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ISRAEL E A

QUESTÃO

PALESTINA

07/08/2017 1 www.nilson.pro.br

Origem do Judaísmo Os relatos bíblicos são a principal fonte de

informações para entender as origens dos judeus.

Segundo a Bíblia, Abraão recebeu de Deus a missão de levar seu povo até Canaã, a Terra Prometida, região que passaria a ser conhecida como Palestina.

Em 37 a .C., a Palestina se tornou província do Império Romano , quando o Templo de Jerusalém, sagrado para os judeus, foi destruído. Até hoje, o que sobrou do muro do Templo é considerado sagrado. 07/08/2017 2

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A DIÁSPORA No ano de 135, o imperador romano

expulsou os judeus da Palestina. O povo

judeu então se espalhou por todo o mundo,

num movimento conhecido como diáspora.

Os judeus levaram seus costumes e tradições

para todo o mundo. Mesmo adotando as

línguas e os costumes dos países onde

passaram a viver conseguiram preservar

suas tradições e crenças, reunidas nos cinco

primeiros livros da Bíblia, chamados Torá.

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O Movimento Sionista Movimento que defendia a volta dos judeus

a sua área original e o estabelecimento de um Estado judaico na Palestina .

Em finais do século XIX, os imigrantes judeus provenientes da Europa começaram a adquirir terras na Palestina.

O Reino Unido reconhecia como legítimo o movimento migratório de retorno à Terra Prometida , chegando a formalizar o direito do povo judeu estabelecer um lar nacional na palestina num documento conhecido como Declaração Balfour.

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Os árabes que viviam na Palestina,

quase todos muçulmanos sunitas,

sentiam-se ameaçados pelo movimento

sionista e pela política inglesa. Temiam

ser submetidos e desapropriados pelos

judeus.

Após a 1ª Guerra Mundial a Palestina

passou a ser controlada pelos britânicos

e a divisão entre palestinos e judeus

ficou cada vez mais clara.

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A criação do Estado de Israel

Em 1945, com o fim da 2ª Guerra Mundial,

os conflitos entre judeus e árabes palestinos

havia tornado a situação da palestina

britânica insustentável.

A imigração judaica para Palestina não

parava de crescer.

A simpatia pelo movimento sionista crescia

em todo mundo principalmente pelo

sofrimento dos judeus nas mãos dos

nazistas durante a guerra. 07/08/2017 7

Os árabes queriam garantir sua presença na

Palestina e para isto realizaram duas

conferências no Egito: em Alexandria, um

1944, e no Cairo, em 1945, que resultaram

na criação da Liga dos Estados Árabes,

cujo principal objetivo era a defesa da

presença árabe na Palestina.

Em 1947 o Reino Unido entregou o assunto

a ONU que decidiu pela partilha da

Palestina entre judeus e árabes palestinos.

Os judeus ficariam com 55% enquanto os

palestinos ficariam 45% do território. 07/08/2017 8

A partilha da Palestina (1947)

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A Liga Árabe não aceitou os termos da

partilha proposta pela ONU.

Os exércitos do Egito, Jordânia, Iraque, Síria

e Líbano avançaram contra Israel que os

enfrentou e os expulsou. A população árabe

abandonou suas casas e terras e refugiou-se

em países árabes vizinhos.

Em 1949, com aprovação da Onu, Israel

passou a ocupar cerca de 75% da Palestina.

A faixa de Gaza ficou para o Egito e a

Cisjordânia para a Jordânia. O estado árabe

da Palestina tinha sumido do mapa. 07/08/2017 10

Israel ( 1949)

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Milhares de palestinos deixaram suas casas

para morar em campo de refugiados

espalhados por países árabes como : Síria,

Jordânia, Líbano e na Faixa de Gaza.

Surgiu uma nova geração de palestinos no

exílio ,educada em países árabes, mas com

uma lembrança e o crescente desejo de

restabelecer sua pátria na Palestina.

Grande parte da comunidade árabe

continua não reconhecendo a existência de

Israel, considerando ilegítima essa divisão.

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Desde então , o conflito árabe-israelense já

fez milhares de vítimas . É raro uma família

em Israel, seja de árabes ou de judeus que

não tenha perdido algum familiar em

decorrência do conflito.

No final da década de 1950, começaram a

surgir vários grupos políticos nos campos

de refugiados palestinos.

O principal deles, o Al Fatah, realizava

sabotagens contra Israel, enquanto tentava

reunir forças para um confronto direto com

os israelenses. 07/08/2017 13

A partir de 1965 Israel passou a responder as provocações dos palestinos atacando os Estados árabes que apoiavam esses grupos.

Foi a oportunidade que os Estados árabes esperavam para começar uma guerra.

Guerra dos seis dias :

Em 1967, o Egito fechou o Golfo de Ácaba, impedindo que os navios israelenses circulassem. Israel atacou o Egito e destruiu sua força aérea, ocuparam a Península do Sinai até o Canal de Suez, além de Jerusalém Oriental, da Cisjordânia e as colinas de Golan, na Síria

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Israel após a Guerra dos 6 dias

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Guerra de Yom Kippur :

Forças conjuntas de vários países árabes atacam Israel no dia de Yom Kippur ( dia do perdão) , a data mais sagrada dos judeus. Mesmo assim os judeus viraram o jogo e expulsaram os árabes , provando a superioridade de seu exército. Contavam também com o apoio dos EUA, que forneciam armamento de última geração a Israel.

Acordo de Camp David : Egito sela a paz com Israel que devolve a Península do Sinai. 07/08/2017 16

A ação política do Al-Fatah deu origem a

Organização para Libertação da Palestina (

OLP), em 1964, com o objetivo de lutar

contra a existência do Estado de Israel.

Seus membros propunham uma luta

incansável pela conquista de Jerusalém e

da Palestina. Patrocinavam atentados

terroristas em locais públicos em Israel ou

em lugares onde houvesse concentração de

judeus.

Em 1987 explode a Intifada, ou revolta

das pedras, movimento de resistência

palestina contra a ocupação israelense.

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Evitando o uso de armas, a população palestina praticou a desobediência civil : não respeitava o toque de recolher do exército israelense, saía as ruas para protestar, desfiando de todas as formas o governo de Israel.

Com a Intifada, o movimento palestino ganhou simpatia da opinião pública internacional, revelando um povo palestino que vive em territórios ocupados por israelenses.

Com a Intifada, a OLP passou a considerar cada vez mais a opinião nos territórios ocupados e seu desejo de encerrar a ocupação.

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1993 – Acordo de Oslo : foi uma série de

acordos entre o governo de Israel e o

Presidente da OLP, Yasser Arafat

mediados pelo então presidente dos EUA,

Bill Clinton. Se comprometiam a unir

esforços para a realização da paz entre os

dois povos. Estes acordos previam o

término dos conflitos, a abertura das

negociações sobre os territórios ocupados, a

retirada de Israel do sul do Líbano e a

questão do status de Jerusalém.

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1995 – Primeiro Ministro de Israel ,

Yitzhak Rabin, e o presidente da OLP,

Yasser Arafat, assinaram um documento

estabelecendo os princípios de

transferência da Faixa de Gaza e de parte

do território e de parte do território da

Cisjordânia para que os palestinos

formassem seu próprio Estado.

Desde então a OLP se transformou em

ANP (Autoridade Nacional Palestina), que

seria responsável pelo controle político do

novo Estado.

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O acordo de Oslo não foi suficiente para

trazer paz à região: Rabin foi assassinado

em 1995 por um extremista judeu.

Grupos radicais islâmicos como o Hamas e

o Jihad não reconheceram os acordos

realizados pela OLP e pela sua sucessora

ANP e continuam a fazer atos de

terrorismo contra Israel.

Milhares de colonos israelenses juram que

jamais sairão das colônias da Cisjordânia,

nem que seja preciso criar milícias para

substituir as tropas israelenses. 07/08/2017 21

Diante do impasse explode uma nova

Intifada em setembro de 2000.

A reação de Israel foi violenta:construiu

um muro separando os povos árabes das

colônias judaicas da Cisjordânia,

impedindo a circulação dos palestinos e

enviou tropas para as principais cidades

palestinas.

O líder Yasser Arafat se transformou em

prisioneiro em seu próprio quartel general,

cercado pelo exército de Israel, de onde só

saiu em 2004, gravemente enfermo. 07/08/2017 22

Muro que separa árabes

palestinos e judeus

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Em agosto de 2005 Israel decidiu esvaziar todas as colônias judaicas da Faixa de Gaza, depois de 38 anos de ocupação. Quatro colônias da Cisjordânia também foram desativadas e cerca de15 mil judeus foram removidos.

Apesar desta retirada ainda restam mais de 100 colônias judaicas na Cisjordânia e o governo de Israel não está disposto a continuar com as remoções.

Israel também não pretende abrir mão de Jerusalém, reivindicada pelos palestinos para ser a capital de seu futuro Estado.

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O Hamas já avisou que usará todas as

armas para lutar pela libertação da

Cisjordânia e de Jerusalém Oriental.

Junho de 2009 : O ministro de Assuntos

exteriores de Israel, Lieberman, afirmou

que o governo israelense está disposto a

iniciar um diálogo com os palestinos : se

referiu pela primeira vez à criação de um

“Estado Palestino”, mas fez uma série de

requisitos à ANP, como por exemplo que

seja um território desmilitarizado.

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O presidente dos EUA, Obama, pediu uma total

paralisação das construções nas colônias judias,

um dos principais empecilhos no processo de paz

entre israelenses e palestinos.

Extremistas da direita nacionalista israelense

anunciaram suas intenções de construir nas

próximas semanas 30 novas áreas judias na

Cisjordânia.

Meir Bretler, membro do grupo “Lealdade àa

Terra de Israel”, integrado por colonos judeus,

declarou que algumas áreas serão levantadas em

lugares onde não há assentamentos a fim de se

estender no território o máximo possível.

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O movimento islâmico Hamas condenou o

discurso feito pelo ministro israelense e

considerou inaceitáveis as condições impostas

para a criação de um “ Estado Palestino”.

Segundo Ismail Radwan , um dos líderes do

Hamas: ele negou os direitos legítimos do povo

palestino, como o direito ao retorno dos

refugiados e o reconhecimento de Jerusalém

como capital do futuro Estado palestino“. O

discurso é uma bofetada na cara de todos

aqueles que apostaram na opção das

negociações com Israel. Também representa

uma resposta aos árabes e palestinos que

defendem o diálogo de paz", disse. 07/08/2017 29

Radwan exortou também o povo palestino

e o mundo árabe em geral "a romper

qualquer laço com Israel".

Assim, podemos perceber que a paz ainda

está muito distante para esses povos.

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