HISTÓRIA 7º ANO · c) de todo o território da América portuguesa, onde era fácil obter mão de...

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HISTÓRIA 7º ANOENSINO FUNDAMENTAL

PROF.ª PETTY RIBEIRO

PROF. JOSINO MALAGUETA

Unidade IVProdução, Circulação e Trabalho

CONTEÚDOS E HABILIDADES

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Aula 22ConteúdoEconomia e sociedade colonial açucareira

CONTEÚDOS E HABILIDADES

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Habilidades • Identificar quais medidas a Coroa Portuguesa adotou

para atingir seus objetivos. • Distinguir a economia açucareira da pecuária no

Nordeste durante o período colonial. • Identificar as características da pecuária no processo de

colonização do Brasil.

CONTEÚDOS E HABILIDADES

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A economia açucareira • No Brasil corresponde ao período colonial

do século XVI. O açúcar representou a primeira riqueza produzida no país, acompanhada da ocupação do mesmo. Deu origem às três primeiras capitanias: Pernambuco, Bahia e São Vicente. Localizadas nas costas litorâneas do território, fizeram com que o Brasil se tornasse o maior produtor e exportador de açúcar da época.

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• Pernambuco era a capitania mais rica, tinha as maiores fazendas e era a mais poderosa. Desse estado saiu a maior produção de açúcar do mundo. Essas plantações ficaram conhecidas como “plantation”, pois eram grandes fazendas que produziam apenas uma cultura (monocultura) e sua produção era totalmente voltada ao comércio exterior.

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• O pacto colonial assegurava que tudo que fosse produzido no Brasil seria comercializado com a metrópole portuguesa e assim foi estabelecido um monopólio comercial dos portugueses, que puderam comercializar com outros países europeus e ficar com a maior parte dos lucros. Ou seja, a colônia produzia, entregava sua produção a preços baixos e comprava os escravos a preços altos. Portugal sempre ficava ganhando em qualquer negociação.

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• Os escravos eram trazidos da África através de navios negreiros, chegando em péssimas condições, doentes ou resultando na morte de alguns. As condições climáticas favoreceram o cultivo de cana e as regiões em que essa cultura se desenvolveu proporcionaram praticidade para o transporte desses seres humanos.

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O Engenho • Para que o caule da cana fosse transformado no açúcar

a ser consumido em diferentes partes da Europa, era necessário que várias instalações fossem construídas. Mais conhecidos como engenhos, tais localidades eram compostas por uma moenda, uma casa das caldeiras e das fornalhas e a casa de purgar. Com o desenvolvimento da economia açucareira, os engenhos se espalharam de forma relativamente rápida no espaço colonial, chegando a contar com 400 unidades no começo do século XVII.

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• Após a colheita, a cana-de-açúcar era levada à moenda para sofrer o esmagamento de seu caule e a extração do caldo. Em sua grande maioria, as moendas funcionavam com o uso da tração animal. Também conhecida como trapiche, esse tipo de moenda era mais comum por conta dos menores gastos exigidos para a sua construção. Além do trapiche, haviam as moendas movidas por uma roda-d’água que exigiam a dificultosa construção de um canal hidráulico que pudesse movimentá-la.

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• Feito o recolhimento do caldo, o produto era levado até a casa das caldeiras e fornalhas, onde sofria um longo processo de cozimento realizado em grandes tachos feitos de cobre. Logo em seguida, o melaço era refinado na casa de purgar, lugar onde a última etapa de refinamento do açúcar era finalmente concluída. O beneficiamento completo do açúcar era realizado em terras brasileiras pelo fato de Portugal não possuir refinarias que dessem fim ao serviço.

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1. Nos primórdios do sistema colonial, as concessões de terras efetuadas pela metrópole portuguesa objetivaram tanto a ocupação e o povoamento como a organização da produção do açúcar, com fins comerciais.Identifique a alternativa correta sobre as medidas que a Coroa portuguesa adotou para atingir esses objetivos.a) Dividiu o território em capitanias hereditárias, cedidas

aos donatários, que, por sua vez, distribuíram as terras em sesmarias a homens de posses que as demandaram.

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b) Vendeu as terras brasileiras a senhores de engenho já experientes, que garantiram uma produção crescente de açúcar.

c) Dividiu o território em governações vitalícias, cujos governadores distribuíram a terra entre os colonos portugueses.

d) Armou fortemente os colonos para que pudessem defender o território e regulamentou um uso equânime e igualitário da terra entre colonos e índios aliados.

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e) Distribuiu a terra do litoral entre os mais valentes conquistadores e criou engenhos centrais que garantissem a moenda das safras de açúcar durante o ano inteiro.

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2. Com relação à economia do açúcar e da pecuária no Nordeste durante o período colonial, é correto afirmar que:

a) por serem as duas atividades essenciais e complementares, portanto as mais permanentes, foram as que mais usaram escravos.

b) a primeira, tecnologicamente mais complexa, recorria à escravidão, e a segunda, tecnologicamente mais simples, ao trabalho livre.

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c) a técnica era rudimentar em ambas, na agricultura por causa da escravidão, e na criação de animais por atender ao mercado interno.

d) tanto em uma quanto em outra, desenvolveram-se formas mistas e sofisticadas de trabalho livre e de trabalho compulsório.

e) por serem diferentes e independentes uma da outra, não se pode estabelecer qualquer tentativa de comparação entre ambas.

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A agropecuária e o mercado interno

• Nesse cenário a atividade pecuarista também começou a ganhar espaço com a importação de algumas reses utilizadas para o trabalho nos engenhos de açúcar.

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Com o passar do tempo, o crescimento do rebanho de gado acabou causando problemas no interior das plantações de açúcar, que tinham parte de sua plantação destruída pela ação desses animais. Com isso, o lucro a ser alcançado com a produção açucareira se incompatibilizava com a incômoda presença do gado dentro das fazendas.

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• A questão chegou a ser tratada pelas autoridades metropolitanas, que estabeleceram um decreto que proibia a realização de qualquer atividade pecuarista nas regiões litorâneas do Brasil. A medida, apesar de seu caráter visivelmente restritivo, acabou impulsionando a criação de gado no interior do território de forma extensiva com o uso de pastagens naturais. Segundo algumas estimativas, no século XVII, a atividade alcançava várias regiões nordestinas e contava com mais de 600 mil cabeças.

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• Além de se constituir enquanto uma atividade econômica alternativa aos projetos de exploração colonial, a pecuária também instituiu novas relações de trabalho alheias ao uso da mão de obra escrava. Geralmente, a pecuária necessitava de um pequeno número de trabalhadores e tinha sua mão de obra composta por trabalhadores livres de origem branca, negra, indígena ou mestiça. Além disso, o pagamento pelos serviços prestados era comumente realizado com o repasse de novos animais que surgiam no rebanho.

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• Além de ocupar uma importante posição no ambiente colonial, a expansão da pecuária foi de grande importância no processo de ampliação do território. Paralelamente, após a decadência da atividade mineradora no interior, a pecuária também se consolidou como uma nova atividade que substituiria o vazio econômico deixado pelo escasseamento das minas.

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A produção de alimentos • Com o passar do tempo, os

europeus foram conhecendo os ameríndios, os seus costumes e a alimentação dos nativos. Gradativamente, parte da cultura indígena foi apropriada pelos brancos, para que esses pudessem se adaptar e sobreviver em um local tão distante de sua terra natal.

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Assim sendo, os portugueses tiveram que aderir à dieta alimentar indígena, que lhes era bastante estranha. Vejamos abaixo como era a alimentação dos colonos e dos índios aqui no Brasil entre os séculos XVI e XVII.

• Sabemos que a caça, a pesca e a coleta de frutos e raízes eram a base da alimentação dos povos indígenas, sobretudo das nações Tupi e Guarani, as que tiveram maior contato com o europeu.

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• Alguns pratos indígenas à base de mandioca são consumidos até os dias de hoje, como, por exemplo, a Tapioca, um tipo de pão feito com fécula da mandioca.

• Aos ingredientes indígenas, os portugueses adicionaram o sal, o azeite, e o açúcar, temperos ainda desconhecidos dos índios.

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• Os portugueses trouxeram para cá o vinho, o azeite, a cebola, o bacalhau, o queijo, o trigo, que foi substituído pelo uso da farinha de mandioca e de milho, além das especiarias citadas acima. O sal, o açúcar, a pimenta e outros condimentos, contudo, só chegavam até às mesas dos colonos mais abastados.

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• Na Casa Grande dos engenhos coloniais comia-se carnes de animais criados na fazenda, tais como galinhas, carneiros e perus. Peixes salgados, pescados no mar ou nos rios, legumes, hortaliças e frutas em abundância, cultivadas em hortas e pomares. Os talheres - faca, garfo e colher - eram raros e tornaram-se mais comuns entre a elite colonial no século XIX, após a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil que trouxe para cá diversos costumes europeus. Somente as famílias mais abastadas os utilizavam, já que utensílios de porcelana e talheres de prata eram artigos de luxo, importados da Europa ou das Índias.

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Os mais humildes pegavam a comida com as próprias mãos em pratos feitos de cerâmica, sentados em bancos de madeira bastante rústicos.

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1. Todas as alternativas apresentam afirmações corretas sobre a atividade pecuária no processo de colonização no Brasil, exceto:a) Constituiu-se numa atividade subsidiária de grande

lavoura.b) Criou núcleos urbanos destinados ao comércio do

couro.

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c) Destinou grande parte da produção de charque para o mercado externo.

d) Foi um dos elementos importantes na interiorização da colonização.

e) Produziu a figura do vaqueiro, um trabalhador livre geralmente pago em espécie.

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2. “Os que trazem [o gado] são brancos, mulatos e pretos, e também índios, que com este trabalho procuram ter algum lucro. Guiam-se indo uns adiante cantando, para serem seguidos pelo gado, e outros vêm atrás das reses, tangendo-as, tendo o cuidado para que não saiam do caminho ou se amontoem”.

(ANTONIL, Cultura e opulência do Brasil, 1711.)

O texto expressa uma atividade econômica característicaa) do sertão nordestino, dando origem a trabalhadores

diferenciados do resto da colônia.

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b) das regiões canavieiras onde se utilizava mão de obra disponível da entressafra do açúcar.

c) de todo o território da América portuguesa, onde era fácil obter mão de obra indígena e negra.

d) das regiões do nordeste, produtoras de charque, que empregavam mão de obra assalariada.

e) do sul da colônia, visando abastecer de carne a região açucareira do Nordeste.

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