INTERTEXTUALIDADE INTERDISCURSIVIDADE Interdiscursividade No conteúdo: Queremos ser uma nação...

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INTERTEXTUALIDADE

INTERDISCURSIVIDADE

Interdiscursividade

No conteúdo:

Queremos ser uma nação unida, e vocês meus jovens formarão esta nação. No futuro não desejamos ver classes e vocês precisam fazer com que isso apareça entre vocês.

Noventa milhões em açãoPra frente Brasil, no meu coração(...)De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão!

-Hitler, falando à juventude Nazista Alemã-Tema do Brasil na Copa de 1970

IntertextualidadeIntertextuais e interdiscursivos:

Canção do Exílio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.

Em  cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar –sozinho, à noite– Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que disfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.  Do livro Primeiros cantos (1847) de Gonçalves Dias.

Hino Nacional BrasileiroDo que a terra, mais garrida,Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;"Nossos bosques têm mais vida","Nossa vida" no teu seio "mais amores."

Joaquim Osório Duque EstradaNova canção do exílioUm sabiá na palmeira, longe.Estas aves cantam um outro canto.O céu cintila sobre flores úmidas.Vozes na mata, e o maior amor.Só, na noite,seria feliz: um sabiá, na palmeira, longe.Onde é tudo belo e fantástico, só, na noite, seria feliz.(Um sabiá, na palmeira, longe.)Ainda um grito de vida e voltar para onde tudo é belo e fantástico: a palmeira, o sabiá, o longe.

Carlos Drummond de Andrade

IntertextualidadeIntertextuais, mas não interdiscursivos e com o mesmo tema:

Canção do Exílio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.

Em  cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar –sozinho, à noite– Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que disfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.  Do livro Primeiros cantos (1847) de Gonçalves Dias.

Canção do exílio às avessasMinha Dinda tem cascatas Onde canta o curióNão permita Deus que eu tenhaDe voltar pra Maceió.Minha Dinda tem coqueirosDa ilha de MarajóAs aves, aqui, gorjeiam não fazem cocoricó.O meu céu tem mais estrelasMinha várzea tem mais cores.Este bosque reduzidoDeve ter custado horrores.E depois de tanta planta,Orquídea, fruta e cipóNão permita Deus que eu tenhaDe voltar pra Maceió.

Jô Soares (fragmento)

Intertextualidade

Intertextualidade

Intertextualidade

Intertextualidade

Texto I

Texto IIBrixton, Bronx ou BaixadaO RappaO que as paredes pichadas têm prá me dizerO que os muros sociais têm prá me contarPorque aprendemos tão cedo a rezarPorque tantas seitas têm, aqui seu lugarÉ só regar os lírios do gueto que o BeethovenNegro vêm prá se mostrarMas o leite suado é tão ingrato que as ganguesVão ganhando cada dia mais espaçoTudo, tudo, tudo ,tudo ,tudo ,tudo , tudo ,todo igualBrixton, Bronx ou Baixada (refrão)A poesia não se perde ela apenas se convertePelas mãos no tamborQue desabafam histórias ritmadas como únicoSocorro promissorCada qual com seu James BrownSalve o samba, hip-hop, reggae ou carnavalCada qual com seu Jorge BemSalve o jazz, baião, e os toques da macumbaTambémDa macumba também

A função poética da linguagem é marcante durante boa parte do texto. Ora pelo jogo de imagens contemporâneas, ora pelo aspecto rítmico.. Encontre nos fragmentos a presença clara de outra função.

a) “O que as paredes pichadas têm prá me dizerO que os muros sociais têm prá me contar”b) “É só regar os lírios do gueto que o BeethovenNegro vêm prá se mostrar”c) “Mas o leite suado é tão ingrato que as ganguesVão ganhando cada dia mais espaço”d) “Tudo, tudo, tudo ,tudo ,tudo ,tudo , tudo ,todo igualBrixton, Bronx ou Baixada”e) “A poesia não se perde ela apenas se convertePelas mãos no tambor”

Sobre os textos I e II é correto afirmar:

a) Na analise discursiva do texto II é mais contundente uma vez aborda com mais detalhes a realidade dos morros brasileiros.

b) Há uma intertextualidade entre os textos na figura da população marginalizada das periferias.

c) Houve um processo interdiscursivo visto que o ponto de vista é o mesmo a respeito da falta de oportunidades em relação ao pobre no Brasil.

d) O texto I é uma paródia do texto II, pois apresenta personagens caricaturados.

e) O texto II parafraseou o texto I porque na construção dialógica um não altera a estrutura discursiva do outro.

Texto I

Texto II

Texto III

Texto IV

 sobre os textos é correto afirmar:a) A abordagem temática dos textos é o fenômeno da variação linguística, a pouca relevância que a variante não padrão possui para o estudo linguístico e a importância do contexto da enunciação.

b) O texto I abrange o universo do homem marginalizado que não teve acesso a uma educação de qualidade e está fadado a viver nas periferias.

c) O textos I e II abordam o caipira que por sua linguagem própria tem dificuldade de ser compreendido pelo homem da cidade.

d) O aspecto linguístico dos textos é o tema central em que predomina o aspecto cultural sobre o social.

e) Todos os textos abordam de forma bem humorada a diversidade linguística brasileira na qual os aspectos cultuais e sociais são elementos decisivos para a construção de tal diversidade.

Assinale o fragmento do texto II que melhor represente o processo intertextual com o I :a)“Eu não quero aqueleEu não quero aquiloPeixe na boca do crocodiloBraço da Vênus de Milo acenando tchau”

b) “Quero a Guanabara, quero o Rio NiloQuero tudo ter, estrela, flor, estiloTua língua em meu mamilo água e sal

c) “Tudo quero mais ou menos quantoVida vida, noves fora, zero”

d) “O melhor futuro: este hoje escuroO maior desejo da boca é o beijoEu não quero ter o Tejo escorrendo das mãos”

e) “Eu não quero ver você cuspindo ódioEu não quero ver você fumando ópio, pra sarar a dorEu não quero ver você chorar venenoNão quero beber o teu café pequenoEu não quero isso seja lá o que isso for”

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

FUNÇÃO EMOTIVA

ÊNFASE NO EMISSOR

CARACTERÍSTICASSUBJETIVIDADE – Predomínio da primeira

pessoaVISÃO INTIMISTAUNILATERALIDADEPREOCUPAÇÃO COM O “EU”OPINIÕES E RELATOS PESSOAIS

Não sei quem sou, que alma tenho.Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.Sinto crenças que não tenho.Enlevam-me ânsias que repudio.A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta

Fernando Pessoa

FUNÇÃO REFERENCIALINFORMATIVA

COGNITIVA

ÊNFASE NO REFERENTEASSUNTO

FUNÇÃO REFERENCIAL

ÊNFASE NA INFORMAÇÃOCONHECIMENTO E ESCLARECIMENTOOBJETIVIDADELINGUAGEM DENOTATIVAVISÃO UNIVERSAL PREFERÊNCIA PELA 3ª PESSOA TESES, TEXTOS JORNALÍSTICOS, CIENTÍFICOS

20/08/2009 - 14h00 Mulher diz que foi atacada por David Copperfield da Associated Press, em Seattle Uma mulher entrou com um processo contra o mágico David Copperfield alegando que foi ameaçada e atacada sexualmente por ele enquanto passava alguns dias como hóspede da ilha particular de Copperfield nas Bahamas.

Os advogados do mágico, Angelo Calfo e Parry Eakes, negam as acusações e afirmam que o processo é uma "extorsão de dinheiro planejada e simples". O jornal "Seattle Times" afirma que a mulher é uma modelo de 22 anos e antiga candidata ao Miss Washington. Ela diz que conheceu Copperfield quando ele se apresentou na cidade de Kennewick, em 2007, e naquele ano foi convidada para visitar sua ilha particular. O jornal também afirma que o processo foi registrado em 29 de julho de 2007 em um tribunal de Seattle contra David Seth Kotkin, nome de batismo de Copperfield.

FUNÇÃO CONATIVAAPELATIVA

ÊNFASE NO RECEPTOR

FUNÇÃO CONATIVAMUDAR HÁBITOSINFLUENCIARCONVENCER / PERSUADIRORDENARCONVIDARAPELARSUGESTIONAR

CARACTERÍSTICASVerbos no imperativoOrações optativas (expressam desejos)Referência direta ao receptor

Desejo a você,fruto do mato,cheiro de jardim,namoro no portão,domingo sem chuva,segunda sem mau humor,sábado com seu amor,filme do Carlitos,chope com amigos,crônica de Rubem Braga,viver sem inimigos,filme antigo na TV,ter uma pessoa especial,e que ela goste de você,música de Tom com letra de Chico,frango caipira em pensão do interior,ouvir uma palavra amável,ter uma surpresa agradável,ver a banda passar,noite de lua cheia,

FUNÇÃO METALINGUÍSTICA

ÊNFASE NO CÓDIGO

FUNÇÃO METALINGUÍSTICACódigo abordando o próprio códigoPoema que fala de poemaMúsica que fala de músicaTeatro que fala de teatro

Gastei uma hora pensando em um verso

que a pena não quer escrever.No entanto ele está cá dentroinquieto, vivo. Ele está cá dentroe não quer sair.Mas a poesia deste momentoinunda minha vida inteira. Drummond

FUNÇÃO FÁTICA

ÊNFASE NO CANAL

FUNÇÃO FÁTICA

Testar o canal de comunicaçãoAvaliar o nível de entendimento

-Alô-Alô-Hummm-Heinnn?-Alô

-E aí, cara, tudo bem?- Tudo, e lá?- Indo, tipo assim, né?- Pô, e a meninada?- É, sei lá, vai

LINGUAGEM POÉTICA

ÊNFASE NA MENSAGEM

FUNÇÃO POÉTICAPreocupação estética Linguagem repleta de figurasCombinações sonoras, visuais Provoca impacto quer seja visual, emotivo

ou mesmo sonoroJogo de palavras Pode agir conjuntamente em quase todas

as outras funções

ConstruçãoChico Buarque

Amou daquela vez como se fosse a últimaBeijou sua mulher como se fosse a últimaE cada filho seu como se fosse o únicoE atravessou a rua com seu passo tímidoSubiu a construção como se fosse máquinaErgueu no patamar quatro paredes sólidasTijolo com tijolo num desenho mágico

Seus olhos embotados de cimento e lágrimaSentou pra descansar como se fosse sábadoComeu feijão com arroz como se fosse um príncipeBebeu e soluçou como se fosse um náufragoDançou e gargalhou como se ouvisse músicaE tropeçou no céu como se fosse um bêbadoE flutuou no ar como se fosse um pássaroE se acabou no chão feito um pacote flácidoAgonizou no meio do passeio públicoMorreu na contramão atrapalhando o tráfego