História e Dinâmicas do Instituto de Pesquisa Social

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Roteiro de uma aula do curso de Teoria da Comunicação do Prof. Fábio Fonseca de Castro, Facom-UFPA; 2009.hupomnemata.blogspot.com

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A Teoria Crítica História e dinâmicas do Instituto de

Pesquisa Social

Aula 22 do curso de Teoria da Comunicação.Prof. Dr. Fábio Fonseca de Castro,

Faculdade de Comunicação da UFPA,Dezembro de 2009

1922Semana de Estudos Marxistas, organizada por Felix Weil e da qual participaram grandes nomes da reflexão marxista, como Georg Lukács, Karl Korsch, Friedrich Pollock e Karl August Wittfogel, dentre outros.

1923No dia 3 de fevereiro oficialmente criado o Institut für Sozialforschung, vinculado à Universidade de Frankfurt. No ano seguinte inaugura a sua sede.

1930Max Horkheimer, jóvem filósofo que havia assumido a cadeira de “Filosofia Social”, se torna diretor do Instituto, substituindo Karl Grünberg. Há três anos desempenhava essa função na prática.

1932Criada a revista do Instituto, a “Zeitschrift für Sozialforschung” (Revista de Pesquisa Social), centrada numa perspectiva sociológica. Ela substituiu uma revista anterior, mais voltada para os aspectos históricos do mundo do trabalho. Será editada até 1941.

Max Horkheimer desenvolvia um trabalho rigoroso e crítico, com o qual conseguia aglutinar vários intelectuais ao Instituto.

Dentre eles Wittfogel, Fromm, Gumperz e vários outros, além de alguns de sua mesma geração, como Pollock, Adorno e Marcuse.

1931Como o fenômeno do nacional-socialismo (nazismo) vai se ampliando, Horkheimer, percebendo seu potencial desdobramento, cria filiais do Instituto em Genebra, Londres e Paris. Também transfere a sede da revista para essa última cidade.

1933O nazismo decreta o fechamento do Instituto por “atividades hostis ao estado”. Confisca seu prédio e os 60 mil volumes da sua biblioteca.

1934Aberta a filial de Nova York. O Instituto se vincula à Universidade de Columbia. Vários intelectuais vinculados a ele, como Adorno e Marcuse, emigram para os EUA. Outros, como Walter Benjamin, Maurice Halbwachs e Ernest Bloch permanecem na Europa. Dos três, apenas o último conseguiria escapar da guerra.

1936Horkheimer e Fromm publicam “Estudos sobre autoridade e família”, resumo das investigações do Instituto ainda em seu período europeu.

1937Horkheimer publica o ensaio “A teoria crítica e a teoria tradicional”, que tornará um dos pilares da Teoria Crítica.

Enquanto isso, na Europa...

1947Horkheimer e Adorno publicam “Dialética do Esclarecimento”, cujo tema central é o processo pelo qual o capitalismo condena à morte a razão kantiana.

Na verdade, a obra representa uma passagem, dos dois autores, na direção de uma superação das limitações objetivistas colocadas tanto pelo materialismo histórico como pelos positivismos e funcionalismos, tão presentes na cena intelectual norte-americana.

1950Instituto retorna a Frankfurt. Horkheimer e Adorno se tornam professores catedráticos da universidade e recebem de volta a sede do prédio, que é restaurada.

Marcuse permaneceu na California.

1967O movimento estudantil fundamenta suas posições na Teoria Crítica, mesmo que os pensadores do Instituto não aceitem, em geral, essa “paternidade”.

Horkheimer se aposenta

em 1967. Adorno morre

em 1969.

Uma nova geração assume a herança crítica, mas seu desafio é superar o desencanto e o niilismo da crítica à razão instrumental...