Julio Garganta

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Júlio GargantaUniversidade do Porto . Faculdade de Desporto

Centro de Investigação, Formação, Inovação e Intervenção em Desporto

 A CONSTRUÇÃO DO TALENTO NO FUTEBOLEvidências, crenças e equívocos

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Apesar dos muitos candidatos a campeões,

são poucos os que logram alcançar a glóriados títulos desport ivos.

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Porquê alguns at letas at ingem a excelênciadesport iva e outros não? 

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Em que medida os resultados alcan ç ados e a

alcan ç ar, decorrem do potencial gen é t ico de cada

indiv í duo e/ ou das aquisi ç ões operadas nos

processos de aprendizagem e treino?

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Como poderemos identificar e desenvolver

o potencial de um prat icante desport ivo,de modo a alcan ç ar a excelência? 

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Identificação e selecção de talentos têm geradoargumentos controversos, com consequênciasimportantes para um número expressivo decrianças e jovens.

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TALENTO

7 8 9 2 4 6 7 1 5 7 1 6 6 7 8 3 5 4 3

A noção clássica de “talento” associada a um conjuntode capacidades inerentes ao sujeito, está a sersubst ituída por outra, relacionada com as aquisiçõesoperadas at ravés da prática sustentada e est ruturada.

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Da ideia de talento genético  está a

transitar-se para a concepção de talentoepigenético e desempenho emergente.

D. Araújo (2004)

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 A aprendizagem não é directamente observável.

Pode ser inferida, a partir das alteraçõesobservadas no comportamento ao longo dotempo.

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O desempenho é a parte visível do

talento e depende da interacção devários constrangimentos

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AmbienteAmbiente

Jogador Jogador 

TreinoTreino

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Talentos são aqueles a quem foram

concedidas oportunidades e tiveram a

energia e a inteligência para assaberem aproveitar.

Malcolm Gladwell

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Vários estudos têm permit ido reforçar aimportância da relação ent re o tempo deprática acumulado numa actividade e o nível dedesempenho conseguido pelos praticantes

nessa act ividade.

(Abernethy, 1994; Hodges & Starkes; 1996; Krampe & Ericsson, 1996; Helsen

et al., 1998; Helsen & Starkes, 1999).

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Tempo mínimo

para alcançar a

excelência

desportiva

10 anos(10 000 horas)

Tempo mínimo paraalcançar a excelência

desportiva

10 anos(10 000 horas)

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Outros refutam a convicção de que a prát ica

altamente estrut urada é, por si só, suf iciente

para induzir desempenhos superiores.

(Scanlan et al., 1993; Burland & Davidson, 2002)

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O apoio parent al, adequada condução do

processo de t reino, as inf luências culturais e o

efeito da idade relat iva, têm sido considerados

determinantes para viabilizar o acesso à excelência desport iva.

(Burland & Davidson, 2002; Baker et al., 2003)

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ADVENTO PRECOCE vs. ECLOSÃO TARDIA DO “TALENTO” 

O PODER DA IDADE RELATIVA

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A crença de que “dons inatos” são uma pré- 

condição para altos desempenhos, leva a que

crianças e jovens não ident ificados comotalentos, sejam rejeitados ou não se invista

neles.

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Qualquer que seja a desvantagem que pendasobre uma criança ou um jovem não

seleccionados para uma actividade, se tiverem

talento acabarão por destacar-se em

resultado da exposição àprática ?

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Os não ident ificados como talentosos, aolongo dos anos ficam cat ivos de padrões de

subdesempenho, devido a défices de

solicitação, de exercitação e de experiência aonível do treino e da compet ição.

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Efeito de Mateus 

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Em todas as actividades em que ocorre

selecção, encaminhamento e experiência

diferenciada, o fenómeno das dist ribuições

etárias assimétricas faz-se notar, pelo que osucesso acaba por resultar de uma vantagem

cumulativa.

Barnsley et al. (1992)

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IDADE RELATIVA a profecia que se auto-concretiza

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Não raramente, os observadores apercebem- 

se, não de habilidades específicas do Futebol,mas de algo relacionado com vantagem

maturacional.

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“Rápido, forte e bom de bola”

ou“Bom de jogo”?

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“Detectamos” talentos … ou são eles que vão revelando? 

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 A questão não é:Como detectar “talentos” ?

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 A questão é:

Que contextos criar para quepossam despontar e evoluir ?

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Em síntese

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A natureza dá ao ser humano um

potencial que uma prática assídua e

relevante transforma em capacidade.

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À medida que os cientistas examinam as carreiras dos

seres humanos mais proficientes, menor parece ser opapel atribuído ao “talento inato” e mais significativose revela o contributo da aprendizagem/treino.

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NÃO, às sessões pontuais de“detecção de talentos”.

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A identificação de talentos deverá acompanhar o

tempo de desenvolvimento e actualização dodesempenho dos praticantes em resposta ao

treino e à competição.

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Esbater diferenças etárias e de maturidade dos aspirantes a jogadores, para que se torne mais ajustada e segura a tomada dedecisão quanto à respectiva identificação e selecção.

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• Promover prática assídua e relevante

• Controlar o efeito da idade relativa

• Avaliar a resposta ao treino/competição

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A simplicidade consiste emsuprimir o óbvio e acrescentar

o fundamental.

John Maeda

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 jgargant@fade.up.pt