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ENSINO ENSINO ENSINO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO FUNDAMENTAL E MÉDIO FUNDAMENTAL E MÉDIO FUNDAMENTAL E MÉDIO

GOIOERÊ GOIOERÊ GOIOERÊ GOIOERÊ –––– PARANÁPARANÁPARANÁPARANÁ

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SUMÁRIO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL ..............................................................3

ARTE – ENSINO MÉDIO................................................................................ 23

BIOLOGIA........................................................................................................40

CIÊNCIAS........................................................................................................48

EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL .........................................60

EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO ........................................................69

ENSINO RELIGIOSO .....................................................................................77

FILOSOFIA .................................................................................................... 89

FÍSICA ........................................................................................................... 103

GEOGRAFIA – ENSINO FUNDAMENTAL .................................................... 119

GEOGRAFIA – ENSINO MÉDIO ....................................................................131

HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL .........................................................142

HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO ........................................................................156

LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO FUNDAMENTAL ..................................166

LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO ................................................. 197

MATEMÁTICA – ENSINO FUNDAMENTAL ..................................................227

MATEMÁTICA – ENSINO MÉDIO ................................................................. 236

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL ................................... 245

LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS ...........................................262

QUÍMICA ........................................................................................................278

SOCIOLOGIA .................................................................................................286

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ARTE - ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A compreensão do ensino da arte atualmente pode ser aprofundada

partindo dos fatos marcantes na história com metodologias bem diferenciadas. O

povo brasileiro no ano de 1500 tem sua própria linguagem artística indígena, a

música, a dança, as pinturas e tudo mais que os indígenas faziam como parte do

seu dia a dia. Chega ao Brasil os Jesuítas transmitindo conhecimentos

catequizando os índios com artes e ofícios de origem renascentistas durante 250

anos nos Seminários. No século XVIII são Colégios que se fundamentam nos

princípios do iluminismo, a educação na prática é baseada em retórica,

gramática, latim e música. Na década de 1800 chega a Missão francesa com o

estilo neoclássico fundamentado na beleza clássica, é o início dos Colégios

Públicos, no Paraná foi fundado em 1846 o Liceu de Curitiba, hoje, Colégio

Estadual do Paraná. Nestes colégios havia o ensino de Belas Artes e Música com

formação estética e o de artes manuais. Depois a Escola Normal, Escola

Profissional Feminina com cursos de corte e costura, bordados, arranjos de flores.

A arte desloca-se paratécnicas de artes manuais ligadas ao trabalho. A partir de

1930, das escolas públicas surgem os cursos profissionalizantes e o movimento

modernista na escola a expressão do aluno passa ser priorizada, e com o tempo

a Escola Nova tem como fundamento a criatividade, genialidade, individualismo,

espontaneidade, sensitiva e sem conhecimento. Surgem as escolas de artes, os

ateliês, conservatórios e as faculdades.

A partir dos anos 60 os movimentos artísticos se intensificam com Bienais,

Festivais, Teatro de Rua, cinema que deixaram de acontecer devido ao regime

militar e a Educação artística é obrigatória no ensino como artes manuais e a

música para comemorações cívicas. Em 1980a proposta na educação é oferecer

aos educandos acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social

transformadora, assim a arte retoma seu caráter artístico e estético e no Paraná

é elaborado Currículo Básico em 1990. Em 1997 são publicados os Parâmetros

Curriculares Nacionais fundamentado na metodologia triangular. Porém, através

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de mobilizações de universidades, de profissionais da arte a nova LDB/96

mantém a obrigatoriedade do ensino de Arte nas escolas de educação

básica.

Como vimos neste breve histórico, em 500 anos de história, quantas

transformações deixando em cada brasileiro uma maneira diferente de ver a arte

e de como tratar a arte nos estabelecimentos de ensino. O que menos importou

foi a arte indígena e a afro-brasileira.

Mas, aqui estamos, num Colégio que faz parte de um dos países de maior

diversidade do mundo, este é um tema que transpõe os muros do

estabelecimento de ensino, há diversidade social, tecnológica, cultural, religiosa,

valores éticos. Por isso na disciplina de Artes temos vários objetivos:

∙ Compreender a teoria estética como uma referência para o pensar a arte,

articulando saberes cognitivos, sensíveis e sócio-históricos.

∙ Associar a arte e cultura.

∙ Ampliar o repertório cultural do aluno, aproximando-o do universo cultural

da humanidade.

∙ Identificar e valorizar a arte – cultura regional e local.

∙ Conscientizar sobre a necessidade humana da expressão e comunicação

através da arte.

∙ Instrumentalizar para a interpretação do espectador na obra artística (

como um texto aberto), permitindo a elaboração de conclusões para interagir com

o mundo as informações obtidas.

∙ Abordar a arte como linguagem, interpretando e organizando signos

verbais e não verbais.

∙ Diferenciar a arte como necessidade e sensibilidade humana, da arte

profissional, conceitual que modifica-se conforme a história.

∙ Utilizar as diversas linguagens artísticas.

∙ Alfabetizar os códigos das linguagens artísticas.

∙ Refletir sobre a influência da arte no comportamento humano e da

sociedade.

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∙ Analisar na mídia, a arte puramente comercial da arte conhecimento,

cultura.

∙ Sensibilizar para a cultura da paz, da solidariedade, das ações ecológicas,

a cultura afro, a cultura indígena, os direitos e deveres e principalmente a

valorização da vida.

A arte é uma constante na vida e por ser tão natural, tão necessária, muitas

vezes não percebemos. A frase VEJO O QUE CONHEÇO afirma que

percebemos o que conhecemos e atingindo os objetivos acima citados, o

conhecimento dos signos das linguagens artísticas proporcionará a percepção de

presentes maravilhosos que nos cercam, como os registros feitos artisticamente

nos permitem entender as verdades dos vários períodos históricos, como a mídia

influencia nossos comportamentos através da exploração do som , das cores, das

expressões e o mais importante, a arte através do processo de criação

interagindo entre o interior e exterior humano, aguçando o senso crítico,

proporcionando visões diferentes sobre um assunto, transformando nossa

sociedade através das ações artísticas ou não artísticas.

Toda linguagem artística possui uma organização de signos que propiciam

comunicação e interação, concretizadas através de suas manifestações sonoras,

visuais, movimentos corporais e cênicos que são percebidos pelos sentidos

humanos. O uso dos signos, dos códigos, se diferenciam conforme a instância

intelectual, política, econômica, e interagem conforme a cultura. O sujeito influi e

é influenciado pelo pensar, fazer e fruir arte. Assim a arte e a ciência, a razão e a

emoção, a objetividade e subjetividade caminham juntas.

Sendo alfabetizadora, a arte amplia o olhar de leitura de mundo permitindo

outros pontos de vista, provocando o sujeito para o novo, e não somente para a

reprodução de padrões pré estabelecidos em seu meio social, e sim, um novo

agente cultural. Com aquisição do conhecimento da arte nosso mundo será

observado com mais intensidade.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O conteúdo contempla os elementos básicos de cada LINGUAGEM

ARTÍSTICA: ARTES VISUAIS, DANÇA, MÚSICA E TEATRO.

Os conteúdos estruturantes para o ensino fundamental são:

• Elementos formais;

• Composição;

• movimentos e períodos.

ELEMENTOS FORMAIS

No conteúdo estruturante elementos formais, o sentido da palavra formal

está relacionado à forma propriamente dita, ou seja, aos recursos empregados

numa obra. São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na

natureza; são matéria-prima para a produção artística e o conhecimento em arte.

Esses elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são

diferentes em cada uma delas. Eis alguns exemplos: o timbre em Música, a cor

em Artes Visuais, a personagem em Teatro ou o movimento corporal em Dança.

No processo pedagógico, o professor de Arte deve aprofundar o

conhecimento dos elementos formais da sua área de habilitação e estabelecer

articulação com as outras áreas por intermédio dos conteúdos estruturantes.

COMPOSIÇÃO

Composição é o processo de organização e desdobramento dos elementos

formais que constituem uma produção artística. Num processo de composição na

área de artes visuais, os elementos formais – linha, superfície, volume, luz e cor –

“não têm significados pré-estabelecidos, nada representam, nada descrevem,

nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nada – nada, antes de

entrarem num contexto formal” (OSTROWER 1983, p. 65). Ao participar de uma

composição, cada elemento visual configura o espaço de modo diferente e, ao

caracterizá-lo, os elementos também se caracterizam. Na área de música, todo

som tem sua duração, a depender do tempo de repercussão da fonte sonora que

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o originou. É pela manipulação das durações, mediada pelo conhecimento, que

esse som passa a constituir um ritmo ou uma composição.

Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos de

composição de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas

visuais, teatrais, musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e estilos.

MOVIMENTOS E PERÍODOS

O conteúdo estruturante movimentos e períodos se caracteriza pelo

contexto histórico relacionado ao conhecimento em Arte. Este conteúdo revela

aspectos sociais, culturais e econômicos presentes numa composição artística e

explicita as relações internas ou externas de um movimento artístico em suas

especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas. Para facilitar a

aprendizagem do aluno e para que tenha uma ampla compreensão do

conhecimento em arte, esse conteúdo estruturante deve estar presente em vários

momentos do ensino. Sempre que possível, o professor deve mostrar as relações

que cada movimento e período de uma determinada área da arte estabelece com

as outras áreas e como apresentam características em comum, coincidindo ou

não com o mesmo período histórico.

Caso o trabalho se inicie pelo conteúdo estruturante movimentos e

períodos em música, pode-se, por exemplo, enfatizar o período contemporâneo e

o movimento Hip-Hop, com a pesquisa de sua origem, que teve raízes no rap, no

grafiti e no break, articulando-os, assim, às áreas de música, de artes visuais e de

dança, respectivamente. A seguir, apresenta-se um esquema gráfico que detalha

como os conteúdos estruturantes se articulam entre si.

Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são

interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses

conteúdos deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais,

organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte,

constituirão para composição que se materializa como obra de arte nos diferentes

movimentos e períodos. A opção pelos elementos formais e de composição

trabalhados pelos artistas determinam os estilos e gêneros dos movimentos

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artísticos nos diferentes períodos históricos. Da mesma forma, a visão de mundo,

característica dos movimentos e períodos, também determina os modos de

composição e de seleção dos elementos formais que serão privilegiados.

Concomitantemente, tempo e espaço não somente estão no interior dos

conteúdos, como são também, elementos articuladores entre eles.

A explicitação dos conteúdos de Arte é uma preocupação e uma

necessidade para o melhor entendimento de como os conteúdos estruturantes

podem ser organizados no encaminhamento metodológico. Por isso, no quadro a

seguir se explicita um recorte dos conteúdos da disciplina a partir de seus

conteúdos estruturantes em cada área de Arte.

ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO- ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Escalas: diatônica pentatônica cromática Improvisação

Greco-Romana Oriental Ocidental Africana

Neste ano, o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nos anos seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais. Teoria da música. Produção e execução de instrumentos rítmicos. Prática coral e cânone rítmico e melódico.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.

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7º ANO - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico. Técnicas: vocal, instrumental e mista Improvisação

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

Neste ano é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais. Teorias da música. Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da paisagem sonora.

Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.

8º ANO - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista

Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno

Neste ano o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. (Cinema, Vídeo, TV e Computador) Teorias sobre música e indústria cultural. Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos

Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

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e recursos tecnológicos.

9ºANO - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, instrumental e mista Gêneros: popular, folclórico e étnico.

Música Engajada Música Popular Brasileira. Música Contemporânea

Neste ano, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer música e sua função social. Teorias da Música. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na Música Engajada.

Compreensão da música como fator de transformação social. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

6º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor

Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia...

Arte Greco- Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica

Neste ano o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nos anos seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.

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Luz

composição e movimentos e períodos das artes visuais. Teoria das Artes Visuais. Produção de trabalhos de artes visuais.

7º ANO- ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz

Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...

Arte Indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco

Neste ano é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos. Teoria das ArtesVisuais. Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.

Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.

8º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Linha Forma

Semelhanças Contrastes

Indústria Cultural Arte no Séc. XX

Neste ano o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade

Compreensão das artes visuais em diversos no Cinema e nas mídias, sua

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Textura Superfície Volume Cor Luz

Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...

Arte Contemporânea

contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias. Teoria das artes visuais e mídias. Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

9º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...

Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-Americana Hip Hop

Neste ano, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social. Teorias das Artes Visuais. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição como fator de transformação social.

Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

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6º ANO - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais. Ação Espaço

Enredo, roteiro. Espaço Cênico, Adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.

Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento

Neste ano o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nos anos seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos deComposição teatral.

7º ANO - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua e arena, Caracterização.

Comédia dell’ arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano

Neste ano é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.

Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais, presentes no cotidiano. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA

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8º ANO- ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...

Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo

Neste ano o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias. Teorias da representação no teatro e mídias. Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

9º ANO - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM

PEDAGÓGICA ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação

Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas

Neste ano, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. Teorias do teatro. Criação de trabalhos com os modos de

Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social. Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

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Figurino organização e composição teatral como fator de transformação social.

6ºANO - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Movimento Corporal Tempo Espaço

Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular

Pré-história Greco-Romana Renascimento Dança Clássica

Neste ano o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas ANOs seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança. Teorias da dança. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.

7º ANO - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Movimento Corporal Tempo

Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve e pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido)

Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena

Neste ano é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde

Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da

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Espaço

Lento, rápido e moderado Niveis (alto, médio e baixo) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica

é elaborada e executada. Teorias da dança. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.

dança.

8º ANO- ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM

PEDAGÓGICA ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Movimento Corporal Tempo Espaço

Giro Rolamento Saltos Aceleração e desaceleração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo

Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna

Neste ano o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias. Teorias da dança de palco e em diferentes mídias. Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, Musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

9º ANO - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO Movimento Corporal

Kinesfera Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros

Vanguardas Dança moderna Dança

Neste ano, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de

Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. Produção de

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Tempo Espaço

Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e moderna

Contemporânea fazer dança e sua função social. Teorias da dança. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança como fator de transformação social.

trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos

estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o

Conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os

momentos da prática pedagógica, em todos os anos da Educação Básica.

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão

ministradas como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como

espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do

ensino da arte três momentos da organização pedagógica:

• Teorizar – fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e

aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para

formar conceitos artísticos.

•Teorizar é a parte do trabalho metodológico que privilegia a cognição, em

que a racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente

produzido sobre arte.

• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos

que compõe uma obra de arte. A racionalidade opera para apreender o

conhecimento historicamente produzido sobre arte.

• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à

obra de arte. No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras

de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as

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diversas formas de produção artística. Trata-se de envolvernatureza A prática

artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada, é o exercício da

imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para

desenvolver essa prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida

somente de forma abstrata. De fato, o processo de produção do aluno acontece

quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza

seus sentidos.

Artes Visuais

Sugere-se para a prática pedagógica, que o professor aborde, além da

produção pictórica de conhecimento universale artistas consagrados, também

formas e imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades

contemporâneas . O cinema, televisão, videoclipe e outros são formas

artísticas, constituídas pelas quatro áreas de Arte, onde a imagem tem uma

referência fundamental, compostas por imagens bidimensionais e

tridimensionais. Por isso, sugere-se que a prática pedagógica parta da

análise e produção de trabalhos artísticos relacionados a conteúdos de

composição em Artes Visuais, tais como:

• imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia,

propaganda visual;

• imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções

arquitetônicas;

Dança

Para o ensino da Dança na escola, é fundamental buscar no

encaminhamento das aulas a relação dos conteúdos próprios da dança com os

elementos culturais que a compõem. É necessário rever as abordagens presentes

e modificara ideia de que a Dança aparece somente como meio ou recurso

“para relaxar’, ‘para soltar as emoções’, ‘para expressar-se espontaneamente’,

‘para trabalhar a coordenação motora’ ou até ‘para acalmar os alunos” (MARQUES,

2005, p. 23).

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Música

Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma

grande oferta musical que tanto compõe suas preferências relacionadas à

herança cultural, quanto interfere na formação de comportamento e gostos

instigados pelacultura de massa. Por isso, ao trabalhar uma determinada música,

é importante contextualizá-la, apresentar suas características específicas e

mostrar que as influências de regiões e povos misturam-se em diversas

composições musicais.

Teatro

Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na

educação, destacam-se a: criatividade, socialização, memorização e a

coordenação, sendo o encaminhamento metodológico, proposto pelo professor, o

momento para que o aluno os exercite. Com o teatro, o educando tem a

oportunidade de se colocar no lugar de outros, experimentando o mundo sem

correr risco.

AVALIAÇÃO

A avaliação em arte é diagnóstica e processual, contínua e cumulativa

observando o processo de aprendizagem, os avanços e as dificuldades

individuais e em grupo, as soluções de problemas, o relacionamento em grupo, a

auto-avaliação.

É um instrumento de reflexão para professor, aluno e comunidade escolar.

Tem como base o desempenho do aluno em diferentes experiências de

aprendizagem. Há também a possibilidade de avaliação em atividades ou projetos

extraclasse, desenvolvidas na comunidade ou no convívio social do aluno desde

que tenham mensuração e data previstos anteriormente.

As avaliações podem ser individuais, em grupo, em equipe com atividades

diferenciadas objetivas ou subjetivas. Com mensurações e critérios previstos,

algumas atividades podem ser avaliadas com a participação dos alunos da sala,

tornando-se uma retomada de conteúdos e deixando claro o porquê de sua nota.

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Sugestão de instrumentos de verificação:

-trabalhos individuais e em grupo;

-pesquisas bibliográficas e de campo;

-debates em forma de seminários e simpósios;

-provas teóricas e práticas.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário

para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo.

A avaliação em Arte busca superar o papel de mero instrumento de

medição da apreensão dos conteúdos e busca propiciar aprendizagens

socialmente significativas para o aluno. Almeja-se formar cidadãos críticos

responsáveis, participativos, ativos e criativos.

Havendo necessidade, em qualquer momento do período letivo, são

realizadas intervenções pedagógicas com retomada de conteúdos para a

realização da recuperação dos estudos.

O resultado da avaliação é traduzido em forma de notas, em algarismos,

compreendido entre 0,0 (zero) a 10,0 (dez) que pode ser obtido de forma

somatória ou média aritmética, registrado na caderneta de forma clara e sem

rasuras para o entendimento da equipe pedagógica.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

Havendo necessidade, em qualquer momento do período letivo, são

realizadas intervenções pedagógicas com retomada de conteúdos para a

realização da recuperação de estudos.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

A recuperação dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo

ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades significativas, por meio

de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0 (zero) a 10,0 (dez).

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DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS QUE DEVEM SER ARTICULADOS AOS CONTEÚDOS, COM RESPALDO NAS SEGUINTES LEGISLAÇÕES: Lei Federal n° 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira Lei Federal n° 11.645/08 - História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena Lei Federal n° 11769/08 - Obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica Lei Federal n° 13.381/01 - História do Paraná Lei Federal n° 17505/13 - Educação ambiental

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DELTA UNIVERSAL. Rio de janeiro. Delta, S>A>, 1987. V. 13.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPEG,1992.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Arte e Artes Para a Educação Básica. Curitiba, 2006.

IESDE BRASIL S.A. Artes. – Curitiba. IESDE, 2003

JANSON, H. W. História da Arte. 5ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

MIRADOR, São Paulo. Companhia melhoramentos, 1991. V. 4.

OS GRANDES ARTÍSTAS MODERNOS, Kandinsky, Munch e Klint. São Paulo. Nova Cultural Ltda., 1984.

PEDRO, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1977.

PENTEADO NETO, Onofre. Desenho Estrutural. São Paulo. Perspectiva, 1981.

READ, Herbert. Dicionário da Arte e dos Artistas. Lexis: edições 70, 1989.

REZENDE, Neide. A Semana da Arte Moderna. São paulo. Ática, 1993.

TAVARES,Isis Moura. Educação, Corpo e Mente. Curitiba: IESDE, 2004

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ARTE – ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A compreensão do ensino da arte atualmente pode ser aprofundada

partindo dos fatos marcantes na história com metodologias bem diferenciadas. O

povo brasileiro no ano de 1500 tem sua própria linguagem artística indígena, a

música, a dança, as pinturas e tudo mais que os indígenas faziam como parte do

seu dia a dia. Chegam Brasil os Jesuítas transmitindo conhecimentos

catequizando os índios com artes e ofícios de origem renascentistas durante 250

anos nos Seminários. No século XVIII são Colégios que fundamentam-se nos

princípios do iluminismo, a educação na prática é baseada em retórica, gramática,

latim e música. Na década de 1800 chega a Missão francesa com o estilo

neoclássico fundamentado na beleza clássica, é o início dos Colégios Públicos,

no Paraná foi fundado em 1846 o Liceu de Curitiba, hoje , Colégio Estadual do

Paraná. Nestes colégios havia o ensino de Belas Artes e Música com formação

estética e o de artes manuais. Depois a Escola Normal, Escola Profissional

Feminina com cursos de corte e costura, bordados, arranjos de flores. A arte

desloca-se paratécnicas de artes manuais ligadas ao trabalho. A partir de 1930,

das escolas públicas surgem os cursos profissionalizantes e o movimento

modernista na escola a expressão do aluno passa ser priorizada, e com o tempo

a Escola Nova tem como fundamento a criatividade, genialidade, individualismo,

espontaneidade, sensitiva e sem conhecimento. Surgem as escolas de artes, os

ateliês, conservatórios e as faculdades.

A partir dos anos 60 os movimentos artísticos se intensificam com Bienais,

Festivais, Teatro de Rua, cinema que deixaram de acontecer devido ao regime

militar e a Educação artística é obrigatória no ensino como artes manuais e a

música para comemorações cívicas. Em 1980a proposta na educação é oferecer

aos educandos acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social

transformadora, assim a arte retoma seu caráter artístico e estético e no Paraná

é elaborado Currículo Básico em 1990. Em 1997 são publicados os Parâmetros

Curriculares Nacionais fundamentado na metodologia triangular. Porém através

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de mobilizações de universidades, de profissionais da arte a nova LDB/96

mantém a obrigatoriedade do ensino de Arte nas escolas de educação básica.

Como vimos neste breve histórico, em 500 anos de história, quantas

transformações deixando em cada brasileiro uma maneira diferente de ver a arte

e de como tratar a arte nos estabelecimentos de ensino. O que menos importou

foi a arte indígena e a afro-brasileira.

Mas, aqui estamos, num Colégio que faz parte de um dos países de maior

diversidade do mundo, este é um tema que transpõe os muros do

estabelecimento de ensino, há diversidade social, tecnológica, cultural, religiosa,

valores éticos. Por isso na disciplina de Artes temos vários objetivos:

• Compreender a teoria estética como uma referência para o pensar a arte,

articulando saberes cognitivos, sensíveis e sócio-históricos.

• Associar a arte e cultura.

• Ampliar o repertório cultural do aluno, aproximando-o do universo cultural da

humanidade.

• Identificar e valorizar a arte – cultura regional e local.

• Conscientizar sobre a necessidade humana da expressão e comunicação

através da arte.

• Instrumentalizar para a interpretação do espectador na obra artística ( como um

texto aberto), permitindo a elaboração de conclusões para interagir com o mundo

as informações obtidas.

• Abordar a arte como linguagem, interpretando e organizando signos verbais e

não verbais.

• Diferenciar a arte como necessidade e sensibilidade humana, da arte

profissional, conceitual que modifica-se conforme a história.

• Utilizar as diversas linguagens artísticas.

• Alfabetizar os códigos das linguagens artísticas.

• Refletir sobre a influência da arte no comportamento humano e da sociedade.

• Analisar na mídia, a arte puramente comercial da arte conhecimento, cultura.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 25

• Sensibilizar para a cultura da paz, da solidariedade, das ações ecológicas, da

cultura afro, da cultura indígena, os direitos e deveres e principalmente a

valorização da vida.

FUNDAMENTOSTEÓRICO METODOLÓGICOS

A arte é uma constante na vida e por ser tão natural, tão necessária, muitas

vezes não percebemos. A frase VEJO O QUE CONHEÇO afirma que

percebemos o que conhecemos e atingindo os objetivos acima citados, o

conhecimento dos signos das linguagens artísticas proporcionará a percepção de

presentes maravilhosos que nos cercam, como os registros feitos artisticamente

nos permitem entender as verdades dos vários períodos históricos, como a mídia

influencia nossos comportamentos através da exploração do som , das cores, das

expressões e o mais importante, a arte através do processo de criação

interagindo entre o interior e exterior humano, aguçando o senso crítico,

proporcionando visões diferentes sobre um assunto, transformando nossa

sociedade através das ações artísticas ou não artísticas.

Toda linguagem artística possui uma organização de signos que propiciam

comunicação e interação, concretizadas através de suas manifestações sonoras,

visuais, movimentos corporais e cênicos que são percebidos pelos sentidos

humanos. O uso dos signos, dos códigos, se diferenciam conforme a instância

intelectual, política, econômica, e interagem conforme a cultura. O sujeito influi e é

influenciado pelo pensar, fazer e fruir arte. Assim a arte e a ciência, a razão e a

emoção, a objetividade e subjetividade caminham juntas.

Sendo alfabetizadora, a arte amplia o olhar de leitura de mundo permitindo

outros pontos de vista, provocando o sujeito para o novo, e não somente para a

reprodução de padrões pré estabelecidos em seu meio social, e sim, um novo

agente cultural. Com aquisição do conhecimento da arte nosso mundo será

observado com mais intensidade.

Estas concepções de arte se fazem presentes no cotidiano da escola e

cabe ao professor refletir e reorganizar a sua prática pedagógica a partir de uma

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reflexão crítica sobre elas no processo educativo dos alunos. Definir a arte e

entendê-la pressupõe abordar campos conceituais que historicamente foram

construídos sobre ela: conhecimento estético relacionado à apreensão do objeto

artístico como criação de cunho sensível e cognitivo e o conhecimento da

produção artística relacionado aos processos do fazer artístico e da criação como

forma de organização e estruturação do trabalho artístico.

O ensino de Arte na Educação Básica tem como foco a relação entre arte

e sociedade e fundamenta-se nas concepções próprias do campo das teorias

críticas que envolvem: arte como ideologia, arte como forma de conhecimento e

arte como trabalho criador. Vázquez (1978) aponta que estas três interpretações

são fundamentais para o entendimento da arte no convívio social.

A arte como ideologia nos faz refletir que a arte é produto de um conjunto

de ideias, crenças e doutrinas, próprias de uma sociedade, de uma época ou de

uma classe. A arte não é só ideologia, porém, a ideologia está presente nas

produções artísticas. A arte como forma de conhecimento mostra que a arte

é organizada e estruturada por um conhecimento próprio, por um conteúdo

formal, que ao mesmo tempo possui um conteúdo social e que tem como objeto o

ser humano em suas múltiplas dimensões. Por fim, a arte como trabalho criador

considera que ao criar o ser humano recria-se, constituindo-se como um ser

humano criador, sensível, consciente, capaz de compreender e transformar a

realidade. O trabalho artístico além de representar uma dada realidade constitui-

se, em si mesmo, numa nova realidade social concreta.

Estas concepções de arte são fundamentais para o desenvolvimento do

ensino desta disciplina na escola, no entanto deve-se ter uma coerência entre os

fundamentos teóricos - metodológicos, os conteúdos, os objetivos, a metodologia

e a avaliação para uma aprendizagem efetiva. Na Educação Básica, a disciplina

de Arte busca propiciar aos alunos um conhecimento sistematizado e, para isso, é

necessário conhecer os elementos que constituem essa disciplina, denominados

nas Diretrizes Curriculares Estaduais de Conteúdos Estruturantes. Estes

conteúdos (elementos formais, composição, movimentos e períodos) são os

fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de Arte: Artes Visuais,

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Música, Teatro e Dança, e possibilitam um trabalho pedagógico com foco na

totalidade do conhecimento.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O conteúdo contempla os elementos básicos de cada LINGUAGEM

ARTÍSTICA: ARTESVISUAIS, DANÇA, MÚSICA E TEATRO.

Os conteúdos estruturantes para o ensino médio são:

• elementos formais;

• composição

• movimentos e períodos

ELEMENTOS FORMAIS

No conteúdo estruturante elementos formais, o sentido da palavra formal

está relacionado à forma propriamente dita, ou seja, aos recursos empregados

numa obra. São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na

natureza; são matéria-prima para a produção artística e o conhecimento em arte.

Esses elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são

diferentes em cada uma delas. Eis alguns exemplos: o timbre em Música, a cor

em Artes Visuais, a personagem em Teatro ou o movimento corporal em Dança.

No processo pedagógico, o professor de Arte deve aprofundar o

conhecimento dos elementos formais da sua área de habilitação e estabelecer

articulação com as outras áreas por intermédio dos conteúdos estruturantes.

COMPOSIÇÃO

Composição é o processo de organização e desdobramento dos elementos

formais que constituem uma produção artística. Num processo de composição na

área de artes visuais, os elementos formais – linha, superfície, volume, luz e cor –

“não têm significados pré-estabelecidos, nada representam, nada descrevem,

nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nada – nada, antes de

entrarem num contexto formal” (OSTROWER 1983, p. 65). Ao participar de uma

composição, cada elemento visual configura o espaço de modo diferente e, ao

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caracterizá-lo, os elementos também se caracterizam. Na área de música, todo

som tem sua duração, a depender do tempo de repercussão da fonte sonora que

o originou. É pela manipulação das durações, mediada pelo conhecimento, que

esse som passa a constituir um ritmo ou uma composição.

Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos

de composição de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas

visuais, teatrais, musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e estilos.

MOVIMENTOS E PERÍODOS

O conteúdo estruturante movimentos e períodos se caracteriza pelo

contexto histórico relacionado ao conhecimento em Arte. Este conteúdo revela

aspectos sociais, culturais e econômicos presentes numa composição artística e

explicita as relações internas ou externas de um movimento artístico em suas

especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas. Para facilitar a

aprendizagem do aluno e para que tenha uma ampla compreensão do

conhecimento em arte, esse conteúdo estruturante deve estar presente em vários

momentos do ensino. Sempre que possível, o professor deve mostrar as relações

que cada movimento e período de uma determinada área da arte estabelece com

as outras áreas e como apresentam características em comum, coincidindo ou

não com o mesmo período histórico.

Caso o trabalho se inicie pelo conteúdo estruturante movimentos e

períodos em música, pode-se, por exemplo, enfatizar o período contemporâneo e

o movimento Hip-Hop, com a pesquisa de sua origem, que teve raízes no rap, no

grafiti e no break, articulando-os, assim, às áreas de música, de artes visuais e de

dança, respectivamente. A seguir, apresenta-se um esquema gráfico que detalha

como os conteúdos estruturantes se articulam entre si.

Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são

interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses

conteúdos deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais,

organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte,

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 29

constituirão a composição que se materializa como obra de arte nos diferentes

movimentos e períodos.

Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são

interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses

conteúdos deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais,

organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte,

constituirão a composição que se materializa como obra de arte nos diferentes

movimentos e períodos. A opção pelos elementos formais e de composição

trabalhados pelos artistas determinam os estilos e gêneros dos movimentos

artísticos nos diferentes períodos históricos. Da mesma forma, a visão de mundo,

característica dos movimentos e períodos, também determina os modos de

composição e de seleção dos elementos formais que serão privilegiados.

Concomitantemente, tempo e espaço não somente estão no interior dos

conteúdos, como são também, elementos articuladores entre eles.

A explicitação dos conteúdos de Arte é uma preocupação e uma

necessidade para o melhor entendimento de como os conteúdos

estruturantes podem ser organizados no encaminhamento metodológico.

Por isso, no quadro a seguir se explicita um recorte dos conteúdos da

disciplina a partir de seus conteúdos estruturantes em cada área de Arte.

CONTEÚDOS POR ANO

Os Conteúdos Básicos a serem trabalhados no Ensino Médio estão

apresentados nas Diretrizes Curriculares Estaduais para a disciplina de Arte,

entretanto, naquele documento esses conteúdos não estão separados por ano,

pois, as matrizes na organização curricular anual são muito diversas e essa

disciplina não está presente, necessariamente, nos três anos em todas as escolas

da rede. Entretanto, nas escolas que aderiram ao Ensino Médio por blocos a

disciplina de Arte está presente nos três anos, por isso, sugerimos uma divisão de

conteúdos conforme a tabela abaixo.

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1º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA

Elementos Formais

Composição Movimentos e Períodos

Intensidade Altura Duração Timbre Densidade

Ritmo Melodia Escalas: diatônica, pentatônica, cromática... Gêneros: popular, folclórico, clássico... Técnicas: vocal, instrumental, mista

Música Ocidental Música Oriental Música Popular Música popular Brasileira

2º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA

Elementos Formais

Composição Movimentos e Períodos

Intensidade Altura Duração Timbre Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Escrita Musical Gêneros: clássico, popular, étnico Técnicas: vocal, instrumental, mista

Música Ocidental e Oriental Música Popular e Étnica Indústria Cultural Música Contemporânea Hip Hop

3º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA

Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos Intensidade Altura Duração Timbre Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Modos: tonal, modal, atonal Técnicas: vocal, instrumental, mista, improvisação

Música Engajada Música Minimalista Rap, Funk, Tecno Música Experimental

1º ANO ENSINO MÉDIO – ARTES VISUAIS

Elementos formais Composição Movimentos e períodos Linha Forma Superfície Volume Luz Cor

Bidimensional Tridimensional Figurativo Abstrato Perspectiva Técnica: pintura, desenho,gravura, escultura,histórias em quadrinhos... Gênero: paisagem, cenas do cotidiano, cenas histórias ...

Arte Pré-Histórica Arte Pré-Colombiana Arte Pré-Cabralina Arte Latino Americana Renascimento Muralismo Hip Hop

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2º ANOENSINO MÉDIO – ARTES VISUAIS

Elementos formais Composição Movimentos e períodos Linha Forma Superfície Volume Luz Cor

Bidimensional Tridimensional Figurativo Abstrato Perspectiva Técnica: pintura, grafitti desenho, gravura, colagem, modelagem, Gênero: paisagem, cenas do cotidiano, cenas históricas

Arte Popular Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Indígena Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Indústria Cultural

3º ANO ENSINO MÉDIO – ARTES VISUAIS

Elementos formais

Composição Movimentos e períodos

Linha Forma Superfície Volume Luz Cor

Bidimensional Tridimensional Figurativo Abstrato Perspectiva Técnica: pintura, escultura, vídeo, fotografia, arquitetura, instalação móbiles... Gênero: paisagem, cenas do cotidiano, religiosa, histórica..paisagem urbana,

Arte Ocidental Arte Oriental Vanguardas Artísticas Arte Contemporânea Indústria Cultural

1º ANO DO ENSINOMÉDIO - DANÇA

Elementos corporais

Composição Movimentos e Períodos

Movimento Corporal Tempo Espaço

Kinesfera Movimentos articulares Ponto de apoio Rolamento lento, médio e rápido Níveis Deslocamento Direções Planos Coreografia gêneros: étnica e popular

Pré-história Greco-Romana Medieval Dança popular Dança brasileira Dança africana Dança indígena

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2º ANODO ENSINO MÉDIO - DANÇA

Elementos Corporais

Composição Movimentos e Períodos

Movimento Corporal Tempo Espaço

Peso Salto e queda Lento, médio e rápido Aceleração e desaceleração Descolamento Improvisação Coreografia Gênero: espetáculo, folclórico e salão

Dança brasileira Dança paranaense Indústria cultural Hip Hop

3º ANO DO ENSINO MÉDIO – DANÇA

Elementos Corporais

Composição Movimentos

Movimento Corporal Tempo Espaço

Fluxo Eixo Giro Lento, médio, rápido Aceleração e desaceleração Deslocamento Improvisação Coreografia Gênero: indústria cultural e salão

Dança Clássica Dança moderna Dança contemporânea Indústria cultural Vanguardas

1º ANO DO ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO

Elementos formais

Composição Movimentos e Períodos

Personagem: expressões: corporais, vocais, gestuais e faciais Ação espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica e pantomima... Sonoplastia

Teatro Greco-Romano Teatro Essencial Teatro Popular Commédia Dell’arte

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2º ANO DO ENSINO MÉDIO – ÁREATEATRO

Elementos formais

Composição Movimentos e Períodos

Personagem: expressões: corporais, vocais,gestuais e faciais Ação espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, ensaio... Gêneros: dramas e épico, popular... Sonoplastia Cenografia e iluminação Figurino

Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro renascentista Teatro Latino Americano

3º ANO DO ENSINO MÉDIO – ÁREATEATRO

Elementos formais

Composição Movimentos e Períodos

Personagem: expressões: corporais, vocais,gestuais e faciais Ação espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, ensaio, Teatro-Fórum Gêneros: tragédia e comédia drama e circo... Trilha sonora e sonoplastia

Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro do Oprimido Teatro Pobre Indústria Cultural

ENCAMINHAMENTOSMETODOLÓGICOS

Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos

conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o

conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os

momentos da prática pedagógica, em todas os anos da Educação Básica.

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão

ministradas, como, porque e o que será trabalhado, tomando-se a escola

como espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na

metodologia do ensino da arte, três momentos da organização pedagógica:

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• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a

obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos

artísticos.

Teorizar é a parte do trabalho metodológico que privilegia a cognição, em

que a racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente

produzido sobre arte.

• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos

que compõe uma obra de arte. a racionalidade opera para apreender o

conhecimento historicamente produzido sobre arte.

• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à

obra de arte. No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras

de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as

diversas formas de produção artística. Trata-se de envolver natureza A prática

artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada, é o exercício da

imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para

desenvolver essa prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida

somente de forma abstrata. De fato, o processo de produção do aluno acontece

quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza

seus sentidos.

SUGESTÕES DE ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Artes Visuais

Sugere-se para a prática pedagógica, que o professor aborde, além da

produção pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também

formas e imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades

contemporâneas. O cinema, televisão, vídeo clipe e outros são formas artísticas,

constituídas pelas quatro áreas de Arte, onde a imagem tem uma referência

fundamental, compostas por imagens bidimensionais e tridimensionais. Por isso,

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sugere-se que a prática pedagógica parta da análise e produção de trabalhos

artísticos relacionados a conteúdos de composição em Artes Visuais, tais como:

• imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia,

propaganda visual;

• imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções

arquitetônicas;

Dança

Para o ensino da Dança na escola, é fundamental buscar no

encaminhamento das aulas a relação dos conteúdos próprios da dança com os

elementos culturais que a compõem. É necessário rever as abordagens presentes

e modificara ideia de que a Dança aparece somente como meio ou recurso

“para relaxar’, ‘para soltar as emoções’, ‘para expressar-se espontaneamente’,

‘para trabalhar a coordenação motora’ ou até ‘para acalmar os alunos”

(MARQUES, 2005, p. 23).

Música

Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma grande

oferta musical que tanto compõe suas preferências relacionadas à herança

cultural, quanto interfere na formação de comportamento e gostos instigados pela

cultura de massa. Por isso, ao trabalhar uma determinada música, é importante

contextualizá-la, apresentar suas características específicas e mostrar que as

influências de regiões e povos misturam-se em diversas composições musicais.

Teatro

Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na

educação, destacam-se a: criatividade, socialização, memorização e a

coordenação, sendo o encaminhamento metodológico, proposto pelo professor,

o momento para que o aluno os exercite. Com o teatro, o educando tem a

oportunidade de se colocar no lugar de outros, experimentando o mundo sem

correr risco.

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ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS - ENSINO MÉDIO

A disciplina de Arte, composta por quatro áreas – Música, Teatro, Dança e

Artes Visuais – é de suma importância na formação do aluno do Ensino Médio,

pois seu ensino possibilita expandir seus sentidos, sua capacidade de criação,

percepção e apreciação, desenvolver o pensamento crítico e aprimorar a

interpretação do mundo com vistas à sua transformação e a de si mesmo.

Segundo Peixoto (2003) “Por meio da arte o homem pode aprender a

realidade, não só para suportá-la, mas, principalmente, para transformá-la, ou

seja, para humanizá-la e, dialeticamente humanizar-se.”

Desde os primórdios o ser humano transformou o mundo, construiu a

história, a sociedade e a si próprio por meio do processo do trabalho,

transformando a natureza e os objetos naturais em ferramentas, acelerando o

processo de transformação do natural em humano. Tornou-se capaz de abstrair,

simbolizar e criar arte.

É importante o aluno compreender que a Arte está presente em todas as

sociedades, e que o ser humano produz maneiras de ver e sentir, diferentes em

cada tempo histórico, pois ele é fruto do contexto histórico em que nasceu, o qual

irá determinar o processo de criação e sua produção artística. “Estas formas

artísticas - como expressão concreta de visões de mundo – são determinadas,

mas também determinam o contexto histórico, social, econômico e político, isto é,

as transformações da sociedade implicam condições para uma nova atitude

estética e são por elas modificadas” (DCE, 2008, p. 55).

Assim, pretende-se que os alunos do Ensino Médio apropriem-se dos

conhecimentos próprios das diversas áreas de arte, desenvolvam um trabalho de

criação total e unitário, estabeleçam relações com a diversidade de pensamento e

de criação artística, aumentem a capacidade do pensamento crítico, aprimorem

seus sentidos humanos, enfim, humanizem-se, superando a condição de

alienação e repressão à qual estes sentidos, historicamente, foram submetidos.

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Por fim, espera-se que o ensino de Arte contribua para que transformem a

realidade.

AVALIAÇÃO

A avaliação em arte é diagnóstica e processual, contínua e cumulativa

observando o processo de aprendizagem, os avanços e as dificuldades

individuais e em grupo, as soluções de problemas, o relacionamento em grupo, a

auto-avaliação.

É um instrumento de reflexão para professor, aluno e comunidade escolar.

Tem como base o desempenho do aluno em diferentes experiências de

aprendizagem. Há também a possibilidade de avaliação em atividades ou projetos

extraclasse, desenvolvidas na comunidade ou no convívio social do aluno desde

que tenham mensuração e data previstos anteriormente.

Sugestão de instrumentos de verificação:

-trabalhos individuais e em grupo;

-pesquisas bibliográficas e de campo;

-debates em forma de seminários e simpósios;

-provas teóricas e práticas.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário

para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo.

A avaliação em Arte busca superar o papel de mero instrumento de

medição da apreensão dos conteúdos e busca propiciar aprendizagens

socialmente significativas para o aluno. Almeja-se formar cidadãos críticos

responsáveis, participativos, ativos e criativos.

Havendo necessidade, em qualquer momento do período letivo, são

realizadas intervenções pedagógicas com retomada de conteúdos para a

realização da recuperação dos estudos.

As avaliações podem ser individuais, em grupo, em equipe com atividades

diferenciadas objetivas ou subjetivas. Com mensurações e critérios previstos

algumas atividades podem ser avaliadas com a participação dos alunos da sala,

tornando-se uma retomada de conteúdos e deixando claro o porquê de sua nota.

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O resultado da avaliação é traduzido em forma de notas, em algarismos,

compreendido entre 0,0 (zero) a 10,0 (dez) que pode ser obtido de forma

somatória ou média aritmética, registrado na caderneta de forma clara e sem

rasuras para o entendimento da equipe pedagógica.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

Havendo necessidade, em qualquer momento do período letivo, são

realizadas intervenções pedagógicas com retomada de conteúdos para a

realização da recuperação de estudos.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

A recuperação dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo

ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades significativas, por meio

de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0 (zero) a 10,0 (dez).

DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS QUE DEVEM SER ARTICULADOS AOS CONTEÚDOS, COM RESPALDO NAS SEGUINTES LEGISLAÇÕES: Lei Federal n° 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira Lei Federal n° 11.645/08 - História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena Lei Federal n° 11769/08 - Obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica Lei Federal n° 13.381/01 - História do Paraná Lei Federal n° 17505/13 - Educação ambiental

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DELTA UNIVERSAL. Rio de janeiro. Delta, S>A>, 1987. V. 13.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPEG,1992.

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PENTEADO NETO, Onofre. Desenho Estrutural. São Paulo. Perspectiva, 1981.

READ, Herbert. Dicionário da Arte e dos Artistas. Lexis: edições 70, 1989.

REZENDE, Neide. A Semana da Arte Moderna. São Paulo. Ática, 1993.

TAVARES,Isis Moura. Educação, Corpo e Mente. Curitiba: IESDE, 2004

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BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No decorrer da história diferentes pensamentos delimitaram

concepções diversas sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no

ensino, abordando os fatos e os princípios científicos, como também

oferecendo condições para que as pessoas tomassem decisões frente aos fatos.

Possibilitou que analisassem as implicações sociais da ciência e sua influência

e com isso buscassem condições de tomar posicionamento crítico em

relação a melhoria da qualidade de vida.

Assim surge a Biologia que é vista como uma ciência encantadora pois

estuda o fenômeno vida, todas as suas diversidades, mudanças, peculiaridades, e

as novas descobertas contemporâneas, que podem ser incluídas e estudadas

pela disciplina como clonagem, transgênicos, células tronco, vacinas,

biotecnologia e outros, compreendendo o conhecimento científico e

tecnológico como resultados de uma construção humana, inseridos em um

processo histórico, social, cultural, científico e político.

A Biologia como disciplina não pode ser abordada de forma fragmentada e

organizada em cada nível de estudo e sim de forma integrada

sempre focando a aprendizagem do educando.

É necessária a contextualização dos conteúdos para que o

aluno perceba e identifique as informações em sua vida, refletindo sobre a

realidade de forma global, na qual os seres vivos estão inseridos, como também,

sendo preparado para o mundo do trabalho.

O objetivo geral do ensino da Biologia segue conduzindo o aluno a uma

reflexão e um posicionamento mais adequado e crítico em relação ao estudo do

fenômeno vida, da natureza e ao próprio homem como indivíduo e como parte

da sociedade em que vive, como também, do meio em que ocupa,

procurando sempre reconhecer o ser humano como agente e paciente

de transformações intencionais por ele produzidas no seu ambiente,

julgando ações de intervenções e identificando aquelas que visam a

preservação e implementação da saúde individual e coletiva.

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A importância da Biologia na vida de um cidadão é imensurável, uma vez

que a biologia é parte integrante da formação de um cidadão crítico capaz de

interagir no meio em que vive, portanto, o maior e mais desafiador objetivo da

Biologia é de fato ser agente de crescimento do educando para que ele cresça

e seja capaz de ser um cidadão que possa agir no ambiente em que vive

transformando-o para um mundo mais justo e melhor.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Segundo a Diretrizes Curriculares do Paraná (2008) os

conteúdos estruturantes são os saberes, conhecimentos de grande

amplitude, que identificam e organizam os campos de estudo de uma

disciplina escolar, considerados fundamentais para a abordagens pedagógicas

dos conteúdos específicos e conseqüente compreensão de seu objeto de estudo

e ensino através do fenômeno vida.

Os conteúdos estruturantes foram assim definidos:

- Organização dos seres vivos;

- Mecanismos Biológicos;

- Biodiversidade;

- Manipulação Genética.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

1º ANO

- Classificação dos seres vivos: critério s taxonômicos e filogenéticos ;

- Mecanismos celulares, biofísicos e bioquímicos;

- Sistemas Biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;

2º ANO

- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;

- Sistemas Biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia;

- Mecanismos de desenvolvimento embriológico;

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3º ANO

- Transmissão das características hereditárias;

- Organismos geneticamente modificados;

- Teorias evolutivas;

- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência

com o ambiente;

DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS QUE DEVEM SER ARTICULADOS AOS

CONTEÚDOS, COM RESPALDO NAS SEGUINTES LEGISLAÇÕES:

Lei Federal nº 10.639/09 História e Cultura Afro-Brasileira e Lei Federal

nº11.645/08 História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

Lei Federal n º 9.795/99 Política Nacional de Educação Ambiental e

Lei Estadual nº 17.505/13 Política Estadual de Educação Ambiental.

Lei Federal nº 10.741/03 Estatuto do Idoso e Lei Estadual nº 17.858/13 Política

de Proteção ao Idoso.

Lei Federal n º 12.235/10 Dia Nacional de Combate a Dengue e Lei Estadual nº

17.675/13, Dia de Ação Contra Dengue.

Lei Federal nº 11525/07 Enfrentamento à Violência Contra a Criança e

o Adolescente

Lei Estadual n º 16.454/10 Gênero e Diversidade Sexual e Resolução nº 12/16.

METODOLOGIA:

O processo de ensino fundamenta-se em uma cognição situada, ou seja,

as ideias prévias dos estudantes e dos professores, advindas do contexto de suas

experiências e de seus valores culturais, que devem ser reestruturadas

e sistematizadas a partir das ideias ou dos conceitos que estruturam as

disciplinas de referência.

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De um ponto de vista sócio histórico da noção de contextualização,deve-

se considerar que o confronto entre os contextos sócio históricos

,construído ao longo de uma investigação, é um procedimento metodológico

das ciências de referência e das disciplinas escolares.

A simples comparação entre contextos sócios históricos, porém, promove

juízos de valor sobre as diferentes temporalidades, além do

anacronismo, quando elementos de uma dada época são transportados

automaticamente para outro período histórico. O presentíssimo, por exemplo, é a

forma mais comum do anacronismo.

Para evitar o anacronismo, é necessária uma sólida compreensão dos

conceitos de tempo e de espaço, muito caros ao entendimento do

processo sócio histórico e constituição das dimensões filosófica, científica e

artística de todas as disciplinas escolares.

Assim, é importante que os professores tenham claro que o método

fundamental, no confronto entre contextos sócio históricos, é a

distinção temporal entre as experiências do passado e as experiências do

presente. Tal distinção realizada por meio dos conceitos e saberes que

estruturam historicamente as disciplinas – os conteúdos estruturantes.

Esse método também considera outros procedimentos, além das relações de

temporalidade,tais como a contextualização social e a contextualização

por meio da linguagem.

A contextualização social expõe uma tensão teórica fundamental:

o significado de contextualização para as teorias funcionalista e estruturalista

em oposição a esse significado para as teorias críticas.

Das perspectivas funcionalista e estruturalista, a sociedade apresenta-se

com estruturas políticas, econômicas, culturais, sociais permanentes.

Para essas concepções, a contextualização tem como finalidade explicar

o comportamento social dos indivíduos ou dos grupos conforme a normatização

de uma estrutura pré-existente, cabendo à educação adaptar os indivíduos a

essas estruturas. Na História da Educação Brasileira, por muito tempo, essas

concepções foram aceitas, mas passaram a ser questionadas por

apresentarem limites na formação dos indivíduos.

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Na atualidade, conforme as Diretrizes Curriculares para a disciplina de

Biologia, devemos ir além das funções que já desempenha a disciplina no

currículo escolar. E lá deve-se discutir os educandos, instrumentalizando-os para

que resolvam problemas que atinjam direta ou indiretamente sua

perspectiva de futuro onde leva a compreensão dos conceitos científicos deforma

significativa, onde ele perceba a realidade local e global, interferindo na

sociedade. Para tanto o educador deve partir dos saberes adquiridos

previamente pelos educandos.

Nesse contexto, ressalta a importância de trabalhar a disciplina de forma

contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando a inter-

relação entre o conteúdo estudado com o seu dia-a-dia.

Os métodos para aquisição de estudo em Biologia parte da realidade do

aluno e das necessidades decorrentes de uma sociedade organizada, fazendo

pesquisas teóricas e práticas, relacionando os fenômenos biológicos e

os induzidos pela ação do homem.

Com isso iremos explorar as experiências vividas de cada aluno e propor

atividades individuais ou coletivas, explorando a linguagem formal e a linguagem

popular para descrever diversos fenômenos e assim mediar o conhecimento

científico.

Para desenvolver as aulas propostas diversos instrumentos e recursos

pedagógicos serão utilizados, tais como:

- Aula expositiva e dialogada de forma significativa, onde ele perceba

a realidade local e global, interferindo na sociedade. Para tanto o educador deve

partir dos saberes adquiridos previamente pelos educandos.

- Trabalho em equipe, sempre buscando relacionar fatos do cotidiano com o

conteúdo científico;

- Uso da internet (informática);

- Aulas práticas com relatório (laboratório e de campo);

- Leitura e interpretação de textos de interesse científico;

- Palestra sobre saúde, cuidados sexuais;

- Debates para expressar dúvidas, idéias e conclusões acerca dos fenômenos

biológicos;

- Atividades textuais, escritas e orais;

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- Resolução das atividades, exercícios propostos;

- Expor o conhecimento biológico através de desenhos e esquemas;

- Pesquisa orientada sobre as principais viroses, bactérias e protozooses;

- Trabalhos com filmes, questionando fatos ecológicos ou biotecnologias com os

conhecimentos científicos adquiridos;

- Trabalhar com músicas utilizando nas letras os conteúdos de Biologia;

-Trabalhar com imagens Power Point;

- Textoteca com leitura atual e informativa.

Os desafios socioeducacionais e as legislações obrigatórias serão

trabalhadas como parte do currículo, especificamente no Plano de Trabalho

Docente sendo descrito na metodologia e abordado a partir dos conteúdos

específicos com os quais estejam articulados.

AVALIAÇÃO

A avaliação constitui um elemento central na organização da prática

pedagógica, na medida em que favorece o processo de construção do

conhecimento para o aluno e subsidia a auto avaliação do trabalho

metodológico do professor.

O desempenho dos alunos durante o ano letivo será considerado sob

diversas formas.

- Atividades de Pesquisa: As avaliações serão aplicadas individualmente ou em

grupo que tanto podem ser entregues ao professor ou expostos

oralmente.

-Provas escritas, serão elaboradas de acordo com os conteúdos

estudados, com questões diversificadas, objetivas e subjetivas.

-Trabalhos em sala e resolução de exercícios:

-Realização de atividades de tarefa casa.

-Minis seminários.

-Relatórios de aulas práticas e experimentação.

A avaliação será diagnóstica, contínua, processual e cumulativa em que

prevalecerão os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, terá os registros de

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nota expresso em uma escala de 0 (zero) a10 (dez), será feita a somatória das

apropriações do conhecimento do aluno que resultará em uma aferição.

O número de aferições não poderá ser inferior a dois.

A média bimestral resultará da média aritmética das aferições ofertadas

durante o bimestre, atingindo valoração de 0 (zero) a 10 (dez).

A recuperação de estudos acontecerá em sala de aula, tão logo o

professor perceba que não houve apropriação do conteúdo pelo aluno.

A recuperação será organizada com atividades significativa, por meio de

procedimentos didáticos metodológicos diversificados como exemplo através de

revisão de conteúdo, tarefas, atividades diversificadas, trabalhos individuais

ou em grupos, provas individuais ou em grupos, para que todos os alunos tenham

oportunidades de participar do processo ensino-aprendizagem.

Portanto como a Biologia representa um incessante vir- a- ser,

assim também será a avaliação, um momento de reflexão, atendendo as

expectativas do educando, do educador, num entrosamento entre a avaliação de

notas, e a avaliação diagnóstica, contínua, reflexiva e a recuperação de estudos.

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2004.

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Brasília: Casa Civil, 2008.

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PARANÁ,Secretaria de Estado da Educação.Caderno de Expectativas de

Aprendizagem.Curitiba:Seed/DEB-PR,2010

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação.Diretrizes Curriculares de Biologia

para o Ensino Médio. Curitiba: Seed/DEB-PR,2008 Deliberação 007/99 –

CEE/PR, Normas Gerais para Avaliação do Aproveitamento Escolar,

Recuperação de Estudos e Promoção de Alunos, do Sistema Estadual de

Ensino, em Nível do Ensino Fundamental e Médio.

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CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Ao longo da história da humanidade percebe-se que, com a descoberta do

fogo, o homem primitivo passou a fazer uso da ciência para facilitar sua vida e

atender suas necessidades básicas como conservação de alimentos e construção

de ferramentas entre outros.

Segundo alguns fragmentos históricos, somente na década de 20, a

disciplina de ciências foi inserida no currículo escolar como “Ciências Físicas

Naturais” e o método de ensino utilizado na época eram centrados na exposição,

memorização e repetição.

Até a década de 50, o conhecimento científico era tratado na escola como

verdade absoluta. O professor atuava como transmissor de conhecimento e os

alunos como receptores passivos.

Na década de 50, durante a Guerra Fria, houve o lançamento de um

satélite artificial russo ao espaço. Esse fato gerou nos Estados Unidos

investimentos na educação, com auxílio de sociedades científicas e

universidades, na produção de projetos de Física, Química e Matemática. Esses

projetos tinham a finalidade de formar novos cientistas.

Também nessa década houve no Brasil a organização do (IBECC) Instituto

Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura. O IBECC tinha como principal objetivo

a participação de professores e alunos em atividades experimentais, com a

intenção de melhorar o ensino de ciências, tanto no ensino fundamental, como no

ensino superior.

Na década de 60, com a industrialização, foi defendida a formação de

novos pesquisadores para que o Brasil pudesse participar em melhores condições

nesse processo.

Essa década foi marcada por intensos debates políticos e por gerar

conflitos no currículo escolar. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

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4.024/51 ampliou o espaço da disciplina de “Ciências Físicas e Naturais” para

“Iniciação às Ciências”, estendendo sua obrigatoriedade para todos os anos do

ginasial.

Nessa década, as atividades experimentais ganharam destaque no ensino

de ciências, como forma de levar o aluno a vivenciar o método científico e ter uma

boa formação científica.

Nessa perspectiva a disciplina de ciências tinha a função de preparar aluno

para ter conhecimento dos procedimentos dos trabalhos dos cientistas,

objetivando com isso a construção do espírito crítico e do pensamento lógico.

Com isso, as feiras de ciências e as atividades de laboratório atingiram um papel

importante na disciplina.

A década de 70 foi marcada com crescente degradação ambiental e

desenvolvimento das indústrias, ocasionadas pelo avanço do sistema capitalista.

Nesse contexto, ciência e tecnologia voltam a ser discutidas mais criticamente,

devido aos impactos provocados por essas tecnologias à sociedade. Nessas

discussões surge o Movimento Ciência, Tecnologia e Sociedade.

Na década de 80, com o fim da ditadura militar, organizam-se novos

currículos escolares e o ensino de ciência sofre muitas críticas quanto a sua

metodologia, uma vez que ele havia deixado de lado sua prática social. Entram

em discussões temas relacionados à saúde, ambiente, relação indústria e

agricultura e entre a ciência e a tecnologia.

A partir desse ano os conhecimentos prévios dos alunos passam a ser

considerados no processo ensino aprendizagem de forma articulada aos aspectos

sociais e históricos, tornando-os co-responsáveis pela sua aprendizagem.

O “Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná”, veio no

início dos anos 90, fundamentado na pedagogia histórico crítica na qual a escola

é valorizada como espaço responsável pelo saber sistematizado e os conteúdos

indispensáveis para a compreensão da prática social do aluno.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 50

O ensino de ciências no Currículo Básico propôs a integração dos

conteúdos a partir de três eixos norteadores: Noções de Astronomia,

Transformação e Interação da Matéria e Energia e Saúde: Melhoria da Qualidade

de Vida.

A partir de 1996, o ensino de ciência teve seu objeto de estudo

redirecionado e o esvaziamento de seus conteúdos clássicos, tendo em vista os

Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental – Ciências

Naturais (PCNs), uma vez que temas específicos da disciplina de ciências como

Saúde, Sexualidade, Meio Ambiente entre outros eram tratados por outras

disciplinas, na forma de projetos curriculares e extra-curriculares, propostos por

organizações não-governamentais (ONGS) e empresas variadas, desrespeitando

muitas vezes a proposta pedagógica da escola.

Diante desse contexto, em 2003, com as mudanças no cenário político

nacional e estadual, iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com

objetivo de produzir novas Diretrizes Curriculares para reformular a política

educacional do Estado, estabelecer novos rumos e uma nova identidade para o

ensino de Ciências.

A nova proposta para o ensino de ciências parte do princípio que a ciência

não se constitui numa verdade absoluta, pronta e acabada. É indispensável rever

o processo ensino e aprendizagem no contexto escolar, de modo que o modelo

tradicional seja superado por um modelo que desenvolva nos educandos a

capacidade de buscar explicações científicas para os fatos, através de posturas

críticas referenciadas pelos conhecimentos científicos.

O objeto de estudo da disciplina de Ciências é (...) o conhecimento

científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico,

entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o

Universo, em toda a sua complexidade. Ao Homem cabe interpretar

racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações

entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento,força,

campo, energia e vida (DCE, 2008, p. 88)

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É importante que o educando, não só tenha informações sobre os avanços

do conhecimento científico, mas que tenha acesso a esse conhecimento a fim de

compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os seres vivos e o

universo. Da mesma forma, compreender os aspectos positivos e negativos da

ciência e da tecnologia, para que ele possa estar atuando de forma consciente em

seu meio social e interferir no ambiente, considerando a ética e os valores sociais,

morais e políticos que sustentam a vida.

As Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE, 2008) propõe que o ensino de

Ciências aconteça por integração conceitual e que estabeleça relações entre os

conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos estruturantes da disciplina

(relações conceituais); entre eles e os conteúdos estruturantes das outras

disciplinas do Ensino Fundamental (relações interdisciplinares); entre os

conteúdos científicos escolares e o processo de produção do conhecimento

científico (relações contextuais).

Para a disciplina de Ciências são apresentados cinco conteúdos

estruturantes, Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,

Biodiversidade, construídos a partir da historicidade dos conceitos científicos.

Para que não aconteça a fragmentação do currículo, propõe-se que o professor

trabalhe com os cinco conteúdos estruturantes em todas os anos, a partir da

seleção de conteúdos específicos da disciplina de Ciências adequados ao nível

de desenvolvimento cognitivo do estudante.

O objetivo da disciplina de Ciências é formar sujeitos que construam

sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e

histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, possam ser

capazes de ações transformadoras na sociedade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS - CIÊNCIAS

6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Universo

Sistema Solar

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Movimentos terrestres

Movimentos celestes

Astros

MATÉRIA

Constituição da matéria

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Níveis de organização

ENERGIA

Formas de energia

Conversão de energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

Organização dos seres vivos

Ecossistemas

Evolução dos seres vivos

7ª ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Astros

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

MATÉRIA

Constituição da matéria

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Células

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA

Formas de energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

Origem da vida

Organização dos seres vivos

Sistemática

8ª ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA Origem e evolução do Universo

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 53

MATÉRIA

Constituição da matéria

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Células

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA

Formas de energia

BIODIVERSIDADE

Evolução dos seres vivos

9ª ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Astros

Gravitação Universal

MATÉRIA

Propriedades da matéria

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética

ENERGIA

Formas de energia

Conservação de energia

BIODIVERSIDADE Interações ecológicas

DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS QUE DEVEM SER ARTICULADOS AOS

CONTEÚDOS, COM RESPALDO NAS SEGUINTES LEGISLAÇÕES:

Lei Federal nº 10.639/09 História e Cultura Afro-Brasileira e Lei Federal nº

11.645/08 História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

Lei Federal n º 9.795/99 Política Nacional de Educação Ambiental e Lei Estadual

nº 17.505/13 Política Estadual de Educação Ambiental.

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Lei Federal nº 10.741/03 Estatuto do Idoso e Lei Estadual nº 17.858/13 Política

de Proteção ao Idoso.

Lei Federal n º 12.235/10 Dia Nacional de Combate a Dengue e Lei Estadual nº

17.675/13, Dia de Ação Contra Dengue.

Lei Federal nº 11525/07 Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o

Adolescente

Lei Estadual n º 16.454/10 Gênero e Diversidade Sexual e Resolução nº 12/16.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A disciplina de Ciências pretende investigar e pesquisar, através de ações

desafiadoras, os conhecimentos científicos, abordando assuntos atuais,

oportunizando aos alunos situações concretas de aprendizagem, como

discussões e questionamentos que suscitem uma reflexão mais apurada sobre

inovações no campo da ciência e da realidade social, incluindo aspectos políticos,

éticos, educacionais, ambientais e econômicos.

Para tanto, é necessário utilizar uma diversidade de abordagens

estratégias e recursos pedagógicos, tais como:

• A problematização, a partir de situações cotidianas dos alunos, considerados

como prática social inicial, desenvolvendo o conteúdo específico envolvido e que

possibilitará ao aluno a compreensão crítica dessa realidade;

• Aulas práticas de experimentação com a finalidade de análise, discussão

percepção do erro e o acerto como processo de construção do conhecimento;

• Aulas práticas de leituras, análises, interpretação de gráficos, imagens,

esquemas, tabelas, mapas conceituais, etc.;

• Aulas práticas com o uso do computador para realização de pesquisas,

simulações, jogos, produção e sistematização de conhecimentos;

• Pesquisas bibliográficas como fonte de aprofundamento de conhecimentos;

• Entrevistas, debates, palestras, seminários, conferências, fóruns, feiras de

ciência, como possibilidades de ampliação da cultura geral do aluno;

• Resolução de situações problema, discutindo-as e relacionando-as aos

conceitos envolvidos;

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 55

• Desenvolvimento de projetos individuais e em equipe;

• Trabalho de campo (visitas às indústrias, fazendas, museus, etc.), observação,

registro, discussão e análise;

• Dramatizações, painéis, murais, histórias em quadrinho, músicas e paródias,

teatro, poesia, telejornal, desenhos, cartazes, etc.;

• Os desafios socioeducacionais e as legislações obrigatórias serão trabalhadas

como parte do currículo, especificamente no Plano de Trabalho Docente sendo

descrito na metodologia e abordado a partir dos conteúdos específicos com os

quais estejam articulados.

AVALIAÇÃO

A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem,

possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com os alunos,

contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriaram

dos conteúdos específicos tratados nesse processo. Portanto a avaliação deve

ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do aluno, prevalecendo os

aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Através das atividades

desenvolvidas, o professor acompanhará não só o desempenho de seus alunos,

como também o seu próprio trabalho, analisando suas práticas pedagógicas e

avaliativas.

Portanto, é necessário que o processo avaliativo se dê de forma

sistemática e a partir de critérios avaliativos estabelecidos pelo professor, que

considerem aspectos como o conhecimento que os alunos possuem sobre

determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto entre esses

conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações

estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do processo de

ensino e de aprendizagem e, no seu cotidiano.

Nesse sentido, é imprescindível a coerência entre o planejamento das

ações pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo

avaliativo, a fim de que os critérios de avaliação estabelecidos estejam

diretamente ligados ao propósito principal do processo de ensino e de

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aprendizagem, à aquisição dos conteúdos específicos e a ampliação de seu

referencial de análise crítica da realidade, por meio da abordagem articulada.

Como a avaliação deverá refletir o desempenho do aluno em diferentes

situações, os recursos e os instrumentos avaliativos deverão ser diversificados e

compatíveis com a disciplina, conteúdos e condições do aluno. Com isso, a

avaliação permitirá diagnosticar e identificar as dificuldades dos alunos,

possibilitando a partir daí, uma intervenção pedagógica capaz de promover a

aprendizagem significativa

Em ciências são muitas as formas de avaliações, tais como: individual ou

em grupos, oral ou escrita, relatórios, apresentação em seminários, lista de

exercícios sobre o conteúdo em sala, tarefas etc.

Será feita a somatória das apropriações do conhecimento do aluno que

resultará em uma aferição.

O número de aferições não poderá ser inferior a três.

A média bimestral resultará da média aritmética das aferições ofertadas

durante o bimestre, atingindo valoração de 0 (zero) a 10 (dez).

A recuperação de estudos é um direito dos alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Caso seja necessário, se fará

uso da recuperação de estudos, instrumento com a qual, objetiva-se constatar o

resultado do processo ensino aprendizagem após uma retomada dos conteúdos.

É importante salientar que a recuperação de estudos não deve prender-se

somente a nota, e sim a real apropriação do conhecimento e a conseqüente

melhoria das notas.

A recuperação de estudos será organizada com atividades significativas,

por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados como:

- Revisão dos conteúdos avaliados em testes;

- Exercícios de fixação com consulta individual ou coletiva em classe e/ou

extraclasse;

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- Uma nova avaliação para a verificação da aquisição e/ou domínio do conteúdo

das quais todos os alunos poderão participar independente de seu

aproveitamento nas avaliações anteriores;

Na recuperação de estudos, prevalecerá a maior nota.

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EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física passou por uma série de transformações durante toda sua existência. Processo necessário para que fosse legitimada como disciplina escolar. Passemos a seguir, a discutir e conhecer diversos momentos importantes para esta disciplina.

Na antiguidade, os homens primitivos praticavam atividades físicas naturalmente, de maneira espontânea e instintiva. Tinham a necessidade de correr, saltar, nadar, lutar, caçar para sobreviver. Assim, o homem, à luz da ciência, executa os seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé: corre, salta, arremessa, empurra, puxa e etc.

A preocupação dos chineses era com a postura correta, com a ginástica curativa e principalmente com os hábitos higiênicos.

Os egípcios realizavam exercícios físicos nas cerimônias religiosas, nos funerais e no treinamento dos guerreiros. A ginástica egípcia já valorizava o que se conhece hoje como qualidades físicas tais como: equilíbrio, força, flexibilidade e resistência. Já usavam, embora rudimentares, materiais de apoio tais como tronco de árvores, pesos e lanças.

Na Grécia Antiga, os atletas eram considerados exemplos a serem seguidos e a preparação física fazia parte da educação dos jovens gregos. Da Grécia surgiram muitas das práticas atuais e o mais importante evento esportivo mundial, que são os Jogos Olímpicos.

Os romanos eram um povo guerreiro e assim desenvolveram principalmente as artes militares, como a corrida de bigas e o duelo de gladiadores.

Os povos hindus praticavam exercícios físicos, o tratamento pela massagem e o controle respiratório como medidas higiênicas e medicinais. As danças e os jogos também eram muito apreciados.

Na Idade Contemporânea a influência na nossa ginástica localizada começa a se desenvolver e quatro grandes escolas foram as responsáveis por isso: a alemã, a nórdica, a francesa, e a inglesa. Nesse período, a Educação Física volta a ser considerada necessária à educação e passa a ser ensinada nas escolas. Surgem novas modalidade esportivas como o handebol, o basquetebol e o voleibol. O Barão de Coubertin faz renascer os jogos olímpicos, que divulgam o esporte como meio de integração entre todos os povos.

No Brasil colônia, os primeiros habitantes, os índios, deram pouca contribuição a não ser os movimentos rústicos naturais tais como nadar, correr atrás da caça, lançar, e o arco e flecha. Na suas tradições incluem-se as danças, cada uma com significado diferente: homenageando o sol, a lua, os Deuses da

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guerra e da paz, os casamentos etc. Entre os jogos incluem-se as lutas, a peteca, a corrida de troncos entre outras que não foram absorvidas pelos colonizadores.

Junto com a proclamação da República, vieram muitas propostas de mudança e também a discussão sobre as instituições escolares e as políticas educacionais praticadas pelo antigo regime. Ainda no final do século XIX, Rui Barbosa, Deputado Geral do Império, emitiu um Parecer em 1882, onde, entre outras conclusões, afirmou a importância da ginástica para a formação do cidadão, equiparando-a em categoria e autoridade com as demais disciplinas. A partir de então, a Educação Física tornou-se componente obrigatório dos currículos escolares.

A Educação Física brasileira, em sua prática pedagógica escolar, foi fortemente influenciada pelo militarismo e pela medicina, setores emergentes dos séculos XVIII e XIX.

Por não existir um plano nacional de Educação Física, a prática nas escolas se dava através do método francês de ginástica adotado pelas Forças Armadas e tornado obrigatório a partir de 1931. Foi a partir da Constituição de 1937 que a Educação Física se consolidou no contexto escolar, sendo, então, utilizada com o objetivo de doutrinação, dominação e contenção dos ímpetos da classe popular, exaltando o patriotismo, a hierarquia e a ordem.

A partir de 1964, devido aos acordos feitos entre o MEC e o Departamento Federal de Educação Americana, muitos professores de Educação Física frequentaram cursos de pós-graduação nos Estados Unidos na área esportiva. Isso fez com que o esporte, principalmente os ditos olímpicos, fosse visto como objeto principal da Educação Física e, então, os currículos passaram a tratá-lo com maior ênfase, através do método tecnicista centrado na competição e no desempenho.

A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório na escola, com a promulgação da Lei 5692/71. Nesse período, aos olhos do regime militar, a Educação Física era vista como forma de disciplinar o homem através da promoção de sua aptidão física, considerada importante para o desenvolvimento da capacidade produtiva da classe trabalhadora, e ao desporto, pela intenção de tornar o país uma potência olímpica.

Em meados dos anos 80, dando origem aos primeiros debates voltados à criticidade, surgem as denominadas correntes ou tendências da Educação Física, são elas: desenvolvimentista, construtivista, crítico superadora, crítico emancipatória.

Nos anos 90, o esporte passa a ser visto como meio de promoção à saúde acessível a todos, manifestada de três formas: esporte educação, esporte participação e esporte performance.

O estado do Paraná dentro de um projeto mais amplo entende a escola como um espaço que, dentre outras funções deve garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido historicamente pela humanidade.

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Seu objeto de estudo e de ensino, é a Cultura corporal e a Educação

Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e a reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como um sujeito transformadora e agente histórico, político,social e cultural.

Considerando o contexto histórico, vemos a necessidade de sistematizar novas propostas pedagógicas, buscando fazer da Educação Física uma disciplina que vai além da função de treinar o corpo sem qualquer reflexão sobre o fazer corporal.

A Educação Física escolar tem se inserido no plano de uma reflexão sobre diferentes problemáticas sociais, como a violência, preconceitos étnicos de cor, sexo, classe social, religião, entre tantos outros; as formas corporais de exclusão social, as potencialidades e os limites de expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações corporais historicamente produzidas, que pretende possibilitar a comunicação e interação de diferentes indivíduos com eles mesmos, com outras, e com seu meio sócio-natural.

A Educação Física deve ser a humanização das relações humanas. Portanto a noção de corporalidade alicerce em que a Educação Física se solidifica pretende ampliar as possibilidades de intervenção educacional do professor, superando a dimensão meramente motriz de sua aula sem, no entanto negar o movimento da manifestação humana.

Importante destacar que as aulas de Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e como tal, deve estar articulada ao projeto político pedagógico da escola. Se a atuação do professor é na quadra ou em qualquer outro lugar do ambiente escolar, seu compromisso é com a escola, com o projeto político pedagógico de escolarização instituído com o aluno, sempre em favor da principal preocupação, que é a formação do aluno e do cidadão.

O ensino de Educação Física vai além de jogar, é mais que ensinar habilidade técnicas. Deve ser entendida como reflexão crítica, construção de personalidade e caráter dos alunos, tornando-os verdadeiros cidadãos conscientes de seus direitos e deveres.

Os conteúdos obrigatórios relacionados à Educação Física e os desafios socioeducacionais que devem ser articulados aos mesmos se respaldam em legislações vigentes e devem abordar a cultura afro-brasileira, indígena, o combate ao bullying e a educação alimentar, podendo ser abordados na forma de textos, filmes, danças e teatros.

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OBJETIVOS

• Adotar hábitos de higiene, alimentação e atividades corporais para melhoria da saúde coletiva;

• Valorizar as qualidades físicas, intelectuais e morais, possibilitando a formação do homem de mentalidade sadia e justa, assumindo o seu papel em atividades individuais ou em equipes, respeitando a si mesmo e aos outros;

• Tomar iniciativa e liderar, se for o caso, em situações de jogos, recreação ou

outras atividades;

• Participar espontaneamente com lealdade, tolerância, controle emocional e esforço para superar-se nas atividades individuais e coletivas, respeitando regras e instruções;

• Expressar qualidades morais e esportivas sob comportamento qualitativo:

pontualidade, assiduidade, esportividade, respeito, etc.;

• Desenvolver as atividades físicas, a ginástica, o esporte, a recreação e as atividades complementares dentro de critérios de continuidade e crescimento da ação educativa;

• Movimentar-se com naturalidade e eficiência, assim como se localizar em

espaços adequados taticamente nos jogos coletivos ou competições individuais;

• Desenvolver noções e conhecimentos sobre higiene, saúde, ginástica, esportes, recreação, atividades complementares, organização e direção de jogos, torneios e campeonatos;

• Pesquisar para conhecimento e diálogo sobre esportes, regras, organização,

saúde e higiene geral. Utilizar o conhecimento obtido para analisar, comparar e realizar escolhas para o seu bem viver;

• Reconhecer, respeitar e valorizar as diferentes formas de linguagem e expressividade decorrentes das diferenças culturais, sexuais e sociais;

• Conhecer a diversidade de padrões de saúde e beleza, evitando o

consumismo e o preconceito.

• Desenvolver e entender a corporalidade como prática fecunda no processo de formação humana;

• Conhecer a cultura Afro-brasileira e Africana.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - 6º, 7º, 8º e 9º ano.

Foram definidos como aqueles saberes que identificam e organizam os campos de estudo da disciplina escolar considerados fundamentais e são legitimados socialmente, assim, optou-se por contemplar diferentes conteúdos, tendo como princípio básico o reconhecimento das características dos alunos, respeitando suas individualidades.

No Ensino Fundamental, a expressividade corporal deve ser o foco na abordagem com manifestações culturais, essenciais para a educação do corpo, como alicerce do projeto educativo.

Os conteúdos estruturantes para o Ensino Fundamental são os seguintes:

- Esporte;

- Ginástica;

- Dança

- Jogos e brincadeiras;

- Lutas.

CONTEÚDOS BÁSICOS - 6º, 7º, 8º e 9º ano.

Esporte:

- Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história

- O esporte como fenômeno de massa;

- Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;

- Elementos básicos constitutivos dos esportes: arremessos, deslocamentos, passes, fintas, chutes, saques, toques, sistemas defensivos e ofensivos.

- Práticas esportivas com e sem materiais e equipamentos.

Ginástica:

- Origem da ginástica e sua mudança no tempo;

- Diferentes tipos de ginástica;

- Práticas ginásticas;

- Cultura da rua, cultura do circo: malabares, acrobacia.

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Dança:

- A dança como possibilidades de manifestação corporal;

- Diferentes tipos de dança;

- Por que dançamos?;

- Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;

- Mímica, imitação e representação;

- Expressão corporal com e sem matérias.

Jogos e brincadeiras:

- A construção coletiva de jogos e brincadeiras;

- Por que brincamos?;

- Oficina de construção de brinquedos;

- Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas;

- Diferentes manifestações e tipos de jogos;

- Jogos e brincadeiras com sem materiais;

- Diferenças entre jogo e esporte.

Lutas:

- Origem e história dos diversos tipos de lutas;

- Vivência de jogos de oposição;

- Princípios de ataque e defesa.

DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS QUE DEVEM SER ARTICULADOS AOS CONTEÚDOS, COM RESPALDO NAS SEGUINTES LEGISLAÇÕES: - HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA (10.639/03) - HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA (11.645/08) - INSTRUÇÃO Nº 17/16 SUED/SEED – HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA - LEI ESTADUAL Nº 17335/12 – PROGRAMA DE COMBATE AO BULLYING - LEI Nº 11947/09 – EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL

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METODOLOGIA

Propõe-se que a metodologia de trabalho a ser desenvolvido nas aulas de Educação Física seja coerente, numa práxis constante, embasando a prática na teoria, refletindo a teoria na prática.

A educação do corpo em movimento deverá propiciar ao educando uma tomada de consciência e domínio de seu corpo e, a partir daí, contribuir para o desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem. Ela deverá permitir ao aluno a exploração motora e as descobertas em sua realização, vivendo, através das atividades propostas, movimentos que lhe dê condições de criar novos caminhos a partir das experiências vivenciadas, criando novas formas de movimento, podendo, assim, atingir níveis mais elevados em seu conhecimento

O método consiste basicamente em valorizar as vivências que o aluno traz para a escola e sistematizá-las cientificamente, sem perder de vista a realidade em que nele está situado.

Os conteúdos a serem trabalhados devem ser os mais variados possíveis, indo desde arbitragem e táticas de jogo até pesquisas e discussões sobre assuntos relacionados à saúde, à qualidade de vida e ao bem-estar social.

Serão aulas práticas e teóricas, individuais e em grupo, com pesquisas e exposições.

A metodologia a ser usada na aplicação dos conteúdos poderá variar de acordo com o nível de aproveitamento de cada turma.

AVALIAÇÃO

Para que a avaliação contribua de forma positiva e eficaz para a tomada de decisões, necessário se faz, entre outras coisas, que ela seja planejada e realizada durante todo o processo educativo, de modo a permitir que falhas eventuais sejam detectadas antes que os possíveis males por elas causados se tornem irreparáveis.

Vê-se, então, que o alcance de objetivos guarda uma relação de dependência direta com a verificação contínua, sistemática e cumulativa dos resultados observados. Assim, é importante que todos os objetivos previstos ou conseqüências, mesmo que inesperadas, de uma ação educativa, sejam, de alguma forma, avaliados.

Toda e qualquer forma de avaliação a ser aplicada deverá contemplar e respeitar a individualidade de cada aluno, não recortando nenhuma possibilidade de aprendizagem, independente do grau de dificuldades e limitações que o aluno apresente.

O aluno terá o direito de aprender os diversos conteúdos, só não será avaliado por padrões técnicos considerados na formação de atletas.

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A avaliação será somativa e/ou aritmética, isto é, será feita através da soma do processo de aprendizagem verificado durante o cotidiano das aulas, sendo avaliados os aspectos afetivo, cognitivo e psicomotor.

A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento e o desenvolvimento pleno do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si.

Na avaliação do aluno deve ser considerado os resultados obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.

A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressas em uma escala de 0( zero) a 10,0 (dez) sendo aritmética

Serão utilizados os seguintes critérios:

- observação direta e constante (também quanto à postura nas aulas);

- participação e interesse nas atividades;

- provas práticas e teóricas;

- trabalhos práticos em classe e extraclasse.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação de estudos será através de estudos e da conscientização da necessidade da Educação Física para sua formação física, cultural e social.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem da qual todos os alunos podem participar, independentemente do nível de aproveitamento

A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina e ser registrada no Livro de Registro de Classe.

Após a recuperação de estudos será considerada a maior nota.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica - Educação Física.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº. 9394/96), 1996.

PPP (Projeto Político Pedagógico).

TABORDA DE OLIVEIRA, Marcos Aurélio. Práticas pedagógicas da Educação Física nos tempos e espaços escolares: a corporalidade como termo ausente? 1998.

www.cdof.com.br

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EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO

A Educação Física como disciplina curricular assumiu diversas concepções político-pedagógicas ao longo de sua história, nem todas focadas na formação de sujeitos críticos. Suscitou discussões desde as que envolviam sua legalização no currículo escolar, até, as que pautavam sua função educativa. Hoje a Educação Física é uma disciplina legal e legítima, presente em todas as etapas da Educação Básica.

Os avanços que esta disciplina alcançou, especialmente no estado do Paraná, nos últimos anos, estão documentados na concepção de ensino, na proposta das Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE). Acredita-se que o envolvimento e comprometimento dos professores que atuam no cotidiano da escola legitimaram um trabalho pedagógico organizado de acordo com os referenciais teóricos das Diretrizes Curriculares, rumo a uma escola includente e cada vez mais democrática.

O Estado do Paraná dentro de um projeto mais amplo entende a escola como um espaço que, dentre outras funções deve garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido historicamente pela humanidade.

Através de seu objeto de estudo e de ensino, a Cultura Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e a reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como um sujeito que é produto, mas também agente histórico, político,social e cultural.

Ao propor o trabalho com os diferentes conteúdos básicos é imprescindível que o professor leve em consideração a Abordagem Teórico Metodológica presente nas Diretrizes Curriculares, conforme segue:

Traçar objetivamente o que se pretende alcançar com o conteúdo trabalhado, identificar aquilo que os alunos já conhecem sobre o tema, estabelecer relação entre o Conteúdo Estruturante e as problemáticas da vida social, cultural, econômica. Lançar questões ou desafios que suscitam a reflexão por parte dos alunos, possibilitar ao aluno o contato com o conhecimento sistematizado, historicamente construído, oportunizar condições de assimilação e recriação do conhecimento, realizar intervenções pedagógicas necessárias para apreensão do conhecimento e solicitar a criação de outras variações da temática trabalhada.

OBJETIVOS

• Adotar hábitos de higiene, alimentação e atividades corporais para melhoria da saúde coletiva;

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• Valorizar as qualidades físicas, intelectuais e morais, possibilitando a formação do homem de mentalidade sadia e justa, assumindo o seu papel em atividades individuais ou em equipes, respeitando a si mesmo e aos outros;

• Tomar iniciativa e liderar, se for o caso, em situações de jogos, recreação ou outras atividades;

• Participar espontaneamente com lealdade, tolerância, controle emocional e esforço para superar-se nas atividades individuais e coletivas, respeitando regras e instruções;

• Expressar qualidades morais e esportivas sob comportamento qualitativo:

pontualidade, assiduidade, esportividade, respeito, etc.;

• Desenvolver as atividades físicas, a ginástica, o esporte, a recreação e as atividades complementares dentro de critérios de continuidade e crescimento da ação educativa;

• Movimentar-se com naturalidade e eficiência, assim como se localizar em

espaços adequados taticamente nos jogos coletivos ou competições individuais;

• Desenvolver noções e conhecimentos sobre higiene, saúde, ginástica, esportes, recreação, atividades complementares, organização e direção de jogos, torneios e campeonatos;

• Pesquisar para conhecimento e diálogo sobre esportes, regras, organização,

saúde e higiene geral. Utilizar o conhecimento obtido para analisar, comparar e realizar escolhas para o seu bem viver;

• Reconhecer, respeitar e valorizar as diferentes formas de linguagem e expressividade decorrentes das diferenças culturais, sexuais e sociais;

• Conhecer a diversidade de padrões de saúde e beleza, evitando o

consumismo e o preconceito.

• Desenvolver e entender a corporalidade como prática fecunda no processo de formação humana;

• Conhecer a cultura Afro-brasileira e Africana.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.

Foram definidos como aqueles saberes que identificam e organizam os campos de estudo da disciplina escolar considerados fundamentais e são legitimados socialmente, assim, optou-se por contemplar diferentes conteúdos, tendo como princípio básico o reconhecimento das características dos alunos, respeitando suas individualidades.

Os conteúdos estruturantes para o Ensino Médio são os seguintes:

- Esporte;

- Ginástica;

- Dança;

- Jogos e brincadeiras;

- Lutas.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE ESPORTE

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços. • Análise da possível relação entre o Esporte de rendimento X qualidade de

vida. • Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico. • Estudo as regras oficiais e sistemas táticos. • Organização de campeonatos, torneios, elaboração de Súmulas e montagem

de tabelas, de acordo com os sistemas diferenciados de disputa (eliminatória simples, dupla, entre outros).

• Reflexão acerca do conhecimento popular X conhecimento científico sobre o fenômeno Esporte.

• Discutir e analisar o Esporte nos seus diferenciados aspectos:

- enquanto meio de Lazer.

- sua função social.

- sua relação com a mídia.

- relação com a ciência.

- doping e recursos ergogênicos e esporte alto rendimento.

- nutrição, saúde e prática esportiva.

- esporte adaptado.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE JOGOS E BRINCADEIRAS

• Organização de eventos. • Analisar os jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição dos espaços

e tempos de lazer. • Recorte histórico delimitando tempo e espaço.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE DANÇA

• Possibilitar o estudo sobre a Dança relacionado à expressão corporal, seu contexto histórico, suas representações e diversidade de culturas.

• Analisar e vivenciar atividades que representem a diversidade da dança e seus diferenciados ritmos.

• Compreender a dança como mais uma possibilidade de dramatização e expressão corporal.

• Estimular a interpretação e criação coreográfica. • Entender os benefícios gerais possibilitados pela dança. • Organização de Festival de Dança.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE GINÁSTICA

• Analisar a função social da ginástica. • Apresentar e vivenciar os fundamentos da ginástica. • Pesquisar a interferência da Ginástica no mundo do trabalho (ginástica

laboral). • Estudar a relação entre a Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida. • Por meio de pesquisas, debates e vivências práticas, estudar a relação da

ginástica com: tecido muscular, resistência muscular, diferença entre resistência e força; tipos de força; fontes energéticas, freqüência cardíaca, fonte metabólica, gasto energético, composição corporal, desvios posturais, LER, DORT, compreensão cultural acerca do corpo, entre outros.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE LUTAS

• Pesquisar, debater e vivenciar diferentes elementos das lutas. • Reconhecer pressupostos históricos, filosóficos e as características das

diferentes artes marciais, • Identificar técnicas táticas/ e estratégias, das lutas em diferentes contextos; • Compreender os benefícios possibilitados pelas lutas e artes marciais. • Analisar e discutir a diferença entre Lutas x Artes, Marciais x esporte. • Reconhecer historicamente a capoeira, suas diferenças de classificação e

estilos; • Perceber a capoeira enquanto jogo/luta/dança, sua musicalização e ritmo,

ginga, confecção de instrumentos, movimentação, roda etc.

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Estes representam alguns dos pressupostos possíveis de um trabalho com os conteúdos estruturantes, embora não se esgotam em si mesmos. Caberá ao professor a proposição de outras possibilidades de trabalho, dentro desta perspectiva. Destaca-se, ainda, a utilização do Livro Didático Público como uma importante ferramenta de apoio didático-pedagógico, bem como dos livros disponíveis na Biblioteca do Professor, para o aporte teórico necessário.

PRIMEIRO ANO

Conteúdo Estruturante

Conteúdo Básico Conteúdos específicos

Esporte Coletivos Futebol, Voleibol, Basquete, Handebol

Jogos e brincadeiras

Jogos de tabuleiro Xadrez, dama, trilha

Dança Danças Folclóricas Fandango, cirandas, quadrilhas,

Ginástica Ginástica artística Ginástica de solo (rolamentos, saltos, giros, deslocamentos) ginástica circense

Lutas Lutas com aproximação

judô jiu-jitsu; sumo.

SEGUNDO ANO

Conteúdo Estruturante

Conteúdo Básico Conteúdos específicos

Esporte Individuais e coletivos

Atletismo, badminton voleibol, handebol, basquetebol e futsal.

Jogos e brincadeirasJogos dramáticos Dramatização mímica, improvisação .

Dança Dança de rua

break; funk

Ginástica Ginástica de academia Ginástica aeróbica, anaeróbica, alongamento flexibilidade.

Lutas Lutas que mantêm a distânciakaratê, boxe, taekwondo

TERCEIRO ANO

Conteúdo Estruturante

Conteúdo Básico Conteúdos específicos

Esporte Radicais e coletivos Coletivos

beisebol, Esporte Adaptados voleibol, handebol,basquetebol e futsal

Jogos e Jogos jogos de competição, dança das cadeiras cooperativas, jogos

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brincadeiras cooperativos de estafetas;

Dança Dança de salão Forró, xote, bolero.

Lutas Capoeira Capoeira regional e Capoeira de angola.

Ginástica Ginástica Geral Jogos gímnicos, Movimentos gímnicos.

1. DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS QUE DEVEM SER ARTICULADOS AOS CONTEÚDOS, COM RESPALDO NAS SEGUINTES LEGISLAÇÕES:

- HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA (10.639/03) - HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA (11.645/08) - INSTRUÇÃO Nº 17/16 SUED/SEED – HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA - LEI ESTADUAL Nº 17335/12 – PROGRAMA DE COMBATE AO BULLYING - LEI Nº 11947/09 – EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL

METODOLOGIA

A metodologia a ser adotada no Ensino Médio pressupõe uma postura inovadora frente aos conhecimentos que serão trabalhados, rejeitando a prática pedagógica pautada exclusivamente na lógica de desportivização, comumente organizada em diferentes modalidades esportivas.

É fundamental repensar a relevância dos conhecimentos que compõem a Educação Física na escola para a formação do aluno. Tais conhecimentos são provenientes de diferentes campos da ciência e se constituíram historicamente. Atrelados a eles, os encaminhamentos metodológicos devem propiciar que os conteúdos trabalhados em aula partam de uma prática social, passando pelos momentos de problematização, instrumentalização e catarse para que no final de um conjunto de aulas seja possível o retorno à prática social, numa perspectiva transformadora.

AVALIAÇÃO

Para que a avaliação contribua de forma positiva e eficaz para a tomada de decisões, necessário se faz, entre outras coisas, que ela seja planejada e realizada durante todo o processo educativo, de modo a permitir que falhas eventuais sejam detectadas antes que os possíveis males por elas causados se tornem irreparáveis.

Vê-se, então, que o alcance de objetivos guarda uma relação de dependência direta com a verificação contínua, sistemática e cumulativa dos resultados observados. Assim, é importante que todos os objetivos previstos ou consequências, mesmo que inesperadas, de uma ação educativa, sejam, de alguma forma, avaliados.

Toda e qualquer forma de avaliação a ser aplicada deverá contemplar e respeitar a individualidade de cada aluno, não recortando nenhuma possibilidade

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de aprendizagem, independente do grau de dificuldades e limitações que o aluno apresente.

O aluno terá o direito de aprender os diversos conteúdos, só não será avaliado por padrões técnicos considerados na formação de atletas.

A avaliação será somativa e/ou aritmética, isto é, será feita através da soma do processo de aprendizagem verificado durante o cotidiano das aulas, sendo avaliados os aspectos afetivo, cognitivo e psicomotor.

Serão utilizados os seguintes critérios:

- observação direta e constante (também quanto à postura nas aulas);

- participação e interesse nas atividades;

- provas práticas e teóricas;

- trabalhos práticos em classe e extraclasse.

A recuperação de estudos será através de estudos e da conscientização da necessidade da Educação Física para sua formação física, cultural e social. Será aplicada a todos os alunos que não atingirem os objetivos do processo ensino-aprendizagem.

Após a recuperação de estudos prevalecerá a maior nota.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº. 9394/96), 1996.

Diretrizes Curriculares Nacionais.

www.cdof.com.br

ARRUDA, Solange. Arte do movimento: as descobertas de Rudolf Laban na Dança e ação humana. São Paulo: PW Gráficos e Editores Associados, 1988.

ASSIS DE OLIVEIRA, Sávio. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica. Campinas: Autores Associados/CBCE, 2001.

BARRETO, Débora. Dança..., ensino, sentidos e possibilidades na escola. Campinas: Autores Associados, 2004.

BENJAMIM, Walter. Reflexões sobre a criança o brinquedo e a educação. São Paulo: Duas Cidades / Editora 34, 2002.

CAPARROZ, Francisco Eduardo .Entre a Educação Física na escola e a Educação Física da escola. Vitória: CEFD/UFES, 1997.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo. Cortez. 1992

GASPARIN, J.L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2002.

GOELLNER, Silvana Vilodre (org). Educação Física / Ciências do Esporte: intervenção e conhecimento. Florianópolis: CBCE, 1999.

MARCELINO, Nelson Carvalho. Lúdico, educação e educação física. Ijuí: Unijuí, 1999.

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretriz Curricular de Educação Física 2009.

SOARES, Carmem Lúcia. Corpo e história. Campinas: Autores Associados, 2001.

_____. Imagens da educação no corpo. Campinas: Autores Associados, 1998.

STIGGER, M. P. Educação Física, Esporte e Diversidade. Campinas. SP. Autores Associados, 2005 ENSINO RELIGIOSO

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 77

ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso pressupõe promover aos educandos a oportunidade

de processo de escolarização fundamental para se tornarem capazes de

entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura. Contribui

também para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito

Constitucional de liberdade de crença e expressão, conforme Art. 5°, inciso VI,

da Constituição Brasileira. Porém, isso deu-se na medida em que a disciplina

de Ensino Religioso e o corpo docente também contribuíram para que, no dia

a dia da escola, o respeito à diversidade fosse construído.

No espaço escolar, o Ensino Religioso era, tradicionalmente, o ensino da

Religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império. Após a

proclamação da república o ensino passou a ser laico, público, gratuito e

obrigatório rejeitando a hegemonia católica. A partir da Constituição de 1934, o

Ensino religioso passou a fazer parte da matriz curricular das escolas públicas,

porém, com matrícula facultativa.

Desta forma, legalmente, o Ensino Religioso perdeu sua função catequética,

pois com a manifestação do pluralismo religioso na sociedade brasileira, o modelo

curricular centrado na doutrinação passou a ser intensamente questionado.

Porém na prática, as aulas continuavam a ser ministradas por professores leigos

e voluntários, privilegiando seus conhecimentos religiosos restritos à sua religião.

Segundo Costella (2004), três fatores ajudam a entender a necessidade de

um novo enfoque para o Ensino Religioso: o primeiro é atribuído à pluralidade

social, num Estado não confessional, laico que garante, por meio da constituição,

a liberdade religiosa. O segundo fator, diz respeito à própria maneira de

apreender o conhecimento, devido às profundas transformações ocorridas no

campo da epistemologia, da educação e da comunicação.

O terceiro fator, traço característico da cultura ocidental, mostra uma

profunda reviravolta nas concepções, em especial no século XIX, que atinge seu

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 78

ápice na célebre expressão do filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-

1900) “Deus está morto”.

Ou seja, Nietzsche metaforiza o fato da sociedade não ser capaz de crer

numa ordenação cósmica Transcendente/ Imanente, o que a conduz a uma

repulsa dos valores absolutos e também à não crença em qualquer valor ditado

por uma ordem superior, o homem é levado a ser um criador de valores. Segundo

Nietzsche, isso leva a sociedade ao niilismo, a decadência moral-religiosa

vinculada de mantermos uma “sombra”, um lugar vazio, um local reservado ao

princípio Transcendente/ Imanente e que fora destruído pela sociedade e que

essa mesma não pode mais voltar a ocupar. Isto provocou uma reforma na

sociedade europeia que vinha sustentada em bases decadentes e ultrapassadas.

Assim, o processo de ensino e de aprendizagem defendido nesta proposta

pedagógica, visa à construção/ produção do conhecimento e que, por

consequência, se caracteriza pela promoção do debate, da hipótese divergente,

da dúvida – real ou metódica – do confronto de ideias, de informações

discordantes e, também, da exposição competente de conteúdos formalizados.

As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária

reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante

das demandas sociais contemporâneas, que exigem a compreensão ampla da

diversidade cultural, postas também no âmbito religioso entre os países e, de

forma mais restrita, no interior de diferentes comunidades.

Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se

destacar a necessária superação das tradicionais aulas de religião, e a inserção

de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus

ritos, das suas paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais,

sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas.

Nessa perspectiva, o Ensino Religioso é uma reflexão crítica sobre a práxis

que estabelece significados, já que a dimensão religiosa passa a ser

compreendida como compromisso histórico diante da vida e do Transcendente. E

contribui para o estabelecimento de novas relações do ser humano com a

natureza a partir do progresso da ciência e da técnica.

O Ensino Religioso parte sempre do convívio social dos educados para que

se respeite a tradição religiosa trazida de suas famílias e assim se salvaguarde a

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liberdade de expressão religiosa de cada um, buscando valorizar a trajetória

particular de cada grupo, e proporcionar a convivência fraterna de modo que o

educando possa vivenciá-la. Assim, uma das propostas é a abordagem do

conhecimento religioso como fenômeno. Tendo como objeto de estudo o

Sagrado. Pensar esse objeto pressupõe percorrer os conteúdos estruturantes e

conteúdos específicos da disciplina. O sagrado perpassará todo o currículo de

Ensino Religioso, de modo a permitir uma análise mais completa de sua presença

nas diferentes manifestações religiosas.

Nesta compreensão o Ensino Religioso acontece e independente de

qualquer opção por religião. A releitura do fenômeno religioso e a partir do

convívio social dos educandos constitui objeto de estudo desta área de

conhecimento, na diversidade cultural religiosa do Brasil sem priorizar uma ou

outra expressão de religiosidade.

Portanto, esta disciplina visa a propiciar aos educandos a oportunidade

de identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em

relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de tal

forma que tenham a amplitude da própria cultura em que se insere. Essa

compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em

suas relações éticas e sociais diante da sociedade, fomentando medidas de

repúdio a toda e qualquer forma de preconceito e discriminação e o

reconhecimento de que, todos nós, somos singulares.

E, ainda, é necessário que a abordagem pedagógica da disciplina

possibilite ao aluno compreender suas trajetórias, suas manifestações no

espaço escolar, estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferenças,

para que no entendimento desses elementos o educando possa elaborar o

seu saber, passando a entender a diversidade de nossa cultura, marcada pela

religiosidade.

Ressalta-se que os desafios socioeducacionais e as legislações serão

trabalhados como parte do currículo, especificamente no Plano de Trabalho

Docente sendo descrito na metodologia e abordado a partir dos conteúdos

específicos com os quais estejam articulados.

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OBJETIVOS GERAIS:

• Analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência religiosa do

cotidiano que o contextualiza no universo cultural.

• Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o fenômeno

religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no contexto do

educando;

• Subsidiar o educando na formulação do questionamento existencial, em

profundidade, para dar resposta devidamente informado;

• Analisar o papel das tradições religiosas na estruturação e manutenção das

diferentes culturas e manifestações socioculturais;

• Refletir o sentido da atitude moral, como consequência da consciência do ser

humano;

• Facilitar a compreensão do significado das afirmações e verdades de fé das

tradições religiosas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Pela observância dos aspectos que marcam o sagrado e das relações que

se estabelecem em decorrência dele, nas diferentes manifestações religiosas a

serem tratadas pelo Ensino Religioso, ressalta-se a necessidade de definir como

conteúdos estruturantes dessa disciplina referenciais que incluam nos conteúdos

escolares a pluralidade das tradições religiosas.

Dessa forma, os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os

conhecimentos de grande amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e

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organizam os campos de estudos a serem contemplados no Ensino Religioso.

Apropriados das instâncias que contribuem para o sagrado, os conteúdos

estruturantes propostos para o Ensino Religioso são: Paisagem religiosa,

Universo Simbólico Religioso, Texto sagrado.

TEXTO SAGRADO

Eles abrangem as comunicações expressas nas pinturas de corpos,

paredes, quadros, nos vitrais, ícones, na combinação de sons, ritmo, na harmonia

das músicas, nas danças, na disposição dos objetos de culto e rito. Enfim,

abarcam diferentes formas de linguagens, além daquelas escritas ou transmitidas

pela forma oral.

PAISAGEM RELIGIOSA

Entende-se como paisagem religiosa o lugar ou os espaços geográficos

que remetem às experiências do sagrado. O homem consagra certos espaços

porque necessita viver e conviver, ele precisa locomover-se num mundo sagrado,

que passam a assumir significados diversos, transformando-se num lugar

especialmente simbólico, que resulta das crenças existentes entre as Tradições

Religiosas.

UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

São linguagens que expressam sentidos, possuem a função de comunicar

e exercem um papel relevante para a vida imaginativa e para a constituição das

diferentes religiões no mundo. O símbolo, também pode ser definido como algo

que veicula uma concepção, podendo ser uma palavra, um som, um gesto, um

ritual, um sonho, uma obra de arte, uma notação matemática etc.

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CONTEÚDOS BÁSICOS DE ENSINO RELIGIOSO

6º Ano

Organizações Religiosas

Lugares Sagrados

Textos Sagrados - orais ou escritos

Símbolos Religiosos

7º Ano

Temporalidade Sagrada

Festas Religiosas

Ritos

Vida e Morte.

Conforme as Diretrizes Curriculares da disciplina de Ensino Religioso (2008)

os conteúdos básicos são assim especificados:

I. ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados

institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas

principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos

sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de

relações com o sagrado.

- Fundadores e/ou Líderes Religiosos;

- Estruturas Hierárquicas.

Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta

Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao

Tse), etc.

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II. LUGARES SAGRADOS

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação,

de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do

sagrado nestes locais.

- Lugares da natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

- Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.

III. TEXTOS SAGRADOS - ORAIS E ESCRITOS

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas

diferentes culturas religiosas.

Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)

Exemplos: Vedas – Hinduísmo, Escrituras Bahá’is – Fé Bahá’I, Tradições Orais

Africanas, Afro-brasileiras a Ameríndias, O Corão – Islamismo, etc.

IV. SÍMBOLOS RELIGIOSOS

Os Símbolos Religiosos são linguagens que expressam sentidos,

comunicam e exercem papel relevante para a vida imaginativa e para a

constituição das diferentes religiões no mundo. Neste contexto, o símbolo é

definido como qualquer coisa que veicule uma concepção; pode ser uma palavra,

um som, um gesto, um ritual, um sonho, uma obra de arte, uma notação

matemática, cores, textos e outros que podem ser trabalhados conforme os

seguintes aspectos: dos ritos; dos mitos; do cotidiano. Entre os exemplos a serem

apontados, estão: a arquitetura religiosa, os mantras, os paramentos, os objetos,

etc.

V. TEMPORALIDADE SAGRADA

O que diferencia o tempo Sagrado do tempo profano é a falta de

homogeneidade e continuidade. Enquanto o homem, em sua vida profana,

experimenta a passagem do tempo em que, basicamente, um momento é igual ao

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outro, na vida religiosa, o homem experimenta momentos qualitativamente

diferentes. O tempo profano está ligado, essencialmente, à existência humana.

Inicia-se com o nascimento do homem e tem seu fim com a morte. O tempo do

divino, por outro lado, se caracteriza geralmente pela ideia de eternidade. Essa

ideia de tempo sagrado é justamente no que fundamenta a perspectiva de vida

após a morte que marca, essencialmente, as religiões.

VI. FESTAS RELIGIOSAS

São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com

objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou

datas importantes.

- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.

Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (Islâmica), Kuarup

(indígena), Festa de Iemanjá (Afro- brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.

VII. RITOS

São práticas celebrativas das tradições/ manifestações religiosas, formadas

por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de

um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação

da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem

remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes.

- Ritos de Passagem;

- Mortuários;

- Propiciatórios;

- Outros.

VIII. VIDA E MORTE

As religiões procuram dar explicações aos seus adeptos para a vida além da

morte, as respostas elaboradas nas diversas tradições e manifestações religiosas

e sua relação com o Sagrado podem ser trabalhadas sob as seguintes

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interpretações: o sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas; a

reencarnação: além da morte, ancestralidade, espíritos dos antepassados que se

tornam presentes, e outras; ressurreição; apresentação da forma como cada

cultura/organização religiosa encara a questão da morte e a maneira como lidam

com o culto aos mortos, finados e dias especiais para tal relação.

DESAFIO SOCIOEDUCACIONAIS QUE DEVEM SER ARTICULADOS AOS

CONTEÚDOS COM RESPALDO NAS SEGUNTES LEGISLAÇÕES:

História do Paraná 13381/01;

Lei Estadual nº 17505/13 - Educação Ambiental;

Lei Federal nº 11.645/08- História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena;

Lei Federal nº 10741/03 – Estatuto do Idoso;

Lei Federal nº 11340/06 - Cria mecanismo para coibir a violência doméstica e

familiar contra a mulher;

Lei Federal nº 18447/15 – Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas;

Lei Estadual nº 16.454/10 de 17 de maio de 2010 Resolução nº. 12, de 16 de

janeiro de 2016 _ Dia Estadual de combate a Homofobia;

Lei Federal 11525/07 _ Enfrentamento á Violência Contra a Criança e

Adolescente;

Lei Estadual nº 17335/12 – Programa de Combate ao Bullying;

Lei Federal nº 11947/09 - Educação alimentar e nutricional;

METODOLOGIA

A preocupação com a coerência entre pressupostos pedagógicos e o

desenvolvimento integral da pessoa, tem em vista um compromisso com a

transformação social, ajudando a pessoa a harmonizar-se consigo mesma, com

os outros e com o mundo, e principalmente com o Transcendente. Isso ensejou a

escolha de uma metodologia que melhor atende a todos esses aspectos. Por isso,

a opção pelo método dialético, o qual explicita as diferentes facetas da realidade,

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permitindo julgá-la segundo certos parâmetros que possibilita a assumir um

posicionamento consciente e coerente.

O método dialético não é novo. Já era usado na Grécia (Heráclito, Platão)

na China por Lao Tse (na teoria dos opostos) e também por Jesus, grande

pedagogo.

Para Hegel, a própria razão é dialética, pois a contradição é o motor do

pensamento e da história. Já para Marx, não é apenas um método para se chegar

a verdade, mas inclui uma concepção de pessoa, sociedade e relação homem-

mundo.

Assim o encaminhamento metodológico proposto visa um constante

repensar das ações que subsidiarão este trabalho. Logo, as práticas pedagógicas

poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e

valorizando universo cultural dos alunos.

Nesse propósito, convém, destacar que todo o conteúdo a ser tratado nas

aulas de Ensino Religioso contribuirá para a superação: do preconceito à

ausência ou à presença de qualquer crença religiosa; de toda forma de

proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão do sagrado.

Assim, os conteúdos a serem ministrados nas aulas de Ensino Religioso não

têm o compromisso de legitimar uma manifestação do sagrado em detrimento de

outra, uma vez que a escola não é um espaço de doutrinação, evangelização, de

expressão de ritos, símbolos, campanhas e celebrações.

A linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso é a pedagógica e

não a religiosa, referente a cada expressão do sagrado, adequada ao universo

escolar.

Os desafios socioeducacionais e as legislações obrigatórias serão

trabalhados como parte do currículo, especialmente no Plano de Trabalho

Docente.

AVALIAÇÃO

A avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo

educativo na disciplina de Ensino Religioso. Sendo entendida como uma

avaliação contínua, será observado se o aluno, com base nos conteúdos

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trabalhados, consegue estabelecer discussões sobre o Sagrado numa

perspectiva laica, demonstrando respeito à diversidade religiosa e cultural, e

ainda, reconhecendo que o fenômeno Religioso é um dado de cultura e de

identidade de cada grupo social.

Vale destacar que até o ano de 2017 as práticas e registros de avaliação

se dava de forma subjetiva, e com base na Orientação nº. 19/2016, a partir do ano

de 2018 deverão ser atribuídas notas à disciplina com registro no SERE, em

consonância com o Regimento Escolar desta escola. Ainda que seja obrigatório, a

partir de 2018, o registro de avaliação da disciplina, a mesma permanece não se

constituindo como objeto de retenção do aluno.

Nesse sentido, as práticas avaliativas devem permitir acompanhar o

processo de apropriação do conhecimento pelo aluno, tendo como parâmetros os

conteúdos estruturantes, básicos e específicos.

Deste modo, será possível verificar se os alunos estão passando do senso

comum para a consciência crítica, prezando pelos conteúdos e conhecimentos

científicos contemplados pela disciplina.

As intervenções serão feitas sempre através de retomada dos conteúdos

com metodologia diferenciada, como: observação direta, participação, trabalhos,

pesquisas, relatos de experiências, testes escritos e orais em grupos ou

individuais.

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REFERÊNCIAS

Lei 9 475 – Da nova redação ao art. 33 da Lei 9.394.

Deliberação – 01/2006 – CEE

Instrução - 05/04 – SEED/SUED/DEF - ( Nova Instrução)

CATÃO, Francisco. Convivência e Liberdade Vida e Religião. Paulinas, 1994. COSTELLA, D. O fundamento epistemológico do ensino religioso. In: JUNQUEIRA, S.; WAGNER, R. (Orgs.) O ensino religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004

FRANCISCO, R. Narloch. Redescobrindo o Universo Religioso-Ensino Fundamental. Ed. Vozes, Petrópolis, 2001. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Ensino Religioso. Curitiba, 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, 2016. REGIMENTO ESCOLAR, 2009. SCI.IIMOT. M.. Nova História Crítica. São Paulo. Ed. Nova Geração, 1999. TONGU, M. I. de Oliveira. Alegria de Viver Educação Religiosa. 1997. TONGU, M. I. Oliveira. Educação Religiosa. Ed. Moderna,1997.

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FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A filosofia como disciplina de ensino, é um conjunto de conhecimentos com

características praticas no que se refere à formação, é uma disciplina cultural,

pois a formação que propicia diz a respeito à significação culturais e históricos. A

disciplina de filosofia nos últimos anos tornou-se obrigatória sua introdução na

grande curricular do ensino médio no Brasil, sendo assim a presença da filosofia

no currículo de ensino médio justifica-se pelo seu valor, historicamente

consagrado, de formação dos educandos no exercício da cidadania a difusão dos

valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cuidados e

de respeito ao bem comum e a ordem democrática, bem como recomenda o

aprimoramento do educador como pessoa humana, incluindo a formação ética e o

desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento critico.

A filosofia sempre se confronta com o poder, e sua investigação não fica

alheia a ética e a política, e não é um exercício puramente intelectual. Descobrir a

verdade e ter a coragem de enfrentar as formas estagnadas do poder é aceitar o

desafio da mudança “saber para transformar”. Situar a filosofia enquanto

disciplina escolar no horizonte dos problemas contemporâneos – científicos,

tecnológicos, éticos – políticos, artísticos ou os decorrentes das transformações

das linguagens e das modalidades e sistemas de comunicação implica uma

tomada de posição para que a sua contribuição seja significativa, quando aos

conteúdos e processos cognitivos.

OBJETIVOS

A filosofia cada vez mais, ocupa-se com as condições e os princípios do

conhecimento que pretende ser racional e verdadeiro; com a origem, a formação

e o conteúdo dos valores éticos, políticos, artísticos e culturais, com a

compreensão das causas e das formas da ilusão e do preconceito no plano

individual e coletivo; com as transformações históricas dos conceitos, das idéias e

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dos valores. O objetivo da filosofia é o fato de que, por meio da reflexão dela se

permite ao homem ter mais uma dimensão, além de que é dada pelo agir imediato

no qual o homem prático se encontra mergulhado.

É a filosofia que dá distanciamento para a avaliação dos fundamentos dos

atos humanos e dos fins a que eles se destinaram: reúne o pensamento

fragmentado da ciência e reconstrói na sua unidade; retoma a ação pulverizadora

no tempo e procura compreende-la, portanto é a possibilidade da transcendência

humana, ou seja, a capacidade que só o homem tem de superar a situação dada

e não escolhida. Pela transcendência, o homem surge como ser de projetos,

capaz da liberdade e de construir o seu destino. O distanciamento é justamente o

que provoca a aproximação maior do homem com a vida.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

- A dimensão política;

A dimensão política do ensino da filosofia busca compreender os

mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos, discute

relações de poder e concebe novas potencialidades para a vida em sociedade. As

questões fundamentais da política perpassam a História da Filosofia, nas A obras

de grandes pensadores, da antiguidade à contemporaneidade.

No Ensino Médio, a Filosofia Política, por meio dos textos filosóficos, tem

por objetivo problematizar conceitos como o de cidadania, democracia, soberania,

justiça, igualdade e liberdade, dentre outros, de maneira a preparar o estudante

para uma ação política consciente e efetiva.

A dimensão econômico-social;

As sociedades que transformaram o poder político em coisa pública,

transparente, participável e voltado à construção do bem comum, são exceções

no espaço e no tempo. Se, por um lado, a modernidade está distante do ideal da

polis ateniense ou da res publica romana, por outro é preciso reconhecer que ela

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trouxe conquistas fundamentais, como a valorização da subjetividade e da

liberdade individual. Mas, a valorização exacerbada da esfera dos interesses

privados nos afastou da esfera pública e dos interesses comuns e, por isso, o

modelo da representação política tem sido a forma hegemônica do retorno da

democracia nas sociedades modernas. No entanto, é preciso considerar que

atravessamos uma crise da representação política que coloca em questão o atual

modelo dos chamados Estados democráticos liberais.

Vive-se um tempo em que os direitos humanos e políticos conquistados a

partir do século XVIII não garantem os direitos sociais mais elementares para a

maioria das pessoas. Assim, pensar o processo da ideologização da democracia

e, consequentemente, o formalismo jurídico que tem se sobreposto à

substancialização dos direitos, às formas de dominação, bem como alternativas

políticas ao que está instituído, são tarefas importantes da filosofia política.

No plano das relações internacionais, recentes acontecimentos como as

guerras de invasão, as ações terroristas estatais ou não e o desrespeito aos

direitos humanos, nos impõem uma ANO de questões sobre o sentido do poder,

da soberania, da democracia, da liberdade e da tolerância.

A dimensão cultural;

Tem como grande desafio transmitir a cultura erudita que é fruto produção

acadêmica centrada no sistema educacional, como se trata de uma cultura

produzida por uma minoria de intelectuais das mais diversas especialidades, e

geralmente saídos dos segmentos superiores da classe média e da classe alta.

Esse cultura erudita está ligada à elite, ou seja, está subordinada ao capital que

viabilizar esta cultura. Sendo assim fica como papel da educação pública

possibitar o acesso a essa cultura acadêmica, que ao longo da história sempre

ficou inacessivel a maioria das pessoas que compoem a classe trabalhadora.

Acredita-se que com esse acesso se amenize a relação entre dominadores e

dominados, existente no sistema capitalista de produção. Historicamente o ensino

da filosofia sempre esteve ligado às eleites e até seus conhecimentos teriam, de

alguma forma, contribuido como instrumento de dominação das classes

subjulgadas, com o ensino da filosofia no sistema público de ensino tem-se,

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portanto portanto a democratização desse saber erudito, devendo ser um

instrumento de libertação daqueles que a ele, agora, têm acesso.

CONTEÚDOS BÁSICOS - ENSINO MÉDIO: 1º. Ano

Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na série

Saber mítico Estrutura do pensamento mítico

Características - do Mito

Saber Filosófico Estrutura do pensamento filosófico pré-socrático

Características do pensamento filosófico pré-socrático

Saber Filosófico Estrutura do pensamento filosófico pré-socrático

Características do pensamento filosófico pré-socrático

Relação entre Mito e Filosofia

Diferenças e semelhanças entre o mito e a filosofia pré-socrático

Atualidade do Mito A presença do discurso mítico nos filmes e na cultura moderna

O que e a filosofia? Principais características da filosofia racionalidade, conceito e

Explicitação

Possibilidade do

conhecimento

Diferenças entre o relativismo de Protágoras e a perspectiva epistemológica de Platão

Formas de

conhecimento

Ceticismo, Dogmatismo, Racionalismo, Empirismo

O problema da verdade

Verdade como correspondência; Verdade como revelação;

Verdade como convenção.

A questão do

Método

Diferenças entre método dedutivo e indutivo

As regras do método cartesiano

Conhecimento e:

Lógica

Silogismo; Falácias; Retórica

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2º. ANO

Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na ANO

Ética e Moral Origens históricas da moral ocidental Diferenças entre moral e ética

Pluralidade etica Diferentes concepções eudaimonista hedonista, cristã, liberal, niilista, etc

Ética e Violência O problema da alteridade - O problema das virtudes

Razão, desejo e vontade

O conflito entre alma racional e alma irracional em Platão e Aristóteles; Amizade; liberdade

Liberdade: autonomia do

sujeito e a

Necessidade das normas

Conceitos de liberdade

- Livre-arbítrio

- Liberdade e cidadania

Relações entre

comunidade e

poder

Estado e violência

Os conceitos de Virtú e fortuna em Maquiavel

Liberdade e

igualdade política

Conceito de Isonomia e Isegoria

Liberdade e liberalidade

Política e ideologia

Liberalismo, Republicanismo, Socialismo , Marxismo

Esfera pública e privada

Conceito de esfera pública

Conceito de esfera privada

Condições de instauração do espaço público

Cidadania formal e/ou participativa

A crise da representação

A questão da legitimidade da democracia participativa

•Direitos e deveres.

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3º Ano

Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na ano

Concepções de ciência O que é ciência? Concepção antiga e moderna de ciência

A questão do

método científico

O método dedutivo e indutivo

Falseabilidade empírica, Ruptura epistemológica

Contribuições e limites da ciência

Ciência e sociedade Paradigmas científicos

Ciência e ideologia Alienação Política e ciência

Ciência e ética Bioética - A ciência e as suas conseqüências sociais

Ciência e senso comum

Natureza da arte Historia da arte; Concepções de arte e a Finalidade da arte

Filosofia e arte Baumgarten e a critica do gosto

Kant e a estética transcendental

Kant e Critica da faculdade do juízo

Categorias estéticas Feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc

Estética e

sociedade

O belo e as formas de arte; Utilidade da arte; Critica do gosto

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O encaminhamento metodológico proposto visa uma melhor efetivação das

diretrizes curriculares. Sendo assim, acreditamos ser imprescindível retomar

constantemente com os alunos como se deu a produção do conhecimento, ou

seja, como conhecimento, é produzido por um pesquisador, que por sua vez é

humano e, portanto limitado.

Dessa forma o aluno é capaz de identificar nas diversas fontes os inúmeros

conflitos existentes na sociedade.

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Os recursos didáticos deverão ser selecionados de maneira crítica para

sua atuação profissional segura e competente proporcionando um ensino

compromissado com o homem e a sociedade, onde o aluno possa produzir seu

conhecimento através da observação e análise crítica da realidade.

Levar os alunos a compreender que os conhecimentos são dinâmicos, para

isso precisa estar num constante planejar e replanejar através da

problematização, abordados através de temas.

Para o bom funcionamento dessa prática metodológica, o educador deve ir

além da ideologia oferecida por um simples livro didático, havendo a necessidade

da apropriação dos TICs (Tecnologia de Informações e Comunicações), de modo

a ser tradutor que transforma informações em conhecimentos de forma

humanística.

Os temas serão apresentados através:

- Aulas expositivas com utilização do retroprojetor;

- Análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos.

- Documentários em vídeos e filmes relacionados ao tema com debates;

- Trabalho de campo, entrevistas, visitas a órgãos públicos, industriais da cidade.

- Exposição de trabalhos em painéis.

- Uso do computador em rede, no laboratório de informática durante as aulas.

Orientações pedagógicas Para o Ensino Médio

O ensino de Filosofia no Ensino Médio visa fornecer aos estudantes a

possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas

múltiplas particularidades e especializações Segundo as Diretrizes Curriculares

de Filosofia o estudante precisa de um saber que opere, por questionamentos,

conceitos e categorias, e que busque articular o espaço-temporal e sócio-histórico

em que se dá o pensamento e a experiência humana.

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Como disciplina na matriz curricular do Ensino Médio, considera-se que a

Filosofia pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão

do mundo da linguagem, da literatura, da historia, das ciências e da arte.

Na atual polêmica mundial acerca dos possíveis sentidos dos valores

éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar

e muito a contribuir. Seus esforços dizem respeito, basicamente, aos problemas e

conceitos criados no decorrer de sua longa historia, os quais por sua vez geram

discussões promissoras e criativas que desencadeiam, muitas vezes, ações e

transformações. Por isso, permanecem atuais.

Um dos objetivos do Ensino Médio e a formação pluridimensíonal e

democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a

complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e

especializações Ao deparar-se com os problemas e por meio da leitura dos textos

filosóficos, espera-se que o estudante possa pensar, discutir, argumentar e, que,

nesse processo, crie e recrie para si os conceitos filosóficos, ciente de que não ha

conceito simples.

Assim, o ensino de filosofia como criação de conceitos deve abrir espaço

para que o estudante possa planejar um sobrevôo sobre todo o vivido, a fim de

que consiga a sua maneira também, cortar, recortar a realidade-e criar conceitos.

O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação

do estudante com os problemas, na busca de soluções nos textos filosóficos por

meio da investigação, no trabalho direcionado a criação de conceitos.

AVALIAÇÃO

Conforme a LDB n 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida

na sua função diagnostica e processual, isto e, têm o objetivo de subsidiar e

mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem Apesar

de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se

resumiria a perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na

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historia da Filosofia ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade

de tratar deste ou daquele tema

Para Kohan e Waksrnan (2002), o ensino de Filosofia tem uma

especificidade que deve ser levada em conta no processo de avaliação A Filosofia

como prática, como discussão com o outro e como construção de conceitos

encontra seu sentido na experiência de pensamento filosófico Entendemos por

experiência esse acontecimento inusitado que o educador pode propiciar e

preparar, porem não determinar e, menos ainda, avaliar ou medir O ensino de

Filosofia e, acima de tudo, um grande desafio, pois, [ ] a atividade filosófica do

mestre consiste em gerar ou dar poder ao outro isto quer dizer também fazê-lo

responsável Nisto reside a fecundidade, a atividade de “produzir” a capacidade de

pensar, dizer e agir de outro, que implica a realização de pensamentos, palavras

ações diferentes das do mestre, que lhe escapam ao querer e ao “controle’ [ J

Querer que o Outro pense, diga e faça o que queira, isto não e um querer fácil

(LANGON, 2003, p 94)

Dessa forma, ao avaliar, no Ensino médio por blocos o professor tora a

possibilidade de aplicar um instrumento avaliativo na sequência da investigação,

e a criação de conceitos ocorrera sem a fragmentação das aulas, pois sendo as

aulas geminadas o professor terá mais tempo pra aprofundar o conteúdo E

importante salientar que o docente deve ter respeito pelas posições do estudante,

mesmo que não concorde com elas, pois o que esta em questão e a capacidade

de argumentar e de identificar os limites dessas posições

O que deve ser levado em conta e a atividade com conceitos, a capacidade

de construir e tomar posições, de detectar os principias e interesses subjacentes

aos temas e discursos

Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino

Médio por blocos de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:

• qual discurso tinha antes;

• qual conceito trabalhou;

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• qual discurso tem após;

• qual conceito trabalhou.

A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento,

por meio da analise comparativa do que o estudante pensava antes e do que

pensa apos o estudo Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um

processo, sendo a avaliação é um processo que envolve o levantamento de

informações sobre o ensino e a aprendizagem, a análise das informações

coletadas, a tomada de decisão e a ação de encaminhamento para o

enfrentamento das questões diagnosticadas e continuidade do processo. Nesse

sentido, a avaliação assume o caráter formativo à medida que auxilia na tomada

de decisão objetivando o agir frente às questões diagnosticadas como fragilidades

do processo ensino aprendizagem. Portanto avaliar exige o estabelecimento de

critérios e instrumentos coerentes com os objetivos estabelecidos e a natureza

dos conteúdos trabalhados. Os critérios são os elementos norteadores do

levantamento de informações, da análise, da tomada de decisão e das ações que

serão desenvolvidas. Eles implicam, ainda, na delimitação dos instrumentos que

serão utilizados para avaliar, pois deles dependem os enunciados das questões, a

estrutura do instrumento avaliativo, bem como o conteúdo.:

INSTRUMENTOS AVALIATIVOS

Propõe-se para o ensino de filosofia uma avaliação formal e criteriosa. O

acompanhamento do processo ensino aprendizagem, tem como finalidade

principal dar respostas ao professor e ao aluno sobre o desenvolvimento desse

processo, possibilitando o redimensionamento deste, caso seja necessário.

Na avaliação serão utilizados instrumentos diversificados, quais sejam:

relatórios, produção e interpretação de textos, provas com questões objetivas de

múltipla escolha, provas escritas individuais e coletivas, trabalhos em grupo,

debates, participação efetiva nas atividades e projetos realizados em sala ou fora

dela, pesquisas de campo, realização das tarefas e atividades diárias em sala de

aula, passa ou repassa para melhor aproveitamento e estudo dos conteúdos

dentre outros.

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Importa destacar que, mesmo sendo utilizados instrumentos de avaliação

que podem ser desenvolvidos em grupo, a avaliação é um processo que incide

sobre os saberes de cada um em específico, na relação com os objetivos

estabelecidos no plano de trabalho docente e os conteúdos a serem apropriados

e o professor deve acompanhar o processo, percebendo o quanto cada educando

desenvolveu na apropriação de conhecimento histórico considerando três

aspectos importantes: a apropriação de conceitos e a aprendizagem dos

conteúdos específicos. Para tanto a participação e o desempenho do aluno será

aferido em diversos momentos durante o ano letivo, considerando sua

participação nas atividades de leitura, interpretação, análise de textos

historiográficos, mapas e documentos históricos, produção de narrativas

históricas, pesquisas bibliográficas, entre outros.

No contexto da avaliação na disciplina, encontra-se prevista a recuperação

paralela dos conhecimentos históricos, que visa à retomada dos saberes não

apropriados a partir dos objetivos e critérios estabelecidos. Nesse sentido, torna-

se necessário a construção de uma nova cultura escolar em relação à

recuperação paralela, buscando a recuperação de conteúdos e não apenas da

nota obtida. De forma concomitante, os saberes serão retomados e novos

instrumentos poderão ser aplicados para que novas informações sobre os

resultados do ensino e da aprendizagem sejam fornecidos, confirmando ser esse

um processo ininterrupto.

Sendo que é vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um

único instrumento avaliativo.

CRITÉRIOS

Nesse contexto, a avaliação possibilita ao professor avaliar seu próprio

desempenho, refletindo sobre as intervenções didático-pedagógicas necessárias

e quanto as possibilidades de aprendizagem dos alunos no que se refere:

• A apropriação dos conteúdos e conceitos históricos;

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• Ao domínio dos conceitos de tempo, observando e foram construídos de

forma que permitam o estudo das diferentes dimensões e contextos

históricos;

• Ao domínio dos conceitos históricos para análise de diferentes contextos

históricos;

• A compreensão da História como prática social da qual participam como

sujeitos hisk3dcos de seu tempo;

• A análise das diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões

econômica, social, política e cultural;

• A compreensão de que o conhecimento histórico é produzido com base em

um método problematizador e diferentes fontes documentais, a partir das

quais o pesquisador produz diferentes possibilidades de narrativa histórica

• A explicitação do respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e

econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que os

constituíram;

• A compreensão de que a produção do conhecimento histórico pode validar,

refutar ou complementar a produção historiográfica já existente.

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FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física é a ciência que estuda a Natureza, bem como, os fenômenos

naturais presentes no Universo. A origem do interesse pela compreensão dos

fenômenos naturais encontra-se ainda na Pré-história, na busca do homem em

resolver seus problemas cotidianos, bem como, garantir meios para sua

subsistência.

A humanidade desde então, tem se relacionado com o mundo a partir de

atitudes básicas tais como curiosidade e espanto; os fenômenos presentes na

natureza despertaram inicialmente a busca pela explicação desses fenômenos;

primeiramente através de mitos e posteriormente, com o avanço do conhecimento

cientifico, pela necessidade da descoberta e explicação das leis naturais.

Na sociedade em franco processo de globalização, o ensino da cultura

cientifica, na atualidade, propicia aos sujeitos reconstruírem o conhecimento

técnico - científico historicamente produzido como constituinte de sua formação

como seres humanos e futuros profissionais. A apropriação desse conhecimento

pode tornar esses sujeitos, pessoas críticas, criativas e inteiradas com a

sociedade e com as tecnologias a sua volta.

Por isso, a relevância da disciplina de Física no ensino médio tem por

objetivo a formação desses sujeitos visto que, a maioria deles somente terá

contato com este corpo de conhecimentos somente nesta etapa da vida escolar.

A Física, como todas as ciências, desenvolve-se gradualmente ao longo

do tempo, passando por crises, avanços e retrocessos, fracassos e sucessos. A

história da ciência procura conhecer e compreender as transformações pelas

quais a física passa ao longo do tempo. A versão mais ingênua da história da

Física é a de que, em certos momentos, aparecem grandes gênios que vêem

aquilo que outros não haviam visto, propõem grandes teorias e mudam o

desenvolvimento do pensamento humano. Essa é uma visão simplista e

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equivocada, com importantes conseqüências (negativas) para a compreensão da

própria natureza da ciência.

A Física oferece contribuições especificas no desenvolvimento cientifico e

tecnológico; as pessoas interagem com o conhecimento físico por diferentes

meios; de forma que não há como formar cidadãos que atuem na transformação

da sociedade sem o conhecimento da cultura cientifica.

É fato que, a Física enquanto parte integrante no processo de

desenvolvimento cientifico e tecnológico, tem por objetivo educar cidadãos

críticos, criativos e inteirados com a sociedade, que compreendam o Universo de

fenômenos ao seu redor, sabendo utilizá-los e/ou transformá-los.

A Física tem como objeto de estudo o universo, em toda a sua

complexidade. Dessa forma entende-se que a física deve educar para cidadania

contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a

beleza da produção científica ao longo da história e compreender a necessidade

desta dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de

fenômenos que o cerca.

Hoje, continuamos com um tratamento disciplinar porque consideramos

que a Física é um campo de conhecimentos específicos, em construção, e

socialmente reconhecida. Por isso, não aceitamos a generalidade, pois essa

cultura de busca de princípios gerais e abrangentes, tal qual o espírito positivista,

é um dos obstáculos ao desenvolvimento do conhecimento científico, capaz de

levar o espírito científico a se prender às soluções fáceis, imediatas e aparentes.

Essa diretriz busca construir um Ensino de Física centrado em conteúdos e

metodologias capazes de levar, aos estudantes, uma reflexão sobre o mundo das

ciências sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da pura racionalidade

científica, compartilhando, com mais gente e com menos álgebra, a emoção dos

debates, a força dos princípios e a beleza dos conceitos científicos. .

A proposta de conteúdos estruturantes tem em vista a evolução histórica

das idéias e conceitos da Física, a prática do docente e o entendimento, pelos

professores, de que o Ensino Médio deve estar voltado ä formação de sujeitos

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que, em sua formação e cultura, agreguem visão da natureza e das relações

humanas, sabendo utilizá-las e/ou transformá-las, se necessário.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE FÍSICA

Dentro da premissa estabelecida acima, o desenvolvimento desta disciplina

deverá contribuir para que o aluno desenvolva capacidades tais como:

• compreender a influência da ciência e da técnica na evolução das sociedades,

assim como os condicionamentos históricos e sociais na criação científica e

tecnológica;

• analisar e valorar as repercussões sociais, econômicas, políticas e éticas das

atividades científica e tecnológica;

• aplicar os conhecimentos científicos e tecnológicos aprendidos aos estudos e à

valoração de problemas relevantes na vida social;

• utilizar os conhecimentos sobre as relações existentes entre ciência, tecnologia

e sociedade para compreender melhor os problemas do mundo em que vivemos;

• buscar soluções e adotar posições baseadas nos juízos de valor livre e

responsavelmente assumidos;

• apreciar e valorar criticamente as potencialidades e as limitações da ciência e da

tecnologia para proporcionar maior grau de consciência e de bem-estar individual

e coletivo;

• assumir uma maior consciência dos problemas ligados ao desenvolvimento

desigual das sociedades humanas e adotar uma atitude responsável e solidária

com todos;

• analisar e avaliar criticamente as necessidades sociais e os desenvolvimentos

científico e tecnológico, valorando a informação e a participação cidadãs como

elementos importantes para a organização social;

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• reconhecer a técnica como produção sociocultural e histórica, possibilitando

alcançar uma maior capacidade de negociação na ação coletiva e gradual, taL

que a evolução da ciência assim oferece.

• formar cidadãos polivalentes, criativos e capazes de adaptação permanente às

novas formas de produção; reorientando a formação e a qualificação profissional

para melhorar a qualidade e a competitividade;

• preparar estudantes para se adaptarem às diversas organizações que adotam

tecnologias de ponta.

Interessa-nos aqui uma história que mostra a evolução das idéias e

conceitos em Física, um caminho quase sempre não-linear, cheio de erros e

acertos, avanços e retrocessos típicos de um objeto essencialmente humano, que

é a produção científica. Mas também, uma história que mostre a não-neutralidade

da produção científica, suas relações externas, sua interdependência com os

sistemas produtivos, enfim, os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais

desta ciência.

A História da ciência pode contribuir para dois importantes aspectos da

formação do professor: sua competência científica, isto é, o domínio dos

conteúdos que vai lecionar, com uma competência didática, contribuindo para que

nós, professores, tenhamos uma concepção de ciência, permitindo-nos ir além

dos resultados, os quais fazem de nossas aulas, muitas vezes, doutrinas e não

ensino de ciência, ao negá-la como uma construção humana.

Consideramos que o domínio da cultura científica constitui instrumento

indispensável à participação política, fato que somente poderá acontecer com

conteúdos historicamente e socialmente constituídos, e o mais próximo possível

da produção científica. Não há como participar de uma sociedade, atuando em

sua transformação, sem ciência básica. Esta nos parece ser uma condição

extremamente importante se o que desejamos é formar pessoas que sejam

criativas e participativas, capazes de atuar na sociedade atual.

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Então, entende-se que o ensino da Física deve estar voltado para os

fenômenos físicos, enfatizando-os qualitativamente, porém, sem perda da

consistência teórica. Além disso, propõe-se um tratamento qualitativo dos temas

da Física Moderna, corroborando para a apresentação da Física como ciência em

Processo de construção.

Essas considerações podem ajudar o estudante a compreender a ciência

não apenas como capaz de encontrar soluções fáceis e resolver todos os nossos

problemas, mas sim, de buscar o conhecimento físico que contribui para a

construção desta sociedade que estamos vivendo hoje, conhecimento esse,

motivado por interesses externos à produção científica.

“ O que a Física deve buscar no Ensino Médio é assegurar que a competência investigativa resgate o espírito questionador, o desejo de conhecer o mundo em que se habita. Também deve ser entendida como cultura na medida em que a escola deve assegurar o acesso da população a uma parcela de saberes produzido” (PCN, p.53).

Outra finalidade do ensino de Física é que o aluno compreenda e questiona

os métodos e os modelos científicos em seus limites e suas possibilidades. Enfim,

contribuir, em conjunto com as outras disciplinas, para a formação do sujeito

crítico ao considerar as relações sociais, políticas, econômicas e culturais que

determinam a produção científica (DCE-Física, p. 50).

Cientes de que os sujeitos do Ensino Médio são sujeitos históricos, a

atenção, aqui, recai sobre o tempo de trabalho escolar efetivo em sala de aula,

pois a organização curricular por blocos exige rever a organização da escola

quanto ao planejamento desse tempo para melhorar o seu aproveitamento já que

toda inovação escolar pode não se efetivar caso os tempos de aula continuem

fixos e reduzidos as aulas convencionais.

No caso das aulas de Física convencional significa manter um

planejamento de aulas baseado na exposição do professor, o qual é amparado

pelo livro didático e cujo trabalho pedagógico, ao reproduzir a lógica do livro,

transforma-se em uma prática pedagógica cujo mote é a resolução de exercícios

nos quais predominam a aplicação de formalismo matemático sem a devida

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discussão das teorias físicas, e, portanto, distante das orientações das Diretrizes

Curriculares Estaduais de Física (2008).

“Selecionar e organizar conteúdos para um programa didático da

física escolar é uma tarefa que aparenta ser simples, porém se

forem cumpridas algumas exigências de ordem teórica, sua

execução pode-se mostrar extremamente complexa. Talvez por

isso, poucos livros-textos se arrisquem a fugir do macro divisão

tradicional já bastante mencionada. Qualquer escolha, neste nível,

implica uma justificativa minimamente plausível, e na falta de uma,

o mais fácil é assumir a tradição. Ela passa a ser a própria

justificativa” (TERRAZZAN, 1994, p. 58).

Quanto à seleção dos conteúdos, segue-se a orientação das Diretrizes

Curriculares Estaduais de Física (2008) e opta-se pelos conteúdos básicos, pois,

são “considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes”

(DCE-Física) e o acesso a “esses conhecimentos é direito do aluno” (DCE-Física).

Os conteúdos básicos já especificados pelas Diretrizes Curriculares

Estaduais de Física dão uma boa estrutura do quadro teórico da Física e

permitem minimizar um débito que a escola básica tem com os alunos. “A grande

concentração de tópicos, tratados na física escolar, se dá na física desenvolvida

aproximadamente entre 1600 e 1850. Portanto, estamos em débito com nossa

juventude 'sonegando', no mínimo, vários séculos de física elaborada”.

(TERRAZZAN, 1994, p. 42). Os conteúdos básicos propostos nas DCE

aproximam-se, conceitualmente, da física atual mostrando, uma ciência em

construção. Por exemplo, ao se trabalhar os conceitos essenciais da teoria

newtoniana, como espaço, tempo e massa, propõe-se ir além chegando aos

conceitos de espaço-tempo e massa relativísticos.

“Nessa medida, prefiro pensar que devesse proporcionar aos

estudantes uma visão da ciência física, por exemplo como um

corpo unitário de conhecimentos que possui uma estruturação

interna em grandes sistemas conceituais inter-relacionados”

(TERRAZZAN,1994, p. 162).

Isso não significa minimizar o conhecimento físico, ao contrário, eles são o

ponto de partida para se buscar o necessário aprofundamento que leve à

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compreensão da Física como uma ciência, pois, o ensino de física vem

apresentando um quadro no qual

“(...) há uma dedicação quase exclusiva ao conteúdo técnico da

física, até muitas vezes reduzido aos seus aspectos de algoritmos

matemáticos. Todas as grandes discussões conceituais de fundo,

envolvendo os aspectos históricos e sociais do desenvolvimento

da física enquanto ciência, estão ausentes da nossa física

escolar.” (TERRAZZAN, 1994, p. 42).

Como consequência mais imediata, os estudantes acabam por não gostar

da disciplina e, passam pela educação básica sem conhecer a produção

científica: suas idéias, seu corpo teórico, as questões culturais que a envolvem,

dentre outras coisas.

Por exemplo, ao tratar da teoria newtoniana, pode-se trabalhar a visão de

mundo implícita nessa teoria, a influência de suas idéias em outros campos do

conhecimento como na arte (pintura, cinema, música, etc.); o contexto histórico

social da época de sua produção e as perspectivas que surgiram para a ciência a

partir daí; e a abrangência de conceitos como espaço e tempo.

Uma discussão quanto ao método científico remete à Filosofia e, nesse

caso, pode-se discutir a construção do método, discuti-lo tanto do ponto de vista

da Filosofia e do ponto de vista da Física, a partir da análise do trabalho dos

físicos.

Nesta proposta entende-se que o ensino de física deve permitir que o

estudante desenvolva o pensamento científico através das discussões onde o

contrário se faça presente, isto é, um ensino que vá além do uso de algoritmos

matemáticos para resolver alguns problemas, mas que permita buscar relações

que levem ao aprofundamento do conteúdo.

O ensino excessivamente mecanizado e repetitivo faz com que estudantes

e professores usem “... apenas o pensamento analógico e não o pensamento

antitético” (Lufti, 1991, citado por Terrazzan, 1994, p.128). Como consequência,

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“... nunca avançaremos em nosso conhecimento, pois tudo se reduz ao

conhecido, o que leva à alienação da vida cotidiana. ” (Idem).

“No ensino dos conteúdos escolares, as relações interdisciplinares evidenciam, por um lado, as limitações e as insuficiências das disciplinas em suas abordagens isoladas se individuais e, por outro, as especificidades próprias de cada disciplina para a compreensão de um objeto qualquer. Desse modo, explicita-se que as disciplinas escolares não são herméticas, fechadas em si, mas, a partir de suas especialidades, chamam umas às outras e, em conjunto, ampliam a abordagem dos conteúdos de modo que se busque, cada vez mais, a totalidade (…)” (Paraná/SEED/DEB, Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física, 2008, p. 27).

Assim, espera-se que os estudantes compreendam a ciência como uma

construção humana, como apregoam as Diretrizes Curriculares Estaduais de

Física e, haja uma enculturação científica de forma que percebam os avanços

proporcionados pela ciência, suas possibilidades e seus limites.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E SEUS DESDOBRAMENTOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

MOVIMENTO

TERMODINÂMICA

ELETROMAGNETISMO

Os conteúdos desenvolvidos no âmbito desses três conteúdos estruturantes

permitem o aprofundamento, as contextualizações e relações interdisciplinares,

os avanços da física dos últimos anos e as perspectivas de futuro.

CONTEÚDOS PARA O 1º ANO

MOVIMENTO, VARIAÇÕES E CONSERVAÇÕES:

Unidades temáticas

- Conceitos básicos de Cinemática;

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- As Leis de Newton e suas aplicações;

- Trabalho e Energia - Leis da Conservação da energia;

- Conservação de Quantidade de Movimento – impulso;

- Movimentos oscilatórios;

- Conservação de Momentum – Estudo das Colisões entre partículas;

- Mecânica dos fluidos;

- Equilíbrio de Corpos – estática;

- Gravitação Universal;

- Estudo da luz – enquanto tratada como partícula;

CONTEÚDOS PARA O 2º ANO

TERMODINÂMICA: CALOR AMBIENTE E USOS DE ENERGIA

Unidades temáticas:

Temperatura e Calor – processos reversíveis e irreversíveis; escalas termométricas; medidas de temperatura; equilíbrio térmico; - Estudo do calor – Trocas de calor ; Transmissão de Calor; - As Leis da Termodinâmica; Máquinas Térmicas e entropia; Quantização de energia;

- Estudo dos Gases;

– Teoria Cinética;

SOM, IMAGEM E INFORMAÇÃO

Unidades temáticas:

- Luz – princípios da óptica geométrica;

- Instrumentos Ópticos;

- Ondas;

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CONTEÚDOS PARA O 3º ANO

ELETRICIDADE E ELETROMAGNETISMO – EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E

TELECOMUNICAÇÕES

Unidades temáticas:

- Carga elétrica; Corrente Elétrica; Lei de Coulomb;

- Campo Elétrico e Potencial elétrico;

- Resistores – Leis de Ohm;

- Geradores e Receptores – Associação de Resistores;

- Capacitores – Associação de capacitores ; diodos e transistores

MATÉRIA E RADIAÇÃO

Unidades temáticas:

- Campo Magnético – ímãs; magnetismo terrestre e magnetismo da matéria;

- Relatividade e Física Atômica- dilatação dos tempos, contração das distâncias;

energia quantizada; efeito fotoelétrico;

- Radioatividade e Física Nuclear – decaimento radioativo; radioterapia;

aplicações da radioatividade; raios x; reações nucleares e energia de ligação;

fissão e fusão nuclear;

UNIVERSO, TERRA E VIDA

Unidades temáticas:

- Terra e sistema solar;

- O Universo e sua origem;

- Compreensão humana do Universo

Desafios socioeducacionais serão articulados aos conteúdos, com respaldo nas

seguintes legislações:

● Lei Educação Ambiental (L.f. 9795/99, Dec. 4201/02);

● Lei Estadual nº 17505/13 - Educação Ambiental;

● Educação Fiscal/Educação Tributária (Dec. 1143/99 Portaria 413/02);

● Lei nº 11947/09 - Educação Alimentar e Nutricional;

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 113

● Lei nº 9503/97 - Código de Trânsito Brasileiro - Educação para o Trânsito;

● Lei Estadual nº 17858/13 - Política de Proteção ao Idoso;

● Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Lei 11.343/06;

METODOLOGIA DE ENSINO DA DISCIPLINA

O Processo ensino-aprendizagem, em Física, deve partir do conhecimento

prévio do aluno, onde se incluem as concepções alternativas ou concepções

espontâneas, sobre os quais a ciência tem um conceito científico. Sejam elas

adquiridas no dia a dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de

convivência e que na escola se fazem presentes no momento em que se inicia o

processo de ensino-aprendizagem ou que envolvam um saber socialmente

construído e sistematizado.

O objetivo é que professor e estudante em conjunto compartilhem

significados na busca da aprendizagem que acontece quando as novas

informações interagem com o conhecimento prévio do sujeito e simultaneamente,

adicionam, diferenciam, integram, modificam e enriquecem o conhecimento já

existente.

O processo ensino-aprendizagem é um processo baseado nas interações

aluno-aluno, aluno-professor e aluno-professor-objeto de conhecimento.

Essas interações podem se dar auxiliadas por recursos tais como:

• Leitura científica (leitura de textos), onde o importante seja a formação cultural

do cidadão contemporâneo, sendo um elemento motivador e utilizado como

instrumento de mediação na sala de aula, não devendo ser visto como se todo o

conteúdo estivesse ali presente, mas levando a novas questões e discussões,

bem como, com apresentação de questões e dúvidas por escrito;

• Experimentação formal, com discussão pré e pós laboratório, visando a

construção e ampliação de conceitos;

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• Demonstrações experimentais, como recursos para coleta de dados e posterior

discussão;

• Estudo do meio, através do qual se pode ter idéias interdisciplinares dos campos

de conhecimento (visitas a sistemas produtivos industriais e rurais);

• Aulas dialógicas, nas quais o professor deve instigar o diálogo sobre o objeto de

estudo;

• Audiovisual, da mesma forma que o trabalho experimental, envolve períodos de

discussão pré e pós atividades audiovisual e deve facilitar a construção e

ampliação de conceitos;

• Informática como fonte de dados e informações;

• Biblioteca, como fonte de dados e informações.

ESTRATÉGIAS

• Coleta de textos trazidos pelos alunos, coletados em jornais, revistas, história

em quadrinhos, contemplando sempre um mesmo conteúdo para discussão,

apresentação de questões e dúvidas;

• Leitura de textos acompanhada de resolução de problemas qualitativos e

quantitativos;

• Apresentação de filmes e após, realização de leitura de texto de divulgação

científica com a mesma abordagem, momento propício para o surgimento de

questionamentos.

AVALIAÇÃO

A avaliação dar-se-á ao longo do processo de ensino e aprendizagem dos

estudantes, visto que ela é um instrumento para acompanhamento do trabalho do

professor e do processo de aprendizagem dos estudantes.

“Mas, para isso, é preciso um planejamento do que ensinar

(conteúdos), para que ensinar (o que se espera do aluno ao final

de cada unidade de conteúdo, a cada ano, ao final do ensino

médio) e qual é o resultado esperado desse ensino (que sujeito

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pretende formar)” (Paraná/SEED/DEB, Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – Física, 2008, p. 79).

A avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos adotados por

essa diretriz, levando-se em conta o progresso do estudante quanto aos aspectos

históricos, conceituais e culturais e a não-neutralidade da ciência, devendo ter um

caráter diversificado, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação da apropriação do conhecimento do conteúdo será conduzida

por critérios que visem auxiliar o aluno na aprendizagem de conhecimentos

essenciais, ao final de cada conteúdo trabalhado, podendo ser realizada através

de avaliação escrita, discussão de trabalhos, sejam estes individuais ou coletivos,

observação das experimentações realizadas, devendo ser utilizada para intervir

no processo de aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

O desempenho do aluno será aferido em diversos momentos durante o

ano letivo, considerando:

• Suas tentativas na realização das atividades;

• Manifestações de suas dúvidas;

• Interação com o grupo;

• Progresso em relação ä condição anterior;

• Aquisição de novos conceitos;

• Comprometimento e superação das dificuldades apresentadas;

• Demonstração de interesse e vontade em aprender;

• Trabalhos escritos e exposição de trabalhos;

• Participação ativa nas aulas e trabalhos;

• Realização de atividades solicitadas;

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• Entrega de trabalhos dentro do prazo estipulado;

• Provas e testes escritos.

A avaliação será registrada on line na escala de 0 a dez, onde também

estão registradas as datas e os conteúdos abordados nestas avaliações, o cálculo

tanto pode ser somatório e/ou média aritmética, ficando a critério de cada

professor, desde que este registre no seu planejamento a fórmula aplicada por

ele, bem como, não poderá ser dada uma única aferição.

As avaliações podem ser aplicadas individualmente ou em grupo, através

de atividades até mesmo de pesquisa que tanto podem ser entregues ao

professor ou expostas oralmente.

Quanto aos testes escritos, serão elaborados de acordo com os conteúdos

estudados e nas formas pedagogicamente corretas, atentando todos os quesitos

recomendados, isto é, com questões diversificadas objetivas e subjetivas.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e

os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado

insuficiente, pois é um dos aspectos de aprendizagem no seu desenvolvimento

contínuo, pelo qual o aluno dispõe de convicções que lhe possibilite a apreensão

de conteúdos básicos.

O professor estabelecerá critérios próprios para traduzir o resultado da

recuperação de estudos em metas. O professor registrará no Registro on livro; a

recuperação será realizada através de revisão de conteúdo, tarefa, atividades

diversificadas durante o período letivo concomitantemente às aulas tão logo se

detecte insuficiências ou desvios no processo ensino-aprendizagem, que

receberão deste Estabelecimento às condições necessárias para a sua execução.

Os resultados da recuperação deverão incorporar-se aos das avaliações

efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do

aproveitamento escolar.

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Todo aluno terá direito à recuperação desde que não tenha atingido o

máximo, que no caso é 100% (cem por cento) de aproveitamento.

Após a recuperação de estudos prevalecerá a maior nota.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9.394/96.

Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio.

Halliday, D., Resnick, R. e Walker, J., Fundamentos de Física (4a ed. )- John Wiley& Sons, Inc.

Nussenzveig, M., Curso de Física Básica (2 - Fluidos, Oscilações e Ondas, Calor) - Editora Edgard BlücherLtda

Orientações Curriculares para o Ensino Médio.

PARANÁ/SEED/DEB. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física. Curitiba, 2008.

Projeto Político Pedagógico.

Rocha, J.f. (Org.) Origens e evolução das idéias da Física. Salvador:Edufra, 2002.

YUS, R. Horário em blocos para a integração curricular e … muito mais. In: Pátio Revista Pedagógica (online), Porto alegre, n. 30, p. 8-11, mai/julh/2004Ano VIII, n. 30.

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GEOGRAFIA – ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Para organizar o pensamento pedagógico é necessário estabelecer os

objetivos do ensino da geografia, os conteúdos e a metodologia, considerando

seus aspectos ideológicos e políticos. Os conteúdos são os meios de se

desenvolver o raciocínio geográfico, organizado em dois eixos: a formação de

conceitos e a alfabetização geográfica. No encaminhamento metodológico ficará

explícito a linha ideológica adotada e a que tipo de cidadão e sociedade se deseja

construir, portanto é imprescindível que o professor conheça as posturas teórico

práticas das escolas pedagógicas.

O nosso desejo é que o aluno seja capaz de ler o espaço geográfico e

compreendê-lo com criticidade, instrumentalizando-o para interferir na construção

consciente desse espaço. Uma maneira interessante para se efetivar esta prática

é apresentar situações-problemas. Durante as atividades de Prática de Formação

(estágio), o aluno-mestre vivenciará várias situações no ensino da geografia, que

deverão ser apresentadas e discutidas com a turma, pesquisando referenciais

teóricos sobre o tema e propostas/alternativas para um trabalho mais eficiente,

não caindo em situações simplistas ou a atuações muito complexas para os

educandos da educação.

O conhecimento geográfico é uma necessidade básica para o ser humano

desde o momento em que ele começou a se organizar.

Fez-se necessário ao homem conhecer a natureza e os elementos ao seu

redor para produzir seu alimento e outros artigos fundamentais para sua

sobrevivência.

Assim o povo mais primitivo começou, a partir da observação da natureza,

a criar os primeiros saberes geográficos.

Na antiguidade clássica a existência e expansão da Grécia e, sobretudo do

império Romano fez com que os saberes geográficos tivessem um grande

avanço.

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No século XVI com as grandes navegações houve um processo de

expansão das ideias3 geográficas, principalmente no que se refere as questões

cartográficas.

No século XIX, com o Imperialismo, foram criadas diversas sociedades

geográficas com o objetivo de apoiar países como Inglaterra, França e Prússia

(Alemanha), em seu domínio sobre a África, Ásia e América do Sul, nesse

contexto surgiram as escolas nacionais de pensamento geográficos, entre elas a

Escola Alemã e a Francesa.

Essas Escolas e seus pensadores mais célebres, Ratzel e Vital de La

Blache, foram utilizados para justificar a conquista e o domínio de países e povos

mais atrasados pelos europeus.

Foi ainda no século XIX que a ciência geográfica foi sistematizada e

chegou às universidades européias no Brasil à institucionalidade da geografia a

partir de 1930.

As várias mudanças pelas quais o mundo passou a partir da Segunda

Guerra Mundial trouxeram transformações intensas no pensamento geográfico do

século XX.

O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, o mesmo é divido

em: espaço geográfico natural e espaço geográfico cultural ou construído. Em

suma, pode-se afirmar que o espaço geográfico é o “palco” das relações

humanas, pois o homem habita a superfície e usufrui de tudo que a natureza

fornece.

A Geografia com as demais disciplinas do currículo terá o papel de

proporcionar situações que permite ao estudante pensar sobre o tempo e o

espaço de vivência. A internacionalização da economia e da informação

mudaram as moções de tempo e espaço mudaram as relações de trabalho e as

relações de poderes entre as nações.

Caberá ao professor desenvolver o seu verdadeiro papel de facilitador do

processo ensino-aprendizagem, onde o mesmo orienta o educando a ser um

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 121

pesquisador e construtor dos seus próprios conceitos, mudanças de postura,

formas de pensar de valores, refletirem que o cerca em consonância com as

transformações mundiais.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

A Geografia, como as demais áreas do saber que compõem a matriz

curricular das escolas de educação básica, procura desenvolver no aluno a

capacidade de observar, analisar, interpretar e pensar criticamente a realidade

tendo em vista a sua transformação. (Oliveira¹). Estes, ao nosso ver, não são os

objetivos exclusivos da Geografia, mas de todo processo educativo. O ensino da

Geografia deve particularmente possibilitar ao aluno compreender o espaço

produzido pela sociedade em que vivemos, as relações de produção que se

desenvolvem, a apropriação que essa sociedade faz da natureza e as

desigualdades e contradições presentes neste. Isto deve permitir desenvolver

procedimentos para captar a realidade, internalizar métodos e ter consciência da

espacialidade das coisas (CAVALCANTI, 2005)².

JUSTIFICATIVA

A discussão da Geografia no ensino Fundamental e médio oferece

subsídios para que o aluno conheça a (re) organização do espaço na perspectiva

das dimensões econômica, política, socioambiental, cultural e demográfica. O

conhecimento inter-relacionado dessas dimensões aprimora a compreensão

sobre os fenômenos naturais e humanos, evidenciando aspectos socioespaciais

presentes na organização dos diferentes lugares. Entender esses processos e

ações que compõem os diferentes fenômenos através da análise em escalas

local, regional, nacional e mundial é fundamental para que o sujeito possa

reconhecer-se como parte do processo de (re) organização espacial, e dessa

forma atuar na busca por melhorias que incidam diretamente no espaço por ele

ocupado.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 122

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Entende-se por conteúdos estruturantes, os conhecimentos de grande

amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina

escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo

os conteúdos específicos devem ser abordados.

Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os

conteúdos estruturantes da Geografia devem considerar em sua abordagem

teórico-metodológica, as relações socioespaciais em todas as escalas

geográficas, analisadas em função das transformações políticas, econômicas,

sociais e culturais que marcam o atual período histórico.

Embora ultrapassem o campo da pesquisa geográfica e perpassem outras

áreas do conhecimento, tais conteúdos são constitutivos da disciplina de

Geografia, porque demarcam e articulam o que é próprio do conhecimento

geográfico escolar. Essa especificidade geográfica é alcançada quando os

conteúdos são espacializados e tratados sob o quadro teórico conceitual de

referência da disciplina.

Os conteúdos estruturantes da Geografia são:

• Dimensão econômica do espaço geográfico;

• Dimensão política do espaço geográfico;

• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;

• Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

Os conteúdos estruturantes e os conteúdos básicos devem ser tratados

pedagogicamente a partir das categorias de análise - relações Espaço < ->

temporais e relações Sociedade < -> Natureza – e do quadro conceitual de

referência. Por meio dessa abordagem de estudo da Geografia em suas amplas e

complexas relações.

Como dimensões geográficas da realidade, os conteúdos estruturantes da

Geografia estabelecem relações permanentes entre si. Os conteúdos específicos,

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 123

por sua vez, devem ser abordados a partir das dimensões geográficas próprias

dos quatro conteúdos estruturantes.

A depender da ênfase que o professor deseja dar a determinado conteúdo

específicos, é possível priorizar ora a abordagem de um conteúdo estruturante,

ora de outro. Entretanto, a articulação entre todos eles deve ser explicada pelo

professor para que o aluno compreenda que na realidade socioespacial eles não

se separam.

Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos

conteúdos básicos.

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico.

• As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista.

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estáticos

da população.

• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural.

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

7º ANO

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

• As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 124

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores artísticos

da população.

• Movimentos migratórios e suas motivações.

• O espaço rural e a modernização da agricultura.

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização.

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico.

• A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

8º ANO

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano.

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

• O comércio em suas implicações socioespaciais.

• A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico.

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

• O espaço rural e a modernização da agricultura.

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

• Os movimentos migratórios e suas motivações.

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

• Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

9ºANO

• As diversidades regionalizações do espaço geográfico.

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 125

• A revolução técnico científico informacional e os novos arranjos no espaço da

produção.

• O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)

organização do espaço geográfico.

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

• O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração

territorial.

Leis obrigatórias contempladas: • História do Paraná 13381/01

• Lei Federal nº 9795/99, Dec. 4201/02 - Educação Ambiental; • Lei Estadual nº 17505/13 – Educação Ambiental;

• Lei Federal nº 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira;

• Lei Federal nº 11.645/08 - História e Cultura Afro-brasileira e Indígena;

• Instrução nº 17/16 SUED/SEED – História e Cultura Afro-brasileira;

• Lei Federal 11525/07 - Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o Adolescente;

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia de ensino da geografia deve permitir que os alunos se

apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo

de produção e transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteúdos da

Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a

realidade próxima e distante dos alunos, em coerência com os fundamentos

teóricos propostos.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 126

O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do

conhecimento geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato

docente, mediante um planejamento que articule a abordagem dos conteúdos

com avaliação. No ensino de Geografia, tal abordagem deve considerar o

conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo ao conhecimento

científico no sentido de superar o senso comum.

Ao invés de simplesmente apresentar o conteúdo que será trabalhado,

recomenda-se que o professor crie uma situação problema, instigante e

provocativa. Essa problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para

o conhecimento. Por isso, deve se constituir de questões que estimulem o

raciocínio, a reflexão e a crítica, de modo que se torne sujeito do seu processo de

aprendizagem.

Outro pressuposto metodológico para a construção do conhecimento em

sala de aula é a contextualização do conteúdo. Na perspectiva teórica destas

Diretrizes, contextualizar o conteúdo é mais do que relacioná-lo à realidade vivida

do aluno, é, principalmente, situá-lo historicamente e nas relações políticas,

sociais, econômicas, culturais, em manifestações espaciais concretas, nas

diversas escalas geográficas.

Sempre que possível o professor deverá estabelecer relações

interdisciplinares dos conteúdos geográficos em estudo, porém, sem perder a

especificidade da Geografia. Nas relações interdisciplinares, as ferramentas

teóricas próprias de cada disciplina escolar devem fundamentar a abordagem do

conteúdo em estudo, de modo que o aluno perceba que o conhecimento sobre

esse assunto ultrapassa os campos de estudo das diversa disciplinas, mas que

cada uma delas tem foco de análise próprio.

O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma

dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que

a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse

procedimento tem por finalidade que o ensino da Geografia contribua para a

formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e

crítica.

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A considerar esses pressupostos metodológicos, o professor organiza o

processo de ensino de modo que os alunos ampliem suas capacidades de análise

do espaço geográfico e formem os conceitos dessa disciplina de maneira cada

vez mais rica e complexa.

Instrumentos metodológicos: Aulas expositivas, trabalhos em grupo,

pesquisas, recursos audiovisuais, rádio, livro didático, jornais, TV pen drive,

revistas, data-show, aula de campo, internet, charges, ilustrações, fotografias,

slides, entre outros.

AVALIAÇÃO

Os conteúdos estão estruturados para serem desenvolvidos de forma a

possibilitar a interação entre alunos. Essa interatividade é proporcionada por meio

dos diversos questionamentos existentes, os quais resgatam o conhecimento

prévio dos alunos, estimulam a exposição e opiniões e participação em grupo nos

debates e trabalhos de equipe, entre outras atividades. Esses questionamentos

têm como objetivo desenvolver atitudes de sociabilidade, convivência em grupo,

respeito mútuo e a tomada de decisões.

Os questionamentos constituem também uma estratégia que possa

relacionar a realidade do aluno ao conteúdo teórico e, em momentos posteriores,

fazer o caminho inverso, passando da teoria à realidade em que vivem.

A recuperação de estudos é direito do aluno, independentemente do nível

de apropriação dos conhecimentos básicos.

Nessa concepção de avaliação, considera-se que os alunos têm diferentes

ritmos de aprendizagem, identificam-se dificuldades e isso possibilita a

intervenção pedagógica a todo o tempo. O professor pode, então, procurar

caminhos que todos os alunos aprendam e participem das aulas.

Assim, recomenda-se que a avaliação em Geografia seja mais do que a

definição de uma nota ou um conceito. Desse modo, as atividades desenvolvidas

ao longo do ano letivo devem possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e

posicionamento crítico frente aos diferentes contextos sociais.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 128

O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e

atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de

ensino/aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o

questionamento e a participação dos alunos.

A avaliação deixa de ser um momento terminal do processo educativo para

se transformar na busca incessante de compreensão das dificuldades do educado

e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento.

Será necessário, então, diversificar os critérios e os instrumentos de

avaliação. Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar

técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos,

como:

• interpretação e produção de textos de Geografia;

• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

• relatórios de aulas de campo;

• apresentação e discussão de temas em seminários;

• construção, representação e analise do espaço através de maquetes, entre

outros.

A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto

acompanhar a aprendizagem dos alunos, quanto nortear o trabalho do professor.

Ela permite a melhoria do processo pedagógico somente quando se constitui

numa ação reflexiva sobre o fazer pedagógico. Não deve ser somente a avaliação

do aprendizado do aluno, mas também uma reflexão das metodologias do

professor, da seleção dos conteúdos, dos objetivos estabelecidos e podem ser

um referencial para o redimensionamento do trabalho pedagógico.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

Havendo necessidade, em qualquer momento do período letivo, são

realizadas intervenções pedagógicas com retomada de conteúdos para a

realização da recuperação de estudos.

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A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

A recuperação dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo

ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades significativas, por meio

de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressos em

uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez) e será registrada no Registro de Classe on

line.

Após a recuperação de estudos prevalecerá a maior nota.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 130

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTROGIOVANNI, A.C.(Org.) Geografia em sala de aula:práticas e reflexões.Porto Alegre:Ed. UFRS,1999.

GOMES,P.C. DA C. Geografia e Modernidade.Rio de Janeiro:Bertrand Brasil,1996.

VESENTINI, J.W.Para uma geografia crítica na escola, São Paulo:Ática , 1992.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Diretrizes Curriculares da Educação Básica; Geografia, Curitiba, 2008.

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GEOGRAFIA – ENSINO MÉDIO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Para organizar o pensamento pedagógico é necessário estabelecer os

objetivos do ensino da geografia, os conteúdos e a metodologia, considerando

seus aspectos ideológicos e políticos. Os conteúdos são os meios de se

desenvolver o raciocínio geográfico, organizado em dois eixos: a formação de

conceitos e a alfabetização geográfica. No encaminhamento metodológico ficará

explícito a linha ideológica adotada e a que tipo de cidadão e sociedade se deseja

construir, portanto é imprescindível que o professor conheça as posturas teóricas

e práticas das escolas pedagógicas.

O nosso desejo é que o aluno seja capaz de ler o espaço geográfico e

compreendê-lo com criticidade, instrumentalizando-o para interferir na construção

consciente desse espaço. Uma maneira interessante para se efetivar esta prática

é apresentar situações-problemas. Durante as atividades de Prática de Formação

(estágio), o aluno-mestre vivenciará várias situações no ensino da geografia, que

deverão ser apresentadas e discutidas com a turma, pesquisando referenciais

teóricos sobre o tema e propostas/alternativas para um trabalho mais eficiente,

não caindo em situações simplistas ou a atuações muito complexas para os

educandos da educação.

Fez-se necessário ao homem conhecer a natureza e os elementos ao seu

redor para produzir seu alimento e outros artigos fundamentais para sua

sobrevivência.

Assim o povo mais primitivo começou, a partir da observação da natureza,

a criar os primeiros saberes geográficos.

Na antiguidade clássica a existência e expansão da Grécia e, sobretudo do

império Romano fez com que os saberes geográficos tivessem um grande

avanço.

No século XVI com as grandes navegações houve um processo de

expansão das idéias geográficas, principalmente no que se refere as questões

cartográficas.

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No século XIX, com o Imperialismo, foram criadas diversas sociedades

geográficas com o objetivo de apoiar países como Inglaterra, França e Prússia

(Alemanha), em seu domínio sobre a África, Ásia e América do Sul, nesse

contexto surgira as escolas nacionais de pensamento geográficos, entre elas a

Escola Alemã e a Francesa.

Essas Escolas e seus pensadores mais célebres, Ratzel e Vital de La

Blache, foram utilizados para justificar a conquista e o domínio de países e povos

mais atrasados pelos europeus.

Foi ainda no século XIX que a ciência geográfica foi sistematizada e

chegou as universidades européias no Brasil à institucionalidade da geografia a

partir de 1930.

As várias mudanças pelas quais o mundo passou a partir da Segunda

Guerra Mundial trouxeram transformações intensas no pensamento geográfico do

século XX.

O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, o mesmo é divido

em: espaço geográfico natural e espaço geográfico cultural ou construído. Em

humanas, pois o homem habita a superfície e usufrui de tudo que a natureza

fornece.

A Geografia com as demais disciplinas do currículo terá o papel de

proporcionar situações que permite ao estudante pensar sobre o tempo e o

espaço de vivência. A internacionalização da economia e da informação

mudaram as moções de tempo e espaço mudaram as relações de trabalho e as

relações de poderes entre as nações.

Caberá ao professor desenvolver o seu verdadeiro papel de facilitador do

processo ensino-aprendizagem, onde o mesmo orienta o educando a ser um

pesquisador e construtor do seu próprios conceitos, mudanças de postura,

formas de pensar de valores, refletirem que o cerca em consonância com as

transformações mundiais.

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

A Geografia, como as demais áreas do saber que compõem a matriz

curricular das escolas de educação básica, procura desenvolver no aluno a

capacidade de observar, analisar, interpretar e pensar criticamente a realidade

tendo em vista a sua transformação. (Oliveira¹). Estes, ao nosso ver, não são os

objetivos exclusivos da Geografia, mas de todo processo educativo. O ensino da

Geografia deve particularmente possibilitar ao aluno compreender o espaço

produzido pela sociedade em que vivemos, as relações de produção que se

desenvolvem, a apropriação que essa sociedade faz da natureza e as

desigualdades e contradições presentes neste. Isto deve permitir desenvolver

procedimentos para captar a realidade, internalizar métodos e ter consciência da

espacialidade das coisas (CAVALCANTI, 2005)².

JUSTIFICATIVA

A discussão da Geografia no ensino Fundamental e médio oferece

subsídios para que o aluno conheça a (re) organização do espaço na perspectiva

das dimensões econômica, política, socioambiental, cultural e demográfica. O

conhecimento inter-relacionado dessas dimensões aprimora a compreensão

sobre os fenômenos naturais e humanos, evidenciando aspectos socioespaciais

presentes na organização dos diferentes lugares. Entender esses processos e

ações que compõem os diferentes fenômenos através da análise em escalas

local, regional, nacional e mundial é fundamental para que o sujeito possa

reconhecer-se como parte do processo de (re) organização espacial, e dessa

forma atuar na busca por melhorias que incidam diretamente no espaço por ele

ocupado.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Entende-se por conteúdos estruturantes, os conhecimentos de grande

amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina

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escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo

os conteúdos específicos devem ser abordados.

Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os

teórico metodológica, as relações socioespaciais em todas as escalas

geográficas, analisadas em função das transformações políticas, econômicas,

sociais e culturais que marcam o atual período histórico.

Embora ultrapassem o campo da pesquisa geográfica e perpassem outras

áreas do conhecimento, tais conteúdos são constitutivos da disciplina de

Geografia, porque demarcam e articulam o que é próprio do conhecimento

geográfico escolar. Essa especificidade geográfica é alcançada quando os

conteúdos são espacializados e tratados sob o quadro teórico conceitual de

referência da disciplina.

OS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DA GEOGRAFIA SÃO:

• Dimensão econômica do espaço geográfico;

• Dimensão política do espaço geográfico;

• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

Os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos devem ser tratados

pedagogicamente a partir das categorias de análise - relações Espaço < ->

temporais e relações Sociedade < -> Natureza – e do quadro conceitual de

referência. Por meio dessa abordagem de estudo da Geografia em suas amplas e

complexas relações.

Como dimensões geográficas da realidade, os conteúdos estruturantes da

Geografia estabelecem relações permanentes entre si. Os conteúdos específicos,

por sua vez, devem ser abordados a partir das dimensões geográficas próprias

dos quatro conteúdos estruturantes.

A depender da ênfase que o professor deseja dar a determinado conteúdo

específicos, é possível priorizar ora a abordagem de um conteúdo estruturante,

ora de outro. Entretanto, a articulação entre todos eles devem ser explicada pelo

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professor para que o aluno compreenda que na realidade sócio espacial, eles não

se separam.

Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos

conteúdos básicos.

CONTEÚDOS BÁSICOS

1ª ANO

• A formação e transformação das paisagens.

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias

de exploração e produção.

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do

espaço geográfico.

• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

• A transformação técnico científica informacional e os novos arranjos no

espaço da produção.

• O espaço rural e a modernização da agricultura.

• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual

configuração territorial; Formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

• O comércio e as implicações socioespaciais.

2ª ANO

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

• O espaço rural e a modernização da agricultura.

• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das

informações.

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização recente.

• Os movimentos migratórios e suas motivações.

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• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

• O comércio e as implicações socioespaciais.

3ª ANO

• A revolução técnico científica informacional e os novos arranjos no

espaço da produção.

• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das

informações.

• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

• A transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os

indicadores estatísticos.

• Os movimentos migratórios e suas motivações.

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

• As implicações socioespaciais do processo de mundialização.

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do

Estado.

OBS: não deixando de abordar, a cultura afro e a geografia do estado do Paraná.

Leis obrigatórias a serem trabalhadas na disciplina, em conformidade com os

conteúdos básicos.

• História do Paraná 13381/01

• Lei Federal nº 9795/99, Dec. 4201/02 - Educação Ambiental;

• Lei Estadual nº 17505/13 – Educação Ambiental;

• Lei Federal nº 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira;

• Lei Federal nº 11.645/08 - História e Cultura Afro-brasileira e Indígena;

• Instrução nº 17/16 SUED/SEED – História e Cultura Afro-brasileira;

• Federal nº 18447/15 - Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas;

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia de ensino da geografia deve permitir que os alunos se

apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo

de produção e transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteúdos da

Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a

realidade próxima e distante dos alunos, em coerência com os fundamentos

teóricos propostos.

O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do

conhecimento geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato

docente, mediante um planejamento que articule a abordagem dos conteúdos

com a avaliação. No ensino de Geografia, tal abordagem deve considerar o

conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo ao conhecimento

científico no sentido de superar o senso comum.

Ao invés de simplesmente apresentar o conteúdo que será trabalhado,

recomenda-se que o professor crie uma situação problema, instigante e

provocativa. Essa problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para

o conhecimento. Por isso, deve se constituir de questões que estimulem o

raciocínio, a reflexão e a crítica, de modo que se torne sujeito do seu processo de

aprendizagem.

Outro pressuposto metodológico para a construção do conhecimento em

sala de aula é a contextualização do conteúdo. Na perspectiva teórica destas

Diretrizes, contextualizar o conteúdo é mais do que relacioná-lo à realidade vivida

do aluno, é, principalmente, situá-lo historicamente e nas relações políticas,

sociais, econômicas, culturais, em manifestações espaciais concretas, nas

diversas escalas geográficas.

Sempre que possível o professor deverá estabelecer relações

interdisciplinares dos conteúdos geográficos em estudo, porém, sem perder a

especificidade da Geografia. Nas relações interdisciplinares, as ferramentas

teóricas próprias de cada disciplina escolar devem fundamentar a abordagem do

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conteúdo em estudo, de modo que o aluno perceba que o conhecimento sobre

esse assunto ultrapassa os campos de estudo das diversas disciplinas, mas que

cada uma delas tem m foco de analise próprio.

O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma

dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que

a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse

procedimento tem por finalidade que o ensino da Geografia contribua para a

formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e

crítica.

A considerar esses pressupostos metodológicos, o professor organiza o

processo de ensino de modo que os alunos ampliem suas capacidades de análise

do espaço geográfico e formem os conceitos dessa disciplina de maneira cada

vez mais rica e complexa.

Instrumentos metodológicos: Aulas expositivas, trabalhos em grupo,

pesquisas, recursos audiovisuais, rádio, livro didático, jornais, TV pen drive,

revistas, data-show, aula de campo, internet, charges, ilustrações, fotografias,

slides, entre outros.

AVALIAÇÃO

Os conteúdos estão estruturados para serem desenvolvidos de forma a

possibilitar a interação entre alunos. Essa interatividade é proporcionada por meio

dos diversos questionamentos existentes, os quais resgatam o conhecimento

prévio dos alunos, estimulam a exposição e opiniões e participação em grupo nos

debates e trabalhos de equipe, entre outras atividades. Esses questionamentos

têm como objetivo desenvolver atitudes de sociabilidade, convivência em grupo,

respeito mútuo e a tomada de decisões.

Os questionamentos constituem, também uma estratégia que possa

relacionar a realidade do aluno ao conteúdo teórico e, em momentos posteriores,

fazer o caminho inverso, passando da teoria à realidade em que vivem.

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A recuperação de estudos é direito do aluno, independentemente do nível

de apropriação dos conhecimentos básicos.

Nessa concepção de avaliação, considera-se que os alunos têm diferentes

ritmos de aprendizagem, identificam-se dificuldades e isso possibilita a

intervenção pedagógica a todo o tempo. O professor pode, então, procurar

caminhos que todos os alunos aprendam e participem das aulas.

Assim, recomenda-se que a avaliação em Geografia seja mais do que a

definição de uma nota ou um conceito. Desse modo, as atividades desenvolvidas

ao longo do ano letivo devem possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e

posicionamento crítico frente aos diferentes contextos sociais.

O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e

atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de

ensino/aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o

questionamento e a participação dos alunos.

A avaliação deixa de ser um momento terminal do processo educativo para

se transformar na busca incessante de compreensão das dificuldades do

educando e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento.

Será necessário, então, diversificar as técnicas e os instrumentos de

avaliação.

Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar

critérios e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos,

como:

• Interpretação e produção de textos de Geografia;

• Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

• relatórios de aulas de campo;

• apresentação e discussão de temas em seminários;

• construção, representação e análise do espaço através de maquetes,

entre outros.

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A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto

acompanhar a aprendizagem dos alunos, quanto nortear o trabalho do professor.

Ela permite a melhoria do processo pedagógico somente quando se constitui

numa ação reflexiva sobre o fazer pedagógico. Não deve ser somente a avaliação

do aprendizado do aluno, mas também uma reflexão das metodologias do

professor, da seleção dos conteúdos, dos objetivos estabelecidos e podem ser

um referencial para o redimensionamento do trabalho pedagógico.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

A recuperação dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo

ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades significativas, por meio

de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressos em

uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez) e será registrada no Registro de Classe on

line.

Após a recuperação de estudos prevalecerá a maior nota.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTROGIOVANNI, A.C.(Org.) Geografia em sala de aula:práticas e reflexões.Porto Alegre:Ed. UFRS,1999.

GOMES,P.C. DA C. Geografia e Modernidade.Rio de Janeiro:Bertrand Brasil,1996.

VESENTINI, J.W.Para uma geografia crítica na escola, São Paulo:Ática , 1992.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Diretrizes Curriculares da Educação Básica; Geografia, Curitiba, 2008.

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HISTÓRIA - ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Atualmente a disciplina de História contribui para a formação de cidadãos

capazes de identificar processos históricos, reconhecerem criticamente as

relações de poder neles existentes, bem como que tenham recursos para intervir

no meio em que vivem de modo a se fazerem também sujeitos transformadores

da própria história.

O ensino dos conteúdos da disciplina de História, ao longo da sua

construção passou por muitas transformações.

O ensino de História era predominantemente tradicional, onde a

abordagem dos conteúdos históricos objetivava a valorização dos grandes

homens e detrimento dos sujeitos históricos. Essa História tinha como objetivo a

transmissão da ideologia burguesa.

Dessa forma, o ensino não tinha espaço para análises críticas e

interpretações dos fatos, objetivava formar indivíduos que aceitassem e

valorizassem a ordem imposta por um grupo para toda a sociedade.

Posteriormente, o ensino de História passou por inúmeras mudanças.

Cresceram os debates em torno das reformas democráticas na área educacional,

isso repercutiu positivamente para a elaboração de novas propostas para o

ensino de História.

A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às

ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva

significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As

relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como

estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir,

representar, imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.

OBJETIVOS

Enquanto disciplina da Educação Básica, a História trabalha com a reflexão

acerca dos aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais das sociedades no

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tempo, considerando as relações entre o ensino da disciplina e a produção do

conhecimento histórico.

A narrativa da história é a forma de apresentação do conhecimento e se

refere às relações entre os sujeitos que fazem e os que escrevem a história.

Narrar a história é tentar compreender os sujeitos no seu tempo, a partir de

diversos vestígios e documentos e suas possíveis interpretações.

A finalidade do ensino de História é a formação do pensamento histórico

dos alunos por meio de um trabalho pedagógico que busca construir uma

consciência histórica. Favorecendo através do estudo de história a compreensão

de que as histórias individuais e coletivas se integram e fazem parte da mesma

História Humana e Universal, levando em conta as contribuições das diferentes

culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes

indígenas, africana e europeia;

Identificar a complexidade da divisão social do trabalho no mundo do

trabalho fazendo o reconhecimento da importância da Emancipação Política

Paranaense dentro da História do Brasil e levar os alunos a valorizar e respeitar

os valores da raça negra na sua integridade física e moral;

No Ensino Fundamental a abordagem privilegia o estudo e a análise dos

conteúdos com base em diversos documentos, a partir de três conteúdos

estruturantes: relações de trabalho, relações culturais e relações de poder.

Conteúdos Estruturantes:

- A dimensão política;

Contempla-se o ensino juntamente com a analise das relações de poder

entre as elites ocupantes do poder ao longo dos períodos históricos; suas formas

de ascensão e der e os mecanismos utilizados por essas elites para se manterem

no poder e impor-se no domínio dos povos dominados.

- A dimensão econômico-social;

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Refere-se ao conhecimento dos sistemas de exploração dos meios naturais

e humanos na construção de Estados e Impérios econômicos assim como o

impacto que esses sistemas de exploração causaram nos ambientes e povos que

foram explorados e escravizados em nome desse crescimento econômico;

- A dimensão cultural;

Tem como grande desafio transmitir a Cultura erudita que é fruto

produção acadêmica centrada no sistema educacional, como se trata de uma

cultura produzida por uma minoria de intelectuais das mais diversas

especialidades, e geralmente saídos dos segmentos superiores da classe média e

da classe alta. Esse cultura erudita está ligada à elite, ou seja, está subordinada

ao capital pelo fato de este fator viabilizar esta cultura. Sendo assim fica como

papel da educação pública possibitar o acesso a essa cultura acadêmica, que ao

longo da história, sempre ficou inacessivel a maioria das pessoas que compoem a

classe trabalhadora.Acredita-se que com esse acesso se amenize a relação entre

dominadores e dominados existente no sistema capitalista de produção. Por outro

lado, a Historiografia atual tem buscado, ao mesmo tempo que transmite a cultura

erudita, valoriar a cultura popular que está constantemente mudando e é

específica quanto ao local e ao tempo, essa cultura popular é na grande maioria

das vezes a única propriedade dos alunos oriundos da classes populares e

trabalhadoras que formam o alunado das escolas publicas.

CONTEÚDOS BÁSICOS

ENSINO FUNDAMENTAL: 6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais

A experiência humana no tempo. Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo. As culturas locais e a cultura comum. As origens do Homem;

• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;

• deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;

• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das

Pretende perceber como os estudantes compreendem: a experiência humana, os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a cultura comum.

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diferentes trajetórias e diferentes culturas. O que é a história; Concepção de História, e de Tempo histórico - o passado e o presente - O sujeito da História. - COMO SE ESCREVE A HISTÓRIA - As fontes históricas. - A historiografia e a interpretação dos documentos Históricos. - Documentos históricos. - O estudo da Pré-História. - Paleolítico Neolítico e Idade dos Metais. - A civilização do Antigo Egito. - Povos da Mesopotâmia. - Os hebreus na antiguidade. - Civilizações Persa, Fenícia, Indiana e Chinesa. - A Grécia Antiga. - Domínio Macedônio. - Expansão do Helenismo. - Formação do Império Romano. - As invasões bárbaras. - Início da Idade Média.

temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

• Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula, propiciando reflexões sobre a relação passado/ presente.

• Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.

• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e religiosidade; constituição do pensamento científico; formas de representação humana; oralidade e a escrita e formas de narrar a história etc

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ENSINO FUNDAMENTAL: 7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais

As relações de propriedade. A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. A relações entre o campo e a cidade. Conflitos e resistências e produção cultural campo/ cidade A ADMINISTRAÇÃO COLONIAL A PARTIR DA UNIÃO IBÉRICA (1580). AGRICULTURA E PECUÁRIA NA AMÉRICA PORTUGUESA. - O engenho. - A produção do açúcar. - A ocupação holandesa. - O fumo. - A pecuária. A EXPANSÃO TERRITORIAL - A ocupação Amazônica. - O povoamento do extremo sul. - As Bandeiras. - As monções. ALDEAMENTOS E MISSÕES JESUÍTICAS. Aldeamentos - Economia das missões - As missões amazônicas - As missões do sul. - Império Carolíngio.

• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo; • deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia; • os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações; • os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes; • o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente como os mundos do campo e da cidade e suas relações de propriedade foram instituídos por um processo histórico; • Pretende perceber como os estudantes compreendem: a constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade; as relações entre o campo e a cidade; conflitos e resistências; e produção cultural campo cidade. • Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes. • No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 147

- Expansão do Islamismo. - A África negra nos séculos VIII e XIV. - A Igreja na Europa Medieval. - As Cruzadas e o fim da Idade Média. - Período Renascentista. - Expansão marítima comercial européia. - Absolutismo e Europa moderna. - Mercantilismo Na Europa

confronto de documentos de diferentes naturezas.

ENSINO FUNDAMENTAL: 8º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Relações de trabalho

Relações de

poder

Relações

História das relações da humanidade com o trabalho.

O trabalho e a vida em sociedade.

O trabalho e as contradições da modernidade.

O trabalhadores e as conquistas de direito.

A UNIÃO IBÉRICA (1580-1640)

Independência da Holanda.

CONQUISTA E COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA.

- Surgimento do

• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;

• deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;

• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos

• Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente os mundos do trabalho instituídos por um processo histórico.

• Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações dos mundos do trabalho que estruturam as diversas sociedades no tempo (sociedades indígenas, trabalho coletivo, patriarcal, escravocrata, servil e assalariado). as contradições de classe na sociedade capitalista; as lutas pelos direitos trabalhistas. O trabalho e a vida em sociedade e o significado do trabalho em diferentes sociedades; as três

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 148

culturais café e expansão dos cafezais.

- A escravidão na cafeicultura.

- O fim do tráfico negreiro.

- Imigração europeia.

- Desenvolvimento no Paraguai.

- Fim da boa vizinhança - Guerra do Paraguai.

As revoluções burguesas e a era industrial.

A Revolução Francesa.

Período Renascentista;

Expansão Marítima Comercial europeia;

Absolutismo e Europa Moderna;

Mercantilismo na Europa nos séculos XVI a XVIII;

As revoluções burguesas e a era industrial; A Revolução

Francesa; Absolutista A revolução

industrial inglesa A revolução Norte-

americana O Iluminismo e

Despotismo esclarecido

permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

ordens do imaginário feudal; o entretenimento na corte e nas feiras; fim da escravidão, o nascimento da fábricas/cortiços; vilas operárias. O trabalho na modernidade, as classes trabalhadora/capitalista no campo e na cidade, a crise da produção e do trabalho a partir de 1929; ciência e tecnologia, saber/poder; a indústria do lazer, da arte (...).

• Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.

• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

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POVOS HABITANTES DA AMÉRICA - Povos indígenas no Brasil e no Paraná. - A África – Continente Esquecido.

ENSINO FUNDAMENTAL: 9º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ÁSICOS ABORDAGEM

TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais

A constituição das instituições sociais. A formação do Estado. Sujeitos, Guerras e revoluções Reforma protestante e Reforma Católica. - Surgimento do Capitalismo e a Revolução Industrial Inglesa. - Formação dos Estados Unidos AS PRIMEIRAS ATIVIDADES ECONÕMICAS NA AMÉRICA PORTUGUESA - A expedição de Martim Afonso de Sousa e as Capitanias Hereditárias. - Governo Geral. - França Antártica. - A Inquisição. A SOCIEDADE COLONIAL BRASILEIRA -Economia e sociedade colonial. Agro industrial açucareira, mineração e pecuária. - Relação de trabalho escravo e livre. Administração Colonial. - Mineração e pecuária do Paraná. MOVIMENTOS ABOLICIONISTAS - Lei Áurea - abolição definitiva. - A chegada do negro no Brasil. - Formação da nossa etnia – o negro como elemento fundamental. - historia e cultura Afro brasileira

• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;

• deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;

• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente como os mundos do campo e da cidade e suas relações de propriedade foram instituídos por um processo histórico;

• Pretende perceber como os estudantes compreendem: a constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade; as relações entre o campo e a cidade; conflitos e resistências; e produção cultural campo cidade.

• Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes.

• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os

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- História da África e dos afro-descendentes no Brasil. O trabalho escravo. - O nascimento da República. - Rebeliões contra a República. - A República Oligárquica. - O conflito de Canudos. - O ciclo da borracha na Amazônia. - A política do café com leite. - A modernização do Rio de Janeiro. - A revolta da Chibata. A HISTÓRIA DO PARANÁ: - A origem do Estado do Paraná; - as primeiras vilas e cidades paranaenses; - o processo de desmembramento e emancipação do estado do Paraná - A guerra do Contestado. - O movimento tenentista no Rio Grande do Sul e a Coluna Prestes. - A ditadura de Getúlio Vargas. - A construção de Brasília – O gov. de JK. - Cinquenta anos em cinco. - O Governo de Jânio Quadros. - Os anos de chumbo – a ditadura militar. - O Brasil contemporâneo. - O processo de redemocratização – eleição de Tancredo Neves. - O governo de Sarney. - Collor - o caçador de marajás. - Fim do governo Collor, o impedimento. - O governo de FHC. - Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa. - O período Entre Guerras. - A Segunda Guerra Mundial. - A Guerra Fria. - Europa após a Guerra Fria. - O mundo Globalizado.

produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

Leis obrigatórias a serem contempladas pela disciplina:

História do Paraná 13381/01 Lei Estadual nº 17505/13 – Educação Ambiental; Lei Federal nº 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira; Lei Federal nº 11.645/08 - História e Cultura Afro-brasileira e Indígena;

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Instrução nº 17/16 SUED/SEED – História e Cultura Afro-brasileira; Lei Federal nº 10741/03 - Estatuto do Idoso; Lei Estadual nº 17858/13 – Política de proteção ao Idoso; Lei Federal nº 11340/06 - Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher; Lei Federal nº 18447/15 - Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas;

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O encaminhamento metodológico proposto visa uma melhor efetivação das

diretrizes curriculares. Sendo assim, acreditamos ser imprescindível retomar

constantemente com os alunos como se deu a produção do conhecimento, ou

seja, como conhecimento, é produzido por um pesquisador, que por sua vez é

humano e, portanto limitado.

Dessa forma o aluno é capaz de identificar nas diversas fontes os inúmeros

conflitos existentes na sociedade.

Os recursos didáticos deverão ser selecionados de maneira crítica para

sua atuação profissional segura e competente proporcionando um ensino

compromissado com o homem e a sociedade, onde o aluno possa produzir seu

conhecimento através da observação e análise crítica da realidade.

Levar os alunos a compreender que os conhecimentos são dinâmicos, para

isso precisa estar num constante planejar e replanejar através da

problematização, abordados através de temas.

Para o bom funcionamento dessa prática metodológica o educador deve ir

além da ideologia oferecida pelo livro didático, havendo a necessidade da

apropriação dos TICs (Tecnologia de Informações e Comunicações), de modo a

ser tradutor que transforma informações em conhecimentos de forma

humanística.

Os temas serão apresentados através:

- Aulas expositivas com utilização do retroprojetor;

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- Análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos.

- Documentários em vídeos e filmes relacionados ao tema com debates;

- Trabalho de campo, entrevistas, visitas a órgãos públicos, industriais da

cidade.

- Exposição de trabalhos em painéis.

- Uso do computador em rede para fazer pesquisas da disciplina, no

laboratório de informática.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo que envolve o levantamento de informações

sobre o ensino e a aprendizagem, a análise das informações coletadas, a tomada

de decisão e a ação de encaminhamento para o enfrentamento das questões

diagnosticadas e continuidade do processo. Nesse sentido, a avaliação assume o

caráter formativo à medida que auxilia na tomada de decisão objetivando o agir

frente às questões diagnosticadas como fragilidades do processo ensino

aprendizagem. Portanto avaliar exige o estabelecimento de critérios e

instrumentos coerentes com os objetivos estabelecidos e a natureza dos

conteúdos trabalhados. Os critérios são os elementos norteadores do

levantamento de informações, da análise, da tomada de decisão e das ações que

serão desenvolvidas. Eles implicam, ainda, na delimitação dos instrumentos que

serão utilizados para avaliar, pois deles dependem os enunciados das questões, a

estrutura do instrumento avaliativo, bem como o conteúdo.:

Instrumentos avaliativos:

Propõe-se para o ensino de História uma avaliação formal e criteriosa. O

acompanhamento do processo ensino aprendizagem, tem como finalidade

principal dar respostas ao professor e ao aluno sobre o desenvolvimento desse

processo, possibilitando o redimensionamento deste, caso seja necessário.

Na avaliação serão utilizados instrumentos diversificados, quais sejam:

relatórios, produção e interpretação de textos, provas com questões objetivas de

múltipla escolha, provas escritas individuais e coletivas, trabalhos em grupo,

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 153

debates, participação efetiva nas atividades e projetos realizados em sala ou fora

dela, pesquisas de campo, realização das tarefas e atividades diárias em sala de

aula, passa ou repassa para melhor aproveitamento e estudo dos conteúdos

dentre outros.

Importa destacar que, mesmo sendo utilizados instrumentos de avaliação

que podem ser desenvolvidos em grupo, a avaliação é um processo que incide

sobre os saberes de cada um em específico, na relação com os objetivos

estabelecidos no plano de trabalho docente e os conteúdos a serem apropriados

e o professor deve acompanhar o processo, percebendo o quanto cada educando

desenvolveu na apropriação de conhecimento histórico considerando três

aspectos importantes: a apropriação de conceitos e a aprendizagem dos

conteúdos específicos. Para tanto a participação e o desempenho do aluno será

aferido em diversos momentos durante o ano letivo, considerando sua

participação nas atividades de leitura, interpretação, análise de textos

historiográficos, mapas e documentos históricos, produção de narrativas

históricas, pesquisas bibliográficas, entre outros.

No contexto da avaliação na disciplina, encontra-se prevista a recuperação

paralela dos conhecimentos históricos, que visa à retomada dos saberes não

apropriados a partir dos objetivos e critérios estabelecidos. Nesse sentido, torna-

se necessário a construção de uma nova cultura escolar em relação à

recuperação paralela, buscando a recuperação de conteúdos e não apenas da

nota obtida. De forma concomitante, os saberes serão retomados e novos

instrumentos poderão ser aplicados para que novas informações sobre os

resultados do ensino e da aprendizagem sejam fornecidos, confirmando ser esse

um processo ininterrupto. Sendo que é vedado submeter o aluno a uma única

oportunidade e a um único instrumento avaliativo.

CRITÉRIOS:

Nesse contexto, a avaliação possibilita ao professor avaliar seu próprio

desempenho, refletindo sobre as intervenções didático-pedagógicas necessárias

e quanto as possibilidades de aprendizagem dos alunos no que se refere:

∙ A apropriação dos conteúdos e conceitos históricos;

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∙ Ao domínio dos conceitos de tempo, observando e foram construídos de

forma que permitam o estudo das diferentes dimensões e contextos

históricos;

∙ Ao domínio dos conceitos históricos para análise de diferentes contextos

históricos;

∙ A compreensão da História como prática social da qual participam como

sujeitos históricos de seu tempo;

∙ A análise das diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões

econômica, social, política e cultural;

∙ A compreensão de que o conhecimento histórico é produzido com base

em um método problematizador e diferentes fontes documentais, a partir

das quais o pesquisador produz diferentes possibilidades de narrativa

histórica.

∙ A explicitação do respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e

econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que os

constituíram;

∙ A compreensão de que a produção do conhecimento histórico pode

validar, refutar ou complementar a produção historiográfica já existente.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

Havendo necessidade, em qualquer momento do período letivo, são

realizadas intervenções pedagógicas com retomada de conteúdos para a

realização da recuperação de estudos.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

A recuperação dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo

ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades significativas, por meio

de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0 (zero) a 10,0 (dez).

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 155

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBORNOZ, SUZANA . O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.

DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA e Portal Dia a dia educação do Governo do Estado do Paraná.

FIGUEIRA, Divalte Garcia. História 2º. Grau. Ed. Ática. São Paulo.2002.

ORDENEZ, Marlene e QUEVEDO, Júlio. História. Col. Horizontes. Ed. IBEP. São Paulo. 2001.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História. Versão preliminar, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Livro didático Público – História Ensino Médio (2006).

REVISTA HISTÓRIA VIVA. Ano III – Nº.25. Editora Duetto.

VILLA, Marco Antônio e FURTADO, Joaci Pereira. Caminhos da História. Ed. Ática. São Paulo. 2006.

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HISTÓRIA - ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina de História contribui para a formação de cidadãos capazes de

identificar os processos históricos, reconhecendo criticamente as relações de

poder neles existentes, bem como que tenham recursos para intervir no meio em

que vivem de modo a se fazerem também sujeitos transformadores da própria

história.

O ensino dos conteúdos da disciplina de História, ao longo da sua

construção passou por muitas transformações.

O ensino de História era predominantemente tradicional, onde a

abordagem dos conteúdos históricos objetivava a valorização dos grandes

homens e detrimento dos sujeitos históricos. Essa História tinha como objetivo a

transmissão da ideologia burguesa.

Dessa forma, o ensino não tinha espaço para análises críticas e

interpretações dos fatos, objetivava formar indivíduos que aceitassem e

valorizassem a ordem imposta por um grupo para toda a sociedade.

Posteriormente, o ensino de História passou por inúmeras mudanças.

Cresceram os debates em torno das reformas democráticas na área educacional,

isso repercutiu positivamente para a elaboração de novas propostas para o

ensino de História.

A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às

ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva

significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As

relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como

estruturas sócio históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir,

representar, imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.

OBJETIVOS

A História trabalha, enquanto disciplina, com a reflexão acerca dos

aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais das sociedades no tempo,

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considerando as relações entre o ensino da disciplina e a produção do

conhecimento histórico.

A narrativa da história é a forma de apresentação do conhecimento e se

refere às relações entre os sujeitos que fazem e os que escrevem a história.

Narrar a história é tentar compreender os sujeitos no seu tempo, a partir de

diversos vestígios e documentos e suas possíveis interpretações.

A finalidade do ensino de História é a formação do pensamento histórico

dos alunos por meio de um trabalho pedagógico que busca construir uma

consciência histórica. Favorecendo através do estudo de história a compreensão

de que as histórias individuais e coletivas se integram e fazem parte da mesma

História Humana e Universal, levando em conta as contribuições das diferentes

culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes

indígenas, africana e europeia;

Identificar a complexidade da divisão social do trabalho no mundo do

trabalho fazendo o reconhecimento da importância da Emancipação Política

Paranaense dentro da História do Brasil e levar os alunos a valorizar e respeitar

os valores da raça negra na sua integridade física e moral;

No Ensino Médio a abordagem privilegia o estudo e a análise dos

conteúdos com base em diversos documentos, a partir de três conteúdos

estruturantes: relações de trabalho, relações culturais e relações de poder.

Conteúdos Estruturantes:

- A dimensão política;

Contempla-se o ensino juntamente com a análise das relações de poder

entre as elites ocupantes do poder ao longo dos períodos históricos; suas formas

de ascensão e der e os mecanismos utilizados por essas elites para se manterem

no poder e impor-se no domínio dos povos dominados.

- A dimensão política;

Contempla-se o ensino juntamente com a análise das relações de poder

entre as elites ocupantes do poder ao longo dos períodos históricos; suas formas

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 158

de ascensão e der e os mecanismos utilizados por essas elites para se manterem

no poder e impor-se no domínio dos povos dominados.

- A dimensão econômico-social;

Refere-se ao conhecimento dos sistemas de exploração dos meios naturais

e humanos na construção de Estados e Impérios econômicos assim como o

impacto que esses sistemas de exploração causaram nos ambientes e povos que

foram explorados e escravizados em nome desse crescimento econômico;

- A dimensão cultural;

Tem como grande desafio transmitir a Cultura erudita que é fruto

produção acadêmica centrada no sistema educacional, como se trata de uma

cultura produzida por uma minoria de intelectuais das mais diversas

especialidades, e geralmente saídos dos segmentos superiores da classe média e

da classe alta. Esse cultura erudita está ligada à elite, ou seja, está subordinada

ao capital pelo fato de este fator viabilizar esta cultura. Sendo assim ,fica como

papel da educação pública possibitar o acesso a essa cultura acadêmica que ao

longo da história sempre ficou inacessível a maioria das pessoas que compoem a

classe trabalhadora. Acredita-se que com esse acesso se amenize a relação

entre dominadores e dominados existente dentro do sistema capitalista de

produção. Por outro lado, a Historiografia atual tem buscado, ao mesmo tempo

que transmite a cultura erudita, valoriar a cultura popular que está

constantemente mudando e é específica quanto ao local e ao tempo, essa cultura

popular é na grande maioria das vezes a única propriedade dos alunos oriundos

da classes populares e trabalhadoras que formam o alunado das escolas

publicas.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O encaminhamento metodológico proposto visa uma melhor efetivação das

diretrizes curriculares. Sendo assim, acreditamos ser imprescindível retomar

constantemente com os alunos como se deu a produção do conhecimento, ou

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 159

seja, como conhecimento, é produzido por um pesquisador, que por sua vez é

humano e, portanto limitado.

Dessa forma o aluno é capaz de identificar nas diversas fontes os inúmeros

conflitos existentes na sociedade.

Os recursos didáticos deverão ser selecionados de maneira crítica para

sua atuação profissional segura e competente proporcionando um ensino

compromissado com o homem e a sociedade, onde o aluno possa produzir seu

conhecimento através da observação e análise crítica da realidade.

Levar os alunos a compreender que os conhecimentos são dinâmicos, para

isso precisa estar num constante planejar e planejar através da problematização,

abordados através de temas.

Para o bom funcionamento dessa prática metodológica o educador deve ir

além da ideologia oferecida por um simples livro didático, havendo a necessidade

da apropriação dos TICs (Tecnologia de Informações e Comunicações), de modo

a ser tradutor que transforma informações em conhecimentos de forma

humanística.

Os temas serão apresentados através:

- Aulas expositivas com utilização do retroprojetor;

- Análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos.

- Documentários em vídeos e filmes relacionados ao tema com debates;

- Trabalho de campo, entrevistas, visitas a órgãos públicos, industriais da

cidade.

- Exposição de trabalhos em painéis.

- Uso do computador em rede, para pesquisa na disciplina de História.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO MÉDIO

A finalidade do ensino de História tem sido uma preocupação constante

dos historiadores. Esses, por meio de suas pesquisas, têm apontado que

questões relativas aos conteúdos e finalidades do ensino de História estão

voltadas para a formação do pensamento histórico. Segundo o historiador Eric

Hobsbawm (2002 p. 13) os jovens da sociedade contemporânea “crescem numa

espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 160

público da época em. que vivem.” Nesse sentido, no Ensino Médio , o ensino de

História pode contribuir para que os estudantes, por meio da intervenção

pedagógica do professor, constituam explicações plausíveis para as experiências

do passado e suas relações com o cotidiano deles no presente, tendo em vista a

construção de projetos de futuro. Esta intervenção docente permite desenvolver

uma espécie de consciência histórica nos estudantes Para o historiador Jörn

Rüsen (2001), esta consciência diz respeito a vida pública, privada individual e

coletiva dos estudantes e professores. Nesse sentido, os conteúdos sugeridos

neste documento tem por objetivo possibilitar uma orientação histórica consciente

para a vida prática dos estudantes no contexto em que estão inseridos.

Os fundamentos teórico pedagógicos destas orientações pedagógicas de

História para o Ensino Médio pautam-se nas Diretrizes curriculares de história do

Estado do Paraná. De acordo com este documento, o conhecimento histórico

provisório, ou seja, podem existir várias explicações e interpretações para a

mesma experiência do passado, mas deve-se ter em mente que algumas

interpretações são mais plausíveis que outras em relação ao objeto investigado.

Assim a matriz disciplinar da História organizada pelo historiador Jörn

Rüsen (2001)’ que aponta como se dá a organização do pensamento histórico

dos sujeitos. De acordo com essa matriz, o aprendizado dos estudantes deve ser

historicamente significativo. Assim, os conteúdos sugeridos nestas Orientações

Pedagógicas devem contemplar as necessidades dos estudantes na sua vida

cotidiana. As teorias utilizadas para fundamentar as aulas de História deverão

instituir uma racionalidade para relação entre passado, presente e futuro.

ENSINO MÉDIO

1º ano Conteúdo básico Especificidade da abordagem no ano Trabalho escravo, servil e assalariado

∙ O conceito de trabalho ∙ A divisão do trabalho ∙ Relações de trabalho o mundo do trabalho em diferentes sociedades: as sociedades Pré-Colombianas e as sociedades teocráticas da antiguidade

• O mundo do trabalho nas sociedades da, antiguidade clássica Grega e Roma Filosofia e escravidão ∙ O mundo do trabalho na sociedade feudal ∙ A construção do trabalho assalariado ∙ A constituição do sistema de fabricas. ∙ A organização o tempo do trabalho

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 161

∙ O trabalho infantil e o trabalho feminino ∙ A transição do trabalho escravo para o trabalho assalariado: mão-de-obra no contexto da consolidação do capitalismo nas sociedades brasileiras e estadunidense ∙ A instituição da Escravidão Africana no continente Americano ∙ O trabalho escravo no novo mundo ∙ A abdicação da escravidão nos Estados Unidos da América e no Brasil .

Urbanização e Industrialização

∙ AS cidades na Historia ∙ Urbanização e industrialização no Brasil ∙ Urbanização e industrialização no século XIX ∙ Urbanização e industrialização na Sociedade contemporânea ∙ Urbanização e industrialização no Paraná

2º ano Conteúdo básico Especificidade da abordagem na ano O Estado e as relações de poder

∙ Os Estados no mundo antigo e medieval ∙ O Estado e as relações de poder formação dos Estados (Europa) ∙ Formação dos Estados Nacionais Europeus, latino americano e a colonização da África ∙ Emancipação política e formação cio Paraná ∙ Relações do poder e violência no Estado ∙ O Estado Imperialista e sua crise os sujeitos e as revoltas sociais as guerras.

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

∙ As relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na antiguidade mulheres, plebeus e escravos . ∙ As guerras e revoltas na antiguidade Oriente Médio, gregos e romanos ∙ Relações de dominação e resistência na sociedade de medieval europeia: camponeses, artesãos, mulheres; hereges e doentes ∙ Relações de dominação e resistência na sociedade Ocidental moderna ∙ As revoltas indígenas e africanas na America portuguesa ∙ Os quilombos e as comunidades quilombolas no Paraná e

No Brasil ∙ As revoltas sociais na América portuguesa ∙ As revoltas e revoluções no Brasil nos séculos XVIII e XIX

3º ano Conteúdo básico Especificidade da abordagem no ano

Movimentos sociais, políticos e culturais, e as guerras e as revoluções

∙ As revoluções democráticas no Ocidente: Inglaterra França e EUA ∙ As guerras mundiais no século XX ∙ As revoluções socialistas na Ásia, África e America Latina ∙ Os movimentos de resistência: no contexto das ditaduras da América Latina ∙ Os Estados africanos e as guerras étnicas ∙ A luta pela terra e organização de movimentos sociais pela conquista do direito a terra na America Latina ∙ A mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 162

Cultura e Religiosidade

Rituais, mitos e imaginário (africanos, asiáticos, americanos e europeus) Mitos e arte greco romanos Formação das grandes religiões: hinduísmo budismo, confucionismo,

judaísmo, cristianismo e islamismo Os movimentos religiosos e culturais na passagem do feudalismo para o

capitalismo: Reforma e Renascimento Etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e

religiosas Representação dos movimentos sociais , políticos e culturais por meio

da arte brasileira (modernismo brasileiro) Leis obrigatórias a serem contempladas pela disciplina:

História do Paraná 13381/01 Lei Federal nº 9795/99, Dec. 4201/02 Educação Ambiental; Lei Estadual nº 17505/13 – Educação Ambiental; Lei Federal nº 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira; Lei Federal nº 11.645/08 - História e Cultura Afro-brasileira e Indígena; Instrução nº 17/16 SUED/SEED – História e Cultura Afro-brasileira; Lei Federal nº 10741/03 - Estatuto do Idoso; Lei Estadual nº 17858/13 – Política de proteção ao Idoso; Lei Federal nº 11340/06 - Cria mecanismos para coibir a violência doméstica

e familiar contra a mulher; Lei Federal nº 18447/15 - Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas; AVALIAÇÃO

Propõe-se para o ensino de História uma avaliação formal e criteriosa. O

acompanhamento do processo ensino aprendizagem, tem como finalidade

principal dar respostas ao professor e ao desse aluno sobre o desenvolvimento

processo,possibilitando o redimensionamento deste, caso seja necessário.

Na avaliação serão utilizados instrumentos diversificados, quais sejam:

relatórios, produção e interpretação de textos, provas com questões objetivas de

múltipla escolha, provas escritas individuais e coletivas, trabalhos em grupo,

debates, participação efetiva nas atividades e projetos realizados em sala ou fora

dela, pesquisas de campo, realização das tarefas e atividades diárias em sala de

aula, passa ou repassa para melhor aproveitamento e estudo dos conteúdos

dentre outros.

Importa destacar que, mesmo sendo utilizados instrumentos de avaliação

que podem ser desenvolvidos em grupo, a avaliação é um processo que incide

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 163

sobre os saberes de cada um em específico, na relação com os objetivos

estabelecidos no plano de trabalho docente e os conteúdos a serem apropriados

e o professor deve acompanhar o processo, percebendo o quanto cada educando

desenvolveu na apropriação de conhecimento histórico considerando três

aspectos importantes: a apropriação de conceitos e a aprendizagem dos

conteúdos específicos. Para tanto a participação e o desempenho do aluno será

aferido em diversos momentos durante o ano letivo, considerando sua

participação nas atividades de leitura, interpretação, análise de textos

historiográficos, mapas e documentos históricos, produção de narrativas

históricas, pesquisas bibliográficas, entre outros.

No contexto da avaliação na disciplina, encontra-se prevista a recuperação

paralela dos conhecimentos históricos, que visa à retomada dos saberes não

apropriados a partir dos objetivos e critérios estabelecidos. Nesse sentido, torna-

se necessário a construção de uma nova cultura escolar em relação à

recuperação paralela, buscando a recuperação de conteúdos e não apenas da

nota obtida. De forma concomitante, os saberes serão retomados e novos

instrumentos poderão ser aplicados para que novas informações sobre os

resultados do ensino e da aprendizagem sejam fornecidos, confirmando ser esse

um processo ininterrupto.Sendo que é vedado submeter o aluno a uma única

oportunidade e a um único instrumento avaliativo.

CRITÉRIOS:

Nesse contexto, a avaliação possibilita ao professor avaliar seu próprio

desempenho, refletindo sobre as intervenções didático-pedagógicas necessárias

e quanto as possibilidades de aprendizagem dos alunos no que se refere:

∙ A apropriação dos conteúdos e conceitos históricos;

∙ Ao domínio dos conceitos de tempo, observando e foram construídos de

forma que permitam o estudo das diferentes dimensões e contextos

históricos;

∙ Ao domínio dos conceitos históricos para análise de diferentes contextos

históricos;

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 164

∙ A compreensão da História como prática social da qual participam como

sujeitos históricos de seu tempo;

∙ A análise das diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões

econômica, social, política e cultural;

∙ A compreensão de que o conhecimento histórico é produzido com base

em um método problematizador e diferentes fontes documentais, a partir

das quais o pesquisador produz diferentes possibilidades de narrativa

histórica.

∙ A explicitação do respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e

econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que os

constituíram;

∙ A compreensão de que a produção do conhecimento histórico pode

validar, refutar ou complementar a produção historiográfica já existente.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

Havendo necessidade, em qualquer momento do período letivo, são

realizadas intervenções pedagógicas com retomada de conteúdos para a

realização da recuperação de estudos.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

A recuperação dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo

ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades significativas, por meio

de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0 (zero) a 10,0 (dez).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBORNOZ, SUZANA . O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004. DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA e Portal Dia a dia educação do Governo do Estado do Paraná. FIGUEIRA, Divalte Garcia. História 2º. Grau. Ed. Ática. São Paulo.2002. ORDENEZ, Marlene e QUEVEDO, Júlio. História. Col. Horizontes. Ed. IBEP. São Paulo. 2001. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História. Versão preliminar, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Livro didático Público – História Ensino Médio (2006).] PROJETO ARARIBÁ - HISTÓRIA / OBRA COLETIVA - Editora Moderna, 1 edição São Paulo, 2006. REVISTA HISTÓRIA VIVA. Ano III – Nº.25. Editora Duetto. VILLA, Marco Antônio e FURTADO, Joaci Pereira. Caminhos da História. Ed. Ática. São Paulo. 2006.

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LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO FUNDAMENTAL

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Nos primeiros tempos da colônia, os portugueses afastados da metrópole,

aprenderam a língua geral de origem tupi, falada em grande extensão da costa

brasileira. Este isolamento resultou o confronto de culturas, conforme representa

o poema “Aula de Português” de Carlos Drummond de Andrade, principalmente

no último verso, fez que também adquirissem alguns hábitos dos indígenas.

Nesse período, não havia uma educação em moldes institucionais e sim a partir

de práticas restritas à alfabetização, determinada mais pelo caráter político social

de organização e controle de classes do que pelo pedagógico. Depois de

institucionalizada como disciplina, “as primeiras práticas de ensino moldavam-se o

latim, para os poucos que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada”

(PARANÁ, 2008, p. 39). Assim, priorizavam a eloquência, a retórica, o imitativo,

conforme as DCE, “[...] uma não-pedagogia, acionando no cotidiano a repressão

para inculcar a obediência à fé, ao rei e à lei” (PARANÁ, 2008, p.40).

Vários estudos, reflexões e discussões foram realizados, ao longo do

tempo, quanto ao ensino da Língua Portuguesa, visando reestruturações que

tentavam eliminar as antigas práticas centradas nos conteúdos gramaticais,

valorizando o direito à educação linguística.

Na perspectiva de superação efetiva das posturas tradicionais, esta

Proposta pretende fundamentar o trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa,

assim como a Literatura, considerando o processo dinâmico e histórico dos

agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto

dos sujeitos que por meio dela interagem.

Segundo as DCE,

Refletir o ensino de Língua Portuguesa e da Literatura implica pensar também nas contradições, as diferenças e nos paradoxos do quadro complexo da contemporaneidade. Mesmo vivendo numa época denominada “era da informação”, a qual possibilita acesso rápido à leitura de uma gama imensurável de informações, convivemos com o índice crescente de analfabetismo funcional. (PARANÁ. 2008, p. 48)

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Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca

experiências, compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como

participante da sociedade. Ressaltando esse caráter social da linguagem, os

teóricos do Círculo de Bakhtin, ao longo de suas obras, foram construindo os

conceitos de dialogismo e dos gêneros discursivos, cujo conhecimento e

repercussão suscitaram novos caminhos para o trabalho pedagógico com a

linguagem verbal, demandando uma nova abordagem para o ensino de Língua.

Conforme Bakhtin (1992[1979]), a utilização da língua efetua-se em forma

de enunciados (orais e escritos), concretos e únicos que emanam dos integrantes

de uma ou de outra esfera da atividade humana.

O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada uma das esferas, não só por seu conteúdo (temático) e por seu estilo verbal, ou seja, para seleção operada nos recursos da língua - recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais, mas também, e sobretudo, por sua construção composicional (BAKHTIN, 1992 apud PARANÁ, 2008, p. 52).

Estes três elementos (conteúdo temático, estilo e construção

composicional) fundem-se indissoluvelmente no todo do enunciado e todos eles

são marcados pela especificidade de uma esfera de comunicação.

Nessa concepção de língua, o texto é visto como lugar onde os

participantes da interação dialógica se constroem e são construídos. Todo texto é,

assim, articulação de discursos, são vozes que se materializam, é ato humano, é

linguagem em uso efetivo. Os conceitos de texto e de leitura não se restringem

apenas à linguagem escrita, mas além dos textos escritos e falados, a integração

da linguagem verbal com as outras linguagens (as artes visuais, a música, o

cinema, a fotografia, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, a multimídia ou

qualquer outro meio linguajar criado pelo homem), percebendo suas práticas

sociais, discursivas, suas especificidades, seus diferentes modos de composição

e geração de significados.

Considere-se, ainda, a perspectiva do multiletramento nas práticas a

serem adotadas na disciplina de Língua Portuguesa / Literatura, tendo em vista o

papel de suporte para todo conhecimento exercido pela língua materna.

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Diante do exposto, pode-se entender que as práticas da linguagem,

enquanto fenômeno de interlocução viva, perpassam todas as áreas do agir

humano, potencializando, na escola, a perspectiva interdisciplinar. Destaque-se,

aqui, o potencial da Literatura para trazer sabor ao saber. “A literatura não diz que

sabe alguma coisa; ou melhor: que ela sabe algo das coisas - que sabe muito dos

homens”. (BRATHES. 1989 p.19)

1.1. Fundamentos teórico-metodológicos

A sociedade brasileira letrada, por meio de suas instituições organizadas,

exige que nossos alunos saibam ler e escrever. Contudo, reconhecemos a

dificuldade que a escola vem enfrentando no desenvolvimento da prática da

leitura e da escrita, conforme demonstrado nos diversos testes regionais,

estaduais e nacionais, como por exemplo; as avaliações do SAEP, SAEB e

ENEM. Além disso, o mercado de trabalho, demanda, hoje, um profissional

qualificado no tocante à leitura de diferentes linguagens, das novas tecnologias e

que esteja informado das questões políticas, sociais, econômicas e culturais.

Ao trabalhar leitura e produção textual no ensino fundamental, observamos

que os alunos, muitas vezes, não compreendem o que leem. A prática do ensino

da leitura, apesar de alguns avanços, está centrada na leitura de materiais

escolhidos pelo professor, quase sempre com foco centrado no conteúdo

estritamente textual, sem considerar a exterioridade inscrita na língua,

concretizando-se em leituras dissociadas do uso real da linguagem e sem

interação com a vivência sócio – cultural dos alunos e com o propósito avaliativo.

A escola ainda pauta, muito do seu trabalho com atividades,

predominantemente, do livro didático e, assim, culminam em leituras que se

limitam à interpretação do conteúdo dado no texto e, além disso, usam os

gêneros discursivos como instrumentos para trabalhar elementos estruturais e

questões gramaticais. Assim sendo, constatamos que essas atividades são

incapazes de suscitar no aluno a compreensão do funcionamento da língua para

o alcance de variados propósitos sociais.

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Com base nessa constatação e, diante de todas as exigências que a

sociedade impõe, entendemos que é imprescindível uma prática de leitura ativa,

na qual os sentidos sejam vistos não só como frutos da textualidade, mas também

das perspectivas inscritas no texto e da participação ativa dos alunos, e pela

consideração da produção, circulação e recepção dos gêneros na sociedade.

Hoje a escola, ainda, é o principal agente de formação de leitores e

escritores. Portanto, precisa enfrentar mudanças para que acompanhe os modos

de ler e escrever da atualidade e assim fazer valer a ação educativa de formar

leitores e escritores. Uma das tarefas seria mostrar que os vários suportes de

leitura cumprem finalidades distintas, que o processo de interação

autor/texto/leitor é determinante na produção de sentidos, bem como a

historicidade inscrita nos textos.

Assim, em conformidade com o que regem as DCE de Língua

Portuguesa, assumimos, nesta proposta, a concepção de linguagem como

discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais.

1.2. Objetivos

Segundo o documento norteador (DCE), o processo de ensino-

aprendizagem na disciplina deve buscar:

• Fundamentar o desenvolvimento do ensino da Língua Portuguesa, pressupondo

antes de tudo, uma visão sobre a linguagem verbal e não-verbal, de tal maneira

que garanta ao educando o efetivo domínio das atitudes verbais, da educação

linguística, dos seus sistemas simbólicos e comunicativos, em um mundo sócio

cultural.

• Reconhecer a linguagem como uma prática social pela qual nos constituímos

como sujeitos históricos, ampliando a visão de mundo, de grupos sociais, práticas

coletivas, experiências pessoais e garantir a todos, o domínio da leitura; o

domínio da escrita; o domínio da fala em situações formais e a compreensão da

realidade social histórica e estrutural da linguagem.

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• Assegurar ao educando formação indispensável para o exercício da cidadania

fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos superiores através

das modalidades da leitura, escrita e fala, ampliando sua visão de mundo, tendo a

linguagem como uma revelação da história, de alguns grupos sociais, práticas

coletivas e experiências pessoais diferentes;

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do

cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno

amplie seus conhecimentos lingüístico - discursivos;

• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da

leitura e da escrita;

• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar ao educando

interação/produção e compreensão de processos discursivos, proporcionando

condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,

apropriando-se, também da norma padrão.

• Considerar a linguagem e suas manifestações como fonte de legitimação de

acordos e condutas sociais e sua representação simbólica como forma de

expressão de sentidos, emoções e experiências do ser humano na vida social.

• Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como

meio de: organização cognitiva da realidade pela constituição de significados,

expressão comunicação, e informação.

• Desenvolver o uso da língua escritas em situações discursivas realizadas por

meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o

assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 171

• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo

de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.

• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho

com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

• Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e comunicação,

em situações intersubjetivas, que exijam graus de distanciamento e reflexão sobre

os contextos e estatutos interlocutores e colocar-se como protagonista do

processo de produção recepção.

• Revelar através da história literária, visões de mundo e experiências pessoais

diferentes.

• Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e

em outros contextos relevantes para sua vida.

• Ver a arte literária como trabalho humano, cujo vínculo, é a prática de leitura e a

análise linguística de textos que transformará o aluno num verdadeiro cidadão,

apto quer para o trabalho, quer para a vida.

Conforme as DCE,

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a vida (PARANÁ, 2008, p.54-55).

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas decorrentes supõem

um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na

alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota na

vida escolar, mas se estende por toda a vida.

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1.3. Práticas discursivas: leitura, oralidade e escrita

Conforme orientação das DCE (PARANÁ, 2008), serão consideradas para

o processo ensino-aprendizagem, as práticas discursivas da oralidade, leitura e

escrita, pois é importante ter clareza de que “quanto maior o contato com a

linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se tem de entender

o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo.” (PARANÁ, 2008, p.

55).

Trabalhar a Língua Materna com os alunos significa estabelecer parcerias

em sala de aula, dar-lhes voz, escutar o que têm a dizer, em experiências

concretas de uso da língua.

2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

Durante muito tempo, o ensino da Língua Portuguesa foi ministrado por

meio de conteúdos legitimados no âmbito de uma classe social dominante e pela

tradição acadêmica/escolar. Esses conteúdos, entretanto, não conseguiram

universalizar o domínio das práticas linguísticas, notadamente ao que se refere à

norma padrão, que constitui a norma legitimada e prestigiada no contexto da

sociedade brasileira. Na tentativa de mudar esse quadro, no Brasil, na década de

1980, algumas pesquisas na área da linguística foram realizadas e apresentaram

abordagens pedagógicas pautando-se na concepção interacionista de linguagem

para o ensino/aprendizagem de Língua Materna.

Entende-se que o Conteúdo Estruturante está relacionado com o

momento histórico-social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a

concepção de linguagem como prática se efetiva nas diferentes instâncias sociais,

sendo assim, o Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa

perspectiva é o discurso como prática social.

2.1 Conteúdos Básicos

A forma “aparentemente” fragmentada dos quadros abaixo tem como

objetivo orientar a prática docente. Deve-se levar em conta a unidade teórico-

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metodológica fundamentada nas Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa.

Dessa forma, os conteúdos básicos, a abordagem teórico-metodológica e a

avaliação precisam ser contínuas e integradas, assim como, a diversidade de

gêneros discursivos precisa estar presente ao longo de todos os anos do ensino

Fundamental e Médio da Educação Básica, não se limitando apenas aos gêneros

indicados aqui. Ressalta-se que a diferença significativa entre os anos está no

grau de complexidade dos textos e de sua abordagem.

Destaca-se que é preciso considerar o gênero a ser trabalhado em sala de

aula para, então, selecionar os conteúdos específicos.

Os desafios socioeducacionais estarão contemplados nos conteúdos da

disciplina de Língua Portuguesa de forma contextualizada, abordados em sua

totalidade, integrados aos conteúdos básicos e específicos, sendo eles referentes

à:

• Educação Ambiental ( Lei nº 9795/99 ) – Textos sobre preservação

do Meio Ambiente;

• Educação Fiscal ( portaria 413/2002 ) e Educação Tributária Dec.

Nº1143/99, – Ao participar do Programa Agrinho, os professores

estão contemplando estas leis;

• Educação em Direitos Humanos (Resolução nº01/2012 CNE De.

Nº02/2015-CEE) – Leitura e debate dos Estatutos;

• Direito das crianças e o adolescente L.F. nº11525/07; portaria

nº413/02 – Produção de textos e cartazes sobre o tema;

• Lei nº17675/13-ALP “Dia de Ação Contra a Dengue”, a ser realizado

no dia 09 de cada mês – leitura e discussão sobre os panfletos da

Dengue, dia de Campo (recolher papéis e recicláveis do pátio);

• Lei 10.741/2003 Estatuto do Idoso (leitura e produção de texto sobre

o tema);

• Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente

(produção de texto sobre o tema);

• História e cultura afro-brasileira, africana e indígena (lei

nº110645/08) – palavras derivadas da cultura afro e indígena, leitura

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de poemas e romances de autores como: Cruz e Souza, Machado

de Assis, Aluizio Azevedo entre outros;

• Prevenção ao Uso Indevido de Drogas – Produção de texto,

cartazes e panfletos.

Apresentamos, a seguir, uma listagem dos gêneros sugeridos para as

práticas de leitura, oralidade e escrita para cada ano escolar, os quais fazem

parte dos conteúdos básicos. Na sequência, complementamos os conteúdos

básicos, elencando-os por prática discursiva, relacionando-os aos

encaminhamentos metodológicos e à avaliação.

6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

GÊNEROS DISCURSIVOS SUGERIDOS

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO

EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA

Adivinhas Anedotas Bilhetes Carta pessoal Cartão Postal Causos Convites

Diário Exposição Oral Provérbios Quadrinhas Receitas Trava-Línguas

LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Contos de Fadas Fábulas Histórias em Quadrinhos Lendas Memórias

Letras de Músicas Narrativas diversas

ESCOLAR

Cartazes Exposição Oral Pesquisa

Resumo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias

IMPRENSA

Cartum Classificados (leitura) Entrevista (oral e escrita)

Fotos Horóscopo Tiras

PRODUÇÃO E CONSUMO

Bulas Manual Técnico

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6º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

LEITURA

Identificação do tema, Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- intertextualidade

- informatividade

- intencionalidade

- marcas linguísticas

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

Inferências

Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos. Inferências de informações implícitas. Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos. Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor... Relato de experiências significativas relacionado ao assunto do texto. Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas.

Espera-se que o aluno:

Realize leitura compreensiva do texto. Localize informações explícitas no texto. Emita opiniões a respeito do que leu. Amplie o horizonte de expectativas.

ORALIDADE

Adequação ao gênero: - conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

- Variedades lingüísticas - Intencionalidade do texto - Papel do locutor e do interlocutor: - participação e cooperação

- Particularidades de pronúncia de algumas palavras

Apresentação de textos produzidos pelos alunos;

Contação de histórias; Narração de fatos reais ou fictícios Seleção de discurso de outros, como: entrevista, cenas de desenhos/programas infanto-juvenis, reportagem... Análise dos recursos próprios da oralidade Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado

Espera-se que o aluno:

Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal) Apresente clareza de ideias ao se colocar diante dos colegas

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- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

ESCRITA

- Adequação ao gênero: - conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

● Argumentação ● Paragrafação ● Clareza de ideias ● Refacção textual

Discussão sobre o tema a ser produzido Seleção do gênero, finalidade, interlocutores Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado

● Produção textual ● Revisão textual ● Reestruturação e reescrita textual

Espera-se que o aluno:

Expresse suas idéias com clareza Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade...)

ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

- coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno - Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto - Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto - A pontuação e seus efeitos de sentido no texto - Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, - Acentuação gráfica - Processo de formação de palavras - Gírias - Algumas figuras de pensamento (prosopopeia, ironia ...)

Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:

de gêneros selecionados para leitura ou audição;

de textos produzidos pelos alunos;

das dificuldades apresentadas pela turma.

Espera-se que o aluno:

Diferencie a linguagem formal da informal Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes...

Amplie o léxico

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 177

- Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal - Particularidades de grafia de algumas palavras

7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

GÊNEROS DISCURSIVOS SUGERIDOS

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO

EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA

Exposição Oral Fotos Músicas

LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Autobiografia Biografias Crônicas Histórias em Quadrinhos Literatura de Cordel

Letras de Músicas Narrativas diversas Poema/poesia

ESCOLAR

Cartazes Diálogo/Discussão Argumentativa Palestra Pesquisa

Relato Relatório Resumo Seminário

IMPRENSA (leitura e interpretação)

Cartum Charge Classificados Fotos

Horóscopo Notícia Reportagens Tiras

PUBLICITÁRIA

Anúncio Cartazes Folder Fotos Slogan

PRODUÇÃO E CONSUMO

Bulas Manual Técnico Placas

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 178

7º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

LEITURA

• Identificação do tema Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- intertextualidade

- informatividade

- intencionalidade

- marcas lingüísticas

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

Inferências

Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros. Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos. Inferências de informações implícitas.

Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos.

Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor... Relato de experiências significativas relacionado ao assunto do texto. Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas

Espera-se que o aluno:

Realize leitura compreensiva do texto; Localize informações explícitas no texto; Emita opiniões a respeito do que leu; Amplie o horizonte de expectativas.

ORALIDADE

• Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

- Variedades lingüísticas - Intencionalidade do texto

• Papel do locutor e do interlocutor:

Apresentação de textos produzidos pelos alunos Contação de histórias Narração de fatos reais ou fictícios Seleção de discurso de outros, como: entrevista, cenas de desenhos/programas infanto-juvenis, reportagem... Análise dos recursos próprios da

Espera-se que o aluno:

Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal) Apresente clareza de idéias ao se colocar diante dos colegas

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 179

- participação e cooperação

• Particularidades de pronúncia de algumas palavras • Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...

oralidade. Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado.

ESCRITA

• Adequação ao gênero: - conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas lingüísticas

● Argumentação ● Paragrafação ● Clareza de idéias ● Refacção textual

Discussão sobre o tema a ser produzido; Seleção do gênero, finalidade, interlocutores; Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado; Produção textual; Revisão textual; Reestruturação e reescrita textual;

Espera-se que o aluno:

- Expresse suas idéias com clareza ● Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade...)

ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

- Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno; - Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto; - Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto - A pontuação e seus efeitos de sentido no texto - Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, - acentuação gráfica; - Processo de formação de palavras;

Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir: - de gêneros selecionados para leitura ou audição;

- de textos produzidos pelos alunos;

- das dificuldades apresentadas pela turma.

Espera-se que o aluno:

Diferencie a linguagem formal da informal; Utilize adequadamente, recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes... Amplie o léxico

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 180

- Algumas figuras de pensamento (prosopopéia, ironia ...); - Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal; - Particularidades de grafia de algumas palavras.

8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

GÊNEROS DISCURSIVOS SUGERIDOS

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO

EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA

Comunicado Exposição Oral Músicas Relatos

LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Autobiografia Biografias Contos Crônicas Escultura Haicai Histórias em Quadrinhos Lendas Literatura de Cordel Memórias

Narrativas diversas

ESCOLAR

Cartazes Debate Exposição Oral Pesquisa

Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião

IMPRENSA

Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum Charge Entrevista (oral e escrita)

Manchete Notícia Reportagens Tiras

PUBLICITÁRIA

Cartazes Comercial para TV

PRODUÇÃO E CONSUMO

Bulas Manual Técnico

Relatório Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião

Blog

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 181

MIDIÁTICA E-mail

8º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

LEITURA

• Interpretação textual, observando: - conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- ideologia

- intencionalidade

- informatividade

- marcas lingüísticas

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários; • As diferentes vozes sociais representadas no texto; • Linguagem verbal, não-verbal, midiático, infográficos, etc. • Relações dialógicas entre textos

Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; Consideração dos conhecimentos prévios; Inferências no texto. Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor... Leitura de textos verbais e não-verbais, midiáticos, iconográficos, etc.. Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas.

Espera-se que o aluno:

Realize leitura compreensiva do texto; Emita opiniões a respeito do que leu; Desvende posicionamentos ideológicos no meio social e cultural; Estabeleça relações dialógicas entre os textos lidos e/ou ouvidos; Identifique efeitos de ironia ou humor em textos variados; Amplie o horizonte de expectativas.

ORALIDADE

• Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas lingüísticas

Apresentação de textos

produzidos pelos alunos;

Dramatização de textos; Apresentação de mesa redonda, júri-simulado, exposição oral...

Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal); Reconheça as intenções

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 182

• Coerência global do discurso oral • Variedades lingüísticas • Papel do locutor e do interlocutor: - participação e cooperação

- turnos de fala

● Particularidades dos textos orais ● Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos... ● Finalidade do texto oral

Seleção de discurso de outros para análise, como: filme, entrevista, mesa redonda, cena de novela/programa, reportagem, debate; Análise dos recursos próprios dos gêneros orais; Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;

dos discursos de outros; Elabore argumentos convincentes para defender suas idéias.

ESCRITA

• Adequação ao gênero: - conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas lingüísticas

● Argumentação ● Coerência e coesão textual ● Paráfrase de textos ● Paragrafação ● Refacção textual

Discussão sobre o tema a ser produzido; Seleção do gênero, finalidade, interlocutores; Exploração do contexto social de uso do gênero trabalhado; Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado; Produção textual Revisão textual Reestrutura e reescrita textual

Espera-se que o aluno:

Produza textos atendendo às circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade...); Elabore argumentos consistentes; Produza textos respeitando a seqüência lógica; Adeque o texto ao tema proposto.

ANÁLISE LINGÜÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

● Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral; ● Conotação e denotação;

● A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

Compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos. Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir: - de gêneros selecionados para leitura ou escuta;

Espera-se que o aluno:

Utilize adequadamente, recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes... Amplie o vocabulário; Identifique a concordância presente em textos longos e de estruturas complexas;

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 183

● Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos...); ● Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto; ● A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

● Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;

● Acentuação gráfica;

● Figuras de linguagem;

● Procedimentos de concordância verbal e nominal;

● A elipse na seqüência do texto; ● As irregularidades e regularidades da conjugação verbal;

● A função do advérbio: modificador e circunstanciador; ● Complementação do verbo e de outras palavras.

- de textos produzidos pelos alunos;

- das dificuldades apresentadas pela turma.

Reconheça quando e como estabelecer complementação do verbo e de outras palavras; Utilize as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo

9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

SUGESTÃO DE GÊNEROS DISCURSIVOS

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO

EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA

Comunicado Convites

Exposição Oral Relatos de Experiências Vividas

Autobiografia Biografias Crônicas

Poemas Romance Textos Dramáticos

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 184

LITERÁRIA/ARTÍSTICA Haicai Literatura de Cordel Memórias

ESCOLAR

Debate Regrado Diálogo/Discussão Argumentativa Exposição Oral Júri Simulado Palestra Pesquisa

Relato Relatório Texto Argumentativo Texto de Opinião

IMPRENSA

Anúncio de Emprego Artigo de Opinião Carta ao Leitor Carta do Leitor Classificados Crônica Jornalística Editorial Entrevista (oral e escrita)

Infográfico Manchete Mesa Redonda Reportagens Resenha Crítica

PUBLICITÁRIA

Comercial para TV

Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Texto Político

PRODUÇÃO E CONSUMO

Bulas Relatos de Experiências Científicas Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião

MIDIÁTICA

Blog Telejornal

9º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

LEITURA

Interpretação textual, observando: - conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- intencionalidade

Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; Consideração dos conhecimentos prévios; Inferências sobre informações implícitas no texto;

Espera-se que o aluno:

Realize leitura compreensiva do texto; Identifique a tese de um texto; Identifique a finalidade de textos de diferentes gêneros;

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 185

- intertextualidade

- ideologia

- informatividade

- marcas lingüísticas

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários. Informações implícitas em textos, as vozes sociais presentes no texto Estética do texto literário

Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor... Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto do texto; Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas

Estabeleça relações dialógicas entre os textos; Desvende posicionamentos ideológicos no meio social e cultural; Identifique as informações implícitas no texto; Reconheça efeitos de humor provocados pela ambigüidade em textos verbais e não verbais; Amplie o horizonte de expectativas.

ORALIDADE

• Adequação ao gênero:

- conteúdo temático;

- elementos composicionais;

- marcas lingüísticas;

• Variedades lingüísticas • Intencionalidade do texto oral • Argumentação • Papel do locutor e do interlocutor:

- turnos de fala

− Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...

Exposição oral de trabalhos/textos produzidos; Dramatização de textos; Apresentação de seminários, debates, entrevistas.. . Seleção de discurso de outros, como: reportagem, seminário, entrevista, reality show. Análise dos recursos próprios da oralidade; Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado.

Espera-se que o aluno:

Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal)

− Produza argumentos convincentes − Reconheça as intenções no discurso do outro − Identifique as marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto oral

ESCRITA

● Adequação ao gênero: - conteúdo temático

Discussão sobre o tema a ser produzido; Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;

Espera-se que o aluno:

Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade...);

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 186

- elementos composicionais

- marcas lingüísticas

− Argumentação − Resumo de textos − Paragrafação − Paráfrase − Intertextualidade − Refacção textual

Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado; Produção textual; Revisão textual; Reestrutura e reescrita textual.

Adeque o texto ao tema e à linguagem; Estabeleça relações entre partes do texto, identificando repetições ou substituições; Estabeleça relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.

ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

− Conotação e denotação − Coesão e coerência textual − Vícios de linguagem − Operadores argumentativos e os efeitos de sentido − Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente...) − Semântica ; − Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto; − Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto; − A pontuação e seus efeitos de sentido no texto; − Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico; - Acentuação gráfica; − Estrangeirismos, neologismos, gírias;

Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir: de gêneros selecionados para leitura ou escuta;

de textos produzidos pelos alunos;

das dificuldades apresentadas pela turma.

Espera-se que o aluno:

Estabeleça relações semânticas entre as partes do texto (de causa, de tempo, de comparação); Utilize adequadamente, recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes... Reconheça a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e preposições argumentativas; Distinga o sentido conotativo do denotativo.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 187

− Procedimentos de concordância verbal e nominal;

− Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;

− A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;

− Coordenação e subordinação nas orações do texto.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O processo didático implica e se expressa pela ação docente das quatro

dimensões - ensinar, aprender, pesquisar e avaliar - considerando também a

relação e os caminhos didáticos e investigativos.

O Ensino de Língua Portuguesa prevê procedimentos metodológicos

próprios: o combate do arcaico não se dá apenas no terreno dos fundamentos;

ele se mantém também no terreno da metodologia, pois: “As experiências dos

alunos compõem um campo denso de saberes, ponto de partida na estruturação

cognitiva. Conhecimentos anteriores e experiências compõem a estrutura de

possibilidades da elaboração cognitiva.” (VEIGA, 2006, p.107).

A metodologia utilizada e desenvolvida em sala deverá envolver

diferentes gêneros de diversas esferas sociais, como a literária, publicitária,

cotidiana, escolar, etc; o papel do professor é de levar o aluno a perceber as

marcas e o funcionamento ideológico existente em cada tipo de texto lido. Assim,

será introduzida a prática da leitura e análise de textos curtos e longos da

literatura, bem como a produção de textos.

Trabalhar a Língua Materna com os alunos significa estabelecer parcerias

em sala de aula, dar-lhes voz, escutar o que têm a dizer, em experiências

concretas de uso da língua. A compreensão da Língua Portuguesa dá-se

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 188

linguisticamente através das práticas discursivas: leitura, oralidade e escrita, as

quais requerem encaminhamentos próprios:

3.1. LEITURA

Na sociedade atual, numa realidade dinâmica como a nossa, que se

transforma na mesma velocidade com que se disseminam informações nos meios

eletrônicos, a leitura é uma prática indispensável e é uma necessidade na vida

cotidiana e, seu domínio propicia uma participação mais plena na vida social.

É tarefa da escola propiciar aos alunos o ensino e aprendizagem, de

forma sistematizada e consistente, do funcionamento das linguagens no processo

de geração de sentidos.

O sujeito-leitor deve busca as suas experiências de vida, seus

conhecimentos prévios, as vozes, enfim, o conhecimento de mundo que o

constituem, que compreenda que seus sentidos são dialógicos e acontecem no

tempo e no espaço e que há multiplicidades de modos de leitura, indicando as

diversas maneiras de interagir com os interlocutores, bem como a constatação de

que a vida intelectual do aluno está intimamente relacionada às variedades e

efeitos de leituras.

Considerando-se o discurso e a linguagem, se o aluno souber

compreender os sentidos que a leitura carrega, isso possibilitará interagir e se

posicionar diante da sociedade.

Baseando-se nessas considerações, para se começar uma proposta de

leitura a partir da interação e do dialógico entre os interlocutores, é necessário

que sejam usadas estratégias baseadas nas experiências e na vivência sócio-

cultural do aluno. Segundo as DCE’S, (2008, p. 71).

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos,

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 189

cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente o nosso universo cotidiano, deve contemplar os multiletramentos mencionados nestas Diretrizes. (2008,p. 71).

Com base nessa constatação e, diante de todas as exigências que a

sociedade impõe, entendemos que é imprescindível uma prática de leitura ativa,

na qual os sentidos sejam vistos não só como frutos da textualidade, mas também

das perspectivas inscritas no texto e da participação ativa dos alunos, e pela

consideração da produção, circulação e recepção dos gêneros na sociedade.

Tendo em vista a premissa de que os alunos precisam conhecer o

funcionamento da linguagem uma vez que ela permeia todas as atividades

humanas, em todas as esferas sociais, as Diretrizes Curriculares Estaduais de

Língua Portuguesa destacam que a leitura deve:

(...) propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Sob esse ponto de vista, o professor precisa atuar como mediador provocando os alunos a realizarem leituras significativas. Assim, o professor deve dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade (PARANÁ, 2008, p. 71).

Dessa forma, percebe-se que a escola precisa oportunizar uma prática de

leitura que permita ao aluno, como diz Orlandi (1988, p.37), “trabalhar a sua

própria história de leituras, assim como a história das leituras dos textos, e a

história da sua relação com a escola e com o conhecimento legítimo”.

Concordamos que, não se deve trabalhar a leitura apenas como decodificação,

mas procurar observar o processo de sua produção e, logo, de sua significação.

Reiteramos que, todas as atividades de leitura estarão voltadas para que

o aluno perceba a relevância do funcionamento da linguagem na sociedade na

qual está inserido, oportunizando - o a ampliação e o desenvolvimento da

capacidade leitora, crítica e linguística-discursiva.

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas

sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 190

literária, etc. No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens

não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes, propagandas, figuras

que povoam com intensidade crescente nosso universo cotidiano, deve

contemplar os multiletramentos mencionados.

A leitura deve ser uma prática constante, pois tem o objetivo de formar

leitores competentes, que compreendam o que leem, que possam ler também o

que está escrito nas entrelinhas, identificando elementos implícitos, que

estabeleçam relações entre o texto que leem e outros já lidos e saibam que

vários sentidos podem ser atribuídos a um texto e, por outro lado, auxiliam na

produção de texto.

Para que o aluno leia com prazer e criticidade, serão oferecidos vários

gêneros textuais (clássicos, modernos e contemporâneos) de qualidade que os

sensibilizem e motivem à produção de textos tipologicamente diversos,

observando o assunto, a escolha do interlocutor (real ou imaginário) e o objetivo

pelo qual o texto está sendo escrito.

3.2. ORALIDADE

A oralidade objetiva desenvolver a capacidade de expressão e

argumentação oral do aluno e desenvolver certas operações, comportamentos e

valores tais como: capacidade de extrapolar; de generalizar e particularizar as

ideias; de ouvir e respeitar as opiniões alheias; de negociar; de saber como se

situar numa discussão pública e selecionar a variedade linguística mais adequada

àquela situação; de desenvolver técnicas de contra-argumentação e persuasão.

As possibilidades de trabalho com a oralidade são ricas e apontam

diferentes caminhos:

• Apresentação de temas variados: histórias de família, da

comunidade, um filme, um livro, etc.;

• Debates e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da

argumentação;

• Declamação de poemas;

• Análise dos procedimentos e marcas linguísticas típicas da

conversação (entonação, repetições, pausas...)

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 191

• Finalidade dos diferentes gêneros orais;

• Explorar as diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

• Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos levando

em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e

finalidade do texto;

• Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições

orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e

consequência entre as partes e elementos do texto;

• Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas

da oralidade em seu uso formal e informal;

• Estimular contações de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se

dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressão facial,

corporal e gestual, pausas e outros;

• Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da

oralidade, como seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre

outros;

• Proporcionar análise e comparação dos recursos veiculados em

diferentes fontes como jornais, emissoras de rádio, etc., a fim de

perceber a ideologia dos discursos dessas esfera.

3.3. PRODUÇÃO ESCRITA

As Diretrizes levam em conta a relação entre o uso do aprendizado de língua

como premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros

discursivos são construções coletivas. Assim sendo, o texto deve atuar como

forma de interação no mundo. Escreve-se e fala-se para convencer, vender,

negar, instruir, etc.

Antes de solicitar a produção de um texto ao aluno, faz-se necessário,

portanto, propiciar e/ou ampliar seus conhecimentos acerca do assunto que será

tratado, por meio de leitura e discussões. Reflexões sobre a intencionalidade,

textualidade, coerência, coesão, informatividade e conectividade, etc. com que o

texto será escrito, o assunto, o tipo e o gênero do texto a ser abordado, a escolha

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 192

do interlocutor (real ou imaginário), o grau de formalidade que precisa ser

utilizado e o objetivo pelo qual o texto está sendo escrito são fundamentais para

que o processo de escrita seja bem sucedido.

É preciso deixar claro aos alunos que todo o texto deve ser elaborado de

forma que os leitores possam depender exclusivamente dele na construção do

significado.

3.4. ANÁLISE LINGUÍSTICA

O principal objetivo do trabalho com os conhecimentos linguísticos é

melhorar a capacidade de compreensão e expressão dos alunos, tanto nas

situações de comunicação escrita, quanto oral.

A língua não pode ser tomada como um sistema fechado e imutável de

unidades e leis combinatórias, mas como um processo dinâmico de interação, isto

é, como um meio de realizar ações e atuar sobre o outro.

Assim, o trabalho linguístico não pode se limitar à frase. Deve ser

considerado o domínio do texto, e mais que isso, o do discurso, ou seja, o texto

inserido numa situação concreta e única.

4. AVALIAÇÃO

Sendo a avaliação parte do processo ensino/aprendizagem, ela terá a

função diagnóstica e construtiva, indicando ao professor as dificuldades e os

avanços dos alunos, bem como do próprio trabalho docente.

O processo de avaliação deve ser contínuo e reflexivo, onde o professor,

através das atividades desenvolvidas, acompanhará não só o desempenho de

seus alunos, como também o seu próprio trabalho, analisando suas práticas

pedagógicas e avaliativas. O aluno deverá ser avaliado em todos os aspectos e

de forma individual e coletivamente.

A avaliação deverá refletir o desempenho do aluno em diferentes

situações, para isso os instrumentos avaliativos deverão ser diversificados e

compatíveis com a disciplina, conteúdos e condições do aluno. Esses

instrumentos serão diversificados como:

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 193

• Prova escrita com questões objetivas e subjetivas;

• Pesquisas individuais ou em grupo;

• Apresentações de trabalhos;

• Debates;

• Sínteses de textos lidos;

• Síntese crítica de filmes;

• Interpretação de textos;

• Desenhos;

• Cartazes;

• Produção de textos dos diferentes gêneros trabalhados.

Conforme consta no Regimento Escolar, é vedado submeter o aluno a

uma única oportunidade e a único instrumento de avaliação.

O processo de avaliação será bimestral e o registro será expresso em

notas de zero a dez, obtendo-se a média de forma aritmética.

Serão utilizados também o processo formativo através de observação

diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e ou

objetivos trabalhados.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e

processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta

dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça o tempo todo,

informando o professor e o aluno acerca do ponto em que se encontram,

ajudando-os a refletir e fazendo o professor procurar caminhos para que todos os

alunos aprendam e participem mais das aulas.

A avaliação se dá no texto oral e escrito, no qual a língua se manifesta em

todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Assim, são nas

observações do uso da língua pelo aluno que o professor irá perceber o que

precisa trabalhar mais para melhorar a leitura, a escrita e a oralidade.

Na leitura será priorizada a compreensão, o processo de produção/

instauração de sentidos.

A avaliação precisa ser enfocada sob novos parâmetros, precisa dar ao

professor pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para se

apropriar, efetivamente, das atividades verbais – a fala, a leitura e a escrita.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 194

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada progressivamente,

considerando a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a

clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, o seu

desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de

vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos

diferentes interlocutores e situações.

Quanto à escrita, é preciso ver os textos como uma fase do processo de

produção, nunca como um produto final. É preciso haver clareza na proposta de

produção textual; os parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar

bem definidos. Além disso, precisa estar em contextos reais de interação

comunicativa, para que os critérios de avaliação que tomam como base as

condições de produção tenham alguma validade.

Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos –

discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais – os elementos linguísticos

utilizados nas produções dos alunos precisam ser avaliados em uma prática

reflexiva, contextualizada, que possibilite aos alunos a compreensão desses

elementos no interior do texto.

O erro do aluno servirá de parâmetro para o professor preparar suas aulas

e detectar o que precisa fazer, para que a aprendizagem se efetive. Desse modo,

sempre que for necessário, será feito retomada de conteúdos.

4.1. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação de estudos é um direito dos alunos, independentemente

do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

A recuperação de estudos será organizada com atividades significativas,

por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados como:

• Revisão dos conteúdos avaliados

• Exercícios de fixação com consulta individual ou coletiva em classe

e/ou extraclasse;

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 195

• Uma nova avaliação para a verificação da aquisição e/ou domínio

do conteúdo das quais todos os alunos poderão participar

independente de seu aproveitamento nas avaliações anteriores.

A recuperação será registrada no Registro de Classe, prevalecendo a

nota maior.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BECHARA, Ivanildo. Ensino da Gramática. Opressão ou Liberdade? São Paulo: Ática,1991.

GERALDI, V. O texto na sala de aula. 2ª ed. São Paulo: Ática,1997.

KOCH, I. V.. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto,1995

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação básica do Paraná. Curitiba: SEED, 2008. SOARES, Magda. Linguagem e Escola: Uma perspectiva social. São Paulo, 1991.

ORLANDI, E. P. Discurso e leitura. São Paulo: Cortez; Campinas: Ed da Unicamp, 1988. _______. Discurso e texto: formação e circulação do sentido. Campinas: Pontes,

2001

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Lições de didática. Campinas, SP: Papirus, 2006.

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LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO

1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Somente no fim do Império, em meados do século XIX, que a Língua

Portuguesa foi incluída como disciplina no currículo escolar no Brasil.

Desde então, o ensino da Língua Portuguesa passou por várias alterações,

sempre para atender às necessidades sócio econômico e políticas de cada

momento histórico.

Inicialmente, o Português era utilizado apenas como instrumento de

alfabetização para a pequena elite e como a língua das transações comerciais e

dos documentos legais. Havia uma Língua Geral, falada informalmente em todo

litoral brasileiro, que tinha como origem as línguas indígenas e o latim, no qual o

ensino dos jesuítas se fundamentavam. A Língua Geral facilitava a interação

entre colonizadores e colonizados e foi usada por muito tempo por parte da

população não escolarizada, havendo então uma situação de bilinguismo no

Brasil.

As medidas impostas pelo então Marquês de Pombal, em 1758, a fim de

reverter essa situação, torna a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil. Sua

inserção e a valorização na escola tiveram como objetivo o aprender a ler e a

escrever em português, o estudo da gramática portuguesa e da Retórica.

Conforme (Soares, 1996, p.15, Apud Raupp, 2004,p.51), inicialmente, o

ensino da gramática da Língua Portuguesa baseava-se no princípio de servir de

apoio à aprendizagem da gramática latina. Entretanto, a medida em que o Latim

foi perdendo seu uso e valor social, culminando com a sua extinção do sistema

de ensino no fundamental e médio brasileiro, aproximadamente no século XX, a

gramática da língua portuguesa foi ganhando autonomia, mas ainda alheia à

“língua brasileira”.

Nos anos 50, devido à alteração de perfil da clientela escolar, em

consequência do aumento das possibilidades de acesso à escola,tornaram-se

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necessárias mudanças nas disciplinas curriculares, nos objetivos da instituição

escolar, bem como nos conteúdos da disciplina Português.

É então que gramática e texto, estudo sobre a língua e estudo da língua começam a constituir uma disciplina com um conteúdo articulado:ora é na gramática que se vão buscar elementos para compreensão e a interpretação do texto, ora é no texto que se vão buscar estruturas linguísticas para a aprendizagem da gramática. (Soares, 1996, p.17)

O ensino da Língua Portuguesa passa a ter um novo panorama: a

gramática e o texto compõem um único livro, no entanto divididos em partes:

uma em gramática e outra em antologia e conforme (Soares, 1996,p.18), o

ensino da Língua Portuguesa começa voltar-se para as habilidades de leitura, por

meio de atividades de compreensão e interpretação, porém essas se mantinham

secundárias em relação aos estudos gramaticais, influenciados por teorias

mecanicistas e estruturalistas.

Com a ditadura militar, a partir de 1964, surgem novas condições

sociopolíticas e todo país sofre uma metamorfose. Passa-se a buscar, no país, o

desenvolvimento do capitalismo, mediante a expansão industrial. A proposta

educacional precisa ser condizente com a expectativa de se atribuir à escola o

papel de fornecer recursos humanos , que permitam ao governo realizar a

expansão industrial.

Nesse contexto, em 1971, é sancionada a Nova Lei de Diretrizes e Bases,

a 5692/71, que estabelece a língua nacional como instrumento de comunicação e

expressão da cultura brasileira. A disciplina de Português recebe então as

seguintes denominações: no primeiro grau; Comunicação e Expressão (nas

quatro séries iniciais) Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas

séries), só configurando como Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, no

segundo grau.

Para atender a vinculação proposta por essa Lei, de que o ensino deveria

estar voltado à qualificação para o trabalho, institui-se uma pedagogia tecnicista.

Em decorrência, o ensino da Língua Portuguesa configura-se pela Teoria da

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Comunicação cujos objetivos eram pragmáticos e utilitários, tratava-se de

desenvolver e aperfeiçoar o comportamento do aluno como emissor e receptor de

mensagens, através da utilização e compreensão de códigos diversos, verbais e

não verbais.

A consolidação da abertura política resultou em pesquisas que

fortaleceram a pedagogia histórico- crítica, propiciando uma rede de outras

pesquisas, inserindo, no campo pedagógico dos anos 80, uma vertente

progressista. A pedagogia histórico- crítica vê a educação como mediação da

prática social. “A prática social, põe-se, portanto, como ponto de partida e ponto

de chegada da prática educativa” (SAVIANI, 2007, p.420).

Na disciplina de Língua Portuguesa, essa pedagogia se revelou nos

estudos linguísticos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas

discursivas.

Conforme as DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

(PARANÁ, 2008), deve-se aos teóricos do Círculo de Bakhtin o avanço dos

estudos em torno da natureza sociológica da linguagem. O grupo de estudiosos

criticava a reflexão linguística de caráter formal-sistemático por considerar tal

concepção incompatível com a abordagem histórica e viva da língua , uma vez

que “ a língua constitui um processo de evolução ininterrupto, que se realiza

através da interação verbal social dos locutores”

(BAKHTIN/VOLOCHINOV,1999,p.127)

Uma nova concepção de língua e linguagem se instaura, não mais a língua como expressão do pensamento nem como instrumento de comunicação, mas a língua como meio de interação entre sujeitos( ouvintes/ falantes-leitores/escritores) que, por meio da linguagem, produzem sentidos, emitem opiniões, discordam, concordam, enfim dialogam por meio da língua.(RAUPP, 2004,p.53)

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2 - OBJETIVOS

Na perspectiva de superação efetiva das posturas tradicionais, esta

Proposta pode fundamentar o trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa,

assim como a Literatura, considerando o processo dinâmico e histórico dos

agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto

dos sujeitos que por meio dela interagem. Desse modo, em conformidade com as

DCE (PARANÁ, 2008), buscamos ao longo do processo de ensino-aprendizagem

na disciplina os seguintes objetivos:

• Fundamentar o desenvolvimento do ensino da Língua Portuguesa,

pressupondo antes de tudo, uma visão sobre a linguagem verbal e não-verbal,

de tal maneira que garanta ao educando o efetivo domínio das atitudes

verbais, da educação linguística, dos seus sistemas simbólicos e

comunicativos, em um mundo sócio cultural;

• Reconhecer a linguagem como uma prática social pela qual nos

constituímos como sujeitos históricos, ampliando a visão de mundo, de grupos

sociais, práticas coletivas, experiências pessoais e garantir a todos, o domínio

da leitura; o domínio da escrita; o domínio da fala em situações formais e a

compreensão da realidade social histórica e estrutural da linguagem;

• Assegurar ao educando formação indispensável para o exercício da

cidadania fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos

superiores através das práticas da leitura, escrita e oralidade, ampliando sua

visão de mundo, tendo a linguagem como uma revelação da história, de

alguns grupos sociais, práticas coletivas e experiências pessoais diferentes;

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la

a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas

nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar ao

educando interação/produção e compreensão de processos discursivos ,

proporcionando condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos

sociais, apropriando-se também da norma padrão;

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• Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens

como meio de: organização cognitiva da realidade pela constituição de

significados, expressão comunicação e informação;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas

por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus

objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais bem como o

contexto de produção/leitura;

• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero

e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua

organização;

• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através

da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão

lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita;

• Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e

comunicação, em situações intersubjuntivas, que exijam graus de

distanciamento e reflexão sobre os contextos e estatutos interlocutores e

colocar-se como protagonista do processo de produção recepção;

• Revelar, através da história literária, visões de mundo e experiências

pessoais diferentes;

• Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no

trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida;

• Ver a arte literária como trabalho humano, cujo vínculo, é a prática de

leitura e a análise linguística de textos que transformará o aluno num

verdadeiro cidadão, apto quer para o trabalho, quer para a vida;

• Proporcionar momentos de debates e reflexões sobre as obras literárias

lidas, tendo como base o Método Recepcional, considerando-se as cinco

etapas propostas nas DCE (p.74): determinação do horizonte de

expectativas, atendimento ao horizonte de expectativas, ruptura do

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horizonte de expectativas, questionamento do horizonte de expectativas e

a ampliação do horizonte de expectativas;

• Garantir o estudo das Escolas Literárias, contextualizando as produções:

suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; em momentos: filosófico,

sociológico, geográfico e histórico;

• Explorar nas obras literárias: estilos do autor, a época, situar o momento de

produção e estabelecer diálogo com o momento atual, bem como com

outras áreas do conhecimento (Arte, Biologia, Sociologia, História, etc);

• Instigar os alunos a perceber o texto literário com o olhar da sensibilidade e

da identificação;

• Explorar os diferentes gêneros literários, observando os recursos que

podem ser observados e aprofundados em cada ano;

3- CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O DISCURSO COMO PRÁTICA

SOCIAL

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (PARANÁ,

2008), Conteúdo Estruturante é o conjunto de saberes e conhecimentos de

grande dimensão, os quais identificam e organizam uma disciplina escolar. A

partir dele, advêm os conteúdos a serem trabalhados no dia a dia da sala de aula.

A seleção do conteúdo Estruturante deve estar relacionada com o

momento histórico-social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a

concepção de linguagem como prática que se efetiva nas diferentes instâncias

sociais, sendo assim, o Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa

perspectiva é o discurso como prática social.

BAKHTIN (1999) defende a concepção de discurso como efeito de

sentidos entre interlocutores, que não é individual e tem sua gênese sempre

numa atitude responsiva a outros textos. Defende ainda, discurso como resultado

da interação – oral ou escrita – entre sujeitos, é “a língua em sua integridade

concreta e viva”. (BAKHTIN, 1997, p.181)

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Registraremos, ainda, duas definições de discurso defendidas pelas DCE

(PARANÁ, 2008) por vê-lo sob o enfoque da ciência da linguagem e por seus

autores entenderem o discurso como toda atividade comunicativa entre

interlocutores.

[...] seres situados num tempo histórico, num espaço geográfico; pertencem a uma comunidade a um grupo e por isso carregam crenças, valores culturais, enfim a ideologia do grupo, da comunidade de que fazem parte. Essas crenças, ideologias são vinculadas, isto é , aparecem nos discursos. É por isso que dizemos que não há discurso neutro, todo discurso produz sentidos que expressam as posições sociais, culturais, ideológicas dos sujeitos da linguagem. Às vezes, esses sentidos são produzidos de forma explícita, mas na maioria das vezes não, [...]. Fica por conta do interlocutor o trabalho de construir, buscar os sentidos implícitos, subentendidos (BRANDÃO, 2005,p.2-3 – Apud DCEB-SEED/PR, 2008)

Conforme Rodrigues (2005), o discurso deve ser entendido como um

diferente modo de conceber e estudar a língua, uma vez que ela é vista como um

acontecimento social, envolvida pelos valores ideológicos e por isso está ligada

aos seus falantes, aos seus atos e às esferas sociais.

Nessa perspectiva, o trabalho didático-pedagógico com a disciplina de

Língua Portuguesa deve ser a partir da linguagem em uso, que é a dimensão

dada pelo conteúdo estruturante.

4- CONTEÚDOS BÁSICOS

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais e

imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas

disciplinas da Educação Básica. Conforme as DCE (PARANÁ, 2008), o acesso a

esses conhecimentos é direito do aluno, na fase de escolarização em que se

encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do

professor.

O trabalho pedagógico com os conteúdos básicos deve levar em conta a

unidade teórico-metodológica fundamentada nas Diretrizes Curriculares de Língua

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Portuguesa. Dessa forma, os conteúdos básicos, a abordagem teórico-

metodológica e a avaliação precisam ser contínuas e integradas, assim como, a

diversidade de gêneros discursivos precisa estar presente ao longo de todos os

anos do ensino Fundamental e Médio da Educação Básica.

Destaca-se que é preciso considerar o gênero a ser trabalhado em sala de

aula para, então, selecionar os conteúdos específicos.

Os desafios socioeducacionais estarão contemplados nos conteúdos da

disciplina de Língua Portuguesa de forma contextualizada, com leituras,

interpretação, discussão e trabalhos em grupo. Sendo eles referentes à:

• Educação Ambiental (Lei nº 9795/99 ) ;

• Direito das crianças e o adolescente L.F. nº11525/07; portaria

nº413/02;

• Lei 10.741/2003 Estatuto do Idoso;

• Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente;

• História e cultura afro-brasileira, africana e indígena (lei

nº110645/08)

Apresentamos, a seguir uma relação dos gêneros sugeridos para as

práticas de leitura, oralidade, escrita e literatura para cada ano do ensino médio,

na sequência, os conteúdos básicos.

4.1 - GÊNEROS DISCURSIVOS E AS ESFERAS DE CIRCULAÇÃO

1º ANO

ESFERAS SOCIAIS DE

CIRCULAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS

COTIDIANA • Carta Pessoal; • Relatos Pessoais; • Músicas • Gêneros instrucionais (receita, dicas)

LITERÁRIA/ARTÍSTICA • Letras de Músicas; • Contos; • Poemas; • Romance; • Crônicas; • Narrativas Fantásticas; • Narrativas de Aventura;

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ESCOLAR • Resumo;

• Cartazes; • Diálogo/Discussão Argumentativa.

IMPRENSA • Tiras; • Cartum; • Charge.

PUBLICITÁRIA •Anúncio; •Cartazes; •Slogan.

MIDIÁTICA • Blog; • E-mail; • Comentário

2º Ano

COTIDIANA • Curriculum Vitae; • Regulamentos; • Regras de jogos; • Fotos; • Músicas.

LITERÁRIA/ARTÍSTICA •Textos Dramáticos • Contos; • Poemas; • Romance; • Crônicas;

ESCOLAR • Pesquisa; • Relatório; • Debate Regrado; • Resenha crítica; • Texto Argumentativo; • Texto Opinativo.

IMPRENSA • Notícias; • Reportagem; • Entrevista; • Crítica; • Cartum; • Charge.

PUBLICITÁRIA • Campanha Comunitária; • Publicidade Comercial; • Publicidade Institucional;

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• Entrevista ( oral e escrita)

POLÍTICA • Debate Regrado • Carta de Solicitação; • Carta de Reclamação

3º ANO

COTIDIANA • Músicas; • Fotos.

LITERÁRIA/ARTÍSTICA • Contos;

• Poemas;

• Romances;

• Crônicas.

ESCOLAR •Texto Argumentativo; • Texto Opinativo; • Seminário.

IMPRENSA • Carta ao Leitor; • Carta do Leitor; • Artigo de Opinião; • Editorial.

PUBLICITÁRIA • Caricatura; • Folder.

POLÍTICA • Abaixo-Assinado; • Carta de Emprego

Obs. Os gêneros sugeridos serão abordados, conforme sua especificidade, nas

práticas da oralidade, leitura e escrita. Ou seja, um mesmo gênero pode ser

trabalho em um ano escolar apenas na leitura, a fim de discutir o conteúdo

temático, estilo, marcas linguísticas e construção composicional, sem, contudo,

chegar à proposta da escrita, o que pode ser feito em ano posterior. Essa

organização será especificada no PTD.

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4.2 CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos básicos indicados abaixo podem ser abordados nos três anos do

Ensino Médio, a partir dos gêneros discursivos/textuais sugeridos acima (por

ano) em conformidade com a especificidade de cada prática discursiva. O grau de

aprofundamento na abordagem dos mesmos será observado conforme a

série/ano e o conhecimento prévio dos estudantes, a ser considerado no PTD de

cada professor, ao organizar os conteúdos específicos.

Quanto à Prática da Oralidade:

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Intencionalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

• A relação entre a oralidade e escrita: Diferenças e semelhanças entre o discurso

oral e o escrito.

• A palavra: seus sons e grafia;

• A dimensão discursiva da linguagem:

- A interlocução e os usos da linguagem.

• O trabalho dos interlocutores com a linguagem;

• A construção do sentido;

]

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Quanto à Prática da Leitura

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Contexto de produção da obra literária;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Progressão referencial;

• Partículas conectivas do texto;

• As relações lexicais na coesão textual;

• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- figuras de linguagem.

- Relação entre contexto e sentido;

- Como o sentido literal e o figurado se relacionam aos usos conotativo e

denotativo da linguagem;

•Tipos de relações lexicais estabelecidas entre as palavras (sinonímia e

antonímia; hiperonímia e hiponímia);

Quanto à Prática da Escrita:

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade;

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• Informatividade;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Referência textual;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Ideologia presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Progressão referencial;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

•Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- figuras de linguagem;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

• Vícios de linguagem;

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência.

• Linguagem e variação linguística

• A relação entre a oralidade e escrita;

• A palavra: seus sons e grafia;

• A dimensão discursiva da linguagem:

- A interlocução e os usos da linguagem.

• O trabalho dos interlocutores com a linguagem;

• A construção do sentido;

- Relação entre contexto e sentido;

•Tipos de relações lexicais estabelecidas entre as palavras (sinonímia e

antonímia; hiperonímia e hiponímia);

• As relações lexicais na coesão textual;

• As palavras e sua estrutura;

• As palavras e sua formação;

• Relações morfossintáticas (forma e função do substantivo, adjetivo, pronome e

artigo);

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• Relações morfossintáticas (numeral, interjeição, verbo, advérbio, preposição e

conjunção)

• Morfossintaxe: a seleção e a combinação das palavras (frase- oração-período)

- O sujeito e o predicado na construção do texto;

- Os termos ligados ao verbo na construção do texto;

- Os termos ligados ao nome na construção do texto.

• Sintaxe do período composto por coordenação;

- Relação de sentido entre as orações coordenadas;

- As conjunções coordenativas na construção da coesão textual;

• Sintaxe do período composto por subordinação;

- As orações que equivalem a substantivos;

- As orações que equivalem a adjetivos;

- As orações que equivalem a advérbios.

• A pontuação na construção do texto;

• Articulação entre os termos de uma oração;

- Concordância nominal;

- Concordância verbal;

- Regência nominal e verbal.

Na Literatura

• Recursos estilísticos: figuras de linguagem;

• A Natureza da linguagem literária;

• A Literatura e suas funções;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes nos textos;

• Períodos Literários a serem abordados conforme o contexto de produção dos

gêneros da esfera literária em estudo, procurando estabelecer relações entre

obras de diferentes épocas (Trovadorismo; Classicismo; Barroco; Arcadismo;

Romantismo; Realismo; Naturalismo; Parnasianismo; Simbolismo; Pré

Modernismo; Modernismo; Literatura Contemporânea)

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5 – ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB (Lei 9394-96), ao

situar o Ensino Médio como etapa final da Educação Básica, define-a como a

conclusão de um período de escolarização de caráter geral. Trata-se de

reconhecê-lo como parte de uma etapa da escolarização que tem por finalidade o

desenvolvimento do indivíduo, assegurando-lhe a formação comum indispensável

para o exercício da cidadania, fornecendo-lhe os meios para progredir no trabalho

e em estudos posteriores (art. 22).

As disposições legais sobre o ensino médio deixam clara a importância da

educação como meio de preparar o indivíduo para o trabalho e formar pessoas

capacitadas à sua inserção social cidadã, percebendo-se sujeitos de intervenção

no seu próprio processo histórico, atentos às transformações da sociedade,

compreendendo os fenômenos sociais e científicos que permeiam o seu

cotidiano, possibilitando, ainda, a continuação de seus estudos.

Dessa forma, o ensino da disciplina de Língua Portuguesa precisa estar

muito articulado e organizado com o objetivo de proporcionar ao aluno o trabalho

com as práticas de leitura, de escrita, de oralidade e de análise linguística de

textos literários e não literários, a partir dos gêneros discursivos adequados ao

nível de ensino, ao repertório de leitura e conhecimento de mundo do aluno.

Nessa perspectiva, a linguagem é vista como fenômeno social, uma vez que

nasce da necessidade de interação entre os homens.

Nesse contexto, é imprescindível considerar os aspectos sociais e

históricos em que o sujeito está inserido, assim como o contexto de produção dos

textos literários e não literários lidos e dos textos produzidos pelos alunos.

O ensino e a aprendizagem em Língua Portuguesa devem objetivar o

letramento desse aluno, aprimorar seus conhecimentos linguísticos,

preocupando-se não somente com o mundo do trabalho ou com os concursos

vestibulares. O trabalho com a Língua Portuguesa deve proporcionar ao

educando compreensão dos textos que lê, sejam eles verbais ou não-verbais e

que perceba, de forma crítica, a sociedade em que vive.

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Cabe ao professor, na elaboração do seu Plano de Trabalho Docente,

propor reflexões, leituras, discussões e atividades envolvendo gêneros das

diversas esferas sociais de circulação, organizando os conteúdos de acordo com

a quantidade de aulas anuais, e distribuindo esses conteúdos de acordo com a

carga horária semanal. O professor deverá mesclar sua metodologia com aulas

teóricas e práticas, realizando trabalhos em sala, propondo seminários, fazendo

visitas e aulas na biblioteca, utilizando o laboratório de informática, além de

diferentes recursos, como vídeos, sons, imagens, internet, entre outros. Dessa

forma, proporcionará a prática, a discussão, a leitura de textos com diferentes

funções sociais, conforme preconizam as Diretrizes Curriculares de Língua

Portuguesa, que fundamentam o trabalho com os gêneros discursivos e ampliam

a discussão dos conteúdos abordados.

Dentro dessa perspectiva, sugere-se o desenvolvimento de conteúdos

promovendo relações interdisciplinares, utilizando os conhecimentos de outras

disciplinas para aprofundar, ampliar e discutir os conteúdos de Língua

Portuguesa. Exemplificaremos, a seguir, uma das possibilidades da relação da

disciplina de Língua Portuguesa com Arte e História.

Ao abordar um movimento literário, por exemplo o Modernismo, além de

analisar a estética do texto literário, pode-se discutir como ele influenciou a

pintura, exemplificado pela obra O Batizado de Macunaíma, da artista Tarsila do

Amaral. Para relacionar esse conteúdo com a disciplina de História, deve-se

analisar o contexto histórico-social, ou seja, quando e onde a obra foi escrita,

aspectos históricos do momento da produção e do momento da recepção. É

importante analisar, fazer o aluno perceber como os conhecimentos da História

contribuem para o entendimento do sujeito histórico e de que forma ele

representa a sociedade da época nas suas produções artísticas e literárias.

5.1- PRÁTICAS DISCURSIVAS: LEITURA, ORALIDADE E ESCRITA

No processo ensino-aprendizagem, é importante ter claro que quanto maior

o contato com a linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se

tem de entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo. A

ação pedagógica referente à linguagem, portanto, precisa pautar-se na

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interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a

produção oral e escrita, bem como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes

situações. Desse modo, sugere-se um trabalho pedagógico que priorize as

práticas sociais.

No ambiente escolar, o exercício com a linguagem deve considerar não só

a escrita como também a oralidade, uma vez que em alguns contextos

educacionais, não é muito valorizada; entretanto é rica e permite muitas

possibilidades de trabalho a serem pautadas em situações reais de uso da fala e

na produção de discursos nos quais o aluno se constitui como sujeito do processo

interativo.

A compreensão da Língua Portuguesa dá-se linguisticamente através de

três eixos: domínio da leitura, domínio da linguagem oral e domínio da escrita.

Assim, a metodologia utilizada e desenvolvida em sala deverá envolver

todos os tipos de textos existentes (literários, informativos, publicitários,

prescritivos, etc.) e que o papel do professor é levar o aluno a perceber as marcas

e o funcionamento ideológico existente em cada tipo de texto lido.

Trabalhar a Língua Materna com os alunos significa estabelecer parcerias

em sala de aula, dar-lhes voz, escutar o que têm a dizer, em experiências

concretas de uso da língua.

5.1.1 – PRÁTICA DA LEITURA

A leitura como ato dialógico deve ser uma prática constante, pois tem o

objetivo de formar leitores competentes, que compreendam o que leem, que

possam ler também o que está escrito nas entrelinhas, identificando elementos

implícitos, que estabeleçam relações entre o texto que leem e outros já lidos e

saibam que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto.

Para que os alunos compreendam as esferas discursivas em que os textos

são produzidos e circulam, bem como reconheçam as vozes sociais e as

ideologias neles presentes, serão trabalhados vários gêneros textuais, produzidos

em diferentes contextos e tempos. Dessa forma, espera-se que a leitura se

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efetive como uma prática compreensiva, global, crítica e analítica de textos

verbais e não-verbais e que os sensibilizem e motivem à produção de textos que

atendam as situações propostas de gênero, interlocutor e finalidade,

possibilitando que os educandos compreendam, durante a leitura, a importância

de compreender o contexto de produção.

Esse processo implica em uma resposta do leitor ao que lê, é dialógico,

acontece num tempo e num espaço. No ato da leitura, um texto leva a outro e

orienta para uma política de singularização do leitor que, convocado pelo texto,

participa a elaboração dos significados, confrontando-o com o próprio saber, com

a sua experiência de vida.

Silva (2005, p. 24), [...] define a prática de leitura como um princípio de

cidadania, ou seja, o leitor cidadão, pelas diferentes práticas de leitura, pode ficar

sabendo quais são suas obrigações e também pode defender os seus direitos,

além de ficar aberto às conquistas de outros direitos necessários para uma

sociedade justa, democrática e feliz.

Neste contexto, para que a prática da leitura se efetive, é importante que o

professor considere o conhecimento prévio dos alunos; possibilite a prática de

leitura de diferentes gêneros textuais; formule questionamentos que possibilitem

inferências a partir das pistas textuais, encaminhe discussões e reflexões sobre:

tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,

situacionalidade, temporalidade, vozes verbais e ideologia, entre outras.

5.1.2 – PRÁTICA DA ORALIDADE

Conforme estabelece as Diretrizes Curriculares da Educação Básica

(PARANÁ, 2008), a escola, constitucionalmente, é democrática e garante a

socialização do conhecimento, portanto deve acolher alunos independentemente

de origem quanto a variação linguística de que dispõem para sua expressão e

compreensão do mundo.

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A acolhida democrática da escola às variações linguísticas toma como

ponto de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, para promover

situações que os incentivem a falar fazendo uso da variedade de linguagem que

eles empregam em suas relações sociais, mostrando que a diferenças de registro

não constituem, científica e legalmente, objeto de classificação e que é importante

a adequação do registro nas diferentes instâncias discursivas.

A oralidade objetiva desenvolver a capacidade de expressão e

argumentação oral do aluno e desenvolver certas operações, comportamentos e

valores tais como: capacidade de extrapolar; de generalizar e particularizar as

ideias; de ouvir e respeitar as opiniões alheias; de negociar; de saber como se

situar numa discussão pública e selecionar a variedade linguística mais adequada

àquela situação; de desenvolver técnicas de contra-argumentação e persuasão.

Para tanto, entre outras atividades, é importante que o professor organize

apresentações de textos produzidos pelos alunos, considerando a aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade e finalidade desses. Proponha reflexões sobre

os argumentos utilizados em exposições orais dos alunos, e sobre a utilização

dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos dos textos.

Como também propiciar análise e comparação dos recursos veiculados em

diferentes fontes como jornais, revistas, emissoras de TV de rádio, etc., para que

os alunos percebam a ideologia dessas esferas.

5.1.3 – PRÁTICA DA PRODUÇÃO ESCRITA

As Diretrizes Curriculares do Paraná levam em conta a relação entre o uso do

aprendizado de língua como premissa de que o texto é um elo de interação social

e os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim sendo, o texto deve

atuar como forma de interação no mundo. Escreve-se e fala-se para convencer,

vender, negar, instruir, etc.

Assim, o trabalho com a prática da escrita pressupõe um professor atento

às três etapas interdependentes sugeridas pelas DCE (PARANÁ, 2008),

fundamentadas na proposta de Antunes (2003): Planejamento, Escrita e Reescrita

textual.

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Antes de solicitar a produção de um texto ao aluno, faz-se necessário,

portanto, propiciar e/ou ampliar seus conhecimentos acerca do assunto que será

tratado, por meio de leitura e discussões, além da análise de vários exemplares

do gênero a ser produzido para reconhecimento de suas características

sociodiscursivas. Reflexões sobre a intencionalidade, textualidade, coerência,

coesão, informatividade e conectividade, etc. com que o texto será escrito, o

assunto, o tipo e o gênero do texto a ser abordado, a escolha do interlocutor, o

grau de formalidade que precisa ser utilizado e o objetivo pelo qual o texto está

sendo escrito são fundamentais para que o processo de escrita seja bem

sucedido. Tais encaminhamentos constituem aspectos do planejamento,

momento requerido tanto do professor quanto do aluno.

A efetivação da escrita, ou seja, da primeira versão do texto, deve levar

em conta tudo que foi discutido durante o planejamento, adequando-se ao gênero

e ao contexto de produção.

Considerando que o texto do aluno é uma fase de produção e não um

produto final, o professor fará o encaminhamento da reescrita textual, em grupo

e/ou individual, conduzindo uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,

estruturais e normativos. Essa etapa é fundamental para que o aluno possa rever

o que produziu, se atendeu a intencionalidade, os objetivos da escrita, a clareza,

adequação ao gênero e à situação de produção.

Desta forma, o aluno observará se a produção textual apresenta os

elementos que compõem o gênero proposto, se há coerência, coesão e

progressão textual, bem como a adequação dos recursos linguísticos como

pontuação, as relações morfossintáticas das palavras, entre outros.

Por fim, se faz necessário promover a circulação do texto produzido,

conforme especificidade do gênero e intencionalidade da produção, enfatizando-

se o caráter interlocutivo da linguagem.

5.1.4 – PRÁTICA DA ANÁLISE LINGUÍSTICA

Tendo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná (2008)

como documento que apresenta os fundamentos teórico-metodológicos e os

conteúdos estruturantes que devem organizar o trabalho docente, bem como

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nortear suas práticas pedagógicas , registraremos o entendimento e orientação

para o trabalho com prática de análise linguística.

A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de

leitura, oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que, conforme

(MENDONÇA, 2006,p.204) possibilita “ a reflexão consciente sobre fenômenos

gramaticais e textuais discursivos que perpassam os usos linguísticos, seja no

momento de ler/escutar, de produzir textos ou de refletir sobre esses mesmos

usos da língua”.

O principal objetivo do trabalho com os conhecimentos linguísticos é

melhorar a capacidade de compreensão e expressão dos alunos, tanto nas

situações de comunicação escrita, quanto oral.

Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos

linguísticos e seus efeitos de sentido nos textos. A gramática é constitutiva do

texto, e o texto é constitutivo da atividade da linguagem. Tudo o que nos deve

interessar no estudo da língua culmina com a exploração das atividades textuais e

discursivas.

Partindo desse pressuposto faz-se necessário deter-se um pouco nas

diferentes formas de entender as estruturas de uma língua e, consequentemente,

as gramáticas que procuram sistematizá-la.

Dentre os muitos conceitos de gramática , as DCN (PARANÁ, 2008)

registra quatro apresentados por Travaglia (2000, p.30-33) que estão mais

diretamente ligados às questões pedagógicas.

▪ Gramática normativa: estuda os fatos da língua culta, em especial da língua escrita. Considera a língua uma série de regras que devem ser seguidas e obedecidas, regras essas do falar e escrever bem;

▪ Gramática descritiva: descreve qualquer variante linguística a partir do seu uso, não apenas a variedade culta. Dá preferência à manifestação oral da língua;

▪ Gramática internalizada: é o conjunto de regras dominadas pelo falante, é o próprio “mecanismo”;

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▪ Gramática reflexiva: volta-se para as atividades de observação e reflexão da língua. Essa gramática se preocupa mais com o processo do que com o resultado, está relacionada com as atividades epilinguísticas.

O ponto de partida para o trabalho com o texto é a interlocução, portanto os

conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais

na constituição da unidade de sentido dos enunciados.

Nesse sentido, não se pode considerar para o ensino da Língua

Portuguesa apenas a gramática normativa, mas também a descritiva, a

internalizada e, em especial, a reflexiva.

As DCE (PARANÁ, 2008) propõem alguns encaminhamentos

metodológicos para o estudo/reflexão da análise linguística, considerando que

essa ocorre por meio das práticas da oralidade, leitura e escritura.

ORALIDADE:

▪ as variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes registros, grau de formalidade em relação, ao gênero discursivo;

▪ os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação (como a repetição, o uso das gírias, a entonação), entre outros;

▪ as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal;

▪ os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência do texto, uma vez que tais conectivos são marcadores orais e. portanto devem ser utilizados conforme o grau de formalidade/informalidade do gênero, etc.

LEITURA:

▪ as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais ) do texto em registro formal e do texto em registro informal;

▪ a repetição de palavras ( que alguns gêneros permitem) e o efeito produzido;

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▪ o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento (efeitos de humor, ironia, ambiguidade, exagero, expressividade, etc );

▪ léxico;

▪ progressão referencial no texto;

▪ os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto.

ESCRITA

Por meio do texto dos alunos, num trabalho de reescrita do texto ou de partes do texto, o professor pode selecionar atividades que reflitam e analisam os aspectos:

▪ discursivos (argumentos, vocabulário, grau de formalidade do gênero );

▪ textuais ( coesão, coerência, modalizadores, operadores argumentativos, ambiguidades, intertextualidade, processo de referenciação );

▪ estruturais (composição do gênero proposto para escrita/oralidade do texto, estruturação dos parágrafos);

▪ normativos (ortografia, concordância verbal/nominal, sujeito, predicado, regência e vícios de linguagem ...);

No entanto, cabe ao professor, na elaboração de seu Plano de Trabalho

Docente, selecionar os gêneros textuais sobre os quais refletirá com os alunos o

conteúdo temático e o contexto de produção/circulação, como também organizar

atividades sobre a análise das marcas linguístico-enunciativas.

6 – LITERATURA

A literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada à vida

social. O entendimento do que seja o produto literário está sujeito a modificações

históricas, portanto, não pode ser apreensível somente em sua constituição, mas

em suas relações dialógicas com outros textos e sua articulação com outros

campos: o contexto de produção, a crítica literária, a linguagem, a cultura, a

história, a economia, entre outros.

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Para Candido (1972), a literatura é vista como arte que

transforma/humaniza o homem e a sociedade. O autor atribui à literatura três

funções: a psicológica, a formadora e a social.

A primeira, função psicológica, permite ao homem a fuga da realidade,

mergulhando num mundo de fantasias, o que lhe possibilita momentos de reflexão

e identificação.

Na segunda, a literatura por si só faz parte da formação do sujeito, atuando

como instrumento de educação, ao retratar realidades não reveladas pela

ideologia dominante.

A função social, por sua vez, é a forma como a literatura retrata os diversos

segmentos da sociedade, é a representação social e humana.

Sob esse enfoque, as DCE do Paraná (2008) sugerem que o

encaminhamento metodológico para o trabalho com a literatura seja pensado a

partir dos pressupostos teóricos da Estética da Recepção e da Teoria do Efeito,

de autoria das professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira Aguiar. Essas

teorias buscam formar um leitor capaz de sentir e de expressar o que sentiu, de

reconhecer, nas aulas de literatura, um envolvimento de subjetividades que se

expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio de uma interação que está

presente na prática de leitura.

Trata-se, de fato, da relação entre o leitor e a obra, e nela a representação

de mundo do leitor, no ato ao mesmo tempo solitário e dialógico da leitura. Aquele

que lê amplia seu universo, mas amplia também o universo da obra a partir da

sua experiência cultural.

O texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é na

recepção que ele significa. No entanto, não está aberto a qualquer interpretação.

O texto é carregado de pistas/estruturas de apelo, o texto traz lacunas, vazios,

que serão preenchidos conforme o conhecimento de mundo, as experiências de

vida, as ideologias, as crenças e os valores que o leitor carrega consigo.

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O Método Recepcional , de acordo com Bordini e Aguiar (1993, apud DCE

(PARANÁ, 2008,p.74), tem como objetivos: efetuar leituras compreensivas e

críticas; ser receptivo a novos textos e a leitura de outrem; questionar as leituras

efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural; transformar os próprios

horizontes de expectativas, bem como os do professor, da escola, da

comunidade familiar e social.

Esse processo de trabalho apoia-se no debate constante em todas as

formas: oral e escrita, consigo mesmo, com os colegas, com o professor e outros .

Portanto esse método é eminentemente social ao pensar o sujeito em constante

interação com os demais.

Registraremos, então, as cinco etapas desse processo sugeridas pelas

autoras:

1 – Determinação do horizonte de expectativas – momento em que o

professor verificará os interesses dos alunos, a fim de prever estratégias de

ruptura e transformação do mesmo;

2 – Atendimento do horizonte de expectativas – etapa em que se

apresentará à classe textos literários próximos ao conhecimento de mundo e

experiências de leitura dos alunos;

3 – Ruptura do horizonte de expectativas – momento em que serão

introduzidos textos e atividades de leitura que abalem as certezas e costumes

dos alunos, seja em termos de literatura ou de vivência pessoal;

4 - Questionamento do horizonte de expectativas - o professor orienta o

aluno/leitor a um questionamento e uma autoavaliação a partir dos textos

oferecidos. O aluno deverá perceber que os textos oferecidos na etapa anterior

trouxe-lhe mais dificuldades de leitura, porém, garantiram-lhe mais

conhecimento, o que o ajudou a ampliar seus conhecimentos;

5 – Ampliação do horizonte de expectativas – última etapa em que os

alunos tomarão consciência das alterações e aquisições, obtidas através da

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 222

experiência com a literatura, levando-os a uma ampliação de seus

conhecimentos.

Com esse trabalho, o professor deve se preocupar em desenvolver no

aluno o gosto pela leitura, mas também garantir o estudo das Escolas Literárias,

considerando que o aluno é leitor e como leitor atribui o sentido ao que ler.

Ainda conforme as DCE (PARANÁ, 2008) , o professor não deve ficar

preso à linha do tempo da historiografia, e sim à analise contextualizada da

obra, no momento de sua produção e de sua recepção.

Nesse sentido, busca-se abordar a literatura de uma perspectiva a um só

tempo diacrônica e sincrônica, que se volta não apenas para as relações da

literatura com seu tempo, mas também para os diálogos que a própria literatura

estabelece dando saltos e provocando rupturas.

7 – AVALIAÇÃO

Sendo a avaliação parte do processo ensino/aprendizagem, ela terá a

função diagnóstica e construtiva, indicando ao professor as dificuldades e os

avanços dos alunos, bem como do próprio trabalho docente.

O processo de avaliação deve ser contínuo e reflexivo, onde o professor,

através das atividades desenvolvidas, acompanhará não só o desempenho de

seus alunos, como também o seu próprio trabalho, analisando suas práticas

pedagógicas e avaliativas. O aluno deverá ser avaliado em todos os aspectos e

de forma individual e coletivamente.

A avaliação deverá refletir o desempenho do aluno em diferentes

situações, para isso os instrumentos avaliativos deverão ser diversificados e

compatíveis com a disciplina, conteúdos e condições do aluno. Esses

instrumentos serão diversificados como:

• Prova escrita com questões objetivas e subjetivas;

• Pesquisas individuais ou em grupo;

• Apresentações de trabalhos;

• Debates;

• Sínteses de textos lidos;

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• Resenha crítica de filmes;

• Interpretação de textos;

• Desenhos;

• Cartazes;

• Produção de textos dos diferentes gêneros trabalhados.

Conforme consta no Regimento Escolar, é vedado submeter o aluno a

uma única oportunidade e a único instrumento de avaliação.

Serão utilizados também o processo formativo através de observação

diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e ou

objetivos trabalhados.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e

processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta

dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça o tempo todo,

informando o professor e o aluno acerca do ponto em que se encontram,

ajudando-os a refletir e fazendo o professor procurar caminhos para que todos os

alunos aprendam e participem mais das aulas.

A avaliação se dá no texto oral e escrito, no qual a língua se manifesta em

todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Assim, são nas

observações do uso da língua pelo aluno que o professor irá perceber o que

precisa trabalhar mais para melhorar a leitura, a escrita e a oralidade.

Na leitura será priorizada a compreensão, o processo de produção/

instauração de sentidos.

A avaliação precisa ser enfocada sob novos parâmetros, precisa dar ao

professor pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para se

apropriar, efetivamente, das atividades verbais – a fala, a leitura e a escrita.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada progressivamente,

considerando a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a

clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, o seu

desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de

vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos

diferentes interlocutores e situações.

Quanto à escrita, é preciso ver os textos como uma fase do processo de

produção, nunca como um produto final. É preciso haver clareza na proposta de

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produção textual; os parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar

bem definidos. Além disso, precisa estar em contextos reais de interação

comunicativa, para que os critérios de avaliação que tomam como base as

condições de produção tenham alguma validade.

Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos –

discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais –, os elementos linguísticos

utilizados nas produções dos alunos precisam ser avaliados em uma prática

reflexiva, contextualizada, que possibilite aos alunos a compreensão desses

elementos no interior do texto.

O erro do aluno servirá de parâmetro para o professor preparar suas aulas

e detectar o que precisa fazer, para que a aprendizagem se efetive. Desse modo,

sempre que for necessário será feita a retomada de conteúdos.

8 - RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação de estudos é um direito dos alunos, independentemente

do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

A recuperação de estudos será organizada com atividades significativas,

por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados como:

• Retomada dos conteúdos avaliados;

• Exercícios de leitura, escrita e análise linguística com consulta individual ou

coletiva em classe e/ou extraclasse;

• Reescrita de textos, passando por diferentes versões;

• Novas avaliações para a verificação da aquisição e/ou domínio do conteúdo das

quais todos os alunos poderão participar independente de seu aproveitamento

nas avaliações anteriores.

A recuperação será registrada no Registro de Classe on line,

prevalecendo a nota maior.

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MATEMÁTICA - ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Matemática oferece conhecimentos necessários para a realização das

atividades humanas que envolvem aspectos quantitativos do mundo real e suas

formas; desenvolvimento do raciocínio e capacidade de abstração, generalização,

sistematização, interpretação e projeção que é objeto de instrumentalização para

as diversas disciplinas.

A Matemática se originou através da necessidade e observação do

Homem, com o propósito de solucionar problemas do seu dia a dia, através da

capacidade humana de reconhecer configurações físicas e geométricas,

comparar formas, tamanhos e quantidades.

A evolução da Matemática durante os séculos sofreu influências sociais,

políticas e religiosas. As descobertas matemáticas do século XVI contribuíram

para um progresso científico e econômico, aplicada a construção e

aperfeiçoamento de máquinas e equipamentos.

No Brasil, o ensino da matemática do século XVIII tinha o objetivo de

preparar estudantes para academias militares, formando engenheiros, geógrafos

e topógrafos para trabalhar em minas, portos, construção de canais, pontes e

estradas, preparar jovens para a guerra.

No final do século XIX e início do século XX com a instalação de fábricas e

indústrias nas cidades criou um novo cenário sócio-político-econômico que, em

conjunto com as ciências modernas, fez surgir uma nova forma de produção de

bens materiais. Neste contexto, os matemáticos, passaram a ser professores,

preocupando-se mais diretamente com as questões de ensino. Este foi o início

da renovação do ensino da Matemática. Neste período começaram a se

multiplicar os estudos nas áreas de Educação Matemática.

Euclides Roxo, ao representar o corpo docente de Matemática, solicitou, ao

Governo Federal, a junção da aritmética, álgebra, geometria e trigonometria numa

única, denominada Matemática, em 1928, movimento da Escola Nova, que

propunha um ensino orientado por uma concepção Empírico-ativista, buscando a

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 228

valorização dos processos de aprendizagem e o envolvimento dos estudantes em

pesquisa, atividades lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos.

Outras tendências, concomitantemente à Empírico-ativista, destacou a Formalista

Clássica, Formalista Moderna, Tecnicista, Construtivista, Socioetnocultural,

Histórico-Crítica.

No final de 1980 e início da década de 90, o Estado do Paraná fez um

movimento no sentido de produzir um documento de referência curricular para

sua rede pública de Ensino Fundamental. Nesta proposta, “aprender Matemática

é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar x nas respostas: é

interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos para resolver

problemas, estar preparado para perceber estes mesmos problemas, desenvolver

o raciocínio lógico, a capacidade de conceder, projetar e transcender o

imediatamente sensível” (PARANÁ, 1990, P. 66). Já o Ensino Médio remete para

o trabalho na sala de aula baseado em competências e habilidades.

Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda encontre-se

em processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática

pedagógica da Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o

ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático. Para Miguel e Miorim

(2004, p. 70-1) “a finalidade da Educação Matemática é fazer com que o

estudante compreenda e se aproprie da própria Matemática concebida como um

conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc., é fazer com

que o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático valores e

atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e,

particularmente, do cidadão, isto é, do homem público.”

Optar pelo ensino da Matemática no contexto Educação Matemática

envolve buscar transformações que intencionam minimizar problemas de ordem

social, visto que esta educação se dá em uma escola inserida na sociedade.

Requerer um professor que saiba estabelecer uma postura teórica-metodológica

que seja questionadora frente as concepções pedagógicas historicamente

difundidas.

O ensino da Matemática realiza práticas contextualizadas, com situações

para o conhecimento elaborado cientificamente, valorização das definições,

abordagens de enunciados, demonstrações de fórmulas, e a compreensão do

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 229

objeto geométrico. Capacidade de leitura e interpretação da linguagem gráfica

através do estudo de funções, instrumento na resolução de equações e

inequações.

Dentre os objetivos podemos destacar:

● Estabelecer conexão teórica e prática no desenvolvimento de

operações em situações problema;

● Estabelecer vínculos onde seja possível quantificar, qualificar,

selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira que sejam

incorporadas as experiências do cotidiano;

● Saber lidar com dívidas ou crediários, descontos e acréscimos,

entender reajustes salariais, aplicações financeiras, entre outras atividades de

caráter financeiro;

● Saber medir e calcular, interpretar através de conceitos,

observações, análise, comparação, representações e abstrações;

● Levantar hipóteses (testá-las) através de conhecimentos científicos e

tecnológicos;

● Organizar conhecimentos de vários saberes distintos, práticas

diferenciadas em ambientes etnoculturais: físicos, biológicos e sociais;

● Aprimorar o pensamento que permita na elaboração de conjecturas;

● Buscar soluções críticas e lógicas;

● Conhecer e interpretar a linguagem matemática, habituando-se ao

estudo, atenção, informação, trabalho, responsabilidade, aprimoramento,

cooperação, ensinamento e tecnologia.

CONTEÚDOS

Ensino Fundamental

ANO/ ANO CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS

6ºANO NÚMEROS E

ÁLGEBRA

•Sistemas de numeração; •Números Naturais; •Múltiplos e divisores; •Potenciação e radiciação;

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 230

•Números fracionários; •Números decimais.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

•Medidas de comprimento; •Medidas de massa; •Medidas de perímetro e área; •Medidas de tempo; •Medidas de ângulos; •Sistema monetário.

GEOMETRIA •Geometria Plana; •Geometria Espacial.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO •Dados, tabelas e gráficos; •Porcentagem.

7º ANO

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

•Números Inteiros; •Números Racionais; •Equação e Inequação do 1º grau; •Razão e proporção;

GRANDEZAS E

MEDIDAS •Medidas de temperatura; •Medidas de ângulos.

GEOMETRIA •Geometria Plana; •Geometria Espacial; •Medidas de volume.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO •Pesquisa Estatística; •Média Aritmética;

8ºANO

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

•Números Racionais e Irracionais; •Sistemas de Equações do 1º grau; •Potências; •Monômios e Polinômios; •Produtos Notáveis.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

•Medidas de comprimento; • Teorema de Pitágoras; •Medidas de área; •Medidas de volume; •Medidas de ângulos.

GEOMETRIA •Geometria Plana; •Geometria Espacial;

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

• Gráfico e Informação; • População e amostra • Regra de três simples e composta • Juros simples

9ºANO NÚMEROS E

ÁLGEBRA

•Números Reais; •Propriedades dos radicais; •Equação do 2º grau; •Teorema de Pitágoras; •Equações Irracionais; •Equações Biquadradas;

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 231

GRANDEZAS E

MEDIDAS

•Relações Métricas no Triângulo Retângulo; •Trigonometria no Triângulo Retângulo.

FUNÇÕES •Noção intuitiva de Função Afim. •Noção intuitiva de Função Quadrática.

GEOMETRIAS •Geometria Plana; •Geometria Espacial;

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO •Estatística; •Juros Compostos.

DESAFIOS SOCIO EDUCACIONAIS QUE DEVEM SER ARTICULADOS

AOS CONTEÚDOS, COM RESPALDO NAS SEGUINTES LEGISLAÇÕES.

Responsabilizando-nos pela formação integral da personalidade do

educando, por sua inserção no ambiente social de forma harmônica, equilibrada,

e em atenção às leis que regem os assuntos: Educação Ambiental (Lei 9.795/99),

Educação Fiscal e Tributária (Lei 11.143/99), incluímos nesta Proposta

Pedagógica Curricular os conteúdos dos temas relativos às referidas leis de forma

a: ressaltar os princípios da Educação Ambiental; contemplar a Educação Fiscal e

Educação Tributária para que o aluno analise aspectos relacionados à função

sócio-econômica dos tributos;

METODOLOGIA

O professor poderá fazer uso de recursos metodológicos variados, tais

como:

∙ Aulas expositivas, discussões de situações problemas, trabalhos de

contextualização (em sala e em atividades complementares);

∙ Atividades para os alunos

� Exercícios realizados e comentados em sala de aula;

� Exercícios realizados em casa e comentados em sala de aula

� Discussão de exercícios propostos;

� Pesquisa em livros e internet sobre aplicação dos conteúdos

desenvolvidos no período;

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 232

� Trabalho em grupos;

� Trabalho individual de pesquisa sobre resolução de problemas;

� Apresentação de exercícios pesquisados na internet sobre aplicação

da resolução de problemas (individual e/ou grupo).

● Recursos didáticos e tecnológicos

- Quadro e giz;

- Projetor Multimídia;

- TV Pendrive;

- Livro Didático;

- Textos complementares;

- Internet.

AVALIAÇÃO

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno.

A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste

no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Dar-se-á relevância a atividade crítica, à capacidade de síntese e à

elaboração pessoal, sobre a memorização.

É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único

instrumento de avaliação.

A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o

acompanhamento de pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação

dos alunos entre si.

Na avaliação do aluno deve ser considerada os resultados obtidos durante

todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu

desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante

ao processo ensino e aprendizagem.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 233

Obtenção de nota bimestral e anual

Será composta de duas notas (N1 e N2) e duas recuperações (R1 e R2)

onde será considerada a maior pontuação entre a nota e sua respectiva

recuperação (será considerada a maior nota entre N1 e R1 e o mesmo se dará

entre N2 e R2).

Cada nota (N) pode ser composta de mais de uma atividade.

Antes da avaliação de recuperação, propõem-se junto aos alunos uma

revisão de estudos com antecedência de no mínimo 24 horas antes da avaliação

da recuperação.

A nota bimestral será obtida pela média aritmética entre a maior pontuação

de N1,R1 e N2,R2

Para aprovação, o aluno deverá obter no mínimo 24,0 (vinte e quatro

pontos durante as 4 médias bimestrais)

INSTRUMENTOS

- (E.I.) Avaliação escrita Individual;

- (E.G.) Avaliação escrita em Grupo;

- (T.I.) Trabalho realizado em casa Individualmente;

- (T.G.) Trabalho realizado em casa em Grupo;

- (A.P.) Apresentação de Pesquisa;

- (A.S.) Participação nas atividades realizadas em Sala.

Os instrumentos poderão ser utilizados de conformidade com a

necessidade da turma.

CRITÉRIOS

- na avaliação escrita: raciocínio lógico, interpretação, cálculos e linguagem

matemática utilizada para expressar resultados.

- em trabalho realizado em grupo: apresentação e explanação do conteúdo,

tendo que demonstrar o conhecimento adquirido, sendo oportunizando um

segundo momento quando necessário, ou solicitado;

- em apresentação de pesquisa:

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 234

- capacidade de raciocínio, interpretação e utilização da linguagem

matemática utilizada para expressar resultados;

- desenvoltura e capacidade de sintetizar o conhecimento nas atividades

realizadas em sala, bem como capacidade de expressar de forma clara e objetiva

como palestrante e/ou ouvinte.

O resultado da avaliação será traduzido em forma de notas, compreendido

entre 0,0 (zero) a 10,0 (dez) que poderá ser obtido de forma somatória e/ou média

aritmética conforme a necessidade do professor, através de dois instrumentos

diferenciados de avaliação.

A avaliação deverá ser registrada no Registro de Classe Online (RCO) de

forma clara, para o entendimento da equipe pedagógica e de toda comunidade

escolar.

Ao final do ano letivo será calculada a Média aritmética dos 4 ( quatro)

bimestres, devendo para a aprovação, ser igual ou superior a 6,0 (seis vírgula

zero).

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação deverá indicar a área de estudos e os conteúdos

organizados com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados como:

- Revisão dos conteúdos trabalhados nas avaliações;

- Exercícios de fixação com consulta individual ou coletiva em classe e/ou

extraclasse;

- Uma nova avaliação (recuperação) para a verificação da aquisição e/ou

domínio do conteúdo das quais todos os alunos deverão participar independente

de seu aproveitamento nas avaliações anteriores.

A recuperação de estudos é um direito dos alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 235

BIBLIOGRAFIA

ANDRINI, Álvaro e VASCONCELLOS, Maria José. Praticando Matemática.

São Paulo,Brasil, 2002, 1a ed.

BONGIOVANNI, Edwaldo e PACCOLA, Herval. Curso de Matemática. São

Paulo, Moderna.

BONGIOVANNI,VISSOTO e LAUREANO. Matemática e Vida:Números

Medidas Geometria. São Paulo. Ática 2001. 16a ed..

CASTRUCCI, GEOVANNI & GIOVANNI JR.A conquista da Matemática.

São Paulo FTD, 2002. 1a ed..

GIOVANNI, José Ruy, BONJORO, Jose Roberto e GIOVANNI Jr.,

Matemática Completa- Ensino Médio. São Paulo, FTD, 2002.

GIOVANNI, José Ruy, e PARENTE, Eduardo. Aprendendo Matemática.

São Paulo, FDT, 2002. 1a ed..

LONGEN, Adilson. Matemática-Ensino Médio. Curitiba, Positivo, 2004. 1a

ed..

LOPES, Alice Kazue Takahashi e outros. Matemática-Ensino Médio.

Curitiba, SEED-Pr, 2006.

MATSUBARA e ZANIRATTO. Big Mat. Matemática: História, evolução,

conscientização. São Paulo, IBEP, 2002, 2a ed..

Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino

Fundamental. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental.

Versão preliminar. Curitiba: julho 2006.

Só Matemática em www.somatematica.com.br, Acessado em 21 de

novembro de 2016.

Parecer CNE/CEB 12/97 sobre Recuperação de Estudos em

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/1997/pceb012_97.pdfacessado em

04/02/2016.

Nota da Câmara de Educação Básica sobre Recuperação de Estudos

emhttp://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias

=14144-nota-sobre-estudos-recuperacao-cne-pdf&Itemid=30192 acessado em

04/02/2016.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 236

MATEMÁTICA - ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Matemática oferece conhecimentos necessários para a realização das

atividades humanas que envolvem aspectos quantitativos do mundo real e suas

formas; desenvolvimento do raciocínio e capacidade de abstração, generalização,

sistematização, interpretação e projeção que é objeto de instrumentalização para

as diversas disciplinas.

A Matemática se originou através da necessidade e observação do

Homem, com o propósito de solucionar problemas do seu dia a dia, através da

capacidade humana de reconhecer configurações físicas e geométricas,

comparar formas, tamanhos e quantidades.

A evolução da Matemática durante os séculos sofreu influências sociais,

políticas e religiosas. As descobertas matemáticas do século XVI contribuíram

para um progresso científico e econômico, aplicada a construção e

aperfeiçoamento de máquinas e equipamentos.

No Brasil, o ensino da matemática do século XVIII tinha o objetivo de

preparar estudantes para academias militares, formando engenheiros, geógrafos

e topógrafos para trabalhar em minas, portos, construção de canais, pontes e

estradas, preparar jovens para a guerra.

No final do século XIX e início do século XX com a instalação de fábricas e

indústrias nas cidades criou um novo cenário sócio-político-econômico que, em

conjunto com as ciências modernas, fez surgir uma nova forma de produção de

bens materiais. Neste contexto, os matemáticos, passaram a ser professores,

preocupando-se mais diretamente com as questões de ensino. Este foi o início

da renovação do ensino da Matemática. Neste período começaram a se

multiplicar os estudos nas áreas de Educação Matemática.

Euclides Roxo, ao representar o corpo docente de Matemática, solicitou, ao

Governo Federal, a junção da aritmética, álgebra, geometria e trigonometria numa

única, denominada Matemática, em 1928, movimento da Escola Nova, que

propunha um ensino orientado por uma concepção Empírico-ativista, buscando a

valorização dos processos de aprendizagem e o envolvimento dos estudantes em

Page 237: GOIOERÊ –GOIOERÊ ––– PARANÁPARANÁ 2017 2017...gramática, latim e música. Na década de 1800 chega a Missão francesa com o estilo neoclássico fundamentado na beleza

Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 237

pesquisa, atividades lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos.

Outras tendências, concomitantemente à Empírico-ativista, destacou a Formalista

Clássica, Formalista Moderna, Tecnicista, Construtivista, Sócio Étnico Cultural,

Histórico-Crítica.

No final de 1980 e início da década de 90, o Estado do Paraná fez um

movimento no sentido de produzir um documento de referência curricular para

sua rede pública de Ensino Fundamental. Nesta proposta, “aprender Matemática

é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar x nas respostas: é

interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos para resolver

problemas, estar preparado para perceber estes mesmos problemas, desenvolver

o raciocínio lógico, a capacidade de conceder, projetar e transcender o

imediatamente sensível” (PARANÁ, 1990, P. 66). Já o Ensino Médio remete para

o trabalho na sala de aula baseado em competências e habilidades.

Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda encontre-se

em processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática

pedagógica da Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o

ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático. Para Miguel e Miorim

(2004, p. 70-1) “a finalidade da Educação Matemática é fazer com que o

estudante compreenda e se aproprie da própria Matemática concebida como um

conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc., ...é fazer com

que o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático valores e

atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e,

particularmente, do cidadão, isto é, do homem público.”

Optar pelo ensino da Matemática no contexto Educação Matemática

envolve buscar transformações que intencionam minimizar problemas de ordem

social, visto que esta educação se dá em uma escola inserida na sociedade.

Requerer um professor que saiba estabelecer uma postura teórico-metodológica

que seja questionadora frente as concepções pedagógicas historicamente

difundidas.

O ensino da Matemática realiza práticas contextualizadas, com situações

para o conhecimento elaborado cientificamente, valorização das definições,

abordagens de enunciados, demonstrações de fórmulas, e a compreensão do

objeto geométrico. Capacidade de leitura e interpretação da linguagem gráfica

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 238

através do estudo de funções, instrumento na resolução de equações e

inequações.

Dentre os objetivos podemos destacar:

● Estabelecer conexão teórica e prática no desenvolvimento de operações

em situações problema;

● Estabelecer vínculos onde seja possível quantificar, qualificar, selecionar,

analisar e contextualizar informações, de maneira que sejam incorporadas as

experiências do cotidiano;

● Saber lidar com dívidas ou crediários, descontos e acréscimos, entender

reajustes salariais, aplicações financeiras, entre outras atividades de caráter

financeiro;

● Saber medir e calcular, interpretar através de conceitos, observações,

análise, comparação, representações e abstrações;

● Levantar hipóteses (testá-las) através de conhecimentos científicos e

tecnológicos;

● Organizar conhecimentos de vários saberes distintos, práticas

diferenciadas em ambientes etnoculturais: físicos, biológicos e sociais;

● Aprimorar o pensamento que permita na elaboração de conjecturas;

● Buscar soluções críticas e lógicas;

● Conhecer e interpretar a linguagem matemática, habituando-se ao estudo,

atenção, informação, trabalho, responsabilidade, aprimoramento, cooperação,

ensinamento e tecnologia.

CONTEÚDOS

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

ESPECÍFICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

•Números Reais;

•Números Complexos;

•Sistemas lineares;

•Matrizes e Determinantes;

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 239

•Polinômios;

•Equações e Inequações

Exponenciais, Logarítmicas e

Modulares.

GRANDEZAS E MEDIDAS

•Medidas de Área;

•Medidas de Volume;

•Medidas de Grandezas Vetoriais;

•Medidas de Informática;

•Medidas de Energia;

•Trigonometria.

FUNÇÕES

•Função Afim;

•Função Quadrática;

•Função Polinomial;

•Função Exponencial;

•Função Logarítmica;

•Função Trigonométrica;

•Função Modular;

•Progressão Aritmética;

•Progressão Geométrica.

GEOMETRIAS

•Geometria Plana;

•Geometria Espacial;

•Geometria Analítica;

•Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

•Análise Combinatória;

•Binômio de Newton;

•Estudo das Probabilidades;

•Estatística;

•Matemática Financeira.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 240

Desafios Socioeducacionais Que Devem Ser Articulados Aos

Conteúdos, Com Respaldo Nas Seguintes Legislações.

Responsabilizando-nos pela formação integral da personalidade do

educando, por sua inserção no ambiente social de forma harmônica, equilibrada,

e em atenção às leis que regem os assuntos: Educação Ambiental (Lei 9.795/99),

Educação Fiscal e Tributária (Lei 11.143/99), incluímos nesta Proposta

Pedagógica Curricular os conteúdos dos temas relativos às referidas leis de forma

a:ressaltar os princípios da Educação Ambiental; contemplar a Educação Fiscal e

Educação Tributária para que o aluno analise aspectos relacionados à função

sócio-econômica dos tributos;

METODOLOGIA

O professor poderá fazer uso de recursos metodológicos variados, tais

como:

∙ Aulas expositivas, discussões de situações problemas, trabalhos de

contextualização (em sala e em atividades complementares);

∙ Atividades para os alunos

- Exercícios realizados e comentados em sala de aula;

- Exercícios realizados em casa e comentados em sala de aula

- Discussão de exercícios propostos;

- Pesquisa em livros e internet sobre aplicação dos conteúdos

desenvolvidos no período;

- Trabalho em grupos;

- Trabalho individual de pesquisa sobre resolução de problemas;

- Apresentação de exercícios pesquisados na internet sobre aplicação da

resolução de problemas (individual e/ou grupo).

- Recursos didáticos e tecnológicos

- Quadro e giz;

- Projetor Multimídia;

- TV Pendrive;

- Livro Didático;

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 241

- Textos complementares;

- Internet.

AVALIAÇÃO

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno.

A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste

no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Dar-se-á relevância a atividade crítica, à capacidade de síntese e à

elaboração pessoal, sobre a memorização.

É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único

instrumento de avaliação.

A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o

acompanhamento de pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação

dos alunos entre si.

Na avaliação do aluno deve ser considerada os resultados obtidos durante

todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu

desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante

ao processo ensino e aprendizagem.

Obtenção de nota bimestral e anual

Será composta de duas notas (N1 e N2) e duas recuperações (R1 e R2)

onde será considerada a maior pontuação entre a nota e sua respectiva

recuperação (será considerada a maior nota entre N1 e R1 e o mesmo se dará

entre N2 e R2).

Cada nota (N) pode ser composta de mais de uma atividade.

Antes da avaliação de recuperação, propõem-se junto aos alunos uma

revisão de estudos com antecedência de no mínimo 24 horas antes da avaliação

da recuperação.

Page 242: GOIOERÊ –GOIOERÊ ––– PARANÁPARANÁ 2017 2017...gramática, latim e música. Na década de 1800 chega a Missão francesa com o estilo neoclássico fundamentado na beleza

Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 242

A nota bimestral será obtida pela média aritmética entre a maior pontuação

de N1,R1 e N2,R2

Para aprovação, o aluno deverá obter no mínimo 24,0 (vinte e quatro

pontos durante as 4 médias bimestrais)

INSTRUMENTOS

- (E.I.) Avaliação escrita Individual;

- (E.G.) Avaliação escrita em Grupo;

- (T.I.) Trabalho realizado em casa Individualmente;

- (T.G.) Trabalho realizado em casa em Grupo;

- (A.P.) Apresentação de Pesquisa;

- (A.S.) Participação nas atividades realizadas em Sala.

Os instrumentos poderão ser utilizados de conformidade com a

necessidade da turma.

CRITÉRIOS

- Na avaliação escrita: raciocínio lógico, interpretação, cálculos e linguagem

matemática utilizada para expressar resultados.

- Em trabalho realizado em grupo: apresentação e explanação do

conteúdo, tendo que demonstrar o conhecimento adquirido, sendo oportunizando

um segundo momento quando necessário, ou solicitado;

- Em apresentação de pesquisa:

- Capacidade de raciocínio, interpretação e utilização da linguagem

matemática utilizada para expressar resultados;

- Desenvoltura e capacidade de sintetizar o conhecimento nas atividades

realizadas em sala, bem como capacidade de expressar de forma clara e objetiva

como palestrante e/ou ouvinte.

O resultado da avaliação será traduzido em forma de notas, compreendido

entre 0,0 (zero) a 10,0 (dez) que poderá ser obtido de forma somatória e/ou média

aritmética conforme a necessidade do professor.

A avaliação deverá ser registrada no Registro de Classe Online (RCO) de

forma clara, para o entendimento da equipe pedagógica e de toda comunidade

escolar.

Page 243: GOIOERÊ –GOIOERÊ ––– PARANÁPARANÁ 2017 2017...gramática, latim e música. Na década de 1800 chega a Missão francesa com o estilo neoclássico fundamentado na beleza

Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 243

Ao final do ano letivo será calculada a Média aritmética dos 4 ( quatro)

bimestres, devendo para a aprovação, ser igual ou superior a 6,0 (seis vírgula

zero).

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação deverá indicar a área de estudos e os conteúdosorganizada

com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos

diversificados como:

- Revisão dos conteúdos trabalhados em avaliações;

- Exercícios de fixação com consulta individual ou coletiva em classe e/ou

extraclasse;

- Uma nova avaliação (recuperação) para a verificação da aquisição e/ou

domínio do conteúdo das quais todos os alunos deverão participar independente

de seu aproveitamento nas avaliações anteriores.

A recuperação de estudos é um direito dos alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 244

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRINI, Álvaro e VASCONCELLOS, Maria José. Praticando Matemática.

São Paulo,Brasil, 2002, 1a ed.

BONGIOVANNI, Edwaldo e PACCOLA, Herval. Curso de Matemática. São

Paulo, Moderna.

BONGIOVANNI,VISSOTO e LAUREANO. Matemática e Vida:Números

Medidas Geometria. São Paulo. Ática 2001. 16a ed..

CASTRUCCI, GEOVANNI & GIOVANNI JR.A conquista da Matemática.

São Paulo FTD, 2002. 1a ed..

GIOVANNI, José Ruy, BONJORO, Jose Roberto e GIOVANNI Jr.,

Matemática Completa- Ensino Médio. São Paulo, FTD, 2002.

GIOVANNI, José Ruy, e PARENTE, Eduardo. Aprendendo Matemática.

São Paulo, FDT, 2002. 1a ed..

LONGEN, Adilson. Matemática-Ensino Médio. Curitiba, Positivo, 2004. 1a

ed..

LOPES, Alice Kazue Takahashi e outros. Matemática-Ensino Médio.

Curitiba, SEED-Pr, 2006.

MATSUBARA e ZANIRATTO. Big Mat. Matemática: História, evolução,

conscientização. São Paulo, IBEP, 2002, 2a ed..

Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino

Fundamental. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental.

Versão preliminar. Curitiba: julho 2006.

Só Matemática em www.somatematica.com.br, Acessado em 21 de

novembro de 2016.

Parecer CNE/CEB 12/97 sobre Recuperação de Estudos em

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/1997/pceb012_97.pdfacessado em

04/02/2016.

Nota da Câmara de Educação Básica sobre Recuperação de Estudos em

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias

=14144-nota-sobre-estudos-recuperacao-cne-pdf&Itemid=30192acessado

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 245

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Ao retomar momentos históricos significativos quando se analisa a

trajetória do ensino de LE no país, nota-se que a escola pública foi marcada pela

seletividade, tendências e interesses. Diante desta realidade, acessar uma língua

estrangeira consolidou-se historicamente como privilégio de alguns. Hoje, o

interesse da escola pública vem demonstrando mudanças e propostas para que o

ensino de LE possa ter um papel democratizante das oportunidades e se tornar

um instrumento de educação que auxilie ao aluno como sujeito na construção de

sua ap2rendizagem.

Diferentemente de épocas passadas, o ensino de LE se alicerça em dar

suporte aos educandos sobre língua e cultura da disciplina afim. A LEM se baseia

no princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer por meio da

leitura, oralidade e da escrita. O que se busca é o ensino de LEM direcionado à

construção do conhecimento e à formação cidadã e que a língua aprendida seja

caminho para o reconhecimento e compreensão das diversidades linguísticas e

culturais já existentes e crie novas maneiras de construir sentidos do e no mundo.

Então, a leitura, a oralidade e a escrita se configuram em discurso como prática

social e portanto, instrumento de comunicação.

Ao conhecer outra(s) cultura(s), outra(s) forma(s) de encarar a realidade,

os alunos passam a refletir muito mais sobre a sua própria cultura e ampliam a

sua capacidade de analisar o seu entorno social tendo melhores condições de

estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre a sua forma de ser, agir,

pensar e sentir a de outros povos, enriquecendo a sua formação.

O caráter prático do ensino de LE permite a produção de informação e o

acesso a ela, o fazer e o buscar autônomo, a comunicação e a partilha com

semelhantes e diferentes. Permite a análise de paradigmas já existentes e cria

novas maneiras de construção de sentidos, construindo-se novos significados

para entender e estabelecer uma nova realidade e compreender as diversidades

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 246

linguísticas e culturais que influenciarão de forma positiva no aprendizado da

língua como discurso para que o aluno se constitua socialmente.

JUSTIFICATIVA

É fato de extrema relevância a crescente demanda por meios que

propiciem o aprendizado da Língua Espanhola, idioma que vem ganhando cada

vez mais destaque no cenário mundial. Esse fato torna-se ainda mais relevante

em se tratando do Brasil em função de sua vizinhança com países de Língua

Espanhola, bem como das relações que se estabelecem entre o Brasil e esses

países. Pode-se citar, como exemplo, os acordos econômicos, dentre os quais se

destaca o Mercosul, que vem ganhando cada vez mais importância no cenário

nacional.

Falar Espanhol no Brasil tornou-se uma necessidade. Vale ressaltar que o

domínio da Língua Espanhola constitui-se em um importante diferencial em se

tratando de mercado de trabalho. Aqueles que possuem uma segunda língua

entram no mercado com um diferencial bastante relevante.

O domínio do Espanhol ganha destaque ainda maior em se tratando de

áreas que envolvem o contato intensivo entre pessoas, como no caso do turismo.

Esse setor, que cresce em ritmo acelerado, promove o contato entre diversos

povos, de cultura e línguas distintas. É fundamental que haja um elemento de

comunicação comum entre os povos, pois é este um dos requisitos essenciais da

prestação dos serviços.

O mercado turístico está em constante processo de transformação,

exigindo dos profissionais cada vez mais dinamismo e, além de conhecimentos

técnicos, o domínio de idiomas. As empresas turísticas estão recrutando cada vez

mais profissionais que dominam um segundo idioma. Nesse cenário, o Espanhol

tem aumentado sua importância, sendo o mais valorizado na região sul do Brasil,

onde é requisito indispensável para o profissional que pretende trabalhar no setor

hoteleiro, de agências de viagens ou de prestação de serviços diretos ao turista.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 247

Assim, percebe-se a importância do ensino de Espanhol na educação

básica desta localidade, em virtude da localização geográfica do município de

Goioerê, próximo às fronteiras com o Paraguai e a Argentina. O Espanhol passa a

ser uma ferramenta indispensável na formação dos alunos devido às várias

oportunidades no mercado de trabalho regional que a mesma pode oferecer no

que diz respeito à formação profissional.

OBJETIVOS

Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante

transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma

visão sistêmica e estrutural do código lingüístico. É no espaço discursivo criado

na relação entre o eu e o outro que os sujeitos se constituem socialmente. É no

engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e ao que

somos. Daí a língua estrangeira apresentar-se como espaço para ampliar o

contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos

de construção da realidade.

O ensino de Língua Espanhola visa promover a língua concebida como

discurso, não como estrutura ou código a ser decifrado, construindo-se

significados e não apenas os transmitindo.

Assim, a língua se apresenta como espaço de construções discursivas,

indissociável dos contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável

das comunidades interpretativas que a constroem e são construídas por ela.

Desse modo, a língua deixa de lado suas supostas neutralidade e transparência

para adquirir uma carga ideológica intensa, e passa a ser vista como um

fenômeno carregado de significados culturais.

Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os

envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo

em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de

uma mera prática de formas lingüísticas descontextualizadas. Trata-se da

inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa

através do comprometimento mútuo.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 248

Ainda, deve-se considerar que o aluno traz para a escola determinadas

leituras de mundo que constituem sua cultura e, como tal, devem ser respeitadas.

Além disso, ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar

uma língua estrangeira permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes

da sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira,

o aluno sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a

realidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear

um contorno para a própria identidade.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.

CONTEÚDOS BÁSICOS: Gêneros Discursivos:

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor a seleção de

gêneros, de acordo com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de

complexidade a cada ano.

1º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS: GÊNEROS DISCURSIVOS

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO

EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA

Álbum de Família

Bilhetes

Carta Pessoal Cartão

Cartão Postal

Exposição Oral Fotos

Músicas

Receitas

Relatos de Experiências Vividas

LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Biografias Contos

Crônicas de Ficção

Escultura

Fábulas

Haicai Histórias em Quadrinhos

Lendas

Memórias

Letras de Músicas

Narrativas de Aventura

Narrativas de Ficção Científica

Paródias

Pinturas

Poemas

Romances

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 249

CIENTÍFICA

Artigos

Conferência

Debate

Palestra

Pesquisas

Relato Histórico

Relatório

Resumo

Verbetes

IMPRENSA

Agenda Cultural Anúncio de Emprego

Artigo de Opinião

Caricatura

Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum

Charge Classificados

Crônica Jornalística

Editorial Entrevista (oral e escrita)

Fotos

Horóscopo

Infográfico

Manchete

Mapas

Mesa Redonda

Notícia

Reportagens

Resenha Crítica

Sinopses de Filmes

Tiras Fotonovela

ESCOLAR

Ata

Cartazes

Debate Regrado

Diálogo/Discussão Argumentativa

Exposição Oral Mapas

Palestra

Pesquisa

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências Científicas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião

PUBLICITÁRIA

Anúncio

Caricatura

Cartazes

Comercial para TV

E-mail Folder Fotos

Slogan

Músicas

Paródia

Placas

Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Texto Político

POLÍTICA

Abaixo-Assinado

Carta de Emprego

Carta de Reclamação

Carta de Solicitação

Debate

Debate Regrado

Fórum

Manifesto

Mesa Redonda

Panfleto

JURÍDICA

Boletim de Ocorrência

Constituição Brasileira

Contrato

Declaração de Direitos

Depoimentos

Discurso de Acusação

Discurso de Defesa

Estatutos

Leis

Ofício

Procuração

Regimentos

Regulamentos

Requerimentos

PRODUÇÃO E CONSUMO

Bulas

Manual Técnico

Placas

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências Científicas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias Ficha de dados

Blog Reality Show

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 250

MIDIÁTICA

Chat Desenho Animado

E-mail Entrevista

Filmes Fotoblog

Home Page

Talk Show

Telejornal Telenovelas

Torpedos

Vídeo Clip

Vídeo Conferência Comentário online Guias de saúde Fórum de Internet Comentário de Fórum

PRÁTICAS DE LEITURA:

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade;

Situacionalidade; Informações explícitas; Discurso direto e indireto; Aceitabilidade

do texto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Repetição proposital de

palavras; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem.

PRÁTICAS DE ESCRITA:

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Elementos

composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das

classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de linguagem. Acentuação gráfica; ortografía.

PRÁTICAS DE ORALIDADE:

Tema do texto; Interlocutor; Papel do locutor e interlocutor; Informatividade;

Aceitabilidade do texto; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas

linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 251

2º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS: GÊNEROS DISCURSIVOS

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO

EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA

Álbum de Família

Bilhetes

Carta Pessoal Cartão

Cartão Postal

Exposição Oral Fotos

Músicas

Receitas

Relatos de Experiências Vividas

LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Biografias Contos

Crônicas de Ficção

Escultura

Fábulas

Haicai Histórias em Quadrinhos

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Memórias

Letras de Músicas

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Narrativas de Ficção Científica

Paródias

Pinturas

Poemas

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CIENTÍFICA

Artigos

Conferência

Debate

Palestra

Pesquisas

Relato Histórico

Relatório

Resumo

Verbetes

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Agenda Cultural Anúncio de Emprego

Artigo de Opinião

Caricatura

Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum

Charge Classificados

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Editorial Entrevista (oral e escrita)

Fotos

Horóscopo

Infográfico

Manchete

Mapas

Mesa Redonda

Notícia

Reportagens

Resenha Crítica

Sinopses de Filmes

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ESCOLAR

Ata

Cartazes

Debate Regrado

Diálogo/Discussão Argumentativa

Exposição Oral Mapas

Palestra

Pesquisa

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências Científicas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião

PUBLICITÁRIA

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Cartazes

Comercial para TV

E-mail Folder Fotos

Slogan

Músicas

Paródia

Placas

Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Texto Político

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 252

POLÍTICA

Abaixo-Assinado

Carta de Emprego

Carta de Reclamação

Carta de Solicitação

Debate

Debate Regrado

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Manifesto

Mesa Redonda

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JURÍDICA

Boletim de Ocorrência

Constituição Brasileira

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Declaração de Direitos

Depoimentos

Discurso de Acusação

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Relatos de Experiências Científicas

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Texto Argumentativo

Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias Ficha de dados

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Talk Show

Telejornal Telenovelas

Torpedos

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Vídeo Conferência Comentário online Guias de saúde Fórum de Internet Comentário de Fórum

PRÁTICAS DE LEITURA:

Conteúdo temático; Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto;

Intertextualidade; Temporalidade; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido

conotativo e denotativo no texto; Aceitabilidade; Informatividade; Situacionalidade;

Polissemia; Léxico; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais

do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito), figuras de linguagem. Semântica: operadores argumentativos;

ambiguidade; sentido conotativo e denotativo de palavras no texto; expressões

que denotam ironia e humor no texto.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 253

PRÁTICAS DE ESCRITA:

Conteúdo temático; Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto; Temporalidade; Informatividade; Situacionalidade;

Intertextualidade; Discurso direto e indireto; Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;Marcas linguísticas: coesão, coerência,

função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito); Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância

verbo/nominal; Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido

conotativo e denotativo de palavras no texto; expressões que denotam ironia e

humor no texto. Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido

conotativo e denotativo de palavras no texto; expressões que denotam ironia e

humor no texto; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto; Polissemia; Processo de formação de palavras;

PRÁTICAS DE ORALIDADE:

Conteúdo temático; Finalidade; Interlocutor; Informatividade; Aceitabilidade

do texto; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações

linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos. Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,

etc.); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

3º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS: GÊNEROS DISCURSIVOS

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO

EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA

Álbum de Família

Bilhetes

Carta Pessoal Cartão

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Exposição Oral Fotos

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Receitas

Relatos de Experiências Vividas

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 254

LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Biografias Contos

Crônicas de Ficção

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Haicai Histórias em Quadrinhos

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Memórias

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Narrativas de Ficção Científica

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Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum

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Diálogo/Discussão Argumentativa

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Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

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Debate Regrado

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JURÍDICA

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Constituição Brasileira

Contrato

Declaração de Direitos

Depoimentos

Discurso de Acusação

Discurso de Defesa

Estatutos

Leis

Ofício

Procuração

Regimentos

Regulamentos

Requerimentos

PRODUÇÃO E CONSUMO

Bulas

Manual Técnico

Placas

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 255

MIDIÁTICA

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Reality Show

Talk Show

Telejornal Telenovelas

Torpedos

Vídeo Clip

Vídeo Conferência Comentário online Guias de saúde Fórum de Internet Comentário de Fórum

PRÁTICAS DE LEITURA:

Conteúdo temático; Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto;

Intertextualidade; Temporalidade; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido

conotativo e denotativo no texto; Aceitabilidade; Informatividade; Situacionalidade;

Polissemia; Léxico; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais

do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito), figuras de linguagem. Semântica: operadores argumentativos;

ambiguidade; sentido conotativo e denotativo de palavras no texto; expressões

que denotam ironia e humor no texto.

PRÁTICAS DE ESCRITA:

Conteúdo temático; Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto; Temporalidade; Informatividade; Situacionalidade;

Intertextualidade; Discurso direto e indireto; Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;Marcas linguísticas: coesão, coerência,

função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito); Regência verbo/nominal; Semântica: operadores

argumentativos; ambiguidade; significado das palavras; figuras de linguagem;

sentido conotativo e denotativo; expressões que denotam ironia e humor no texto;

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 256

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Modo

Subjuntivo; Modo Imperativo; Voz ativa y voz passiva; Vocabulário.

PRÁTICAS DE ORALIDADE:

Conteúdo temático; Finalidade; Interlocutor; Papel do locutor e interlocutor;

Informatividade; Aceitabilidade do texto; Elementos extralinguísticos: entonação,

expressões facial, corporal e gestual, pausas...; Adequação do discurso ao

gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão,

coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. Adequação da fala ao contexto

(uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e o escrito.

Os desafios socioeducacionais serão articulados aos conteúdos, com

respaldo nas seguintes legislações:

● Lei Federal nº 10.639/09 História e Cultura Afro-Brasileira e Lei Federal nº

11.645/08 História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena;

● Lei Federal n º 9.795/99 Política Nacional de Educação Ambiental -

Decreto nº 4201/02;

● Lei Federal nº 10.741/03 Estatuto do Idoso e Lei Estadual nº 17.858/13

Política de Proteção ao Idoso;

● Educação Fiscal (portaria 413/03);

● Lei Federal n º 12.235/10 Dia Nacional de Combate a Dengue e Lei

Estadual nº 17.675/13 Dia de Ação Contra Dengue;

● Lei Federal nº 11525/07 Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o

Adolescente;

● Lei Estadual n º 16.454/10 Gênero e Diversidade Sexual e Resolução nº

12/16;

● Lei Federal nº 11.343/06 Prevenção ao uso indevido de drogas.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 257

HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E INDÍGENA: A Lei 10.639 e a Lei

11.645 incluem a História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena no

currículo oficial da Rede de Ensino, visando reverter o quadro brasileiro do

preconceito, racismo, baixo rendimento escolar de alunos afro-descendentes,

enfim, desenvolver nos educandos o respeito à diversidade cultural, a minimizar

as disparidades raciais, valorizando a cultura negra e a indígena que tanto

contribuíram para a cultura brasileira.

METODOLOGIA

O Trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula a partir do

entendimento do papel das línguas na sociedade é mais que meros instrumentos

de acesso à informação. O aprendizado de línguas estrangeiras são também

possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo

e construir significados. Dessa forma, que o ensino de Língua Estrangeira se

constitua por meio da compreensão da diversidade linguística e cultural para que

o aluno se envolva discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e

oralidade levando em conta o seu conhecimento prévio.

Faz-se importante a utilização de diferentes gêneros textuais para que o

aluno identifique as diferenças estruturais e funcionais, a autoria e a que público

se destinam. As estratégias metodológicas para que o aluno conheça novas

culturas e que não há uma cultura melhor que a outra, mas sim diferentes.

Além disso, é necessária a exploração de vários recursos como aulas

expositivas e dialogadas, trabalhos em grupos, produção escrita e produção oral

de forma interativa em busca de melhores resultados na aprendizagem. Para isso,

materiais como livro didático, livro paradidático, vídeo, CD, DVD, CD-ROM,

Internet e TV multimídia serão utilizados para facilitar o contato e a interação com

a língua e a cultura.

Serão trabalhados assuntos sobre Lei Federal nº 10.639/09 História e

Cultura Afro-Brasileira e Lei Federal nº 11.645/08 História e Cultura Afro-Brasileira

e Indígena; Lei Federal n º 9.795/99 Política Nacional de Educação Ambiental -

Decreto nº 4201/02; Lei Federal nº 10.741/03 Estatuto do Idoso e Lei Estadual nº

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 258

17.858/13 Política de Proteção ao Idoso; Educação Fiscal (portaria 413/03); Lei

Federal n º 12.235/10 Dia Nacional de Combate a Dengue e Lei Estadual nº

17.675/13 Dia de Ação Contra Dengue; Lei Federal nº 11525/07 Enfrentamento

à Violência Contra a Criança e o Adolescente; Lei Estadual n º 16.454/10 Gênero

e Diversidade Sexual e Resolução nº 12/16;Lei Federal nº 11.343/06 Prevenção

ao uso indevido de drogas.

Assim, aspectos relativos à cultura africana serão abordados com destaque

ao se estudar características marcantes na cultura hispanoamericana, em

especial, à diversidade cultural em Cuba, com a presença marcante de traços

africanos. No que diz respeito aos Indígenas, serão tratados aspectos de sua

cultura ao tratar do estudo referente às comunidades Guarani, Inca, Maia e

Astecas que ainda mantêm vivas tradições e costumes em território

hispanoamericano.

Ao tratar da Educação Ambiental, a mesma se faz presente nas unidades

temáticas do livro didático podendo ser abordada através do emprego do gênero

notícia ao se buscar um informativo jornalístico de um país que tenha o Espanhol

como idioma como, por exemplo, a Espanha, a Argentina, a Colômbia, o Uruguai,

o Paraguai, o Chile, o Panamá, a Guatemala ou o México, que trate do assunto

em questão.

A notícia, pensada como gênero discursivo, é ferramenta primordial para a

abordagem não só deste tema, mas também sobre o Estatuto do Idoso e a

Política de Proteção ao Idoso; Educação Fiscal; o Combate à Dengue e os

encaminhamentos para o Dia de Ação Contra Dengue; o Enfrentamento à

Violência Contra a Criança e o Adolescente; a discussão sobre Gênero e

Diversidade Sexual, além da Prevenção ao uso indevido de drogas. Para tanto,

basta associar um dos temas citados acima com uma notícia em circulação em

um noticiário de um país onde a Língua Espanhola seja o idioma oficial, fazendo-

se uma inter-relação com o que é vivenciado em nosso país.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 259

AVALIAÇÃO

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo de ensino e

aprendizagem com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno. É contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno, considerando-se as características individuais

deste. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à

elaboração pessoal, sobre a memorização.

A avaliação será realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com o que está expresso no Projeto

Político-Pedagógico da escola. Fica vedado submeter o aluno a uma única

oportunidade e a um único instrumento de avaliação.

Ao trabalhar a Língua Espanhola serão considerados critérios para

avaliação os conhecimentos Linguísticos Discursivos Socioculturais, como a

aquisição e utilização correta e adequada do vocabulário; a capacidade de

compreensão e interpretação de textos; leitura correta com as entonações e

pausas necessárias; a competência de Interação como participar oralmente, de

forma oportuna e adequada, em conversas (simuladas ou autênticas) ou outras

atividades centradas na oralidade em contexto de aula; a produção de textos

escritos; o empenhar-se nas atividades, assim como cooperar com os demais

colegas em trabalhos e projetos comuns.

No que diz respeito aos instrumentos de avaliação, existe uma variedade

de instrumentos que se bem elaborados podem oferecer informações muito

valiosas sobre o processo de ensino-aprendizagem. Por meio de bons

instrumentos de avaliação é possível conhecer o educando - seus talentos, suas

dificuldades, entender como ele se apropria dos conhecimentos.

Para que os instrumentos de avaliação dêem conta de conjugar técnica e

ética em seus processos é necessário que o professor diversifique os

instrumentos para obter diferentes formas de expressão, e ainda que ele pense

além dos instrumentos e resultados, mas na intencionalidade das informações

obtidas. Ao se avaliar uma Língua Estrangeira, é preciso que se valorize a

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 260

Compreensão de leitura, a Expressão escrita, os conhecimentos sobre Gramática

e vocabulário, além da Compreensão auditiva e a Expressão oral.

Assim, diversificar-se-á as maneiras de como avaliar os estudantes

levando-se em consideração os benefícios de cada uma. A prova objetiva,

dissertativa, o trabalho em grupo, relatório individual e o processo de observação

do aluno em fatos do cotidiano escolar são instrumentos imprescindíveis no

processo de avaliação.

Com relação à recuperação de estudos, direito dos alunos,

independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos, dar-se-á

de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem; a

recuperação de estudos será organizada com atividades significativas, por meio

de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Tal proposta deverá

indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos

alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam

asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 261

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MEC. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO DAS

RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA

AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA. Brasília, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

CONTEÚDOS BÁSICOS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA. Curitiba,

2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA PARA

OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E PARA O ENSINO MÉDIO.

Curitiba, 2008.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 262

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

APRESENTAÇÃO

No Brasil, o ensino de línguas estrangeiras está vinculado à organização

social e histórica do país. No início da colonização, os jesuítas ensinavam latim às

comunidades indígenas com o propósito de dominação e expansão do

catolicismo. De 1581 a 1640, período em que se estabeleceu a União Ibérica, os

jesuítas foram considerados pelos espanhóis um entrave para as demarcações

territoriais, o que culminou com a expulsão da Ordem dos territórios portugueses

na América. A partir de 1759, foi constituído o ensino régio no Brasil, o qual era

garantido pelo Estado. A língua estrangeira oferecida continuava sendo o latim e

os professores contratados eram não-religiosos.

O ensino de línguas modernas ganhou reconhecimento com a chegada da

família real ao Brasil e abertura dos portos ao comércio. Os currículos passaram a

oferecer o Inglês e Francês visando o intercâmbio comercial. Em 1837, foi

fundado o Colégio Pedro II que se tornou modelo por quase um século, as línguas

ensinadas ali eram o francês, o inglês e o alemão. De 1929 a 1931, a língua

italiana também foi ofertada neste colégio.

A abordagem tradicional, que tinha como método ensinar através da

escrita e da gramática, durou desde a educação jesuítica até o advento da

Reforma Francisco Campos, a qual instituiu o Método Direto. Neste, a língua

materna perdia a função de mediadora no processo de aprendizagem, o professor

se comunicava exclusivamente em língua estrangeira durante as aulas.

No governo Vargas (1937), o francês apresentava pouca vantagem em

relação ao Inglês. O espanhol começou a ser ensinado em detrimento ao alemão,

o italiano e o japonês por motivo da 2a Guerra Mundial, e o latim permaneceu

como língua clássica. A língua espanhola foi valorizada como língua estrangeira

porque representava um modelo de patriotismo a ser seguido pelos estudantes e

o respeito povo espanhol às suas tradições. Com o tempo, o ensino de língua

inglesa foi fortalecido e se deu pela dependência econômica e cultural do Brasil

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 263

em relação aos Estados Unidos. O Inglês teve garantia curricular por ser o idioma

mais utilizado no comércio internacional.

Após a Segunda Guerra, a partir de 1950, a educação no Brasil passou a

direcionar o foco para a profissionalização do estudante, visando, sobretudo, o

desenvolvimento econômico do país. Com a promulgação da LDB nº 4024, em

1961, os estados ficaram desobrigados a manter nos currículos o ensino de LEM.

Este, por sua vez, ficou ainda mais desprestigiado com a ascensão dos militares

ao comando do Brasil. Os militares alegavam que as línguas estrangeiras eram

prejudiciais à cultura brasileira e ainda, que a escola não deveria ser porta de

entrada de meios anticulturais. Em 1976, o ensino de LEM voltou a ser prestigiado

e obrigatório no 2° grau e recomendado no 1º grau. Porém, uma condição gerou

insatisfação ao quadro de professores: o número de aulas ficou reduzido a uma

aula semanal.

No Paraná, houve movimentos de professores insatisfeitos com o modelo

de currículo para LEM e dessa insatisfação surgiu o Centro de Línguas

Estrangeira no Colégio Estadual do Paraná. Com a mobilização de professores

organizados em associações, a Secretaria de Estado da Educação oficializou a

criação dos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM) em 1986.

Baseada em dar suporte aos educandos sobre a cultura de outros povos e

consequentemente sua língua, a Língua Estrangeira Moderna estrutura-se no

princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer as três práticas

essenciais ao processo de ensino-aprendizagem de uma língua: leitura, escrita e

oralidade. No entanto, é preciso que esse processo supere, segundo as

Diretrizes, “a visão de ensino apenas como meio para atingir fins comunicativos

que restringem sua aprendizagem como experiência de identificação social e

cultural” (DCE, 2008 p. 53) e sim ofereça possibilidades para que o aluno perceba

e compreenda a diversidade cultural e linguística presente na aprendizagem da

língua e, consequentemente construa significados em relação ao mundo em que

vive.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 264

Dessa forma, o objetivo do ensino de língua estrangeira deixa de ser

apenas o linguístico e passa a ser um caminho para que o aluno:

• use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• vivencie, na aula de Inglês, formas de participação que lhe possibilitem

estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social;

• tenha maior consciência sobre o papel da Língua Inglesa na sociedade;

• reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Assim, a pedagogia crítica deve ser o referencial teórico que alicerça o

trabalho pedagógico com a Língua Inglesa, com o objetivo de levar o educando à

“apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de

compreensão das relações sociais e para transformação da realidade.” (DCE,

2008, p. 52)

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor a seleção de

gêneros, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de

Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada ano.

6º ANO

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 265

•Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Repetição proposital de palavras;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

•Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Ortografia;

•Concordância Verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 266

7º ANO

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Informações explícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Discurso direto e indireto;

•Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, funçãodas classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito),figuras de

linguagem;

• Ortografia; • Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 267

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.

8º ANO

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

•Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de

linguagem.

• Semântica:

-operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

-expressões que denotam ironia e humor no texto.

- Léxico.

ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 268

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

•Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Concordância verbal e nominal;

• Semântica:

• operadores argumentativos;

• ambiguidade;

• significado das palavras;

• figuras de linguagem;

• sentido conotativo e denotativo;

• expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 269

9º ANO

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem);

• Léxico.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 270

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Ortografia;

• Concordância verbal / nominal.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

•Aceitabilidade;

Papel do locutor e interlocutor;

•Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,

etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 271

GÊNEROS DO DISCURSO:

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO

EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA

Álbum de Família Bilhetes Carta Pessoal Cartão Cartão Postal

Exposição Oral Fotos Músicas Receitas Relatos de Experiências Vividas

LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Biografias Contos Crônicas de Ficção Escultura Fábulas Haicai Histórias em Quadrinhos Lendas Memórias

Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Ficção Científica Paródias Pinturas Poemas Romances

CIENTÍFICA

Artigos

Conferência

Debate

Palestra

Pesquisas

Relato Histórico

Relatório

Resumo

Verbetes

IMPRENSA

Agenda Cultural Anúncio de Emprego

Artigo de Opinião

Caricatura

Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum

Charge Classificados

Crônica Jornalística

Editorial Entrevista (oral e escrita)

Fotos

Horóscopo

Infográfico

Manchete

Mapas

Mesa Redonda

Notícia

Reportagens

Resenha Crítica

Sinopses de Filmes

Tiras Fotonovela

ESCOLAR

Ata

Cartazes

Debate Regrado

Diálogo/Discussão Argumentativa

Exposição Oral Mapas

Palestra

Pesquisa

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências Científicas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião

PUBLICITÁRIA

Anúncio

Caricatura

Cartazes

Comercial para TV

E-mail Folder Fotos

Slogan

Músicas

Paródia

Placas

Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Texto Político

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 272

POLÍTICA

Abaixo-Assinado

Carta de Emprego

Carta de Reclamação

Carta de Solicitação

Debate

Debate Regrado

Fórum

Manifesto

Mesa Redonda

Panfleto

JURÍDICA

Boletim de Ocorrência

Constituição Brasileira

Contrato

Declaração de Direitos

Depoimentos

Discurso de Acusação

Discurso de Defesa

Estatutos

Leis

Ofício

Procuração

Regimentos

Regulamentos

Requerimentos

PRODUÇÃO E CONSUMO

Bulas

Manual Técnico

Placas

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências Científicas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias Ficha de dados

MIDIÁTICA

Blog

Chat Desenho Animado

E-mail Entrevista

Filmes Fotoblog

Home Page

Reality Show

Talk Show

Telejornal Telenovelas

Torpedos

Vídeo Clip

Vídeo Conferência Comentário online Guias de saúde Fórum de Internet Comentário de Fórum

Os desafios socioeducacionais serão articulados aos conteúdos, com

respaldo nas seguintes legislações:

• História e Cultura Afro-Brasileira (10.639/03);

• História e Cultura Afro-brasileira e Indígena (11.645/08);

• Diretrizes Curriculares de Gênero e Diversidade Sexual/2010;

• Lei Educação Ambiental – Lei Federal nº 9795/99 – Decreto nº 4201/02;

• Estatuto do Idoso (Lei Federal nº 10.741/03);

• Prevenção ao Uso Indevido de Drogas (Lei Federal nº 11.343/06);

• Educação Fiscal (Portaria 413/02);

• Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o Adolescente (L.F.

11525/07).

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Segundo as Diretrizes, a Língua Inglesa tem como conteúdo estruturante o

discurso enquanto prática social, sendo assim o professor deverá embasar as

práticas de leitura, oralidade e escrita nos mais diversos gêneros textuais, verbais

e não-verbais. Esse trabalho utilizará atividades diversificadas, que priorizem o

entendimento da função e estrutura do texto em questão, para só depois trabalhar

os aspectos gramaticais que o compõem. Assim, o ensino deixará “de priorizar a

gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.” (DCE, 2008,

p. 63)

No que diz respeito à prática de oralidade, o professor deverá expor os

alunos a textos orais e/ou escritos com o intuito de levá-los a expressar ideias em

Língua Inglesa, mesmo que com limitações, e ainda possibilitar que exercitem

sons e pronúncias desta língua. Com esse intuito, o professor pode direcionar

debates orais, seminários, dramatizações, júri simulado, declamações,

entrevistas, etc.

Com relação à escrita, deverão ser apresentadas atividades de produção

de texto que assumam papel significativo para o aluno. Para que isso ocorra, o

professor precisará esclarecer qual o objetivo da produção, para quem se

escreve, quais as situações reais de uso do gênero textual em questão, ou seja,

qualquer produção deve ter sempre um objetivo claro, pré-determinado.

No trabalho com a leitura, as atividades desenvolvidas devem possibilitar

ao aluno um novo modo de ver a realidade, a leitura deverá ir além daquela

compreensiva, linear, para trazer-lhe um “novo modo de ver a realidade” (DCE,

2008, p. 66).

É importante ressaltar que os trabalhos com os aspectos gramaticais não

serão abandonados, no entanto passarão a ser visto pela ótica da analise

linguística, que não considera a gramática fora do texto.

Em seu trabalho com as práticas discursivas descritas acima o professor

fará uso de livros didáticos e paradidáticos, dicionários, revistas, jornais, vídeos,

revistas, internet, DVD, CD, TV multimídia, jogos e outros, que servirão para

ampliar o contato e a interação com a língua e a cultura.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 274

AVALIAÇÃO

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno.

A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste

no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Segundo Luckesi (1995, apud DCE, 2008, p.69), para que a avaliação

assuma “o seu verdadeiro papel, ela deve subsidiar a construção da

aprendizagem bem-sucedida”, deixando de ser um simples instrumento de

mediação da apreensão de conteúdos. Assim, o processo avaliativo deverá servir

para reflexão acerca dos avanços e dificuldades dos alunos e ainda, servirá como

norteadora do trabalho do professor, que poderá, a partir dele, “identificar as

dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem superá-

las.” (DCE, 2008, p.71)

Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em

consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-

Pedagógico da escola e serão utilizados os seguintes instrumentos: provas,

trabalhos orais e escritos (individuais e em grupos), produção de textos orais e

escritos que demonstram capacidade de articulação entre teoria e prática.

Para que isso se efetive, o professor deverá observar a participação do

aluno, sua interação verbal, o uso que este faz da língua durante as atividades

propostas, bem como a capacidade que ele demonstra para levantar hipóteses a

respeito da organização textual, para perceber a intencionalidade do texto e seu

autor, etc. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somatória e cumulativa.

O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão

sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar

conteúdos/ instrumentos/ métodos de ensino.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 275

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante

ao processo ensino e aprendizagem.

A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático-metodológicos diversificados. A proposta de recuperação

de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina.

Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos

próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua

vida escolar.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 276

REFERÊNCIAS

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Africana. Brasília- DF,

2004.

_______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de

20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da

temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil.

Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das

relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e

africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de

Igualdade Racial/ Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e

Diversidade. 2004.

_______. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In:BRASIL/MEC. Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.

PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no

ensino fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da

disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez.

2001.

________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica: Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.

Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê-

Ensino Fundamental, Médio e Profissional, 2008.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 277

Regimento Escolar do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê- Ensino

Fundamental, Médio e Profissional, 2008.

htpp://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/atividadeseducativas.com.br

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/

http://www.ingles.seed.pr.gov.br/

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 278

QUÍMICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Química está intimamente relacionada ao consumo da sociedade atual

por possibilitar a produção de novos bens de consumo. Para isso, é fundamental

entendermos como são desenvolvidos novos materiais e como se mudam as

propriedades dos já existentes. A Química também nos ajuda a compreender

melhor as consequências ambientais do alto consumo humano. A partir daí,

podemos pensar em ações para melhorar as condições de vida na Terra por meio

da energia e matéria prima e da diminuição das consequências do descarte do

lixo em diferentes ambientes. (SANTOS, 2013)

Estudar Química possibilita compreender não só os fenômenos naturais,

mas também entender o complexo mundo social em que vivemos. A Química tem

garantido ao ser humano uma vida mais longa e confortável, o seu

desenvolvimento permite a busca para solução de problemas ambientais, o

tratamento de doenças antes incuráveis, o aumento da produção agrícola, a

construção de prédios resistentes, a produção de materiais que possibilitam a

confecção de novos equipamentos, entre outras aplicações. (SANTOS, 2013).

Propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento químico

ocorram por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química:

substâncias e materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido

pelo professor numa relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos

químicos constitua apropriação de parte de conhecimento cientifico, o qual

segundo OLIVEIRA (2001) deve contribuir para a formação de sujeitos que

compreendam e questionem a ciência do seu tempo. Para alcançar tal finalidade,

uma proposta metodológica é a aproximação do aprendiz com o objeto de estudo

químico, via experimentação. (PARANÁ, 2013).

Deve-se considerar que a química utiliza linguagem própria para a

representação do real, através de símbolos, fórmulas, convenções e códigos. É

necessário que o aluno desenvolva senso crítico para reconhecer e saber utilizar

tal linguagem, sendo capaz de entregar a partir das informações, a representação

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 279

simbólica das transformações químicas. Propõe-se um trabalho pedagógico com

o conhecimento químico que propicie ao aluno compreender os conceitos

científicos para entender algumas dinâmicas do mundo e mudar sua atitude em

relação a ele.

Para ensinar Química é necessário a articulação entre teoria e prática,

vinculando o trabalho intelectual as atividades práticas ou

experimentais(PARANÁ, 2013). A experimentação é importante para uma melhor

compreensão dos fenômenos químicos. As atividades experimentais, utilizando

ou não o laboratório escolar convencional, podem ser o ponto de partida para

apreensão de conceitos e sua relação com as ideias a serem discutidas em aula.

Os estudantes, estabelecem relações entre a teoria e prática e, ao mesmo

tempo, expressam ao professor suas dúvidas .(PARANÁ, 2008).

OBJETIVO GERAL:

A produção acelerada de conhecimentos, característica deste novo século,

traz para as escolas o desafio de fazer com que esses novos conhecimentos

sejam socializados de modo a promover a elevação do nível geral de educação

da população. Oimpacto das novas tecnologias sobre as escolas afeta tanto os

meios a serem utilizados nas instituições educativas, quanto os elementos do

processo educativo, tais como a valorização da ideia da instituição escolar como

centro do conhecimento; a influência sobre os modelos de organização e gestão;

o surgimento de novas figuras e instituições no contexto educativo; e a influencia

sobre metodologias estratégias e instrumentos de avaliação. (PARANÁ, 2013)

Com isso, faz-se necessário definir quais são os conteúdos imprescindíveis

e criar mecanismos que possibilitem a diversificação formativa dos nossos alunos.

A Química participa do desenvolvimento científico-tecnológico com

importantes contribuições específicas, cujas decorrências têm alcances

econômicos, sociais e político.O conhecimento Químico interage com a sociedade

e seus cidadãos, por diferentes meios, tornando-os mais conscientes, objetivando

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 280

a construção de uma visão de mundo mais articulada e menos fragmentada,

contribuindo para que o indivíduo se sinta como participante de um mundo em

constante transformação.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes são responsáveis por identificar e organizar os

campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a

compreensão de seu objeto de estudo e ensino. (PARANÁ, 2013)

Para selecionar os conteúdos estruturantes, o estudo da história da

Química, e de como a identidade dessa disciplina escolar foi construído, pode

fundamentar o professor em sua prática e contribuir para a superação de

abordagens e metodologias de ensino tradicional da Química.(PARANÁ, 2013)

Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e devem estar articulados à

especificidade regional de cada escola. Para a disciplina de Química, são

propostos os seguintes conteúdos estruturantes:

- Matéria e sua natureza;

- Biogeoquímica;

- Química Sintética.

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO

Os conteúdos básicos que serão trabalhados nas séries do Ensino Médio:

1º ano

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos

Matéria e sua natureza

Biogeoquímica Química Sintética

Constituição da matéria. Modelos atômicos. Tabela periódica.

Ligações Químicas Funções Químicas

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 281

2o ano

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos

Matéria e sua natureza Biogeoquímica

Química Sintética

Funções Químicas Reações Químicas

Quantidade de matéria Solução

Velocidade das reações. Equilíbrio Químico

Gases Radioatividade

3o Ano

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos

Matéria e sua natureza Biogeoquímica

Química Sintética

Funções Químicas- Orgânicas Reações Químicas

Eletroquímica Radiatividade

Desafios sócio educacionais que devem ser articulados aos conteúdos,

com respaldo nas seguintes legislações:

� Lei Educação Ambiental (L.f. 9795/99, Dec. 4201/02);

� Lei Estadual nº 17505/13 - Educação Ambiental;

� Educação Fiscal/Educação Tributária (Dec. 1143/99 Portaria 413/02);

� Lei nº 11947/09 - Educação Alimentar e Nutricional;

� Lei nº 9503/97 - Código de Trânsito Brasileiro - Educação para o Trânsito;

� Lei Estadual nº 17858/13 - Política de Proteção ao Idoso;

� Lei 11.343/06 - Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.

Conteúdos que permitem abordar as temáticas obrigatórias:

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Legislação

Matéria Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999)

Matéria Educação Ambiental

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 282

Matéria e sua Natureza Biogeoquímica

Química Sintética

(Lei nº 9.795/1999)

Radioatividade Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999)

Gases Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999)

Funções Químicas Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999)

Funções Químicas Educação em Direitos Humanos (Lei nº 7.037/2009)

Reações Químicas Educação alimentar e nutricional (Lei nº 11.947/2009)

Funções Químicas Educação alimentar e nutricional (Lei nº 11.947/2009)

Funções Químicas Educação para o Trânsito (Lei nº 9.503/1997)

METODOLOGIA:

A metodologia a ser utilizada tem como premissa o despertar no aluno uma

consciência crítica, criativa, capaz de gerar respostas adequadas aos problemas

atuais que nós enfrentamos e às situações novas que estão decorrendo do

avanço da ciência e de seus desdobramentos na reorganização do mundo do

trabalho e da sociedade.

O trabalho será interdisciplinar, utilizando assim o conhecimento de várias

disciplinas para resolver um problema concreto ou compreender um determinado

fenômeno de diferentes pontos de vista, criando uma aprendizagem motivadora.

Os conteúdos básicos serão abordados em sala de aula, com explanação

no quadro e ainda,alguns conteúdos serão demonstrados através de

experimentos no laboratório. Serão realizados trabalhos de pesquisa, seminários,

debates, além da utilização de textos extraídos de livros, revistas e jornais,

finalizando o desenvolvimento dos conteúdos, bem como o da cidadania, através

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 283

da provocação de reflexões e a construção de hipóteses, estabelecendo assim a

ponte entre a teoria e a prática, a sala de aula e o cotidiano.

A sala de aula reúne pessoas com diferentes concepções, tradições e

costumes que trazem de suas origens, isso dificulta a adoção de um único

encaminhamento metodológico para todos os alunos.

AVALIAÇÃO

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno.

A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste

no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos. O resultado da avaliação deve

proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica,

contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdos/ instrumentos/

métodos de ensino.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0 (zero) a 10 (dez).Os resultados das avaliações dos alunos serão

registrados no registro de classe online (RCO), a fim de que sejam asseguradas a

regularidade e autenticidade de sua vida escolar.

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Segundo LUCKESI (1995, apud PARANÁ, 2009, p. 69), para que a

avaliação assuma “o seu verdadeiro papel, ela deve subsidiar a construção da

aprendizagem bem-sucedida”, deixando de ser um simples instrumento de

mediação da apreensão de conteúdos. Assim, o processo avaliativo deverá servir

para reflexão acerca dos avanços e dificuldades dos alunos e ainda, servirá como

norteadora do trabalho do professor, que poderá, a partir dele, “identificar as

dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem superá-

las.” (PARANÁ, 2009, p. 71)

A avaliação será contínua em sala de aula onde serão considerados a

atenção e a participação do aluno, bem como a realização dos trabalhos,

pesquisas, relatos e experiências, relatórios de aulas práticas de laboratório, além

de testes (provas) realizados sobre conteúdos trabalhados na sala anteriormente.

A avaliação será permanente, considerando as atividades práticas, capacidade de

análise e síntese e argumentos coerentes e coesos.

A recuperação será ofertada para todos os alunos, principalmente para os

que não atingiram a média. A recuperação de estudos dar-se-á de forma

permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem e será

organizada com retomada de conteúdos e atividades, por meio de procedimentos

didático-metodológicos diversificados. A proposta de recuperação de estudos

deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 285

BIBLIOGRAFIA

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PERUZZO, F. M.; CANTO, E L .QUÍMICA na abordagem do cotidiano, volume 1, 2010.

SANTOS, W.; MOL, G. PEQUIS- Química cidadã, volume 1,2 e 3- 2013.

PPPdo Colégio Estadual Polivalente de Goioerê.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 286

SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Podemos pensar a importância da Sociologia para o saber escolar

contribuindo para a transformação do educando, a partir da própria epígrafe que

consta nas Diretrizes Curriculares de Sociologia para a Educação Básica (2006):

“A sociologia é uma forma de saber científico [...]. Como qualquer ciência, ela não é fruto do mero acaso, mas responde às necessidades do seu tempo. [...] Compreender o contexto no qual a sociologia nasceu é fator fundamental para se entender as suas características atuais.”Carlos Eduardo Sell

O objetivo de estudo no Ensino Médio da disciplina Sociologia é apreender

os conhecimentos que tratam das relações sociais decorrentes das mudanças

estruturais importantes na formação do mundo contemporâneo, no contexto em

que estamos inseridos, a saber, o modo de produção capitalista.

A Sociologia oferece elementos para nos voltarmos, a todo o momento,

para as questões/contradições/mazelas que o homem enfrenta no seu cotidiano.

Todos possuímos conhecimentos práticos de como agir, como participar

instituições, de grupos etc. Esse conhecimento faz parte de certo senso comum

acerca da vida em sociedade. Assim sendo, a Sociologia está próxima de nossos

problemas diários, mas não se limita a repetir o que já se sabe, ou seja, ela se

propõe avançar com relação aos ensinamentos do senso comum.

O mundo passa por mudanças constantes, tal como a dinâmica proposta

pela 'era da globalização', ou da mundialização do capital, como preferem as

ciências sociais, que derruba fronteiras provocando a sensação de pertencermos

a uma sociedade com características únicas, porém não apaga as diferenças

sociais, econômicas e culturais, no imbricamento de regiões e povos. Para

compreender, analisar, criticar e atuar na sociedade, o ensino da Sociologia é de

total importância. As escolas estão cheias de jovens que passam por inquietudes

e expectativas, muitos delas exigem novas posturas dos que ensinam. Nesse

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 287

ínterim, a sociologia é uma disciplina que possui os instrumentais para subsidiar

tais questionamentos.

DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA

A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações

sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas.

O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcado

pelas consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução

Francesa de 1789; uma econômica e social, a Revolução Industrial e uma

revolução na ciência, que se firma com o Iluminismo, com sua fé na razão e no

progresso da civilização (Seed, 2008, p. 38).(PARANÁ, 2008, p. 38).

As inquietações que mobilizaram os primeiros sociólogos no final do século

XIX, sobretudo por conta das revoluções ora mencionadas, em muitos aspectos

se aproximam das preocupações de nossos colegas contemporâneos, tal como

nos apresenta o texto das Diretrizes Curriculares de Sociologia para a Educação

Básica. No entanto, como já mencionado, há que se compreender as

modificações verificadas nas relações sociais, decorrentes das mudanças

estruturais impostas pela formação de um novo modo de produção econômico,

em uma realidade complexa e dinâmica.

Embora consolidado, o sistema capitalista não cessa sua “reinvenção” e

assume inéditas formas de produção, distribuição e opressão, nunca imaginadas

pelos precursores do estudo da sociedade, o que implica novas formas de olhar,

compreender e atuar socialmente.

Como ciência, a Sociologia delineou-se no rastro do pensamento

positivista, vinculada à ordem das Ciências Naturais. O caráter científico, tão

buscado e valorizado na época, estava ligado à lógica das ciências ditas

“experimentais”; ou seja, para ascender ao status de ciência, deveria atender a

determinados pré-requisitos e seguir métodos “científicos” que pretendiam

também a neutralidade e o estabelecimento de regras.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 288

São representantes desse pensamento os filósofos franceses Auguste

Comte (1798-1857), o primeiro a usar o termo Sociologia, em seu curso de

Filosofia Positiva, relacionando-o com a ciência da sociedade, e Émile Durkheim

(1858-1917), que adotou conceitos elaborados por Comte, especialmente o de

ordem social, para delinear uma das correntes representativas do pensamento

sociológico, vindo a ocupar a 1ª cátedra da “nova ciência”.

Ambos os pensadores tiveram em comum a busca de soluções para as

graves mazelas sociais geradas no pós Revolução Política Francesa e Revolução

Econômica Inglesa; dentre as quais, a miséria, o desemprego e as consequentes

greves e rebeliões operárias. Cada um desses sintomas sociais foi analisado por

esses pensadores como desvios ou anomalias da sociedade, que poderiam ser

corrigidos ou mesmo solucionados pelo resgate de valores morais – como a

solidariedade – os quais restabeleceriam relações estáveis entre as pessoas,

independentemente da classe social a que pertencessem.

Um dos mecanismos responsáveis por essa tarefa seria a educação, capaz

de adequar devidamente os indivíduos à nova sociedade. Tais pensadores a

analisaram sob um determinado ponto de vista e preconizaram a manutenção do

status quo, da ordem vigente e, de alguma forma, resguardavam um elogio à

sociedade capitalista.

Apesar de sua origem conservadora e de sua proposta inicial conformista,

a Sociologia desenvolveu também um olhar crítico e questionador sobre a

sociedade. A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da

sociedade industrial e toda a contradição oriunda deste processo.

O pensador alemão Karl Marx (1818-1883) trouxe importantes

contribuições ao pensamento sociológico porque desnudou as relações de

exploração que se estabeleceram a partir do momento em que uma determinada

classe social apropriou-se dos meios de produção e passou a deter e conduzir os

mecanismos (as ações) da sociedade.

De acordo com o pensamento de Marx, não há soluções conciliadoras

numa sociedade cujas relações se baseiem na exploração do trabalho e na

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 289

crescente espoliação da maioria. Para Marx, a teoria apenas tem sentido se

transformada em práxis, ou seja, em ação fundamentada politicamente, para

transformar as estruturas de poder vigente e construir novas relações sociais,

pautadas na igualdade de condições a todos os indivíduos. Para esse autor, a

única possibilidade de superar a desigualdade e a opressão está na construção

de uma nova sociedade, que pressuponha a inexistência de classes sociais e,

portanto, de dominação de uma minoria sobre uma maioria.

Contemporâneo de Durkheim, o filósofo Max Weber (1864-1920), com

formação assentada em Direito, História e Filosofia, atua intelectualmente na

Alemanha do final do século XIX e primeiras décadas do século XX. Entende a

Sociologia como a ciência que pretende interpretar a ação social, explicando-a em

seu desenvolvimento e efeitos. Com essa proposta, produz a fundamentação

básica do que chamou método compreensivo, partindo da concepção de ação

social e de compreensão. Em Weber, também se manifesta o cuidado

metodológico para garantir cientificidade ao procedimento do investigador.

Outra importante contribuição ao pensamento sociológico crítico e

revolucionário pode ser encontrada nos escritos do italiano Antonio Gramsci

(1891-1937), cujas análisesforam incorporadas principalmente às pesquisas

sociológicas e educacionais. Criados por Gramsci, os conceitos de hegemonia,

intelectual orgânico e escola única auxiliam no processo de repensar as

estruturas educacionais.

Em nosso país, tanto as ideias conformistas quanto as revolucionárias

exerceram forte influência na formação do pensamento sociológico brasileiro.

Após a instalação da República, autores como Silvio Romero (1851-1914),

Euclides da Cunha (1866-1909) e Oliveira Vianna (1883-1951), entre outros,

considerados conservadores, configuraram uma tradição ensaísta – sem uma

preocupação especificamente científica – preocupada em pensar o que seria a

identidade cultural nacional.

Os estudos históricos, literários e as análises sociológicas das três

primeiras décadas do século XX, realizados por esses e outros autores,

problematizaram a nação brasileira no contexto da chamada modernização.

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 290

Temas como raça e cultura eram o foco desses estudos. A grande questão era

construir, delinear e definir a brasilidade.

Esses intelectuais apresentaram uma produção sociológica significativa

que, somada à presença de professores estrangeiros convidados, sobretudo os

da chamada Missão Francesa, coordenados pelo antropólogo belga Claude Lévi-

Strauss (1908-2009) – o primeiro grupo de professores contratados para

inaugurar, em São Paulo, os cursos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras

da USP, em 1934 – contribuíram para que a Sociologia no Brasil se firmasse.

Uma nova geração de sociólogos definiria em seguida os rumos desse

conhecimento, destacamos nesse processo, Sergio Buarque de Holanda (1902-

1982), Gilberto Freyre (1900-1987) e Caio Prado Júnior (1907-1980).

A produção sociológica desses e de outros autores posteriores, a saber,

Florestan Fernandes (1920-1995), Maria Isaura Pereira de Queiroz (1918),

Raymundo Faoro (1925-2003), Octávio Ianni (1926-2004), Fernando Henrique

Cardoso (1931) e assim por diante, estiveram atentas aos grandes problemas

sociais decorrentes das mudanças econômicas e políticas da sociedade

brasileira, como os movimentos sociais agrários e urbanos, os movimentos

estudantis, as mudanças na organização do mundo do trabalho; bem como as

questões das minorias – indígenas, mulheres, negros, homossexuais – passaram

a ter mais atenção e as instituições sociais passaram a ser estudadas em sua

dinâmica social e histórica.

Elaboradas nas universidades e centros de estudos, as discussões no

campo da Sociologia se consolidaram como importante perspectiva de

compreensão das novas dimensões constantes na sociedade brasileira. Como em

outros países, a introdução da Sociologia como disciplina curricular é parte do seu

processo de institucionalização, ampliando e conformando a comunidade

científica pelo reconhecimento no meio acadêmico e o apelo a recursos

pedagógicos, que promovem sua aceitação social e difusão do conhecimento em

nível escolar. De algum modo, essa adoção curricular tende a mostrar a ênfase

humanística nos estudos em diferentes níveis e momentos e a perspectiva

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Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP 291

transformadora que pode inspirar projetos de sociedade e visões políticas

avançadas.

Elaboradas nas universidades e centros de estudos, as discussões no

campo da Sociologia se consolidaram como importante perspectiva de

compreensão das novas dimensões constantes na sociedade brasileira. Como em

outros países, a introdução da Sociologia como disciplina curricular é parte do seu

processo de institucionalização, ampliando e conformando a comunidade

científica pelo reconhecimento no meio acadêmico e o apelo a recursos

pedagógicos, que promovem sua aceitação social e difusão do conhecimento em

nível escolar. De algum modo, essa adoção curricular tende a mostrar a ênfase

humanística nos estudos em diferentes níveis e momentos e a perspectiva

transformadora que pode inspirar projetos de sociedade e visões políticas

avançadas.

Tal como defende as Diretrizes Curriculares da disciplina, toda ciência,

como um produto histórico, está em constante processo de construção e se vale

do conhecimento acumulado pelos intelectuais que lançaram as bases teórico-

metodológicas do pensar a realidade com método e arguto espírito de indagação.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

A ciência social que nós pretendemos praticar é uma ciência da realidade. Procuramos compreender a realidade da vida que nos rodeia e na qual nos encontramos situados naquilo que tem de específico: por um lado, as conexões e a significação cultural de suas diversas manifestações na sua configuração atual e, por outro, as causas pelas quais se desenvolveu historicamente assim e não de outro modo (MAX WEBER, 2002)

O objetivo da disciplina é o conhecimento e a explicação da sociedade

através da compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos se

organizam e vivem em grupos e das relações que estabelecem com as

instituições sociais.

Além disso, proporcionar ao educando, a partir de uma leitura crítica da

sociedade contemporânea, a formação básica acerca das origens da sociologia e

das principais linhas de interpretação sociológica. E, desse modo, estabelecer

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relações entre o conhecimento teórico e as práticas sociais; visando desenvolver

sua “perspectiva sociológica”, preparando-o para a indagação, compreensão e

reflexão, como sujeitos de seu aprendizado, e, sobretudo, da processualidade

histórica.

Na sociedade em que está inserido, ele deverá identificar funções

desenvolvidas, por exemplo, pelo Estado, as quais deverá acompanhar e analisar

os seus direitos de cidadão, bem como também saberá exercer os deveres no

seu exercício de cidadania, lidar de maneira construtiva com as diferenças, de tal

forma a atuar em equipe, construir, realizar e avaliar projetos e ação escolar.

Caberá a sociologia desenvolver com seu pensamento a “imaginação

sociológica”, proposta por Wright Mills, fazendo com que os alunos compreendam

que é possível discutir inúmeros elementos da vida em sociedade, a partir desse

instrumental teórico-metodológico, temáticas como exclusão, desemprego,

violência urbana e no campo, segurança, cidadania, consumismo, individualismo,

reforma agrária, educação e saúde precárias etc., quiçá minimizando a apatia que

possa existir e prepará-los para participar ativamente desse contexto no qual está

inserido.

Diante disso, pode-se dizer que a sociologia não deve se restringir a prática

de leituras e explicações teóricas e conceituais, mas sim a construção do saber

social dos indivíduos nas transformações possíveis e necessárias da sociedade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

As Diretrizes Curriculares, ao delinearem o estatuto científico da disciplina,

propõem fundamentar o ensino da Sociologia em Conteúdos Estruturantes,

capazes de estender cobertura explicativa a uma gama de fenômenos sociais

inter-relacionados.

Conteúdos estruturantes são, portanto, instâncias conceituais que remetem

à reconstrução da realidade e às suas implicações lógicas (DCE, 2008). São

estruturantes os conteúdos que identificam grandes campos de estudos, onde as

categorias conceituais básicas da Sociologia, – ação social, relação social,

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estrutura social e outras eleitas como unidades de análise pelos teóricos –

fundamentam a explicação científica. Na afirmação de Marx (1977), as categorias

[ainda que] simples são síntese de múltiplas determinações.

Portanto, são estes os saberes que fundamentam uma disciplina e a

identificam enquanto campo do conhecimento. Como a sociologia se relaciona

com outras ciências sociais como a Antropologia, a Ciência Política, a Economia e

Conteúdos estruturantes são, portanto, instâncias conceituais que remetem à

reconstrução da realidade e às suas implicações lógicas (DCE, 2008). São

estruturantes os conteúdos que identificam grandes campos de estudos, onde as

categorias conceituais básicas da Sociologia, – ação social, relação social,

estrutura social e outras eleitas como unidades de análise pelos teóricos –

fundamentam a explicação científica. Na afirmação de Marx (1977), as categorias

[ainda que] simples são síntese de múltiplas determinações.

Portanto, são estes os saberes que fundamentam uma disciplina e a

identificam enquanto campo do conhecimento. Como a sociologia se relaciona

com outras ciências sociais como a Antropologia, a Ciência Política, a Economia

e,claro, a História, consideramos que os conteúdos estruturantes para o Ensino

Médio devem abarcar os conhecimentos fundamentais dessas áreas.

OS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• O processo de socialização e as instituições sociais;

• Cultura e indústria cultural;

• Trabalho, produção e classes sociais;

• Poder, política e ideologia;

• Direitos, cidadania e movimentos sociais.

CONTEÚDOS BÁSICOSDE CADA CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O processo de socialização e as instituições sociais:

- sociabilidade e isolamento social; - processo de socialização; - grupos sociais;

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- instituições sociais: familiar, escolar, religiosa, econômicas e jurídicas;

- instituições de ressocialização.

Cultura e indústria cultural:

� desenvolvimento antropológico do conceito de cultura;

� conceitos como etnocentrismo, estereótipo e preconceito;

� cultura nas diferentes sociedades;

� diversidade cultural e identidade;

� questões de gênero, culturas indígenas e afro-brasileiras;

� meios de comunicação de massa;

� sociedade de consumo;

� indústria cultural.

Trabalho, produção e classes sociais:

� o conceito de trabalho;

� o trabalho nas diferentes sociedades: tribal, escravista, feudal, capitalista, socialista e comunista;

� o processo de trabalho e a desigualdade social;

� desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais etc.;

� globalização e mundialização do capital;

� questões de gênero, culturas indígenas e afro-brasileiras;

� meios de comunicação de massa;

� sociedade de consumo;

� indústria cultural.

Trabalho, produção e classes sociais:

� o conceito de trabalho;

� o trabalho nas diferentes sociedades: tribal, escravista, feudal, capitalista, socialista e comunista;

� o processo de trabalho e a desigualdade social;

� desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais etc.;

� globalização e mundialização do capital;

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� neoliberalismo;

� trabalho no Brasil.

Poder, política e ideologia:

� formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

� Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

� Estado no Brasil;

� conceitos de Estado, poder, ideologia, dominação e legitimidade;

� as expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

Direitos, cidadania e movimentos sociais:

� direitos: civis, políticos e sociais;

� direitos humanos;

� conceito de cidadania;

� movimentos sociais: urbanos, rurais, ambientalistas, estudantis etc.

Lembramos que o contexto do surgimento da sociologia e as teorias

sociológicas devem ser trabalhadas inseridas em todos os conteúdos e em todas

as anos, dialogando com as temáticas elencadas. Considera-se relevante no

exercício pedagógico da Sociologia manter no horizonte de análise tanto o

contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos clássicos tradicionais,

quanto teorias sociológicas mais recentes. Os elementos básicos das teorias de

Durkheim, Weber e Marx precisam ser desenvolvidos levando-se em

consideração o recorte temporal no qual se erige a Sociologia. Isso requer

aretomada do histórico da disciplina em cada teoria trabalhada.1

Desafios socioeducacionais que devem ser articulados aos conteúdos, com

respaldo nas seguintes legislações:

- História do Paraná 13381/01

1 O quadro de conteúdos básicos foi sistematizado pela equipe disciplinar do Depto. Educação

Básica (DEB/SEED) a partir das discussões realizadas com todos os professores do Estado do Paraná nos eventos de formação continuada ocorridos ao longo de 2007 e 2008, tais como o DEB Itinerante (Seed, 2008, p.106).

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- Lei Federal nº 9795/99, Dec. 4201/02 - Educação Ambiental;

- Lei Estadual nº 17505/13 – Educação Ambiental;

- Lei Federal nº 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira;

- Lei Federal nº 11.645/08 - História e Cultura Afro-brasileira e Indígena;

- Instrução nº 17/16 SUED/SEED – História e Cultura Afro-brasileira;

- Lei Federal nº 10741/03 - Estatuto do Idoso;

- Lei Estadual nº 17858/13 – Política de proteção ao Idoso;

- Lei Federal nº 11340/06 - Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e

familiar contra a mulher;

- Lei Federal nº 18447/15 - Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas;

- Lei Estadual nº 16.454/10 de 17 de maio de 2010, Resolução nº. 12, de 16 de

janeiro de 2016 - Dia Estadual de Combate a Homofobia;

- Lei Federal 11525/07 - Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o

Adolescente;

- Lei Estadual nº 17335/12 – Programa de Combate ao Bullying;

- Lei Federal nº 11947/09 – Educação alimentar e nutricional.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para o desenvolvimento da disciplina de Sociologia no Ensino Médio, os

conteúdos estruturantes e os conteúdos básicos devem ser tratados de forma

articulada. As Diretrizes Curriculares sugerem que se organizem os conteúdos da

maneira como eles estão apresentados na lista de conteúdos básicos (vide anexo

das Diretrizes Curriculares, p.106-110), ressaltando que esses se desdobram em

conteúdos específicos, próprios da contextualização dos fenômenos estudados.

Para que a proposta curricular de Ciências Humanas e suas Tecnologias

se concretize, torna-se necessário que haja uma ligação entre os objetivos a

serem atingidos e a metodologia necessária para alcançá-las. A metodologia a

ser aplicada deverá ser sempre voltada para facilitar o processo ensino-

aprendizagem.

Trata-se de propiciar ao aluno do Ensino Médio os conhecimentos

sociológicos, de maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado

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em relação às determinações históricas nas quais se situa e, também,

fornecendo-lhe elementos para pensar possíveis mudanças sociais. Pelo

tratamento crítico dos conteúdos da Sociologia clássica e da contemporânea,

professores e alunos são pesquisadores, no sentido de que estarão buscando

fontes seguras para esclarecer questões acerca de desigualdades sociais,

políticas e culturais, podendo alterar qualitativamente sua prática social.

O Livro Didático Público de Sociologia é outro importante suporte teórico e

metodológico desta disciplina e constitui um ponto de partida para professores e

alunos. Assim como qualquer material pedagógico, o livro didático não esgota ou

supre todas as necessidades que o ensino da Sociologia requer no Ensino Médio.

O Livro Didático Público, no Paraná, foi elaborado por professores da rede pública

e é um material aberto a críticas e contribuições de todos queassumem a tarefa

de fazer da Sociologia uma área de estudo e, ao mesmo tempo, acessível à

população que dela mais necessita.

O professor deverá participar do processo como facilitador e para isso a

pesquisa deverá ter papel fundamental, onde o professor lançarámão em alguns

recursos como: pesquisa de campo, bibliografias, roda de debates, dinamize

grupos, quadros comparativos, elaboração de charges, teatros, palestras e

atividades culturais, de modo que o aluno possa aprender e apreender melhor os

conteúdos.

O conhecimento sociológico deverá ir muito além da definição,

classificação, descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da

realidade social. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e

explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, desconstruindo pré-

noções e pré-conceitos que dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual

e de ações políticas direcionadas à transformação social.

Os desafios sócioeducacionais contemporâneos na disciplina expressam

conceitos e valores básicos à democracia e à cidadania e obedecem a questões

importantes e urgentes para a sociedade contemporânea. A ética, o meio

ambiente, a saúde, o trabalho e o consumo, a orientação sexual e a pluralidade

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cultural não são disciplinas autônomas, mas temas que permeiam todas as áreas

do conhecimento.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA

A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se

numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam

afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula.

Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e

articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática

avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como

irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma

maior participação na sociedade.

Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e

ilustrada, a avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de

crescimento da percepção da realidade à volta do aluno e faz do professor, um

pesquisador.

De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando

aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas, e também as que

apresentaram dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado.

Nesses termos, a avaliação formativa deve servir como instrumento das

informações colhidas, tal como propõe a Pedagogia Histórico-Crítica vigente em

nossas Diretrizes. A avaliação também se pretende continuada, processual, por

estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e possibilitar a

constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de

ensino-aprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por

posições teóricas e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais

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concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos, possibilitando uma

ação transformadora do real.

Das informações colhidas, tal como propõe a Pedagogia Histórico-Crítica

vigente em nossas Diretrizes. A avaliação também se pretende continuada,

processual, por estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e

possibilitar a constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e

aprendizagem.

A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de

ensino-aprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por

posições teóricas e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais

concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos, possibilitando uma

ação transformadora do real.

As formas de avaliação em Sociologia acompanham as próprias práticas

de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates,

que acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de

campo, seja a produção de textos que demonstrem capacidade de articulação

entre teoria e prática, enfim várias podem ser as formas, desde que se pretende

atingir, no sentido da apreensão/compreensão e reflexão dos conteúdos pelo

aluno.

Deverá ser contínua, diagnosticando a sua real aprendizagem, bem como

as suas dificuldades durante todo o percurso e desta forma, o professor

perceberá quando o aluno sentir dificuldades e assim poderá fazer novas

intervenções em cada etapa do processo, utilizando outros métodos, para que o

aluno possa atingir o objetivo primordial da apropriação do conhecimento.

A disciplina de Sociologia seguirá o Projeto Político Pedagógico do colégio

em relação a avaliação, no qual o resultado será traduzido em forma de notas, em

algarismos, compreendido entre 0,0 (zero) a 10,0 (dez) que poderá ser obtido de

forma somatória e/ou média aritmética conforme o Regimento Escolar vigente. Ao

final do ano letivo será calculada a Média aritmética dos 4 (quatro) bimestres,

devendo para a aprovação, ser igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), com

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frequência igual ou superior a 75%, para o Fundamental, Médio e Subsequente.

Após verificar que o aluno não atingiu os objetivos propostos, são realizadas

intervenções pedagógicas para realização da Recuperação Paralela, através de

revisão e retomadas dos conteúdos, metodologias e abordagens diferenciadas,

como: tarefas, pesquisas, exposição de trabalhos, aulas práticas com explicação

do professor, trabalhos em grupo para que um colega possa também auxiliar o

outro que tenha mais dificuldade, prova oral e escrita, valorização do progresso

do aluno.

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