II Seminário Internacional Reestruturação e Regulação do Setor de Energia Elétrica e Gás...

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II Seminário InternacionalII Seminário Internacional““Reestruturação e Regulação do Setor de Energia Reestruturação e Regulação do Setor de Energia

Elétrica e Gás Natural”Elétrica e Gás Natural”

Sustentabilidade Organizacional: um Sustentabilidade Organizacional: um enfoque sobre Retorno do enfoque sobre Retorno do

Investimento e Alavancagem Investimento e Alavancagem Financeira do Setor Elétrico Financeira do Setor Elétrico

BrasileiroBrasileiro

Edilson Antonio CatapanCOPEL - catapan@copel.com

GESEL – UFRJ – Rio de Janeiro/RJ - 13 e 14.09.2007

Empresa a equação financeira para expansão e/ou manutenção da atividade produtiva depende da harmonia entre os

recursos operacionais, recursos de terceiros e os aportes de capital pelos

acionistas.

Estes recursos formam a estrutura econômico-financeira da empresa

======pré-requisito para a sustentabilidade

empresarial.

I - INTRODUÇÃOI - INTRODUÇÃO

Propõe-se neste artigo versar sobre temas inerentes à

desempenho econômico-financeiro, rentabilidade, retorno de

investimentos e endividamento, relativos às empresas do setor elétrico brasileiro, enfocando

aspectos relativos à sustentabilidade organizacional.

I - INTRODUÇÃOI - INTRODUÇÃO

II – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIROII – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

Retorno de um investimento para um acionista ou investidor, é

a recuperação do capital inicial investido ou aplicado, agregando-

se a este a correção monetária (inflação) mais os juros

pretendidos pelos proprietários.

II – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIROII – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

A decisão de financiamento condiciona a rentabilidade

auferida pelos investimentos da empresa, ou seja, quanto maior

for a diferença entre a rentabilidade dos investimentos e

o custo do capital, mais está se maximizando o valor da empresa

(COSTA, 2001).

II – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIROII – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

Rentabilidade sobre o patrimônio líquido (capital

próprio).

Lucro LíquidoRSPL= -----------------------------

Patrimônio Líquido

II – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIROII – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

O Retorno Sobre Patrimônio Líquido (Return on Equity-ROE) mede a rentabilidade do capital próprio investido na empresa, e

ele deve atender às expectativas de remuneração dos acionistas, representado

pelo Custo do Capital Próprio.

II – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIROII – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

Retorno sobre o patrimônio líquido – 1992 a 2004

-120,00%

-100,00%

-80,00%

-60,00%

-40,00%

-20,00%

0,00%

ANTES DURANTE DEPOIS

Retorno sobre patrimônio líquido nominal médio %aa

II – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIROII – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

Rentabilidade do PL

-50,0

-30,0

-10,0

10,0

30,0

50,0

2001 2002 2003 2004 2005 2006

Grupo Geradoras Grupo Transmissoras Grupo Distribuidoras Grupo Mistas Amostra Total

II – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIROII – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

  2001 2002 2003 2004 2005 2006

Grupo Geradoras 1,2 -9,5 6,7 3,6 5,9 4,3

Grupo Transmissoras 3,4 4,6 7,3 9,8 11,0 5,6

Grupo Distribuidoras -0,4 -47,2 8,1 9,5 22,0 18,0

Grupo Mistas 8,0 -12,7 12,0 14,2 19,8 21,3

Amostra Total 1,9 -16,7 7,8 6,9 12,2 10,2

II – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIROII – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

132,8 129,2

52,747,3

41,5 39,0 38,235,4

29,722,8

19,5 19,3

0

20

40

60

80

100

120

140

CP

FLP

IRA

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LPE

RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - 2006

II – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIROII – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

O relatório RE-SEB (COOPERS & LYBRAND, 1997), sugere que as taxas reais de retorno depois de

impostos sobre o patrimônio investido no setor elétrico sejam: 12-15% para geração; 10-12% para

transmissão; e 11-13% para distribuição.

II – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIROII – DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

Castro (2005) observa que, com o crescimento da demanda, valorização

do real e aumentos derivados do processo de revisão tarifária da

ANEEL, ocorreu forte melhoria na rentabilidade da empresas, fato que tende a agir positivamente sobre as

decisões de investimento das mesmas.

III – ENDIVIDAMENTOIII – ENDIVIDAMENTO

A alavancagem financeira diz respeito ao uso de recursos de terceiros para financiar as atividades da empresa. É

comum um projeto considerado inviável, com taxas de retorno abaixo do esperado, tornar-se viável quando

se consegue uma linha de financiamento a juros subsidiados

(KASSAI et al., 2000).

III – ENDIVIDAMENTOIII – ENDIVIDAMENTO

- A teoria sobre estrutura de capital indicaria que um certo grau de

endividamento, ou alavancagem financeira seria estimulado pelos

incentivos fiscais.

- Quanto maior a participação de capital de terceiros na empresa, maior

será o risco de não cumprir o pagamento da dívida, inclusive pelas

variações na taxas de juros.

III – ENDIVIDAMENTOIII – ENDIVIDAMENTO

  2001 2002 2003 2004 2005 2006

Grupo Geradoras 43,7 74,7 67,3 66,8 60,7 52,1

Grupo Transmissoras 3,4 4,0 3,8 1,8 0,7 2,6

Grupo Distribuidoras 137,6 226,5 187,0 178,7 138,8 115,7

Grupo Mistas 32,0 53,8 51,7 51,8 55,1 73,7

Amostra Total 61,4 98,0 85,6 83,4 74,6 67,3

Endividamento Financeiro do PL

III – ENDIVIDAMENTOIII – ENDIVIDAMENTO

Endividamento Financeiro do PL

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

2001 2002 2003 2004 2005 2006

Grupo Geradoras Grupo Transmissoras Grupo Distribuidoras Grupo Mistas Amostra Total

III – ENDIVIDAMENTO III – ENDIVIDAMENTO FINANCEIRO DO CAPITAL TOTAL 2006FINANCEIRO DO CAPITAL TOTAL 2006

79,8 79,1

74,2 72,6

64,0 61,4

56,7 55,9 55,6 54,5 54,5 53,6

0

10

20

30

40

50

60

70

80

CA

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IV – RESULTADOS DA ANÁLISE DE SOLVÊNCIAIV – RESULTADOS DA ANÁLISE DE SOLVÊNCIA

Resultados da Análise de Solvência – 1992 a 2004

-

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

ANTES DURANTE DEPOIS

Fator de Insolvência

V – CONSIDERAÇÕES FINAISV – CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Retorno Sobre Patrimônio Líquido (Return on Equity-

ROE) mede a rentabilidade do capital próprio investido na

empresa, e ele deve atender às expectativas de

remuneração dos acionistas, representado pelo Custo do

Capital Próprio.

V – CONSIDERAÇÕES FINAISV – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tema endividamento: considerado polêmico, porque alavanca-se a empresa para potencializar resultados e ampliar mercado e, insere-se a mesma em um cenário de incerteza/risco.

Faz-se necessária, uma avaliação da alavancagem financeira, dos custos de captação, dos cenários político e econômico, e da capacidade da empresa em honrar compromissos financeiros.

V – CONSIDERAÇÕES FINAISV – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Finalmente, os temas rentabilidade, desempenho

econômico-financeiro e endividamento, tendem a

influienciar diretamente sobre as decisões estratégicas e de

sustentabilidade das empresas.