Instrumentos Musicais - Princípios, Práticas e Ferramentasvanini/palestra06_11.pdf · Violão com...

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Instrumentos Musicais - Princípios,

Práticas e Ferramentas

O título é uma paródia com título de um livro muito usado em computação: "Compiladores, princípios, práticas e ferramentas".

Idéia geral: princípios, valores e materiais

Princípios: membranófonos: instrumentos baseados em 'membranas vibrantes' cordófonos: baseados em cordas vibrantes

Materiais: madeira A idéia dos dois slides que se seguem é mostrar a estrutura da madeira, em anéis de crescimento e como eles ´evoluem´ ao longo do tempo: isso define a melhor forma de cortar a madeira em função do seu uso no instrumento.

Os desafios: cada instrumento tem suas características e desafios ao construtor.

Ferramentas: algumas das principais ferramentas usadas na construção de instrumentos. Algumas dessas ferramentas eu desenvolvi e hoje o pessoal copia (não me importo).

Estrutura do tampo (viola, violão, bandolim, etc)

Decoração: a roseta (viola, violão, bandolim, etc) ('cots' é uma menção a 'component off the shelf', usado em software para caracterizar 'componentes de prateleira', prontos para usar).

´Máquina´ para curvar as laterais (viola, violão)

Montagem do corpo: violão, viola

Construção do braço (estilo espanhol, em duas peças)

Encaixe do braço no corpo, do tipo 'rabo de andorinha'

Violão flamenco, em construção (o único feito rigorosamente de acordo com uma planta)

Outro violão: todo feito com madeiras brasileiras (marupá e jacarandá)

Viola caipira: para reduzir os problemas de afinação, críticos no caso da viola, o cavalete deve ser ajustado em função das cordas usadas.

Rabeca: detalhes da construção (técnica similar à do violino)

Rabeca feita 'de a meia': o Fábio fez a cabeça da fera e eu fiz o resto. O corpo é em marupá e os acessórios (escala, cordal, cravelhas) são feitos de amapá.

Materiais alternativos: rabecas em bambu e cabaça (faltou a fibra de vidro)

Materiais alternativos: gamela (comprada em loja de macumba)

A Marreca: feita a partir de uma fruteira em forma de pato, vendida em lojas de artesanato. Graças ao cavalete, tem um som de cítara indiana, mas com afinação de viola.

Viola da Gambi: um instrumento de arco, com trastes de madeira, prá ser tocado entre as pernas (como uma viola da gamba).

Pescoção: esse instrumento, de bambu, 3 cordas graves, foi feito para tocar como se fosse um berimbau. Não tive tempo de desenvolver a técnica: o Ivan Vilela levou para o estúdio e andou tocando como se fosse um contrabaixo (tem um som bem característico).

Falsa viola de cocho: instrumento inspirado na viola de cocho do pantanal, mas feita com as técnicas 'normais' de construção do violão. Os trastes originalmente eram de barbante encerado e foram trocados por trastes em madeira.

Violão com o 'recorte' mais acentuado, possibilitando o acesso mais fácil à toda a escala.

Alguns instrumentos em construção (o alaúde está de boca prá baixo porque ainda não tem tampo nem roseta)

Os elétricos: foi aí que tudo começou...

Álbum de família: não deu prá colocar nem a metade, preciso de um album maior.

O processo: aqui fiz uma analogia com o processo de engenharia de software. Essa guitarra eu fiz prá ser ergonômica. Comecei fazendo o instrumento sem captadores nem acabamento e fui acertando a forma prá ficar confortável pra mim, tocando sentado no meu sofá. Só depois coloquei os captadores e dei um acabamento mais ou menos. Ainda não considero pronta, já estou fazendo umas mudanças. Acho que nunca vai ficar pronta. Na apresentação ninguém entendeu a menção ao Geraldo Vandré ('prá não dizer que não falei das flores') - era todo mundo jovem.