes que identificam e organizam os campos de estudo da disciplina escolar considerados fundamentais e são legitimados socialmente, assim, optou-se por contemplar diferentes conteúdos, tendo como princípio básico o reconhecimento das características dos alunos, respeitando suas individualidades.
Os conteúdos estruturantes para o Ensino Médio são os seguintes:
- Esporte;
- Ginástica;
- Dança;
- Jogos e brincadeiras;
- Lutas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE ESPORTE
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços. • Análise da possível relação entre o Esporte de rendimento X qualidade de
vida. • Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico. • Estudo as regras oficiais e sistemas táticos. • Organização de campeonatos, torneios, elaboração de Súmulas e montagem
de tabelas, de acordo com os sistemas diferenciados de disputa (eliminatória simples, dupla, entre outros).
• Reflexão acerca do conhecimento popular X conhecimento científico sobre o fenômeno Esporte.
• Discutir e analisar o Esporte nos seus diferenciados aspectos:
- enquanto meio de Lazer.
- sua função social.
- sua relação com a mídia.
- relação com a ciência.
- doping e recursos ergogênicos e esporte alto rendimento.
- nutrição, saúde e prática esportiva.
- esporte adaptado.
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CONTEÚDO ESTRUTURANTE JOGOS E BRINCADEIRAS
• Organização de eventos. • Analisar os jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição dos espaços
e tempos de lazer. • Recorte histórico delimitando tempo e espaço.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE DANÇA
• Possibilitar o estudo sobre a Dança relacionado à expressão corporal, seu contexto histórico, suas representações e diversidade de culturas.
• Analisar e vivenciar atividades que representem a diversidade da dança e seus diferenciados ritmos.
• Compreender a dança como mais uma possibilidade de dramatização e expressão corporal.
• Estimular a interpretação e criação coreográfica. • Entender os benefícios gerais possibilitados pela dança. • Organização de Festival de Dança.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE GINÁSTICA
• Analisar a função social da ginástica. • Apresentar e vivenciar os fundamentos da ginástica. • Pesquisar a interferência da Ginástica no mundo do trabalho (ginástica
laboral). • Estudar a relação entre a Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida. • Por meio de pesquisas, debates e vivências práticas, estudar a relação da
ginástica com: tecido muscular, resistência muscular, diferença entre resistência e força; tipos de força; fontes energéticas, freqüência cardíaca, fonte metabólica, gasto energético, composição corporal, desvios posturais, LER, DORT, compreensão cultural acerca do corpo, entre outros.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE LUTAS
• Pesquisar, debater e vivenciar diferentes elementos das lutas. • Reconhecer pressupostos históricos, filosóficos e as características das
diferentes artes marciais, • Identificar técnicas táticas/ e estratégias, das lutas em diferentes contextos; • Compreender os benefícios possibilitados pelas lutas e artes marciais. • Analisar e discutir a diferença entre Lutas x Artes, Marciais x esporte. • Reconhecer historicamente a capoeira, suas diferenças de classificação e
estilos; • Perceber a capoeira enquanto jogo/luta/dança, sua musicalização e ritmo,
ginga, confecção de instrumentos, movimentação, roda etc.
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Estes representam alguns dos pressupostos possíveis de um trabalho com os conteúdos estruturantes, embora não se esgotam em si mesmos. Caberá ao professor a proposição de outras possibilidades de trabalho, dentro desta perspectiva. Destaca-se, ainda, a utilização do Livro Didático Público como uma importante ferramenta de apoio didático-pedagógico, bem como dos livros disponíveis na Biblioteca do Professor, para o aporte teórico necessário.
PRIMEIRO ANO
Conteúdo Estruturante
Conteúdo Básico Conteúdos específicos
Esporte Coletivos Futebol, Voleibol, Basquete, Handebol
Jogos e brincadeiras
Jogos de tabuleiro Xadrez, dama, trilha
Dança Danças Folclóricas Fandango, cirandas, quadrilhas,
Ginástica Ginástica artística Ginástica de solo (rolamentos, saltos, giros, deslocamentos) ginástica circense
Lutas Lutas com aproximação
judô jiu-jitsu; sumo.
SEGUNDO ANO
Conteúdo Estruturante
Conteúdo Básico Conteúdos específicos
Esporte Individuais e coletivos
Atletismo, badminton voleibol, handebol, basquetebol e futsal.
Jogos e brincadeirasJogos dramáticos Dramatização mímica, improvisação .
Dança Dança de rua
break; funk
Ginástica Ginástica de academia Ginástica aeróbica, anaeróbica, alongamento flexibilidade.
Lutas Lutas que mantêm a distânciakaratê, boxe, taekwondo
TERCEIRO ANO
Conteúdo Estruturante
Conteúdo Básico Conteúdos específicos
Esporte Radicais e coletivos Coletivos
beisebol, Esporte Adaptados voleibol, handebol,basquetebol e futsal
Jogos e Jogos jogos de competição, dança das cadeiras cooperativas, jogos
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brincadeiras cooperativos de estafetas;
Dança Dança de salão Forró, xote, bolero.
Lutas Capoeira Capoeira regional e Capoeira de angola.
Ginástica Ginástica Geral Jogos gímnicos, Movimentos gímnicos.
1. DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS QUE DEVEM SER ARTICULADOS AOS CONTEÚDOS, COM RESPALDO NAS SEGUINTES LEGISLAÇÕES:
- HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA (10.639/03) - HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA (11.645/08) - INSTRUÇÃO Nº 17/16 SUED/SEED – HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA - LEI ESTADUAL Nº 17335/12 – PROGRAMA DE COMBATE AO BULLYING - LEI Nº 11947/09 – EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
METODOLOGIA
A metodologia a ser adotada no Ensino Médio pressupõe uma postura inovadora frente aos conhecimentos que serão trabalhados, rejeitando a prática pedagógica pautada exclusivamente na lógica de desportivização, comumente organizada em diferentes modalidades esportivas.
É fundamental repensar a relevância dos conhecimentos que compõem a Educação Física na escola para a formação do aluno. Tais conhecimentos são provenientes de diferentes campos da ciência e se constituíram historicamente. Atrelados a eles, os encaminhamentos metodológicos devem propiciar que os conteúdos trabalhados em aula partam de uma prática social, passando pelos momentos de problematização, instrumentalização e catarse para que no final de um conjunto de aulas seja possível o retorno à prática social, numa perspectiva transformadora.
AVALIAÇÃO
Para que a avaliação contribua de forma positiva e eficaz para a tomada de decisões, necessário se faz, entre outras coisas, que ela seja planejada e realizada durante todo o processo educativo, de modo a permitir que falhas eventuais sejam detectadas antes que os possíveis males por elas causados se tornem irreparáveis.
Vê-se, então, que o alcance de objetivos guarda uma relação de dependência direta com a verificação contínua, sistemática e cumulativa dos resultados observados. Assim, é importante que todos os objetivos previstos ou consequências, mesmo que inesperadas, de uma ação educativa, sejam, de alguma forma, avaliados.
Toda e qualquer forma de avaliação a ser aplicada deverá contemplar e respeitar a individualidade de cada aluno, não recortando nenhuma possibilidade
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de aprendizagem, independente do grau de dificuldades e limitações que o aluno apresente.
O aluno terá o direito de aprender os diversos conteúdos, só não será avaliado por padrões técnicos considerados na formação de atletas.
A avaliação será somativa e/ou aritmética, isto é, será feita através da soma do processo de aprendizagem verificado durante o cotidiano das aulas, sendo avaliados os aspectos afetivo, cognitivo e psicomotor.
Serão utilizados os seguintes critérios:
- observação direta e constante (também quanto à postura nas aulas);
- participação e interesse nas atividades;
- provas práticas e teóricas;
- trabalhos práticos em classe e extraclasse.
A recuperação de estudos será através de estudos e da conscientização da necessidade da Educação Física para sua formação física, cultural e social. Será aplicada a todos os alunos que não atingirem os objetivos do processo ensino-aprendizagem.
Após a recuperação de estudos prevalecerá a maior nota.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº. 9394/96), 1996.
Diretrizes Curriculares Nacionais.
www.cdof.com.br
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ASSIS DE OLIVEIRA, Sávio. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica. Campinas: Autores Associados/CBCE, 2001.
BARRETO, Débora. Dança..., ensino, sentidos e possibilidades na escola. Campinas: Autores Associados, 2004.
BENJAMIM, Walter. Reflexões sobre a criança o brinquedo e a educação. São Paulo: Duas Cidades / Editora 34, 2002.
CAPARROZ, Francisco Eduardo .Entre a Educação Física na escola e a Educação Física da escola. Vitória: CEFD/UFES, 1997.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo. Cortez. 1992
GASPARIN, J.L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2002.
GOELLNER, Silvana Vilodre (org). Educação Física / Ciências do Esporte: intervenção e conhecimento. Florianópolis: CBCE, 1999.
MARCELINO, Nelson Carvalho. Lúdico, educação e educação física. Ijuí: Unijuí, 1999.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretriz Curricular de Educação Física 2009.
SOARES, Carmem Lúcia. Corpo e história. Campinas: Autores Associados, 2001.
_____. Imagens da educação no corpo. Campinas: Autores Associados, 1998.
STIGGER, M. P. Educação Física, Esporte e Diversidade. Campinas. SP. Autores Associados, 2005 ENSINO RELIGIOSO
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ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso pressupõe promover aos educandos a oportunidade
de processo de escolarização fundamental para se tornarem capazes de
entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura. Contribui
também para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito
Constitucional de liberdade de crença e expressão, conforme Art. 5°, inciso VI,
da Constituição Brasileira. Porém, isso deu-se na medida em que a disciplina
de Ensino Religioso e o corpo docente também contribuíram para que, no dia
a dia da escola, o respeito à diversidade fosse construído.
No espaço escolar, o Ensino Religioso era, tradicionalmente, o ensino da
Religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império. Após a
proclamação da república o ensino passou a ser laico, público, gratuito e
obrigatório rejeitando a hegemonia católica. A partir da Constituição de 1934, o
Ensino religioso passou a fazer parte da matriz curricular das escolas públicas,
porém, com matrícula facultativa.
Desta forma, legalmente, o Ensino Religioso perdeu sua função catequética,
pois com a manifestação do pluralismo religioso na sociedade brasileira, o modelo
curricular centrado na doutrinação passou a ser intensamente questionado.
Porém na prática, as aulas continuavam a ser ministradas por professores leigos
e voluntários, privilegiando seus conhecimentos religiosos restritos à sua religião.
Segundo Costella (2004), três fatores ajudam a entender a necessidade de
um novo enfoque para o Ensino Religioso: o primeiro é atribuído à pluralidade
social, num Estado não confessional, laico que garante, por meio da constituição,
a liberdade religiosa. O segundo fator, diz respeito à própria maneira de
apreender o conhecimento, devido às profundas transformações ocorridas no
campo da epistemologia, da educação e da comunicação.
O terceiro fator, traço característico da cultura ocidental, mostra uma
profunda reviravolta nas concepções, em especial no século XIX, que atinge seu
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ápice na célebre expressão do filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-
1900) “Deus está morto”.
Ou seja, Nietzsche metaforiza o fato da sociedade não ser capaz de crer
numa ordenação cósmica Transcendente/ Imanente, o que a conduz a uma
repulsa dos valores absolutos e também à não crença em qualquer valor ditado
por uma ordem superior, o homem é levado a ser um criador de valores. Segundo
Nietzsche, isso leva a sociedade ao niilismo, a decadência moral-religiosa
vinculada de mantermos uma “sombra”, um lugar vazio, um local reservado ao
princípio Transcendente/ Imanente e que fora destruído pela sociedade e que
essa mesma não pode mais voltar a ocupar. Isto provocou uma reforma na
sociedade europeia que vinha sustentada em bases decadentes e ultrapassadas.
Assim, o processo de ensino e de aprendizagem defendido nesta proposta
pedagógica, visa à construção/ produção do conhecimento e que, por
consequência, se caracteriza pela promoção do debate, da hipótese divergente,
da dúvida – real ou metódica – do confronto de ideias, de informações
discordantes e, também, da exposição competente de conteúdos formalizados.
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária
reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante
das demandas sociais contemporâneas, que exigem a compreensão ampla da
diversidade cultural, postas também no âmbito religioso entre os países e, de
forma mais restrita, no interior de diferentes comunidades.
Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se
destacar a necessária superação das tradicionais aulas de religião, e a inserção
de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus
ritos, das suas paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais,
sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas.
Nessa perspectiva, o Ensino Religioso é uma reflexão crítica sobre a práxis
que estabelece significados, já que a dimensão religiosa passa a ser
compreendida como compromisso histórico diante da vida e do Transcendente. E
contribui para o estabelecimento de novas relações do ser humano com a
natureza a partir do progresso da ciência e da técnica.
O Ensino Religioso parte sempre do convívio social dos educados para que
se respeite a tradição religiosa trazida de suas famílias e assim se salvaguarde a
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liberdade de expressão religiosa de cada um, buscando valorizar a trajetória
particular de cada grupo, e proporcionar a convivência fraterna de modo que o
educando possa vivenciá-la. Assim, uma das propostas é a abordagem do
conhecimento religioso como fenômeno. Tendo como objeto de estudo o
Sagrado. Pensar esse objeto pressupõe percorrer os conteúdos estruturantes e
conteúdos específicos da disciplina. O sagrado perpassará todo o currículo de
Ensino Religioso, de modo a permitir uma análise mais completa de sua presença
nas diferentes manifestações religiosas.
Nesta compreensão o Ensino Religioso acontece e independente de
qualquer opção por religião. A releitura do fenômeno religioso e a partir do
convívio social dos educandos constitui objeto de estudo desta área de
conhecimento, na diversidade cultural religiosa do Brasil sem priorizar uma ou
outra expressão de religiosidade.
Portanto, esta disciplina visa a propiciar aos educandos a oportunidade
de identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em
relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de tal
forma que tenham a amplitude da própria cultura em que se insere. Essa
compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em
suas relações éticas e sociais diante da sociedade, fomentando medidas de
repúdio a toda e qualquer forma de preconceito e discriminação e o
reconhecimento de que, todos nós, somos singulares.
E, ainda, é necessário que a abordagem pedagógica da disciplina
possibilite ao aluno compreender suas trajetórias, suas manifestações no
espaço escolar, estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferenças,
para que no entendimento desses elementos o educando possa elaborar o
seu saber, passando a entender a diversidade de nossa cultura, marcada pela
religiosidade.
Ressalta-se que os desafios socioeducacionais e as legislações serão
trabalhados como parte do currículo, especificamente no Plano de Trabalho
Docente sendo descrito na metodologia e abordado a partir dos conteúdos
específicos com os quais estejam articulados.
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OBJETIVOS GERAIS:
• Analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência religiosa do
cotidiano que o contextualiza no universo cultural.
• Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o fenômeno
religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no contexto do
educando;
• Subsidiar o educando na formulação do questionamento existencial, em
profundidade, para dar resposta devidamente informado;
• Analisar o papel das tradições religiosas na estruturação e manutenção das
diferentes culturas e manifestações socioculturais;
• Refletir o sentido da atitude moral, como consequência da consciência do ser
humano;
• Facilitar a compreensão do significado das afirmações e verdades de fé das
tradições religiosas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Pela observância dos aspectos que marcam o sagrado e das relações que
se estabelecem em decorrência dele, nas diferentes manifestações religiosas a
serem tratadas pelo Ensino Religioso, ressalta-se a necessidade de definir como
conteúdos estruturantes dessa disciplina referenciais que incluam nos conteúdos
escolares a pluralidade das tradições religiosas.
Dessa forma, os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os
conhecimentos de grande amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e
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organizam os campos de estudos a serem contemplados no Ensino Religioso.
Apropriados das instâncias que contribuem para o sagrado, os conteúdos
estruturantes propostos para o Ensino Religioso são: Paisagem religiosa,
Universo Simbólico Religioso, Texto sagrado.
TEXTO SAGRADO
Eles abrangem as comunicações expressas nas pinturas de corpos,
paredes, quadros, nos vitrais, ícones, na combinação de sons, ritmo, na harmonia
das músicas, nas danças, na disposição dos objetos de culto e rito. Enfim,
abarcam diferentes formas de linguagens, além daquelas escritas ou transmitidas
pela forma oral.
PAISAGEM RELIGIOSA
Entende-se como paisagem religiosa o lugar ou os espaços geográficos
que remetem às experiências do sagrado. O homem consagra certos espaços
porque necessita viver e conviver, ele precisa locomover-se num mundo sagrado,
que passam a assumir significados diversos, transformando-se num lugar
especialmente simbólico, que resulta das crenças existentes entre as Tradições
Religiosas.
UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO
São linguagens que expressam sentidos, possuem a função de comunicar
e exercem um papel relevante para a vida imaginativa e para a constituição das
diferentes religiões no mundo. O símbolo, também pode ser definido como algo
que veicula uma concepção, podendo ser uma palavra, um som, um gesto, um
ritual, um sonho, uma obra de arte, uma notação matemática etc.
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CONTEÚDOS BÁSICOS DE ENSINO RELIGIOSO
6º Ano
Organizações Religiosas
Lugares Sagrados
Textos Sagrados - orais ou escritos
Símbolos Religiosos
7º Ano
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte.
Conforme as Diretrizes Curriculares da disciplina de Ensino Religioso (2008)
os conteúdos básicos são assim especificados:
I. ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados
institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas
principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos
sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de
relações com o sagrado.
- Fundadores e/ou Líderes Religiosos;
- Estruturas Hierárquicas.
Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta
Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao
Tse), etc.
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II. LUGARES SAGRADOS
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação,
de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do
sagrado nestes locais.
- Lugares da natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
- Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.
III. TEXTOS SAGRADOS - ORAIS E ESCRITOS
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas
diferentes culturas religiosas.
Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)
Exemplos: Vedas – Hinduísmo, Escrituras Bahá’is – Fé Bahá’I, Tradições Orais
Africanas, Afro-brasileiras a Ameríndias, O Corão – Islamismo, etc.
IV. SÍMBOLOS RELIGIOSOS
Os Símbolos Religiosos são linguagens que expressam sentidos,
comunicam e exercem papel relevante para a vida imaginativa e para a
constituição das diferentes religiões no mundo. Neste contexto, o símbolo é
definido como qualquer coisa que veicule uma concepção; pode ser uma palavra,
um som, um gesto, um ritual, um sonho, uma obra de arte, uma notação
matemática, cores, textos e outros que podem ser trabalhados conforme os
seguintes aspectos: dos ritos; dos mitos; do cotidiano. Entre os exemplos a serem
apontados, estão: a arquitetura religiosa, os mantras, os paramentos, os objetos,
etc.
V. TEMPORALIDADE SAGRADA
O que diferencia o tempo Sagrado do tempo profano é a falta de
homogeneidade e continuidade. Enquanto o homem, em sua vida profana,
experimenta a passagem do tempo em que, basicamente, um momento é igual ao
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outro, na vida religiosa, o homem experimenta momentos qualitativamente
diferentes. O tempo profano está ligado, essencialmente, à existência humana.
Inicia-se com o nascimento do homem e tem seu fim com a morte. O tempo do
divino, por outro lado, se caracteriza geralmente pela ideia de eternidade. Essa
ideia de tempo sagrado é justamente no que fundamenta a perspectiva de vida
após a morte que marca, essencialmente, as religiões.
VI. FESTAS RELIGIOSAS
São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com
objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou
datas importantes.
- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.
Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (Islâmica), Kuarup
(indígena), Festa de Iemanjá (Afro- brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.
VII. RITOS
São práticas celebrativas das tradições/ manifestações religiosas, formadas
por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de
um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação
da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem
remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes.
- Ritos de Passagem;
- Mortuários;
- Propiciatórios;
- Outros.
VIII. VIDA E MORTE
As religiões procuram dar explicações aos seus adeptos para a vida além da
morte, as respostas elaboradas nas diversas tradições e manifestações religiosas
e sua relação com o Sagrado podem ser trabalhadas sob as seguintes
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interpretações: o sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas; a
reencarnação: além da morte, ancestralidade, espíritos dos antepassados que se
tornam presentes, e outras; ressurreição; apresentação da forma como cada
cultura/organização religiosa encara a questão da morte e a maneira como lidam
com o culto aos mortos, finados e dias especiais para tal relação.
DESAFIO SOCIOEDUCACIONAIS QUE DEVEM SER ARTICULADOS AOS
CONTEÚDOS COM RESPALDO NAS SEGUNTES LEGISLAÇÕES:
História do Paraná 13381/01;
Lei Estadual nº 17505/13 - Educação Ambiental;
Lei Federal nº 11.645/08- História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena;
Lei Federal nº 10741/03 – Estatuto do Idoso;
Lei Federal nº 11340/06 - Cria mecanismo para coibir a violência doméstica e
familiar contra a mulher;
Lei Federal nº 18447/15 – Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas;
Lei Estadual nº 16.454/10 de 17 de maio de 2010 Resolução nº. 12, de 16 de
janeiro de 2016 _ Dia Estadual de combate a Homofobia;
Lei Federal 11525/07 _ Enfrentamento á Violência Contra a Criança e
Adolescente;
Lei Estadual nº 17335/12 – Programa de Combate ao Bullying;
Lei Federal nº 11947/09 - Educação alimentar e nutricional;
METODOLOGIA
A preocupação com a coerência entre pressupostos pedagógicos e o
desenvolvimento integral da pessoa, tem em vista um compromisso com a
transformação social, ajudando a pessoa a harmonizar-se consigo mesma, com
os outros e com o mundo, e principalmente com o Transcendente. Isso ensejou a
escolha de uma metodologia que melhor atende a todos esses aspectos. Por isso,
a opção pelo método dialético, o qual explicita as diferentes facetas da realidade,
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permitindo julgá-la segundo certos parâmetros que possibilita a assumir um
posicionamento consciente e coerente.
O método dialético não é novo. Já era usado na Grécia (Heráclito, Platão)
na China por Lao Tse (na teoria dos opostos) e também por Jesus, grande
pedagogo.
Para Hegel, a própria razão é dialética, pois a contradição é o motor do
pensamento e da história. Já para Marx, não é apenas um método para se chegar
a verdade, mas inclui uma concepção de pessoa, sociedade e relação homem-
mundo.
Assim o encaminhamento metodológico proposto visa um constante
repensar das ações que subsidiarão este trabalho. Logo, as práticas pedagógicas
poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e
valorizando universo cultural dos alunos.
Nesse propósito, convém, destacar que todo o conteúdo a ser tratado nas
aulas de Ensino Religioso contribuirá para a superação: do preconceito à
ausência ou à presença de qualquer crença religiosa; de toda forma de
proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão do sagrado.
Assim, os conteúdos a serem ministrados nas aulas de Ensino Religioso não
têm o compromisso de legitimar uma manifestação do sagrado em detrimento de
outra, uma vez que a escola não é um espaço de doutrinação, evangelização, de
expressão de ritos, símbolos, campanhas e celebrações.
A linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso é a pedagógica e
não a religiosa, referente a cada expressão do sagrado, adequada ao universo
escolar.
Os desafios socioeducacionais e as legislações obrigatórias serão
trabalhados como parte do currículo, especialmente no Plano de Trabalho
Docente.
AVALIAÇÃO
A avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo
educativo na disciplina de Ensino Religioso. Sendo entendida como uma
avaliação contínua, será observado se o aluno, com base nos conteúdos
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trabalhados, consegue estabelecer discussões sobre o Sagrado numa
perspectiva laica, demonstrando respeito à diversidade religiosa e cultural, e
ainda, reconhecendo que o fenômeno Religioso é um dado de cultura e de
identidade de cada grupo social.
Vale destacar que até o ano de 2017 as práticas e registros de avaliação
se dava de forma subjetiva, e com base na Orientação nº. 19/2016, a partir do ano
de 2018 deverão ser atribuídas notas à disciplina com registro no SERE, em
consonância com o Regimento Escolar desta escola. Ainda que seja obrigatório, a
partir de 2018, o registro de avaliação da disciplina, a mesma permanece não se
constituindo como objeto de retenção do aluno.
Nesse sentido, as práticas avaliativas devem permitir acompanhar o
processo de apropriação do conhecimento pelo aluno, tendo como parâmetros os
conteúdos estruturantes, básicos e específicos.
Deste modo, será possível verificar se os alunos estão passando do senso
comum para a consciência crítica, prezando pelos conteúdos e conhecimentos
científicos contemplados pela disciplina.
As intervenções serão feitas sempre através de retomada dos conteúdos
com metodologia diferenciada, como: observação direta, participação, trabalhos,
pesquisas, relatos de experiências, testes escritos e orais em grupos ou
individuais.
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REFERÊNCIAS
Lei 9 475 – Da nova redação ao art. 33 da Lei 9.394.
Deliberação – 01/2006 – CEE
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FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A filosofia como disciplina de ensino, é um conjunto de conhecimentos com
características praticas no que se refere à formação, é uma disciplina cultural,
pois a formação que propicia diz a respeito à significação culturais e históricos. A
disciplina de filosofia nos últimos anos tornou-se obrigatória sua introdução na
grande curricular do ensino médio no Brasil, sendo assim a presença da filosofia
no currículo de ensino médio justifica-se pelo seu valor, historicamente
consagrado, de formação dos educandos no exercício da cidadania a difusão dos
valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cuidados e
de respeito ao bem comum e a ordem democrática, bem como recomenda o
aprimoramento do educador como pessoa humana, incluindo a formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento critico.
A filosofia sempre se confronta com o poder, e sua investigação não fica
alheia a ética e a política, e não é um exercício puramente intelectual. Descobrir a
verdade e ter a coragem de enfrentar as formas estagnadas do poder é aceitar o
desafio da mudança “saber para transformar”. Situar a filosofia enquanto
disciplina escolar no horizonte dos problemas contemporâneos – científicos,
tecnológicos, éticos – políticos, artísticos ou os decorrentes das transformações
das linguagens e das modalidades e sistemas de comunicação implica uma
tomada de posição para que a sua contribuição seja significativa, quando aos
conteúdos e processos cognitivos.
OBJETIVOS
A filosofia cada vez mais, ocupa-se com as condições e os princípios do
conhecimento que pretende ser racional e verdadeiro; com a origem, a formação
e o conteúdo dos valores éticos, políticos, artísticos e culturais, com a
compreensão das causas e das formas da ilusão e do preconceito no plano
individual e coletivo; com as transformações históricas dos conceitos, das idéias e
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dos valores. O objetivo da filosofia é o fato de que, por meio da reflexão dela se
permite ao homem ter mais uma dimensão, além de que é dada pelo agir imediato
no qual o homem prático se encontra mergulhado.
É a filosofia que dá distanciamento para a avaliação dos fundamentos dos
atos humanos e dos fins a que eles se destinaram: reúne o pensamento
fragmentado da ciência e reconstrói na sua unidade; retoma a ação pulverizadora
no tempo e procura compreende-la, portanto é a possibilidade da transcendência
humana, ou seja, a capacidade que só o homem tem de superar a situação dada
e não escolhida. Pela transcendência, o homem surge como ser de projetos,
capaz da liberdade e de construir o seu destino. O distanciamento é justamente o
que provoca a aproximação maior do homem com a vida.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
- A dimensão política;
A dimensão política do ensino da filosofia busca compreender os
mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos, discute
relações de poder e concebe novas potencialidades para a vida em sociedade. As
questões fundamentais da política perpassam a História da Filosofia, nas A obras
de grandes pensadores, da antiguidade à contemporaneidade.
No Ensino Médio, a Filosofia Política, por meio dos textos filosóficos, tem
por objetivo problematizar conceitos como o de cidadania, democracia, soberania,
justiça, igualdade e liberdade, dentre outros, de maneira a preparar o estudante
para uma ação política consciente e efetiva.
A dimensão econômico-social;
As sociedades que transformaram o poder político em coisa pública,
transparente, participável e voltado à construção do bem comum, são exceções
no espaço e no tempo. Se, por um lado, a modernidade está distante do ideal da
polis ateniense ou da res publica romana, por outro é preciso reconhecer que ela
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trouxe conquistas fundamentais, como a valorização da subjetividade e da
liberdade individual. Mas, a valorização exacerbada da esfera dos interesses
privados nos afastou da esfera pública e dos interesses comuns e, por isso, o
modelo da representação política tem sido a forma hegemônica do retorno da
democracia nas sociedades modernas. No entanto, é preciso considerar que
atravessamos uma crise da representação política que coloca em questão o atual
modelo dos chamados Estados democráticos liberais.
Vive-se um tempo em que os direitos humanos e políticos conquistados a
partir do século XVIII não garantem os direitos sociais mais elementares para a
maioria das pessoas. Assim, pensar o processo da ideologização da democracia
e, consequentemente, o formalismo jurídico que tem se sobreposto à
substancialização dos direitos, às formas de dominação, bem como alternativas
políticas ao que está instituído, são tarefas importantes da filosofia política.
No plano das relações internacionais, recentes acontecimentos como as
guerras de invasão, as ações terroristas estatais ou não e o desrespeito aos
direitos humanos, nos impõem uma ANO de questões sobre o sentido do poder,
da soberania, da democracia, da liberdade e da tolerância.
A dimensão cultural;
Tem como grande desafio transmitir a cultura erudita que é fruto produção
acadêmica centrada no sistema educacional, como se trata de uma cultura
produzida por uma minoria de intelectuais das mais diversas especialidades, e
geralmente saídos dos segmentos superiores da classe média e da classe alta.
Esse cultura erudita está ligada à elite, ou seja, está subordinada ao capital que
viabilizar esta cultura. Sendo assim fica como papel da educação pública
possibitar o acesso a essa cultura acadêmica, que ao longo da história sempre
ficou inacessivel a maioria das pessoas que compoem a classe trabalhadora.
Acredita-se que com esse acesso se amenize a relação entre dominadores e
dominados, existente no sistema capitalista de produção. Historicamente o ensino
da filosofia sempre esteve ligado às eleites e até seus conhecimentos teriam, de
alguma forma, contribuido como instrumento de dominação das classes
subjulgadas, com o ensino da filosofia no sistema público de ensino tem-se,
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portanto portanto a democratização desse saber erudito, devendo ser um
instrumento de libertação daqueles que a ele, agora, têm acesso.
CONTEÚDOS BÁSICOS - ENSINO MÉDIO: 1º. Ano
Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na série
Saber mítico Estrutura do pensamento mítico
Características - do Mito
Saber Filosófico Estrutura do pensamento filosófico pré-socrático
Características do pensamento filosófico pré-socrático
Saber Filosófico Estrutura do pensamento filosófico pré-socrático
Características do pensamento filosófico pré-socrático
Relação entre Mito e Filosofia
Diferenças e semelhanças entre o mito e a filosofia pré-socrático
Atualidade do Mito A presença do discurso mítico nos filmes e na cultura moderna
O que e a filosofia? Principais características da filosofia racionalidade, conceito e
Explicitação
Possibilidade do
conhecimento
Diferenças entre o relativismo de Protágoras e a perspectiva epistemológica de Platão
Formas de
conhecimento
Ceticismo, Dogmatismo, Racionalismo, Empirismo
O problema da verdade
Verdade como correspondência; Verdade como revelação;
Verdade como convenção.
A questão do
Método
Diferenças entre método dedutivo e indutivo
As regras do método cartesiano
Conhecimento e:
Lógica
Silogismo; Falácias; Retórica
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2º. ANO
Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na ANO
Ética e Moral Origens históricas da moral ocidental Diferenças entre moral e ética
Pluralidade etica Diferentes concepções eudaimonista hedonista, cristã, liberal, niilista, etc
Ética e Violência O problema da alteridade - O problema das virtudes
Razão, desejo e vontade
O conflito entre alma racional e alma irracional em Platão e Aristóteles; Amizade; liberdade
Liberdade: autonomia do
sujeito e a
Necessidade das normas
Conceitos de liberdade
- Livre-arbítrio
- Liberdade e cidadania
Relações entre
comunidade e
poder
Estado e violência
Os conceitos de Virtú e fortuna em Maquiavel
Liberdade e
igualdade política
Conceito de Isonomia e Isegoria
Liberdade e liberalidade
Política e ideologia
Liberalismo, Republicanismo, Socialismo , Marxismo
Esfera pública e privada
Conceito de esfera pública
Conceito de esfera privada
Condições de instauração do espaço público
Cidadania formal e/ou participativa
A crise da representação
A questão da legitimidade da democracia participativa
•Direitos e deveres.
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3º Ano
Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na ano
Concepções de ciência O que é ciência? Concepção antiga e moderna de ciência
A questão do
método científico
O método dedutivo e indutivo
Falseabilidade empírica, Ruptura epistemológica
Contribuições e limites da ciência
Ciência e sociedade Paradigmas científicos
Ciência e ideologia Alienação Política e ciência
Ciência e ética Bioética - A ciência e as suas conseqüências sociais
Ciência e senso comum
Natureza da arte Historia da arte; Concepções de arte e a Finalidade da arte
Filosofia e arte Baumgarten e a critica do gosto
Kant e a estética transcendental
Kant e Critica da faculdade do juízo
Categorias estéticas Feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc
Estética e
sociedade
O belo e as formas de arte; Utilidade da arte; Critica do gosto
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O encaminhamento metodológico proposto visa uma melhor efetivação das
diretrizes curriculares. Sendo assim, acreditamos ser imprescindível retomar
constantemente com os alunos como se deu a produção do conhecimento, ou
seja, como conhecimento, é produzido por um pesquisador, que por sua vez é
humano e, portanto limitado.
Dessa forma o aluno é capaz de identificar nas diversas fontes os inúmeros
conflitos existentes na sociedade.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 95
Os recursos didáticos deverão ser selecionados de maneira crítica para
sua atuação profissional segura e competente proporcionando um ensino
compromissado com o homem e a sociedade, onde o aluno possa produzir seu
conhecimento através da observação e análise crítica da realidade.
Levar os alunos a compreender que os conhecimentos são dinâmicos, para
isso precisa estar num constante planejar e replanejar através da
problematização, abordados através de temas.
Para o bom funcionamento dessa prática metodológica, o educador deve ir
além da ideologia oferecida por um simples livro didático, havendo a necessidade
da apropriação dos TICs (Tecnologia de Informações e Comunicações), de modo
a ser tradutor que transforma informações em conhecimentos de forma
humanística.
Os temas serão apresentados através:
- Aulas expositivas com utilização do retroprojetor;
- Análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos.
- Documentários em vídeos e filmes relacionados ao tema com debates;
- Trabalho de campo, entrevistas, visitas a órgãos públicos, industriais da cidade.
- Exposição de trabalhos em painéis.
- Uso do computador em rede, no laboratório de informática durante as aulas.
Orientações pedagógicas Para o Ensino Médio
O ensino de Filosofia no Ensino Médio visa fornecer aos estudantes a
possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas
múltiplas particularidades e especializações Segundo as Diretrizes Curriculares
de Filosofia o estudante precisa de um saber que opere, por questionamentos,
conceitos e categorias, e que busque articular o espaço-temporal e sócio-histórico
em que se dá o pensamento e a experiência humana.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 96
Como disciplina na matriz curricular do Ensino Médio, considera-se que a
Filosofia pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão
do mundo da linguagem, da literatura, da historia, das ciências e da arte.
Na atual polêmica mundial acerca dos possíveis sentidos dos valores
éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar
e muito a contribuir. Seus esforços dizem respeito, basicamente, aos problemas e
conceitos criados no decorrer de sua longa historia, os quais por sua vez geram
discussões promissoras e criativas que desencadeiam, muitas vezes, ações e
transformações. Por isso, permanecem atuais.
Um dos objetivos do Ensino Médio e a formação pluridimensíonal e
democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a
complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e
especializações Ao deparar-se com os problemas e por meio da leitura dos textos
filosóficos, espera-se que o estudante possa pensar, discutir, argumentar e, que,
nesse processo, crie e recrie para si os conceitos filosóficos, ciente de que não ha
conceito simples.
Assim, o ensino de filosofia como criação de conceitos deve abrir espaço
para que o estudante possa planejar um sobrevôo sobre todo o vivido, a fim de
que consiga a sua maneira também, cortar, recortar a realidade-e criar conceitos.
O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação
do estudante com os problemas, na busca de soluções nos textos filosóficos por
meio da investigação, no trabalho direcionado a criação de conceitos.
AVALIAÇÃO
Conforme a LDB n 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida
na sua função diagnostica e processual, isto e, têm o objetivo de subsidiar e
mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem Apesar
de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se
resumiria a perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 97
historia da Filosofia ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade
de tratar deste ou daquele tema
Para Kohan e Waksrnan (2002), o ensino de Filosofia tem uma
especificidade que deve ser levada em conta no processo de avaliação A Filosofia
como prática, como discussão com o outro e como construção de conceitos
encontra seu sentido na experiência de pensamento filosófico Entendemos por
experiência esse acontecimento inusitado que o educador pode propiciar e
preparar, porem não determinar e, menos ainda, avaliar ou medir O ensino de
Filosofia e, acima de tudo, um grande desafio, pois, [ ] a atividade filosófica do
mestre consiste em gerar ou dar poder ao outro isto quer dizer também fazê-lo
responsável Nisto reside a fecundidade, a atividade de “produzir” a capacidade de
pensar, dizer e agir de outro, que implica a realização de pensamentos, palavras
ações diferentes das do mestre, que lhe escapam ao querer e ao “controle’ [ J
Querer que o Outro pense, diga e faça o que queira, isto não e um querer fácil
(LANGON, 2003, p 94)
Dessa forma, ao avaliar, no Ensino médio por blocos o professor tora a
possibilidade de aplicar um instrumento avaliativo na sequência da investigação,
e a criação de conceitos ocorrera sem a fragmentação das aulas, pois sendo as
aulas geminadas o professor terá mais tempo pra aprofundar o conteúdo E
importante salientar que o docente deve ter respeito pelas posições do estudante,
mesmo que não concorde com elas, pois o que esta em questão e a capacidade
de argumentar e de identificar os limites dessas posições
O que deve ser levado em conta e a atividade com conceitos, a capacidade
de construir e tomar posições, de detectar os principias e interesses subjacentes
aos temas e discursos
Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino
Médio por blocos de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
• qual discurso tinha antes;
• qual conceito trabalhou;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 98
• qual discurso tem após;
• qual conceito trabalhou.
A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento,
por meio da analise comparativa do que o estudante pensava antes e do que
pensa apos o estudo Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um
processo, sendo a avaliação é um processo que envolve o levantamento de
informações sobre o ensino e a aprendizagem, a análise das informações
coletadas, a tomada de decisão e a ação de encaminhamento para o
enfrentamento das questões diagnosticadas e continuidade do processo. Nesse
sentido, a avaliação assume o caráter formativo à medida que auxilia na tomada
de decisão objetivando o agir frente às questões diagnosticadas como fragilidades
do processo ensino aprendizagem. Portanto avaliar exige o estabelecimento de
critérios e instrumentos coerentes com os objetivos estabelecidos e a natureza
dos conteúdos trabalhados. Os critérios são os elementos norteadores do
levantamento de informações, da análise, da tomada de decisão e das ações que
serão desenvolvidas. Eles implicam, ainda, na delimitação dos instrumentos que
serão utilizados para avaliar, pois deles dependem os enunciados das questões, a
estrutura do instrumento avaliativo, bem como o conteúdo.:
INSTRUMENTOS AVALIATIVOS
Propõe-se para o ensino de filosofia uma avaliação formal e criteriosa. O
acompanhamento do processo ensino aprendizagem, tem como finalidade
principal dar respostas ao professor e ao aluno sobre o desenvolvimento desse
processo, possibilitando o redimensionamento deste, caso seja necessário.
Na avaliação serão utilizados instrumentos diversificados, quais sejam:
relatórios, produção e interpretação de textos, provas com questões objetivas de
múltipla escolha, provas escritas individuais e coletivas, trabalhos em grupo,
debates, participação efetiva nas atividades e projetos realizados em sala ou fora
dela, pesquisas de campo, realização das tarefas e atividades diárias em sala de
aula, passa ou repassa para melhor aproveitamento e estudo dos conteúdos
dentre outros.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 99
Importa destacar que, mesmo sendo utilizados instrumentos de avaliação
que podem ser desenvolvidos em grupo, a avaliação é um processo que incide
sobre os saberes de cada um em específico, na relação com os objetivos
estabelecidos no plano de trabalho docente e os conteúdos a serem apropriados
e o professor deve acompanhar o processo, percebendo o quanto cada educando
desenvolveu na apropriação de conhecimento histórico considerando três
aspectos importantes: a apropriação de conceitos e a aprendizagem dos
conteúdos específicos. Para tanto a participação e o desempenho do aluno será
aferido em diversos momentos durante o ano letivo, considerando sua
participação nas atividades de leitura, interpretação, análise de textos
historiográficos, mapas e documentos históricos, produção de narrativas
históricas, pesquisas bibliográficas, entre outros.
No contexto da avaliação na disciplina, encontra-se prevista a recuperação
paralela dos conhecimentos históricos, que visa à retomada dos saberes não
apropriados a partir dos objetivos e critérios estabelecidos. Nesse sentido, torna-
se necessário a construção de uma nova cultura escolar em relação à
recuperação paralela, buscando a recuperação de conteúdos e não apenas da
nota obtida. De forma concomitante, os saberes serão retomados e novos
instrumentos poderão ser aplicados para que novas informações sobre os
resultados do ensino e da aprendizagem sejam fornecidos, confirmando ser esse
um processo ininterrupto.
Sendo que é vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um
único instrumento avaliativo.
CRITÉRIOS
Nesse contexto, a avaliação possibilita ao professor avaliar seu próprio
desempenho, refletindo sobre as intervenções didático-pedagógicas necessárias
e quanto as possibilidades de aprendizagem dos alunos no que se refere:
• A apropriação dos conteúdos e conceitos históricos;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 100
• Ao domínio dos conceitos de tempo, observando e foram construídos de
forma que permitam o estudo das diferentes dimensões e contextos
históricos;
• Ao domínio dos conceitos históricos para análise de diferentes contextos
históricos;
• A compreensão da História como prática social da qual participam como
sujeitos hisk3dcos de seu tempo;
• A análise das diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões
econômica, social, política e cultural;
• A compreensão de que o conhecimento histórico é produzido com base em
um método problematizador e diferentes fontes documentais, a partir das
quais o pesquisador produz diferentes possibilidades de narrativa histórica
• A explicitação do respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e
econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que os
constituíram;
• A compreensão de que a produção do conhecimento histórico pode validar,
refutar ou complementar a produção historiográfica já existente.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 101
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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 103
FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física é a ciência que estuda a Natureza, bem como, os fenômenos
naturais presentes no Universo. A origem do interesse pela compreensão dos
fenômenos naturais encontra-se ainda na Pré-história, na busca do homem em
resolver seus problemas cotidianos, bem como, garantir meios para sua
subsistência.
A humanidade desde então, tem se relacionado com o mundo a partir de
atitudes básicas tais como curiosidade e espanto; os fenômenos presentes na
natureza despertaram inicialmente a busca pela explicação desses fenômenos;
primeiramente através de mitos e posteriormente, com o avanço do conhecimento
cientifico, pela necessidade da descoberta e explicação das leis naturais.
Na sociedade em franco processo de globalização, o ensino da cultura
cientifica, na atualidade, propicia aos sujeitos reconstruírem o conhecimento
técnico - científico historicamente produzido como constituinte de sua formação
como seres humanos e futuros profissionais. A apropriação desse conhecimento
pode tornar esses sujeitos, pessoas críticas, criativas e inteiradas com a
sociedade e com as tecnologias a sua volta.
Por isso, a relevância da disciplina de Física no ensino médio tem por
objetivo a formação desses sujeitos visto que, a maioria deles somente terá
contato com este corpo de conhecimentos somente nesta etapa da vida escolar.
A Física, como todas as ciências, desenvolve-se gradualmente ao longo
do tempo, passando por crises, avanços e retrocessos, fracassos e sucessos. A
história da ciência procura conhecer e compreender as transformações pelas
quais a física passa ao longo do tempo. A versão mais ingênua da história da
Física é a de que, em certos momentos, aparecem grandes gênios que vêem
aquilo que outros não haviam visto, propõem grandes teorias e mudam o
desenvolvimento do pensamento humano. Essa é uma visão simplista e
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 104
equivocada, com importantes conseqüências (negativas) para a compreensão da
própria natureza da ciência.
A Física oferece contribuições especificas no desenvolvimento cientifico e
tecnológico; as pessoas interagem com o conhecimento físico por diferentes
meios; de forma que não há como formar cidadãos que atuem na transformação
da sociedade sem o conhecimento da cultura cientifica.
É fato que, a Física enquanto parte integrante no processo de
desenvolvimento cientifico e tecnológico, tem por objetivo educar cidadãos
críticos, criativos e inteirados com a sociedade, que compreendam o Universo de
fenômenos ao seu redor, sabendo utilizá-los e/ou transformá-los.
A Física tem como objeto de estudo o universo, em toda a sua
complexidade. Dessa forma entende-se que a física deve educar para cidadania
contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a
beleza da produção científica ao longo da história e compreender a necessidade
desta dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de
fenômenos que o cerca.
Hoje, continuamos com um tratamento disciplinar porque consideramos
que a Física é um campo de conhecimentos específicos, em construção, e
socialmente reconhecida. Por isso, não aceitamos a generalidade, pois essa
cultura de busca de princípios gerais e abrangentes, tal qual o espírito positivista,
é um dos obstáculos ao desenvolvimento do conhecimento científico, capaz de
levar o espírito científico a se prender às soluções fáceis, imediatas e aparentes.
Essa diretriz busca construir um Ensino de Física centrado em conteúdos e
metodologias capazes de levar, aos estudantes, uma reflexão sobre o mundo das
ciências sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da pura racionalidade
científica, compartilhando, com mais gente e com menos álgebra, a emoção dos
debates, a força dos princípios e a beleza dos conceitos científicos. .
A proposta de conteúdos estruturantes tem em vista a evolução histórica
das idéias e conceitos da Física, a prática do docente e o entendimento, pelos
professores, de que o Ensino Médio deve estar voltado ä formação de sujeitos
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 105
que, em sua formação e cultura, agreguem visão da natureza e das relações
humanas, sabendo utilizá-las e/ou transformá-las, se necessário.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE FÍSICA
Dentro da premissa estabelecida acima, o desenvolvimento desta disciplina
deverá contribuir para que o aluno desenvolva capacidades tais como:
• compreender a influência da ciência e da técnica na evolução das sociedades,
assim como os condicionamentos históricos e sociais na criação científica e
tecnológica;
• analisar e valorar as repercussões sociais, econômicas, políticas e éticas das
atividades científica e tecnológica;
• aplicar os conhecimentos científicos e tecnológicos aprendidos aos estudos e à
valoração de problemas relevantes na vida social;
• utilizar os conhecimentos sobre as relações existentes entre ciência, tecnologia
e sociedade para compreender melhor os problemas do mundo em que vivemos;
• buscar soluções e adotar posições baseadas nos juízos de valor livre e
responsavelmente assumidos;
• apreciar e valorar criticamente as potencialidades e as limitações da ciência e da
tecnologia para proporcionar maior grau de consciência e de bem-estar individual
e coletivo;
• assumir uma maior consciência dos problemas ligados ao desenvolvimento
desigual das sociedades humanas e adotar uma atitude responsável e solidária
com todos;
• analisar e avaliar criticamente as necessidades sociais e os desenvolvimentos
científico e tecnológico, valorando a informação e a participação cidadãs como
elementos importantes para a organização social;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 106
• reconhecer a técnica como produção sociocultural e histórica, possibilitando
alcançar uma maior capacidade de negociação na ação coletiva e gradual, taL
que a evolução da ciência assim oferece.
• formar cidadãos polivalentes, criativos e capazes de adaptação permanente às
novas formas de produção; reorientando a formação e a qualificação profissional
para melhorar a qualidade e a competitividade;
• preparar estudantes para se adaptarem às diversas organizações que adotam
tecnologias de ponta.
Interessa-nos aqui uma história que mostra a evolução das idéias e
conceitos em Física, um caminho quase sempre não-linear, cheio de erros e
acertos, avanços e retrocessos típicos de um objeto essencialmente humano, que
é a produção científica. Mas também, uma história que mostre a não-neutralidade
da produção científica, suas relações externas, sua interdependência com os
sistemas produtivos, enfim, os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais
desta ciência.
A História da ciência pode contribuir para dois importantes aspectos da
formação do professor: sua competência científica, isto é, o domínio dos
conteúdos que vai lecionar, com uma competência didática, contribuindo para que
nós, professores, tenhamos uma concepção de ciência, permitindo-nos ir além
dos resultados, os quais fazem de nossas aulas, muitas vezes, doutrinas e não
ensino de ciência, ao negá-la como uma construção humana.
Consideramos que o domínio da cultura científica constitui instrumento
indispensável à participação política, fato que somente poderá acontecer com
conteúdos historicamente e socialmente constituídos, e o mais próximo possível
da produção científica. Não há como participar de uma sociedade, atuando em
sua transformação, sem ciência básica. Esta nos parece ser uma condição
extremamente importante se o que desejamos é formar pessoas que sejam
criativas e participativas, capazes de atuar na sociedade atual.
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Então, entende-se que o ensino da Física deve estar voltado para os
fenômenos físicos, enfatizando-os qualitativamente, porém, sem perda da
consistência teórica. Além disso, propõe-se um tratamento qualitativo dos temas
da Física Moderna, corroborando para a apresentação da Física como ciência em
Processo de construção.
Essas considerações podem ajudar o estudante a compreender a ciência
não apenas como capaz de encontrar soluções fáceis e resolver todos os nossos
problemas, mas sim, de buscar o conhecimento físico que contribui para a
construção desta sociedade que estamos vivendo hoje, conhecimento esse,
motivado por interesses externos à produção científica.
“ O que a Física deve buscar no Ensino Médio é assegurar que a competência investigativa resgate o espírito questionador, o desejo de conhecer o mundo em que se habita. Também deve ser entendida como cultura na medida em que a escola deve assegurar o acesso da população a uma parcela de saberes produzido” (PCN, p.53).
Outra finalidade do ensino de Física é que o aluno compreenda e questiona
os métodos e os modelos científicos em seus limites e suas possibilidades. Enfim,
contribuir, em conjunto com as outras disciplinas, para a formação do sujeito
crítico ao considerar as relações sociais, políticas, econômicas e culturais que
determinam a produção científica (DCE-Física, p. 50).
Cientes de que os sujeitos do Ensino Médio são sujeitos históricos, a
atenção, aqui, recai sobre o tempo de trabalho escolar efetivo em sala de aula,
pois a organização curricular por blocos exige rever a organização da escola
quanto ao planejamento desse tempo para melhorar o seu aproveitamento já que
toda inovação escolar pode não se efetivar caso os tempos de aula continuem
fixos e reduzidos as aulas convencionais.
No caso das aulas de Física convencional significa manter um
planejamento de aulas baseado na exposição do professor, o qual é amparado
pelo livro didático e cujo trabalho pedagógico, ao reproduzir a lógica do livro,
transforma-se em uma prática pedagógica cujo mote é a resolução de exercícios
nos quais predominam a aplicação de formalismo matemático sem a devida
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 108
discussão das teorias físicas, e, portanto, distante das orientações das Diretrizes
Curriculares Estaduais de Física (2008).
“Selecionar e organizar conteúdos para um programa didático da
física escolar é uma tarefa que aparenta ser simples, porém se
forem cumpridas algumas exigências de ordem teórica, sua
execução pode-se mostrar extremamente complexa. Talvez por
isso, poucos livros-textos se arrisquem a fugir do macro divisão
tradicional já bastante mencionada. Qualquer escolha, neste nível,
implica uma justificativa minimamente plausível, e na falta de uma,
o mais fácil é assumir a tradição. Ela passa a ser a própria
justificativa” (TERRAZZAN, 1994, p. 58).
Quanto à seleção dos conteúdos, segue-se a orientação das Diretrizes
Curriculares Estaduais de Física (2008) e opta-se pelos conteúdos básicos, pois,
são “considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes”
(DCE-Física) e o acesso a “esses conhecimentos é direito do aluno” (DCE-Física).
Os conteúdos básicos já especificados pelas Diretrizes Curriculares
Estaduais de Física dão uma boa estrutura do quadro teórico da Física e
permitem minimizar um débito que a escola básica tem com os alunos. “A grande
concentração de tópicos, tratados na física escolar, se dá na física desenvolvida
aproximadamente entre 1600 e 1850. Portanto, estamos em débito com nossa
juventude 'sonegando', no mínimo, vários séculos de física elaborada”.
(TERRAZZAN, 1994, p. 42). Os conteúdos básicos propostos nas DCE
aproximam-se, conceitualmente, da física atual mostrando, uma ciência em
construção. Por exemplo, ao se trabalhar os conceitos essenciais da teoria
newtoniana, como espaço, tempo e massa, propõe-se ir além chegando aos
conceitos de espaço-tempo e massa relativísticos.
“Nessa medida, prefiro pensar que devesse proporcionar aos
estudantes uma visão da ciência física, por exemplo como um
corpo unitário de conhecimentos que possui uma estruturação
interna em grandes sistemas conceituais inter-relacionados”
(TERRAZZAN,1994, p. 162).
Isso não significa minimizar o conhecimento físico, ao contrário, eles são o
ponto de partida para se buscar o necessário aprofundamento que leve à
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compreensão da Física como uma ciência, pois, o ensino de física vem
apresentando um quadro no qual
“(...) há uma dedicação quase exclusiva ao conteúdo técnico da
física, até muitas vezes reduzido aos seus aspectos de algoritmos
matemáticos. Todas as grandes discussões conceituais de fundo,
envolvendo os aspectos históricos e sociais do desenvolvimento
da física enquanto ciência, estão ausentes da nossa física
escolar.” (TERRAZZAN, 1994, p. 42).
Como consequência mais imediata, os estudantes acabam por não gostar
da disciplina e, passam pela educação básica sem conhecer a produção
científica: suas idéias, seu corpo teórico, as questões culturais que a envolvem,
dentre outras coisas.
Por exemplo, ao tratar da teoria newtoniana, pode-se trabalhar a visão de
mundo implícita nessa teoria, a influência de suas idéias em outros campos do
conhecimento como na arte (pintura, cinema, música, etc.); o contexto histórico
social da época de sua produção e as perspectivas que surgiram para a ciência a
partir daí; e a abrangência de conceitos como espaço e tempo.
Uma discussão quanto ao método científico remete à Filosofia e, nesse
caso, pode-se discutir a construção do método, discuti-lo tanto do ponto de vista
da Filosofia e do ponto de vista da Física, a partir da análise do trabalho dos
físicos.
Nesta proposta entende-se que o ensino de física deve permitir que o
estudante desenvolva o pensamento científico através das discussões onde o
contrário se faça presente, isto é, um ensino que vá além do uso de algoritmos
matemáticos para resolver alguns problemas, mas que permita buscar relações
que levem ao aprofundamento do conteúdo.
O ensino excessivamente mecanizado e repetitivo faz com que estudantes
e professores usem “... apenas o pensamento analógico e não o pensamento
antitético” (Lufti, 1991, citado por Terrazzan, 1994, p.128). Como consequência,
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“... nunca avançaremos em nosso conhecimento, pois tudo se reduz ao
conhecido, o que leva à alienação da vida cotidiana. ” (Idem).
“No ensino dos conteúdos escolares, as relações interdisciplinares evidenciam, por um lado, as limitações e as insuficiências das disciplinas em suas abordagens isoladas se individuais e, por outro, as especificidades próprias de cada disciplina para a compreensão de um objeto qualquer. Desse modo, explicita-se que as disciplinas escolares não são herméticas, fechadas em si, mas, a partir de suas especialidades, chamam umas às outras e, em conjunto, ampliam a abordagem dos conteúdos de modo que se busque, cada vez mais, a totalidade (…)” (Paraná/SEED/DEB, Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física, 2008, p. 27).
Assim, espera-se que os estudantes compreendam a ciência como uma
construção humana, como apregoam as Diretrizes Curriculares Estaduais de
Física e, haja uma enculturação científica de forma que percebam os avanços
proporcionados pela ciência, suas possibilidades e seus limites.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E SEUS DESDOBRAMENTOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
MOVIMENTO
TERMODINÂMICA
ELETROMAGNETISMO
Os conteúdos desenvolvidos no âmbito desses três conteúdos estruturantes
permitem o aprofundamento, as contextualizações e relações interdisciplinares,
os avanços da física dos últimos anos e as perspectivas de futuro.
CONTEÚDOS PARA O 1º ANO
MOVIMENTO, VARIAÇÕES E CONSERVAÇÕES:
Unidades temáticas
- Conceitos básicos de Cinemática;
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- As Leis de Newton e suas aplicações;
- Trabalho e Energia - Leis da Conservação da energia;
- Conservação de Quantidade de Movimento – impulso;
- Movimentos oscilatórios;
- Conservação de Momentum – Estudo das Colisões entre partículas;
- Mecânica dos fluidos;
- Equilíbrio de Corpos – estática;
- Gravitação Universal;
- Estudo da luz – enquanto tratada como partícula;
CONTEÚDOS PARA O 2º ANO
TERMODINÂMICA: CALOR AMBIENTE E USOS DE ENERGIA
Unidades temáticas:
Temperatura e Calor – processos reversíveis e irreversíveis; escalas termométricas; medidas de temperatura; equilíbrio térmico; - Estudo do calor – Trocas de calor ; Transmissão de Calor; - As Leis da Termodinâmica; Máquinas Térmicas e entropia; Quantização de energia;
- Estudo dos Gases;
– Teoria Cinética;
SOM, IMAGEM E INFORMAÇÃO
Unidades temáticas:
- Luz – princípios da óptica geométrica;
- Instrumentos Ópticos;
- Ondas;
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CONTEÚDOS PARA O 3º ANO
ELETRICIDADE E ELETROMAGNETISMO – EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E
TELECOMUNICAÇÕES
Unidades temáticas:
- Carga elétrica; Corrente Elétrica; Lei de Coulomb;
- Campo Elétrico e Potencial elétrico;
- Resistores – Leis de Ohm;
- Geradores e Receptores – Associação de Resistores;
- Capacitores – Associação de capacitores ; diodos e transistores
MATÉRIA E RADIAÇÃO
Unidades temáticas:
- Campo Magnético – ímãs; magnetismo terrestre e magnetismo da matéria;
- Relatividade e Física Atômica- dilatação dos tempos, contração das distâncias;
energia quantizada; efeito fotoelétrico;
- Radioatividade e Física Nuclear – decaimento radioativo; radioterapia;
aplicações da radioatividade; raios x; reações nucleares e energia de ligação;
fissão e fusão nuclear;
UNIVERSO, TERRA E VIDA
Unidades temáticas:
- Terra e sistema solar;
- O Universo e sua origem;
- Compreensão humana do Universo
Desafios socioeducacionais serão articulados aos conteúdos, com respaldo nas
seguintes legislações:
● Lei Educação Ambiental (L.f. 9795/99, Dec. 4201/02);
● Lei Estadual nº 17505/13 - Educação Ambiental;
● Educação Fiscal/Educação Tributária (Dec. 1143/99 Portaria 413/02);
● Lei nº 11947/09 - Educação Alimentar e Nutricional;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 113
● Lei nº 9503/97 - Código de Trânsito Brasileiro - Educação para o Trânsito;
● Lei Estadual nº 17858/13 - Política de Proteção ao Idoso;
● Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Lei 11.343/06;
METODOLOGIA DE ENSINO DA DISCIPLINA
O Processo ensino-aprendizagem, em Física, deve partir do conhecimento
prévio do aluno, onde se incluem as concepções alternativas ou concepções
espontâneas, sobre os quais a ciência tem um conceito científico. Sejam elas
adquiridas no dia a dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de
convivência e que na escola se fazem presentes no momento em que se inicia o
processo de ensino-aprendizagem ou que envolvam um saber socialmente
construído e sistematizado.
O objetivo é que professor e estudante em conjunto compartilhem
significados na busca da aprendizagem que acontece quando as novas
informações interagem com o conhecimento prévio do sujeito e simultaneamente,
adicionam, diferenciam, integram, modificam e enriquecem o conhecimento já
existente.
O processo ensino-aprendizagem é um processo baseado nas interações
aluno-aluno, aluno-professor e aluno-professor-objeto de conhecimento.
Essas interações podem se dar auxiliadas por recursos tais como:
• Leitura científica (leitura de textos), onde o importante seja a formação cultural
do cidadão contemporâneo, sendo um elemento motivador e utilizado como
instrumento de mediação na sala de aula, não devendo ser visto como se todo o
conteúdo estivesse ali presente, mas levando a novas questões e discussões,
bem como, com apresentação de questões e dúvidas por escrito;
• Experimentação formal, com discussão pré e pós laboratório, visando a
construção e ampliação de conceitos;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 114
• Demonstrações experimentais, como recursos para coleta de dados e posterior
discussão;
• Estudo do meio, através do qual se pode ter idéias interdisciplinares dos campos
de conhecimento (visitas a sistemas produtivos industriais e rurais);
• Aulas dialógicas, nas quais o professor deve instigar o diálogo sobre o objeto de
estudo;
• Audiovisual, da mesma forma que o trabalho experimental, envolve períodos de
discussão pré e pós atividades audiovisual e deve facilitar a construção e
ampliação de conceitos;
• Informática como fonte de dados e informações;
• Biblioteca, como fonte de dados e informações.
ESTRATÉGIAS
• Coleta de textos trazidos pelos alunos, coletados em jornais, revistas, história
em quadrinhos, contemplando sempre um mesmo conteúdo para discussão,
apresentação de questões e dúvidas;
• Leitura de textos acompanhada de resolução de problemas qualitativos e
quantitativos;
• Apresentação de filmes e após, realização de leitura de texto de divulgação
científica com a mesma abordagem, momento propício para o surgimento de
questionamentos.
AVALIAÇÃO
A avaliação dar-se-á ao longo do processo de ensino e aprendizagem dos
estudantes, visto que ela é um instrumento para acompanhamento do trabalho do
professor e do processo de aprendizagem dos estudantes.
“Mas, para isso, é preciso um planejamento do que ensinar
(conteúdos), para que ensinar (o que se espera do aluno ao final
de cada unidade de conteúdo, a cada ano, ao final do ensino
médio) e qual é o resultado esperado desse ensino (que sujeito
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 115
pretende formar)” (Paraná/SEED/DEB, Diretrizes Curriculares da
Educação Básica – Física, 2008, p. 79).
A avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos adotados por
essa diretriz, levando-se em conta o progresso do estudante quanto aos aspectos
históricos, conceituais e culturais e a não-neutralidade da ciência, devendo ter um
caráter diversificado, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação da apropriação do conhecimento do conteúdo será conduzida
por critérios que visem auxiliar o aluno na aprendizagem de conhecimentos
essenciais, ao final de cada conteúdo trabalhado, podendo ser realizada através
de avaliação escrita, discussão de trabalhos, sejam estes individuais ou coletivos,
observação das experimentações realizadas, devendo ser utilizada para intervir
no processo de aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
O desempenho do aluno será aferido em diversos momentos durante o
ano letivo, considerando:
• Suas tentativas na realização das atividades;
• Manifestações de suas dúvidas;
• Interação com o grupo;
• Progresso em relação ä condição anterior;
• Aquisição de novos conceitos;
• Comprometimento e superação das dificuldades apresentadas;
• Demonstração de interesse e vontade em aprender;
• Trabalhos escritos e exposição de trabalhos;
• Participação ativa nas aulas e trabalhos;
• Realização de atividades solicitadas;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 116
• Entrega de trabalhos dentro do prazo estipulado;
• Provas e testes escritos.
A avaliação será registrada on line na escala de 0 a dez, onde também
estão registradas as datas e os conteúdos abordados nestas avaliações, o cálculo
tanto pode ser somatório e/ou média aritmética, ficando a critério de cada
professor, desde que este registre no seu planejamento a fórmula aplicada por
ele, bem como, não poderá ser dada uma única aferição.
As avaliações podem ser aplicadas individualmente ou em grupo, através
de atividades até mesmo de pesquisa que tanto podem ser entregues ao
professor ou expostas oralmente.
Quanto aos testes escritos, serão elaborados de acordo com os conteúdos
estudados e nas formas pedagogicamente corretas, atentando todos os quesitos
recomendados, isto é, com questões diversificadas objetivas e subjetivas.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e
os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado
insuficiente, pois é um dos aspectos de aprendizagem no seu desenvolvimento
contínuo, pelo qual o aluno dispõe de convicções que lhe possibilite a apreensão
de conteúdos básicos.
O professor estabelecerá critérios próprios para traduzir o resultado da
recuperação de estudos em metas. O professor registrará no Registro on livro; a
recuperação será realizada através de revisão de conteúdo, tarefa, atividades
diversificadas durante o período letivo concomitantemente às aulas tão logo se
detecte insuficiências ou desvios no processo ensino-aprendizagem, que
receberão deste Estabelecimento às condições necessárias para a sua execução.
Os resultados da recuperação deverão incorporar-se aos das avaliações
efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento escolar.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 117
Todo aluno terá direito à recuperação desde que não tenha atingido o
máximo, que no caso é 100% (cem por cento) de aproveitamento.
Após a recuperação de estudos prevalecerá a maior nota.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 118
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9.394/96.
Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio.
Halliday, D., Resnick, R. e Walker, J., Fundamentos de Física (4a ed. )- John Wiley& Sons, Inc.
Nussenzveig, M., Curso de Física Básica (2 - Fluidos, Oscilações e Ondas, Calor) - Editora Edgard BlücherLtda
Orientações Curriculares para o Ensino Médio.
PARANÁ/SEED/DEB. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física. Curitiba, 2008.
Projeto Político Pedagógico.
Rocha, J.f. (Org.) Origens e evolução das idéias da Física. Salvador:Edufra, 2002.
YUS, R. Horário em blocos para a integração curricular e … muito mais. In: Pátio Revista Pedagógica (online), Porto alegre, n. 30, p. 8-11, mai/julh/2004Ano VIII, n. 30.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 119
GEOGRAFIA – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Para organizar o pensamento pedagógico é necessário estabelecer os
objetivos do ensino da geografia, os conteúdos e a metodologia, considerando
seus aspectos ideológicos e políticos. Os conteúdos são os meios de se
desenvolver o raciocínio geográfico, organizado em dois eixos: a formação de
conceitos e a alfabetização geográfica. No encaminhamento metodológico ficará
explícito a linha ideológica adotada e a que tipo de cidadão e sociedade se deseja
construir, portanto é imprescindível que o professor conheça as posturas teórico
práticas das escolas pedagógicas.
O nosso desejo é que o aluno seja capaz de ler o espaço geográfico e
compreendê-lo com criticidade, instrumentalizando-o para interferir na construção
consciente desse espaço. Uma maneira interessante para se efetivar esta prática
é apresentar situações-problemas. Durante as atividades de Prática de Formação
(estágio), o aluno-mestre vivenciará várias situações no ensino da geografia, que
deverão ser apresentadas e discutidas com a turma, pesquisando referenciais
teóricos sobre o tema e propostas/alternativas para um trabalho mais eficiente,
não caindo em situações simplistas ou a atuações muito complexas para os
educandos da educação.
O conhecimento geográfico é uma necessidade básica para o ser humano
desde o momento em que ele começou a se organizar.
Fez-se necessário ao homem conhecer a natureza e os elementos ao seu
redor para produzir seu alimento e outros artigos fundamentais para sua
sobrevivência.
Assim o povo mais primitivo começou, a partir da observação da natureza,
a criar os primeiros saberes geográficos.
Na antiguidade clássica a existência e expansão da Grécia e, sobretudo do
império Romano fez com que os saberes geográficos tivessem um grande
avanço.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 120
No século XVI com as grandes navegações houve um processo de
expansão das ideias3 geográficas, principalmente no que se refere as questões
cartográficas.
No século XIX, com o Imperialismo, foram criadas diversas sociedades
geográficas com o objetivo de apoiar países como Inglaterra, França e Prússia
(Alemanha), em seu domínio sobre a África, Ásia e América do Sul, nesse
contexto surgiram as escolas nacionais de pensamento geográficos, entre elas a
Escola Alemã e a Francesa.
Essas Escolas e seus pensadores mais célebres, Ratzel e Vital de La
Blache, foram utilizados para justificar a conquista e o domínio de países e povos
mais atrasados pelos europeus.
Foi ainda no século XIX que a ciência geográfica foi sistematizada e
chegou às universidades européias no Brasil à institucionalidade da geografia a
partir de 1930.
As várias mudanças pelas quais o mundo passou a partir da Segunda
Guerra Mundial trouxeram transformações intensas no pensamento geográfico do
século XX.
O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, o mesmo é divido
em: espaço geográfico natural e espaço geográfico cultural ou construído. Em
suma, pode-se afirmar que o espaço geográfico é o “palco” das relações
humanas, pois o homem habita a superfície e usufrui de tudo que a natureza
fornece.
A Geografia com as demais disciplinas do currículo terá o papel de
proporcionar situações que permite ao estudante pensar sobre o tempo e o
espaço de vivência. A internacionalização da economia e da informação
mudaram as moções de tempo e espaço mudaram as relações de trabalho e as
relações de poderes entre as nações.
Caberá ao professor desenvolver o seu verdadeiro papel de facilitador do
processo ensino-aprendizagem, onde o mesmo orienta o educando a ser um
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 121
pesquisador e construtor dos seus próprios conceitos, mudanças de postura,
formas de pensar de valores, refletirem que o cerca em consonância com as
transformações mundiais.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
A Geografia, como as demais áreas do saber que compõem a matriz
curricular das escolas de educação básica, procura desenvolver no aluno a
capacidade de observar, analisar, interpretar e pensar criticamente a realidade
tendo em vista a sua transformação. (Oliveira¹). Estes, ao nosso ver, não são os
objetivos exclusivos da Geografia, mas de todo processo educativo. O ensino da
Geografia deve particularmente possibilitar ao aluno compreender o espaço
produzido pela sociedade em que vivemos, as relações de produção que se
desenvolvem, a apropriação que essa sociedade faz da natureza e as
desigualdades e contradições presentes neste. Isto deve permitir desenvolver
procedimentos para captar a realidade, internalizar métodos e ter consciência da
espacialidade das coisas (CAVALCANTI, 2005)².
JUSTIFICATIVA
A discussão da Geografia no ensino Fundamental e médio oferece
subsídios para que o aluno conheça a (re) organização do espaço na perspectiva
das dimensões econômica, política, socioambiental, cultural e demográfica. O
conhecimento inter-relacionado dessas dimensões aprimora a compreensão
sobre os fenômenos naturais e humanos, evidenciando aspectos socioespaciais
presentes na organização dos diferentes lugares. Entender esses processos e
ações que compõem os diferentes fenômenos através da análise em escalas
local, regional, nacional e mundial é fundamental para que o sujeito possa
reconhecer-se como parte do processo de (re) organização espacial, e dessa
forma atuar na busca por melhorias que incidam diretamente no espaço por ele
ocupado.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 122
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Entende-se por conteúdos estruturantes, os conhecimentos de grande
amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina
escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo
os conteúdos específicos devem ser abordados.
Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os
conteúdos estruturantes da Geografia devem considerar em sua abordagem
teórico-metodológica, as relações socioespaciais em todas as escalas
geográficas, analisadas em função das transformações políticas, econômicas,
sociais e culturais que marcam o atual período histórico.
Embora ultrapassem o campo da pesquisa geográfica e perpassem outras
áreas do conhecimento, tais conteúdos são constitutivos da disciplina de
Geografia, porque demarcam e articulam o que é próprio do conhecimento
geográfico escolar. Essa especificidade geográfica é alcançada quando os
conteúdos são espacializados e tratados sob o quadro teórico conceitual de
referência da disciplina.
Os conteúdos estruturantes da Geografia são:
• Dimensão econômica do espaço geográfico;
• Dimensão política do espaço geográfico;
• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
• Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
Os conteúdos estruturantes e os conteúdos básicos devem ser tratados
pedagogicamente a partir das categorias de análise - relações Espaço < ->
temporais e relações Sociedade < -> Natureza – e do quadro conceitual de
referência. Por meio dessa abordagem de estudo da Geografia em suas amplas e
complexas relações.
Como dimensões geográficas da realidade, os conteúdos estruturantes da
Geografia estabelecem relações permanentes entre si. Os conteúdos específicos,
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 123
por sua vez, devem ser abordados a partir das dimensões geográficas próprias
dos quatro conteúdos estruturantes.
A depender da ênfase que o professor deseja dar a determinado conteúdo
específicos, é possível priorizar ora a abordagem de um conteúdo estruturante,
ora de outro. Entretanto, a articulação entre todos eles deve ser explicada pelo
professor para que o aluno compreenda que na realidade socioespacial eles não
se separam.
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos
conteúdos básicos.
CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO
• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
• As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista.
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estáticos
da população.
• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
7º ANO
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
• As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 124
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores artísticos
da população.
• Movimentos migratórios e suas motivações.
• O espaço rural e a modernização da agricultura.
• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização.
• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
• A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
8º ANO
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano.
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
• O comércio em suas implicações socioespaciais.
• A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
• O espaço rural e a modernização da agricultura.
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
• Os movimentos migratórios e suas motivações.
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
• Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
9ºANO
• As diversidades regionalizações do espaço geográfico.
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 125
• A revolução técnico científico informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
• O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)
organização do espaço geográfico.
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
• O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração
territorial.
Leis obrigatórias contempladas: • História do Paraná 13381/01
• Lei Federal nº 9795/99, Dec. 4201/02 - Educação Ambiental; • Lei Estadual nº 17505/13 – Educação Ambiental;
• Lei Federal nº 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira;
• Lei Federal nº 11.645/08 - História e Cultura Afro-brasileira e Indígena;
• Instrução nº 17/16 SUED/SEED – História e Cultura Afro-brasileira;
• Lei Federal 11525/07 - Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o Adolescente;
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia de ensino da geografia deve permitir que os alunos se
apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo
de produção e transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteúdos da
Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a
realidade próxima e distante dos alunos, em coerência com os fundamentos
teóricos propostos.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 126
O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do
conhecimento geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato
docente, mediante um planejamento que articule a abordagem dos conteúdos
com avaliação. No ensino de Geografia, tal abordagem deve considerar o
conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo ao conhecimento
científico no sentido de superar o senso comum.
Ao invés de simplesmente apresentar o conteúdo que será trabalhado,
recomenda-se que o professor crie uma situação problema, instigante e
provocativa. Essa problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para
o conhecimento. Por isso, deve se constituir de questões que estimulem o
raciocínio, a reflexão e a crítica, de modo que se torne sujeito do seu processo de
aprendizagem.
Outro pressuposto metodológico para a construção do conhecimento em
sala de aula é a contextualização do conteúdo. Na perspectiva teórica destas
Diretrizes, contextualizar o conteúdo é mais do que relacioná-lo à realidade vivida
do aluno, é, principalmente, situá-lo historicamente e nas relações políticas,
sociais, econômicas, culturais, em manifestações espaciais concretas, nas
diversas escalas geográficas.
Sempre que possível o professor deverá estabelecer relações
interdisciplinares dos conteúdos geográficos em estudo, porém, sem perder a
especificidade da Geografia. Nas relações interdisciplinares, as ferramentas
teóricas próprias de cada disciplina escolar devem fundamentar a abordagem do
conteúdo em estudo, de modo que o aluno perceba que o conhecimento sobre
esse assunto ultrapassa os campos de estudo das diversa disciplinas, mas que
cada uma delas tem foco de análise próprio.
O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma
dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que
a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse
procedimento tem por finalidade que o ensino da Geografia contribua para a
formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e
crítica.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 127
A considerar esses pressupostos metodológicos, o professor organiza o
processo de ensino de modo que os alunos ampliem suas capacidades de análise
do espaço geográfico e formem os conceitos dessa disciplina de maneira cada
vez mais rica e complexa.
Instrumentos metodológicos: Aulas expositivas, trabalhos em grupo,
pesquisas, recursos audiovisuais, rádio, livro didático, jornais, TV pen drive,
revistas, data-show, aula de campo, internet, charges, ilustrações, fotografias,
slides, entre outros.
AVALIAÇÃO
Os conteúdos estão estruturados para serem desenvolvidos de forma a
possibilitar a interação entre alunos. Essa interatividade é proporcionada por meio
dos diversos questionamentos existentes, os quais resgatam o conhecimento
prévio dos alunos, estimulam a exposição e opiniões e participação em grupo nos
debates e trabalhos de equipe, entre outras atividades. Esses questionamentos
têm como objetivo desenvolver atitudes de sociabilidade, convivência em grupo,
respeito mútuo e a tomada de decisões.
Os questionamentos constituem também uma estratégia que possa
relacionar a realidade do aluno ao conteúdo teórico e, em momentos posteriores,
fazer o caminho inverso, passando da teoria à realidade em que vivem.
A recuperação de estudos é direito do aluno, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos.
Nessa concepção de avaliação, considera-se que os alunos têm diferentes
ritmos de aprendizagem, identificam-se dificuldades e isso possibilita a
intervenção pedagógica a todo o tempo. O professor pode, então, procurar
caminhos que todos os alunos aprendam e participem das aulas.
Assim, recomenda-se que a avaliação em Geografia seja mais do que a
definição de uma nota ou um conceito. Desse modo, as atividades desenvolvidas
ao longo do ano letivo devem possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e
posicionamento crítico frente aos diferentes contextos sociais.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 128
O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e
atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de
ensino/aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o
questionamento e a participação dos alunos.
A avaliação deixa de ser um momento terminal do processo educativo para
se transformar na busca incessante de compreensão das dificuldades do educado
e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento.
Será necessário, então, diversificar os critérios e os instrumentos de
avaliação. Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar
técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos,
como:
• interpretação e produção de textos de Geografia;
• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
• relatórios de aulas de campo;
• apresentação e discussão de temas em seminários;
• construção, representação e analise do espaço através de maquetes, entre
outros.
A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto
acompanhar a aprendizagem dos alunos, quanto nortear o trabalho do professor.
Ela permite a melhoria do processo pedagógico somente quando se constitui
numa ação reflexiva sobre o fazer pedagógico. Não deve ser somente a avaliação
do aprendizado do aluno, mas também uma reflexão das metodologias do
professor, da seleção dos conteúdos, dos objetivos estabelecidos e podem ser
um referencial para o redimensionamento do trabalho pedagógico.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
Havendo necessidade, em qualquer momento do período letivo, são
realizadas intervenções pedagógicas com retomada de conteúdos para a
realização da recuperação de estudos.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 129
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo
ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades significativas, por meio
de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressos em
uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez) e será registrada no Registro de Classe on
line.
Após a recuperação de estudos prevalecerá a maior nota.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 130
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASTROGIOVANNI, A.C.(Org.) Geografia em sala de aula:práticas e reflexões.Porto Alegre:Ed. UFRS,1999.
GOMES,P.C. DA C. Geografia e Modernidade.Rio de Janeiro:Bertrand Brasil,1996.
VESENTINI, J.W.Para uma geografia crítica na escola, São Paulo:Ática , 1992.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Diretrizes Curriculares da Educação Básica; Geografia, Curitiba, 2008.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 131
GEOGRAFIA – ENSINO MÉDIO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Para organizar o pensamento pedagógico é necessário estabelecer os
objetivos do ensino da geografia, os conteúdos e a metodologia, considerando
seus aspectos ideológicos e políticos. Os conteúdos são os meios de se
desenvolver o raciocínio geográfico, organizado em dois eixos: a formação de
conceitos e a alfabetização geográfica. No encaminhamento metodológico ficará
explícito a linha ideológica adotada e a que tipo de cidadão e sociedade se deseja
construir, portanto é imprescindível que o professor conheça as posturas teóricas
e práticas das escolas pedagógicas.
O nosso desejo é que o aluno seja capaz de ler o espaço geográfico e
compreendê-lo com criticidade, instrumentalizando-o para interferir na construção
consciente desse espaço. Uma maneira interessante para se efetivar esta prática
é apresentar situações-problemas. Durante as atividades de Prática de Formação
(estágio), o aluno-mestre vivenciará várias situações no ensino da geografia, que
deverão ser apresentadas e discutidas com a turma, pesquisando referenciais
teóricos sobre o tema e propostas/alternativas para um trabalho mais eficiente,
não caindo em situações simplistas ou a atuações muito complexas para os
educandos da educação.
Fez-se necessário ao homem conhecer a natureza e os elementos ao seu
redor para produzir seu alimento e outros artigos fundamentais para sua
sobrevivência.
Assim o povo mais primitivo começou, a partir da observação da natureza,
a criar os primeiros saberes geográficos.
Na antiguidade clássica a existência e expansão da Grécia e, sobretudo do
império Romano fez com que os saberes geográficos tivessem um grande
avanço.
No século XVI com as grandes navegações houve um processo de
expansão das idéias geográficas, principalmente no que se refere as questões
cartográficas.
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No século XIX, com o Imperialismo, foram criadas diversas sociedades
geográficas com o objetivo de apoiar países como Inglaterra, França e Prússia
(Alemanha), em seu domínio sobre a África, Ásia e América do Sul, nesse
contexto surgira as escolas nacionais de pensamento geográficos, entre elas a
Escola Alemã e a Francesa.
Essas Escolas e seus pensadores mais célebres, Ratzel e Vital de La
Blache, foram utilizados para justificar a conquista e o domínio de países e povos
mais atrasados pelos europeus.
Foi ainda no século XIX que a ciência geográfica foi sistematizada e
chegou as universidades européias no Brasil à institucionalidade da geografia a
partir de 1930.
As várias mudanças pelas quais o mundo passou a partir da Segunda
Guerra Mundial trouxeram transformações intensas no pensamento geográfico do
século XX.
O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, o mesmo é divido
em: espaço geográfico natural e espaço geográfico cultural ou construído. Em
humanas, pois o homem habita a superfície e usufrui de tudo que a natureza
fornece.
A Geografia com as demais disciplinas do currículo terá o papel de
proporcionar situações que permite ao estudante pensar sobre o tempo e o
espaço de vivência. A internacionalização da economia e da informação
mudaram as moções de tempo e espaço mudaram as relações de trabalho e as
relações de poderes entre as nações.
Caberá ao professor desenvolver o seu verdadeiro papel de facilitador do
processo ensino-aprendizagem, onde o mesmo orienta o educando a ser um
pesquisador e construtor do seu próprios conceitos, mudanças de postura,
formas de pensar de valores, refletirem que o cerca em consonância com as
transformações mundiais.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 133
FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
A Geografia, como as demais áreas do saber que compõem a matriz
curricular das escolas de educação básica, procura desenvolver no aluno a
capacidade de observar, analisar, interpretar e pensar criticamente a realidade
tendo em vista a sua transformação. (Oliveira¹). Estes, ao nosso ver, não são os
objetivos exclusivos da Geografia, mas de todo processo educativo. O ensino da
Geografia deve particularmente possibilitar ao aluno compreender o espaço
produzido pela sociedade em que vivemos, as relações de produção que se
desenvolvem, a apropriação que essa sociedade faz da natureza e as
desigualdades e contradições presentes neste. Isto deve permitir desenvolver
procedimentos para captar a realidade, internalizar métodos e ter consciência da
espacialidade das coisas (CAVALCANTI, 2005)².
JUSTIFICATIVA
A discussão da Geografia no ensino Fundamental e médio oferece
subsídios para que o aluno conheça a (re) organização do espaço na perspectiva
das dimensões econômica, política, socioambiental, cultural e demográfica. O
conhecimento inter-relacionado dessas dimensões aprimora a compreensão
sobre os fenômenos naturais e humanos, evidenciando aspectos socioespaciais
presentes na organização dos diferentes lugares. Entender esses processos e
ações que compõem os diferentes fenômenos através da análise em escalas
local, regional, nacional e mundial é fundamental para que o sujeito possa
reconhecer-se como parte do processo de (re) organização espacial, e dessa
forma atuar na busca por melhorias que incidam diretamente no espaço por ele
ocupado.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Entende-se por conteúdos estruturantes, os conhecimentos de grande
amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 134
escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo
os conteúdos específicos devem ser abordados.
Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os
teórico metodológica, as relações socioespaciais em todas as escalas
geográficas, analisadas em função das transformações políticas, econômicas,
sociais e culturais que marcam o atual período histórico.
Embora ultrapassem o campo da pesquisa geográfica e perpassem outras
áreas do conhecimento, tais conteúdos são constitutivos da disciplina de
Geografia, porque demarcam e articulam o que é próprio do conhecimento
geográfico escolar. Essa especificidade geográfica é alcançada quando os
conteúdos são espacializados e tratados sob o quadro teórico conceitual de
referência da disciplina.
OS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DA GEOGRAFIA SÃO:
• Dimensão econômica do espaço geográfico;
• Dimensão política do espaço geográfico;
• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos devem ser tratados
pedagogicamente a partir das categorias de análise - relações Espaço < ->
temporais e relações Sociedade < -> Natureza – e do quadro conceitual de
referência. Por meio dessa abordagem de estudo da Geografia em suas amplas e
complexas relações.
Como dimensões geográficas da realidade, os conteúdos estruturantes da
Geografia estabelecem relações permanentes entre si. Os conteúdos específicos,
por sua vez, devem ser abordados a partir das dimensões geográficas próprias
dos quatro conteúdos estruturantes.
A depender da ênfase que o professor deseja dar a determinado conteúdo
específicos, é possível priorizar ora a abordagem de um conteúdo estruturante,
ora de outro. Entretanto, a articulação entre todos eles devem ser explicada pelo
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 135
professor para que o aluno compreenda que na realidade sócio espacial, eles não
se separam.
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos
conteúdos básicos.
CONTEÚDOS BÁSICOS
1ª ANO
• A formação e transformação das paisagens.
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção.
• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do
espaço geográfico.
• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
• A transformação técnico científica informacional e os novos arranjos no
espaço da produção.
• O espaço rural e a modernização da agricultura.
• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial; Formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios.
• O comércio e as implicações socioespaciais.
2ª ANO
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
• O espaço rural e a modernização da agricultura.
• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização recente.
• Os movimentos migratórios e suas motivações.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 136
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
• O comércio e as implicações socioespaciais.
•
3ª ANO
• A revolução técnico científica informacional e os novos arranjos no
espaço da produção.
• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
• A transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os
indicadores estatísticos.
• Os movimentos migratórios e suas motivações.
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
• As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do
Estado.
OBS: não deixando de abordar, a cultura afro e a geografia do estado do Paraná.
Leis obrigatórias a serem trabalhadas na disciplina, em conformidade com os
conteúdos básicos.
• História do Paraná 13381/01
• Lei Federal nº 9795/99, Dec. 4201/02 - Educação Ambiental;
• Lei Estadual nº 17505/13 – Educação Ambiental;
• Lei Federal nº 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira;
• Lei Federal nº 11.645/08 - História e Cultura Afro-brasileira e Indígena;
• Instrução nº 17/16 SUED/SEED – História e Cultura Afro-brasileira;
• Federal nº 18447/15 - Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 137
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia de ensino da geografia deve permitir que os alunos se
apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo
de produção e transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteúdos da
Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a
realidade próxima e distante dos alunos, em coerência com os fundamentos
teóricos propostos.
O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do
conhecimento geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato
docente, mediante um planejamento que articule a abordagem dos conteúdos
com a avaliação. No ensino de Geografia, tal abordagem deve considerar o
conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo ao conhecimento
científico no sentido de superar o senso comum.
Ao invés de simplesmente apresentar o conteúdo que será trabalhado,
recomenda-se que o professor crie uma situação problema, instigante e
provocativa. Essa problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para
o conhecimento. Por isso, deve se constituir de questões que estimulem o
raciocínio, a reflexão e a crítica, de modo que se torne sujeito do seu processo de
aprendizagem.
Outro pressuposto metodológico para a construção do conhecimento em
sala de aula é a contextualização do conteúdo. Na perspectiva teórica destas
Diretrizes, contextualizar o conteúdo é mais do que relacioná-lo à realidade vivida
do aluno, é, principalmente, situá-lo historicamente e nas relações políticas,
sociais, econômicas, culturais, em manifestações espaciais concretas, nas
diversas escalas geográficas.
Sempre que possível o professor deverá estabelecer relações
interdisciplinares dos conteúdos geográficos em estudo, porém, sem perder a
especificidade da Geografia. Nas relações interdisciplinares, as ferramentas
teóricas próprias de cada disciplina escolar devem fundamentar a abordagem do
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 138
conteúdo em estudo, de modo que o aluno perceba que o conhecimento sobre
esse assunto ultrapassa os campos de estudo das diversas disciplinas, mas que
cada uma delas tem m foco de analise próprio.
O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma
dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que
a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse
procedimento tem por finalidade que o ensino da Geografia contribua para a
formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e
crítica.
A considerar esses pressupostos metodológicos, o professor organiza o
processo de ensino de modo que os alunos ampliem suas capacidades de análise
do espaço geográfico e formem os conceitos dessa disciplina de maneira cada
vez mais rica e complexa.
Instrumentos metodológicos: Aulas expositivas, trabalhos em grupo,
pesquisas, recursos audiovisuais, rádio, livro didático, jornais, TV pen drive,
revistas, data-show, aula de campo, internet, charges, ilustrações, fotografias,
slides, entre outros.
AVALIAÇÃO
Os conteúdos estão estruturados para serem desenvolvidos de forma a
possibilitar a interação entre alunos. Essa interatividade é proporcionada por meio
dos diversos questionamentos existentes, os quais resgatam o conhecimento
prévio dos alunos, estimulam a exposição e opiniões e participação em grupo nos
debates e trabalhos de equipe, entre outras atividades. Esses questionamentos
têm como objetivo desenvolver atitudes de sociabilidade, convivência em grupo,
respeito mútuo e a tomada de decisões.
Os questionamentos constituem, também uma estratégia que possa
relacionar a realidade do aluno ao conteúdo teórico e, em momentos posteriores,
fazer o caminho inverso, passando da teoria à realidade em que vivem.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 139
A recuperação de estudos é direito do aluno, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos.
Nessa concepção de avaliação, considera-se que os alunos têm diferentes
ritmos de aprendizagem, identificam-se dificuldades e isso possibilita a
intervenção pedagógica a todo o tempo. O professor pode, então, procurar
caminhos que todos os alunos aprendam e participem das aulas.
Assim, recomenda-se que a avaliação em Geografia seja mais do que a
definição de uma nota ou um conceito. Desse modo, as atividades desenvolvidas
ao longo do ano letivo devem possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e
posicionamento crítico frente aos diferentes contextos sociais.
O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e
atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de
ensino/aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o
questionamento e a participação dos alunos.
A avaliação deixa de ser um momento terminal do processo educativo para
se transformar na busca incessante de compreensão das dificuldades do
educando e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento.
Será necessário, então, diversificar as técnicas e os instrumentos de
avaliação.
Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar
critérios e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos,
como:
• Interpretação e produção de textos de Geografia;
• Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
• relatórios de aulas de campo;
• apresentação e discussão de temas em seminários;
• construção, representação e análise do espaço através de maquetes,
entre outros.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 140
A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto
acompanhar a aprendizagem dos alunos, quanto nortear o trabalho do professor.
Ela permite a melhoria do processo pedagógico somente quando se constitui
numa ação reflexiva sobre o fazer pedagógico. Não deve ser somente a avaliação
do aprendizado do aluno, mas também uma reflexão das metodologias do
professor, da seleção dos conteúdos, dos objetivos estabelecidos e podem ser
um referencial para o redimensionamento do trabalho pedagógico.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo
ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades significativas, por meio
de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressos em
uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez) e será registrada no Registro de Classe on
line.
Após a recuperação de estudos prevalecerá a maior nota.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 141
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASTROGIOVANNI, A.C.(Org.) Geografia em sala de aula:práticas e reflexões.Porto Alegre:Ed. UFRS,1999.
GOMES,P.C. DA C. Geografia e Modernidade.Rio de Janeiro:Bertrand Brasil,1996.
VESENTINI, J.W.Para uma geografia crítica na escola, São Paulo:Ática , 1992.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Diretrizes Curriculares da Educação Básica; Geografia, Curitiba, 2008.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 142
HISTÓRIA - ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Atualmente a disciplina de História contribui para a formação de cidadãos
capazes de identificar processos históricos, reconhecerem criticamente as
relações de poder neles existentes, bem como que tenham recursos para intervir
no meio em que vivem de modo a se fazerem também sujeitos transformadores
da própria história.
O ensino dos conteúdos da disciplina de História, ao longo da sua
construção passou por muitas transformações.
O ensino de História era predominantemente tradicional, onde a
abordagem dos conteúdos históricos objetivava a valorização dos grandes
homens e detrimento dos sujeitos históricos. Essa História tinha como objetivo a
transmissão da ideologia burguesa.
Dessa forma, o ensino não tinha espaço para análises críticas e
interpretações dos fatos, objetivava formar indivíduos que aceitassem e
valorizassem a ordem imposta por um grupo para toda a sociedade.
Posteriormente, o ensino de História passou por inúmeras mudanças.
Cresceram os debates em torno das reformas democráticas na área educacional,
isso repercutiu positivamente para a elaboração de novas propostas para o
ensino de História.
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às
ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva
significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As
relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como
estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir,
representar, imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.
OBJETIVOS
Enquanto disciplina da Educação Básica, a História trabalha com a reflexão
acerca dos aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais das sociedades no
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 143
tempo, considerando as relações entre o ensino da disciplina e a produção do
conhecimento histórico.
A narrativa da história é a forma de apresentação do conhecimento e se
refere às relações entre os sujeitos que fazem e os que escrevem a história.
Narrar a história é tentar compreender os sujeitos no seu tempo, a partir de
diversos vestígios e documentos e suas possíveis interpretações.
A finalidade do ensino de História é a formação do pensamento histórico
dos alunos por meio de um trabalho pedagógico que busca construir uma
consciência histórica. Favorecendo através do estudo de história a compreensão
de que as histórias individuais e coletivas se integram e fazem parte da mesma
História Humana e Universal, levando em conta as contribuições das diferentes
culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes
indígenas, africana e europeia;
Identificar a complexidade da divisão social do trabalho no mundo do
trabalho fazendo o reconhecimento da importância da Emancipação Política
Paranaense dentro da História do Brasil e levar os alunos a valorizar e respeitar
os valores da raça negra na sua integridade física e moral;
No Ensino Fundamental a abordagem privilegia o estudo e a análise dos
conteúdos com base em diversos documentos, a partir de três conteúdos
estruturantes: relações de trabalho, relações culturais e relações de poder.
Conteúdos Estruturantes:
- A dimensão política;
Contempla-se o ensino juntamente com a analise das relações de poder
entre as elites ocupantes do poder ao longo dos períodos históricos; suas formas
de ascensão e der e os mecanismos utilizados por essas elites para se manterem
no poder e impor-se no domínio dos povos dominados.
- A dimensão econômico-social;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 144
Refere-se ao conhecimento dos sistemas de exploração dos meios naturais
e humanos na construção de Estados e Impérios econômicos assim como o
impacto que esses sistemas de exploração causaram nos ambientes e povos que
foram explorados e escravizados em nome desse crescimento econômico;
- A dimensão cultural;
Tem como grande desafio transmitir a Cultura erudita que é fruto
produção acadêmica centrada no sistema educacional, como se trata de uma
cultura produzida por uma minoria de intelectuais das mais diversas
especialidades, e geralmente saídos dos segmentos superiores da classe média e
da classe alta. Esse cultura erudita está ligada à elite, ou seja, está subordinada
ao capital pelo fato de este fator viabilizar esta cultura. Sendo assim fica como
papel da educação pública possibitar o acesso a essa cultura acadêmica, que ao
longo da história, sempre ficou inacessivel a maioria das pessoas que compoem a
classe trabalhadora.Acredita-se que com esse acesso se amenize a relação entre
dominadores e dominados existente no sistema capitalista de produção. Por outro
lado, a Historiografia atual tem buscado, ao mesmo tempo que transmite a cultura
erudita, valoriar a cultura popular que está constantemente mudando e é
específica quanto ao local e ao tempo, essa cultura popular é na grande maioria
das vezes a única propriedade dos alunos oriundos da classes populares e
trabalhadoras que formam o alunado das escolas publicas.
CONTEÚDOS BÁSICOS
ENSINO FUNDAMENTAL: 6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
A experiência humana no tempo. Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo. As culturas locais e a cultura comum. As origens do Homem;
• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;
• deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;
• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das
Pretende perceber como os estudantes compreendem: a experiência humana, os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a cultura comum.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 145
diferentes trajetórias e diferentes culturas. O que é a história; Concepção de História, e de Tempo histórico - o passado e o presente - O sujeito da História. - COMO SE ESCREVE A HISTÓRIA - As fontes históricas. - A historiografia e a interpretação dos documentos Históricos. - Documentos históricos. - O estudo da Pré-História. - Paleolítico Neolítico e Idade dos Metais. - A civilização do Antigo Egito. - Povos da Mesopotâmia. - Os hebreus na antiguidade. - Civilizações Persa, Fenícia, Indiana e Chinesa. - A Grécia Antiga. - Domínio Macedônio. - Expansão do Helenismo. - Formação do Império Romano. - As invasões bárbaras. - Início da Idade Média.
temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
• Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula, propiciando reflexões sobre a relação passado/ presente.
• Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.
• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e religiosidade; constituição do pensamento científico; formas de representação humana; oralidade e a escrita e formas de narrar a história etc
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 146
ENSINO FUNDAMENTAL: 7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
As relações de propriedade. A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. A relações entre o campo e a cidade. Conflitos e resistências e produção cultural campo/ cidade A ADMINISTRAÇÃO COLONIAL A PARTIR DA UNIÃO IBÉRICA (1580). AGRICULTURA E PECUÁRIA NA AMÉRICA PORTUGUESA. - O engenho. - A produção do açúcar. - A ocupação holandesa. - O fumo. - A pecuária. A EXPANSÃO TERRITORIAL - A ocupação Amazônica. - O povoamento do extremo sul. - As Bandeiras. - As monções. ALDEAMENTOS E MISSÕES JESUÍTICAS. Aldeamentos - Economia das missões - As missões amazônicas - As missões do sul. - Império Carolíngio.
• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo; • deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia; • os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações; • os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes; • o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente como os mundos do campo e da cidade e suas relações de propriedade foram instituídos por um processo histórico; • Pretende perceber como os estudantes compreendem: a constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade; as relações entre o campo e a cidade; conflitos e resistências; e produção cultural campo cidade. • Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes. • No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 147
- Expansão do Islamismo. - A África negra nos séculos VIII e XIV. - A Igreja na Europa Medieval. - As Cruzadas e o fim da Idade Média. - Período Renascentista. - Expansão marítima comercial européia. - Absolutismo e Europa moderna. - Mercantilismo Na Europa
confronto de documentos de diferentes naturezas.
ENSINO FUNDAMENTAL: 8º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de trabalho
Relações de
poder
Relações
História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
O trabalhadores e as conquistas de direito.
A UNIÃO IBÉRICA (1580-1640)
Independência da Holanda.
CONQUISTA E COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA.
- Surgimento do
• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;
• deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;
• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos
• Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente os mundos do trabalho instituídos por um processo histórico.
• Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações dos mundos do trabalho que estruturam as diversas sociedades no tempo (sociedades indígenas, trabalho coletivo, patriarcal, escravocrata, servil e assalariado). as contradições de classe na sociedade capitalista; as lutas pelos direitos trabalhistas. O trabalho e a vida em sociedade e o significado do trabalho em diferentes sociedades; as três
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 148
culturais café e expansão dos cafezais.
- A escravidão na cafeicultura.
- O fim do tráfico negreiro.
- Imigração europeia.
- Desenvolvimento no Paraguai.
- Fim da boa vizinhança - Guerra do Paraguai.
As revoluções burguesas e a era industrial.
A Revolução Francesa.
Período Renascentista;
Expansão Marítima Comercial europeia;
Absolutismo e Europa Moderna;
Mercantilismo na Europa nos séculos XVI a XVIII;
As revoluções burguesas e a era industrial; A Revolução
Francesa; Absolutista A revolução
industrial inglesa A revolução Norte-
americana O Iluminismo e
Despotismo esclarecido
permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
ordens do imaginário feudal; o entretenimento na corte e nas feiras; fim da escravidão, o nascimento da fábricas/cortiços; vilas operárias. O trabalho na modernidade, as classes trabalhadora/capitalista no campo e na cidade, a crise da produção e do trabalho a partir de 1929; ciência e tecnologia, saber/poder; a indústria do lazer, da arte (...).
• Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.
• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 149
POVOS HABITANTES DA AMÉRICA - Povos indígenas no Brasil e no Paraná. - A África – Continente Esquecido.
ENSINO FUNDAMENTAL: 9º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ÁSICOS ABORDAGEM
TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
A constituição das instituições sociais. A formação do Estado. Sujeitos, Guerras e revoluções Reforma protestante e Reforma Católica. - Surgimento do Capitalismo e a Revolução Industrial Inglesa. - Formação dos Estados Unidos AS PRIMEIRAS ATIVIDADES ECONÕMICAS NA AMÉRICA PORTUGUESA - A expedição de Martim Afonso de Sousa e as Capitanias Hereditárias. - Governo Geral. - França Antártica. - A Inquisição. A SOCIEDADE COLONIAL BRASILEIRA -Economia e sociedade colonial. Agro industrial açucareira, mineração e pecuária. - Relação de trabalho escravo e livre. Administração Colonial. - Mineração e pecuária do Paraná. MOVIMENTOS ABOLICIONISTAS - Lei Áurea - abolição definitiva. - A chegada do negro no Brasil. - Formação da nossa etnia – o negro como elemento fundamental. - historia e cultura Afro brasileira
• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;
• deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;
• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;
• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente como os mundos do campo e da cidade e suas relações de propriedade foram instituídos por um processo histórico;
• Pretende perceber como os estudantes compreendem: a constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade; as relações entre o campo e a cidade; conflitos e resistências; e produção cultural campo cidade.
• Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes.
• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 150
- História da África e dos afro-descendentes no Brasil. O trabalho escravo. - O nascimento da República. - Rebeliões contra a República. - A República Oligárquica. - O conflito de Canudos. - O ciclo da borracha na Amazônia. - A política do café com leite. - A modernização do Rio de Janeiro. - A revolta da Chibata. A HISTÓRIA DO PARANÁ: - A origem do Estado do Paraná; - as primeiras vilas e cidades paranaenses; - o processo de desmembramento e emancipação do estado do Paraná - A guerra do Contestado. - O movimento tenentista no Rio Grande do Sul e a Coluna Prestes. - A ditadura de Getúlio Vargas. - A construção de Brasília – O gov. de JK. - Cinquenta anos em cinco. - O Governo de Jânio Quadros. - Os anos de chumbo – a ditadura militar. - O Brasil contemporâneo. - O processo de redemocratização – eleição de Tancredo Neves. - O governo de Sarney. - Collor - o caçador de marajás. - Fim do governo Collor, o impedimento. - O governo de FHC. - Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa. - O período Entre Guerras. - A Segunda Guerra Mundial. - A Guerra Fria. - Europa após a Guerra Fria. - O mundo Globalizado.
produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.
Leis obrigatórias a serem contempladas pela disciplina:
História do Paraná 13381/01 Lei Estadual nº 17505/13 – Educação Ambiental; Lei Federal nº 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira; Lei Federal nº 11.645/08 - História e Cultura Afro-brasileira e Indígena;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 151
Instrução nº 17/16 SUED/SEED – História e Cultura Afro-brasileira; Lei Federal nº 10741/03 - Estatuto do Idoso; Lei Estadual nº 17858/13 – Política de proteção ao Idoso; Lei Federal nº 11340/06 - Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher; Lei Federal nº 18447/15 - Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas;
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O encaminhamento metodológico proposto visa uma melhor efetivação das
diretrizes curriculares. Sendo assim, acreditamos ser imprescindível retomar
constantemente com os alunos como se deu a produção do conhecimento, ou
seja, como conhecimento, é produzido por um pesquisador, que por sua vez é
humano e, portanto limitado.
Dessa forma o aluno é capaz de identificar nas diversas fontes os inúmeros
conflitos existentes na sociedade.
Os recursos didáticos deverão ser selecionados de maneira crítica para
sua atuação profissional segura e competente proporcionando um ensino
compromissado com o homem e a sociedade, onde o aluno possa produzir seu
conhecimento através da observação e análise crítica da realidade.
Levar os alunos a compreender que os conhecimentos são dinâmicos, para
isso precisa estar num constante planejar e replanejar através da
problematização, abordados através de temas.
Para o bom funcionamento dessa prática metodológica o educador deve ir
além da ideologia oferecida pelo livro didático, havendo a necessidade da
apropriação dos TICs (Tecnologia de Informações e Comunicações), de modo a
ser tradutor que transforma informações em conhecimentos de forma
humanística.
Os temas serão apresentados através:
- Aulas expositivas com utilização do retroprojetor;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 152
- Análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos.
- Documentários em vídeos e filmes relacionados ao tema com debates;
- Trabalho de campo, entrevistas, visitas a órgãos públicos, industriais da
cidade.
- Exposição de trabalhos em painéis.
- Uso do computador em rede para fazer pesquisas da disciplina, no
laboratório de informática.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo que envolve o levantamento de informações
sobre o ensino e a aprendizagem, a análise das informações coletadas, a tomada
de decisão e a ação de encaminhamento para o enfrentamento das questões
diagnosticadas e continuidade do processo. Nesse sentido, a avaliação assume o
caráter formativo à medida que auxilia na tomada de decisão objetivando o agir
frente às questões diagnosticadas como fragilidades do processo ensino
aprendizagem. Portanto avaliar exige o estabelecimento de critérios e
instrumentos coerentes com os objetivos estabelecidos e a natureza dos
conteúdos trabalhados. Os critérios são os elementos norteadores do
levantamento de informações, da análise, da tomada de decisão e das ações que
serão desenvolvidas. Eles implicam, ainda, na delimitação dos instrumentos que
serão utilizados para avaliar, pois deles dependem os enunciados das questões, a
estrutura do instrumento avaliativo, bem como o conteúdo.:
Instrumentos avaliativos:
Propõe-se para o ensino de História uma avaliação formal e criteriosa. O
acompanhamento do processo ensino aprendizagem, tem como finalidade
principal dar respostas ao professor e ao aluno sobre o desenvolvimento desse
processo, possibilitando o redimensionamento deste, caso seja necessário.
Na avaliação serão utilizados instrumentos diversificados, quais sejam:
relatórios, produção e interpretação de textos, provas com questões objetivas de
múltipla escolha, provas escritas individuais e coletivas, trabalhos em grupo,
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 153
debates, participação efetiva nas atividades e projetos realizados em sala ou fora
dela, pesquisas de campo, realização das tarefas e atividades diárias em sala de
aula, passa ou repassa para melhor aproveitamento e estudo dos conteúdos
dentre outros.
Importa destacar que, mesmo sendo utilizados instrumentos de avaliação
que podem ser desenvolvidos em grupo, a avaliação é um processo que incide
sobre os saberes de cada um em específico, na relação com os objetivos
estabelecidos no plano de trabalho docente e os conteúdos a serem apropriados
e o professor deve acompanhar o processo, percebendo o quanto cada educando
desenvolveu na apropriação de conhecimento histórico considerando três
aspectos importantes: a apropriação de conceitos e a aprendizagem dos
conteúdos específicos. Para tanto a participação e o desempenho do aluno será
aferido em diversos momentos durante o ano letivo, considerando sua
participação nas atividades de leitura, interpretação, análise de textos
historiográficos, mapas e documentos históricos, produção de narrativas
históricas, pesquisas bibliográficas, entre outros.
No contexto da avaliação na disciplina, encontra-se prevista a recuperação
paralela dos conhecimentos históricos, que visa à retomada dos saberes não
apropriados a partir dos objetivos e critérios estabelecidos. Nesse sentido, torna-
se necessário a construção de uma nova cultura escolar em relação à
recuperação paralela, buscando a recuperação de conteúdos e não apenas da
nota obtida. De forma concomitante, os saberes serão retomados e novos
instrumentos poderão ser aplicados para que novas informações sobre os
resultados do ensino e da aprendizagem sejam fornecidos, confirmando ser esse
um processo ininterrupto. Sendo que é vedado submeter o aluno a uma única
oportunidade e a um único instrumento avaliativo.
CRITÉRIOS:
Nesse contexto, a avaliação possibilita ao professor avaliar seu próprio
desempenho, refletindo sobre as intervenções didático-pedagógicas necessárias
e quanto as possibilidades de aprendizagem dos alunos no que se refere:
∙ A apropriação dos conteúdos e conceitos históricos;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 154
∙ Ao domínio dos conceitos de tempo, observando e foram construídos de
forma que permitam o estudo das diferentes dimensões e contextos
históricos;
∙ Ao domínio dos conceitos históricos para análise de diferentes contextos
históricos;
∙ A compreensão da História como prática social da qual participam como
sujeitos históricos de seu tempo;
∙ A análise das diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões
econômica, social, política e cultural;
∙ A compreensão de que o conhecimento histórico é produzido com base
em um método problematizador e diferentes fontes documentais, a partir
das quais o pesquisador produz diferentes possibilidades de narrativa
histórica.
∙ A explicitação do respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e
econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que os
constituíram;
∙ A compreensão de que a produção do conhecimento histórico pode
validar, refutar ou complementar a produção historiográfica já existente.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
Havendo necessidade, em qualquer momento do período letivo, são
realizadas intervenções pedagógicas com retomada de conteúdos para a
realização da recuperação de estudos.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo
ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades significativas, por meio
de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez).
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 155
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBORNOZ, SUZANA . O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.
DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA e Portal Dia a dia educação do Governo do Estado do Paraná.
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História 2º. Grau. Ed. Ática. São Paulo.2002.
ORDENEZ, Marlene e QUEVEDO, Júlio. História. Col. Horizontes. Ed. IBEP. São Paulo. 2001.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História. Versão preliminar, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Livro didático Público – História Ensino Médio (2006).
REVISTA HISTÓRIA VIVA. Ano III – Nº.25. Editora Duetto.
VILLA, Marco Antônio e FURTADO, Joaci Pereira. Caminhos da História. Ed. Ática. São Paulo. 2006.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 156
HISTÓRIA - ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina de História contribui para a formação de cidadãos capazes de
identificar os processos históricos, reconhecendo criticamente as relações de
poder neles existentes, bem como que tenham recursos para intervir no meio em
que vivem de modo a se fazerem também sujeitos transformadores da própria
história.
O ensino dos conteúdos da disciplina de História, ao longo da sua
construção passou por muitas transformações.
O ensino de História era predominantemente tradicional, onde a
abordagem dos conteúdos históricos objetivava a valorização dos grandes
homens e detrimento dos sujeitos históricos. Essa História tinha como objetivo a
transmissão da ideologia burguesa.
Dessa forma, o ensino não tinha espaço para análises críticas e
interpretações dos fatos, objetivava formar indivíduos que aceitassem e
valorizassem a ordem imposta por um grupo para toda a sociedade.
Posteriormente, o ensino de História passou por inúmeras mudanças.
Cresceram os debates em torno das reformas democráticas na área educacional,
isso repercutiu positivamente para a elaboração de novas propostas para o
ensino de História.
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às
ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva
significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As
relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como
estruturas sócio históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir,
representar, imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.
OBJETIVOS
A História trabalha, enquanto disciplina, com a reflexão acerca dos
aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais das sociedades no tempo,
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 157
considerando as relações entre o ensino da disciplina e a produção do
conhecimento histórico.
A narrativa da história é a forma de apresentação do conhecimento e se
refere às relações entre os sujeitos que fazem e os que escrevem a história.
Narrar a história é tentar compreender os sujeitos no seu tempo, a partir de
diversos vestígios e documentos e suas possíveis interpretações.
A finalidade do ensino de História é a formação do pensamento histórico
dos alunos por meio de um trabalho pedagógico que busca construir uma
consciência histórica. Favorecendo através do estudo de história a compreensão
de que as histórias individuais e coletivas se integram e fazem parte da mesma
História Humana e Universal, levando em conta as contribuições das diferentes
culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes
indígenas, africana e europeia;
Identificar a complexidade da divisão social do trabalho no mundo do
trabalho fazendo o reconhecimento da importância da Emancipação Política
Paranaense dentro da História do Brasil e levar os alunos a valorizar e respeitar
os valores da raça negra na sua integridade física e moral;
No Ensino Médio a abordagem privilegia o estudo e a análise dos
conteúdos com base em diversos documentos, a partir de três conteúdos
estruturantes: relações de trabalho, relações culturais e relações de poder.
Conteúdos Estruturantes:
- A dimensão política;
Contempla-se o ensino juntamente com a análise das relações de poder
entre as elites ocupantes do poder ao longo dos períodos históricos; suas formas
de ascensão e der e os mecanismos utilizados por essas elites para se manterem
no poder e impor-se no domínio dos povos dominados.
- A dimensão política;
Contempla-se o ensino juntamente com a análise das relações de poder
entre as elites ocupantes do poder ao longo dos períodos históricos; suas formas
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 158
de ascensão e der e os mecanismos utilizados por essas elites para se manterem
no poder e impor-se no domínio dos povos dominados.
- A dimensão econômico-social;
Refere-se ao conhecimento dos sistemas de exploração dos meios naturais
e humanos na construção de Estados e Impérios econômicos assim como o
impacto que esses sistemas de exploração causaram nos ambientes e povos que
foram explorados e escravizados em nome desse crescimento econômico;
- A dimensão cultural;
Tem como grande desafio transmitir a Cultura erudita que é fruto
produção acadêmica centrada no sistema educacional, como se trata de uma
cultura produzida por uma minoria de intelectuais das mais diversas
especialidades, e geralmente saídos dos segmentos superiores da classe média e
da classe alta. Esse cultura erudita está ligada à elite, ou seja, está subordinada
ao capital pelo fato de este fator viabilizar esta cultura. Sendo assim ,fica como
papel da educação pública possibitar o acesso a essa cultura acadêmica que ao
longo da história sempre ficou inacessível a maioria das pessoas que compoem a
classe trabalhadora. Acredita-se que com esse acesso se amenize a relação
entre dominadores e dominados existente dentro do sistema capitalista de
produção. Por outro lado, a Historiografia atual tem buscado, ao mesmo tempo
que transmite a cultura erudita, valoriar a cultura popular que está
constantemente mudando e é específica quanto ao local e ao tempo, essa cultura
popular é na grande maioria das vezes a única propriedade dos alunos oriundos
da classes populares e trabalhadoras que formam o alunado das escolas
publicas.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O encaminhamento metodológico proposto visa uma melhor efetivação das
diretrizes curriculares. Sendo assim, acreditamos ser imprescindível retomar
constantemente com os alunos como se deu a produção do conhecimento, ou
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 159
seja, como conhecimento, é produzido por um pesquisador, que por sua vez é
humano e, portanto limitado.
Dessa forma o aluno é capaz de identificar nas diversas fontes os inúmeros
conflitos existentes na sociedade.
Os recursos didáticos deverão ser selecionados de maneira crítica para
sua atuação profissional segura e competente proporcionando um ensino
compromissado com o homem e a sociedade, onde o aluno possa produzir seu
conhecimento através da observação e análise crítica da realidade.
Levar os alunos a compreender que os conhecimentos são dinâmicos, para
isso precisa estar num constante planejar e planejar através da problematização,
abordados através de temas.
Para o bom funcionamento dessa prática metodológica o educador deve ir
além da ideologia oferecida por um simples livro didático, havendo a necessidade
da apropriação dos TICs (Tecnologia de Informações e Comunicações), de modo
a ser tradutor que transforma informações em conhecimentos de forma
humanística.
Os temas serão apresentados através:
- Aulas expositivas com utilização do retroprojetor;
- Análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos.
- Documentários em vídeos e filmes relacionados ao tema com debates;
- Trabalho de campo, entrevistas, visitas a órgãos públicos, industriais da
cidade.
- Exposição de trabalhos em painéis.
- Uso do computador em rede, para pesquisa na disciplina de História.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO MÉDIO
A finalidade do ensino de História tem sido uma preocupação constante
dos historiadores. Esses, por meio de suas pesquisas, têm apontado que
questões relativas aos conteúdos e finalidades do ensino de História estão
voltadas para a formação do pensamento histórico. Segundo o historiador Eric
Hobsbawm (2002 p. 13) os jovens da sociedade contemporânea “crescem numa
espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 160
público da época em. que vivem.” Nesse sentido, no Ensino Médio , o ensino de
História pode contribuir para que os estudantes, por meio da intervenção
pedagógica do professor, constituam explicações plausíveis para as experiências
do passado e suas relações com o cotidiano deles no presente, tendo em vista a
construção de projetos de futuro. Esta intervenção docente permite desenvolver
uma espécie de consciência histórica nos estudantes Para o historiador Jörn
Rüsen (2001), esta consciência diz respeito a vida pública, privada individual e
coletiva dos estudantes e professores. Nesse sentido, os conteúdos sugeridos
neste documento tem por objetivo possibilitar uma orientação histórica consciente
para a vida prática dos estudantes no contexto em que estão inseridos.
Os fundamentos teórico pedagógicos destas orientações pedagógicas de
História para o Ensino Médio pautam-se nas Diretrizes curriculares de história do
Estado do Paraná. De acordo com este documento, o conhecimento histórico
provisório, ou seja, podem existir várias explicações e interpretações para a
mesma experiência do passado, mas deve-se ter em mente que algumas
interpretações são mais plausíveis que outras em relação ao objeto investigado.
Assim a matriz disciplinar da História organizada pelo historiador Jörn
Rüsen (2001)’ que aponta como se dá a organização do pensamento histórico
dos sujeitos. De acordo com essa matriz, o aprendizado dos estudantes deve ser
historicamente significativo. Assim, os conteúdos sugeridos nestas Orientações
Pedagógicas devem contemplar as necessidades dos estudantes na sua vida
cotidiana. As teorias utilizadas para fundamentar as aulas de História deverão
instituir uma racionalidade para relação entre passado, presente e futuro.
ENSINO MÉDIO
1º ano Conteúdo básico Especificidade da abordagem no ano Trabalho escravo, servil e assalariado
∙ O conceito de trabalho ∙ A divisão do trabalho ∙ Relações de trabalho o mundo do trabalho em diferentes sociedades: as sociedades Pré-Colombianas e as sociedades teocráticas da antiguidade
• O mundo do trabalho nas sociedades da, antiguidade clássica Grega e Roma Filosofia e escravidão ∙ O mundo do trabalho na sociedade feudal ∙ A construção do trabalho assalariado ∙ A constituição do sistema de fabricas. ∙ A organização o tempo do trabalho
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 161
∙ O trabalho infantil e o trabalho feminino ∙ A transição do trabalho escravo para o trabalho assalariado: mão-de-obra no contexto da consolidação do capitalismo nas sociedades brasileiras e estadunidense ∙ A instituição da Escravidão Africana no continente Americano ∙ O trabalho escravo no novo mundo ∙ A abdicação da escravidão nos Estados Unidos da América e no Brasil .
Urbanização e Industrialização
∙ AS cidades na Historia ∙ Urbanização e industrialização no Brasil ∙ Urbanização e industrialização no século XIX ∙ Urbanização e industrialização na Sociedade contemporânea ∙ Urbanização e industrialização no Paraná
2º ano Conteúdo básico Especificidade da abordagem na ano O Estado e as relações de poder
∙ Os Estados no mundo antigo e medieval ∙ O Estado e as relações de poder formação dos Estados (Europa) ∙ Formação dos Estados Nacionais Europeus, latino americano e a colonização da África ∙ Emancipação política e formação cio Paraná ∙ Relações do poder e violência no Estado ∙ O Estado Imperialista e sua crise os sujeitos e as revoltas sociais as guerras.
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
∙ As relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na antiguidade mulheres, plebeus e escravos . ∙ As guerras e revoltas na antiguidade Oriente Médio, gregos e romanos ∙ Relações de dominação e resistência na sociedade de medieval europeia: camponeses, artesãos, mulheres; hereges e doentes ∙ Relações de dominação e resistência na sociedade Ocidental moderna ∙ As revoltas indígenas e africanas na America portuguesa ∙ Os quilombos e as comunidades quilombolas no Paraná e
No Brasil ∙ As revoltas sociais na América portuguesa ∙ As revoltas e revoluções no Brasil nos séculos XVIII e XIX
3º ano Conteúdo básico Especificidade da abordagem no ano
Movimentos sociais, políticos e culturais, e as guerras e as revoluções
∙ As revoluções democráticas no Ocidente: Inglaterra França e EUA ∙ As guerras mundiais no século XX ∙ As revoluções socialistas na Ásia, África e America Latina ∙ Os movimentos de resistência: no contexto das ditaduras da América Latina ∙ Os Estados africanos e as guerras étnicas ∙ A luta pela terra e organização de movimentos sociais pela conquista do direito a terra na America Latina ∙ A mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 162
Cultura e Religiosidade
Rituais, mitos e imaginário (africanos, asiáticos, americanos e europeus) Mitos e arte greco romanos Formação das grandes religiões: hinduísmo budismo, confucionismo,
judaísmo, cristianismo e islamismo Os movimentos religiosos e culturais na passagem do feudalismo para o
capitalismo: Reforma e Renascimento Etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e
religiosas Representação dos movimentos sociais , políticos e culturais por meio
da arte brasileira (modernismo brasileiro) Leis obrigatórias a serem contempladas pela disciplina:
História do Paraná 13381/01 Lei Federal nº 9795/99, Dec. 4201/02 Educação Ambiental; Lei Estadual nº 17505/13 – Educação Ambiental; Lei Federal nº 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira; Lei Federal nº 11.645/08 - História e Cultura Afro-brasileira e Indígena; Instrução nº 17/16 SUED/SEED – História e Cultura Afro-brasileira; Lei Federal nº 10741/03 - Estatuto do Idoso; Lei Estadual nº 17858/13 – Política de proteção ao Idoso; Lei Federal nº 11340/06 - Cria mecanismos para coibir a violência doméstica
e familiar contra a mulher; Lei Federal nº 18447/15 - Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas; AVALIAÇÃO
Propõe-se para o ensino de História uma avaliação formal e criteriosa. O
acompanhamento do processo ensino aprendizagem, tem como finalidade
principal dar respostas ao professor e ao desse aluno sobre o desenvolvimento
processo,possibilitando o redimensionamento deste, caso seja necessário.
Na avaliação serão utilizados instrumentos diversificados, quais sejam:
relatórios, produção e interpretação de textos, provas com questões objetivas de
múltipla escolha, provas escritas individuais e coletivas, trabalhos em grupo,
debates, participação efetiva nas atividades e projetos realizados em sala ou fora
dela, pesquisas de campo, realização das tarefas e atividades diárias em sala de
aula, passa ou repassa para melhor aproveitamento e estudo dos conteúdos
dentre outros.
Importa destacar que, mesmo sendo utilizados instrumentos de avaliação
que podem ser desenvolvidos em grupo, a avaliação é um processo que incide
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 163
sobre os saberes de cada um em específico, na relação com os objetivos
estabelecidos no plano de trabalho docente e os conteúdos a serem apropriados
e o professor deve acompanhar o processo, percebendo o quanto cada educando
desenvolveu na apropriação de conhecimento histórico considerando três
aspectos importantes: a apropriação de conceitos e a aprendizagem dos
conteúdos específicos. Para tanto a participação e o desempenho do aluno será
aferido em diversos momentos durante o ano letivo, considerando sua
participação nas atividades de leitura, interpretação, análise de textos
historiográficos, mapas e documentos históricos, produção de narrativas
históricas, pesquisas bibliográficas, entre outros.
No contexto da avaliação na disciplina, encontra-se prevista a recuperação
paralela dos conhecimentos históricos, que visa à retomada dos saberes não
apropriados a partir dos objetivos e critérios estabelecidos. Nesse sentido, torna-
se necessário a construção de uma nova cultura escolar em relação à
recuperação paralela, buscando a recuperação de conteúdos e não apenas da
nota obtida. De forma concomitante, os saberes serão retomados e novos
instrumentos poderão ser aplicados para que novas informações sobre os
resultados do ensino e da aprendizagem sejam fornecidos, confirmando ser esse
um processo ininterrupto.Sendo que é vedado submeter o aluno a uma única
oportunidade e a um único instrumento avaliativo.
CRITÉRIOS:
Nesse contexto, a avaliação possibilita ao professor avaliar seu próprio
desempenho, refletindo sobre as intervenções didático-pedagógicas necessárias
e quanto as possibilidades de aprendizagem dos alunos no que se refere:
∙ A apropriação dos conteúdos e conceitos históricos;
∙ Ao domínio dos conceitos de tempo, observando e foram construídos de
forma que permitam o estudo das diferentes dimensões e contextos
históricos;
∙ Ao domínio dos conceitos históricos para análise de diferentes contextos
históricos;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 164
∙ A compreensão da História como prática social da qual participam como
sujeitos históricos de seu tempo;
∙ A análise das diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões
econômica, social, política e cultural;
∙ A compreensão de que o conhecimento histórico é produzido com base
em um método problematizador e diferentes fontes documentais, a partir
das quais o pesquisador produz diferentes possibilidades de narrativa
histórica.
∙ A explicitação do respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e
econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que os
constituíram;
∙ A compreensão de que a produção do conhecimento histórico pode
validar, refutar ou complementar a produção historiográfica já existente.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
Havendo necessidade, em qualquer momento do período letivo, são
realizadas intervenções pedagógicas com retomada de conteúdos para a
realização da recuperação de estudos.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo
ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades significativas, por meio
de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez).
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 165
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBORNOZ, SUZANA . O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004. DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA e Portal Dia a dia educação do Governo do Estado do Paraná. FIGUEIRA, Divalte Garcia. História 2º. Grau. Ed. Ática. São Paulo.2002. ORDENEZ, Marlene e QUEVEDO, Júlio. História. Col. Horizontes. Ed. IBEP. São Paulo. 2001. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História. Versão preliminar, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Livro didático Público – História Ensino Médio (2006).] PROJETO ARARIBÁ - HISTÓRIA / OBRA COLETIVA - Editora Moderna, 1 edição São Paulo, 2006. REVISTA HISTÓRIA VIVA. Ano III – Nº.25. Editora Duetto. VILLA, Marco Antônio e FURTADO, Joaci Pereira. Caminhos da História. Ed. Ática. São Paulo. 2006.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 166
LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO FUNDAMENTAL
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Nos primeiros tempos da colônia, os portugueses afastados da metrópole,
aprenderam a língua geral de origem tupi, falada em grande extensão da costa
brasileira. Este isolamento resultou o confronto de culturas, conforme representa
o poema “Aula de Português” de Carlos Drummond de Andrade, principalmente
no último verso, fez que também adquirissem alguns hábitos dos indígenas.
Nesse período, não havia uma educação em moldes institucionais e sim a partir
de práticas restritas à alfabetização, determinada mais pelo caráter político social
de organização e controle de classes do que pelo pedagógico. Depois de
institucionalizada como disciplina, “as primeiras práticas de ensino moldavam-se o
latim, para os poucos que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada”
(PARANÁ, 2008, p. 39). Assim, priorizavam a eloquência, a retórica, o imitativo,
conforme as DCE, “[...] uma não-pedagogia, acionando no cotidiano a repressão
para inculcar a obediência à fé, ao rei e à lei” (PARANÁ, 2008, p.40).
Vários estudos, reflexões e discussões foram realizados, ao longo do
tempo, quanto ao ensino da Língua Portuguesa, visando reestruturações que
tentavam eliminar as antigas práticas centradas nos conteúdos gramaticais,
valorizando o direito à educação linguística.
Na perspectiva de superação efetiva das posturas tradicionais, esta
Proposta pretende fundamentar o trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa,
assim como a Literatura, considerando o processo dinâmico e histórico dos
agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto
dos sujeitos que por meio dela interagem.
Segundo as DCE,
Refletir o ensino de Língua Portuguesa e da Literatura implica pensar também nas contradições, as diferenças e nos paradoxos do quadro complexo da contemporaneidade. Mesmo vivendo numa época denominada “era da informação”, a qual possibilita acesso rápido à leitura de uma gama imensurável de informações, convivemos com o índice crescente de analfabetismo funcional. (PARANÁ. 2008, p. 48)
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 167
Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca
experiências, compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como
participante da sociedade. Ressaltando esse caráter social da linguagem, os
teóricos do Círculo de Bakhtin, ao longo de suas obras, foram construindo os
conceitos de dialogismo e dos gêneros discursivos, cujo conhecimento e
repercussão suscitaram novos caminhos para o trabalho pedagógico com a
linguagem verbal, demandando uma nova abordagem para o ensino de Língua.
Conforme Bakhtin (1992[1979]), a utilização da língua efetua-se em forma
de enunciados (orais e escritos), concretos e únicos que emanam dos integrantes
de uma ou de outra esfera da atividade humana.
O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada uma das esferas, não só por seu conteúdo (temático) e por seu estilo verbal, ou seja, para seleção operada nos recursos da língua - recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais, mas também, e sobretudo, por sua construção composicional (BAKHTIN, 1992 apud PARANÁ, 2008, p. 52).
Estes três elementos (conteúdo temático, estilo e construção
composicional) fundem-se indissoluvelmente no todo do enunciado e todos eles
são marcados pela especificidade de uma esfera de comunicação.
Nessa concepção de língua, o texto é visto como lugar onde os
participantes da interação dialógica se constroem e são construídos. Todo texto é,
assim, articulação de discursos, são vozes que se materializam, é ato humano, é
linguagem em uso efetivo. Os conceitos de texto e de leitura não se restringem
apenas à linguagem escrita, mas além dos textos escritos e falados, a integração
da linguagem verbal com as outras linguagens (as artes visuais, a música, o
cinema, a fotografia, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, a multimídia ou
qualquer outro meio linguajar criado pelo homem), percebendo suas práticas
sociais, discursivas, suas especificidades, seus diferentes modos de composição
e geração de significados.
Considere-se, ainda, a perspectiva do multiletramento nas práticas a
serem adotadas na disciplina de Língua Portuguesa / Literatura, tendo em vista o
papel de suporte para todo conhecimento exercido pela língua materna.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 168
Diante do exposto, pode-se entender que as práticas da linguagem,
enquanto fenômeno de interlocução viva, perpassam todas as áreas do agir
humano, potencializando, na escola, a perspectiva interdisciplinar. Destaque-se,
aqui, o potencial da Literatura para trazer sabor ao saber. “A literatura não diz que
sabe alguma coisa; ou melhor: que ela sabe algo das coisas - que sabe muito dos
homens”. (BRATHES. 1989 p.19)
1.1. Fundamentos teórico-metodológicos
A sociedade brasileira letrada, por meio de suas instituições organizadas,
exige que nossos alunos saibam ler e escrever. Contudo, reconhecemos a
dificuldade que a escola vem enfrentando no desenvolvimento da prática da
leitura e da escrita, conforme demonstrado nos diversos testes regionais,
estaduais e nacionais, como por exemplo; as avaliações do SAEP, SAEB e
ENEM. Além disso, o mercado de trabalho, demanda, hoje, um profissional
qualificado no tocante à leitura de diferentes linguagens, das novas tecnologias e
que esteja informado das questões políticas, sociais, econômicas e culturais.
Ao trabalhar leitura e produção textual no ensino fundamental, observamos
que os alunos, muitas vezes, não compreendem o que leem. A prática do ensino
da leitura, apesar de alguns avanços, está centrada na leitura de materiais
escolhidos pelo professor, quase sempre com foco centrado no conteúdo
estritamente textual, sem considerar a exterioridade inscrita na língua,
concretizando-se em leituras dissociadas do uso real da linguagem e sem
interação com a vivência sócio – cultural dos alunos e com o propósito avaliativo.
A escola ainda pauta, muito do seu trabalho com atividades,
predominantemente, do livro didático e, assim, culminam em leituras que se
limitam à interpretação do conteúdo dado no texto e, além disso, usam os
gêneros discursivos como instrumentos para trabalhar elementos estruturais e
questões gramaticais. Assim sendo, constatamos que essas atividades são
incapazes de suscitar no aluno a compreensão do funcionamento da língua para
o alcance de variados propósitos sociais.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 169
Com base nessa constatação e, diante de todas as exigências que a
sociedade impõe, entendemos que é imprescindível uma prática de leitura ativa,
na qual os sentidos sejam vistos não só como frutos da textualidade, mas também
das perspectivas inscritas no texto e da participação ativa dos alunos, e pela
consideração da produção, circulação e recepção dos gêneros na sociedade.
Hoje a escola, ainda, é o principal agente de formação de leitores e
escritores. Portanto, precisa enfrentar mudanças para que acompanhe os modos
de ler e escrever da atualidade e assim fazer valer a ação educativa de formar
leitores e escritores. Uma das tarefas seria mostrar que os vários suportes de
leitura cumprem finalidades distintas, que o processo de interação
autor/texto/leitor é determinante na produção de sentidos, bem como a
historicidade inscrita nos textos.
Assim, em conformidade com o que regem as DCE de Língua
Portuguesa, assumimos, nesta proposta, a concepção de linguagem como
discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais.
1.2. Objetivos
Segundo o documento norteador (DCE), o processo de ensino-
aprendizagem na disciplina deve buscar:
• Fundamentar o desenvolvimento do ensino da Língua Portuguesa, pressupondo
antes de tudo, uma visão sobre a linguagem verbal e não-verbal, de tal maneira
que garanta ao educando o efetivo domínio das atitudes verbais, da educação
linguística, dos seus sistemas simbólicos e comunicativos, em um mundo sócio
cultural.
• Reconhecer a linguagem como uma prática social pela qual nos constituímos
como sujeitos históricos, ampliando a visão de mundo, de grupos sociais, práticas
coletivas, experiências pessoais e garantir a todos, o domínio da leitura; o
domínio da escrita; o domínio da fala em situações formais e a compreensão da
realidade social histórica e estrutural da linguagem.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 170
• Assegurar ao educando formação indispensável para o exercício da cidadania
fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos superiores através
das modalidades da leitura, escrita e fala, ampliando sua visão de mundo, tendo a
linguagem como uma revelação da história, de alguns grupos sociais, práticas
coletivas e experiências pessoais diferentes;
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada
contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do
cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno
amplie seus conhecimentos lingüístico - discursivos;
• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da
leitura e da escrita;
• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar ao educando
interação/produção e compreensão de processos discursivos, proporcionando
condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,
apropriando-se, também da norma padrão.
• Considerar a linguagem e suas manifestações como fonte de legitimação de
acordos e condutas sociais e sua representação simbólica como forma de
expressão de sentidos, emoções e experiências do ser humano na vida social.
• Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como
meio de: organização cognitiva da realidade pela constituição de significados,
expressão comunicação, e informação.
• Desenvolver o uso da língua escritas em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 171
• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo
de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.
• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho
com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
• Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e comunicação,
em situações intersubjetivas, que exijam graus de distanciamento e reflexão sobre
os contextos e estatutos interlocutores e colocar-se como protagonista do
processo de produção recepção.
• Revelar através da história literária, visões de mundo e experiências pessoais
diferentes.
• Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e
em outros contextos relevantes para sua vida.
• Ver a arte literária como trabalho humano, cujo vínculo, é a prática de leitura e a
análise linguística de textos que transformará o aluno num verdadeiro cidadão,
apto quer para o trabalho, quer para a vida.
Conforme as DCE,
É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a vida (PARANÁ, 2008, p.54-55).
É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas decorrentes supõem
um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na
alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota na
vida escolar, mas se estende por toda a vida.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 172
1.3. Práticas discursivas: leitura, oralidade e escrita
Conforme orientação das DCE (PARANÁ, 2008), serão consideradas para
o processo ensino-aprendizagem, as práticas discursivas da oralidade, leitura e
escrita, pois é importante ter clareza de que “quanto maior o contato com a
linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se tem de entender
o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo.” (PARANÁ, 2008, p.
55).
Trabalhar a Língua Materna com os alunos significa estabelecer parcerias
em sala de aula, dar-lhes voz, escutar o que têm a dizer, em experiências
concretas de uso da língua.
2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
Durante muito tempo, o ensino da Língua Portuguesa foi ministrado por
meio de conteúdos legitimados no âmbito de uma classe social dominante e pela
tradição acadêmica/escolar. Esses conteúdos, entretanto, não conseguiram
universalizar o domínio das práticas linguísticas, notadamente ao que se refere à
norma padrão, que constitui a norma legitimada e prestigiada no contexto da
sociedade brasileira. Na tentativa de mudar esse quadro, no Brasil, na década de
1980, algumas pesquisas na área da linguística foram realizadas e apresentaram
abordagens pedagógicas pautando-se na concepção interacionista de linguagem
para o ensino/aprendizagem de Língua Materna.
Entende-se que o Conteúdo Estruturante está relacionado com o
momento histórico-social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a
concepção de linguagem como prática se efetiva nas diferentes instâncias sociais,
sendo assim, o Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa
perspectiva é o discurso como prática social.
2.1 Conteúdos Básicos
A forma “aparentemente” fragmentada dos quadros abaixo tem como
objetivo orientar a prática docente. Deve-se levar em conta a unidade teórico-
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 173
metodológica fundamentada nas Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa.
Dessa forma, os conteúdos básicos, a abordagem teórico-metodológica e a
avaliação precisam ser contínuas e integradas, assim como, a diversidade de
gêneros discursivos precisa estar presente ao longo de todos os anos do ensino
Fundamental e Médio da Educação Básica, não se limitando apenas aos gêneros
indicados aqui. Ressalta-se que a diferença significativa entre os anos está no
grau de complexidade dos textos e de sua abordagem.
Destaca-se que é preciso considerar o gênero a ser trabalhado em sala de
aula para, então, selecionar os conteúdos específicos.
Os desafios socioeducacionais estarão contemplados nos conteúdos da
disciplina de Língua Portuguesa de forma contextualizada, abordados em sua
totalidade, integrados aos conteúdos básicos e específicos, sendo eles referentes
à:
• Educação Ambiental ( Lei nº 9795/99 ) – Textos sobre preservação
do Meio Ambiente;
• Educação Fiscal ( portaria 413/2002 ) e Educação Tributária Dec.
Nº1143/99, – Ao participar do Programa Agrinho, os professores
estão contemplando estas leis;
• Educação em Direitos Humanos (Resolução nº01/2012 CNE De.
Nº02/2015-CEE) – Leitura e debate dos Estatutos;
• Direito das crianças e o adolescente L.F. nº11525/07; portaria
nº413/02 – Produção de textos e cartazes sobre o tema;
• Lei nº17675/13-ALP “Dia de Ação Contra a Dengue”, a ser realizado
no dia 09 de cada mês – leitura e discussão sobre os panfletos da
Dengue, dia de Campo (recolher papéis e recicláveis do pátio);
• Lei 10.741/2003 Estatuto do Idoso (leitura e produção de texto sobre
o tema);
• Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente
(produção de texto sobre o tema);
• História e cultura afro-brasileira, africana e indígena (lei
nº110645/08) – palavras derivadas da cultura afro e indígena, leitura
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 174
de poemas e romances de autores como: Cruz e Souza, Machado
de Assis, Aluizio Azevedo entre outros;
• Prevenção ao Uso Indevido de Drogas – Produção de texto,
cartazes e panfletos.
Apresentamos, a seguir, uma listagem dos gêneros sugeridos para as
práticas de leitura, oralidade e escrita para cada ano escolar, os quais fazem
parte dos conteúdos básicos. Na sequência, complementamos os conteúdos
básicos, elencando-os por prática discursiva, relacionando-os aos
encaminhamentos metodológicos e à avaliação.
6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
GÊNEROS DISCURSIVOS SUGERIDOS
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA
Adivinhas Anedotas Bilhetes Carta pessoal Cartão Postal Causos Convites
Diário Exposição Oral Provérbios Quadrinhas Receitas Trava-Línguas
LITERÁRIA/ARTÍSTICA
Contos de Fadas Fábulas Histórias em Quadrinhos Lendas Memórias
Letras de Músicas Narrativas diversas
ESCOLAR
Cartazes Exposição Oral Pesquisa
Resumo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias
IMPRENSA
Cartum Classificados (leitura) Entrevista (oral e escrita)
Fotos Horóscopo Tiras
PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas Manual Técnico
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 175
6º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
LEITURA
Identificação do tema, Interpretação textual, observando:
- conteúdo temático
- interlocutores
- fonte
- intertextualidade
- informatividade
- intencionalidade
- marcas linguísticas
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
Inferências
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos. Inferências de informações implícitas. Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos. Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor... Relato de experiências significativas relacionado ao assunto do texto. Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas.
Espera-se que o aluno:
Realize leitura compreensiva do texto. Localize informações explícitas no texto. Emita opiniões a respeito do que leu. Amplie o horizonte de expectativas.
ORALIDADE
Adequação ao gênero: - conteúdo temático
- elementos composicionais
- marcas linguísticas
- Variedades lingüísticas - Intencionalidade do texto - Papel do locutor e do interlocutor: - participação e cooperação
- Particularidades de pronúncia de algumas palavras
Apresentação de textos produzidos pelos alunos;
Contação de histórias; Narração de fatos reais ou fictícios Seleção de discurso de outros, como: entrevista, cenas de desenhos/programas infanto-juvenis, reportagem... Análise dos recursos próprios da oralidade Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado
Espera-se que o aluno:
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal) Apresente clareza de ideias ao se colocar diante dos colegas
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 176
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
ESCRITA
- Adequação ao gênero: - conteúdo temático
- elementos composicionais
- marcas linguísticas
● Argumentação ● Paragrafação ● Clareza de ideias ● Refacção textual
Discussão sobre o tema a ser produzido Seleção do gênero, finalidade, interlocutores Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado
● Produção textual ● Revisão textual ● Reestruturação e reescrita textual
Espera-se que o aluno:
Expresse suas idéias com clareza Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade...)
ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
- coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno - Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto - Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto - A pontuação e seus efeitos de sentido no texto - Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, - Acentuação gráfica - Processo de formação de palavras - Gírias - Algumas figuras de pensamento (prosopopeia, ironia ...)
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:
de gêneros selecionados para leitura ou audição;
de textos produzidos pelos alunos;
das dificuldades apresentadas pela turma.
Espera-se que o aluno:
Diferencie a linguagem formal da informal Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes...
Amplie o léxico
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 177
- Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal - Particularidades de grafia de algumas palavras
7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
GÊNEROS DISCURSIVOS SUGERIDOS
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA
Exposição Oral Fotos Músicas
LITERÁRIA/ARTÍSTICA
Autobiografia Biografias Crônicas Histórias em Quadrinhos Literatura de Cordel
Letras de Músicas Narrativas diversas Poema/poesia
ESCOLAR
Cartazes Diálogo/Discussão Argumentativa Palestra Pesquisa
Relato Relatório Resumo Seminário
IMPRENSA (leitura e interpretação)
Cartum Charge Classificados Fotos
Horóscopo Notícia Reportagens Tiras
PUBLICITÁRIA
Anúncio Cartazes Folder Fotos Slogan
PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas Manual Técnico Placas
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 178
7º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
LEITURA
• Identificação do tema Interpretação textual, observando:
- conteúdo temático
- interlocutores
- fonte
- intertextualidade
- informatividade
- intencionalidade
- marcas lingüísticas
• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
Inferências
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros. Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos. Inferências de informações implícitas.
Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos.
Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor... Relato de experiências significativas relacionado ao assunto do texto. Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas
Espera-se que o aluno:
Realize leitura compreensiva do texto; Localize informações explícitas no texto; Emita opiniões a respeito do que leu; Amplie o horizonte de expectativas.
ORALIDADE
• Adequação ao gênero:
- conteúdo temático
- elementos composicionais
- marcas linguísticas
- Variedades lingüísticas - Intencionalidade do texto
• Papel do locutor e do interlocutor:
Apresentação de textos produzidos pelos alunos Contação de histórias Narração de fatos reais ou fictícios Seleção de discurso de outros, como: entrevista, cenas de desenhos/programas infanto-juvenis, reportagem... Análise dos recursos próprios da
Espera-se que o aluno:
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal) Apresente clareza de idéias ao se colocar diante dos colegas
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 179
- participação e cooperação
• Particularidades de pronúncia de algumas palavras • Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...
oralidade. Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado.
ESCRITA
• Adequação ao gênero: - conteúdo temático
- elementos composicionais
- marcas lingüísticas
● Argumentação ● Paragrafação ● Clareza de idéias ● Refacção textual
Discussão sobre o tema a ser produzido; Seleção do gênero, finalidade, interlocutores; Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado; Produção textual; Revisão textual; Reestruturação e reescrita textual;
Espera-se que o aluno:
- Expresse suas idéias com clareza ● Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade...)
ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
- Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno; - Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto; - Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto - A pontuação e seus efeitos de sentido no texto - Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, - acentuação gráfica; - Processo de formação de palavras;
Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir: - de gêneros selecionados para leitura ou audição;
- de textos produzidos pelos alunos;
- das dificuldades apresentadas pela turma.
Espera-se que o aluno:
Diferencie a linguagem formal da informal; Utilize adequadamente, recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes... Amplie o léxico
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 180
- Algumas figuras de pensamento (prosopopéia, ironia ...); - Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal; - Particularidades de grafia de algumas palavras.
8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
GÊNEROS DISCURSIVOS SUGERIDOS
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA
Comunicado Exposição Oral Músicas Relatos
LITERÁRIA/ARTÍSTICA
Autobiografia Biografias Contos Crônicas Escultura Haicai Histórias em Quadrinhos Lendas Literatura de Cordel Memórias
Narrativas diversas
ESCOLAR
Cartazes Debate Exposição Oral Pesquisa
Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião
IMPRENSA
Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum Charge Entrevista (oral e escrita)
Manchete Notícia Reportagens Tiras
PUBLICITÁRIA
Cartazes Comercial para TV
PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas Manual Técnico
Relatório Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião
Blog
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 181
MIDIÁTICA E-mail
8º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
LEITURA
• Interpretação textual, observando: - conteúdo temático
- interlocutores
- fonte
- ideologia
- intencionalidade
- informatividade
- marcas lingüísticas
• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários; • As diferentes vozes sociais representadas no texto; • Linguagem verbal, não-verbal, midiático, infográficos, etc. • Relações dialógicas entre textos
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; Consideração dos conhecimentos prévios; Inferências no texto. Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor... Leitura de textos verbais e não-verbais, midiáticos, iconográficos, etc.. Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas.
Espera-se que o aluno:
Realize leitura compreensiva do texto; Emita opiniões a respeito do que leu; Desvende posicionamentos ideológicos no meio social e cultural; Estabeleça relações dialógicas entre os textos lidos e/ou ouvidos; Identifique efeitos de ironia ou humor em textos variados; Amplie o horizonte de expectativas.
ORALIDADE
• Adequação ao gênero:
- conteúdo temático
- elementos composicionais
- marcas lingüísticas
Apresentação de textos
produzidos pelos alunos;
Dramatização de textos; Apresentação de mesa redonda, júri-simulado, exposição oral...
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal); Reconheça as intenções
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 182
• Coerência global do discurso oral • Variedades lingüísticas • Papel do locutor e do interlocutor: - participação e cooperação
- turnos de fala
● Particularidades dos textos orais ● Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos... ● Finalidade do texto oral
Seleção de discurso de outros para análise, como: filme, entrevista, mesa redonda, cena de novela/programa, reportagem, debate; Análise dos recursos próprios dos gêneros orais; Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;
dos discursos de outros; Elabore argumentos convincentes para defender suas idéias.
ESCRITA
• Adequação ao gênero: - conteúdo temático
- elementos composicionais
- marcas lingüísticas
● Argumentação ● Coerência e coesão textual ● Paráfrase de textos ● Paragrafação ● Refacção textual
Discussão sobre o tema a ser produzido; Seleção do gênero, finalidade, interlocutores; Exploração do contexto social de uso do gênero trabalhado; Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado; Produção textual Revisão textual Reestrutura e reescrita textual
Espera-se que o aluno:
Produza textos atendendo às circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade...); Elabore argumentos consistentes; Produza textos respeitando a seqüência lógica; Adeque o texto ao tema proposto.
ANÁLISE LINGÜÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
● Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral; ● Conotação e denotação;
● A função das conjunções na conexão de sentido do texto;
Compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos. Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir: - de gêneros selecionados para leitura ou escuta;
Espera-se que o aluno:
Utilize adequadamente, recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes... Amplie o vocabulário; Identifique a concordância presente em textos longos e de estruturas complexas;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 183
● Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos...); ● Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto; ● A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
● Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;
● Acentuação gráfica;
● Figuras de linguagem;
● Procedimentos de concordância verbal e nominal;
● A elipse na seqüência do texto; ● As irregularidades e regularidades da conjugação verbal;
● A função do advérbio: modificador e circunstanciador; ● Complementação do verbo e de outras palavras.
- de textos produzidos pelos alunos;
- das dificuldades apresentadas pela turma.
Reconheça quando e como estabelecer complementação do verbo e de outras palavras; Utilize as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo
9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
SUGESTÃO DE GÊNEROS DISCURSIVOS
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA
Comunicado Convites
Exposição Oral Relatos de Experiências Vividas
Autobiografia Biografias Crônicas
Poemas Romance Textos Dramáticos
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 184
LITERÁRIA/ARTÍSTICA Haicai Literatura de Cordel Memórias
ESCOLAR
Debate Regrado Diálogo/Discussão Argumentativa Exposição Oral Júri Simulado Palestra Pesquisa
Relato Relatório Texto Argumentativo Texto de Opinião
IMPRENSA
Anúncio de Emprego Artigo de Opinião Carta ao Leitor Carta do Leitor Classificados Crônica Jornalística Editorial Entrevista (oral e escrita)
Infográfico Manchete Mesa Redonda Reportagens Resenha Crítica
PUBLICITÁRIA
Comercial para TV
Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Texto Político
PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas Relatos de Experiências Científicas Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião
MIDIÁTICA
Blog Telejornal
9º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
LEITURA
Interpretação textual, observando: - conteúdo temático
- interlocutores
- fonte
- intencionalidade
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; Consideração dos conhecimentos prévios; Inferências sobre informações implícitas no texto;
Espera-se que o aluno:
Realize leitura compreensiva do texto; Identifique a tese de um texto; Identifique a finalidade de textos de diferentes gêneros;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 185
- intertextualidade
- ideologia
- informatividade
- marcas lingüísticas
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários. Informações implícitas em textos, as vozes sociais presentes no texto Estética do texto literário
Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor... Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto do texto; Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas
Estabeleça relações dialógicas entre os textos; Desvende posicionamentos ideológicos no meio social e cultural; Identifique as informações implícitas no texto; Reconheça efeitos de humor provocados pela ambigüidade em textos verbais e não verbais; Amplie o horizonte de expectativas.
ORALIDADE
• Adequação ao gênero:
- conteúdo temático;
- elementos composicionais;
- marcas lingüísticas;
• Variedades lingüísticas • Intencionalidade do texto oral • Argumentação • Papel do locutor e do interlocutor:
- turnos de fala
− Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...
Exposição oral de trabalhos/textos produzidos; Dramatização de textos; Apresentação de seminários, debates, entrevistas.. . Seleção de discurso de outros, como: reportagem, seminário, entrevista, reality show. Análise dos recursos próprios da oralidade; Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado.
Espera-se que o aluno:
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal)
− Produza argumentos convincentes − Reconheça as intenções no discurso do outro − Identifique as marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto oral
ESCRITA
● Adequação ao gênero: - conteúdo temático
Discussão sobre o tema a ser produzido; Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
Espera-se que o aluno:
Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade...);
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 186
- elementos composicionais
- marcas lingüísticas
− Argumentação − Resumo de textos − Paragrafação − Paráfrase − Intertextualidade − Refacção textual
Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado; Produção textual; Revisão textual; Reestrutura e reescrita textual.
Adeque o texto ao tema e à linguagem; Estabeleça relações entre partes do texto, identificando repetições ou substituições; Estabeleça relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
− Conotação e denotação − Coesão e coerência textual − Vícios de linguagem − Operadores argumentativos e os efeitos de sentido − Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente...) − Semântica ; − Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto; − Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto; − A pontuação e seus efeitos de sentido no texto; − Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico; - Acentuação gráfica; − Estrangeirismos, neologismos, gírias;
Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir: de gêneros selecionados para leitura ou escuta;
de textos produzidos pelos alunos;
das dificuldades apresentadas pela turma.
Espera-se que o aluno:
Estabeleça relações semânticas entre as partes do texto (de causa, de tempo, de comparação); Utilize adequadamente, recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes... Reconheça a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e preposições argumentativas; Distinga o sentido conotativo do denotativo.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 187
− Procedimentos de concordância verbal e nominal;
− Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;
− A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;
− Coordenação e subordinação nas orações do texto.
3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O processo didático implica e se expressa pela ação docente das quatro
dimensões - ensinar, aprender, pesquisar e avaliar - considerando também a
relação e os caminhos didáticos e investigativos.
O Ensino de Língua Portuguesa prevê procedimentos metodológicos
próprios: o combate do arcaico não se dá apenas no terreno dos fundamentos;
ele se mantém também no terreno da metodologia, pois: “As experiências dos
alunos compõem um campo denso de saberes, ponto de partida na estruturação
cognitiva. Conhecimentos anteriores e experiências compõem a estrutura de
possibilidades da elaboração cognitiva.” (VEIGA, 2006, p.107).
A metodologia utilizada e desenvolvida em sala deverá envolver
diferentes gêneros de diversas esferas sociais, como a literária, publicitária,
cotidiana, escolar, etc; o papel do professor é de levar o aluno a perceber as
marcas e o funcionamento ideológico existente em cada tipo de texto lido. Assim,
será introduzida a prática da leitura e análise de textos curtos e longos da
literatura, bem como a produção de textos.
Trabalhar a Língua Materna com os alunos significa estabelecer parcerias
em sala de aula, dar-lhes voz, escutar o que têm a dizer, em experiências
concretas de uso da língua. A compreensão da Língua Portuguesa dá-se
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 188
linguisticamente através das práticas discursivas: leitura, oralidade e escrita, as
quais requerem encaminhamentos próprios:
3.1. LEITURA
Na sociedade atual, numa realidade dinâmica como a nossa, que se
transforma na mesma velocidade com que se disseminam informações nos meios
eletrônicos, a leitura é uma prática indispensável e é uma necessidade na vida
cotidiana e, seu domínio propicia uma participação mais plena na vida social.
É tarefa da escola propiciar aos alunos o ensino e aprendizagem, de
forma sistematizada e consistente, do funcionamento das linguagens no processo
de geração de sentidos.
O sujeito-leitor deve busca as suas experiências de vida, seus
conhecimentos prévios, as vozes, enfim, o conhecimento de mundo que o
constituem, que compreenda que seus sentidos são dialógicos e acontecem no
tempo e no espaço e que há multiplicidades de modos de leitura, indicando as
diversas maneiras de interagir com os interlocutores, bem como a constatação de
que a vida intelectual do aluno está intimamente relacionada às variedades e
efeitos de leituras.
Considerando-se o discurso e a linguagem, se o aluno souber
compreender os sentidos que a leitura carrega, isso possibilitará interagir e se
posicionar diante da sociedade.
Baseando-se nessas considerações, para se começar uma proposta de
leitura a partir da interação e do dialógico entre os interlocutores, é necessário
que sejam usadas estratégias baseadas nas experiências e na vivência sócio-
cultural do aluno. Segundo as DCE’S, (2008, p. 71).
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos,
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 189
cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente o nosso universo cotidiano, deve contemplar os multiletramentos mencionados nestas Diretrizes. (2008,p. 71).
Com base nessa constatação e, diante de todas as exigências que a
sociedade impõe, entendemos que é imprescindível uma prática de leitura ativa,
na qual os sentidos sejam vistos não só como frutos da textualidade, mas também
das perspectivas inscritas no texto e da participação ativa dos alunos, e pela
consideração da produção, circulação e recepção dos gêneros na sociedade.
Tendo em vista a premissa de que os alunos precisam conhecer o
funcionamento da linguagem uma vez que ela permeia todas as atividades
humanas, em todas as esferas sociais, as Diretrizes Curriculares Estaduais de
Língua Portuguesa destacam que a leitura deve:
(...) propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Sob esse ponto de vista, o professor precisa atuar como mediador provocando os alunos a realizarem leituras significativas. Assim, o professor deve dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade (PARANÁ, 2008, p. 71).
Dessa forma, percebe-se que a escola precisa oportunizar uma prática de
leitura que permita ao aluno, como diz Orlandi (1988, p.37), “trabalhar a sua
própria história de leituras, assim como a história das leituras dos textos, e a
história da sua relação com a escola e com o conhecimento legítimo”.
Concordamos que, não se deve trabalhar a leitura apenas como decodificação,
mas procurar observar o processo de sua produção e, logo, de sua significação.
Reiteramos que, todas as atividades de leitura estarão voltadas para que
o aluno perceba a relevância do funcionamento da linguagem na sociedade na
qual está inserido, oportunizando - o a ampliação e o desenvolvimento da
capacidade leitora, crítica e linguística-discursiva.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas
sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 190
literária, etc. No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens
não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes, propagandas, figuras
que povoam com intensidade crescente nosso universo cotidiano, deve
contemplar os multiletramentos mencionados.
A leitura deve ser uma prática constante, pois tem o objetivo de formar
leitores competentes, que compreendam o que leem, que possam ler também o
que está escrito nas entrelinhas, identificando elementos implícitos, que
estabeleçam relações entre o texto que leem e outros já lidos e saibam que
vários sentidos podem ser atribuídos a um texto e, por outro lado, auxiliam na
produção de texto.
Para que o aluno leia com prazer e criticidade, serão oferecidos vários
gêneros textuais (clássicos, modernos e contemporâneos) de qualidade que os
sensibilizem e motivem à produção de textos tipologicamente diversos,
observando o assunto, a escolha do interlocutor (real ou imaginário) e o objetivo
pelo qual o texto está sendo escrito.
3.2. ORALIDADE
A oralidade objetiva desenvolver a capacidade de expressão e
argumentação oral do aluno e desenvolver certas operações, comportamentos e
valores tais como: capacidade de extrapolar; de generalizar e particularizar as
ideias; de ouvir e respeitar as opiniões alheias; de negociar; de saber como se
situar numa discussão pública e selecionar a variedade linguística mais adequada
àquela situação; de desenvolver técnicas de contra-argumentação e persuasão.
As possibilidades de trabalho com a oralidade são ricas e apontam
diferentes caminhos:
• Apresentação de temas variados: histórias de família, da
comunidade, um filme, um livro, etc.;
• Debates e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da
argumentação;
• Declamação de poemas;
• Análise dos procedimentos e marcas linguísticas típicas da
conversação (entonação, repetições, pausas...)
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 191
• Finalidade dos diferentes gêneros orais;
• Explorar as diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
• Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos levando
em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e
finalidade do texto;
• Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições
orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e
consequência entre as partes e elementos do texto;
• Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas
da oralidade em seu uso formal e informal;
• Estimular contações de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se
dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressão facial,
corporal e gestual, pausas e outros;
• Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da
oralidade, como seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre
outros;
• Proporcionar análise e comparação dos recursos veiculados em
diferentes fontes como jornais, emissoras de rádio, etc., a fim de
perceber a ideologia dos discursos dessas esfera.
3.3. PRODUÇÃO ESCRITA
As Diretrizes levam em conta a relação entre o uso do aprendizado de língua
como premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros
discursivos são construções coletivas. Assim sendo, o texto deve atuar como
forma de interação no mundo. Escreve-se e fala-se para convencer, vender,
negar, instruir, etc.
Antes de solicitar a produção de um texto ao aluno, faz-se necessário,
portanto, propiciar e/ou ampliar seus conhecimentos acerca do assunto que será
tratado, por meio de leitura e discussões. Reflexões sobre a intencionalidade,
textualidade, coerência, coesão, informatividade e conectividade, etc. com que o
texto será escrito, o assunto, o tipo e o gênero do texto a ser abordado, a escolha
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 192
do interlocutor (real ou imaginário), o grau de formalidade que precisa ser
utilizado e o objetivo pelo qual o texto está sendo escrito são fundamentais para
que o processo de escrita seja bem sucedido.
É preciso deixar claro aos alunos que todo o texto deve ser elaborado de
forma que os leitores possam depender exclusivamente dele na construção do
significado.
3.4. ANÁLISE LINGUÍSTICA
O principal objetivo do trabalho com os conhecimentos linguísticos é
melhorar a capacidade de compreensão e expressão dos alunos, tanto nas
situações de comunicação escrita, quanto oral.
A língua não pode ser tomada como um sistema fechado e imutável de
unidades e leis combinatórias, mas como um processo dinâmico de interação, isto
é, como um meio de realizar ações e atuar sobre o outro.
Assim, o trabalho linguístico não pode se limitar à frase. Deve ser
considerado o domínio do texto, e mais que isso, o do discurso, ou seja, o texto
inserido numa situação concreta e única.
4. AVALIAÇÃO
Sendo a avaliação parte do processo ensino/aprendizagem, ela terá a
função diagnóstica e construtiva, indicando ao professor as dificuldades e os
avanços dos alunos, bem como do próprio trabalho docente.
O processo de avaliação deve ser contínuo e reflexivo, onde o professor,
através das atividades desenvolvidas, acompanhará não só o desempenho de
seus alunos, como também o seu próprio trabalho, analisando suas práticas
pedagógicas e avaliativas. O aluno deverá ser avaliado em todos os aspectos e
de forma individual e coletivamente.
A avaliação deverá refletir o desempenho do aluno em diferentes
situações, para isso os instrumentos avaliativos deverão ser diversificados e
compatíveis com a disciplina, conteúdos e condições do aluno. Esses
instrumentos serão diversificados como:
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 193
• Prova escrita com questões objetivas e subjetivas;
• Pesquisas individuais ou em grupo;
• Apresentações de trabalhos;
• Debates;
• Sínteses de textos lidos;
• Síntese crítica de filmes;
• Interpretação de textos;
• Desenhos;
• Cartazes;
• Produção de textos dos diferentes gêneros trabalhados.
Conforme consta no Regimento Escolar, é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a único instrumento de avaliação.
O processo de avaliação será bimestral e o registro será expresso em
notas de zero a dez, obtendo-se a média de forma aritmética.
Serão utilizados também o processo formativo através de observação
diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e ou
objetivos trabalhados.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e
processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta
dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça o tempo todo,
informando o professor e o aluno acerca do ponto em que se encontram,
ajudando-os a refletir e fazendo o professor procurar caminhos para que todos os
alunos aprendam e participem mais das aulas.
A avaliação se dá no texto oral e escrito, no qual a língua se manifesta em
todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Assim, são nas
observações do uso da língua pelo aluno que o professor irá perceber o que
precisa trabalhar mais para melhorar a leitura, a escrita e a oralidade.
Na leitura será priorizada a compreensão, o processo de produção/
instauração de sentidos.
A avaliação precisa ser enfocada sob novos parâmetros, precisa dar ao
professor pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para se
apropriar, efetivamente, das atividades verbais – a fala, a leitura e a escrita.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 194
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada progressivamente,
considerando a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a
clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, o seu
desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de
vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações.
Quanto à escrita, é preciso ver os textos como uma fase do processo de
produção, nunca como um produto final. É preciso haver clareza na proposta de
produção textual; os parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar
bem definidos. Além disso, precisa estar em contextos reais de interação
comunicativa, para que os critérios de avaliação que tomam como base as
condições de produção tenham alguma validade.
Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos –
discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais – os elementos linguísticos
utilizados nas produções dos alunos precisam ser avaliados em uma prática
reflexiva, contextualizada, que possibilite aos alunos a compreensão desses
elementos no interior do texto.
O erro do aluno servirá de parâmetro para o professor preparar suas aulas
e detectar o que precisa fazer, para que a aprendizagem se efetive. Desse modo,
sempre que for necessário, será feito retomada de conteúdos.
4.1. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação de estudos é um direito dos alunos, independentemente
do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação de estudos será organizada com atividades significativas,
por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados como:
• Revisão dos conteúdos avaliados
• Exercícios de fixação com consulta individual ou coletiva em classe
e/ou extraclasse;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 195
• Uma nova avaliação para a verificação da aquisição e/ou domínio
do conteúdo das quais todos os alunos poderão participar
independente de seu aproveitamento nas avaliações anteriores.
A recuperação será registrada no Registro de Classe, prevalecendo a
nota maior.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 196
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BECHARA, Ivanildo. Ensino da Gramática. Opressão ou Liberdade? São Paulo: Ática,1991.
GERALDI, V. O texto na sala de aula. 2ª ed. São Paulo: Ática,1997.
KOCH, I. V.. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto,1995
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação básica do Paraná. Curitiba: SEED, 2008. SOARES, Magda. Linguagem e Escola: Uma perspectiva social. São Paulo, 1991.
ORLANDI, E. P. Discurso e leitura. São Paulo: Cortez; Campinas: Ed da Unicamp, 1988. _______. Discurso e texto: formação e circulação do sentido. Campinas: Pontes,
2001
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Lições de didática. Campinas, SP: Papirus, 2006.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 197
LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO
1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Somente no fim do Império, em meados do século XIX, que a Língua
Portuguesa foi incluída como disciplina no currículo escolar no Brasil.
Desde então, o ensino da Língua Portuguesa passou por várias alterações,
sempre para atender às necessidades sócio econômico e políticas de cada
momento histórico.
Inicialmente, o Português era utilizado apenas como instrumento de
alfabetização para a pequena elite e como a língua das transações comerciais e
dos documentos legais. Havia uma Língua Geral, falada informalmente em todo
litoral brasileiro, que tinha como origem as línguas indígenas e o latim, no qual o
ensino dos jesuítas se fundamentavam. A Língua Geral facilitava a interação
entre colonizadores e colonizados e foi usada por muito tempo por parte da
população não escolarizada, havendo então uma situação de bilinguismo no
Brasil.
As medidas impostas pelo então Marquês de Pombal, em 1758, a fim de
reverter essa situação, torna a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil. Sua
inserção e a valorização na escola tiveram como objetivo o aprender a ler e a
escrever em português, o estudo da gramática portuguesa e da Retórica.
Conforme (Soares, 1996, p.15, Apud Raupp, 2004,p.51), inicialmente, o
ensino da gramática da Língua Portuguesa baseava-se no princípio de servir de
apoio à aprendizagem da gramática latina. Entretanto, a medida em que o Latim
foi perdendo seu uso e valor social, culminando com a sua extinção do sistema
de ensino no fundamental e médio brasileiro, aproximadamente no século XX, a
gramática da língua portuguesa foi ganhando autonomia, mas ainda alheia à
“língua brasileira”.
Nos anos 50, devido à alteração de perfil da clientela escolar, em
consequência do aumento das possibilidades de acesso à escola,tornaram-se
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 198
necessárias mudanças nas disciplinas curriculares, nos objetivos da instituição
escolar, bem como nos conteúdos da disciplina Português.
É então que gramática e texto, estudo sobre a língua e estudo da língua começam a constituir uma disciplina com um conteúdo articulado:ora é na gramática que se vão buscar elementos para compreensão e a interpretação do texto, ora é no texto que se vão buscar estruturas linguísticas para a aprendizagem da gramática. (Soares, 1996, p.17)
O ensino da Língua Portuguesa passa a ter um novo panorama: a
gramática e o texto compõem um único livro, no entanto divididos em partes:
uma em gramática e outra em antologia e conforme (Soares, 1996,p.18), o
ensino da Língua Portuguesa começa voltar-se para as habilidades de leitura, por
meio de atividades de compreensão e interpretação, porém essas se mantinham
secundárias em relação aos estudos gramaticais, influenciados por teorias
mecanicistas e estruturalistas.
Com a ditadura militar, a partir de 1964, surgem novas condições
sociopolíticas e todo país sofre uma metamorfose. Passa-se a buscar, no país, o
desenvolvimento do capitalismo, mediante a expansão industrial. A proposta
educacional precisa ser condizente com a expectativa de se atribuir à escola o
papel de fornecer recursos humanos , que permitam ao governo realizar a
expansão industrial.
Nesse contexto, em 1971, é sancionada a Nova Lei de Diretrizes e Bases,
a 5692/71, que estabelece a língua nacional como instrumento de comunicação e
expressão da cultura brasileira. A disciplina de Português recebe então as
seguintes denominações: no primeiro grau; Comunicação e Expressão (nas
quatro séries iniciais) Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas
séries), só configurando como Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, no
segundo grau.
Para atender a vinculação proposta por essa Lei, de que o ensino deveria
estar voltado à qualificação para o trabalho, institui-se uma pedagogia tecnicista.
Em decorrência, o ensino da Língua Portuguesa configura-se pela Teoria da
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 199
Comunicação cujos objetivos eram pragmáticos e utilitários, tratava-se de
desenvolver e aperfeiçoar o comportamento do aluno como emissor e receptor de
mensagens, através da utilização e compreensão de códigos diversos, verbais e
não verbais.
A consolidação da abertura política resultou em pesquisas que
fortaleceram a pedagogia histórico- crítica, propiciando uma rede de outras
pesquisas, inserindo, no campo pedagógico dos anos 80, uma vertente
progressista. A pedagogia histórico- crítica vê a educação como mediação da
prática social. “A prática social, põe-se, portanto, como ponto de partida e ponto
de chegada da prática educativa” (SAVIANI, 2007, p.420).
Na disciplina de Língua Portuguesa, essa pedagogia se revelou nos
estudos linguísticos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas
discursivas.
Conforme as DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
(PARANÁ, 2008), deve-se aos teóricos do Círculo de Bakhtin o avanço dos
estudos em torno da natureza sociológica da linguagem. O grupo de estudiosos
criticava a reflexão linguística de caráter formal-sistemático por considerar tal
concepção incompatível com a abordagem histórica e viva da língua , uma vez
que “ a língua constitui um processo de evolução ininterrupto, que se realiza
através da interação verbal social dos locutores”
(BAKHTIN/VOLOCHINOV,1999,p.127)
Uma nova concepção de língua e linguagem se instaura, não mais a língua como expressão do pensamento nem como instrumento de comunicação, mas a língua como meio de interação entre sujeitos( ouvintes/ falantes-leitores/escritores) que, por meio da linguagem, produzem sentidos, emitem opiniões, discordam, concordam, enfim dialogam por meio da língua.(RAUPP, 2004,p.53)
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 200
2 - OBJETIVOS
Na perspectiva de superação efetiva das posturas tradicionais, esta
Proposta pode fundamentar o trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa,
assim como a Literatura, considerando o processo dinâmico e histórico dos
agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto
dos sujeitos que por meio dela interagem. Desse modo, em conformidade com as
DCE (PARANÁ, 2008), buscamos ao longo do processo de ensino-aprendizagem
na disciplina os seguintes objetivos:
• Fundamentar o desenvolvimento do ensino da Língua Portuguesa,
pressupondo antes de tudo, uma visão sobre a linguagem verbal e não-verbal,
de tal maneira que garanta ao educando o efetivo domínio das atitudes
verbais, da educação linguística, dos seus sistemas simbólicos e
comunicativos, em um mundo sócio cultural;
• Reconhecer a linguagem como uma prática social pela qual nos
constituímos como sujeitos históricos, ampliando a visão de mundo, de grupos
sociais, práticas coletivas, experiências pessoais e garantir a todos, o domínio
da leitura; o domínio da escrita; o domínio da fala em situações formais e a
compreensão da realidade social histórica e estrutural da linguagem;
• Assegurar ao educando formação indispensável para o exercício da
cidadania fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos
superiores através das práticas da leitura, escrita e oralidade, ampliando sua
visão de mundo, tendo a linguagem como uma revelação da história, de
alguns grupos sociais, práticas coletivas e experiências pessoais diferentes;
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la
a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas
nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar ao
educando interação/produção e compreensão de processos discursivos ,
proporcionando condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos
sociais, apropriando-se também da norma padrão;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 201
• Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens
como meio de: organização cognitiva da realidade pela constituição de
significados, expressão comunicação e informação;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas
por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus
objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais bem como o
contexto de produção/leitura;
• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero
e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização;
• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através
da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão
lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita;
• Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e
comunicação, em situações intersubjuntivas, que exijam graus de
distanciamento e reflexão sobre os contextos e estatutos interlocutores e
colocar-se como protagonista do processo de produção recepção;
• Revelar, através da história literária, visões de mundo e experiências
pessoais diferentes;
• Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no
trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida;
• Ver a arte literária como trabalho humano, cujo vínculo, é a prática de
leitura e a análise linguística de textos que transformará o aluno num
verdadeiro cidadão, apto quer para o trabalho, quer para a vida;
• Proporcionar momentos de debates e reflexões sobre as obras literárias
lidas, tendo como base o Método Recepcional, considerando-se as cinco
etapas propostas nas DCE (p.74): determinação do horizonte de
expectativas, atendimento ao horizonte de expectativas, ruptura do
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 202
horizonte de expectativas, questionamento do horizonte de expectativas e
a ampliação do horizonte de expectativas;
• Garantir o estudo das Escolas Literárias, contextualizando as produções:
suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; em momentos: filosófico,
sociológico, geográfico e histórico;
• Explorar nas obras literárias: estilos do autor, a época, situar o momento de
produção e estabelecer diálogo com o momento atual, bem como com
outras áreas do conhecimento (Arte, Biologia, Sociologia, História, etc);
• Instigar os alunos a perceber o texto literário com o olhar da sensibilidade e
da identificação;
• Explorar os diferentes gêneros literários, observando os recursos que
podem ser observados e aprofundados em cada ano;
3- CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O DISCURSO COMO PRÁTICA
SOCIAL
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (PARANÁ,
2008), Conteúdo Estruturante é o conjunto de saberes e conhecimentos de
grande dimensão, os quais identificam e organizam uma disciplina escolar. A
partir dele, advêm os conteúdos a serem trabalhados no dia a dia da sala de aula.
A seleção do conteúdo Estruturante deve estar relacionada com o
momento histórico-social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a
concepção de linguagem como prática que se efetiva nas diferentes instâncias
sociais, sendo assim, o Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa
perspectiva é o discurso como prática social.
BAKHTIN (1999) defende a concepção de discurso como efeito de
sentidos entre interlocutores, que não é individual e tem sua gênese sempre
numa atitude responsiva a outros textos. Defende ainda, discurso como resultado
da interação – oral ou escrita – entre sujeitos, é “a língua em sua integridade
concreta e viva”. (BAKHTIN, 1997, p.181)
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 203
Registraremos, ainda, duas definições de discurso defendidas pelas DCE
(PARANÁ, 2008) por vê-lo sob o enfoque da ciência da linguagem e por seus
autores entenderem o discurso como toda atividade comunicativa entre
interlocutores.
[...] seres situados num tempo histórico, num espaço geográfico; pertencem a uma comunidade a um grupo e por isso carregam crenças, valores culturais, enfim a ideologia do grupo, da comunidade de que fazem parte. Essas crenças, ideologias são vinculadas, isto é , aparecem nos discursos. É por isso que dizemos que não há discurso neutro, todo discurso produz sentidos que expressam as posições sociais, culturais, ideológicas dos sujeitos da linguagem. Às vezes, esses sentidos são produzidos de forma explícita, mas na maioria das vezes não, [...]. Fica por conta do interlocutor o trabalho de construir, buscar os sentidos implícitos, subentendidos (BRANDÃO, 2005,p.2-3 – Apud DCEB-SEED/PR, 2008)
Conforme Rodrigues (2005), o discurso deve ser entendido como um
diferente modo de conceber e estudar a língua, uma vez que ela é vista como um
acontecimento social, envolvida pelos valores ideológicos e por isso está ligada
aos seus falantes, aos seus atos e às esferas sociais.
Nessa perspectiva, o trabalho didático-pedagógico com a disciplina de
Língua Portuguesa deve ser a partir da linguagem em uso, que é a dimensão
dada pelo conteúdo estruturante.
4- CONTEÚDOS BÁSICOS
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais e
imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas
disciplinas da Educação Básica. Conforme as DCE (PARANÁ, 2008), o acesso a
esses conhecimentos é direito do aluno, na fase de escolarização em que se
encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do
professor.
O trabalho pedagógico com os conteúdos básicos deve levar em conta a
unidade teórico-metodológica fundamentada nas Diretrizes Curriculares de Língua
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 204
Portuguesa. Dessa forma, os conteúdos básicos, a abordagem teórico-
metodológica e a avaliação precisam ser contínuas e integradas, assim como, a
diversidade de gêneros discursivos precisa estar presente ao longo de todos os
anos do ensino Fundamental e Médio da Educação Básica.
Destaca-se que é preciso considerar o gênero a ser trabalhado em sala de
aula para, então, selecionar os conteúdos específicos.
Os desafios socioeducacionais estarão contemplados nos conteúdos da
disciplina de Língua Portuguesa de forma contextualizada, com leituras,
interpretação, discussão e trabalhos em grupo. Sendo eles referentes à:
• Educação Ambiental (Lei nº 9795/99 ) ;
• Direito das crianças e o adolescente L.F. nº11525/07; portaria
nº413/02;
• Lei 10.741/2003 Estatuto do Idoso;
• Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente;
• História e cultura afro-brasileira, africana e indígena (lei
nº110645/08)
Apresentamos, a seguir uma relação dos gêneros sugeridos para as
práticas de leitura, oralidade, escrita e literatura para cada ano do ensino médio,
na sequência, os conteúdos básicos.
4.1 - GÊNEROS DISCURSIVOS E AS ESFERAS DE CIRCULAÇÃO
1º ANO
ESFERAS SOCIAIS DE
CIRCULAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
COTIDIANA • Carta Pessoal; • Relatos Pessoais; • Músicas • Gêneros instrucionais (receita, dicas)
LITERÁRIA/ARTÍSTICA • Letras de Músicas; • Contos; • Poemas; • Romance; • Crônicas; • Narrativas Fantásticas; • Narrativas de Aventura;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 205
ESCOLAR • Resumo;
• Cartazes; • Diálogo/Discussão Argumentativa.
IMPRENSA • Tiras; • Cartum; • Charge.
PUBLICITÁRIA •Anúncio; •Cartazes; •Slogan.
MIDIÁTICA • Blog; • E-mail; • Comentário
2º Ano
COTIDIANA • Curriculum Vitae; • Regulamentos; • Regras de jogos; • Fotos; • Músicas.
LITERÁRIA/ARTÍSTICA •Textos Dramáticos • Contos; • Poemas; • Romance; • Crônicas;
ESCOLAR • Pesquisa; • Relatório; • Debate Regrado; • Resenha crítica; • Texto Argumentativo; • Texto Opinativo.
IMPRENSA • Notícias; • Reportagem; • Entrevista; • Crítica; • Cartum; • Charge.
PUBLICITÁRIA • Campanha Comunitária; • Publicidade Comercial; • Publicidade Institucional;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 206
• Entrevista ( oral e escrita)
POLÍTICA • Debate Regrado • Carta de Solicitação; • Carta de Reclamação
3º ANO
COTIDIANA • Músicas; • Fotos.
LITERÁRIA/ARTÍSTICA • Contos;
• Poemas;
• Romances;
• Crônicas.
ESCOLAR •Texto Argumentativo; • Texto Opinativo; • Seminário.
IMPRENSA • Carta ao Leitor; • Carta do Leitor; • Artigo de Opinião; • Editorial.
PUBLICITÁRIA • Caricatura; • Folder.
POLÍTICA • Abaixo-Assinado; • Carta de Emprego
Obs. Os gêneros sugeridos serão abordados, conforme sua especificidade, nas
práticas da oralidade, leitura e escrita. Ou seja, um mesmo gênero pode ser
trabalho em um ano escolar apenas na leitura, a fim de discutir o conteúdo
temático, estilo, marcas linguísticas e construção composicional, sem, contudo,
chegar à proposta da escrita, o que pode ser feito em ano posterior. Essa
organização será especificada no PTD.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 207
4.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos básicos indicados abaixo podem ser abordados nos três anos do
Ensino Médio, a partir dos gêneros discursivos/textuais sugeridos acima (por
ano) em conformidade com a especificidade de cada prática discursiva. O grau de
aprofundamento na abordagem dos mesmos será observado conforme a
série/ano e o conhecimento prévio dos estudantes, a ser considerado no PTD de
cada professor, ao organizar os conteúdos específicos.
Quanto à Prática da Oralidade:
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Intencionalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• A relação entre a oralidade e escrita: Diferenças e semelhanças entre o discurso
oral e o escrito.
• A palavra: seus sons e grafia;
• A dimensão discursiva da linguagem:
- A interlocução e os usos da linguagem.
• O trabalho dos interlocutores com a linguagem;
• A construção do sentido;
]
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 208
Quanto à Prática da Leitura
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Contexto de produção da obra literária;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Progressão referencial;
• Partículas conectivas do texto;
• As relações lexicais na coesão textual;
• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- figuras de linguagem.
- Relação entre contexto e sentido;
- Como o sentido literal e o figurado se relacionam aos usos conotativo e
denotativo da linguagem;
•Tipos de relações lexicais estabelecidas entre as palavras (sinonímia e
antonímia; hiperonímia e hiponímia);
Quanto à Prática da Escrita:
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 209
• Informatividade;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Referência textual;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Ideologia presente no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Progressão referencial;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- figuras de linguagem;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
• Vícios de linguagem;
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência.
• Linguagem e variação linguística
• A relação entre a oralidade e escrita;
• A palavra: seus sons e grafia;
• A dimensão discursiva da linguagem:
- A interlocução e os usos da linguagem.
• O trabalho dos interlocutores com a linguagem;
• A construção do sentido;
- Relação entre contexto e sentido;
•Tipos de relações lexicais estabelecidas entre as palavras (sinonímia e
antonímia; hiperonímia e hiponímia);
• As relações lexicais na coesão textual;
• As palavras e sua estrutura;
• As palavras e sua formação;
• Relações morfossintáticas (forma e função do substantivo, adjetivo, pronome e
artigo);
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 210
• Relações morfossintáticas (numeral, interjeição, verbo, advérbio, preposição e
conjunção)
• Morfossintaxe: a seleção e a combinação das palavras (frase- oração-período)
- O sujeito e o predicado na construção do texto;
- Os termos ligados ao verbo na construção do texto;
- Os termos ligados ao nome na construção do texto.
• Sintaxe do período composto por coordenação;
- Relação de sentido entre as orações coordenadas;
- As conjunções coordenativas na construção da coesão textual;
• Sintaxe do período composto por subordinação;
- As orações que equivalem a substantivos;
- As orações que equivalem a adjetivos;
- As orações que equivalem a advérbios.
• A pontuação na construção do texto;
• Articulação entre os termos de uma oração;
- Concordância nominal;
- Concordância verbal;
- Regência nominal e verbal.
Na Literatura
• Recursos estilísticos: figuras de linguagem;
• A Natureza da linguagem literária;
• A Literatura e suas funções;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes nos textos;
• Períodos Literários a serem abordados conforme o contexto de produção dos
gêneros da esfera literária em estudo, procurando estabelecer relações entre
obras de diferentes épocas (Trovadorismo; Classicismo; Barroco; Arcadismo;
Romantismo; Realismo; Naturalismo; Parnasianismo; Simbolismo; Pré
Modernismo; Modernismo; Literatura Contemporânea)
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 211
5 – ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB (Lei 9394-96), ao
situar o Ensino Médio como etapa final da Educação Básica, define-a como a
conclusão de um período de escolarização de caráter geral. Trata-se de
reconhecê-lo como parte de uma etapa da escolarização que tem por finalidade o
desenvolvimento do indivíduo, assegurando-lhe a formação comum indispensável
para o exercício da cidadania, fornecendo-lhe os meios para progredir no trabalho
e em estudos posteriores (art. 22).
As disposições legais sobre o ensino médio deixam clara a importância da
educação como meio de preparar o indivíduo para o trabalho e formar pessoas
capacitadas à sua inserção social cidadã, percebendo-se sujeitos de intervenção
no seu próprio processo histórico, atentos às transformações da sociedade,
compreendendo os fenômenos sociais e científicos que permeiam o seu
cotidiano, possibilitando, ainda, a continuação de seus estudos.
Dessa forma, o ensino da disciplina de Língua Portuguesa precisa estar
muito articulado e organizado com o objetivo de proporcionar ao aluno o trabalho
com as práticas de leitura, de escrita, de oralidade e de análise linguística de
textos literários e não literários, a partir dos gêneros discursivos adequados ao
nível de ensino, ao repertório de leitura e conhecimento de mundo do aluno.
Nessa perspectiva, a linguagem é vista como fenômeno social, uma vez que
nasce da necessidade de interação entre os homens.
Nesse contexto, é imprescindível considerar os aspectos sociais e
históricos em que o sujeito está inserido, assim como o contexto de produção dos
textos literários e não literários lidos e dos textos produzidos pelos alunos.
O ensino e a aprendizagem em Língua Portuguesa devem objetivar o
letramento desse aluno, aprimorar seus conhecimentos linguísticos,
preocupando-se não somente com o mundo do trabalho ou com os concursos
vestibulares. O trabalho com a Língua Portuguesa deve proporcionar ao
educando compreensão dos textos que lê, sejam eles verbais ou não-verbais e
que perceba, de forma crítica, a sociedade em que vive.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 212
Cabe ao professor, na elaboração do seu Plano de Trabalho Docente,
propor reflexões, leituras, discussões e atividades envolvendo gêneros das
diversas esferas sociais de circulação, organizando os conteúdos de acordo com
a quantidade de aulas anuais, e distribuindo esses conteúdos de acordo com a
carga horária semanal. O professor deverá mesclar sua metodologia com aulas
teóricas e práticas, realizando trabalhos em sala, propondo seminários, fazendo
visitas e aulas na biblioteca, utilizando o laboratório de informática, além de
diferentes recursos, como vídeos, sons, imagens, internet, entre outros. Dessa
forma, proporcionará a prática, a discussão, a leitura de textos com diferentes
funções sociais, conforme preconizam as Diretrizes Curriculares de Língua
Portuguesa, que fundamentam o trabalho com os gêneros discursivos e ampliam
a discussão dos conteúdos abordados.
Dentro dessa perspectiva, sugere-se o desenvolvimento de conteúdos
promovendo relações interdisciplinares, utilizando os conhecimentos de outras
disciplinas para aprofundar, ampliar e discutir os conteúdos de Língua
Portuguesa. Exemplificaremos, a seguir, uma das possibilidades da relação da
disciplina de Língua Portuguesa com Arte e História.
Ao abordar um movimento literário, por exemplo o Modernismo, além de
analisar a estética do texto literário, pode-se discutir como ele influenciou a
pintura, exemplificado pela obra O Batizado de Macunaíma, da artista Tarsila do
Amaral. Para relacionar esse conteúdo com a disciplina de História, deve-se
analisar o contexto histórico-social, ou seja, quando e onde a obra foi escrita,
aspectos históricos do momento da produção e do momento da recepção. É
importante analisar, fazer o aluno perceber como os conhecimentos da História
contribuem para o entendimento do sujeito histórico e de que forma ele
representa a sociedade da época nas suas produções artísticas e literárias.
5.1- PRÁTICAS DISCURSIVAS: LEITURA, ORALIDADE E ESCRITA
No processo ensino-aprendizagem, é importante ter claro que quanto maior
o contato com a linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se
tem de entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo. A
ação pedagógica referente à linguagem, portanto, precisa pautar-se na
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 213
interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a
produção oral e escrita, bem como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes
situações. Desse modo, sugere-se um trabalho pedagógico que priorize as
práticas sociais.
No ambiente escolar, o exercício com a linguagem deve considerar não só
a escrita como também a oralidade, uma vez que em alguns contextos
educacionais, não é muito valorizada; entretanto é rica e permite muitas
possibilidades de trabalho a serem pautadas em situações reais de uso da fala e
na produção de discursos nos quais o aluno se constitui como sujeito do processo
interativo.
A compreensão da Língua Portuguesa dá-se linguisticamente através de
três eixos: domínio da leitura, domínio da linguagem oral e domínio da escrita.
Assim, a metodologia utilizada e desenvolvida em sala deverá envolver
todos os tipos de textos existentes (literários, informativos, publicitários,
prescritivos, etc.) e que o papel do professor é levar o aluno a perceber as marcas
e o funcionamento ideológico existente em cada tipo de texto lido.
Trabalhar a Língua Materna com os alunos significa estabelecer parcerias
em sala de aula, dar-lhes voz, escutar o que têm a dizer, em experiências
concretas de uso da língua.
5.1.1 – PRÁTICA DA LEITURA
A leitura como ato dialógico deve ser uma prática constante, pois tem o
objetivo de formar leitores competentes, que compreendam o que leem, que
possam ler também o que está escrito nas entrelinhas, identificando elementos
implícitos, que estabeleçam relações entre o texto que leem e outros já lidos e
saibam que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto.
Para que os alunos compreendam as esferas discursivas em que os textos
são produzidos e circulam, bem como reconheçam as vozes sociais e as
ideologias neles presentes, serão trabalhados vários gêneros textuais, produzidos
em diferentes contextos e tempos. Dessa forma, espera-se que a leitura se
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 214
efetive como uma prática compreensiva, global, crítica e analítica de textos
verbais e não-verbais e que os sensibilizem e motivem à produção de textos que
atendam as situações propostas de gênero, interlocutor e finalidade,
possibilitando que os educandos compreendam, durante a leitura, a importância
de compreender o contexto de produção.
Esse processo implica em uma resposta do leitor ao que lê, é dialógico,
acontece num tempo e num espaço. No ato da leitura, um texto leva a outro e
orienta para uma política de singularização do leitor que, convocado pelo texto,
participa a elaboração dos significados, confrontando-o com o próprio saber, com
a sua experiência de vida.
Silva (2005, p. 24), [...] define a prática de leitura como um princípio de
cidadania, ou seja, o leitor cidadão, pelas diferentes práticas de leitura, pode ficar
sabendo quais são suas obrigações e também pode defender os seus direitos,
além de ficar aberto às conquistas de outros direitos necessários para uma
sociedade justa, democrática e feliz.
Neste contexto, para que a prática da leitura se efetive, é importante que o
professor considere o conhecimento prévio dos alunos; possibilite a prática de
leitura de diferentes gêneros textuais; formule questionamentos que possibilitem
inferências a partir das pistas textuais, encaminhe discussões e reflexões sobre:
tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade, temporalidade, vozes verbais e ideologia, entre outras.
5.1.2 – PRÁTICA DA ORALIDADE
Conforme estabelece as Diretrizes Curriculares da Educação Básica
(PARANÁ, 2008), a escola, constitucionalmente, é democrática e garante a
socialização do conhecimento, portanto deve acolher alunos independentemente
de origem quanto a variação linguística de que dispõem para sua expressão e
compreensão do mundo.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 215
A acolhida democrática da escola às variações linguísticas toma como
ponto de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, para promover
situações que os incentivem a falar fazendo uso da variedade de linguagem que
eles empregam em suas relações sociais, mostrando que a diferenças de registro
não constituem, científica e legalmente, objeto de classificação e que é importante
a adequação do registro nas diferentes instâncias discursivas.
A oralidade objetiva desenvolver a capacidade de expressão e
argumentação oral do aluno e desenvolver certas operações, comportamentos e
valores tais como: capacidade de extrapolar; de generalizar e particularizar as
ideias; de ouvir e respeitar as opiniões alheias; de negociar; de saber como se
situar numa discussão pública e selecionar a variedade linguística mais adequada
àquela situação; de desenvolver técnicas de contra-argumentação e persuasão.
Para tanto, entre outras atividades, é importante que o professor organize
apresentações de textos produzidos pelos alunos, considerando a aceitabilidade,
informatividade, situacionalidade e finalidade desses. Proponha reflexões sobre
os argumentos utilizados em exposições orais dos alunos, e sobre a utilização
dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos dos textos.
Como também propiciar análise e comparação dos recursos veiculados em
diferentes fontes como jornais, revistas, emissoras de TV de rádio, etc., para que
os alunos percebam a ideologia dessas esferas.
5.1.3 – PRÁTICA DA PRODUÇÃO ESCRITA
As Diretrizes Curriculares do Paraná levam em conta a relação entre o uso do
aprendizado de língua como premissa de que o texto é um elo de interação social
e os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim sendo, o texto deve
atuar como forma de interação no mundo. Escreve-se e fala-se para convencer,
vender, negar, instruir, etc.
Assim, o trabalho com a prática da escrita pressupõe um professor atento
às três etapas interdependentes sugeridas pelas DCE (PARANÁ, 2008),
fundamentadas na proposta de Antunes (2003): Planejamento, Escrita e Reescrita
textual.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 216
Antes de solicitar a produção de um texto ao aluno, faz-se necessário,
portanto, propiciar e/ou ampliar seus conhecimentos acerca do assunto que será
tratado, por meio de leitura e discussões, além da análise de vários exemplares
do gênero a ser produzido para reconhecimento de suas características
sociodiscursivas. Reflexões sobre a intencionalidade, textualidade, coerência,
coesão, informatividade e conectividade, etc. com que o texto será escrito, o
assunto, o tipo e o gênero do texto a ser abordado, a escolha do interlocutor, o
grau de formalidade que precisa ser utilizado e o objetivo pelo qual o texto está
sendo escrito são fundamentais para que o processo de escrita seja bem
sucedido. Tais encaminhamentos constituem aspectos do planejamento,
momento requerido tanto do professor quanto do aluno.
A efetivação da escrita, ou seja, da primeira versão do texto, deve levar
em conta tudo que foi discutido durante o planejamento, adequando-se ao gênero
e ao contexto de produção.
Considerando que o texto do aluno é uma fase de produção e não um
produto final, o professor fará o encaminhamento da reescrita textual, em grupo
e/ou individual, conduzindo uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos. Essa etapa é fundamental para que o aluno possa rever
o que produziu, se atendeu a intencionalidade, os objetivos da escrita, a clareza,
adequação ao gênero e à situação de produção.
Desta forma, o aluno observará se a produção textual apresenta os
elementos que compõem o gênero proposto, se há coerência, coesão e
progressão textual, bem como a adequação dos recursos linguísticos como
pontuação, as relações morfossintáticas das palavras, entre outros.
Por fim, se faz necessário promover a circulação do texto produzido,
conforme especificidade do gênero e intencionalidade da produção, enfatizando-
se o caráter interlocutivo da linguagem.
5.1.4 – PRÁTICA DA ANÁLISE LINGUÍSTICA
Tendo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná (2008)
como documento que apresenta os fundamentos teórico-metodológicos e os
conteúdos estruturantes que devem organizar o trabalho docente, bem como
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 217
nortear suas práticas pedagógicas , registraremos o entendimento e orientação
para o trabalho com prática de análise linguística.
A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de
leitura, oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que, conforme
(MENDONÇA, 2006,p.204) possibilita “ a reflexão consciente sobre fenômenos
gramaticais e textuais discursivos que perpassam os usos linguísticos, seja no
momento de ler/escutar, de produzir textos ou de refletir sobre esses mesmos
usos da língua”.
O principal objetivo do trabalho com os conhecimentos linguísticos é
melhorar a capacidade de compreensão e expressão dos alunos, tanto nas
situações de comunicação escrita, quanto oral.
Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos
linguísticos e seus efeitos de sentido nos textos. A gramática é constitutiva do
texto, e o texto é constitutivo da atividade da linguagem. Tudo o que nos deve
interessar no estudo da língua culmina com a exploração das atividades textuais e
discursivas.
Partindo desse pressuposto faz-se necessário deter-se um pouco nas
diferentes formas de entender as estruturas de uma língua e, consequentemente,
as gramáticas que procuram sistematizá-la.
Dentre os muitos conceitos de gramática , as DCN (PARANÁ, 2008)
registra quatro apresentados por Travaglia (2000, p.30-33) que estão mais
diretamente ligados às questões pedagógicas.
▪ Gramática normativa: estuda os fatos da língua culta, em especial da língua escrita. Considera a língua uma série de regras que devem ser seguidas e obedecidas, regras essas do falar e escrever bem;
▪ Gramática descritiva: descreve qualquer variante linguística a partir do seu uso, não apenas a variedade culta. Dá preferência à manifestação oral da língua;
▪ Gramática internalizada: é o conjunto de regras dominadas pelo falante, é o próprio “mecanismo”;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 218
▪ Gramática reflexiva: volta-se para as atividades de observação e reflexão da língua. Essa gramática se preocupa mais com o processo do que com o resultado, está relacionada com as atividades epilinguísticas.
O ponto de partida para o trabalho com o texto é a interlocução, portanto os
conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais
na constituição da unidade de sentido dos enunciados.
Nesse sentido, não se pode considerar para o ensino da Língua
Portuguesa apenas a gramática normativa, mas também a descritiva, a
internalizada e, em especial, a reflexiva.
As DCE (PARANÁ, 2008) propõem alguns encaminhamentos
metodológicos para o estudo/reflexão da análise linguística, considerando que
essa ocorre por meio das práticas da oralidade, leitura e escritura.
ORALIDADE:
▪ as variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes registros, grau de formalidade em relação, ao gênero discursivo;
▪ os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação (como a repetição, o uso das gírias, a entonação), entre outros;
▪ as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal;
▪ os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência do texto, uma vez que tais conectivos são marcadores orais e. portanto devem ser utilizados conforme o grau de formalidade/informalidade do gênero, etc.
LEITURA:
▪ as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais ) do texto em registro formal e do texto em registro informal;
▪ a repetição de palavras ( que alguns gêneros permitem) e o efeito produzido;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 219
▪ o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento (efeitos de humor, ironia, ambiguidade, exagero, expressividade, etc );
▪ léxico;
▪ progressão referencial no texto;
▪ os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto.
ESCRITA
Por meio do texto dos alunos, num trabalho de reescrita do texto ou de partes do texto, o professor pode selecionar atividades que reflitam e analisam os aspectos:
▪ discursivos (argumentos, vocabulário, grau de formalidade do gênero );
▪ textuais ( coesão, coerência, modalizadores, operadores argumentativos, ambiguidades, intertextualidade, processo de referenciação );
▪ estruturais (composição do gênero proposto para escrita/oralidade do texto, estruturação dos parágrafos);
▪ normativos (ortografia, concordância verbal/nominal, sujeito, predicado, regência e vícios de linguagem ...);
No entanto, cabe ao professor, na elaboração de seu Plano de Trabalho
Docente, selecionar os gêneros textuais sobre os quais refletirá com os alunos o
conteúdo temático e o contexto de produção/circulação, como também organizar
atividades sobre a análise das marcas linguístico-enunciativas.
6 – LITERATURA
A literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada à vida
social. O entendimento do que seja o produto literário está sujeito a modificações
históricas, portanto, não pode ser apreensível somente em sua constituição, mas
em suas relações dialógicas com outros textos e sua articulação com outros
campos: o contexto de produção, a crítica literária, a linguagem, a cultura, a
história, a economia, entre outros.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 220
Para Candido (1972), a literatura é vista como arte que
transforma/humaniza o homem e a sociedade. O autor atribui à literatura três
funções: a psicológica, a formadora e a social.
A primeira, função psicológica, permite ao homem a fuga da realidade,
mergulhando num mundo de fantasias, o que lhe possibilita momentos de reflexão
e identificação.
Na segunda, a literatura por si só faz parte da formação do sujeito, atuando
como instrumento de educação, ao retratar realidades não reveladas pela
ideologia dominante.
A função social, por sua vez, é a forma como a literatura retrata os diversos
segmentos da sociedade, é a representação social e humana.
Sob esse enfoque, as DCE do Paraná (2008) sugerem que o
encaminhamento metodológico para o trabalho com a literatura seja pensado a
partir dos pressupostos teóricos da Estética da Recepção e da Teoria do Efeito,
de autoria das professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira Aguiar. Essas
teorias buscam formar um leitor capaz de sentir e de expressar o que sentiu, de
reconhecer, nas aulas de literatura, um envolvimento de subjetividades que se
expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio de uma interação que está
presente na prática de leitura.
Trata-se, de fato, da relação entre o leitor e a obra, e nela a representação
de mundo do leitor, no ato ao mesmo tempo solitário e dialógico da leitura. Aquele
que lê amplia seu universo, mas amplia também o universo da obra a partir da
sua experiência cultural.
O texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é na
recepção que ele significa. No entanto, não está aberto a qualquer interpretação.
O texto é carregado de pistas/estruturas de apelo, o texto traz lacunas, vazios,
que serão preenchidos conforme o conhecimento de mundo, as experiências de
vida, as ideologias, as crenças e os valores que o leitor carrega consigo.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 221
O Método Recepcional , de acordo com Bordini e Aguiar (1993, apud DCE
(PARANÁ, 2008,p.74), tem como objetivos: efetuar leituras compreensivas e
críticas; ser receptivo a novos textos e a leitura de outrem; questionar as leituras
efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural; transformar os próprios
horizontes de expectativas, bem como os do professor, da escola, da
comunidade familiar e social.
Esse processo de trabalho apoia-se no debate constante em todas as
formas: oral e escrita, consigo mesmo, com os colegas, com o professor e outros .
Portanto esse método é eminentemente social ao pensar o sujeito em constante
interação com os demais.
Registraremos, então, as cinco etapas desse processo sugeridas pelas
autoras:
1 – Determinação do horizonte de expectativas – momento em que o
professor verificará os interesses dos alunos, a fim de prever estratégias de
ruptura e transformação do mesmo;
2 – Atendimento do horizonte de expectativas – etapa em que se
apresentará à classe textos literários próximos ao conhecimento de mundo e
experiências de leitura dos alunos;
3 – Ruptura do horizonte de expectativas – momento em que serão
introduzidos textos e atividades de leitura que abalem as certezas e costumes
dos alunos, seja em termos de literatura ou de vivência pessoal;
4 - Questionamento do horizonte de expectativas - o professor orienta o
aluno/leitor a um questionamento e uma autoavaliação a partir dos textos
oferecidos. O aluno deverá perceber que os textos oferecidos na etapa anterior
trouxe-lhe mais dificuldades de leitura, porém, garantiram-lhe mais
conhecimento, o que o ajudou a ampliar seus conhecimentos;
5 – Ampliação do horizonte de expectativas – última etapa em que os
alunos tomarão consciência das alterações e aquisições, obtidas através da
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 222
experiência com a literatura, levando-os a uma ampliação de seus
conhecimentos.
Com esse trabalho, o professor deve se preocupar em desenvolver no
aluno o gosto pela leitura, mas também garantir o estudo das Escolas Literárias,
considerando que o aluno é leitor e como leitor atribui o sentido ao que ler.
Ainda conforme as DCE (PARANÁ, 2008) , o professor não deve ficar
preso à linha do tempo da historiografia, e sim à analise contextualizada da
obra, no momento de sua produção e de sua recepção.
Nesse sentido, busca-se abordar a literatura de uma perspectiva a um só
tempo diacrônica e sincrônica, que se volta não apenas para as relações da
literatura com seu tempo, mas também para os diálogos que a própria literatura
estabelece dando saltos e provocando rupturas.
7 – AVALIAÇÃO
Sendo a avaliação parte do processo ensino/aprendizagem, ela terá a
função diagnóstica e construtiva, indicando ao professor as dificuldades e os
avanços dos alunos, bem como do próprio trabalho docente.
O processo de avaliação deve ser contínuo e reflexivo, onde o professor,
através das atividades desenvolvidas, acompanhará não só o desempenho de
seus alunos, como também o seu próprio trabalho, analisando suas práticas
pedagógicas e avaliativas. O aluno deverá ser avaliado em todos os aspectos e
de forma individual e coletivamente.
A avaliação deverá refletir o desempenho do aluno em diferentes
situações, para isso os instrumentos avaliativos deverão ser diversificados e
compatíveis com a disciplina, conteúdos e condições do aluno. Esses
instrumentos serão diversificados como:
• Prova escrita com questões objetivas e subjetivas;
• Pesquisas individuais ou em grupo;
• Apresentações de trabalhos;
• Debates;
• Sínteses de textos lidos;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 223
• Resenha crítica de filmes;
• Interpretação de textos;
• Desenhos;
• Cartazes;
• Produção de textos dos diferentes gêneros trabalhados.
Conforme consta no Regimento Escolar, é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a único instrumento de avaliação.
Serão utilizados também o processo formativo através de observação
diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e ou
objetivos trabalhados.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e
processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta
dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça o tempo todo,
informando o professor e o aluno acerca do ponto em que se encontram,
ajudando-os a refletir e fazendo o professor procurar caminhos para que todos os
alunos aprendam e participem mais das aulas.
A avaliação se dá no texto oral e escrito, no qual a língua se manifesta em
todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Assim, são nas
observações do uso da língua pelo aluno que o professor irá perceber o que
precisa trabalhar mais para melhorar a leitura, a escrita e a oralidade.
Na leitura será priorizada a compreensão, o processo de produção/
instauração de sentidos.
A avaliação precisa ser enfocada sob novos parâmetros, precisa dar ao
professor pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para se
apropriar, efetivamente, das atividades verbais – a fala, a leitura e a escrita.
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada progressivamente,
considerando a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a
clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, o seu
desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de
vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações.
Quanto à escrita, é preciso ver os textos como uma fase do processo de
produção, nunca como um produto final. É preciso haver clareza na proposta de
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 224
produção textual; os parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar
bem definidos. Além disso, precisa estar em contextos reais de interação
comunicativa, para que os critérios de avaliação que tomam como base as
condições de produção tenham alguma validade.
Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos –
discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais –, os elementos linguísticos
utilizados nas produções dos alunos precisam ser avaliados em uma prática
reflexiva, contextualizada, que possibilite aos alunos a compreensão desses
elementos no interior do texto.
O erro do aluno servirá de parâmetro para o professor preparar suas aulas
e detectar o que precisa fazer, para que a aprendizagem se efetive. Desse modo,
sempre que for necessário será feita a retomada de conteúdos.
8 - RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação de estudos é um direito dos alunos, independentemente
do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação de estudos será organizada com atividades significativas,
por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados como:
• Retomada dos conteúdos avaliados;
• Exercícios de leitura, escrita e análise linguística com consulta individual ou
coletiva em classe e/ou extraclasse;
• Reescrita de textos, passando por diferentes versões;
• Novas avaliações para a verificação da aquisição e/ou domínio do conteúdo das
quais todos os alunos poderão participar independente de seu aproveitamento
nas avaliações anteriores.
A recuperação será registrada no Registro de Classe on line,
prevalecendo a nota maior.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 225
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_______. Discurso e texto: formação e circulação do sentido. Campinas:
Pontes,2001
SOARES, Magda. Linguagem e Escola: Uma perspectiva social. São Paulo,
1991.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 226
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Lições de didática. Campinas, SP: Papirus,
2006.
REFERÊNCIAS ON LINE
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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 227
MATEMÁTICA - ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Matemática oferece conhecimentos necessários para a realização das
atividades humanas que envolvem aspectos quantitativos do mundo real e suas
formas; desenvolvimento do raciocínio e capacidade de abstração, generalização,
sistematização, interpretação e projeção que é objeto de instrumentalização para
as diversas disciplinas.
A Matemática se originou através da necessidade e observação do
Homem, com o propósito de solucionar problemas do seu dia a dia, através da
capacidade humana de reconhecer configurações físicas e geométricas,
comparar formas, tamanhos e quantidades.
A evolução da Matemática durante os séculos sofreu influências sociais,
políticas e religiosas. As descobertas matemáticas do século XVI contribuíram
para um progresso científico e econômico, aplicada a construção e
aperfeiçoamento de máquinas e equipamentos.
No Brasil, o ensino da matemática do século XVIII tinha o objetivo de
preparar estudantes para academias militares, formando engenheiros, geógrafos
e topógrafos para trabalhar em minas, portos, construção de canais, pontes e
estradas, preparar jovens para a guerra.
No final do século XIX e início do século XX com a instalação de fábricas e
indústrias nas cidades criou um novo cenário sócio-político-econômico que, em
conjunto com as ciências modernas, fez surgir uma nova forma de produção de
bens materiais. Neste contexto, os matemáticos, passaram a ser professores,
preocupando-se mais diretamente com as questões de ensino. Este foi o início
da renovação do ensino da Matemática. Neste período começaram a se
multiplicar os estudos nas áreas de Educação Matemática.
Euclides Roxo, ao representar o corpo docente de Matemática, solicitou, ao
Governo Federal, a junção da aritmética, álgebra, geometria e trigonometria numa
única, denominada Matemática, em 1928, movimento da Escola Nova, que
propunha um ensino orientado por uma concepção Empírico-ativista, buscando a
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 228
valorização dos processos de aprendizagem e o envolvimento dos estudantes em
pesquisa, atividades lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos.
Outras tendências, concomitantemente à Empírico-ativista, destacou a Formalista
Clássica, Formalista Moderna, Tecnicista, Construtivista, Socioetnocultural,
Histórico-Crítica.
No final de 1980 e início da década de 90, o Estado do Paraná fez um
movimento no sentido de produzir um documento de referência curricular para
sua rede pública de Ensino Fundamental. Nesta proposta, “aprender Matemática
é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar x nas respostas: é
interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos para resolver
problemas, estar preparado para perceber estes mesmos problemas, desenvolver
o raciocínio lógico, a capacidade de conceder, projetar e transcender o
imediatamente sensível” (PARANÁ, 1990, P. 66). Já o Ensino Médio remete para
o trabalho na sala de aula baseado em competências e habilidades.
Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda encontre-se
em processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática
pedagógica da Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o
ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático. Para Miguel e Miorim
(2004, p. 70-1) “a finalidade da Educação Matemática é fazer com que o
estudante compreenda e se aproprie da própria Matemática concebida como um
conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc., é fazer com
que o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático valores e
atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e,
particularmente, do cidadão, isto é, do homem público.”
Optar pelo ensino da Matemática no contexto Educação Matemática
envolve buscar transformações que intencionam minimizar problemas de ordem
social, visto que esta educação se dá em uma escola inserida na sociedade.
Requerer um professor que saiba estabelecer uma postura teórica-metodológica
que seja questionadora frente as concepções pedagógicas historicamente
difundidas.
O ensino da Matemática realiza práticas contextualizadas, com situações
para o conhecimento elaborado cientificamente, valorização das definições,
abordagens de enunciados, demonstrações de fórmulas, e a compreensão do
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 229
objeto geométrico. Capacidade de leitura e interpretação da linguagem gráfica
através do estudo de funções, instrumento na resolução de equações e
inequações.
Dentre os objetivos podemos destacar:
● Estabelecer conexão teórica e prática no desenvolvimento de
operações em situações problema;
● Estabelecer vínculos onde seja possível quantificar, qualificar,
selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira que sejam
incorporadas as experiências do cotidiano;
● Saber lidar com dívidas ou crediários, descontos e acréscimos,
entender reajustes salariais, aplicações financeiras, entre outras atividades de
caráter financeiro;
● Saber medir e calcular, interpretar através de conceitos,
observações, análise, comparação, representações e abstrações;
● Levantar hipóteses (testá-las) através de conhecimentos científicos e
tecnológicos;
● Organizar conhecimentos de vários saberes distintos, práticas
diferenciadas em ambientes etnoculturais: físicos, biológicos e sociais;
● Aprimorar o pensamento que permita na elaboração de conjecturas;
● Buscar soluções críticas e lógicas;
● Conhecer e interpretar a linguagem matemática, habituando-se ao
estudo, atenção, informação, trabalho, responsabilidade, aprimoramento,
cooperação, ensinamento e tecnologia.
CONTEÚDOS
Ensino Fundamental
ANO/ ANO CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS
6ºANO NÚMEROS E
ÁLGEBRA
•Sistemas de numeração; •Números Naturais; •Múltiplos e divisores; •Potenciação e radiciação;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 230
•Números fracionários; •Números decimais.
GRANDEZAS E
MEDIDAS
•Medidas de comprimento; •Medidas de massa; •Medidas de perímetro e área; •Medidas de tempo; •Medidas de ângulos; •Sistema monetário.
GEOMETRIA •Geometria Plana; •Geometria Espacial.
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO •Dados, tabelas e gráficos; •Porcentagem.
7º ANO
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
•Números Inteiros; •Números Racionais; •Equação e Inequação do 1º grau; •Razão e proporção;
GRANDEZAS E
MEDIDAS •Medidas de temperatura; •Medidas de ângulos.
GEOMETRIA •Geometria Plana; •Geometria Espacial; •Medidas de volume.
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO •Pesquisa Estatística; •Média Aritmética;
8ºANO
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
•Números Racionais e Irracionais; •Sistemas de Equações do 1º grau; •Potências; •Monômios e Polinômios; •Produtos Notáveis.
GRANDEZAS E
MEDIDAS
•Medidas de comprimento; • Teorema de Pitágoras; •Medidas de área; •Medidas de volume; •Medidas de ângulos.
GEOMETRIA •Geometria Plana; •Geometria Espacial;
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
• Gráfico e Informação; • População e amostra • Regra de três simples e composta • Juros simples
9ºANO NÚMEROS E
ÁLGEBRA
•Números Reais; •Propriedades dos radicais; •Equação do 2º grau; •Teorema de Pitágoras; •Equações Irracionais; •Equações Biquadradas;
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GRANDEZAS E
MEDIDAS
•Relações Métricas no Triângulo Retângulo; •Trigonometria no Triângulo Retângulo.
FUNÇÕES •Noção intuitiva de Função Afim. •Noção intuitiva de Função Quadrática.
GEOMETRIAS •Geometria Plana; •Geometria Espacial;
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO •Estatística; •Juros Compostos.
DESAFIOS SOCIO EDUCACIONAIS QUE DEVEM SER ARTICULADOS
AOS CONTEÚDOS, COM RESPALDO NAS SEGUINTES LEGISLAÇÕES.
Responsabilizando-nos pela formação integral da personalidade do
educando, por sua inserção no ambiente social de forma harmônica, equilibrada,
e em atenção às leis que regem os assuntos: Educação Ambiental (Lei 9.795/99),
Educação Fiscal e Tributária (Lei 11.143/99), incluímos nesta Proposta
Pedagógica Curricular os conteúdos dos temas relativos às referidas leis de forma
a: ressaltar os princípios da Educação Ambiental; contemplar a Educação Fiscal e
Educação Tributária para que o aluno analise aspectos relacionados à função
sócio-econômica dos tributos;
METODOLOGIA
O professor poderá fazer uso de recursos metodológicos variados, tais
como:
∙ Aulas expositivas, discussões de situações problemas, trabalhos de
contextualização (em sala e em atividades complementares);
∙ Atividades para os alunos
� Exercícios realizados e comentados em sala de aula;
� Exercícios realizados em casa e comentados em sala de aula
� Discussão de exercícios propostos;
� Pesquisa em livros e internet sobre aplicação dos conteúdos
desenvolvidos no período;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 232
� Trabalho em grupos;
� Trabalho individual de pesquisa sobre resolução de problemas;
� Apresentação de exercícios pesquisados na internet sobre aplicação
da resolução de problemas (individual e/ou grupo).
● Recursos didáticos e tecnológicos
- Quadro e giz;
- Projetor Multimídia;
- TV Pendrive;
- Livro Didático;
- Textos complementares;
- Internet.
AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno.
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Dar-se-á relevância a atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal, sobre a memorização.
É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único
instrumento de avaliação.
A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o
acompanhamento de pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação
dos alunos entre si.
Na avaliação do aluno deve ser considerada os resultados obtidos durante
todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante
ao processo ensino e aprendizagem.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 233
Obtenção de nota bimestral e anual
Será composta de duas notas (N1 e N2) e duas recuperações (R1 e R2)
onde será considerada a maior pontuação entre a nota e sua respectiva
recuperação (será considerada a maior nota entre N1 e R1 e o mesmo se dará
entre N2 e R2).
Cada nota (N) pode ser composta de mais de uma atividade.
Antes da avaliação de recuperação, propõem-se junto aos alunos uma
revisão de estudos com antecedência de no mínimo 24 horas antes da avaliação
da recuperação.
A nota bimestral será obtida pela média aritmética entre a maior pontuação
de N1,R1 e N2,R2
Para aprovação, o aluno deverá obter no mínimo 24,0 (vinte e quatro
pontos durante as 4 médias bimestrais)
INSTRUMENTOS
- (E.I.) Avaliação escrita Individual;
- (E.G.) Avaliação escrita em Grupo;
- (T.I.) Trabalho realizado em casa Individualmente;
- (T.G.) Trabalho realizado em casa em Grupo;
- (A.P.) Apresentação de Pesquisa;
- (A.S.) Participação nas atividades realizadas em Sala.
Os instrumentos poderão ser utilizados de conformidade com a
necessidade da turma.
CRITÉRIOS
- na avaliação escrita: raciocínio lógico, interpretação, cálculos e linguagem
matemática utilizada para expressar resultados.
- em trabalho realizado em grupo: apresentação e explanação do conteúdo,
tendo que demonstrar o conhecimento adquirido, sendo oportunizando um
segundo momento quando necessário, ou solicitado;
- em apresentação de pesquisa:
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 234
- capacidade de raciocínio, interpretação e utilização da linguagem
matemática utilizada para expressar resultados;
- desenvoltura e capacidade de sintetizar o conhecimento nas atividades
realizadas em sala, bem como capacidade de expressar de forma clara e objetiva
como palestrante e/ou ouvinte.
O resultado da avaliação será traduzido em forma de notas, compreendido
entre 0,0 (zero) a 10,0 (dez) que poderá ser obtido de forma somatória e/ou média
aritmética conforme a necessidade do professor, através de dois instrumentos
diferenciados de avaliação.
A avaliação deverá ser registrada no Registro de Classe Online (RCO) de
forma clara, para o entendimento da equipe pedagógica e de toda comunidade
escolar.
Ao final do ano letivo será calculada a Média aritmética dos 4 ( quatro)
bimestres, devendo para a aprovação, ser igual ou superior a 6,0 (seis vírgula
zero).
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação deverá indicar a área de estudos e os conteúdos
organizados com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados como:
- Revisão dos conteúdos trabalhados nas avaliações;
- Exercícios de fixação com consulta individual ou coletiva em classe e/ou
extraclasse;
- Uma nova avaliação (recuperação) para a verificação da aquisição e/ou
domínio do conteúdo das quais todos os alunos deverão participar independente
de seu aproveitamento nas avaliações anteriores.
A recuperação de estudos é um direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 235
BIBLIOGRAFIA
ANDRINI, Álvaro e VASCONCELLOS, Maria José. Praticando Matemática.
São Paulo,Brasil, 2002, 1a ed.
BONGIOVANNI, Edwaldo e PACCOLA, Herval. Curso de Matemática. São
Paulo, Moderna.
BONGIOVANNI,VISSOTO e LAUREANO. Matemática e Vida:Números
Medidas Geometria. São Paulo. Ática 2001. 16a ed..
CASTRUCCI, GEOVANNI & GIOVANNI JR.A conquista da Matemática.
São Paulo FTD, 2002. 1a ed..
GIOVANNI, José Ruy, BONJORO, Jose Roberto e GIOVANNI Jr.,
Matemática Completa- Ensino Médio. São Paulo, FTD, 2002.
GIOVANNI, José Ruy, e PARENTE, Eduardo. Aprendendo Matemática.
São Paulo, FDT, 2002. 1a ed..
LONGEN, Adilson. Matemática-Ensino Médio. Curitiba, Positivo, 2004. 1a
ed..
LOPES, Alice Kazue Takahashi e outros. Matemática-Ensino Médio.
Curitiba, SEED-Pr, 2006.
MATSUBARA e ZANIRATTO. Big Mat. Matemática: História, evolução,
conscientização. São Paulo, IBEP, 2002, 2a ed..
Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino
Fundamental. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental.
Versão preliminar. Curitiba: julho 2006.
Só Matemática em www.somatematica.com.br, Acessado em 21 de
novembro de 2016.
Parecer CNE/CEB 12/97 sobre Recuperação de Estudos em
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/1997/pceb012_97.pdfacessado em
04/02/2016.
Nota da Câmara de Educação Básica sobre Recuperação de Estudos
emhttp://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias
=14144-nota-sobre-estudos-recuperacao-cne-pdf&Itemid=30192 acessado em
04/02/2016.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 236
MATEMÁTICA - ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Matemática oferece conhecimentos necessários para a realização das
atividades humanas que envolvem aspectos quantitativos do mundo real e suas
formas; desenvolvimento do raciocínio e capacidade de abstração, generalização,
sistematização, interpretação e projeção que é objeto de instrumentalização para
as diversas disciplinas.
A Matemática se originou através da necessidade e observação do
Homem, com o propósito de solucionar problemas do seu dia a dia, através da
capacidade humana de reconhecer configurações físicas e geométricas,
comparar formas, tamanhos e quantidades.
A evolução da Matemática durante os séculos sofreu influências sociais,
políticas e religiosas. As descobertas matemáticas do século XVI contribuíram
para um progresso científico e econômico, aplicada a construção e
aperfeiçoamento de máquinas e equipamentos.
No Brasil, o ensino da matemática do século XVIII tinha o objetivo de
preparar estudantes para academias militares, formando engenheiros, geógrafos
e topógrafos para trabalhar em minas, portos, construção de canais, pontes e
estradas, preparar jovens para a guerra.
No final do século XIX e início do século XX com a instalação de fábricas e
indústrias nas cidades criou um novo cenário sócio-político-econômico que, em
conjunto com as ciências modernas, fez surgir uma nova forma de produção de
bens materiais. Neste contexto, os matemáticos, passaram a ser professores,
preocupando-se mais diretamente com as questões de ensino. Este foi o início
da renovação do ensino da Matemática. Neste período começaram a se
multiplicar os estudos nas áreas de Educação Matemática.
Euclides Roxo, ao representar o corpo docente de Matemática, solicitou, ao
Governo Federal, a junção da aritmética, álgebra, geometria e trigonometria numa
única, denominada Matemática, em 1928, movimento da Escola Nova, que
propunha um ensino orientado por uma concepção Empírico-ativista, buscando a
valorização dos processos de aprendizagem e o envolvimento dos estudantes em
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 237
pesquisa, atividades lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos.
Outras tendências, concomitantemente à Empírico-ativista, destacou a Formalista
Clássica, Formalista Moderna, Tecnicista, Construtivista, Sócio Étnico Cultural,
Histórico-Crítica.
No final de 1980 e início da década de 90, o Estado do Paraná fez um
movimento no sentido de produzir um documento de referência curricular para
sua rede pública de Ensino Fundamental. Nesta proposta, “aprender Matemática
é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar x nas respostas: é
interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos para resolver
problemas, estar preparado para perceber estes mesmos problemas, desenvolver
o raciocínio lógico, a capacidade de conceder, projetar e transcender o
imediatamente sensível” (PARANÁ, 1990, P. 66). Já o Ensino Médio remete para
o trabalho na sala de aula baseado em competências e habilidades.
Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda encontre-se
em processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática
pedagógica da Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o
ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático. Para Miguel e Miorim
(2004, p. 70-1) “a finalidade da Educação Matemática é fazer com que o
estudante compreenda e se aproprie da própria Matemática concebida como um
conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc., ...é fazer com
que o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático valores e
atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e,
particularmente, do cidadão, isto é, do homem público.”
Optar pelo ensino da Matemática no contexto Educação Matemática
envolve buscar transformações que intencionam minimizar problemas de ordem
social, visto que esta educação se dá em uma escola inserida na sociedade.
Requerer um professor que saiba estabelecer uma postura teórico-metodológica
que seja questionadora frente as concepções pedagógicas historicamente
difundidas.
O ensino da Matemática realiza práticas contextualizadas, com situações
para o conhecimento elaborado cientificamente, valorização das definições,
abordagens de enunciados, demonstrações de fórmulas, e a compreensão do
objeto geométrico. Capacidade de leitura e interpretação da linguagem gráfica
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 238
através do estudo de funções, instrumento na resolução de equações e
inequações.
Dentre os objetivos podemos destacar:
● Estabelecer conexão teórica e prática no desenvolvimento de operações
em situações problema;
● Estabelecer vínculos onde seja possível quantificar, qualificar, selecionar,
analisar e contextualizar informações, de maneira que sejam incorporadas as
experiências do cotidiano;
● Saber lidar com dívidas ou crediários, descontos e acréscimos, entender
reajustes salariais, aplicações financeiras, entre outras atividades de caráter
financeiro;
● Saber medir e calcular, interpretar através de conceitos, observações,
análise, comparação, representações e abstrações;
● Levantar hipóteses (testá-las) através de conhecimentos científicos e
tecnológicos;
● Organizar conhecimentos de vários saberes distintos, práticas
diferenciadas em ambientes etnoculturais: físicos, biológicos e sociais;
● Aprimorar o pensamento que permita na elaboração de conjecturas;
● Buscar soluções críticas e lógicas;
● Conhecer e interpretar a linguagem matemática, habituando-se ao estudo,
atenção, informação, trabalho, responsabilidade, aprimoramento, cooperação,
ensinamento e tecnologia.
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
ESPECÍFICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
•Números Reais;
•Números Complexos;
•Sistemas lineares;
•Matrizes e Determinantes;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 239
•Polinômios;
•Equações e Inequações
Exponenciais, Logarítmicas e
Modulares.
GRANDEZAS E MEDIDAS
•Medidas de Área;
•Medidas de Volume;
•Medidas de Grandezas Vetoriais;
•Medidas de Informática;
•Medidas de Energia;
•Trigonometria.
FUNÇÕES
•Função Afim;
•Função Quadrática;
•Função Polinomial;
•Função Exponencial;
•Função Logarítmica;
•Função Trigonométrica;
•Função Modular;
•Progressão Aritmética;
•Progressão Geométrica.
GEOMETRIAS
•Geometria Plana;
•Geometria Espacial;
•Geometria Analítica;
•Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
•Análise Combinatória;
•Binômio de Newton;
•Estudo das Probabilidades;
•Estatística;
•Matemática Financeira.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 240
Desafios Socioeducacionais Que Devem Ser Articulados Aos
Conteúdos, Com Respaldo Nas Seguintes Legislações.
Responsabilizando-nos pela formação integral da personalidade do
educando, por sua inserção no ambiente social de forma harmônica, equilibrada,
e em atenção às leis que regem os assuntos: Educação Ambiental (Lei 9.795/99),
Educação Fiscal e Tributária (Lei 11.143/99), incluímos nesta Proposta
Pedagógica Curricular os conteúdos dos temas relativos às referidas leis de forma
a:ressaltar os princípios da Educação Ambiental; contemplar a Educação Fiscal e
Educação Tributária para que o aluno analise aspectos relacionados à função
sócio-econômica dos tributos;
METODOLOGIA
O professor poderá fazer uso de recursos metodológicos variados, tais
como:
∙ Aulas expositivas, discussões de situações problemas, trabalhos de
contextualização (em sala e em atividades complementares);
∙ Atividades para os alunos
- Exercícios realizados e comentados em sala de aula;
- Exercícios realizados em casa e comentados em sala de aula
- Discussão de exercícios propostos;
- Pesquisa em livros e internet sobre aplicação dos conteúdos
desenvolvidos no período;
- Trabalho em grupos;
- Trabalho individual de pesquisa sobre resolução de problemas;
- Apresentação de exercícios pesquisados na internet sobre aplicação da
resolução de problemas (individual e/ou grupo).
- Recursos didáticos e tecnológicos
- Quadro e giz;
- Projetor Multimídia;
- TV Pendrive;
- Livro Didático;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 241
- Textos complementares;
- Internet.
AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno.
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Dar-se-á relevância a atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal, sobre a memorização.
É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único
instrumento de avaliação.
A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o
acompanhamento de pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação
dos alunos entre si.
Na avaliação do aluno deve ser considerada os resultados obtidos durante
todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante
ao processo ensino e aprendizagem.
Obtenção de nota bimestral e anual
Será composta de duas notas (N1 e N2) e duas recuperações (R1 e R2)
onde será considerada a maior pontuação entre a nota e sua respectiva
recuperação (será considerada a maior nota entre N1 e R1 e o mesmo se dará
entre N2 e R2).
Cada nota (N) pode ser composta de mais de uma atividade.
Antes da avaliação de recuperação, propõem-se junto aos alunos uma
revisão de estudos com antecedência de no mínimo 24 horas antes da avaliação
da recuperação.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 242
A nota bimestral será obtida pela média aritmética entre a maior pontuação
de N1,R1 e N2,R2
Para aprovação, o aluno deverá obter no mínimo 24,0 (vinte e quatro
pontos durante as 4 médias bimestrais)
INSTRUMENTOS
- (E.I.) Avaliação escrita Individual;
- (E.G.) Avaliação escrita em Grupo;
- (T.I.) Trabalho realizado em casa Individualmente;
- (T.G.) Trabalho realizado em casa em Grupo;
- (A.P.) Apresentação de Pesquisa;
- (A.S.) Participação nas atividades realizadas em Sala.
Os instrumentos poderão ser utilizados de conformidade com a
necessidade da turma.
CRITÉRIOS
- Na avaliação escrita: raciocínio lógico, interpretação, cálculos e linguagem
matemática utilizada para expressar resultados.
- Em trabalho realizado em grupo: apresentação e explanação do
conteúdo, tendo que demonstrar o conhecimento adquirido, sendo oportunizando
um segundo momento quando necessário, ou solicitado;
- Em apresentação de pesquisa:
- Capacidade de raciocínio, interpretação e utilização da linguagem
matemática utilizada para expressar resultados;
- Desenvoltura e capacidade de sintetizar o conhecimento nas atividades
realizadas em sala, bem como capacidade de expressar de forma clara e objetiva
como palestrante e/ou ouvinte.
O resultado da avaliação será traduzido em forma de notas, compreendido
entre 0,0 (zero) a 10,0 (dez) que poderá ser obtido de forma somatória e/ou média
aritmética conforme a necessidade do professor.
A avaliação deverá ser registrada no Registro de Classe Online (RCO) de
forma clara, para o entendimento da equipe pedagógica e de toda comunidade
escolar.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 243
Ao final do ano letivo será calculada a Média aritmética dos 4 ( quatro)
bimestres, devendo para a aprovação, ser igual ou superior a 6,0 (seis vírgula
zero).
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação deverá indicar a área de estudos e os conteúdosorganizada
com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados como:
- Revisão dos conteúdos trabalhados em avaliações;
- Exercícios de fixação com consulta individual ou coletiva em classe e/ou
extraclasse;
- Uma nova avaliação (recuperação) para a verificação da aquisição e/ou
domínio do conteúdo das quais todos os alunos deverão participar independente
de seu aproveitamento nas avaliações anteriores.
A recuperação de estudos é um direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 244
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRINI, Álvaro e VASCONCELLOS, Maria José. Praticando Matemática.
São Paulo,Brasil, 2002, 1a ed.
BONGIOVANNI, Edwaldo e PACCOLA, Herval. Curso de Matemática. São
Paulo, Moderna.
BONGIOVANNI,VISSOTO e LAUREANO. Matemática e Vida:Números
Medidas Geometria. São Paulo. Ática 2001. 16a ed..
CASTRUCCI, GEOVANNI & GIOVANNI JR.A conquista da Matemática.
São Paulo FTD, 2002. 1a ed..
GIOVANNI, José Ruy, BONJORO, Jose Roberto e GIOVANNI Jr.,
Matemática Completa- Ensino Médio. São Paulo, FTD, 2002.
GIOVANNI, José Ruy, e PARENTE, Eduardo. Aprendendo Matemática.
São Paulo, FDT, 2002. 1a ed..
LONGEN, Adilson. Matemática-Ensino Médio. Curitiba, Positivo, 2004. 1a
ed..
LOPES, Alice Kazue Takahashi e outros. Matemática-Ensino Médio.
Curitiba, SEED-Pr, 2006.
MATSUBARA e ZANIRATTO. Big Mat. Matemática: História, evolução,
conscientização. São Paulo, IBEP, 2002, 2a ed..
Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino
Fundamental. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental.
Versão preliminar. Curitiba: julho 2006.
Só Matemática em www.somatematica.com.br, Acessado em 21 de
novembro de 2016.
Parecer CNE/CEB 12/97 sobre Recuperação de Estudos em
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/1997/pceb012_97.pdfacessado em
04/02/2016.
Nota da Câmara de Educação Básica sobre Recuperação de Estudos em
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias
=14144-nota-sobre-estudos-recuperacao-cne-pdf&Itemid=30192acessado
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 245
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Ao retomar momentos históricos significativos quando se analisa a
trajetória do ensino de LE no país, nota-se que a escola pública foi marcada pela
seletividade, tendências e interesses. Diante desta realidade, acessar uma língua
estrangeira consolidou-se historicamente como privilégio de alguns. Hoje, o
interesse da escola pública vem demonstrando mudanças e propostas para que o
ensino de LE possa ter um papel democratizante das oportunidades e se tornar
um instrumento de educação que auxilie ao aluno como sujeito na construção de
sua ap2rendizagem.
Diferentemente de épocas passadas, o ensino de LE se alicerça em dar
suporte aos educandos sobre língua e cultura da disciplina afim. A LEM se baseia
no princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer por meio da
leitura, oralidade e da escrita. O que se busca é o ensino de LEM direcionado à
construção do conhecimento e à formação cidadã e que a língua aprendida seja
caminho para o reconhecimento e compreensão das diversidades linguísticas e
culturais já existentes e crie novas maneiras de construir sentidos do e no mundo.
Então, a leitura, a oralidade e a escrita se configuram em discurso como prática
social e portanto, instrumento de comunicação.
Ao conhecer outra(s) cultura(s), outra(s) forma(s) de encarar a realidade,
os alunos passam a refletir muito mais sobre a sua própria cultura e ampliam a
sua capacidade de analisar o seu entorno social tendo melhores condições de
estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre a sua forma de ser, agir,
pensar e sentir a de outros povos, enriquecendo a sua formação.
O caráter prático do ensino de LE permite a produção de informação e o
acesso a ela, o fazer e o buscar autônomo, a comunicação e a partilha com
semelhantes e diferentes. Permite a análise de paradigmas já existentes e cria
novas maneiras de construção de sentidos, construindo-se novos significados
para entender e estabelecer uma nova realidade e compreender as diversidades
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 246
linguísticas e culturais que influenciarão de forma positiva no aprendizado da
língua como discurso para que o aluno se constitua socialmente.
JUSTIFICATIVA
É fato de extrema relevância a crescente demanda por meios que
propiciem o aprendizado da Língua Espanhola, idioma que vem ganhando cada
vez mais destaque no cenário mundial. Esse fato torna-se ainda mais relevante
em se tratando do Brasil em função de sua vizinhança com países de Língua
Espanhola, bem como das relações que se estabelecem entre o Brasil e esses
países. Pode-se citar, como exemplo, os acordos econômicos, dentre os quais se
destaca o Mercosul, que vem ganhando cada vez mais importância no cenário
nacional.
Falar Espanhol no Brasil tornou-se uma necessidade. Vale ressaltar que o
domínio da Língua Espanhola constitui-se em um importante diferencial em se
tratando de mercado de trabalho. Aqueles que possuem uma segunda língua
entram no mercado com um diferencial bastante relevante.
O domínio do Espanhol ganha destaque ainda maior em se tratando de
áreas que envolvem o contato intensivo entre pessoas, como no caso do turismo.
Esse setor, que cresce em ritmo acelerado, promove o contato entre diversos
povos, de cultura e línguas distintas. É fundamental que haja um elemento de
comunicação comum entre os povos, pois é este um dos requisitos essenciais da
prestação dos serviços.
O mercado turístico está em constante processo de transformação,
exigindo dos profissionais cada vez mais dinamismo e, além de conhecimentos
técnicos, o domínio de idiomas. As empresas turísticas estão recrutando cada vez
mais profissionais que dominam um segundo idioma. Nesse cenário, o Espanhol
tem aumentado sua importância, sendo o mais valorizado na região sul do Brasil,
onde é requisito indispensável para o profissional que pretende trabalhar no setor
hoteleiro, de agências de viagens ou de prestação de serviços diretos ao turista.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 247
Assim, percebe-se a importância do ensino de Espanhol na educação
básica desta localidade, em virtude da localização geográfica do município de
Goioerê, próximo às fronteiras com o Paraguai e a Argentina. O Espanhol passa a
ser uma ferramenta indispensável na formação dos alunos devido às várias
oportunidades no mercado de trabalho regional que a mesma pode oferecer no
que diz respeito à formação profissional.
OBJETIVOS
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma
visão sistêmica e estrutural do código lingüístico. É no espaço discursivo criado
na relação entre o eu e o outro que os sujeitos se constituem socialmente. É no
engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e ao que
somos. Daí a língua estrangeira apresentar-se como espaço para ampliar o
contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos
de construção da realidade.
O ensino de Língua Espanhola visa promover a língua concebida como
discurso, não como estrutura ou código a ser decifrado, construindo-se
significados e não apenas os transmitindo.
Assim, a língua se apresenta como espaço de construções discursivas,
indissociável dos contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável
das comunidades interpretativas que a constroem e são construídas por ela.
Desse modo, a língua deixa de lado suas supostas neutralidade e transparência
para adquirir uma carga ideológica intensa, e passa a ser vista como um
fenômeno carregado de significados culturais.
Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os
envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo
em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de
uma mera prática de formas lingüísticas descontextualizadas. Trata-se da
inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa
através do comprometimento mútuo.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 248
Ainda, deve-se considerar que o aluno traz para a escola determinadas
leituras de mundo que constituem sua cultura e, como tal, devem ser respeitadas.
Além disso, ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar
uma língua estrangeira permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes
da sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira,
o aluno sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a
realidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear
um contorno para a própria identidade.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.
CONTEÚDOS BÁSICOS: Gêneros Discursivos:
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor a seleção de
gêneros, de acordo com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de
complexidade a cada ano.
1º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS: GÊNEROS DISCURSIVOS
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA
Álbum de Família
Bilhetes
Carta Pessoal Cartão
Cartão Postal
Exposição Oral Fotos
Músicas
Receitas
Relatos de Experiências Vividas
LITERÁRIA/ARTÍSTICA
Biografias Contos
Crônicas de Ficção
Escultura
Fábulas
Haicai Histórias em Quadrinhos
Lendas
Memórias
Letras de Músicas
Narrativas de Aventura
Narrativas de Ficção Científica
Paródias
Pinturas
Poemas
Romances
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CIENTÍFICA
Artigos
Conferência
Debate
Palestra
Pesquisas
Relato Histórico
Relatório
Resumo
Verbetes
IMPRENSA
Agenda Cultural Anúncio de Emprego
Artigo de Opinião
Caricatura
Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum
Charge Classificados
Crônica Jornalística
Editorial Entrevista (oral e escrita)
Fotos
Horóscopo
Infográfico
Manchete
Mapas
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Notícia
Reportagens
Resenha Crítica
Sinopses de Filmes
Tiras Fotonovela
ESCOLAR
Ata
Cartazes
Debate Regrado
Diálogo/Discussão Argumentativa
Exposição Oral Mapas
Palestra
Pesquisa
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
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Cartazes
Comercial para TV
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Músicas
Paródia
Placas
Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Texto Político
POLÍTICA
Abaixo-Assinado
Carta de Emprego
Carta de Reclamação
Carta de Solicitação
Debate
Debate Regrado
Fórum
Manifesto
Mesa Redonda
Panfleto
JURÍDICA
Boletim de Ocorrência
Constituição Brasileira
Contrato
Declaração de Direitos
Depoimentos
Discurso de Acusação
Discurso de Defesa
Estatutos
Leis
Ofício
Procuração
Regimentos
Regulamentos
Requerimentos
PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas
Manual Técnico
Placas
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias Ficha de dados
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MIDIÁTICA
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Torpedos
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Vídeo Conferência Comentário online Guias de saúde Fórum de Internet Comentário de Fórum
PRÁTICAS DE LEITURA:
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade;
Situacionalidade; Informações explícitas; Discurso direto e indireto; Aceitabilidade
do texto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Repetição proposital de
palavras; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem.
PRÁTICAS DE ESCRITA:
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Elementos
composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das
classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem. Acentuação gráfica; ortografía.
PRÁTICAS DE ORALIDADE:
Tema do texto; Interlocutor; Papel do locutor e interlocutor; Informatividade;
Aceitabilidade do texto; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas
linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
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2º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS: GÊNEROS DISCURSIVOS
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA
Álbum de Família
Bilhetes
Carta Pessoal Cartão
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Exposição Oral Fotos
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PRÁTICAS DE LEITURA:
Conteúdo temático; Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto;
Intertextualidade; Temporalidade; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido
conotativo e denotativo no texto; Aceitabilidade; Informatividade; Situacionalidade;
Polissemia; Léxico; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais
do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito), figuras de linguagem. Semântica: operadores argumentativos;
ambiguidade; sentido conotativo e denotativo de palavras no texto; expressões
que denotam ironia e humor no texto.
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PRÁTICAS DE ESCRITA:
Conteúdo temático; Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto; Temporalidade; Informatividade; Situacionalidade;
Intertextualidade; Discurso direto e indireto; Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito); Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância
verbo/nominal; Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido
conotativo e denotativo de palavras no texto; expressões que denotam ironia e
humor no texto. Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido
conotativo e denotativo de palavras no texto; expressões que denotam ironia e
humor no texto; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto; Polissemia; Processo de formação de palavras;
PRÁTICAS DE ORALIDADE:
Conteúdo temático; Finalidade; Interlocutor; Informatividade; Aceitabilidade
do texto; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações
linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos. Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc.); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
3º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS: GÊNEROS DISCURSIVOS
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA
Álbum de Família
Bilhetes
Carta Pessoal Cartão
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Exposição Oral Fotos
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Relatos de Experiências Vividas
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LITERÁRIA/ARTÍSTICA
Biografias Contos
Crônicas de Ficção
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Narrativas de Ficção Científica
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PRÁTICAS DE LEITURA:
Conteúdo temático; Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto;
Intertextualidade; Temporalidade; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido
conotativo e denotativo no texto; Aceitabilidade; Informatividade; Situacionalidade;
Polissemia; Léxico; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais
do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito), figuras de linguagem. Semântica: operadores argumentativos;
ambiguidade; sentido conotativo e denotativo de palavras no texto; expressões
que denotam ironia e humor no texto.
PRÁTICAS DE ESCRITA:
Conteúdo temático; Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto; Temporalidade; Informatividade; Situacionalidade;
Intertextualidade; Discurso direto e indireto; Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito); Regência verbo/nominal; Semântica: operadores
argumentativos; ambiguidade; significado das palavras; figuras de linguagem;
sentido conotativo e denotativo; expressões que denotam ironia e humor no texto;
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Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Modo
Subjuntivo; Modo Imperativo; Voz ativa y voz passiva; Vocabulário.
PRÁTICAS DE ORALIDADE:
Conteúdo temático; Finalidade; Interlocutor; Papel do locutor e interlocutor;
Informatividade; Aceitabilidade do texto; Elementos extralinguísticos: entonação,
expressões facial, corporal e gestual, pausas...; Adequação do discurso ao
gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. Adequação da fala ao contexto
(uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e o escrito.
Os desafios socioeducacionais serão articulados aos conteúdos, com
respaldo nas seguintes legislações:
● Lei Federal nº 10.639/09 História e Cultura Afro-Brasileira e Lei Federal nº
11.645/08 História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena;
● Lei Federal n º 9.795/99 Política Nacional de Educação Ambiental -
Decreto nº 4201/02;
● Lei Federal nº 10.741/03 Estatuto do Idoso e Lei Estadual nº 17.858/13
Política de Proteção ao Idoso;
● Educação Fiscal (portaria 413/03);
● Lei Federal n º 12.235/10 Dia Nacional de Combate a Dengue e Lei
Estadual nº 17.675/13 Dia de Ação Contra Dengue;
● Lei Federal nº 11525/07 Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o
Adolescente;
● Lei Estadual n º 16.454/10 Gênero e Diversidade Sexual e Resolução nº
12/16;
● Lei Federal nº 11.343/06 Prevenção ao uso indevido de drogas.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 257
HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E INDÍGENA: A Lei 10.639 e a Lei
11.645 incluem a História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena no
currículo oficial da Rede de Ensino, visando reverter o quadro brasileiro do
preconceito, racismo, baixo rendimento escolar de alunos afro-descendentes,
enfim, desenvolver nos educandos o respeito à diversidade cultural, a minimizar
as disparidades raciais, valorizando a cultura negra e a indígena que tanto
contribuíram para a cultura brasileira.
METODOLOGIA
O Trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula a partir do
entendimento do papel das línguas na sociedade é mais que meros instrumentos
de acesso à informação. O aprendizado de línguas estrangeiras são também
possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo
e construir significados. Dessa forma, que o ensino de Língua Estrangeira se
constitua por meio da compreensão da diversidade linguística e cultural para que
o aluno se envolva discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e
oralidade levando em conta o seu conhecimento prévio.
Faz-se importante a utilização de diferentes gêneros textuais para que o
aluno identifique as diferenças estruturais e funcionais, a autoria e a que público
se destinam. As estratégias metodológicas para que o aluno conheça novas
culturas e que não há uma cultura melhor que a outra, mas sim diferentes.
Além disso, é necessária a exploração de vários recursos como aulas
expositivas e dialogadas, trabalhos em grupos, produção escrita e produção oral
de forma interativa em busca de melhores resultados na aprendizagem. Para isso,
materiais como livro didático, livro paradidático, vídeo, CD, DVD, CD-ROM,
Internet e TV multimídia serão utilizados para facilitar o contato e a interação com
a língua e a cultura.
Serão trabalhados assuntos sobre Lei Federal nº 10.639/09 História e
Cultura Afro-Brasileira e Lei Federal nº 11.645/08 História e Cultura Afro-Brasileira
e Indígena; Lei Federal n º 9.795/99 Política Nacional de Educação Ambiental -
Decreto nº 4201/02; Lei Federal nº 10.741/03 Estatuto do Idoso e Lei Estadual nº
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 258
17.858/13 Política de Proteção ao Idoso; Educação Fiscal (portaria 413/03); Lei
Federal n º 12.235/10 Dia Nacional de Combate a Dengue e Lei Estadual nº
17.675/13 Dia de Ação Contra Dengue; Lei Federal nº 11525/07 Enfrentamento
à Violência Contra a Criança e o Adolescente; Lei Estadual n º 16.454/10 Gênero
e Diversidade Sexual e Resolução nº 12/16;Lei Federal nº 11.343/06 Prevenção
ao uso indevido de drogas.
Assim, aspectos relativos à cultura africana serão abordados com destaque
ao se estudar características marcantes na cultura hispanoamericana, em
especial, à diversidade cultural em Cuba, com a presença marcante de traços
africanos. No que diz respeito aos Indígenas, serão tratados aspectos de sua
cultura ao tratar do estudo referente às comunidades Guarani, Inca, Maia e
Astecas que ainda mantêm vivas tradições e costumes em território
hispanoamericano.
Ao tratar da Educação Ambiental, a mesma se faz presente nas unidades
temáticas do livro didático podendo ser abordada através do emprego do gênero
notícia ao se buscar um informativo jornalístico de um país que tenha o Espanhol
como idioma como, por exemplo, a Espanha, a Argentina, a Colômbia, o Uruguai,
o Paraguai, o Chile, o Panamá, a Guatemala ou o México, que trate do assunto
em questão.
A notícia, pensada como gênero discursivo, é ferramenta primordial para a
abordagem não só deste tema, mas também sobre o Estatuto do Idoso e a
Política de Proteção ao Idoso; Educação Fiscal; o Combate à Dengue e os
encaminhamentos para o Dia de Ação Contra Dengue; o Enfrentamento à
Violência Contra a Criança e o Adolescente; a discussão sobre Gênero e
Diversidade Sexual, além da Prevenção ao uso indevido de drogas. Para tanto,
basta associar um dos temas citados acima com uma notícia em circulação em
um noticiário de um país onde a Língua Espanhola seja o idioma oficial, fazendo-
se uma inter-relação com o que é vivenciado em nosso país.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 259
AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo de ensino e
aprendizagem com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno. É contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno, considerando-se as características individuais
deste. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação será realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com o que está expresso no Projeto
Político-Pedagógico da escola. Fica vedado submeter o aluno a uma única
oportunidade e a um único instrumento de avaliação.
Ao trabalhar a Língua Espanhola serão considerados critérios para
avaliação os conhecimentos Linguísticos Discursivos Socioculturais, como a
aquisição e utilização correta e adequada do vocabulário; a capacidade de
compreensão e interpretação de textos; leitura correta com as entonações e
pausas necessárias; a competência de Interação como participar oralmente, de
forma oportuna e adequada, em conversas (simuladas ou autênticas) ou outras
atividades centradas na oralidade em contexto de aula; a produção de textos
escritos; o empenhar-se nas atividades, assim como cooperar com os demais
colegas em trabalhos e projetos comuns.
No que diz respeito aos instrumentos de avaliação, existe uma variedade
de instrumentos que se bem elaborados podem oferecer informações muito
valiosas sobre o processo de ensino-aprendizagem. Por meio de bons
instrumentos de avaliação é possível conhecer o educando - seus talentos, suas
dificuldades, entender como ele se apropria dos conhecimentos.
Para que os instrumentos de avaliação dêem conta de conjugar técnica e
ética em seus processos é necessário que o professor diversifique os
instrumentos para obter diferentes formas de expressão, e ainda que ele pense
além dos instrumentos e resultados, mas na intencionalidade das informações
obtidas. Ao se avaliar uma Língua Estrangeira, é preciso que se valorize a
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 260
Compreensão de leitura, a Expressão escrita, os conhecimentos sobre Gramática
e vocabulário, além da Compreensão auditiva e a Expressão oral.
Assim, diversificar-se-á as maneiras de como avaliar os estudantes
levando-se em consideração os benefícios de cada uma. A prova objetiva,
dissertativa, o trabalho em grupo, relatório individual e o processo de observação
do aluno em fatos do cotidiano escolar são instrumentos imprescindíveis no
processo de avaliação.
Com relação à recuperação de estudos, direito dos alunos,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos, dar-se-á
de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem; a
recuperação de estudos será organizada com atividades significativas, por meio
de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Tal proposta deverá
indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos
alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam
asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 261
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MEC. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO DAS
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA
AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA. Brasília, 2004.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
CONTEÚDOS BÁSICOS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA. Curitiba,
2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA PARA
OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E PARA O ENSINO MÉDIO.
Curitiba, 2008.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 262
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
APRESENTAÇÃO
No Brasil, o ensino de línguas estrangeiras está vinculado à organização
social e histórica do país. No início da colonização, os jesuítas ensinavam latim às
comunidades indígenas com o propósito de dominação e expansão do
catolicismo. De 1581 a 1640, período em que se estabeleceu a União Ibérica, os
jesuítas foram considerados pelos espanhóis um entrave para as demarcações
territoriais, o que culminou com a expulsão da Ordem dos territórios portugueses
na América. A partir de 1759, foi constituído o ensino régio no Brasil, o qual era
garantido pelo Estado. A língua estrangeira oferecida continuava sendo o latim e
os professores contratados eram não-religiosos.
O ensino de línguas modernas ganhou reconhecimento com a chegada da
família real ao Brasil e abertura dos portos ao comércio. Os currículos passaram a
oferecer o Inglês e Francês visando o intercâmbio comercial. Em 1837, foi
fundado o Colégio Pedro II que se tornou modelo por quase um século, as línguas
ensinadas ali eram o francês, o inglês e o alemão. De 1929 a 1931, a língua
italiana também foi ofertada neste colégio.
A abordagem tradicional, que tinha como método ensinar através da
escrita e da gramática, durou desde a educação jesuítica até o advento da
Reforma Francisco Campos, a qual instituiu o Método Direto. Neste, a língua
materna perdia a função de mediadora no processo de aprendizagem, o professor
se comunicava exclusivamente em língua estrangeira durante as aulas.
No governo Vargas (1937), o francês apresentava pouca vantagem em
relação ao Inglês. O espanhol começou a ser ensinado em detrimento ao alemão,
o italiano e o japonês por motivo da 2a Guerra Mundial, e o latim permaneceu
como língua clássica. A língua espanhola foi valorizada como língua estrangeira
porque representava um modelo de patriotismo a ser seguido pelos estudantes e
o respeito povo espanhol às suas tradições. Com o tempo, o ensino de língua
inglesa foi fortalecido e se deu pela dependência econômica e cultural do Brasil
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 263
em relação aos Estados Unidos. O Inglês teve garantia curricular por ser o idioma
mais utilizado no comércio internacional.
Após a Segunda Guerra, a partir de 1950, a educação no Brasil passou a
direcionar o foco para a profissionalização do estudante, visando, sobretudo, o
desenvolvimento econômico do país. Com a promulgação da LDB nº 4024, em
1961, os estados ficaram desobrigados a manter nos currículos o ensino de LEM.
Este, por sua vez, ficou ainda mais desprestigiado com a ascensão dos militares
ao comando do Brasil. Os militares alegavam que as línguas estrangeiras eram
prejudiciais à cultura brasileira e ainda, que a escola não deveria ser porta de
entrada de meios anticulturais. Em 1976, o ensino de LEM voltou a ser prestigiado
e obrigatório no 2° grau e recomendado no 1º grau. Porém, uma condição gerou
insatisfação ao quadro de professores: o número de aulas ficou reduzido a uma
aula semanal.
No Paraná, houve movimentos de professores insatisfeitos com o modelo
de currículo para LEM e dessa insatisfação surgiu o Centro de Línguas
Estrangeira no Colégio Estadual do Paraná. Com a mobilização de professores
organizados em associações, a Secretaria de Estado da Educação oficializou a
criação dos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM) em 1986.
Baseada em dar suporte aos educandos sobre a cultura de outros povos e
consequentemente sua língua, a Língua Estrangeira Moderna estrutura-se no
princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer as três práticas
essenciais ao processo de ensino-aprendizagem de uma língua: leitura, escrita e
oralidade. No entanto, é preciso que esse processo supere, segundo as
Diretrizes, “a visão de ensino apenas como meio para atingir fins comunicativos
que restringem sua aprendizagem como experiência de identificação social e
cultural” (DCE, 2008 p. 53) e sim ofereça possibilidades para que o aluno perceba
e compreenda a diversidade cultural e linguística presente na aprendizagem da
língua e, consequentemente construa significados em relação ao mundo em que
vive.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 264
Dessa forma, o objetivo do ensino de língua estrangeira deixa de ser
apenas o linguístico e passa a ser um caminho para que o aluno:
• use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
• vivencie, na aula de Inglês, formas de participação que lhe possibilitem
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
• compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
• tenha maior consciência sobre o papel da Língua Inglesa na sociedade;
• reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Assim, a pedagogia crítica deve ser o referencial teórico que alicerça o
trabalho pedagógico com a Língua Inglesa, com o objetivo de levar o educando à
“apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de
compreensão das relações sociais e para transformação da realidade.” (DCE,
2008, p. 52)
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor a seleção de
gêneros, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de
Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada ano.
6º ANO
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 265
•Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Ortografia;
•Concordância Verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 266
7º ANO
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Informações explícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Discurso direto e indireto;
•Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, funçãodas classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito),figuras de
linguagem;
• Ortografia; • Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 267
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
8º ANO
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
•Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de
linguagem.
• Semântica:
-operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
-expressões que denotam ironia e humor no texto.
- Léxico.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 268
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
•Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Semântica:
• operadores argumentativos;
• ambiguidade;
• significado das palavras;
• figuras de linguagem;
• sentido conotativo e denotativo;
• expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 269
9º ANO
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem);
• Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 270
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Ortografia;
• Concordância verbal / nominal.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
•Aceitabilidade;
Papel do locutor e interlocutor;
•Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 271
GÊNEROS DO DISCURSO:
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA
Álbum de Família Bilhetes Carta Pessoal Cartão Cartão Postal
Exposição Oral Fotos Músicas Receitas Relatos de Experiências Vividas
LITERÁRIA/ARTÍSTICA
Biografias Contos Crônicas de Ficção Escultura Fábulas Haicai Histórias em Quadrinhos Lendas Memórias
Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Ficção Científica Paródias Pinturas Poemas Romances
CIENTÍFICA
Artigos
Conferência
Debate
Palestra
Pesquisas
Relato Histórico
Relatório
Resumo
Verbetes
IMPRENSA
Agenda Cultural Anúncio de Emprego
Artigo de Opinião
Caricatura
Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum
Charge Classificados
Crônica Jornalística
Editorial Entrevista (oral e escrita)
Fotos
Horóscopo
Infográfico
Manchete
Mapas
Mesa Redonda
Notícia
Reportagens
Resenha Crítica
Sinopses de Filmes
Tiras Fotonovela
ESCOLAR
Ata
Cartazes
Debate Regrado
Diálogo/Discussão Argumentativa
Exposição Oral Mapas
Palestra
Pesquisa
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
PUBLICITÁRIA
Anúncio
Caricatura
Cartazes
Comercial para TV
E-mail Folder Fotos
Slogan
Músicas
Paródia
Placas
Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Texto Político
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 272
POLÍTICA
Abaixo-Assinado
Carta de Emprego
Carta de Reclamação
Carta de Solicitação
Debate
Debate Regrado
Fórum
Manifesto
Mesa Redonda
Panfleto
JURÍDICA
Boletim de Ocorrência
Constituição Brasileira
Contrato
Declaração de Direitos
Depoimentos
Discurso de Acusação
Discurso de Defesa
Estatutos
Leis
Ofício
Procuração
Regimentos
Regulamentos
Requerimentos
PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas
Manual Técnico
Placas
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias Ficha de dados
MIDIÁTICA
Blog
Chat Desenho Animado
E-mail Entrevista
Filmes Fotoblog
Home Page
Reality Show
Talk Show
Telejornal Telenovelas
Torpedos
Vídeo Clip
Vídeo Conferência Comentário online Guias de saúde Fórum de Internet Comentário de Fórum
Os desafios socioeducacionais serão articulados aos conteúdos, com
respaldo nas seguintes legislações:
• História e Cultura Afro-Brasileira (10.639/03);
• História e Cultura Afro-brasileira e Indígena (11.645/08);
• Diretrizes Curriculares de Gênero e Diversidade Sexual/2010;
• Lei Educação Ambiental – Lei Federal nº 9795/99 – Decreto nº 4201/02;
• Estatuto do Idoso (Lei Federal nº 10.741/03);
• Prevenção ao Uso Indevido de Drogas (Lei Federal nº 11.343/06);
• Educação Fiscal (Portaria 413/02);
• Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o Adolescente (L.F.
11525/07).
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 273
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Segundo as Diretrizes, a Língua Inglesa tem como conteúdo estruturante o
discurso enquanto prática social, sendo assim o professor deverá embasar as
práticas de leitura, oralidade e escrita nos mais diversos gêneros textuais, verbais
e não-verbais. Esse trabalho utilizará atividades diversificadas, que priorizem o
entendimento da função e estrutura do texto em questão, para só depois trabalhar
os aspectos gramaticais que o compõem. Assim, o ensino deixará “de priorizar a
gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.” (DCE, 2008,
p. 63)
No que diz respeito à prática de oralidade, o professor deverá expor os
alunos a textos orais e/ou escritos com o intuito de levá-los a expressar ideias em
Língua Inglesa, mesmo que com limitações, e ainda possibilitar que exercitem
sons e pronúncias desta língua. Com esse intuito, o professor pode direcionar
debates orais, seminários, dramatizações, júri simulado, declamações,
entrevistas, etc.
Com relação à escrita, deverão ser apresentadas atividades de produção
de texto que assumam papel significativo para o aluno. Para que isso ocorra, o
professor precisará esclarecer qual o objetivo da produção, para quem se
escreve, quais as situações reais de uso do gênero textual em questão, ou seja,
qualquer produção deve ter sempre um objetivo claro, pré-determinado.
No trabalho com a leitura, as atividades desenvolvidas devem possibilitar
ao aluno um novo modo de ver a realidade, a leitura deverá ir além daquela
compreensiva, linear, para trazer-lhe um “novo modo de ver a realidade” (DCE,
2008, p. 66).
É importante ressaltar que os trabalhos com os aspectos gramaticais não
serão abandonados, no entanto passarão a ser visto pela ótica da analise
linguística, que não considera a gramática fora do texto.
Em seu trabalho com as práticas discursivas descritas acima o professor
fará uso de livros didáticos e paradidáticos, dicionários, revistas, jornais, vídeos,
revistas, internet, DVD, CD, TV multimídia, jogos e outros, que servirão para
ampliar o contato e a interação com a língua e a cultura.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 274
AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno.
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Segundo Luckesi (1995, apud DCE, 2008, p.69), para que a avaliação
assuma “o seu verdadeiro papel, ela deve subsidiar a construção da
aprendizagem bem-sucedida”, deixando de ser um simples instrumento de
mediação da apreensão de conteúdos. Assim, o processo avaliativo deverá servir
para reflexão acerca dos avanços e dificuldades dos alunos e ainda, servirá como
norteadora do trabalho do professor, que poderá, a partir dele, “identificar as
dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem superá-
las.” (DCE, 2008, p.71)
Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em
consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-
Pedagógico da escola e serão utilizados os seguintes instrumentos: provas,
trabalhos orais e escritos (individuais e em grupos), produção de textos orais e
escritos que demonstram capacidade de articulação entre teoria e prática.
Para que isso se efetive, o professor deverá observar a participação do
aluno, sua interação verbal, o uso que este faz da língua durante as atividades
propostas, bem como a capacidade que ele demonstra para levantar hipóteses a
respeito da organização textual, para perceber a intencionalidade do texto e seu
autor, etc. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somatória e cumulativa.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão
sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/ instrumentos/ métodos de ensino.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 275
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante
ao processo ensino e aprendizagem.
A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. A proposta de recuperação
de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina.
Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos
próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua
vida escolar.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 276
REFERÊNCIAS
AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elisabeth; PASQUALIN, Ernesto. New our
way. 4a. Edição Volumes: 1, 2, 3 e 4. Richmond Publishing, 2002.
BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana. Brasília- DF,
2004.
_______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de
20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da
temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil.
Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das
relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e
africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de
Igualdade Racial/ Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade. 2004.
_______. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In:BRASIL/MEC. Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no
ensino fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da
disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez.
2001.
________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica: Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.
Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê-
Ensino Fundamental, Médio e Profissional, 2008.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 277
Regimento Escolar do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê- Ensino
Fundamental, Médio e Profissional, 2008.
htpp://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/atividadeseducativas.com.br
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/
http://www.ingles.seed.pr.gov.br/
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 278
QUÍMICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Química está intimamente relacionada ao consumo da sociedade atual
por possibilitar a produção de novos bens de consumo. Para isso, é fundamental
entendermos como são desenvolvidos novos materiais e como se mudam as
propriedades dos já existentes. A Química também nos ajuda a compreender
melhor as consequências ambientais do alto consumo humano. A partir daí,
podemos pensar em ações para melhorar as condições de vida na Terra por meio
da energia e matéria prima e da diminuição das consequências do descarte do
lixo em diferentes ambientes. (SANTOS, 2013)
Estudar Química possibilita compreender não só os fenômenos naturais,
mas também entender o complexo mundo social em que vivemos. A Química tem
garantido ao ser humano uma vida mais longa e confortável, o seu
desenvolvimento permite a busca para solução de problemas ambientais, o
tratamento de doenças antes incuráveis, o aumento da produção agrícola, a
construção de prédios resistentes, a produção de materiais que possibilitam a
confecção de novos equipamentos, entre outras aplicações. (SANTOS, 2013).
Propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento químico
ocorram por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química:
substâncias e materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido
pelo professor numa relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos
químicos constitua apropriação de parte de conhecimento cientifico, o qual
segundo OLIVEIRA (2001) deve contribuir para a formação de sujeitos que
compreendam e questionem a ciência do seu tempo. Para alcançar tal finalidade,
uma proposta metodológica é a aproximação do aprendiz com o objeto de estudo
químico, via experimentação. (PARANÁ, 2013).
Deve-se considerar que a química utiliza linguagem própria para a
representação do real, através de símbolos, fórmulas, convenções e códigos. É
necessário que o aluno desenvolva senso crítico para reconhecer e saber utilizar
tal linguagem, sendo capaz de entregar a partir das informações, a representação
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 279
simbólica das transformações químicas. Propõe-se um trabalho pedagógico com
o conhecimento químico que propicie ao aluno compreender os conceitos
científicos para entender algumas dinâmicas do mundo e mudar sua atitude em
relação a ele.
Para ensinar Química é necessário a articulação entre teoria e prática,
vinculando o trabalho intelectual as atividades práticas ou
experimentais(PARANÁ, 2013). A experimentação é importante para uma melhor
compreensão dos fenômenos químicos. As atividades experimentais, utilizando
ou não o laboratório escolar convencional, podem ser o ponto de partida para
apreensão de conceitos e sua relação com as ideias a serem discutidas em aula.
Os estudantes, estabelecem relações entre a teoria e prática e, ao mesmo
tempo, expressam ao professor suas dúvidas .(PARANÁ, 2008).
OBJETIVO GERAL:
A produção acelerada de conhecimentos, característica deste novo século,
traz para as escolas o desafio de fazer com que esses novos conhecimentos
sejam socializados de modo a promover a elevação do nível geral de educação
da população. Oimpacto das novas tecnologias sobre as escolas afeta tanto os
meios a serem utilizados nas instituições educativas, quanto os elementos do
processo educativo, tais como a valorização da ideia da instituição escolar como
centro do conhecimento; a influência sobre os modelos de organização e gestão;
o surgimento de novas figuras e instituições no contexto educativo; e a influencia
sobre metodologias estratégias e instrumentos de avaliação. (PARANÁ, 2013)
Com isso, faz-se necessário definir quais são os conteúdos imprescindíveis
e criar mecanismos que possibilitem a diversificação formativa dos nossos alunos.
A Química participa do desenvolvimento científico-tecnológico com
importantes contribuições específicas, cujas decorrências têm alcances
econômicos, sociais e político.O conhecimento Químico interage com a sociedade
e seus cidadãos, por diferentes meios, tornando-os mais conscientes, objetivando
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 280
a construção de uma visão de mundo mais articulada e menos fragmentada,
contribuindo para que o indivíduo se sinta como participante de um mundo em
constante transformação.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes são responsáveis por identificar e organizar os
campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a
compreensão de seu objeto de estudo e ensino. (PARANÁ, 2013)
Para selecionar os conteúdos estruturantes, o estudo da história da
Química, e de como a identidade dessa disciplina escolar foi construído, pode
fundamentar o professor em sua prática e contribuir para a superação de
abordagens e metodologias de ensino tradicional da Química.(PARANÁ, 2013)
Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e devem estar articulados à
especificidade regional de cada escola. Para a disciplina de Química, são
propostos os seguintes conteúdos estruturantes:
- Matéria e sua natureza;
- Biogeoquímica;
- Química Sintética.
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
Os conteúdos básicos que serão trabalhados nas séries do Ensino Médio:
1º ano
Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos
Matéria e sua natureza
Biogeoquímica Química Sintética
Constituição da matéria. Modelos atômicos. Tabela periódica.
Ligações Químicas Funções Químicas
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 281
2o ano
Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos
Matéria e sua natureza Biogeoquímica
Química Sintética
Funções Químicas Reações Químicas
Quantidade de matéria Solução
Velocidade das reações. Equilíbrio Químico
Gases Radioatividade
3o Ano
Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos
Matéria e sua natureza Biogeoquímica
Química Sintética
Funções Químicas- Orgânicas Reações Químicas
Eletroquímica Radiatividade
Desafios sócio educacionais que devem ser articulados aos conteúdos,
com respaldo nas seguintes legislações:
� Lei Educação Ambiental (L.f. 9795/99, Dec. 4201/02);
� Lei Estadual nº 17505/13 - Educação Ambiental;
� Educação Fiscal/Educação Tributária (Dec. 1143/99 Portaria 413/02);
� Lei nº 11947/09 - Educação Alimentar e Nutricional;
� Lei nº 9503/97 - Código de Trânsito Brasileiro - Educação para o Trânsito;
� Lei Estadual nº 17858/13 - Política de Proteção ao Idoso;
� Lei 11.343/06 - Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
Conteúdos que permitem abordar as temáticas obrigatórias:
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Legislação
Matéria Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999)
Matéria Educação Ambiental
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 282
Matéria e sua Natureza Biogeoquímica
Química Sintética
(Lei nº 9.795/1999)
Radioatividade Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999)
Gases Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999)
Funções Químicas Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999)
Funções Químicas Educação em Direitos Humanos (Lei nº 7.037/2009)
Reações Químicas Educação alimentar e nutricional (Lei nº 11.947/2009)
Funções Químicas Educação alimentar e nutricional (Lei nº 11.947/2009)
Funções Químicas Educação para o Trânsito (Lei nº 9.503/1997)
METODOLOGIA:
A metodologia a ser utilizada tem como premissa o despertar no aluno uma
consciência crítica, criativa, capaz de gerar respostas adequadas aos problemas
atuais que nós enfrentamos e às situações novas que estão decorrendo do
avanço da ciência e de seus desdobramentos na reorganização do mundo do
trabalho e da sociedade.
O trabalho será interdisciplinar, utilizando assim o conhecimento de várias
disciplinas para resolver um problema concreto ou compreender um determinado
fenômeno de diferentes pontos de vista, criando uma aprendizagem motivadora.
Os conteúdos básicos serão abordados em sala de aula, com explanação
no quadro e ainda,alguns conteúdos serão demonstrados através de
experimentos no laboratório. Serão realizados trabalhos de pesquisa, seminários,
debates, além da utilização de textos extraídos de livros, revistas e jornais,
finalizando o desenvolvimento dos conteúdos, bem como o da cidadania, através
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 283
da provocação de reflexões e a construção de hipóteses, estabelecendo assim a
ponte entre a teoria e a prática, a sala de aula e o cotidiano.
A sala de aula reúne pessoas com diferentes concepções, tradições e
costumes que trazem de suas origens, isso dificulta a adoção de um único
encaminhamento metodológico para todos os alunos.
AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno.
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos. O resultado da avaliação deve
proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica,
contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdos/ instrumentos/
métodos de ensino.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10 (dez).Os resultados das avaliações dos alunos serão
registrados no registro de classe online (RCO), a fim de que sejam asseguradas a
regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 284
Segundo LUCKESI (1995, apud PARANÁ, 2009, p. 69), para que a
avaliação assuma “o seu verdadeiro papel, ela deve subsidiar a construção da
aprendizagem bem-sucedida”, deixando de ser um simples instrumento de
mediação da apreensão de conteúdos. Assim, o processo avaliativo deverá servir
para reflexão acerca dos avanços e dificuldades dos alunos e ainda, servirá como
norteadora do trabalho do professor, que poderá, a partir dele, “identificar as
dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem superá-
las.” (PARANÁ, 2009, p. 71)
A avaliação será contínua em sala de aula onde serão considerados a
atenção e a participação do aluno, bem como a realização dos trabalhos,
pesquisas, relatos e experiências, relatórios de aulas práticas de laboratório, além
de testes (provas) realizados sobre conteúdos trabalhados na sala anteriormente.
A avaliação será permanente, considerando as atividades práticas, capacidade de
análise e síntese e argumentos coerentes e coesos.
A recuperação será ofertada para todos os alunos, principalmente para os
que não atingiram a média. A recuperação de estudos dar-se-á de forma
permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem e será
organizada com retomada de conteúdos e atividades, por meio de procedimentos
didático-metodológicos diversificados. A proposta de recuperação de estudos
deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 285
BIBLIOGRAFIA
PARANÁ, Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, 2013.
PARANÁ, Diretrizes Curriculares da EducaçãoBásica – Química, Paraná -2008. (DCE)
PERUZZO, F. M.; CANTO, E L .QUÍMICA na abordagem do cotidiano, volume 1, 2010.
SANTOS, W.; MOL, G. PEQUIS- Química cidadã, volume 1,2 e 3- 2013.
PPPdo Colégio Estadual Polivalente de Goioerê.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 286
SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Podemos pensar a importância da Sociologia para o saber escolar
contribuindo para a transformação do educando, a partir da própria epígrafe que
consta nas Diretrizes Curriculares de Sociologia para a Educação Básica (2006):
“A sociologia é uma forma de saber científico [...]. Como qualquer ciência, ela não é fruto do mero acaso, mas responde às necessidades do seu tempo. [...] Compreender o contexto no qual a sociologia nasceu é fator fundamental para se entender as suas características atuais.”Carlos Eduardo Sell
O objetivo de estudo no Ensino Médio da disciplina Sociologia é apreender
os conhecimentos que tratam das relações sociais decorrentes das mudanças
estruturais importantes na formação do mundo contemporâneo, no contexto em
que estamos inseridos, a saber, o modo de produção capitalista.
A Sociologia oferece elementos para nos voltarmos, a todo o momento,
para as questões/contradições/mazelas que o homem enfrenta no seu cotidiano.
Todos possuímos conhecimentos práticos de como agir, como participar
instituições, de grupos etc. Esse conhecimento faz parte de certo senso comum
acerca da vida em sociedade. Assim sendo, a Sociologia está próxima de nossos
problemas diários, mas não se limita a repetir o que já se sabe, ou seja, ela se
propõe avançar com relação aos ensinamentos do senso comum.
O mundo passa por mudanças constantes, tal como a dinâmica proposta
pela 'era da globalização', ou da mundialização do capital, como preferem as
ciências sociais, que derruba fronteiras provocando a sensação de pertencermos
a uma sociedade com características únicas, porém não apaga as diferenças
sociais, econômicas e culturais, no imbricamento de regiões e povos. Para
compreender, analisar, criticar e atuar na sociedade, o ensino da Sociologia é de
total importância. As escolas estão cheias de jovens que passam por inquietudes
e expectativas, muitos delas exigem novas posturas dos que ensinam. Nesse
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 287
ínterim, a sociologia é uma disciplina que possui os instrumentais para subsidiar
tais questionamentos.
DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA
A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações
sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas.
O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcado
pelas consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução
Francesa de 1789; uma econômica e social, a Revolução Industrial e uma
revolução na ciência, que se firma com o Iluminismo, com sua fé na razão e no
progresso da civilização (Seed, 2008, p. 38).(PARANÁ, 2008, p. 38).
As inquietações que mobilizaram os primeiros sociólogos no final do século
XIX, sobretudo por conta das revoluções ora mencionadas, em muitos aspectos
se aproximam das preocupações de nossos colegas contemporâneos, tal como
nos apresenta o texto das Diretrizes Curriculares de Sociologia para a Educação
Básica. No entanto, como já mencionado, há que se compreender as
modificações verificadas nas relações sociais, decorrentes das mudanças
estruturais impostas pela formação de um novo modo de produção econômico,
em uma realidade complexa e dinâmica.
Embora consolidado, o sistema capitalista não cessa sua “reinvenção” e
assume inéditas formas de produção, distribuição e opressão, nunca imaginadas
pelos precursores do estudo da sociedade, o que implica novas formas de olhar,
compreender e atuar socialmente.
Como ciência, a Sociologia delineou-se no rastro do pensamento
positivista, vinculada à ordem das Ciências Naturais. O caráter científico, tão
buscado e valorizado na época, estava ligado à lógica das ciências ditas
“experimentais”; ou seja, para ascender ao status de ciência, deveria atender a
determinados pré-requisitos e seguir métodos “científicos” que pretendiam
também a neutralidade e o estabelecimento de regras.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 288
São representantes desse pensamento os filósofos franceses Auguste
Comte (1798-1857), o primeiro a usar o termo Sociologia, em seu curso de
Filosofia Positiva, relacionando-o com a ciência da sociedade, e Émile Durkheim
(1858-1917), que adotou conceitos elaborados por Comte, especialmente o de
ordem social, para delinear uma das correntes representativas do pensamento
sociológico, vindo a ocupar a 1ª cátedra da “nova ciência”.
Ambos os pensadores tiveram em comum a busca de soluções para as
graves mazelas sociais geradas no pós Revolução Política Francesa e Revolução
Econômica Inglesa; dentre as quais, a miséria, o desemprego e as consequentes
greves e rebeliões operárias. Cada um desses sintomas sociais foi analisado por
esses pensadores como desvios ou anomalias da sociedade, que poderiam ser
corrigidos ou mesmo solucionados pelo resgate de valores morais – como a
solidariedade – os quais restabeleceriam relações estáveis entre as pessoas,
independentemente da classe social a que pertencessem.
Um dos mecanismos responsáveis por essa tarefa seria a educação, capaz
de adequar devidamente os indivíduos à nova sociedade. Tais pensadores a
analisaram sob um determinado ponto de vista e preconizaram a manutenção do
status quo, da ordem vigente e, de alguma forma, resguardavam um elogio à
sociedade capitalista.
Apesar de sua origem conservadora e de sua proposta inicial conformista,
a Sociologia desenvolveu também um olhar crítico e questionador sobre a
sociedade. A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da
sociedade industrial e toda a contradição oriunda deste processo.
O pensador alemão Karl Marx (1818-1883) trouxe importantes
contribuições ao pensamento sociológico porque desnudou as relações de
exploração que se estabeleceram a partir do momento em que uma determinada
classe social apropriou-se dos meios de produção e passou a deter e conduzir os
mecanismos (as ações) da sociedade.
De acordo com o pensamento de Marx, não há soluções conciliadoras
numa sociedade cujas relações se baseiem na exploração do trabalho e na
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 289
crescente espoliação da maioria. Para Marx, a teoria apenas tem sentido se
transformada em práxis, ou seja, em ação fundamentada politicamente, para
transformar as estruturas de poder vigente e construir novas relações sociais,
pautadas na igualdade de condições a todos os indivíduos. Para esse autor, a
única possibilidade de superar a desigualdade e a opressão está na construção
de uma nova sociedade, que pressuponha a inexistência de classes sociais e,
portanto, de dominação de uma minoria sobre uma maioria.
Contemporâneo de Durkheim, o filósofo Max Weber (1864-1920), com
formação assentada em Direito, História e Filosofia, atua intelectualmente na
Alemanha do final do século XIX e primeiras décadas do século XX. Entende a
Sociologia como a ciência que pretende interpretar a ação social, explicando-a em
seu desenvolvimento e efeitos. Com essa proposta, produz a fundamentação
básica do que chamou método compreensivo, partindo da concepção de ação
social e de compreensão. Em Weber, também se manifesta o cuidado
metodológico para garantir cientificidade ao procedimento do investigador.
Outra importante contribuição ao pensamento sociológico crítico e
revolucionário pode ser encontrada nos escritos do italiano Antonio Gramsci
(1891-1937), cujas análisesforam incorporadas principalmente às pesquisas
sociológicas e educacionais. Criados por Gramsci, os conceitos de hegemonia,
intelectual orgânico e escola única auxiliam no processo de repensar as
estruturas educacionais.
Em nosso país, tanto as ideias conformistas quanto as revolucionárias
exerceram forte influência na formação do pensamento sociológico brasileiro.
Após a instalação da República, autores como Silvio Romero (1851-1914),
Euclides da Cunha (1866-1909) e Oliveira Vianna (1883-1951), entre outros,
considerados conservadores, configuraram uma tradição ensaísta – sem uma
preocupação especificamente científica – preocupada em pensar o que seria a
identidade cultural nacional.
Os estudos históricos, literários e as análises sociológicas das três
primeiras décadas do século XX, realizados por esses e outros autores,
problematizaram a nação brasileira no contexto da chamada modernização.
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 290
Temas como raça e cultura eram o foco desses estudos. A grande questão era
construir, delinear e definir a brasilidade.
Esses intelectuais apresentaram uma produção sociológica significativa
que, somada à presença de professores estrangeiros convidados, sobretudo os
da chamada Missão Francesa, coordenados pelo antropólogo belga Claude Lévi-
Strauss (1908-2009) – o primeiro grupo de professores contratados para
inaugurar, em São Paulo, os cursos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
da USP, em 1934 – contribuíram para que a Sociologia no Brasil se firmasse.
Uma nova geração de sociólogos definiria em seguida os rumos desse
conhecimento, destacamos nesse processo, Sergio Buarque de Holanda (1902-
1982), Gilberto Freyre (1900-1987) e Caio Prado Júnior (1907-1980).
A produção sociológica desses e de outros autores posteriores, a saber,
Florestan Fernandes (1920-1995), Maria Isaura Pereira de Queiroz (1918),
Raymundo Faoro (1925-2003), Octávio Ianni (1926-2004), Fernando Henrique
Cardoso (1931) e assim por diante, estiveram atentas aos grandes problemas
sociais decorrentes das mudanças econômicas e políticas da sociedade
brasileira, como os movimentos sociais agrários e urbanos, os movimentos
estudantis, as mudanças na organização do mundo do trabalho; bem como as
questões das minorias – indígenas, mulheres, negros, homossexuais – passaram
a ter mais atenção e as instituições sociais passaram a ser estudadas em sua
dinâmica social e histórica.
Elaboradas nas universidades e centros de estudos, as discussões no
campo da Sociologia se consolidaram como importante perspectiva de
compreensão das novas dimensões constantes na sociedade brasileira. Como em
outros países, a introdução da Sociologia como disciplina curricular é parte do seu
processo de institucionalização, ampliando e conformando a comunidade
científica pelo reconhecimento no meio acadêmico e o apelo a recursos
pedagógicos, que promovem sua aceitação social e difusão do conhecimento em
nível escolar. De algum modo, essa adoção curricular tende a mostrar a ênfase
humanística nos estudos em diferentes níveis e momentos e a perspectiva
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 291
transformadora que pode inspirar projetos de sociedade e visões políticas
avançadas.
Elaboradas nas universidades e centros de estudos, as discussões no
campo da Sociologia se consolidaram como importante perspectiva de
compreensão das novas dimensões constantes na sociedade brasileira. Como em
outros países, a introdução da Sociologia como disciplina curricular é parte do seu
processo de institucionalização, ampliando e conformando a comunidade
científica pelo reconhecimento no meio acadêmico e o apelo a recursos
pedagógicos, que promovem sua aceitação social e difusão do conhecimento em
nível escolar. De algum modo, essa adoção curricular tende a mostrar a ênfase
humanística nos estudos em diferentes níveis e momentos e a perspectiva
transformadora que pode inspirar projetos de sociedade e visões políticas
avançadas.
Tal como defende as Diretrizes Curriculares da disciplina, toda ciência,
como um produto histórico, está em constante processo de construção e se vale
do conhecimento acumulado pelos intelectuais que lançaram as bases teórico-
metodológicas do pensar a realidade com método e arguto espírito de indagação.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
A ciência social que nós pretendemos praticar é uma ciência da realidade. Procuramos compreender a realidade da vida que nos rodeia e na qual nos encontramos situados naquilo que tem de específico: por um lado, as conexões e a significação cultural de suas diversas manifestações na sua configuração atual e, por outro, as causas pelas quais se desenvolveu historicamente assim e não de outro modo (MAX WEBER, 2002)
O objetivo da disciplina é o conhecimento e a explicação da sociedade
através da compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos se
organizam e vivem em grupos e das relações que estabelecem com as
instituições sociais.
Além disso, proporcionar ao educando, a partir de uma leitura crítica da
sociedade contemporânea, a formação básica acerca das origens da sociologia e
das principais linhas de interpretação sociológica. E, desse modo, estabelecer
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 292
relações entre o conhecimento teórico e as práticas sociais; visando desenvolver
sua “perspectiva sociológica”, preparando-o para a indagação, compreensão e
reflexão, como sujeitos de seu aprendizado, e, sobretudo, da processualidade
histórica.
Na sociedade em que está inserido, ele deverá identificar funções
desenvolvidas, por exemplo, pelo Estado, as quais deverá acompanhar e analisar
os seus direitos de cidadão, bem como também saberá exercer os deveres no
seu exercício de cidadania, lidar de maneira construtiva com as diferenças, de tal
forma a atuar em equipe, construir, realizar e avaliar projetos e ação escolar.
Caberá a sociologia desenvolver com seu pensamento a “imaginação
sociológica”, proposta por Wright Mills, fazendo com que os alunos compreendam
que é possível discutir inúmeros elementos da vida em sociedade, a partir desse
instrumental teórico-metodológico, temáticas como exclusão, desemprego,
violência urbana e no campo, segurança, cidadania, consumismo, individualismo,
reforma agrária, educação e saúde precárias etc., quiçá minimizando a apatia que
possa existir e prepará-los para participar ativamente desse contexto no qual está
inserido.
Diante disso, pode-se dizer que a sociologia não deve se restringir a prática
de leituras e explicações teóricas e conceituais, mas sim a construção do saber
social dos indivíduos nas transformações possíveis e necessárias da sociedade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
As Diretrizes Curriculares, ao delinearem o estatuto científico da disciplina,
propõem fundamentar o ensino da Sociologia em Conteúdos Estruturantes,
capazes de estender cobertura explicativa a uma gama de fenômenos sociais
inter-relacionados.
Conteúdos estruturantes são, portanto, instâncias conceituais que remetem
à reconstrução da realidade e às suas implicações lógicas (DCE, 2008). São
estruturantes os conteúdos que identificam grandes campos de estudos, onde as
categorias conceituais básicas da Sociologia, – ação social, relação social,
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 293
estrutura social e outras eleitas como unidades de análise pelos teóricos –
fundamentam a explicação científica. Na afirmação de Marx (1977), as categorias
[ainda que] simples são síntese de múltiplas determinações.
Portanto, são estes os saberes que fundamentam uma disciplina e a
identificam enquanto campo do conhecimento. Como a sociologia se relaciona
com outras ciências sociais como a Antropologia, a Ciência Política, a Economia e
Conteúdos estruturantes são, portanto, instâncias conceituais que remetem à
reconstrução da realidade e às suas implicações lógicas (DCE, 2008). São
estruturantes os conteúdos que identificam grandes campos de estudos, onde as
categorias conceituais básicas da Sociologia, – ação social, relação social,
estrutura social e outras eleitas como unidades de análise pelos teóricos –
fundamentam a explicação científica. Na afirmação de Marx (1977), as categorias
[ainda que] simples são síntese de múltiplas determinações.
Portanto, são estes os saberes que fundamentam uma disciplina e a
identificam enquanto campo do conhecimento. Como a sociologia se relaciona
com outras ciências sociais como a Antropologia, a Ciência Política, a Economia
e,claro, a História, consideramos que os conteúdos estruturantes para o Ensino
Médio devem abarcar os conhecimentos fundamentais dessas áreas.
OS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• O processo de socialização e as instituições sociais;
• Cultura e indústria cultural;
• Trabalho, produção e classes sociais;
• Poder, política e ideologia;
• Direitos, cidadania e movimentos sociais.
CONTEÚDOS BÁSICOSDE CADA CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O processo de socialização e as instituições sociais:
- sociabilidade e isolamento social; - processo de socialização; - grupos sociais;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 294
- instituições sociais: familiar, escolar, religiosa, econômicas e jurídicas;
- instituições de ressocialização.
Cultura e indústria cultural:
� desenvolvimento antropológico do conceito de cultura;
� conceitos como etnocentrismo, estereótipo e preconceito;
� cultura nas diferentes sociedades;
� diversidade cultural e identidade;
� questões de gênero, culturas indígenas e afro-brasileiras;
� meios de comunicação de massa;
� sociedade de consumo;
� indústria cultural.
Trabalho, produção e classes sociais:
� o conceito de trabalho;
� o trabalho nas diferentes sociedades: tribal, escravista, feudal, capitalista, socialista e comunista;
� o processo de trabalho e a desigualdade social;
� desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais etc.;
� globalização e mundialização do capital;
� questões de gênero, culturas indígenas e afro-brasileiras;
� meios de comunicação de massa;
� sociedade de consumo;
� indústria cultural.
Trabalho, produção e classes sociais:
� o conceito de trabalho;
� o trabalho nas diferentes sociedades: tribal, escravista, feudal, capitalista, socialista e comunista;
� o processo de trabalho e a desigualdade social;
� desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais etc.;
� globalização e mundialização do capital;
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 295
� neoliberalismo;
� trabalho no Brasil.
Poder, política e ideologia:
� formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
� Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
� Estado no Brasil;
� conceitos de Estado, poder, ideologia, dominação e legitimidade;
� as expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Direitos, cidadania e movimentos sociais:
� direitos: civis, políticos e sociais;
� direitos humanos;
� conceito de cidadania;
� movimentos sociais: urbanos, rurais, ambientalistas, estudantis etc.
Lembramos que o contexto do surgimento da sociologia e as teorias
sociológicas devem ser trabalhadas inseridas em todos os conteúdos e em todas
as anos, dialogando com as temáticas elencadas. Considera-se relevante no
exercício pedagógico da Sociologia manter no horizonte de análise tanto o
contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos clássicos tradicionais,
quanto teorias sociológicas mais recentes. Os elementos básicos das teorias de
Durkheim, Weber e Marx precisam ser desenvolvidos levando-se em
consideração o recorte temporal no qual se erige a Sociologia. Isso requer
aretomada do histórico da disciplina em cada teoria trabalhada.1
Desafios socioeducacionais que devem ser articulados aos conteúdos, com
respaldo nas seguintes legislações:
- História do Paraná 13381/01
1 O quadro de conteúdos básicos foi sistematizado pela equipe disciplinar do Depto. Educação
Básica (DEB/SEED) a partir das discussões realizadas com todos os professores do Estado do Paraná nos eventos de formação continuada ocorridos ao longo de 2007 e 2008, tais como o DEB Itinerante (Seed, 2008, p.106).
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 296
- Lei Federal nº 9795/99, Dec. 4201/02 - Educação Ambiental;
- Lei Estadual nº 17505/13 – Educação Ambiental;
- Lei Federal nº 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira;
- Lei Federal nº 11.645/08 - História e Cultura Afro-brasileira e Indígena;
- Instrução nº 17/16 SUED/SEED – História e Cultura Afro-brasileira;
- Lei Federal nº 10741/03 - Estatuto do Idoso;
- Lei Estadual nº 17858/13 – Política de proteção ao Idoso;
- Lei Federal nº 11340/06 - Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e
familiar contra a mulher;
- Lei Federal nº 18447/15 - Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas;
- Lei Estadual nº 16.454/10 de 17 de maio de 2010, Resolução nº. 12, de 16 de
janeiro de 2016 - Dia Estadual de Combate a Homofobia;
- Lei Federal 11525/07 - Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o
Adolescente;
- Lei Estadual nº 17335/12 – Programa de Combate ao Bullying;
- Lei Federal nº 11947/09 – Educação alimentar e nutricional.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para o desenvolvimento da disciplina de Sociologia no Ensino Médio, os
conteúdos estruturantes e os conteúdos básicos devem ser tratados de forma
articulada. As Diretrizes Curriculares sugerem que se organizem os conteúdos da
maneira como eles estão apresentados na lista de conteúdos básicos (vide anexo
das Diretrizes Curriculares, p.106-110), ressaltando que esses se desdobram em
conteúdos específicos, próprios da contextualização dos fenômenos estudados.
Para que a proposta curricular de Ciências Humanas e suas Tecnologias
se concretize, torna-se necessário que haja uma ligação entre os objetivos a
serem atingidos e a metodologia necessária para alcançá-las. A metodologia a
ser aplicada deverá ser sempre voltada para facilitar o processo ensino-
aprendizagem.
Trata-se de propiciar ao aluno do Ensino Médio os conhecimentos
sociológicos, de maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 297
em relação às determinações históricas nas quais se situa e, também,
fornecendo-lhe elementos para pensar possíveis mudanças sociais. Pelo
tratamento crítico dos conteúdos da Sociologia clássica e da contemporânea,
professores e alunos são pesquisadores, no sentido de que estarão buscando
fontes seguras para esclarecer questões acerca de desigualdades sociais,
políticas e culturais, podendo alterar qualitativamente sua prática social.
O Livro Didático Público de Sociologia é outro importante suporte teórico e
metodológico desta disciplina e constitui um ponto de partida para professores e
alunos. Assim como qualquer material pedagógico, o livro didático não esgota ou
supre todas as necessidades que o ensino da Sociologia requer no Ensino Médio.
O Livro Didático Público, no Paraná, foi elaborado por professores da rede pública
e é um material aberto a críticas e contribuições de todos queassumem a tarefa
de fazer da Sociologia uma área de estudo e, ao mesmo tempo, acessível à
população que dela mais necessita.
O professor deverá participar do processo como facilitador e para isso a
pesquisa deverá ter papel fundamental, onde o professor lançarámão em alguns
recursos como: pesquisa de campo, bibliografias, roda de debates, dinamize
grupos, quadros comparativos, elaboração de charges, teatros, palestras e
atividades culturais, de modo que o aluno possa aprender e apreender melhor os
conteúdos.
O conhecimento sociológico deverá ir muito além da definição,
classificação, descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da
realidade social. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e
explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, desconstruindo pré-
noções e pré-conceitos que dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual
e de ações políticas direcionadas à transformação social.
Os desafios sócioeducacionais contemporâneos na disciplina expressam
conceitos e valores básicos à democracia e à cidadania e obedecem a questões
importantes e urgentes para a sociedade contemporânea. A ética, o meio
ambiente, a saúde, o trabalho e o consumo, a orientação sexual e a pluralidade
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 298
cultural não são disciplinas autônomas, mas temas que permeiam todas as áreas
do conhecimento.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA
A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se
numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam
afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula.
Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e
articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática
avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como
irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma
maior participação na sociedade.
Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e
ilustrada, a avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de
crescimento da percepção da realidade à volta do aluno e faz do professor, um
pesquisador.
De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando
aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas, e também as que
apresentaram dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado.
Nesses termos, a avaliação formativa deve servir como instrumento das
informações colhidas, tal como propõe a Pedagogia Histórico-Crítica vigente em
nossas Diretrizes. A avaliação também se pretende continuada, processual, por
estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e possibilitar a
constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de
ensino-aprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por
posições teóricas e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais
Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 299
concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos, possibilitando uma
ação transformadora do real.
Das informações colhidas, tal como propõe a Pedagogia Histórico-Crítica
vigente em nossas Diretrizes. A avaliação também se pretende continuada,
processual, por estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e
possibilitar a constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e
aprendizagem.
A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de
ensino-aprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por
posições teóricas e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais
concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos, possibilitando uma
ação transformadora do real.
As formas de avaliação em Sociologia acompanham as próprias práticas
de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates,
que acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de
campo, seja a produção de textos que demonstrem capacidade de articulação
entre teoria e prática, enfim várias podem ser as formas, desde que se pretende
atingir, no sentido da apreensão/compreensão e reflexão dos conteúdos pelo
aluno.
Deverá ser contínua, diagnosticando a sua real aprendizagem, bem como
as suas dificuldades durante todo o percurso e desta forma, o professor
perceberá quando o aluno sentir dificuldades e assim poderá fazer novas
intervenções em cada etapa do processo, utilizando outros métodos, para que o
aluno possa atingir o objetivo primordial da apropriação do conhecimento.
A disciplina de Sociologia seguirá o Projeto Político Pedagógico do colégio
em relação a avaliação, no qual o resultado será traduzido em forma de notas, em
algarismos, compreendido entre 0,0 (zero) a 10,0 (dez) que poderá ser obtido de
forma somatória e/ou média aritmética conforme o Regimento Escolar vigente. Ao
final do ano letivo será calculada a Média aritmética dos 4 (quatro) bimestres,
devendo para a aprovação, ser igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), com
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frequência igual ou superior a 75%, para o Fundamental, Médio e Subsequente.
Após verificar que o aluno não atingiu os objetivos propostos, são realizadas
intervenções pedagógicas para realização da Recuperação Paralela, através de
revisão e retomadas dos conteúdos, metodologias e abordagens diferenciadas,
como: tarefas, pesquisas, exposição de trabalhos, aulas práticas com explicação
do professor, trabalhos em grupo para que um colega possa também auxiliar o
outro que tenha mais dificuldade, prova oral e escrita, valorização do progresso
do aluno.
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