Post on 12-Mar-2016
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LARGADA PARA A MUDANÇA
Informativo do GFAL Junho de 2008
O sucesso do Global Forum América Latina, realizado em Curitiba de 18 a 20 de junho, pode ser medido em números e em resultados.
Superando todas as expectativas, o encontro teve mais de 1.200 participantes, que se deslocaram de 14 estados brasileiros e de mais
cinco países para discutir a educação para os negócios com foco na sustentabilidade. O resultado foi um debate intenso e enriquecedor, que
se estendeu por três dias em palestras, workshops, sessões temáticas e muita troca de informação entre todos os participantes. Ao final,
nenhuma dúvida de que o tema da sustentabilidade ganhou corpo na agenda das organizações representadas. E o mais importante: foi
apenas o começo. O Global Forum continua, com novos eventos programados e com a formação de uma rede de informações via internet.
PARticiPANtes AvALiAM o eveNtoPágina 2
GRANDes NoMes, NovAs iDéiAsPáginas 4 e 5
86 tRAbALhos APReseNtADosPágina 6
AGeNDe os eNcoNtRos qUe vêM AíPágina 8
GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA
exPeDieNteInformativo produzido pela Coordenadoria de Comunicação Social do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep)
Supervisão geral e jornalista responsável: Luiz Henrique Weber (Mtb 2.441/PR) – Coordenação: Silvio Lohmann e Solange Patrício – Edição:
Lorena Klenk – Reportagens: Caroline Bosi; Christiane Kremer; Elvira Fantin; Edilane Marques; Eduardo Nunes; Juliana Bannach; Ricardo
Sabbag; Rosemeiry Tardivo – Fotografia: Gilson Abreu; Rogério Machado; Rogério Theodorovy – Projeto gráfico e diagramação: Literal Link
Comunicação Integrada, João Carlos Gomes Braga e Marco Antonio Leodoro – Impressão: Gráfica Capital.
UMA seMeNte beM PLANtADADePoiMeNtos
Esta discussão é muito importante porque expõe experiências do
Brasil, o que mostra que estamos avançando. O Global Forum é mais
um passo neste processo de integração entre universidade, setor
produtivo e sociedade, que formam o tripé do desenvolvimento de
qualquer país.
Luiz Renato de Araújo Pontes, pró-reitor da Universidade
Federal da Paraíba
É um evento que conseguiu reunir todo o público necessário para
discutir, de forma fácil e diferente, apreciativa, a importância da
sustentabilidade, que garante a nossa sobrevivência.
Manoel Altivo da Luz, arquiteto e vice-presidente do Sindicato
Patronal Rural de Cairu (BA), único município-arquipélago do Brasil
Foi um evento muito produtivo, muito vivo e
dinâmico. Não só abriu a oportunidade de
participação, mas fez da participação ativa
a própria base dos debates. O fato de juntar
grupos formados por diferentes setores
estimula o surgimento de idéias. Esse foi o
grande diferencial.
Sirlei Kleina, coordenadora do voluntariado do Hospital das
Clínicas do Paraná
Creio que a universidade tem capacidade para se adaptar a essa
nova realidade. Deste encontro espero uma maior facilidade de
diálogo entre as partes e a definição de interlocutores.
Benjamim de Melo Carvalho, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e presidente do
Conselho Paranaense de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação
Espero que este seja o primeiro grande passo para concretizar
as propostas de sustentabilidade. Que cada um saia daqui
como um agente transformador e multiplicador do conceito de
sustentabilidade.
Marli Bonatti, assistente social da Volvo do Brasil em Curitiba (PR)
As dinâmicas feitas durante o Global Forum foram muito interessantes.
Mas mais interessante do que as respostas é o processo. O relevante
aqui é o engajamento das pessoas.
Carlos Américo Pacheco, professor do Instituto de Economia da
Unicamp (SP)
O evento foi além das expectativas e os
resultados devem ser surpreendentes. A
organização foi muita bem feita, todas as
palestras foram motivadoras e a união de
um público tão diversificado é essencial
para o desenvolvimento sustentável.
Aneli Martins da Silva, coordenadora
acadêmica da ISAE/FGV
Todos os participantes do Global Forum puderam
registrar sua opinião em vídeo on-line. Para assistir aos
depoimentos e entrevistas feitas durante o evento, acesse
globalforum.vflow.com.br
La sustentabilidad de la especie y el
planeta será un paradigma obligado
de toda formación profesional y de
las dinamicas culturales. El cuidado
y cuidar serán las nuevas categorías
que van a reenfocar todos los
saberes académicos y culturales. Y
no es una opción, es una necesidad para el significado y
pertinencia de las profesiones y la investigación.
José Bernardo Toro, filósofo e educador colombiano.
Assessor estratégico da Fundação Avina
Iniciativa pioneira na América Latina, o Global Forum realizado
em Curitiba deixou um balanço bastante positivo e a semente
de um processo que deve se intensificar a partir de agora.
As idéias e proposições formuladas pelos mais de 1.200
participantes serão desdobradas em propostas de ações
efetivas para que o Brasil e o continente promovam o avanço
na educação e na formação de novos líderes e gestores, com
foco na sustentabilidade.
O encontro, promovido pelo Sistema Fiep e parceiros de 18
a 20 de junho, reuniu representantes de empresas (35%),
academia (35%), sociedade civil (23%) e órgãos públicos
(7%), de 14 estados brasileiros e de outros cinco países:
Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, Espanha e Estados
Unidos.
As proposições surgidas no Global Forum resultam de
um trabalho compartilhado por todos os participantes.
A metodologia aplicada reuniu o público em 110 grupos,
cada um deles formado por representantes de empresas, de
instituição de ensino superior e de entidades da sociedade
civil.
Como resultado dos três dias de trabalho, foi elaborado um
documento contendo as “proposições provocativas”, que
será base dos trabalhos para a continuidade do movimento.
“Saímos daqui com um conjunto de proposições provocativas
para fomentar essa articulação entre indústria, academia
e sociedade civil para a sustentabilidade. Nos próximos
encontros, vamos transformar a visão em ação”, afirmou o
presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures.
Durante dois dias, os presentes ouviram palestras
inspiradoras, como a do consultor indiano Ram Charan, e
debates de especialistas, como Oscar Motomura (do Grupo
Amana-Key), Christina Carvalho Pinto (Mercado Ético),
GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA
UMA seMeNte beM PLANtADA
Cláudio de Moura Castro (Faculdade Pitágoras) e Mario
Manzoni (Fundação Getúlio Vargas).
HIStóRICo As conferências Global Forum integram um movimento
presente em todo o mundo, de repensar o papel das
empresas e dos negócios em relação à sustentabilidade.
Marco importante desse processo é o Pacto Global,
iniciativa proposta em 2000, pelo então secretário-geral da
ONU, Kofi Annan, à comunidade empresarial internacional
em torno de dez princípios reconhecidos como universais
nas áreas de direitos humanos, trabalho e meio ambiente.
Em 2002 surgiu o Movimento BAWB (Negócios como
Agentes em Benefício do Mundo), criado pela Escola de
Negócios da Case Western Reserve University e que chegou
ao Brasil em 2003, por iniciativa da Fiep.
Correspondendo à diretriz de repensar a educação superior
de gestão de negócios, a Escola de Negócios da Case Western
Reserve University, junto com a Academy of Management e
o Pacto Global da ONU organizaram em outubro de 2006,
em Cleveland (EUA), o primeiro BAWB-Global Forum.
Trabalho compartilhado foi a marca do evento
GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA
DestAqUes
o dESaFIo do SéCulo
Um auditório lotado acompanhou o painel da abertura
oficial do Global Forum, com o tema “Princípios para a
Educação em Gestão Responsável”. Todos os palestrantes
concordaram que a busca da sustentabilidade é um dos
principais desafios a serem enfrentados a partir de agora
por empresas e pela sociedade em geral.
“É necessário garantir a sustentabilidade dos negócios,
dos valores humanos, dos arranjos e valores sociais que
construímos”, disse o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo
da Rocha Loures.
O presidente da Fundação Brasileira para o
Desenvolvimento Sustentável (FBDS), Israel Klabin,
chamou a atenção para a fragilidade do atual modelo de
sustentação do planeta, causada por três categorias de
inviabilidades: ambiental (relacionada à matriz energética,
baseada em combustível fóssil), econômica (reflexo do
modelo macroeconômico que pauta o crescimento da
economia pelo aumento do consumo) e social (gerada
pela distribuição desigual dos benefícios que a sociedade
produz de forma globalizada).
O coordenador da área de academia e negócios do Pacto
Global da ONU, Jonas Haertle, exortou as empresas
a aderirem à iniciativa. Segundo ele, as perspectivas
são animadoras. “Começamos no ano 2000 com 20
empresas. Hoje são 4 mil em todo o mundo e a meta é
que as 75 mil companhias transnacionais façam parte do
pacto”, disse.
Ram CHaRan E o PodER da mEntE
Com uma mensagem aparentemente simples, mas
repleta de significados, o consultor indiano Ram Charan
atraiu a atenção de todos os participantes do Global
Forum América Latina na última quinta-feira. Reconhecido
como um dos mais influentes consultores de negócios do
mundo, Charan resumiu em 10 princípios o caminho para
dar efetividade às iniciativas de inovação social e criação
de redes sociais sustentáveis.
Os princípios estabelecidos pelo consultor recomendam
a definição clara e precisa de prioridades, a busca de
resultados mensuráveis, o diálogo como forma de obter o
consenso e a identificação de lideranças que possam se
comprometer localmente com cada projeto. Por fim, disse
Charan, “tenha em mente que a vida é a felicidade. Seja feliz
e, mais importante, faça outras pessoas felizes”.
Para ilustrar suas idéias, Charan recorreu a vários exemplos
práticos de iniciativas de inovação social, como a da assistente
social que ajudou uma menina indiana surda e muda a criar
uma linguagem baseada em toques nas mãos, o que a
retirou do isolamento e a conduziu ao desenvolvimento; e
a da banda de rapazes americanos negros, organizada a
partir da liderança de um deles, que ultrapassou a barreira
da pobreza com a dança e a música.
A chave para o desenvolvimento sustentável, segundo
Charan, está em desenvolver a mente. “As pessoas,
mesmo as analfabetas e as que vivem na pobreza, têm
o poder de raciocinar e é com o raciocínio que devemos
trabalhar. É preciso fazê-las falar e ouvi-las, orientá-las
para articular o pensamento, para ter lógica. É preciso
lidar com o poder da mente”, ensinou. “No mundo todo
há casos de analfabetos que ergueram impérios e só
depois aprenderam a ler e escrever.”
GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA
PRImEIRo PaSSo: mudaR aS PESSoaS
Mudanças são feitas por pessoas. Por isso, a difusão do conceito
de sustentabilidade no mundo dos negócios e na academia
passa pela transformação no plano individual. Esta idéia foi
a tônica do diálogo Alianças Estratégicas entre Empresas,
Universidades e Sociedade.
Os palestrantes concordaram que nos últimos anos ocorreu no
Brasil um avanço da consciência socioambiental, mas ele ficou
restrito a uma elite mais informada. O desafio agora é fazer
migrar o conceito da sustentabilidade para as demais camadas
da sociedade.
“É preciso fazer perguntas a si mesmo. O que eu gostaria de ser
e fazer neste processo? Onde estão os meus valores? Este é o
verdadeiro processo de reconstrução da vida”, disse Christina
Carvalho Pinto, diretora e apresentadora do programa de TV
Mercado Ético.
Oscar Motomura, fundador e principal executivo do Grupo
Amana-Key, destacou a força dos pequenos atos. Para ele, não
existe nada mais poderoso do que a iniciativa das pessoas,
mas é preciso “voar”: “As pessoas devem subir no helicóptero
e ver a conexão de seu departamento com a empresa, de sua
empresa com a sociedade e, numa perspectiva mais ampla, ver
a empresa sob o prisma do planeta”.
Para Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos, a sociedade
clama por lideranças com capacidade de olhar além do interesse
pessoal, da sua organização ou do seu setor. “Está decretada a
falência do líder herói, setorial”, afirmou.
O economista e educador Cláudio de Moura Castro disse que
não há avanço possível sem informação e conhecimento: “É
preciso trilhar todo o processo da educação, sem pular etapas.
uma PRoPoSta ConCREta A Associação Nacional dos Cursos de Graduação em
Administração (Angrad) vai propor ao Conselho Nacional
de Educação (CNE) a obrigatoriedade do ensino de
responsabilidade social em todos os cursos de graduação
em Administração do Brasil. O anúncio foi feito durante
o Global Forum pelo presidente da entidade, Antônio de
Araújo Freitas Júnior.
“O objetivo é sinalizar de alguma forma no nível de
graduação o ensino da responsabilidade social, mas
cada escola poderia escolher o seu programa.”, afirmou
Freitas, que é também diretor executivo da Escola
Brasileira de Administração Pública e de Empresas da
Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na visão do professor,
o diálogo promovido pelo Global Forum é fundamental,
“mas é preciso também tomar decisões concretas, como
a definição das diretrizes curriculares”.
Outra forma de promover a sustentabilidade, segundo
ele, é inserir no Enade (Exame Nacional de Desempenho
dos Estudantes) questões que envolvam responsabilidade
social. “A universidade brasileira tem um poder de
adaptação muito rápido, mas ela precisa ser direcionada.
Como todas as escolas querem ser bem avaliadas no Enade,
elas adequarão suas grades curriculares”, acredita.
Outro aspecto enfatizado foi a necessidade de aproximação
entre os meios acadêmico e empresarial. “A academia
pode produzir inovação e conhecimento focados na
gestão sustentável, mas a indústria precisa apresentar
demandas para que o trabalho seja mais efetivo”, disse
Mario Monzoni, coordenador do Centro de Estudos em
Sustentabilidade da FGV.
GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA
NotAsUM PAiNeL De AÇÕes
Um diversificado painel de estudos e ações concretas
relacionadas à sustentabilidade foi apresentado aos
participantes do Global Forum América Latina. Foram
86 trabalhos de 13 estados brasileiros e de mais três
países (Argentina, Uruguai e Portugal), divididos em
12 áreas temáticas. Práticas de relacionamento da
empresa com seus stakeholders, governança corporativa,
empreendedorismo e tecnologias sociais, finanças
sustentáveis e políticas públicas e sustentabilidade foram
alguns dos temas abordados em relatos e resumos de
experiências de empresas, universidades, organizações
não-governamentais e instituições públicas.
“Pudemos ver experiências e práticas do mercado
e da própria academia, que começam a trabalhar
com este novo desafio de buscar soluções de negócio
que atendam os interesses dos acionistas, mas que
também sejam capazes de promover o desenvolvimento
sustentável – duas condições obrigatórias em qualquer
solução apresentada daqui para a frente”, disse Mário
Monzoni, coordenador da FGV-EAESP, responsável pela
escolha dos doutores que selecionaram os trabalhos
apresentados.
IntEgRação EmPRESa-aCadEmIa
O professor Freud Jone Fernandes Oliveira, do Centro
Universitário de Maringá (Cesumar), apresentou a
experiência da integração promovida desde o ano
passado entre a instituição e o Núcleo de Excelência em
Tecnologia da Informação (NExTI). “Identificamos ações
que respondem à demanda do mercado e às expectativas
da academia e da sociedade. O Brasil está na alça de
mira de diversos setores e a TI é um deles”, observou.
FInançaS SuStEntávEIS
Na área de finanças sustentáveis, a professora Annerose
Nakakura, da Fundação Escola de Comércio Álvares
Penteado (Fecap), apresentou uma pesquisa de campo que
avaliou o impacto das práticas de governança corporativa
na rentabilidade do mercado financeiro. Segundo ela, a
transparência das informações é fundamental porque
atrai mais investidores e gera maior rentabilidade. “A
Perdigão, por exemplo, registrou um aumento de 58,79%
no valor das suas ações, entre janeiro de 2006 e julho de
2007”, informou.
PolítICaS PúblICaS
Karina Aguilar Baratella, coordenadora de Sustentabilidade da Natura
Cosméticos, apresentou o Projeto Carbono Neutro. “O objetivo da Natura
é praticar o bem-estar, alinhando estratégia de sustentabilidade, geração
de renda e utilização de energia renovável, beneficiando a empresa e a
sociedade através da oferta de refil para nossos produtos e utilização
de fontes vegetais, como o álcool orgânico”, contou Karina. Ela lembrou
que algumas ações de sustentabilidade podem aumentar os custos da
empresa, mas são compensadas pela redução das emissões de carbono.
Freud Oliveira, do Cesumar
Karina Baratella, da Natura
sUsteNtÁveis
GFAL nA bLoGosFerA - Os três dias de evento em
Curitiba deram início a uma reflexão compartilhada que
continua agora em outros encontros e também na blogosfera.
O site gfal.blogspot.com é um ambiente virtual criado para
agregar blogs, formando uma rede social de agentes dedicados
ao tema da sustentabilidade. Nesse espaço você encontra
artigos, notícias, análises e também pode adicionar seu próprio
blog, além de enviar comentários sobre todo o conteúdo.
GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA
redes e sustentAbiLidAde As relações entre responsabilidade social e sustentabilidade
empresarial e a importância da gestão de redes para o
desenvolvimento foram os assuntos da pós-conferência Redes
Sociais e Sustentabilidade, que aconteceu no dia 20, com a
participação do economista e estudioso de redes sociais David de
Ugarte, da Espanha, e do professor e analista político Augusto de
Franco. Durante a pós-conferência foi lançada a Escola-de-Redes,
uma iniciativa internacional que congrega pessoas dedicadas à
investigação teórica, à disseminação de conhecimentos sobre redes
sociais e à criação e transferência de tecnologias de netweaving,
que terá um primeiro ponto no Brasil na cidade de Curitiba.
superestruturAAs 1,2 mil pessoas que participaram do GFAL foram recebidas
com uma grande estrutura, pensada para atender a todas as
necessidades. O evento ocupou uma área de 3,3 mil metros
quadrados, divididos em dois pisos. No espaço de palestras, cada
uma das 125 mesas de trabalho recebeu um laptop interligado em rede.
Também foi montada uma lan house, com 12 computadores conectados à
internet. No piso superior, um lounge recebia os participantes interessados
em troca de experiências e networking, Entre os serviços oferecidos, um
café, bartender com drinks não alcoólicos e estande de massagens. Um
sistema de vídeo via web transmitiu ao vivo todas as palestras, além de
dois telejornais diários com os destaques do GFAL.
NotAs
proposições provocAtivAs - O presidente do Sistema
Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Rodrigo da Rocha Loures,
lançou durante o GFAL o livro Proposições Provocativas – ensaios sobre
sustentabilidade e educação. O livro está disponível no site do Global
Forum (www.globalforum.com.br), no campo downloads.
pActo GLobAL - O Global Forum América Latina também foi
um canal de divulgação do Pacto Global, uma iniciativa da ONU destinada
a promover a cidadania corporativa responsável. Com o objetivo de ampliar
o número de empresas brasileiras signatárias, foi realizada a Oficina de
COP (Comunicação de Progresso). Os 200 participantes – empresários,
representantes de organizações não-governamentais e membros da
academia – conheceram os princípios do pacto a partir de experiências
relatadas por empresas signatárias. Atualmente, participam do Pacto
Global 227 empresas brasileiras e 75 mil em todo o mundo.
AvAnços e desAFios - A trajetória do movimento de
Responsabilidade Social Corporativa nos últimos dez anos, tendências
e desafios, foram temas do evento paralelo ao GFAL realizado pelo
Instituto Ethos. Segundo o presidente do instituto, Ricardo Young, o
movimento registrou notável avanço no Brasil, “mas há ainda muitos
desafios, inclusive criar massa crítica que permita a formação de uma
cultura de responsabilidade social”.
diAGnóstico - Outro evento paralelo foi o Seminário de
Apresentação de Resultados do Diagnóstico de Sustentabilidade
Corporativa/Paraná, uma pesquisa-piloto feita em cinco empresas, sob
a coordenação da Fundação Brasileira de Desenvolvimento Sustentável
(FBDS), em parceria com a Unindus, Sesi e Senai. Clarrisa Lins, diretora
da FBDS, revelou que “as empresas estão mais atentas e sabem que
precisam adotar indicadores de ecoeficiência”.
de bem com o meio Ambiente - O gás carbônico
emitido durante o Global Forum América Latina (GFAL) foi neutralizado
por uma área reflorestada localizada no município de Porto Rico, no
Noroeste do Paraná.
Três encontros já estão agendados para dar continuidade ao
Global Forum América Latina e transformar em ações práti-
cas a reflexão sobre sustentabilidade realizada em Curitiba. O
primeiro Call for Action (chamada para a ação) será no Cietep,
em Curitiba, nos dias 29 e 30 de julho. Nos dias 20 e 21 de
agosto, acontece na Fecomercio, em São Paulo, um encontro
preparatório para o segundo Call for Action, que acontecerá
nos dias 20 e 21 de novembro, também em São Paulo.
Além disso, no fim de outubro o presidente do Sistema Fiep,
Rodrigo da Rocha Loures, vai a Puebla, no México, para o en-
contro do Cladea (Consejo Latinoamericano de las Escuelas
de Administración). Ele vai apresentar a representantes das
maiores escolas de Administração da América Latina as
proposições reunidas no Global Forum em Curitiba.
O resultado de todos esses debates será levado ao Global Fo-
rum de Cleveland, em junho de 2009.
A idéia é promover, a partir de agora, uma chamada coletiva
para que os participantes do Global Forum e outras pessoas
que desejem se agregar ao movimento se convertam em
agentes de iniciativas concretas em favor da sustentabilidade.
Os três dias do GFAL deixaram claro que esta pode ser a maior
oportunidade econômica, social e de negócios do século 21.
GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA
Novos eNcoNtRos DÃo seqÜêNciA Ao GLobAL FoRUM
Rodrigo da Rocha Loures
O desafio é definir como essa oportunidade pode ser aproveitada por cada
um de nós, pelas empresas, pelas universidades e grupos sociais.
Para isso, é importante o envolvimento de todos no acompanhamento dos
resultados do GFAL. Inscreva-se para os próximos encontros e mantenha-se
informado pelo site www.globalforum.com.br.