JUVENTUDE Conceito em disputa Vertente Juventude como seguimento, grupos com características...

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JUVENTUDE

Conceito em disputa

Vertente Juventude como seguimento,

grupos com características próprias, com participação em diferentes espaços sociais, que vai se modificando e diversificando historicamente.

juventudeju-ven-tu-de

s. f.Parte da vida do homem entre a infância e a idade viril: o brilho da juventude.Estado de uma pessoa jovem.As pessoas jovens: instruir a juventude.Fig. Energia, vigor, viço: conservar a juventude do coração.f.Mocidade; adolescência. Gente moça: a juventude folga e espera.

Paradigmas da Juventude

As ações institucionalizadas – dentre elas a educação, são embasadas em diferentes percepções e em paradigmas distintos de juventudes. As políticas sociais de juventude também se referenciam nesses paradigmas:

1) Transição para a fase adulta ou etapa de preparação Período de transição entre a infância e a fase

adulta. Foco central a preparação dos sujeitos para a

vida adulta. Predomina a tendência de um modelo

universalista de preparação para a adultez que não reconhece as condições diferenciadas de vida das juventudes e muito menos as suas capacidades de participação

Moratória Social

Benefício ou uma concessão/permissão da sociedade de um tempo para a preparação para a vida adulta: tempo para estudos, lazer, vivenciar a liberdade e distância das responsabilidades adultas como trabalho, família, filhos.

2) Juventude como risco e transgressão ou etapa da juv. como problema para a sociedade

Contemporaneamente, os problemas que mais afetam a juventude – fazendo dela, por isso mesmo, um problema social, são:

dificuldade de entrada dos jovens no mercado de

trabalho; exclusão da escola; maternidade e paternidade precoces; associação às drogas e à criminalidade, dentre outros.

3)Juventude cidadã ou etapa de desenvolvimento social Década de 90 difusão do enfoque nos

direitos como referência para a definição das políticas públicas.

No sentido da construção e apropriação efetiva dos direitos de um setor específico da população” (BALARDINI)

Sujeito de Direitos: a partir da história social e política de cada sociedade.

4) juventude como ator estratégico de desenvolvimento ou etapa de formação e aporte produtivo

Década de 90, começou a preocupação com a incorporação social dos jovens das classes populares ao mercado de trabalho (BALARDINI, 2003).

O reconhecimento, da juventude como ator estratégico de desenvolvimento ocorre nos anos 2000. A proposta é resgatar o capital humano juvenil para resolver os problemas de desenvolvimento dos países.

JUVENTUDESConsiderar que os grupos sociais são complexos.Complexificar e verificar a pluralidade existente dos representantes, cujos quais sãoos mais variados, também fazendo parte dos mais variados espaços de interação

VulnerabilidadesA juventude não é vivenciada de maneira uniforme, levando-se em conta fatores de origem social e cultural.

Desigualdades que retroalimentadas por determinados preconceitos e discriminações, produzem diferentes graus de vulnerabilidade

Contradições JUVENTUDE: culpada pelo crescimento do

crime e da violência; expressão maior do individualismo e consumismo.

ESPERANÇA para o futuro

Recorte

Juventudes empobrecidas

Onde estão?Como vivem?

O que pensam?Há esperanças?

Dados dessas realidades Jovens de 15 a 24 anos são mais

afetados/as pela pobreza;

35 milhões de jovens, 20% nem estudam, nem trabalham. Quase 7 milhões de pessoas em situação de elevada vulnerabilidade.

... são os provedoras de suas famílias; ingressam precocemente no mundo do

trabalho; trabalham em condições desfavoráveis tendo

que superar adversidades; são criativos; têm energia e entusiasmo (moratória vital); são flexíveis no enfrentamento dos desafios

das inovações tecnológicas e das transformações produtivas.

... Fortemente desenraizados

Muitos vivem em exílios, como estrangeiros em sua própria terra

O que esse tempo tem dito sobre a juventude?1. Juventude vive um tempo moderno2. Vive-se para o hoje e o tudo3. Evita conflito,tudo é transitório4. O verdadeiro momento é falso. Tudo vai com

a fumaça

Relações...O jovem é mais livre

Nova configuração do papel de autoridade na família e instituições;Relações de gênero questionáveis;A tecnologia/muitas possibilidades de se relacionar;Tem redes de proteção legitimadas pelas instituições, grupos e redes sociais.

Direitos... O jovem pobre não é figurado como sujeito de direito;

Existência superficial;

Suporta-se mais precariedade do trabalho para o consumo maior (leis trabalhistas-aprendiz-relações de muita discriminação no trabalho);

Trabalho infantil e trabalho escravo – tempo de sofrer para alcance da felicidade (reconhecimento)

Política... Organização por objetivos e temáticas (diálogos

de convergência); Criação de estruturas para responder a

demanda do momento; Não sujeitos aos partidos políticos Debate político é cultural (modo de vida

cotidiana) aborto, homossexualidade,modernização dos costumes)

Desmoralização de figuras sociais (esculachos-escrachos) apresentar à sociedade um violador ou uma violação de Direitos Humanos.

Participação juvenil... Causas afetivas – causa - mística Causas efetivas – em grupo, melhor efeito

Crença de mudança de mundo XCrença de mudança da vida das pessoas que me cercamDO HEROÍSMO PARA O COTIDIANO

Os gestos gratuitos são as grandes transformações (as banalidades).

O que acontece quando os adultos não apóiam a participação de jovens em diferentes espaços?

Violência... Atuação violenta no Brasil, contra: homossexuais,

negros, mulheres, povo da rua, comunidades tradicionais;

Despejos dos Sem Teto; Extermínio de Jovens; Criminalização dos movimentos sociais; Corrupção nas diversas organizações do Estado; Aprovação Código Florestal; Possível aprovação da redução da idade penal

É A REPRESSÃO ORGANIZADA/INSTITUCIONALIZADA

Espaços legítimos (em construção)

Secretaria Nacional de Juventude; Conselhos de juventude (municipais e

estaduais); Fóruns diversos; Conferencias nacionais e seus processos;

Quais as intencionalidades?Quem são os jovens neste processo (resgatar o sujeito da sociedade civil)

JUVENTUDES...dar voz a palavra realidade quando essa está silenciada

TEMPO DE AGUÇAR OS OLHARES E OUVIDOS PARA AS COISAS QUE

ESTÃO ACONTECENDO AO REDOR.

Queremos dar conta de que?

Da autonomia, ousadia de jovens participantes?Superação de dados de vulnerabilidade de

jovens?Facilitar agrupamentos de jovens?Dar continuidade a missão de instituições e

organizações?Gerar nos jovens autonomia ou dependência?

Quais os horizontes? Nenhuma instituição isoladamente conseguirá

responder a necessidade de inserção social dos jovens;

Processos educativos para autonomia.Modelo de desenvolvimento.

Sentido verdadeiro da felicidade e liberdade; educação para os direitos humanos;superação

do individualismo; reconciliação do corpo e espírito; construção de projetos sociais

Vem andar e voa...Lá o tempo esperaLá é primaveraPortas e janelas ficam sempre abertasPra sorte entrarEm todas as mesas, pãoFlores enfeitandoOs caminhos, os vestidos, os destinosE essa cançãoTem um verdadeiro amorPara quando você for

Marisa Monte

Ilustrações são de: Wolney Fernandes

Alessandra Mirandaalessandramiranda@caritas.org.br61-81754220