SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO … · enquanto o Judaísmo e sua história milenar é relatada...

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

EDUCACIONAL

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Noeli Zanatta Milani

GUARAPUAVA – PR

2011

UNIOESTE – Universidade do Oeste do Paraná

Faculdade de História – Campus de Guarapuava

Noeli Zanatta Milani

UNIDADE DIDÁTICA

Produção Didática Pedagógica - Unidade Didática - apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste - Campus de GuarapuavaOrientação: Professor Prof.ª Ms. Cerize Nascimento Gomes

GUARAPUAVA – PR

2011

Secretaria de Estado da Educação – SEED

Superintendência da Educação - SUED

Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – DPPE

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

1. IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Noeli Zanatta Milani

Área PDE: História

NRE: Pato Branco

Professor Orientador: Profª Ms. Cerize Nascimento Gomes

IES vinculada: UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro-Oeste – Guarapuava -

PR

Escola de Implementação: Colégio Estadual Agostinho Pereira-EFM

Público objeto de intervenção: Alunos da 1ª Série do Ensino Médio do Colégio

Estadual Agostinho Pereira-EFM, de Pato Branco.

2. TEMA DE ESTUDO NA INTERVENÇÃO: Didática para o Ensino de História

3. TÍTULO: A escola a favor da diversidade: estratégias para desenvolver conteúdos didáticos de história com abordagens temáticas sobre as religiões.

4. APRESENTAÇÃO

A diversidade e a intolerância religiosa são temas tão importantes que exigem

reflexões e debates também no âmbito da escola, a partir dos seus contextos históricos.

O não tratamento dessa temática em sala de aula ou a ausência da escola em relação

a este debate pode ser interpretado como o resultado de uma falta de relação entre os

eventos históricos e a realidade social, bem como pela adoção de metodologias

tradicionais ou ultrapassadas. De acordo com as DCEs de História, devemos:

Entender que as relações de poder são exercidas nas diversas instâncias sócio-históricas (...) permite ao aluno perceber que tais relações estão no seu cotidiano. Assim, ele poderá identificar onde estão os espaços decisórios, porque determinada decisão foi tomada, de que forma foi executada ou implementada, e como, quando e onde reagir a ela. (DCE, 2008, p.66 - 67).

O maior desafio da humanidade neste século XXI é aprender a conviver com as

diferenças. Na escola podemos colaborar para que isso ocorra. Em nossas ações

pedagógicas, a intolerância religiosa poderá ser trabalhada. Não podemos ficar

indiferentes a essa questão. A intolerância religiosa existe e se manifesta também no

cotidiano escolar. Segundo Itani:

Pode-se mesmo afirmar que o preconceito faz parte de nosso comportamento cotidiano. (...). A sala de aula não escapa disso (...). Para trabalhar os conflitos decorrentes da intolerância é preciso compreendê-las, saber como se manifestam e em que bases são expressas, notadamente se levarmos em conta que elas não podem ser analisadas fora de seus contextos. (ITANI, 1998, p.119).

Ou seja, justamente porque o preconceito é um forte componente no nosso

imaginário social, muitas vezes até de maneira inconsciente, necessariamente deve ser

debatido.

5. OBJETIVOS

5.1. Objetivo geral

Possibilitar estudos e reflexões sobre a diversidade religiosa, desde os

primórdios da humanidade, no intuito de promover o respeito às diferentes crenças,

através de novas estratégias didático-metodológicas nas aulas de Historia.

5.2. Objetivos específicos

5.2.1. Promover a formação de grupos de estudos para leitura, produção de textos e

apresentação de resultados.

5.2.2. Desenvolver uma pesquisa exploratória com os discentes sobre as várias

crenças religiosas que predominaram em diversos momentos históricos da

humanidade.

5.2.3. Identificar as diferenças e as semelhanças existentes entre religiões no mundo.

5.2.4. Estimular o debate sobre as consequências históricas da intolerância religiosa.

5.2.5. Orientar a elaboração de diversos tipos de textos sobre diversidade e

intolerância religiosa.

5.2.6. Promover um evento científico-cultural para a divulgação dos trabalhos dos

alunos, envolvendo toda a comunidade escolar.

6. PROCEDIMENTOS

Para desenvolver o tema “A escola a favor da diversidade: estratégias para

desenvolver conteúdos didáticos de história com abordagens temáticas sobre as

religiões” utilizaremos várias atividades como leituras, debates, pesquisas, vídeos

relacionados, questionários, elaboração de textos, etc. Como recursos didáticos utilizar-

se-á imagens fotográficas , músicas, filmes.

Os alunos serão convidados para a formação de grupos de trabalho e de

estudos, cujo intuito será a realização de pesquisas, produção de textos, criação de

paródia musical, entre outras atividades descritas nas estratégias de ação deste

projeto.

A avaliação será feita através do envolvimento de cada aluno e do seu grupo,

bem como através de atividades solicitadas. Será processual e contínua, conforme

mudança de conceitos e atitudes.

7. CONTEÚDOS DE ESTUDO

A diversidade religiosa; Guerras e conflitos por motivos religiosos; 11 de Setembro;

Procurar-se-á mobilizar os alunos para que promovam reflexões sobre a diferença

de crenças e o preconceito a partir de relações entre o cristianismo, o judaísmo e o

islamismo que são as três maiores religiões monoteístas. Entender as diferenças entre

essas três religiões é meio caminho para compreender os conflitos mundiais globais do

passado e da atualidade. Praticamente todos os acontecimentos históricos, a partir, da

medievalidade estão relacionados a essas crenças.

8. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO OU ATIVIDADES DA UNIDADE DIDÁTICA

8.1. ATIVIDADE 1 – FORMAÇÃO DE GRUPOS DE TRABALHO E DE ESTUDOS -

GTEs

A primeira atividade prevista com a turma do 1.º Ano do Ensino Médio do Colégio

Estadual Agostinho Pereira-EFM, de Pato Branco, será a formação de grupos trabalho

e de estudos – GTEs, com os quais serão realizadas atividades de pesquisa, leitura,

interpretação e produção de textos, análise de imagens, músicas e filmes, entre outras.

Optou-se pela formação de GTEs para promover a realização de atividades conjuntas e

proporcionar o maior envolvimento da turma com as atividades propostas.

8.2. ATIVIDADE 2 – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS FOTOGRÁFICAS

A metodologia do uso de fotografias em história é um recurso cada vez mais

utilizado para facilitar o processo educativo no que diz respeito à reflexão e

aprendizagem de temas diversos. A análise da imagem tem o poder de relembrar fatos

ocorridos em determinados processos históricos e sociais. A partir da leitura das

imagens podem ser (re) construídos novos conceitos. Assim sendo, a atividade que

propomos para dar início à abordagem sobre intolerância religiosa quando da

implementação do projeto em sala de aula é justamente um estudo sobre as imagens

que seguem.

Imagem 1: Disponível em: http://www.creativecommons.org.br/. Arquivo

acessado em 16 de maio de 2011

QUESTIONAMENTOS

Você conhece essa pessoa da foto?

O que você sabe sobre ela?

Qual é a sua religião?

Imagens 2 e 3: Disponíveis em: http//:WWW. pt.wikipedia.org e apanaceiaessencial.blogspot.com. Arquivos acessados em 10 de maio de 2011.

QUESTIONAMENTOS

O que o seu grupo sabe sobre estas imagens?

Onde, quando, como e porque ocorreu esse episódio?

Qual a relação entre as três imagens?

8.3. ATIVIDADE 3 – PESQUISA MIDIÁTICA

Após a análise das imagens, os grupos deverão pesquisar em jornais, revistas e

internet artigos ou reportagens sobre a temática retratada. Os materiais identificados

deverão ser expostos e apresentados em sala de aula.

8.4. ATIVIDADE 4 : LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

TEXTO DE APOIO I

Judaísmo, Cristianismo e Islamismo:

Tolerância e intolerância religiosa

Por Paula Martins Xavier e Ivan Aparecido Manoel

Religião: Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2004), religião é a

crença na existência de uma força ou de forças sobrenaturais, um conjunto de dogmas

e práticas que geralmente envolvem tal crença, uma observação aos princípios

religiosos, uma devoção. O conceito religião,em seu sentido original, diz respeito

apenas a um conjunto de regras, observâncias, advertências e interdições sem fazer

referências a quaisquer divindades, mitos, celebrações ou qualquer tipo de

manifestação que hoje consideramos como religiosas. Esse termo foi construído

histórica, social e culturalmente ao longo dos anos nas sociedades ocidentais,

adquirindo, após o advento do cristianismo, um sentido estreitamente relacionado a

esta tradição.

Considerando essas duas definições, notamos que o estudioso das manifestações

religiosas e de seus fenômenos deve sempre estar atento às definições dadas tanto ao

termo religião quanto às religiões em si para não trabalhar com definições

ultrapassadas e que não dizem mais respeito às religiões trabalhadas. Hoje

consideramos como sendo religião os sistemas que possuem uma complexidade de

idéias e conceitos e deve-se sempre demarcar as diferenças entre estes. O que

devemos sempre ter em mente é que cada sistema religioso deve ser compreendido e

respeitado em suas características singulares. Apesar, porém, dessas singularidades

de cada sistema religioso e da diversidade religiosa, pode-se agrupar os sistemas

religiosos segundo regras e pressupostos comuns. Um exemplo é o fato de não haver

religião individual, mas, sim, exclusivamente, religiões de grupos sociais, coletivos. O

que deve ser considerado individual é a religiosidade: o indivíduo participa de uma

religião, mas crê mais ou menos em determinados assuntos daquela religião.

O estudioso de religiões deve sempre identificar os conjuntos de ideias, crenças,

Comportamentos, literatura, arte e instituições que denominamos hoje como religiosos,

ao longo de determinado período de tempo. Há apenas uma afirmação que podemos

fazer referente às religiões: desde a Pré – História pode-se identificar esses conjuntos e

eles estão presentes nas culturas de todos os grupos humanos embora não haja uma

primeira forma de religião da humanidade. Dessa forma, o estudo das religiões deve ser

tratado de forma especial dentro da História já que a maioria das religiões formou as

sociedades e podemos ver isso até nos dias de hoje.

Fonte: Disponível em:http://prope.unesp.br/xxi_cic/27_35298299865.pdf . Arquivo

acessado em 18 de maio de 2011.

Após a leitura desse texto os grupos deverão refletir sobre o conceito de religião

e sobre a diversidade de crenças existentes entre as pessoas. Deverão também

construir um perfil da religião de todos os integrantes do grupo e verificar se o GTE tem

preconceito contra alguma forma de religiosidade.

8.5. ATIVIDADE 5: PESQUISA E PRODUÇÃO DE TEXTO

Os grupos de estudos deverão produzir um texto relacionado às três maiores

religiões da humanidade: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo. O estudo

comparativo dessas três religiões servirá de paradigma para o trabalho com a História

das Religiões. São três religiões surgidas a partir de períodos históricos diferentes:

enquanto o Judaísmo e sua história milenar é relatada no Antigo Testamento, o

Cristianismo surgiu na Palestina sob o domínio do Império Romano e é relatada no

Novo Testamento por meio dos Evangelhos. Quanto ao Islamismo, este surgiu na

Península Arábica por volta de 610 d.C. a partir das pregações do profeta Maomé.

Apesar de terem surgido dessas formas, histórica e culturalmente distintas, as três

religiões estiveram em contato constante. A partir dessa pesquisa poderemos trabalhar

com as diferenças e as similaridades, as contradições e as concordâncias existentes

dentro e entre essas religiões (MOURA DA SILVA, 2003, p. 211).

O texto produzido deverá identificar as diferenças e semelhanças existentes

entre o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo.

8.6. ATIVIDADE 6: LEITURA DE TEXTO E DEBATE

Os trabalhos dos componentes dos GTEs consistem em realizar a leitura do Texto

de Apoio II, bem como anotar as partes que julgarem importantes para o debate com a

turma. Após a leitura, os grupos deverão apresentar suas ponderações,

argumentações e conclusões para a turma.

TEXTO DE APOIO II

As conseqüências da intolerância religiosa

Fundamentalismo, Globalização e o Futuro da Humanidade.

Por Leonardo Boff

O contexto de terrorismo e de guerra que estamos vivendo no princípio do século

XXI faz circular como moeda corrente o termo fundamentalismo. Esta palavra se

tornou chave explicativa e interpretativa de ações terroristas que ocorrem em

diferentes regiões do mundo, especialmente naquelas onde predomina o islamismo.

Acusa-se o fundamentalismo islâmico de ser o principal responsável pela terça-feira

triste de 11 de setembro de 2001, com o nefasto atentado aos ícones do poder

norte-americano e da cultura capitalista dominante em Washington e em Nova York:

o Pentágono e as duas Torres Gêmeas.

Ouviram-se, do lado dos muçulmanos, discursos com todas as características do

fundamentalismo. Discursos estes revidados pelas autoridades civis e militares

norte-americanas e, especialmente, pelo Presidente George W. Bush, com igual

fundamentalismo. Inauguramos uma guerra de fundamentalismos? Na verdade, o

termo fundamentalismo tornou-se palavra de acusação. Fundamentalista é sempre

o outro. Para si mesmo prefere-se o termo "radicalismo", seja religioso, seja político,

seja econômico. Com isso a intenção é dizer que se procura ir às raízes das

questões para compreendê-las e, a partir daí, atacá-las, o que seria altamente

positivo. Paulo Freire nos ensinou a distinguir entre radicalismo - processo de ir à

raiz das questões - e sectarismo, que é a inflação de um setor da realidade ou de

um aspecto da compreensão em detrimento do todo. Mas não sejamos ingênuos.

Os fundamentalismos estão aí com grande ferocidade. Não podem se esconder

atrás de belas expressões. Tentemos, pois, esclarecer o que seja fundamentalismo,

sua relação com o processo de globalização vigente e o risco que representa para a

pacífica convivência humana e para o futuro da humanidade.

O fundamentalismo político de Bush e de Bin Laden

Nos dias atuais, assistimos estarrecidos, a dois tipos de fundamentalismo político.

Um representado pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e outro, por

Osama Bin Laden. O presidente norte-americano urde seus discursos no melhor

código fundamentalista: "A luta é do bem (América) contra o mal (terrorismo

islâmico). Ou se é contra o terrorismo e pela América, ou se é a favor do terrorismo

e contra a América”.

Não há matizes nem alternativas. O ataque terrorista não foi contra os Estados

Unidos, mas sim contra a humanidade, na suposição de que eles são a própria

humanidade. O projeto inicial de guerra se chamava "Justiça Infinita", termo que

usurpa a dimensão do divino. Depois, com menor arrogância, mas na linguagem da

utopia, chamou-se de "Liberdade Duradoura". O presidente termina suas

intervenções com "Deus salve a América".

Igualmente fundamentalista é a retórica dos talibãs e de Osama Bin Laden. Este

também coloca a guerra entre o bem (islamismo) e o mal (a América). Em seu

famoso discurso após o atentado, divide o mundo entre dois campos: o campo dos

fiéis e o campo dos infiéis: "O chefe dos infiéis internacionais, o símbolo mundial

moderno do paganismo, é a América e seus aliados".

O atentado terrorista significa, nas suas palavras, que "a América foi atacada por

Deus em um dos seus órgãos vitais. Graça e gratidão a Deus". A cultura ocidental

como um todo é vista como materialista, ateia, secularista, antiética e belicista. Daí a

recusa em dialogar com ela e a vontade de estrangulá-la em nome do próprio Alá.

Em nome de que Deus ambos falam?

Não é seguramente em nome do Deus da vida, de Alá, o Grande e Misericordioso,

nem em nome do Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, da paixão pelos pobres, da

ternura dos humildes e da opção pelos oprimidos. Falam em nome de ídolos que

produzem mortes e vivem de sangue. É próprio do fundamentalismo responder

terror com terror, pois se trata de conferir vitória à única verdade e ao bem, e

destruir a falsa "verdade" e o mal. Foi o que ambos, Bush e Bin Laden, fizeram.

Enquanto predominarem tais fundamentalismos, seremos condenados à

intolerância, à violência, à guerra e, no termo, à ameaça de dizimação da própria

biosfera.

Estamos numa encruzilhada da história humana. Ou se criarão relações

multipolares de poder, eqüitativas e inclusivas, com pesados investimentos na

qualidade total da vida para que todos possam comer morar com mínima dignidade

e apropriar-se de cultura com a qual possam se comunicar com seus semelhantes,

preservando a integridade e beleza da natureza, ou iremos ao encontro do pior,

quem sabe ao mesmo destino dos dinossauros.

Armas para isso existem e sobra demência. Faz-se urgente mais sabedoria que

poder, e mais espiritualidade que acúmulo de bens materiais. Então os povos

poderão se abraçar como irmãos na mesma Casa Comum, a Terra, e irradiaremos

como filhos e filhas da alegria, e não como condenados ao vale de lágrimas. Na

linguagem dos filhos de Abraaão, eu lhes digo: Shalom, Shala-melek, Paz e Bem.

Fonte: Disponível em: http://grupelho.com/preview/fundamentalismo-

globalizacao.htm. Arquivo acessado em 10 de maio de 2011.

8.7. ATIVIDADE 7 : SELEÇÃO E EXIBIÇÃO DE FILME

Os filmes e vídeos estimulam a curiosidade e motivam os alunos ao abordar um

tema. Não é um documento real, mas uma representação dos feitos da humanidade.

Pode ser considerado um documento histórico. Para tal, devem-se fazer análises

quanto às narrativas, ao texto, ao cenário, à produção, etc. Ou seja, quando bem

explorados os filmes e vídeos estes se tornam grandes recursos didáticos e aliados ao

professor. Assim, para abordar a questão da intolerância religiosa indicamos vários

filmes e documentários que mostram o conviver de pessoas com religiões diferentes.

• Crash- no limite (2004)

• Uma estranha entre nós (1992)

• A testemunha (1985)

• Documentário: Intolerância religiosa – A ameaça à paz – Koinonia

8.8. ATIVIDADE 8: RESENHA CRITICA SOBRE O FILME

Questões após o filme:

• Realizar uma pequena sinopse apresentando dados da direção, atores e

produção do filme.

• Tentar estabelecer relações do tema trabalhado com o filme assistido

• Pesquisar em outras fontes cenas mais interessantes

• Elaborar questões abertas para que os alunos consigam expressar seus

sentimentos, opiniões e impressões.

8.9. ATIVIDADE 9 : AUDIÇÃO, ANÁL ISE DE MÚSICA E CRIAÇÃO DE PARÓDIA

Os grupos deverão analisar a música da banda gospel Metal Nobre, Não tem

que ser assim, uma vez que esta faz apologia sobre a intolerância religiosa. Em

seguida, deverão compor uma paródia contra a intolerância religiosa. As paródias serão

apresentadas no encerramento das atividades para toda a comunidade escolar.

8.9. ATIVIDADE 9: REFLEXÕES SOBRE CONSEQUÊNCIAS DA INTOLERÂNCIA

RELIGIOSA NO BRASIL

Para promover a reflexão necessária para a produção da paródia e para que

pensem sobre a seriedade da temática religiosa relacionada à intolerância sugere-se a

leitura do seguinte texto de apoio:

TEXTO DE APOIO III

A intolerância religiosa no Brasil

Pesquisa mapeia casos de intolerância religiosa ocorridos no Brasil

Por Denise Porfírio

Episódios criminosos de intolerância religiosa registrados nos últimos 10 anos foram

sistematizados pelo Mapa da Intolerância Religiosa – Violação ao Direito de Culto no

Brasil, lançado na última semana, na Bahia. O documento inédito sistematiza a nível

nacional os casos de desrespeito à liberdade de culto cometidos contra religiosos de

matriz africana, muçulmanos, judeus, católicos, entre outros grupos religiosos.

“A intolerância religiosa é um atentado à democracia e fere gravemente a pluralidade

que marca a civilização nacional. Neste sentido, é importante divulgar manifestações

racistas a fim de que providências sejam tomadas efetivamente”, afirma o diretor do

Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da Fundação Cultural

Palmares, Alexandro Reis.

A liberdade de culto é assegurada pela Constituição Brasileira, no entanto, segundo

Marcio Alexandre Gualberto, autor do trabalho, é visível que exista uma vítima

preferencial de intolerância religiosa em nosso país. “Essa vítima é o praticante das

religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, sendo, portanto, estes

os mais frequentes e, quase sempre, os mais graves casos de extremismo religioso”,

afirma.

De acordo com o autor, a proposta do mapa não é apenas apresentar denúncias, mas

mostrar o quanto se tem avançado no combate à intolerância religiosa e a importância

do esforço de organizações e de movimentos sociais e religiosos que se mobilizam, se

articulam e pressionam o poder público para pôr um fim à intolerância religiosa, seja

produzindo documentos, ou até mesmo chamando para o diálogo outras tradições

religiosas para somar força.

O objetivo é fazer do mapa um projeto permanente que transforme a pesquisa em um

site que receba denúncias de todo o país, que aponte os estados onde ocorrem mais

casos e que encaminhe as denúncias aos órgãos respectivos de cada estado ou

município para que possam dar solução às intolerâncias sofridas.

Fonte: Disponível em: http://africas.com.br/site/index.php/archives/12117. Arquivo

acessado em 19 de maio de 2011.

Depois dessa leitura os estudantes deverão procurar responder às seguintes

indagações:

QUESTIONAMENTOS

Qual sua opinião sobre esses casos de intolerância religiosa ocorridos no Brasil?

Você já ouviu falar, presenciou ou sofreu algum caso de intolerância religiosa?

Poderia relatar para seus colegas?

O que o seu grupo pensa sobre a intolerância religiosa?

9. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO

A avaliação e o registro dos resultados do trabalho serão acompanhados durante a

realização da presente pesquisa, por meio de análise de vídeos, observações escritas,

pesquisas e reflexões, que serão ao final reunida num relatório em formato de portfólio.

Para tanto, serão registrados todos os passos do desenvolvimento deste

cronograma: elaboração do projeto de intervenção pedagógica na escola; produção

didático-pedagógica; implementação do projeto de intervenção pedagógica na escola e

produção final do artigo científico.

10. REFERÊNCIAS

ALVES, Rubem. O que é Religião? São Paulo. Edições Loyola, 1999.

AQUINO, Julio Groppa (organizador). Alternativas teóricas e práticas. São Paulo:

Summus, 1998.

BASTIDE, Roger. As religiões africanas no Brasil: contribuição para uma sociologia das interpenetrações de civilizações. São Paulo: Livraria Pioneira, 1989.

BITTENCOURT, Circe (org.), O saber histórico na sala de aula. São Paulo:. Contexto,

2005.

CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo. Domínios da História. Rio de Janeiro:

Campus, 1997.

FREYRE, Gilbert. Casa Grande e Senzala. Rio de Janeiro: Record, 2001.

ITANI, A. Vivendo o preconceito em sala de aula. In: AQUINO, G. (org). Diferenças e preconceitos na escola: Alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1998.

SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica/ História. 2008

SILVA, Alberto da Costa e. A enxada e a lança: A África antes dos portugueses, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992.

SOUZA, Laura de Mello e. O Diabo e a Terra de Santa Cruz: feitiçaria e religiosidade popular no Brasil colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.

10.1. SITOGRAFIA:

_____. Portal Educacional Dia-a-dia Educação. TV Pendrive. Disponível em

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/ acessado em 8 de setembro de 2010.

_____. Diretrizes Curriculares. Disponível em

http://www8.pr.gov.br/portals/portal/diretrizes/index.php. Acessado em 08 de setembro

de 2010

XAVIER, Paula Martins. Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Disponível em:

http://prope.unesp.br/xxi_cic/27_35298299865.pdf . Arquivo acessado em 18 de maio

de 2011.

PORFIRIO, Denise. A intolerância religiosa no Brasil. Disponível em:

http://africas.com.br/site/index.php/archives/12117.Arquivo

acessado em 19 de maio de 2011.

BOFF, Leonardo. As conseqüências da intolerância religiosa. Disponível em:

http://grupelho.com/preview/fundamentalismo-globalizacao.htm. Arquivo acessado em

10 de maio de 2011.

http://consciencia.blog.br/2011/05/cancao-evangelica-prega-intolerancia-contra-ateus-

incitando-rompimento-de-namoro-entre-cristaos-e-ateus. Arquivo acessado em 15 de

maio.