Impacto da ocupação ribeirinha na manutenção da ... · ocupação humana para a conservação...

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Luke Parry, INPE, nov/2007

Impacto da ocupação ribeirinha na manutenção da biodiversidade

Amazônica: Um modelo bioeconômico

Luke Parry, Carlos A Peres, & Silvana Amaral

13 de Novembro 2006

Email: l.parry@uea.ac.uk

Luke Parry, INPE, nov/2007

O caboclo• Caboclo = descendente dos Africanos, Indígenas e Européos

• Maior usuário nas áreas rurais no Amazonas (c.5m)

• Maioria são ribeirinhos (sem estrada)

• Papel super-importante: Amigo ou inamigo de conservacao?

– Em termos de impacto ambiental e.g. “a floresta vazia”(Reford, BioScience 1992; Peres, varios anos)

– E vigilantes guardando a terra(Campos & Nepstad, Conservation Biology, 2006)

Luke Parry, INPE, nov/2007

O interio tá vazio?

• História de migração– ribeirinhos mudam bastante

• Êxodo rural – pouca pesquisa feito na Amazônia

• Falta dados e pesquisas espaciais

• Será que o êxodo rural vai salvar a fauna Amazonica?Wright & Muller-Landau, Biotropica, 2006,

Luke Parry, INPE, nov/2007

Objetivos1. Melhorar o entendimento dos padrões espaciais de ocupação

humana na zona rural da Amazônia, e melhorar as técnicas atuais de sensoriamento úteis para este fim, como as que se baseiam na amostragem noturna de luz por satélite.

2. Explorar os parâmetros que influenciam os locais de ocupação e a densidade populacional ao longo dos afluentes Amazônicos.

3. Estimar padrões de captação espacial de recursos florestais não-lenhosos ao longo dos gradientes fluviais e avaliar as relações espécie-específicas entre as densidades desses recursos e as densidades humanas.

4. Numa escala domicíliar, avaliar os impactos de diferentes estratégias econômicas na integridade da paisagem florestal e sua biodiversidade.

5. Modelar futuros padrões de ocupação humana na zona rural da Amazônia e examinar as consequências de futuros padrões de ocupação humana para a conservação da biodiversidade.

Luke Parry, INPE, nov/2007

Objetivos1. Melhorar o entendimento dos padrões espaciais de ocupação

humana na zona rural da Amazônia, e melhorar as técnicas atuais de sensoriamento úteis para este fim, como as que se baseiam na amostragem noturna de luz por satélite.

2. Explorar os parâmetros que influenciam os locais de ocupação e a densidade populacional ao longo dos afluentes Amazônicos.

3. Estimar padrões de captação espacial de recursos florestais não-lenhosos ao longo dos gradientes fluviais e avaliar as relações espécie-específicas entre as densidades desses recursos e as densidades humanas.

4. Numa escala domicíliar, avaliar os impactos de diferentes estratégias econômicas na integridade da paisagem florestal e sua biodiversidade.

5. Modelar futuros padrões de ocupação humana na zona rural da Amazônia e examinar as consequências de futuros padrões de ocupação humana para a conservação da biodiversidade.

Luke Parry, INPE, nov/2007

Objetivos1. Melhorar o entendimento dos padrões espaciais de ocupação

humana na zona rural da Amazônia, e melhorar as técnicas atuais de sensoriamento úteis para este fim, como as que se baseiam na amostragem noturna de luz por satélite.

2. Explorar os parâmetros que influenciam os locais de ocupação e a densidade populacional ao longo dos afluentes Amazônicos.

3. Estimar padrões de captação espacial de recursos florestais não-lenhosos ao longo dos gradientes fluviais e avaliar as relações espécie-específicas entre as densidades desses recursos e as densidades humanas.

4. Numa escala domicíliar, avaliar os impactos de diferentes estratégias econômicas na integridade da paisagem florestal e sua biodiversidade.

5. Modelar futuros padrões de ocupação humana na zona rural da Amazônia e examinar as consequências de futuros padrões de ocupação humana para a conservação da biodiversidade.

Luke Parry, INPE, nov/2007

Objetivos1. Melhorar o entendimento dos padrões espaciais de ocupação

humana na zona rural da Amazônia, e melhorar as técnicas atuais de sensoriamento úteis para este fim, como as que se baseiam na amostragem noturna de luz por satélite.

2. Explorar os parâmetros que influenciam os locais de ocupação e a densidade populacional ao longo dos afluentes Amazônicos.

3. Estimar padrões de captação espacial de recursos florestais não-lenhosos ao longo dos gradientes fluviais e avaliar as relações espécie-específicas entre as densidades desses recursos e as densidades humanas.

4. Numa escala domicíliar, avaliar os impactos de diferentes estratégias econômicas na integridade da paisagem florestal e sua biodiversidade.

5. Modelar futuros padrões de ocupação humana na zona rural da Amazônia e examinar as consequências de futuros padrões de ocupação humana para a conservação da biodiversidade.

Luke Parry, INPE, nov/2007

Objetivos1. Melhorar o entendimento dos padrões espaciais de ocupação

humana na zona rural da Amazônia, e melhorar as técnicas atuais de sensoriamento úteis para este fim, como as que se baseiam na amostragem noturna de luz por satélite.

2. Explorar os parâmetros que influenciam os locais de ocupação e a densidade populacional ao longo dos afluentes Amazônicos.

3. Estimar padrões de captação espacial de recursos florestais não-lenhosos ao longo dos gradientes fluviais e avaliar as relações espécie-específicas entre as densidades desses recursos e as densidades humanas.

4. Numa escala domicíliar, avaliar os impactos de diferentes estratégias econômicas na integridade da paisagem florestal e sua biodiversidade.

5. Modelar futuros padrões de ocupação humana na zona rural da Amazônia e examinar as consequências de futuros padrões de ocupação humana para a conservação da biodiversidade.

Luke Parry, INPE, nov/2007

Padrões espaciais de ocupação humana

• Dados de IBGE:– dos censo de 1980 / 91 / 00 – escala de setor censitário

• Entrevistas

• Dados de sensoriamento remoto

PAUINI

PAUINI

Luke Parry, INPE, nov/2007

Fatores posivéis

• Economia regional (McGrath, 1989)

• Disponibilidade de terra (Nugent, 1993; Moran 1993)

• Navegabilidade (McGrath, 1989)

• Recursos naturais

• Assistência social: educação/saúde/energia

• Transporte: transporte “público” e tempo / despesas particulares

• Mercadoria e venda de produção

• Foco no centro urbano – e distância

Luke Parry, INPE, nov/2007

O estado: Amazonas

Luke Parry, INPE, nov/2007

MANAUS

Nova Olinda

Maues

Tapauá

Lábrea

Pauiní

Tefé

Coarí

Barcelos

As cidades

Luke Parry, INPE, nov/2007

Os rios• Sair perto de sede de município• Sem influência de estrada

Rio Abacaxís

Rio Maues

Rio Jacaré

Rio Ituxí

Rio Pauiní

Rio TeféRio Coarí

Rio Aracá

Luke Parry, INPE, nov/2007

As logísticas

• Considerar as mudanças saizonais de água

• Fretar um barco e um prático com muito conhecimento

• Sobe o afluente até o último morador

• Marca as lugares com GPS

• Abaixar o rio, parando, fazendo entrevistas(20 > 40 lugares, inc. comunidades e casas isolados

• Pegar outros informações nas cidades

Luke Parry, INPE, nov/2007

O exemplo do Rio Maués

• 22 localidadesvisitadas

MAUES

Luke Parry, INPE, nov/2007

Entrevista - comunidade• Demografia• Transporte • Freq. visita à cidade• Agricultura• Atividades extrativistas• Padrões de caça• Abundância de fauna• Energia• Educação• Saúde

• Mercadoria• Venda de produção &

visita de regatão• Visitas de cidade (padres,

equipe de saúde etc.)• Apoio de renda (Bolsa

Família etc.)

Luke Parry, INPE, nov/2007

Entrevista - domicílio• Demografia• História• Mobilidade• Faixa de renda• Atividades agriculturas• Atividades extrativistas

Luke Parry, INPE, nov/2007

Luke Parry, INPE, nov/2007

Luke Parry, INPE, nov/2007

Luke Parry, INPE, nov/2007

Luke Parry, INPE, nov/2007

Pauiní

PAUINÍ

Luke Parry, INPE, nov/2007

Observações• 8 rios, c.200 localidades foram visitadas.

• O êxodo rural foi grande• Continua, até hoje• Especialmente as cabaçeiras• Cidades maiores = maiores mercados de agricultura, =

mais incentivo à plantar no interior• Mais perto de Manaus = mais producao agricultural• Variação grande em termos de assistência social• Economia regional é muito importante

Luke Parry, INPE, nov/2007

Luke Parry, INPE, nov/2007

• A maior parte de população mora perto da cidade - < 1 dia de viagem de canoa + rabeta (c.100km por água).

Luke Parry, INPE, nov/2007

A terra• Distribuição de terra firme tem

uma influência grande – o povo mora nos pontos de terra firme onde não alaga na épocada cheia.

Luke Parry, INPE, nov/2007

Mercadoria• O preço dos produtos

esenciais aumentam muitomais com a distância dacidade

• Muitos ribeirinhos aindacompram de regatões

Açúcar

Luke Parry, INPE, nov/2007

Mais assistência perto de cidade

• Orelhão• Escola• Igreja• Posto de saúde• Agente de saúde

Luke Parry, INPE, nov/2007

EnergiaMotores de luzes são mais comuns perto da cidade

– geralmente comunidades maiores (tem mais eleitores)– Povo mais “experto” – correr atrás– Mas fácil para o líder ir na prefeitura– Varia muito, entre municípios

Luke Parry, INPE, nov/2007

Algumas problemas/limitações• Muitos vezes o motor tá no prego

• Muito vezes não tem combustível

• Tem poucos lâmpadas nas ruas, e geralmente tem bastante lâmpadas queimadas!

Luke Parry, INPE, nov/2007

0 50 100 150 200 250 3000

1

2

3

4

5

Frequência média entre viagenspara a cidade

Freq

uênc

iam

édia

(mes

es)

Distância fluvial de cidade (km)

Luke Parry, INPE, nov/2007

Luke Parry, INPE, nov/2007

O impacto ambiental:Algumas espécies são raros perto da cidade

1. Porque tem mais moradores2. Mais perseguidos pelo população urbana.

Tapirus terrestris

0 50 100 150 200 250 3000

10

20

30

40Crax / Mitu

0 50 100 150 200 250 300Distância fluvial da cidade (km)

0

10

20

30

40

Dis

tanc

iaà

topa

r(km

)

Luke Parry, INPE, nov/2007

Outros espécies sao mais comuns

Tayassu tajacu Cebus apella

Dis

tanc

iaà

topa

r(km

)

0

10

20

30

40

0

10

20

30

40

Distancia fluvial da cidade (km)

0 50 100 150 200 250 3000 50 100 150 200 250 300

Luke Parry, INPE, nov/2007

Perto da cidade: agricultura

Luke Parry, INPE, nov/2007

Mais longe = mais extrativismo

Luke Parry, INPE, nov/2007

Agricultura >> Extrativismo• Tendência de mais atividades extrativistas com mais

distância de cidade– Refletindo a disponibilidade de recursos naturais– E a luta de transportar produção para o mercado

local– Produtos florestais geralmente tem um valor mais alto

por kg de que produtos agriculturais, então vale a pena mais longe de cidade

– Também, reflete a cultura do povo no alto rio.

Luke Parry, INPE, nov/2007

Modelagem

Usar estes dados para criar um modeloespacial:

1. Padrões de ocupação humana noAmazonas inteiro

2. Investigar padrões de caça noAmazonas inteiro

Luke Parry, INPE, nov/2007

Ocupação humana• Criar um mapa de ocupação humana no Amazonas inteiro:

Layers de...– Rios e afluentes– Navegabilidade– Terra firme/várzea– Pop. das cidades – Distância de Manaus– DISTANCIA DE CIDADE (à refleter educação, transporte

etcetera etcetera)

Luke Parry, INPE, nov/2007

Mapa de padrões de caça• Áreas prováveis de caça no Amazonas

(baseado com o mapa do ocupação humana)– Distância de cidade– Tamanho de comunidade

remode rabeta

à pé

Baseado com as entrevistas:

Velocidade

Duracao mais longe

Luke Parry, INPE, nov/2007

Investigar sustentabilidade de caça

PauiníFONTE

FONTE

FONTE

FONTE

Áreas de caça

85% daárea não tácaçado

λ = 1.20; 1/ 1.20 = 0.83 (83%)Ateles paniscus

Luke Parry, INPE, nov/2007

Mapa de ausência (não ocorrencia)

• Baseado no mapa de mapa do ocupaçãohumana)

CIDADE

Luke Parry, INPE, nov/2007

Investigar futuros cenários na AmazôniaExemplos:• Demográficas (-ve / +ve das cidades e do população rural)• O preço de combustível• Mudanças nos mercados de produtos extrativistas

Impactos para:1) Ocupação ribeirinho > ocorrencia de caça

Luke Parry, INPE, nov/2007

Obrigado

Comentários / observações:l.parry@uea.ac.uk