INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Capítulo 3 – Parte 2 Instalações para iluminação e aparelhos...

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Capítulo 3 – Parte 2

Instalações para iluminação

e aparelhos eletrodomésticos

2.° semestre de 2005 Mauro Moura Severino

Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 2

Minuterias: telerruptor (mecanismo de relojoaria) e eletrônica

Sensor de presença

Tendência à automação

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Trabalho n.° 6: Conceituação de demanda e de curva de carga Conceituação e aplicação prática dos seguintes

fatores de projeto:Fator de utilização;Fator de demanda;Fator de diversidade;Fator de carga.

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Antes de elaborar o projeto, é fazer estimativa preliminar da carga:Potência que será instalada, como base

para cálculo da demanda máxima e para a consulta prévia à concessionária.

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À medida que o projeto vai sendo elaborado, e se procede ao estudo luminotécnico (ABNT NBR 5413: 1992 – Iluminância de interiores), vão sendo definidos, com maior exatidão, os pontos ativos, com suas respectivas cargas, de modo que se possa, ao final, dispor de elementos para o preparo de uma lista geral de carga, perfeitamente confiável.

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A estimativa preliminar costuma ser feita a partir da densidade de carga (W/m2 ou VA/m2) e das áreas que serão servidas pela instalação.

Usam-se, em geral, tabelas de normas aprovadas ou de uso consagrado.

Ver tabela 3.2, p. 66, [2]

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Em residências e apartamentos: incandescente dispensa-se projeto luminotécnico inicialmente.

Prevê-se:Em cada dependência: 1 x 100 VA

(pequena) ou n x 100 VA (maior)Eventualmente: arandelas ou sancas de luz

indireta.

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Locais de habitação (9.5 da NBR 5410): locais utilizados como habitação.

Em cada cômodo ou dependência, deve ser previsto, pelo menos, um ponto de luz fixo no teto, comandado por interruptor.

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Nas acomodações de hotéis, motéis e similares, pode-se substituir o ponto de luz fixo no teto por tomada de corrente, com potência mínima de 100 VA, comandada por interruptor de parede.

Admite-se que o ponto de luz no teto seja substituído por ponto na parede em espaços sob escadas, depósitos, despensas, lavados e varandas, desde que de pequenas dimensões e onde a colocação do ponto no teto seja de difícil execução ou não-conveniente.

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Sobre interruptores para uso doméstico e análogo: ver ABNT NBR 6527.

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Como alternativa à ABNT NBR 5413:Em cômodo ou dependência <= 6 m2:

mínimo de 100 VA.Em cômodo ou dependência >= 6 m2:

mínimo de 100 VA para os primeiros 6 m2, acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m2 inteiros.

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Os valores apurados correspondem à potência destinada à iluminação para efeito de dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal das lâmpadas.

Escritórios e estabelecimentos comerciais e industriais: projeto de iluminação, principalmente se a iluminação for fluorescente ou a vapor de mercúrio.

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A NBR 5413: 1992 – Iluminância de interiores apresenta as prescrições quanto a cargas para iluminação, indicando o nível de iluminamento para vários locais.

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A NBR 5410: 2004 especifica que todas as tomadas de corrente devem ser do tipo com contato de aterramento (PE).

Os eletrodomésticos e as máquinas de escritório são, normalmente, alimentados por tomadas de corrente.

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Tomadas de uso geral (TUGs): aparelhos portáteis, como abajures, enceradeiras, aspiradores de pó, liquidificadores, batedeiras.

Tomadas de uso específico (TUEs): aparelhos fixos ou estacionários, que, embora possam ser removidos, trabalham sempre em um determinado local. É o caso dos chuveiros e torneiras elétricas, máquina de lavar roupas/louças e aparelho de ar-condicionado.

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O projetista deverá escolher criteriosamente os locais onde devem ser previstas as TUEs e prever o número de TUGs que assegure conforto ao usuário.

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Número mínimo de TUGs, segundo a ABNT NBR 5410.

Residências Banheiros: pelo menos um ponto, próximo ao

lavatório (com restrições de 9.1); Varandas: pelo menos um ponto. Admite-se que o

ponto seja instalado fora da varanda, mas próximo ao acesso, quando:Não comportar; Área < 2 m2;

Profundidade < 0,80 m.

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Cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de serviço, lavanderias e locais análogos: um ponto para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, sendo que, acima da bancada da pia, devem ser previstas, no mínimo, duas tomadas, no mesmo ponto ou em pontos distintos;

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Salas e dormitórios: pelo menos um ponto para cada 5 m, ou fração, de perímetro, devendo esses pontos serem espaçados tão uniformemente quanto possível.Salas de estar: possibilidade de que um

ponto alimente mais de um equipamento, sendo recomendável equipá-la com a quantidade de tomadas julgada adequada.

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Demais cômodos e dependências, pelo menos:Um ponto, se área <= 2,25 m2. Admite-

se que esteja até 0,80 m da porta de acesso, pelo lado de fora.

Um ponto, se 2,25 m2 <= área <= 6 m2.Um ponto para cada 5 m, ou fração, de

perímetro, se área > 6 m2, devendo esses pontos ser espaçados uniformemente.

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ComércioEscritórios com área <= 40 m2: uma

tomada para cada 3 m ou fração de perímetro, ou uma para cada 4 m2 ou fração de área (o que conduzir ao maior número de tomadas).

Escritórios com área > 40 m2: 10 tomadas para os primeiros 40 m2; uma tomada para cada 10 m2 ou fração de área restante.

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Comércio

Lojas: uma tomada para cada 30 m2 ou fração, não-computadas as destinadas a lâmpadas, vitrines e demonstração de aparelhos.

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Potência a prever nas tomadas

TUEs: potência nominal (de entrada) do aparelho a ser utilizado. Elas devem ficar a, no máximo, 1,5 m do local previsto para o equipamento a ser alimentado.

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TUGs (valores mínimos): Instalações residenciais, hotéis, motéis e similares:

Banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, no mínimo 600 VA por ponto, até três pontos, e 100 VA por ponto excedente, considerando-se cada um desses ambientes separadamente.

Demais cômodos: 100 VA por ponto. Instalações comerciais: 200 VA por ponto.

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A conexão do aquecedor elétrico de água ao ponto de utilização deve ser direta, sem uso de tomada de corrente.

Ver tabela 3.3, p. 67, [2]

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Potência instalada e potência de demanda

Pinst = Pn (inclusive tomadas) Não há funcionamento simultâneo: não seria

econômico dimensionar os alimentadores do quadro geral ao quadro terminal considerando a carga como Pinst.

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Considera-se, então, que a potência demandada Pd < Pinst e que

Pd = Palim = demanda máxima = f x Pinst

A experiência do projetista e o conhecimento das circunstâncias que influem no fator de demanda permitirão que seja encontrado um valor aplicável a cada contexto específico.

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Palim = f x (P1 + P2)

P2 = soma das potências dos aparelhos fixos P1 = soma das potências de iluminação, de

TUGs e TUEs que não se destinem à ligação de aparelhos fixos.

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Fator de potência

Resolução n.° 456/2000 da ANEEL:0,92 <= fp <= 1,0.

Por aparelho ou global?

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Intensidade de corrente Para se poder dimensionar os condutores e

dispositivos de proteção, deve-se calcular previamente a intensidade da corrente que os percorrerá.

Dois conceitos: corrente nominal e corrente de projeto.

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Corrente nominal: corrente de placa, especificada pelo fabricante.

Corrente de projeto: é a corrente que um circuito de distribuição ou terminal deve transportar, operando em condições normais, quando não se espera que todos os equipamentos a ele ligados estejam sendo utilizados.

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Corrente nominal (In) Monofásico (fase e neutro)

In = Pn/(V x x fp) Trifásico (3F + N) equilibrado

In = Pn/(3 x VF x x fp)

Trifásico (3F) equilibradoIn = Pn/(31/2 x VL x x fp)

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Exemplos

Ver tabela 3.4, p. 64, [1]

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Corrente de projeto (Ip) nos alimentadores Ip = In x f1x f2 x f3 x f4 f1 = fator de demanda f2 = fator de utilização: quando o equipamento

opera fora da Pn. Isso acontece com motores e não com lâmpadas e tomadas, aparelhos de aquecimento e de ar-condicionado (f2 = 1). Na falta de indicação para motores: f2 = 0,75

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Corrente de projeto (Ip) nos alimentadores Ip = In x f1x f2 x f3 x f4 f3 = fator que leva em conta um aumento futuro

da carga. Sem aumento: f3 = 1; com previsão: f3 = 1,25.

f4 = fator aplicável a circuitos de motores: f4 = 1,25 para um único motor; f4 = 1,25 para o maior motor, com vários.

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Divisão em circuitos Objetivos:

Limitar as conseqüências de uma falta, que provocará apenas o seccionamento do circuito defeituoso.

Facilitar as verificações, os ensaios e a manutenção.

Evitar perigos que possam resultar da falha de um único circuito.

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Deve-se procurar dividir os pontos ativos (luz e tomadas) de modo que a carga, isto é, a potência se distribua, tanto quanto possível, uniformemente entre as fases do circuito, e de modo que os circuitos terminais tenham aproximadamente a mesma potência.

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Além disso:

Todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente dedicado, equipamento com In > 10 A deve constituir circuito independente.

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Os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos devem ser atendidos por circuitos exclusivamente destinados à alimentação de tomadas desses locais.

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Em locais de habitação, admite-se, como exceção, que pontos de tomada, excetos os indicados no tópico anterior, e pontos de iluminação possam ser alimentados por circuito comum, desde que: IB (Ip) do circuito comum < 16 A; Os pontos de iluminação não sejam alimentados, na

totalidade, por um só circuito, caso seja o comum; Os pontos de tomada, já excluídos os de cozinhas e

análogos, não sejam alimentados, na totalidade, por um só circuito, caso seja o comum.

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Equipamentos com Pn >= 1.200 W devem ser alimentados por circuitos individuais.

Aparelhos de ar-condicionado: circuitos individuais.

Cada circuito deve ter um condutor neutro exclusivo.

Sempre que possível, devem-se projetar circuitos independentes para quartos, salas (dependências sociais), cozinhas e dependências de serviço.

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Circuitos de iluminação e de tomadas devem estar separados.

Cada circuito partindo do quadro terminal deve, sempre que possível, ser projetado para corrente de 15 A, podendo chegar a 20 A e, no caso de chuveiros e torneiras elétricas em circuito fase-neutro, a corrente ainda maiores.

Prescrições mínimas: Residências: 1 circuito para cada 60 m2 ou fração; Escritórios e lojas: 1 circuito para cada 50 m2 ou

fração.

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As proteções dos circuitos de aquecimento ou de ar-condicionado de uma residência podem ser agrupadas no quadro geral ou em quadro separado.

Quando um mesmo alimentador abastece vários aparelhos individuais de ar-condicionado, deve haver uma proteção para o alimentador geral e uma proteção junto a cada aparelho.

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Trabalho n.° 7

Trabalho n.° 8

Trabalho n.° 9

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