Post on 19-Mar-2017
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Índice
1 Introdução.....................................................................03
1.1Semiologia gráfica.......................................................04
2 Elementos de linguagem visual....................................05
2.1 Ponto..........................................................................06
2.2 Linha..........................................................................09
2.3 Cor..............................................................................11
2.4 Forma ........................................................................14
2.5 Textura.......................................................................16
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Introdução
A Linguagem visual é aquela que articula palavras e informações a través de uma
imagem para comunicar uma ideia ou pensamento. A imagem é um código de
comunicação tanto quanto a escrita ou a comunicaçaõ verbal.
Se no processo da leitura ou da comunicação verbal há a todo momento a criação de
imagens verbais através do pensamento, da mesma forma acontece na direção oposta, a
imagem produz palavras , sons e também comunica através da sua linguagem.
Apartir deste conceito que se entende a "linguagem visual", os elementos da linguagem são
determinados através dos elementos de arte e princípios de design.
Veremos que a leitura das composições visuais não diferem em nada da extrutura da
linguagem escrita, pois também se apresentam de forma linear permitindo sua leitura.
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Semiologia gráfica e outras ciências
O que permitiu a leitura das imagens de forma mais abrangente, foram ás várias ciências
que surgiram e auxiliaram o estudo mais profundo das imagens.
A semiologia elaborada por Ferdinand de Saussure, é uma ciência geral que estuda todos
os sistemas de signos e todos os sistemas de comunicação, já a Semiologia Gráfica é uma
teoria do design de informação apresentado por Jacques Bertin em seu livro de 1967,
Semiologie Graphique. Esta teoria é considerada "um quadro para a análise e
representação de dados em papel.
Bertin (1967) afirma que toda e qualquer relação entre os objetos a serem representados
podem ser expressos por seis variáveis visuais; Bertin reconheceu seis variáveis visuais:
tamanho, tonalidade (valor), cor, forma, orientação e granulação. Mas geralmente, apenas
as quatro primeiras são utilizadas com maior freqüência.
A Gestalt também contribuiu muito para a leitura dos signos, ela afirma que o princípio de
que vemos as coisas sempre dentro de um conjunto de relações.
A Teoria da Gestalt afirma que a primeira sensação já é de forma, já é global e unificada.
Não vemos partes isoladas, mas relações. Para nossa percepção, que é resultado de uma
sensação global, as partes são inseparáveis do todo”.
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Os elementos da Linguagem Visual
Os elementos da linguagem visual foram determinados apartir da definição que todas as
imagens são formadas de diversos elementos comuns para serem construídas.
Ponto, linha, cor, forma, textura...
Se prestarmos atenção a um desenho, encontraremos todos estes elementos diluídos na
sua composição em maior ou menos escala. E através de um estudo sobre estes elementos
e seus aspectos simbólicos é possível definir um tipo de leitura destas imagens.
A seguir vou apresentar um resumo sobre cada um destes elementos e alguns aspectos
psicológicos relacionados a ciencia da Semiologia da Gestalt como já citadas
anteriormente. Este é o ponto de partida para qualquer estudante que deseja iniciar um
estudo mais profundo sobre as imagens como signos de leitura na comunicação.
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2.1 Ponto
Sendo o elemento visual mais simples e necessário, o ponto é uma forma visual que
também serve para definir outras formas bidimensionais ou tridimensionais que pode dar
sensação de proximidade ou ilusão de cor ou tom. “Quando fazemos uma marca, seja com
tinta, com uma substância dura ou com um bastão, pensamos nesse elemento visual com
um ponto de referência ou um indicador de espaço” .
Bueno (2008), considera que quando observamos, no céu imenso, um ponto de luz, ele nos
chama atenção, logo direcionamos fixamente nossos olhos, e surge sempre um
questionamento. Num papel vazio, temos a sensação de estar sempre procurando algo,
como se nossos olhos buscassem um lugar para se deterem. Um pequeno ponto já nos leva
a soltar nossa imaginação e viajar.
A figura é formada por uma sucessão de pontos ou pixels.
Isso sem dizer também que é com ele que tudo começa, ou seja, ao tocarmos o lápis no
papel, antes de qualquer outro movimento, num simples contato, encontramos um ponto.
Trabalhamos com ponto, podemos obter efeitos de luz e sombras, volume ou
profundidade.
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Gestalt é uma descrição geral para os conceitos que fazem a unidade e a variedade possível
em design. É uma palavra alemã que pode ser traduzido como "todo" ou "forma". Teoria da
Gestalt está envolvido com a percepção visual e psicologia da arte, entre outras coisas. Está
relacionada com a relação entre as peças e o total de uma composição.
Encerramento A mente fornece as peças que faltam em uma composição.
Continuação O olho continua na direção que vai
Similaridade O que um itens parece e como que os efeitos gestalt.
Proximidade Onde os itens estão em relação uns com os outros e como que os efeitos da
gestalt. Alinhamento Alinhando objetos para organizar e formar grupos.
Em artes gráficas, ponto é a medida na qual é fundido todo material tipográfico. Em
geometria ele é representado pelo cruzamento de duas linhas. Para ser usado como
elemento decorativo pode ser considerado em uma circunferência ou circulo de pequenas
dimensões.
Se o olhar percorre uma página vazia, limitado, logo que se encontra um ponto, vista fixa
sobre ele. Utilizado sozinho, o ponto nos da pouco efeito decorativo, mas repetido ou
combinado com outras figuras, ele pode nos oferecer um. O ponto é a representação da
partícula geométrica mínima da matéria e do ponto de vista simbólico, é considerado como
elemento de origem.
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Domingo na Ilha da Grande Jatte» de Georges Seurat
Como Elemento Visual, o ponto possui formato, cor, tamanho e textura. Suas
características principais são: Tamanho - devendo ser comparativamente pequeno, e o
Formato - devendo ser razoavelmente simples.
O ponto é a unidade de comunicação visual mais simples e irredutivelmente mínima.
Quando fazemos uma marca, seja com tinta, com uma substância rígida como um bastão,
pensamos nesse elemento visual como um ponto de referência ou um indicador de espaço.
Qualquer ponto possui um grande poder de atração visual sobre o olho, exista ele
naturalmente ou tenha sido colocado pelo homem em resposta a um objetivo qualquer.
Como Elemento Conceitual, um ponto indica posição. Não tem comprimento nem largura.
Pode representar o início e o fim de uma linha e está onde duas linhas se cruzam. Ele é um
“ser vivo”. A unidade mínima da presença. Estamos muito acostumados a usá-lo na escrita,
como agora, mas ele tem outras posições, além desta.
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2.2 Linha
Linha vem do latim linẽa, é um termo com multiplas acepções .Pode-se dizer que uma
linha nada mais é do que uma cadeia de pontos. Os pontos possuem grande poder de
atração visual sobre o olho.
A linha conduz o olhar para a direção que ela conduz, assim dependendo da linha ela pode
trazer diversos significados dentro de um glossário de subjetividades que englobam a
leitura visual
.
Na natureza, as formas arredondadas são mais comuns, pois, em estado natural, o mundo
os planetas e diversas outras formas se apresentam de forma arredondada. Já a reta e o
quadrado são mais raros, ainda que podemos citar a linha do horizonte.
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Como vimos também os pontos criam linhas imaginárias pois a visão tende a ligar os
pontos criando as linhas.
A proximidade de linhas na imagem cria uma ilusao na percepção que faz com que essas
partes pareça agrupada e unificadas produzindo fechamentos e criando formas.
Edvard Munch, O grito
O Grito de Edvard Munch não explora apenas a psicologia da cores do expressionismo,
mas também explora a sinuosidade das linhas para dar movimento a obra.
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2.3 Cor
A cor é um elemento fundamental na linguagem visual, a cor transmite mensagens e
sensações, a cor passa uma informação e traz sugestões psicológicas.
O impressionista no Século 17 foram os percussores de um tipo de pintura que explorava a
cor dos objetos em meio suas variações sob a exposição e influência da luz.
Impressão, Sol Nascente, de Monet (1872)
As cores são definidas como sendo a sensação de um impulso elétrico sobre o orgaõ da
visão. O cérebro interpreta os sinais eletro nervoso vindos do olho, resultantes da emissão
da luz vinda de um objeto que foi emitida por uma fonte luminosa, por meio de ondas
eletromagnéticas. A luz branca incide sobre os objetos que por sua vez rebate esta luz em
forma de cor.
Na teoria da cor podemos falar de cor luz e cor pigmento, na cor pigmento ao misturarmos
três cores azul, amarelo e vermelho, obtemos a cor preta.
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Mas a cor luz ao ser misturada acontece algo quase que surpreendente, se obtêm a cor luz
branca. É possível compreender esta particularidade da cor luz quando a luz branca
atravessa um prisma.
Quando olhamos para uma maçã, enxergamos a cor vermelha isto ocorre pelo fato que ela
absorve todas as outras corem e reflete apenas o vermelho.
Assim acontece com todos os outros objetos e elementos que existem na natureza.
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Já quando um objeto possui cor branca é porque ele reflete todas as cores que incidem
sobre ele, a luz branca proveniente do Sol que chega até à Terra é uma soma de todas as
cores, quando ela reflete sobre as gotículas das nuvens ela se decompõe no formato de
arco-íris.
A psicologia das cores.
A cor como informaçãoprecisa ser estuda dentro do aspecto da psicologia das cores, que
atribui caráter psicológico para cada uma das cores. A cor como informação de Luciano
Luciano Guimarães estuda a complexidade que envolve a cor como informação que
adquire vários significados simbólicos e psicológicos nas diversas culturas, como parte da
comunicação humana.
Ele investiga os processos de percepção e comportamentos ligados a cor para a geração de
significados. E compreendemos que a psicologia das cores pode variar dentro das mais
diversas culturas adquirindos significados simbolicos e psicológicos diferentes.
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2.4 Forma
Em "Sintaxe da linguagem visual", Dondis (1997)4 relata que a linha descreve uma forma,
na linguagem da artes visuais, a linha articula a complexidade da forma. A gestalt define
algumas leis que definem os aspectos psicológicos das formas como apresentadas a seguir:
Existem três forma básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero, cada um com
suas características específicas, e a cada um é atribuído uma grande quantidade de
significados, mas as formas adquirem significados através de nossas próprias percepções
psicológicas e fisiológicas.
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Muitos impressos são decorados somente por pontos simetricamente ou livremente
dispostos. O ponto pode ser disposto em alinhamento horizontal, vertical, inclinado etc,
assim como em proporções variadas.
Também pode ser combinado com linha reta, quebrada, curva ou figuras geométricas. O
ponto em sucessão continua forma uma linha. Na verdade, tudo começa com um ponto.
Para que possamos observar o simbolismo de uma estrutura gráfica é necessário começar
pelo elemento mais simples que compõe a matéria, o PONTO.
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2.5 Textura
Segundo Dondis (1991)4 ., a textura é o elemento visual que com frequência serve de
substituto para as qualidades de outro sentido, o tato.
Na verdade, porém, podemos apreciar e reconhecer a textura tanto através do tato quanto
da visão, ou ainda mediante uma combinação de ambos.
La Divina Comedia de Gustave Dore
As ilustrações gráficas de Gustave Dore apresentam diversas texturas que compoem e
definem o aspecto visual dos elementos da natureza.
Le Petit Poucet de Gustave Dore
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As ilustrações de Gustav Dore passam as informações táteis dos objetos apenas pela
informação do olhar. Dentro do aspécto prático o julgamento do olho costuma ser
confirmado pela mão através da objetividade do tato.
Dondis afirma que é possível que uma textura não apresente qualidades táteis, mas apenas
óticas, como no caso das linhas de uma página impressa, dos padrões de um determinado
tecido ou dos traços superpostos de um esboço.
O autor relata também que onde há uma textura real, as qualidades táteis e óticas
coexistem, não como tom e cor, que são unificados em um valor comparável e uniforme,
mas de uma forma única e específica, que permite à mão e ao olho uma sensação
individual, ainda que projetemos sobre ambos um forte signicado associativo.
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Referências Bibliográficas
DONDIS, Donis A. A sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1997,
p. 51-83
GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação. São Paulo: Annablume, 2000
Gomes Filho, J. (2000). Gestalt do objeto. Sistema de leitura Visual da Forma.
São Paulo: Escrituras Editora.
http://daphne.palomar.edu/design/gestalt.html#anchor1123302