Post on 19-Feb-2016
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Os 10 princípiOs
1 – Defina a causa, a missão, os resultados pretendidos e como dimensionar esses resultados. É preciso usar a mente e buscar resultados mensuráveis.
2 – Identifique quem são as pessoas que podem se comprometer localmente com a causa.
3 – Dialogue com essas pessoas até alcançar o consenso. A partir do consenso o interesse se intensifica.
4 – Neste ponto entram as empresas. As empresas podem usar a mente, o raciocínio para projetar sistemas que permitam tornar um produto ou serviço
acessível, na base, por exemplo, de um dólar. Não ter dinheiro é uma situação que força a inovação.
5 – Projete um sistema, mas tenha em mente que ele só vai funcionar se as pessoas executoras concordarem com esse sistema. Caso contrário, é preciso
voltar ao diálogo.
6 – Identifique líderes na comunidade, pessoas de paixão e confiáveis. Nenhum grupo ou comunidade alcança a sustentabilidade sem um líder.
7 – Não busque a publicidade e o elogio pelo sucesso alcançado. A satisfação pessoal não é medida pela publicidade da sua iniciativa.
8 – Mantenha reuniões periódicas com pessoas de empresas, universidades, autoridades públicas. Não queira abraçar o mundo. Escolha três prioridades.
Use palavras exatas, evitando conceitos e definições genéricas.
9 – Busque a criatividade do grupo envolvido no trabalho, identificando quais os recursos com que se pode contar para o desenvolvimento das ações.
10 – Tenha em mente que a vida é a felicidade. Seja feliz e, mais importante, faça outras pessoas felizes.
A CHAVE É USAR A MENTE
Os participantes do Global Forum América
Latina conheceram nesta quinta-feira os dez
princípios estabelecidos pelo indiano Ram
Charan para dar efetividade às iniciativas de
inovação social e criação de redes sociais
sustentáveis. Um dos mais influentes
consultores de negócios do mundo, Charan
falou para os mais de 1.200 participantes
do evento sobre os desafios estratégicos da
cooperação para a sustentabilidade.
Informativo diário do GFAL edição 03 - 20.06.2008
Antes de repassar os seus
dez princípios, Charan
apresentou o que considera
a base para que uma pessoa
possa colaborar com o
desenvolvimento sustentável
de outra pessoa, de grupos
ou de comunidades. “Toda
pessoa pode fazer isso.
A colaboração não exige
dinheiro, mas tempo,
dedicação, paixão e
também ferramentas específicas”, afirmou
o consultor, que é listado pela BusinesWeek
entre as dez maiores fontes de programas de
desenvolvimento de executivos.
A chave para o desenvolvimento sustentável,
segundo Charan, está em usar o cérebro,
desenvolver a mente e o raciocínio lógico.
“As pessoas, mesmo as analfabetas e as que
vivem na pobreza, têm o poder de raciocinar
e é com o raciocínio que devemos trabalhar.
É preciso fazê-las falar e ouvi-las, orientá-las
para articular o pensamento, para ter lógica. É
preciso lidar com o poder da mente”, ensinou.
“No mundo todo há casos de analfabetos que
ergueram impérios e só depois aprenderam a
ler e escrever.”
Para falar sobre os seus dez princípios para as
iniciativas sociais e criação de redes sociais, Ram
Charan baseou-se numa experiência de Uganda
(África). O líder de uma cooperativa de leite,
interessado em melhorar as condições de saúde
da comunidade, buscou informações junto a
outros cooperativistas e teve a resposta de um
médico da Califórnia (EUA).
“O médico foi para Uganda, conversou com a
comunidade, criou uma rede social, projetou
um sistema que permitia às pessoas pagarem
um dólar pela assistência médica. As condições
de saúde da comunidade melhoraram”,
relatou. “O que se fez em Uganda é resultado
da disposição em colaborar, somada à
aplicação de ferramentas corretas.”
Hoje, 19 horas, pós-conferência "Redes e Sustentabilidade". Programação completa: www.globalforum.com.br
RiCARdo YoUNg, presidente do instituto Ethos
O FiM DO LíDEr HErÓi
As organizações estão entendendo
que devem ser espaços permanentes
de aprendizagem. As universidades
refletem e concluem que devem
formar gente para o mercado. Daí,
temos um diálogo entre surdo e
mudo. O ponto mais importante do
processo de aprendizagem é o combate à fragmentação
do conhecimento. Peter Senge, Otto Scharmer e Jawroski
obtiveram respostas surpreendentes numa pesquisa feita
com dezenas de executivos sobre o que fez deles líderes de
sucesso. Numa resposta recorrente, o que eles consideravam
fatores de sucesso eram aspectos profundamente pessoais.
A experiência da pesquisa foi sistematizada pelos autores,
dando origem à “Teoria U”, cujo princípio é que o processo
de aprendizado se dá com níveis diferentes de diálogo, com
introspecção e aplicação da reflexão em projetos inovadores.
A teoria demonstra que estamos na iminência do surgimento
de um novo tipo de líder, que tem capacidade de aprender,
desafiar seus próprios conceitos e ousar, tornando-se um
transformador da realidade. Está decretada a falência do
líder herói, especialista, setorial. A sociedade clama por
lideranças com capacidade de olhar acima e além do
interesse pessoal, da sua organização ou do seu setor.
GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA
ExpEdiENTEInformativo produzido pela Coordenadoria de Comunicação Social do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep)
supervisão geral e jornalista responsável: Luiz Henrique Weber (Mtb 2.441/PR) – coordenação: Silvio Lohmann e Solange Patrício – Edição:
Lorena Klenk – reportagens: Caroline Bosi; Christiane Kremer; Elvira Fantin; Edilane Marques; Eduardo Nunes; Juliana Bannach; Ricardo
Sabbag; Rosemeiry Tardivo – Fotografia: Gilson Abreu; Rogério Machado; Rogério Theodorovy – projeto gráfico e diagramação: Literal Link
Comunicação Integrada e João Carlos Gomes Braga – impressão: Gráfica Capital.
Mudanças são feitas por pessoas. Por isso, a difusão do conceito de sustentabilidade no mundo dos negócios e na academia passa
pela transformação no plano individual. Esta idéia foi a tônica do diálogo Alianças Estratégicas entre Empresas, Universidades e
Sociedade, que mobilizou os participantes do Global Forum América Latina na manhã de ontem.
Os palestrantes concordaram que nos últimos anos ocorreu no Brasil uma mudança de paradigma no que diz respeito à consciência
socioambiental – mas em geral ela ficou restrita a uma elite mais informada e consciente. O desafio agora é fazer migrar o conceito
da sustentabilidade para as demais camadas da sociedade.
Confira um resumo do pensamento de cada um dos participantes do diálogo.
...pARA MUdAR o MUNdo
MARio MoNzoNi, coordenador do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação getúlio Vargas
rEpEnsAr O cOLETiVO
A academia pode produzir
inovação e conhecimento focados
na gestão sustentável, mas a
indústria precisa demandar essa
necessidade para que o trabalho
seja mais efetivo. O primeiro passo
é a percepção de que precisamos
ter consciência da necessidade de mudança da visão
individualista, para repensarmos o coletivo. Na FGV, por
exemplo, o trabalho de disseminação da sustentabilidade
ainda precisa ser feito com mais veemência, a começar pela
integração de todos os departamentos em torno das ações
sustentáveis. Houve o caso de um banco que precisava
dos trabalhos da Fundação, mas só aceitaria a proposta
que tivesse módulo em sustentabilidade. O departamento
responsável, portanto, teve que buscar a gestão para
atender ao cliente. A mudança de foco da educação no
sentido da sustentabilidade pode ser feita com a introdução
de uma nova metodologia, baseada não mais na arrogância
ou na sabedoria de um só. É preciso proporcionar que a
academia forme gestores com a percepção de que se pode
formar algo mais valioso no futuro, repensando o coletivo.
MUdAR pESSoAS...
UMA cHAMADA pArA A AÇÃO
Marque na sua agenda: o Global Forum América Latina (GFAL), que oficialmente termina hoje, terá continuidade em dois encontros, em Curitiba
e São Paulo. O primeiro encontro será no Cietep, em Curitiba, nos dias 29 e 30 de julho. O segundo, na Fecomercio, em São Paulo, nos dias 21
e 22 de agosto.
O objetivo é transformar em ações práticas as reflexões sobre sustentabilidade feitas nos três dias do GFAL em Curitiba.
Para os organizadores do evento, o GFAL mostrou de forma clara que a sustentabilidade pode ser a maior oportunidade econômica, social e
de negócios deste século. O desafio agora é definir como essa oportunidade pode ser aproveitada por cada um de nós, pelas empresas, pelas
universidades e grupos sociais.
Para isso, é importante o envolvimento de todos no acompanhamento dos resultados do GFAL. As inscrições podem ser feitas hoje, na secretaria
do GFAL no Cietep, ou pela internet, no site do evento – www.globalforum.com.br.
oSCAR MoToMURA, fundador e principal executivo do grupo Amana-Key, centro de excelência em gestão de alcance mundial
A FOrÇA DOs pEQUEnOs ATOs
As pessoas devem subir no
helicóptero e ver a conexão
de seu departamento com a
empresa, de sua empresa com
a sociedade e, numa perspectiva
mais ampla, ver a empresa
sob o prisma do planeta. As
discussões e o movimento acerca da sustentabilidade são
produtos da interconexão de indivíduos. Não existe nada
mais poderoso que a iniciativa das pessoas. São elas as
responsáveis por acelerar e atuar como catalisadores de
mudanças. É preciso que cada um faça a sua parte. O
lado negativo, entretanto, é quando as pessoas acham
que já fizeram o bastante e deixam o restante do
trabalho para os outros. Muitas pessoas atentam contra
a sustentabilidade em razão do analfabetismo ecológico,
por não saberem que o ato até pode ser pequeno, mas a
intenção é muito grande.
GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA
...pARA MUdAR o MUNdo
CHRiSTiNA CARVAlHo piNTo, diretora-geral e apresentadora do programa de televisão Mercado Ético
pErGUnTAr A si MEsMO – Hoje existe uma elite consciente. Precisamos expandir a consciência sustentável
para todas as faixas sociais e etárias da nossa sociedade. Quem vai fazer isso? Esta transformação tem
que ser individual. É preciso fazer perguntas a si mesmo. O que eu gostaria de ser e fazer neste processo?
Onde estão os meus valores? Este é o verdadeiro processo de reconstrução da vida.
MUdAR pESSoAS...
EDUcAÇÃO É A cHAVE
É preciso que haja informação
e conhecimento. Sem isso, não
se dá um passo para a frente.
Onde existe o capital social,
o capital de cooperação, é
possível empreender uma ação
pelo benefício coletivo, uma
iniciativa que não beneficia apenas quem a tomou.
É preciso trilhar todo o processo da educação. Não
é possível pular etapas. A melhor forma de aprender
é fazendo, observando. Mas muita coisa não se pode
aprender na prática. A sustentabilidade depende da
liderança de empresas e universidades. Houve uma
mudança completa de paradigma no nível mais alto
da intelectualidade brasileira. Agora essa mudança
tem que chegar mais abaixo. Há uma mudança de
paradigma na nova geração. As coisas estão evoluindo
de forma bem interessante.
CláUdio dE MoURA CASTRo, economista, educador e presidente do conselho consultivo da Faculdade pitágoras
GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA
SERViçoS E iNFoRMAçõES NoS ESTANdES
sistema Fiep/Unidus – informações sobre os projetos Nós Podemos Paraná e de Neu-tralização de Carbono do Senai, sobre os cur-sos da Universidade da Indústria (Unindus) e serviços do IEL, SESI e Centro Internacional de Negócios (CIN)sebrae – informações e cadastramento de empresários interessados em participar dos projetos do Sebrae, que visa fomentar o empreendedorismo e promover a competi-tividade e o desenvolvimento sustentável das micro e pequenasLivrarias curitiba – livros sobre temas relacio-nados a sustentabilidade, marketing, gestão, finanças e liderançaQuick Massage – oferece massagens para aliviar o cansaço e o stress
Angrad (Associação nacional dos cursos de Graduação em Administra-ção) – informações sobre o papel da entidade e sobre o Encontro Nacional dos Cursos de Graduação em Admin-sitração (Engrad), que acontece em Curitiba de 1º a 3 de outubro Amigos do Hospital das clínicas da UFpr – além de conhecer o trabalho desta ONG, os interessados podem contribuir adquirindo o livro “Sentir para Ajudar a Curar – uma experiência apreciativa”, de Tereza RezendeOnG Brahma Kumaris – venda de liv-ros, CDs e pôsteres sobre educação, vegetarianismo, meditação e quali-dade de vida
Hoo café Brazilian coffew club – infor-mações e degustação de cafés especiaisTerra Bar – aqui os visitantes podem as-sistir à performance dos barmen na pre-paração de drinksOrganics Brasil – divulga as qualidades dos produtos orgânicos e os serviços que o programa oferece aos empresários que querem exportar seus produtos. Orbis – Observatório de Indicadores de Sustentabilidade – apresenta os estudos do Observatório e informações sobre o Instituto de Promoção do Desenvolvi-mento (IPD)rpc – neste estande o público pode conhecer os projetos sociais do Instituto RPC, informar-se e tirar dúvidas sobre a TV DigitalEcco-salva – atendimento médico em casos de emergência curitiba convention & Visitors Bureau – balcão de informações sobre pontos turísticos de Curitiba V Flow Web Vídeo – neste estande os participantes do GFAL podem registrar sua opinião em vídeo on-line. Para acessar os depoimentos e entrevistas do evento acesse globalforum.vflow.com.br
participantes do Global Forum têm 15 estandes à disposição com diferentes serviços e informações