Informar, Educar e Mobilizar a Opinião Pública para Promover as Mudanças Estruturais na...

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Informar, Educar e Mobilizar a

Opinião Pública para

Promover as Mudanças

Estruturais na Previdência

Social José Cechinjcechin@iess.org.br

CLP/SP, 8 junho 2010

2

Agenda

Caminho da viabilidade

Sustentabilidade da Previdência

Grandes números

Sintomas de desajustes e suas razões

Perspectivas

3

CONSTRUINDO VIABILIDADE

4

Viabilidade

Parlamentar não é suicida

Não aprova proposições fortemente rejeitadas pelos eleitores

O desafio é obter consentimento da população

5

Obter consentimento

Educar

Previdência custa – quem e como paga

Buscar aprovação ao princípio: “cada qual paga pela sua”

Mostrar que há escolhas:Tempo de contribuição, idade, alíquota, valor

Evidenciar que modelo atual não é sustentável

6

Obter consentimento

Esclarecer mitos: problema é corrupção, fraudestolerância com devedores, cobranças frouxasusos indevidos e desvios de recursos

Explicar razões, tendências

Mudar visão paternalista que reina no estado e na sociedade – governo não faz porque falta vontade política.

7

Obter consentimento

Tornar o indivíduo mais bem

informado e mais responsável

por seu próprio destino

8

SUSTENTABILIDADE

9

Sustentabilidade

Previdência não quebra

10

Razão de ser da PS

Prover renda na falta de forças de trabalho Doença Maternidade Acidente e Invalidez Morte em serviço

Idade avançada – caso típico

Reduz miséria na idade avançada

Situações de risco

Situação programável

11

Financiamento

Contribuições compulsórias Tipicamente sobre folha Governo recolhe e paga Poderia acumular superávits

Em crescimento ininterrupto Contribuições modestas para benefícios generosos Benefícios não vinculados às contribuições

Corrente da felicidadecessa se crescimento cessa

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GRANDES NÚMEROS

INSS e Regimes Próprios - 2009

Nec. Financ. R$ 151 bilhões 5,1% PIB

Nº Apos.+Pens. 26,8 milhões 14,3% pop.

Idosos (60+) 18,6 milhões 9,7% pop.

Idosos (65+) 12,7 milhões 6,7% pop.

Despesas R$ 358 bilhões 11,4% PIB

14

PS - balanço 2009

INSS S. Público* Total

Despesas 225 133 358

Contribuições 183 25** 208

Nec. Financiamento 43 108** 151

R$ bilhões

* Estimativa** Só contribuição de servidoresCom cota patronal 2X1: somar 50 bi nas contribuições do Setor Público

subtrair 50 bi das nec. de financiamento

15

INSS: receitas e despesas

16

Setor Público : despesas

17

DESAJUSTES

sintomasrazões

18

Sintomas

Alto % de aposentados e pensionistas e baixa idade média dos beneficiários

19

Sintomas

Alto % de aposentados e pensionistas e baixa idade média

Despesas elevadas – 11,4% do PIBpara população ainda jovem

20

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Japã

o

Italia

Ale

man

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Bél

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Sue

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Por

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Bra

sil

População acima 65 anos (%) Gastos Previdenciários (% PIB)

Fonte OECD - 2005

Despesa previdenciária (%PIB) e Idosos (% 65+anos)

21

Sintomas

Alto % de aposentados e pensionistas e baixa idade média

Despesas elevadas – 11,4% do PIBpara população ainda jovem

Crescente desvio em ralação à normalidade

Previdência: despesas 1990- 2005 - % PIB

22

Áus 90

Bol 90

Can 90

Chile 90

China 90

Co 90

C Rica

Fr 90

Germany

Áus 05

Bél 05

Din 05

Fra 05 Ger 05

Gr 05It 05

Ar 90

It 90

Pt 90

Ir 90

Isr 90

Jp 90

Neth 90

Pol 90

Sui 90UK 90

Neth 05

Spa 05

UK 05

Austrália 90

Bél 90

0

2

4

6

8

10

12

14

16

5 10 15 20 25 30

% G

DP

População de 65 e + anos sobre população entre 15 e 64 anos

Brazil

1995

20052002

2000

1997

1988

1990

2007

20082009

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Sintomas

Alto % de aposentados e pensionistas e baixa idade média

Despesas elevadas – 11,4% do PIBpara população ainda jovem

Crescente desvio em ralação à normalidade

Despesas com pensões muito altas

24

Pensões – Brasil no mundo

25

Sintomas

Alto % de aposentados e pensionistas e baixa idade média

Despesas elevadas – 11,4% do PIBpara população ainda jovem

Crescente desvio em ralação à normalidade

Despesas com pensões muito altas

Alíquotas de contribuição campeãs 8, 9 ou 11% do empregado 20% + SAT + ag. nocivos do empregador (6, 9 ou 12) Produzem alta informalidade (metade da pop ocupada)

26

Contribuições – Brasil no Mundo

MARC - IPEA

27

Contribuições – Brasil no Mundo

MARC - IPEA

28

Sintomas

Alto % de aposentados e pensionistas e baixa idade média

Despesas elevadas – 11,4% do PIBpara população ainda jovem

Crescente desvio em ralação à normalidade

Despesas com pensões muito altas

Alíquotas de contribuição campeãs

Baixos valores dos benefícios Situação esquizofrênica

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Razões

Rurais cinco anos a menos

contribuições pequenas

30

Rural – receitas e despesas

R$ bilhões correntes

0

10

20

30

40

50

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Despesa Receita

31

Déficit – urbano e rural

-10.000

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Total Rural Urbano

R$ milhões correntes

32

Razões

Rurais

Professores Cinco anos a menos no TC e na idade

Metade dos servidores dos E & M

Entre 75 e 85% do sexo feminino

Aposentam-se aos 50/55 anos

Tempo de fruição: 29/25 anos

Subsídio implícito

33

Subsídio implícito

Professora ProfessorIdade entrada 22 25Idade saída 50 55Esp. Sobrevida 31 23Tempo de fruição 31 30B = último salário 1.709 1.831B justo 980 1.230Subsídio 729 601

Dados de estudo FGV para SP e RS.

Cálculos com juros de 5%; B = Benefício

B Justo: aposentadoria justificada pelas contribuições e pelo tempo de fruição

34

Razões

Rurais Professores

Aposentadoria por Idade 60/65, TC =15 e contribuições pelo teto

H M

Valor R$ 2.247 R$ 2.247

Valor justo R$ 1.400 R$ 1.150

Subsídio R$ 847 R$ 1.097

Qual a razão desses subsídios?

35

Razões

Rurais

Professores

Aposentadoria por idade 60/65 co TC =15

Pensões mediante uma única condição

36

Razões

Rurais

Professores

Aposentadoria por idade 60/65 co TC =15

Pensões mediante uma única condição

Componente assistencial nos benefícios

37

Razões

Rurais

Professores

Aposentadoria por idade 60/65 co TC =15

Pensões mediante uma única condição

Componente assistencial nos benefícios

Fator deixa sem financiamento os benefícios de risco

38

0

2

4

6

8

1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008

Tempo de Contribuição Idade

Impacto das reformas - fator

especial

EC 20fator

Concessões urbanas

39

Impacto das reformas - fator

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008

Tempo de Contribuição Idade

especial

EC 20 fator

Benefícios urbanos emitidos

40

Por que reformar?

Pessoas sem previdência

Mudanças na sociedade

Desequilíbrios e injustiças

Tema tecnicamente complexo Incertezas: doença, invalidez, tempo de vida Fluxo de caixa e situação atuarial

41

PRESPECTIVAS

42

Perspectivas

Relações de trabalho Crescente autonomização

Participação da mulher no mercado de trabalho Aposentadorias são masculinas 90% Pensões são femininas 90% Participação feminina no mercado ~ metade Mulher aposenta mais jovem e vive mais Aumenta % feminina nas aposent. e pensões

Aumento da expectativa de vida

43

Modelo para novos

Universal

Baseado em idade e fator

Aposentadoria antecipada com ajuste

Valor por média de 40 anos

Cada qual financia a sua, alíquota atuarial tal que VPC = VPB Menor para novos segurados Isonômica para empresa

44

Modelo para novos

Cada qual custeia sua aposentadoriasem subsídios cruzados ex-ante,somente ex-post

Portanto, levar em conta a soma das contribuições e a soma dos benefícios

Estimular a permanência em serviço Pagando mais àqueles que

se aposentam com mais idadeou têm maior tempo de contribuição

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Princípios para novo modelo

Separar Previdência de assistência

Separar Risco de Programável Risco: sistema mutual solidário

Programável: cada qual financia a sua Contribuições formam “capital escritural” Na fruição, converte-se “capital” em RMV -

solidariedade Assistência complementa a previdência

Obedecidos esses princípios, podem-se desenhar diferentes modelos

46

Previdência e assistência

RM

RM: Renda MínimaTCA: Teto para complementação assistencial

TCA aposentadoria

Benefício total

47

José Cechin

jcechin@iess.org.br

55 11 3706.9747

CLP, 8junho2010

48

Exemplo - contribuição

1.000 por mês em 35 anos: Y=13.000 Alíquota total α = 31%

Total recebido: Y.Tc = 445.000 Total contribuído: Y.Tc.α = 141.050

141.050 sem juros total a receber durante a aposentadoria

Mas em quanto tempo?

49

Exemplo – valor mensal da aposentadoria

Aposentadoria por média = 1.000

Benefício

Entr. Ap. Es s/ juros c/ fator Aos 65 c/ fator

15 50 28,8 376 588 1.590

20 55 24,8 437 704 1.418

25 60 21,1 514 852 1.250

30 65 17,6 616 1.051

35 70 14,4 753 1.321

50

RMV por juros e idade

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

fator 2 3 4 5 6

50 55 60 65 70

70

65

60

55

50

Taxa de juros implícita no fator

51

Fator: aumento % pelo adiamento

35 36 37 38 39 40

55 0,730 0,752 0,774 0,797 0,819 0,842

56 0,758 6,98

57 0,787 7,04 6,95

58 0,818 7,09 7,01 6,93

59 0,850 7,16 7,07 6,99 6,92

60 0,885 7,22 7,14 7,06 6,98 6,91

Ganho acumulado = 39,9%