Post on 17-Apr-2015
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SOCIOLOGIA
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TEMPOS NERVOSOSGeorg Simmel
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A Modernidade, incontestavelmente, mudou o ritmo da produção.
Mas não só isso:Mudou o ritmo das ruas, das cidades, da
vida.
Na verdade, tudo foi se acelerando.
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EXEMPLOS
As formas de entretenimento são bons exemplos:
A quietude exigida pela leitura contrasta radicalmente com a velocidade do
cinema de ação.
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PERCEPÇÃO
Nossa capacidade de percepção também se alterou:
Pense na quantidade de variáveis em que você precisa prestar atenção enquanto joga videogame.
Não por acaso, as habilidades dos jovens do século XXI mudaram: falam ao telefone, checam e-mails,
escutam música e fazem o dever de casa ao mesmo tempo!
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MISSÃO IMPOSSÍVEL IV: PROTOCOLO FANTASMA
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O SÉTIMO SELODIÁLOGO DE ANTONIUS BLOCK COM A MORTE
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INTENSIFICAÇÃO DA VIDA NERVOSA
Simmel formulou um conceito que nos ajuda a pensar na aceleração do cotidiano e em suas
consequências psíquicas:
O conceito de intensificação da vida nervosa.
No contexto da cidade, dizia ele, somos frequentemente expostos a estímulos que acabam
exigindo de nós uma sensibilidade específica.
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RITMO ACELERADO
Temos que ser capazes de nos concentrar, de manter um ritmo acelerado de produção e de
nos adequar a um tempo marcado por um “calendário estável e impessoal”.
Os avanços tecnológicos e a racionalização da vida contribuem para que o cotidiano se torne
ao mesmo tempo mais simples e mais complicado.
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MAIS SIMPLES E MAIS COMPLICADO
Os automóveis e transportes coletivos foram inovações tecnológicas que
facilitaram a vida das pessoas nas cidades.
No entanto, essas mesmas tecnologias trouxeram novos desafios à vida
moderna, como os congestionamentos de
trânsito.
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SOCIALIZAÇÃO
Se você mora em uma cidade grande há muito tempo, dificilmente pensa, antes de sair de casa, no quanto é
complicado caminhar em meio a uma multidão apressada.
Mas para que isso não seja um problema, você precisou ser socializado, precisou adquirir certos saberes que
hoje são automáticos no seu comportamento.
Quais saberes são esses?
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“CHOQUES”
O que hoje já se tornou um comportamento em grande medida naturalizado foi objeto de reflexão das ciências e das artes na virada do
século XIX para o XX.
Cientistas, filósofos, literatos e poetas escreveram sobre os novos “choques” cotidianos e suas consequências para a
personalidade dos indivíduos.
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ATITUDE DE RESERVA
Para lidar com os novos estímulos, com a intensificação da vida nervosa, Simmel
argumentou que os habitantes das grandes cidades desenvolveram um comportamento a que chamou de
atitude de reserva.
Mas o que é atitude de reseva?
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Homens e mulheres urbanos, para preservar sua sanidade mental, acabam se fechando, se protegendo dos estímulos exteriores, se
distanciando das emoções cotidianas.
Aprendem a se tornar indiferentes àquilo que não lhes diz respeito diretamente, a
mergulhar em si mesmos, a prestar atenção apenas ao seu pequeno círculo de convívio.
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CONCLUINDO
A vida na metrópole acelerada seria marcada, portanto, pela pluralidade de experiências e pelo anonimato
das interações.
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FIM
BOMENY, Helena; FREIRE-MEDEIROS, Bianca. Tempos modernos, tempos de sociologia. São Paulo: Editora do Brasil, 2010. p. 49-51.