Guia Prático para cuidar da Osteoporose · Dados estatísticos Nove em cada 10 mulheres ......

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Índice

Definição...........................................................

Dados estatísticos............................................

pg 03

pg 06

Causas e fatores de risco................................ pg 09

Tratamentos..................................................... pg 14

Atividades físicas e osteoporose..................... pg 15

Nutrientes recomendados............................... pg 17

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Definição

A Osteoporose (OP) é uma desordem esquelética crônica e progressiva de origem multifatorial que acomete pessoas idosas, tanto homens quanto mulheres, geralmente após a menopausa.

Caracteriza-se por um comprometimento da resistência óssea predispondo a um aumento de risco de fratura, à dor, à deformidade e à incapacidade física, sendo uma das doenças osteometabólicas mais comuns em países desenvolvidos.

As fraturas osteoporóticas afetam qualquer parte do esqueleto, exceto o crânio. Ocorrem mais comumente na porção distal do antebraço, vértebras toráxicas e no fêmur proximal. É comum conceituar OP como sendo sempre o resultado da perda óssea.

Entretanto, uma pessoa que não alcançou seu pico máximo durante a infância e a adolescência, por desnutrição ou anorexia nervosa, por exemplo, pode desenvolver OP sem ocorrência da perda óssea acelerada.

Portanto, otimizar o pico de massa óssea na infância e adolescência é tão importante quanto a perda óssea no adulto.

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Definição

A OP é classificada como primária, subdividida em tipos I e II, ou secundária:

PRIMEIRA TIPO 01:

SEGUNDO TIPO 02:

PREDOMINANTES EM MULHERES, ASSOCIADA À MENOPAUSA

PERDA ACELERADA DO OSSO TRABECULAR

FRATURAS VERTEBRAIS COMUNS

OCORREM TANTO EM MULHERES QUANTO EM HOMENS IDOSOS

COMPROMETE OSSOS CORTICAL E TRABECULAR

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• Endocrinopatias (tiretoxicose, hiperparatireoidismo, e hiponogranismo);

• Fármacos (glicocorticóides, antiácidos contendo alumínio, hormônio tireodiano, anticonvulsivantes, ciclosporina A);

• Doenças genéricas (osteogenesis imperfecta);

• Artrite reumatóide;

• Doenças gastrintestinais;

• Transplante de órgãos;

• Imobilização prolongada;

• Mieloma múltiplo;

• Câncer de mama;

• Anemias crônicas;

• Mastocitose.

SECUNDÁRIAS:

OCORRÊNCIA DE FRATURAS VERTEBRAIS E DE FÊMUR SECUNDÁRIO

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Dados estatísticos

Nove em cada 10 mulheres brasileiras não consomem a quantidade adequada de cálcio para manter uma boa saúde dos ossos;

10 milhões de brasileiros sofrem de osteoporose. Uma a cada três mulheres com mais de 50 anos tem a doença. 75% dos diagnósticos são feitos somente após a primeira fratura;

No Brasil, a cada ano, ocorrem cerca de 2,4 milhões de fraturas decorrentes da osteoporose. Cerca de 200 mil pessoas morrem todos os anos em decorrência destas fraturas.

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Dados estatísticos

Para as mulheres acima dos 50 anos, a recomendação para a ingestão de cálcio é de 1.000 mg por dia;

As mulheres, principalmente na menopausa, necessitam ingerir cálcio na quantidade recomendada para manterem os ossos fortes e evitar as fraturas;

As mulheres na menopausa são as mais atingidas pela doença, devido à queda brusca do estrógeno;

Ossos mais afetados nas fraturas: fêmur, coluna vertebral, ombros e punhos;

Aproximadamente 1,6 milhões de fraturas de quadril ocorrem no mundo a cada ano. O mesmo ocorre no Brasil. Em 2050, esse número pode atingir entre 4,5 a 6,3 milhões.

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Nas mulheres com mais de 45 anos, o número de dias passados em hospitais por causa de fratura em função da osteoporose é superior ao induzido por doenças como diabetes e infarto do miocárdio;

É estimado que apenas uma em cada quatro fraturas receba o tratamento adequado;

Nos pacientes com correção cirúrgica de fratura de fêmur por osteoporose, apenas 13,3% são encaminhados ao tratamento da doenças. Isso implica na ocorrência de novas fraturas;

O risco de novas fraturas vertebrais em mulheres que já apresentam fraturas prévias é de 27% em cada ano após a primeira fratura;

Classifica-se osteopenia quando a massa óssea é de 10% a 25% menor que a considerada normal. Mais do que isso, classifica-se como osteoporose;

33% das mulheres maiores de 55 anos apresentam osteopenia;

Um em cada cinco homens tem osteoporose;

45+

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CAUSAS E FATORES DE RISCO

A OP surge por vários motivos:

• menopausa;

• idade avançada;

• fatores genéticos e ambientais;

• doenças crônicas e hormonais;

• histórico familiar;

• constituição física magra;

• baixa ingestão de cálcio;

• falta de exposição a luz solar;

• sedentarismo;

• quantidade inadequada de Vitamina D no organismo;

• fumo e consumo excessivo de álcool, café e sal.

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OSTEOPOROSE E MENOPAUSA

A relação da osteoporose com a menopausa pode ser explicada pelo declínio dos hormônios ovarianos.

Com a redução da quantidade de estrógeno no organismo, há um desequilíbrio no metabolismo ósseo, levando a uma maior perda de massa óssea com relação ao ganho.

Dessa forma, os ossos ficam mais frágeis e suscetíveis a quebras. O processo de menopausa em si já é um fator de risco para osteoporose.

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OSTEOPOROSE, RISCO DE QUEDA E FRATURA

A incidência de quedas e a severidades das complicações aumentam com a idade, comprometendo progressivamente a independência funcional.

Estudos apontam que a incidência das fraturas osteoporóticas está aumentando. Estima-se que em 2050 elas atingirão mais de 6 milhões de pessoas em todo o mundo.

As mulheres são mais frágeis que os homens em todas as idades, por esse motivo as quedas e fraturas de quadril no sexo feminino são 2 a 3 vezes superiores às verificadas nos homens.

Cerca de 70% das fraturas ocorridas em pessoas com mais de 45 anos são correlacionadas com OP. A maioria dessas lesões ocorrem em mulheres.

Mais da metade das mulheres na menopausa desenvolverá fraturas espontâneas como resultado da Osteoporose.

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QUADRO CLÍNICO

Geralmente a OP é assintomática. Os pacientes tomam conhecimento da doença quando ocorre uma fratura ou o médico observa alteração em exame de radiografia ou densitometria óssea (DMO).

Os locais de maior ocorrência de fraturas de baixo impacto são vértebras, punho e região proximal do fêmur. As fraturas de fêmur são facilmente diagnosticadas; entretanto, só 30% dos pacientes com fraturas vertebrais procuram atendimento médico.

Os mais jovens fraturam o punho ao tentarem diminuir o impacto da queda. Mais tardiamente, ocorrem as fraturas de vértebras e, geralmente após os 70 anos, as femorais, quando, então, o indivíduo já não apresenta reflexos posturais adequados, caindo sentado.

A maioria das fraturas vertebrais ocorre nas vértebras torácicas inferiores ou lombares superiores, provocadas por mínimos traumas, como, ao inclinar-se para frente para pegar um objeto, levantar um peso maior, tossir, sentar-se abruptamente ou até pequenas quedas. A dor por compressão vertebral é aguda, de forte intensidade, permanecendo por 6 a 8 semanas, e é evidenciada pela digitopressão da área comprometida.

O colapso vertebral progressivo acaba produzindo hipercifose (corcunda ou corcova de viúva), diminuição da altura e da lordose natural lombar.

A dor, a hipercifose, a perda de altura, a restrição dos movimentos respiratórios e a compressão gástrica são consequências da fratura vertebral.

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DIAGNÓSTICO E MONITORAMENTO DA OSTEOPOROSE

O exame clínico é pouco significativo para o diagnóstico da osteoporose em suas fases iniciais.

Porém, a investigação clínica dos fatores de risco é fundamental para identificar possíveis vítimas e alguns exames complementares podem ajudar nesse diagnóstico, sendo os mais comuns a radiografia e a densitometria óssea.

A DMO é eficaz no diagnóstico da Osteopenia, condição que antecede a Osteoporose.

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Tratamentos

1. Medidas Farmacológicas: existem várias opções de medicamentos que auxiliam no tratamento da Osteoporose. O tipo de medicamento, assim como sua dosagem, devem ser estabelecidos após consulta e diagnóstico feito por médico especialista. Não é o objetivo desse e-book focar nas medidas farmacológicas.

2. Medidas não-farmacológicas: a prevenção da OP e das fraturas consequentes apoiam-se em um tripé: nutrição adequada, bons hábitos de vida, incluindo exercícios físicos e evitando alcoolismo e tabagismo.

3. Controle do ambiente para prevenção de quedas.

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Atividade física e osteoporoseAs estratégias preventivas da Osteoporose devem ter 3 objetivos:

1. Aumentar a massa óssea durante e imediatamente após os períodos de crescimento, maximizando o pico da massa óssea;

2. Manter ou desacelerar a taxa de perda da massa óssea durante a vida adulta;

3. Diminuir os índices de propensão às quedas em adultos e idosos.

Além de melhorar a autoestima, a autonomia funcional e a consequente qualidade de vida, a prática de exercícios físicos provê um método auxiliar para prevenção e tratamento da Osteoporose.

Atletas e pessoas ativas tendem a possuir densidade óssea mais elevada do que a população em geral, o que pode servir como modelo para avaliação dos efeitos de diferentes programas de exercícios na DMO. Consequentemente, atividades como o ciclismo, natação ou hidroginástica não seriam as mais indicadas para promover o aumento da densidade óssea.

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Atividade física e osteoporose

Vale ressaltar que a prevenção da osteoporose não deveria se limitar às intervenções realizadas na idade adulta. Aumentos, mesmo que moderados, no volume de atividades físicas em crianças estão associados a maiores DMO em todos os ossos do corpo, podendo trazer esses benefícios até a velhice.

Já a prática de exercícios a partir da idade adulta, embora possibilite ganhos expressivos, tem um efeito menor em relação à diminuição dos riscos para o desenvolvimento da doença e a incidência de fraturas a ela associadas.

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Nutrientes recomendados

Crianças e adolescentes em fase de crescimento, além de gestantes e indivíduos acima de 50 anos ou com indícios de osteoporose devem ingerir entre 1.200 e 1.500 mg de cálcio por dia, enquanto adultos jovens saudáveis e crianças até 10 anos necessitam entre 800 e 1.000 mg diariamente. A principal fonte de cálcio alimentar é o leite e seus derivados.

O consumo de pelo menos cinco porções diárias de frutas e vegetais, já atinge a quantidade recomendada de ingestão de vitamina C.

ALIMENTOS FONTE DE VITAMINA K:

COUVE BRÓCOLIS COUVE-FLOR ACELGA

ESPINAFRE ALFACE ASPARGO CENOURA OVOS

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PROTEÍNAS:

CARNES MAGRAS

LEITES E DERIVADOS

SOJA LEGUMINOSAS

VITAMINA D:

PEIXES LEITES E DERIVADOS

OVOS

corpo produz através da exposição solar

VILÕES NO COMBATE À OSTEOPOROSE:

ÁLCOOL CAFEINAS FUMO

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Fontes de informações:

• Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterapia. Silva, Sandra M. C. S; MURA, Joana d´arc P.

• Envelhecimento: Promoção da Saúde e Exercício Volume 2. FARINATTI, P. T. V.

• Tratado de Geriatria e Gerontologia. Freitas, E.V.; Py, L.