Post on 29-Dec-2018
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submêticlã âJ^níyerskiãiB federa
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làSTITUTO DE SJ
A ninha nãe
Este trabalho contou, para a sua real ização,
com os auxí l ios concedidos pela Comissão Nacional
de Energia Nuclear (CNEN)> pela Companhia Erasi -
le i ra de Tecnologia Nuclear (CBTN), e pelo Banco
Nacional do Desenvolvimento Econômico ( Contrato •
Funtec-74 ).
Agradecimentos
Ao grande amigo e Diretor, Dr. Rex Nazaré Alves edemais companheiros do Instituto de Radioproteçao e Dosime^tria (antigo Laboratório de Dosimetria) da Companhia Brasi^leira de Tecnologia Nuclear, que, com tanta compreensão eboa vontade, facilitaram e colaboraram ao máximo na reali-zação e conclusão deste trabalho, meus mais sinceros agra-decimentos.
Ao mestre Dr. Osolando Machado, cuja orientação,colaboração e paciência constituíram a base de todo este ejstudo, deixo aqui expressa toda minha gratidão e amizade.
Ao Professor Eduardo Penna Franca, que de pertoou de longe, como amigo ou orientador, soube sempre compre^ender e auxiliar em todas as dificuldades surgidas, agrade^ço sua constante dedicação.
Ao Dr. Sergio Lannes Vieira, cuja colaboração, a-mizade e experiência profissional constituíram os alicercesindispensáveis ã realização e conclusão deste trabalho, meuespecial -"muito obrigado"-
Ao colega e amigo João Emílio Peixoto, cuja ajuda,apoio e entusiasmo acompanharam toda esta jornada, deseja a_penas o sucesso que merece.
Í N D I C E
Pãg
I - Objetivos 1
II - Introdução 1
III - Material e Métodos 6
111.1 - Unidades de Teleterapia com Cobalto 60 6
111.2 - Dosímetro t ipo "Baldwin-Farmer" 6
111.3 - Simulador de Água para Câmara de Ionização 7
111.4 - Simulador de Água para'DosTmetros Termolumi-
nescentes 7
111.5 - Simulador de Corpo Humano de fabricação "Rar
do-Alderson" 10
111.6 - DosTmetros Termo!uminescentes 13
111.7 - Provas Operacionais das Unidades de Terapia
com Cobalto 60 21
111.8 - Irradiações do Tumor de Bexiga no Simulador
"Rando-Alderson" 22
111.8.1 - Irradiação dir igida com "Pino e'Aj^
co" 25
III .8 .1 .1-Plano de Tratamento 29
111.8.2 - Irradiação Cinéticá (Pendular) " 37
III .8 .2 .1 -Plano de Tratamento 33
Pãg
IV - Apresentação dos Resultados 50
V - Discussão dos Resultados ' 79
VI - Conclusões Finais 93
Sumario 96
Summary 98
Bibliografia 99
I. OBJETIVOS
Esta tese tem como objetivos:
a) comparar a distribuição de dose no plano central de um
tumor de bexiga, obtida por cálculos baseados em curvas
de isodose, com a medida realizada com dosTmetros ternu)
luminescentes de fluoreto de lític.
b) medir a distribuição de dose no resto do volume tumorai
considerado, e no reto, õrgao crítico neste tipo de tra_
tamento.
Para este estudo empregou-se a Telecobaltoterapia.
11. INTRODUÇÃO
G emprego das radiações ionizantes no tratamento de tu_
mores requer o conhecimento preciso da distribuição de dose
em todo o volume irradiado. No planejamento dos tratamentos
radioterapicos, calcula-se apenas a distribuição da dose no
plano central do tumor,c o m curvas de isodose apropriji
das, pois é bastante difícil e árduo o calculo da dose em
qualquer outro ponto fora deste plano (1), (2).
-2-
Ainda que aplicadas todas as correções de inomoganeidade dos
tecidos, de ossos ou de cavidades contendo ar, a distribuição da
dose absorvida calculada no plano central do tumor, e função
direta da leitura das curvas de isodose, cuja exatidão tem como
suporte, a experiência de que a procede.
A reprodução, en um paciente, deste plano de tratamento a£
sim determinado, sofrerá ainda a influência dos erros, não só j_
nerentes ao equipamento utilizado para a irradiação bem como ao
técnico que o processara. Assim sendo, a reprodutibil idade, era
paciente, de um plano de tratamento proposto, constitui um fato
de grande importância na prática da Radioterapia.
FJo passado, muitas tentativas de medidas de distribuição
de dose absorvida foram limitadas pelas dificuldades decorren-
tes dos sistemas detetores de radiação disponíveis. Racentemen
te (1963), entretanto, '"'erner et ai" (3) mediram com câmara de
ionização de ó mm de diâmetro, a dose absorvida no cérebro, crã_
neo e tireoide, na terapia com raios-X para "tínea capitis" en
crianças, utilizando para tal um simulador da cabeça "Rando -
Alderson". "Kuba at ai" (4) ainda con câmara de ionização e uri
simulador de cabeça, estudaram, em radiografias dentárias, a d£
se em pontos selecionados dentro da cabaça, bem como a dosa na
entrada do feixa de radiação e a dose nas gonadas.
0 pro-iresso dos sistemas de iredidas levou, nos anos mais
recentes, ao desenvolvimento da dosimetria termoluminescente ,cujo
aperfeiçoamento vem possibili tando sua aplicação, cada dia mais
ampla, no campo da dosimetria clínica (5 ) , ( 6 ) , (7).
Worsnop (8 ) , fazendo uso de um simulador de corpo in te i ro e
dosTmetros termoluminescentes, realizou um estudo comparativo en
tre 15 ins t i t u i ções , com o in tu i to de ver i f icar se a distr ibuição
da dose absorvida em pacientes (tratados sob um protocolo nacio-
nal) era realmente idêntica a que havia sido prescr i ta . Outros £
ti l izadores da dosimetria termoluminescente foram "Beck et ai"(9),
que analisaram a distribuição da dose absorvida em simulador d e
corpo i n t e i ro , irradiado com baixa taxa de dose de exposição.
"Eichhorn" (10), ainda com dosTmetros termoluminescentes,comparou
as curvas de isodose obtidas em computador, com as medidas em um
simulador de tórax. "Zanelli e Spiers" (11) por sua vez, estudji
ram os problemas de dosimetria Óssea (dis tr ibuição de dose em trj*
becula Óssea) em vertebras de homens, cachorros e porcos através
o emprego de dosTmetros termoluminescentes. "Meurck et a i" (12)
com o mesmo t ipo de dosTmetros e um simulador de c c r p o i n t e i r o p£
blicaram «im trabalho detalhado da dosimetria do tratamento da Do
ença de Hodgkin com Cobaltoterapia. "Mansfield et ai" (13) ainda
com o mesmo t ipo de dosTmetro, estudaram a distr ibuição tri-dimer[
sional de dose absorvida em cabeça e pescoço. "Vacirca et al"(l4),
com simulador de tórax e dosimetria termo!uminescente apresentaram
- 4 -
(Tomparação detalhada entre doses calculadas e medidas em exposi-r
goes com aparelhos de raio-X diagnostico.
Esta série de estudos demonstra a importância da confirm^
ção pratica da distribuição da dose absorvida prevista pelos pla
nos de tratamento radioterapicos, no empreqo clínico das radia^
ções ionizantes. Por outro lado, todas as informações e a exp£
riencia neste assunto dispor.Tveis em nosso paTs, tem sido sempre
trazidas do exterior. Por esta razão, e ainda com o propósito
de verificar com recursos próprios como ocorre, em um paciente,a
distribuição teórica da dose absorvida prevista por um plano de
tratamento, alem de seu comportamento em totó o volume irradiado,
procurou-se reproduzir, com auxtlio de um simulador de corpo hu-
mano "Rando-Alderson", o tratamento de um tumor de bexiga. Foi
escolhido, para este primeiro estudo, o tumor de bexiga, por ser
êle um tumor de freqüência apreciável (155/100.QOQ de população
(15), e ainda segunde o "American Cancer Society", 50% das mor -
tes por tumor de bexiga, decorrem de falhas no tratamento (16).
Paralelamente deve haver bastante cautela no'sentido de pro_
teger o reto, Órgão critico neste tipo de tratamento e localiza-
do exatamente atrás da bexiga. Concomitantemente procederam- se
a medidas para verificar a distribuição da dose absorvida segun-
do a técnica pendular com filtro em cunha, ainda pcuco difundida
em nosso meio.
5-
üos métodos empregados na determinação da dose em profundida
de, a dosimetria termoluminescente é um dos mais convenientes.Deii
tre suas diversas vantagens que levaram I escolha de mini-dosíme-
tros de LiF para o estudo proposto, deve-se ressaltar: a possi^
bilidade de medidas praticamente puntuais devido as suas pequenas
dimensões físicas, o fácil manuseio, a grande resistência mecâni-
ca e química, a dependincia energética praticamente inexistente
do LiF no intervalo de energia a que seriam expostos, a possibi-
lidade de diversas re-utilizacões e ainda, ao contrário das câma-
ras de ionização, não sofrerem qualquer influência de umidade,pres
são atmosférica e temperatura ambiente (17).
^ara reproduzir o tumor de bexiga escolhido, utilizou-se um
simulador de corpo inteiro "Rando-Alderson", com dimensões de uma
mulher-padrão, e constituído de esqueleto humano envolvido por ina
teria! equivalente ao tecido humano (18), apresentando inclusive
todas as assimetrias de um paciente real . Este simulador cuja
descrição detalhada i feita no item III.5, i, até a presents data,
o melhor simulador do corpo humano de que se dispõe.
Para irradiar o tumor simulado, selecionaram-se dois planos
da tratamento: o primeiro, baseado na terapia estática, utilizaji
do a técnica da irradiação dirigida com auxílio do chamado " pino~
e arco",empregando três campos angulados de 120° entre si (técni-
ca mais divulgada e hã bastante tempo empregada em nosso melo)e o
- 6-
segundo, baseado na terapia c inét ica , com dois arcos de 120° (cada]
e uti l izando f i l t r o em cunha (técnica esta que apenas recentemen-
te começou a ser aplicada, entre nos, nos planos de tratamento de
tumor de bexiga).
Ambos os planos de tratamento a serem verificados através me
didas com dosTmetros termoluminescentes foram executados com uni-
dades de te le te rap ia com Cobalto-60, por s e r , dentre os diferentes
tipos de irradiadores para ta l indicados, o mais empregado en nos_
so país.
I I I . MATERIAL E MÉTODOS:
111.1 Unidades de Teleterapia com Cobalto-60
Na terapia e s t á t i ca foi u t i l izada uma unidade de Cobal_
to-60 da "Atomic Energy of Canada", Modelo Eldorado, com dis_
tãncia fonte-pele igual a 80 cm, enquanto que na terapia ci_
netica foi empregada uma outra unidade, também d a "Atomic
Energy of Canada", Modelo Theratron-80, com igual distância
fonte-pele.
111.2 Dosímetro tipo "Baldwin-Farmer"
Dosímetro tipo "Baldv/in-Farmer-2502", padrão secundário
- 7 -
da "Nuclear E n t e r p r i s e s " , com câmara de ion ização de 0,6cm ,
u t i l i z a d o nas v e r i f i c a ç õ e s e medidas de dos ime t r i a das
des de Cobal to-60 .
111.3 Simulador de Água para Câmaras de Ionização
ConstruTdo e aper fe içoado no Labora tó r io de Dosimetr ia
da Companhia B r a s i l e i r a de Tecnologia Nuclear ( C . B . T . N . ) , em
p l e x i - g l a s s , com dimensões 30x 30x 30 cm e segundo especifi_
cações da " I n t e r n a t i o n a l Commission on Radiat ion Uni ts and
Measurements" ( 1 9 ) . Este s imu lador , conforme mostra a ( f i g . l )
nos permi te t r ê s p o s s i b i 1 i d a d e s de medidas : eixo c e n t r a l ,4cm
a esquerda e 4 cm a d i r e i t a , em cada uma das s e g u i n t e s p ro-
fund idades : 5 cm, 10 cm, 15 cm, 20 cm e 25 cm. Empregou-se
e s t e s imulador em conjunto com dosTmetro "Baldwin-Farmer"nas
medidas dosimetr i cas .
I I I . 4 Simulador de Água para Dosfmetros Termoluminescentes
Pro je t ado e c o n s t r u í d o pelo L a b o r a t ó r i o de Dosimetr ia da
C.B.T.N. , com as mesmas dimensões e e s p e c i f i c a ç õ e s do anteri_
o r , conforme mostra a ( f i g . 2 ) , e s t e simulador, também de p l £
x i - g l a s s , permite o uso s i m u l t â n e o , em cada p l a c a , de 39 mj_
n i - d o s í m e t r o s . t e r m o ! u m i n e s c e n t e s , d i s t a n t e s 1 cm um do out ro .
As p lacas podem se d e s l o c a r , de 1 em 1 cm, perpendicu la rmen-
te ao e ixo c e n t r a l , desde 5 a te 25 cm de p ro fund idade .
- 8
Fig. 1 - Simulador de Água para Câmaras de lonizaçao
- 9
Fig. 2 - Simulador de Água para Mini-Dosimetros Termoluminescentes
- 1 0 -
E s t e s i m u l a d o r f o i u t i l i z a d o na v e r i f i c a ç ã o das c u r v a s
de i s o d o s e dos campos de i r r a d i a ç ã o e na c a l i b r a ç i o dos do
s í n e t r o s t e r m o i u m i n e s c e n t e s .
1 1 1 . 5 S i m u l a d o r de Cc^po Humano do f a b r i c a ç ã o " R a n d o - A l d e r s o
£ c o n s t i t u í d o de um e s q u e l e t o humano e n v o l v i d o p o r ma-
t e r i a l e q u i v a l e n t e ao t e c i d o mo le e com d i m e n s õ e s i d ê n t i c a s
vas de uma " m u l h e r - p a d r ã o " ( f i g . 3)
0 t e c i d o mole i s i m u l a d o p o r b o r r a c h a s i n t é t i c a de i s o
c i a n a t o . Seu m a t e r i a l ê e s t á v e l en r e l a ç ã o ã t e m p e r a t u r a e
o u t r a s c o n d i ç õ e s a m b i e n t a i s , a lém de s e r r e s i s t e n t e a a b r a
s ã o , l a c e r a ç ã o e i m p a c t o , não se d e t e r i o r a n d o sob i r r a d i a ç ã o
Tem massa e s p e c í f i c a de 0 , 9 8 5 g / c m e número a t ô m i c o e
f e t i v o i g u a l a 7 , 3 0 ( 1 3 ) . As c a v i d a d e s ósseas são p r e e n c h i
das com o mesno m a t e r i a l , em s u b s t i t u i ç ã o a seus c o n s t i t u i r
t e s p e r d i d o s . Possue 33 s e ç õ e s t r a n s v e r s a i s de 2 , 5 cm d E
e s p e s s u r a cada uma, com o r i f í c i o s de 1 ,4 mm de tíianetro , d i ^
p o s t o s em f o r m a de g r a d e , onde podem s e r c o l o c a d o s os d o s í -
m e t r o s t e r m o i u m i n e s c e n t e s ( f i g . 4 ) . Os o r i f í c i o s não p r e e i
c h i d o s com d o s í n e t r o s t e r m o i u m i n e s c e n t e s p e r m a n e c e r a m coi
b a s t õ e s de " Ü I X - D " , c u j a s c a r a c t e r í s t i c a s (massa e s p e c í f i
ca = 0 , 9 8 5 g / c m 3 , Z f f = 7 , 4 2 ) são s i m i l a r e s as da b o r r a c h a
s i n t é t i c a de i s o c i a n a t o .
- 11
Fig. 3 - Simulador de Corpo Humano de Fabricação •• Randc - Alderson "
Fig. 4 - Seção Transversal n.° 32 do Simulador de Corpo Humano" Rando - Alderson "
-13-
111 . C Dosimetros Termol urninescentes (TLD)
Ü3 escolha de um sistema dosimitrico adequado ãs medi-
dás de dose inerentes a pesquisa proposta, levaram-se en con
sideração -os seguintes requisitos:
a) as medidas seriam feitas dentro do simulador " Rando-
Alderson" em numerosos pontos distribuídos ao longo de
quatro de suas seções transversais, o que implicaria
não sõ em um nünero relativamente grande de lei'uras,
como na escolha de dosTnetros que pudessem ser facil-
mente introduzidos e retirados do simulador;
b) as medidas deveriam ser o mais puntuais possíveis, o
que traduz a necessidade de dosTmetros do volume bas -
tante reduzido;
c) a linearidade de resposta em um grande intervalo de
dose (lOmR até 10 3R) (2.0)
d) a independência da resposta da energia na faixa energjí
tica das radiações empregadas (raios gama de 1,17 e
1,33 MEV) (Zl);
e) a resistência mecânica e quTmica, além da não influência
de temperatura, pressão e umidade ambientes.
Com base em todos estes parâmetros, foram- preferidos
mini-dosTmetros termoluminescentes de LiF em nõ, encapsula-
dos em capilares de vi^ro de 12 mm de comprimento e 1,4 mm
de diâmetro, da "EG 5 G",FIO<Í£1O TL-23 cuja leitura foi feita
-u-
no leitor "EG 5 G", Modelo TL-33, de alcance de lOmR até 10 5
3R o resposta linear ate 10 R (20). 0 ajuste de alta tensão
aplicada ao tubo fotomulti piicador e feito através de uma
fonte-padrão, "EG & G", Modelo TL-82-B constituida de CaF,,:
Mn C. cujo valor nominal e de 380 mR (20).
Estes dosTmetros., antes de serem utilizados no estudo
pronosto nesta tese., ^orarn submetidos a uma série de ensaios
explicados a seguir.
A calibração iniciou-se pela exposição, no Laboratório
d.e Padronização Secundaria do Laboratório de Dosimetria, de
aproximadamente 500 unidades, a unia fonte de Cobalto-60. Es-
tes dosTmetros foram expostos aos raios gama do Cobalto-60
em blocos de plexi-glass, da "EG & G", com espessura de equ^
líbrio eletrônico adequado (0,5cm), contendo, cada bloco, 25
dosTmetros.
Cada dosTmetro foi assim submetido a uma série de 5 ex
posições idinticas em tempo e condições geométricas. Foi de
terminado então o desvio padrão da resposta de cada detetor,
separando-se a seguir aqueles, cujo valor fosse melhor que
+ 3% (fig. 5 ) . A escolha deste intervalo de + J,% foi basejj
da exclusivamente na necessidade He um grande número de d£
sTmetros para as medidas de distribuição da dose absorvida
em todo o volume (continua)
24
22
20
18
« 16ca
<=> 14
6 3 10
8
6
4
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Fig. 5 - Distribuição do Desvio Padrão da Dose Medida em 250 Dosimetros Termolu-minescentes, dos quais 60% Apresentou Desvio Padrão menor que 3.0% e
1 a ljma fonte de Cobaito-60.
-16-
considerado. Este novo grupo ficou constituido por 13S dosT
metros, os quais foram novamente expostos a mais 5 irradia-
ções idênticas ãs anteriores. Con estas leituras, determi-
nou-se então os fatores de calibração individuais dos 1 S3
dosTmetros. Para facilidade de manuseio, estes dosTr.ietros
foram numerados segundo ordem crescente de seus fatores de
calibração. Este procedimento permitiu que se trabalhasse
dentro de uma faixa de segurança no referente a uma eventu-
al troca de dosTmetros.
A fig. 6 mostra que a resposta de um dosTmetro, escp_
Ihido ao acaso dentro do grupo selecionado, quando submeti_
do a uma série de 10 exposições idênticas ã fonte de Coba^
to-60 do Laboratório de Dosimetria, foi reprodutivel dentro
do intervalo de +_ 3% prê-estabelecido para a sensibilidade
destes dosTmetros (TLD).
Após cada ciclo de dez irradiações, selecionou-se uma
amostra de 25 dosTmetros, para verificar a reprodutibilida-
de dos fatores de calibração dos dosTmetros em uso, não ter
do sido notada qualquer variação significativa dos mesmos
(+_ 3%), conforme mostra a fig. 7 .
As provas relativas va linearidade da resposta foram a_
plicadas dentro do intervalo de dose de exposição utilizado
na pesquisa, ou seja, de IR ate 500R, numa amostra de 20 de_
tetores escolhidos ao acaso entre os 138 usados (fig. 8).
Jtf
R E P R O O U T I B I L I D A D E D A S E N S I B I L I D A D E
SE UM O O S I H E T R O S U B M E T I D O A 10 E X P O S I Ç Õ E S
I D E H T I C A S A U M A f O H T E OE G O - G O
H' OA EXPOSIÇÕES
2 3 4 5
Fig. G - Resposta de um DosTinetro Escolhido ao Acaso Dentro de um Grupo
Selecionado, quando Submetido a 10 Exposições Idênticas a uma Fonte de
Cobalto-60.
-Ay.
-1ÍÍ
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+1JÍ
*3'/,
R E P R Q D U T I B I L I O A D E DOS
•
•
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•
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BOSIMURD
»
Fin . 7 - Reprodut ibHidade dos Fatores de Ca 1ibraçao de 25 DosTmetros
Escolhidos ao Acaso Dentro do Crupo Selecionado.03I
40
30
C U R V A DE CAL! OE i í l O
20
10
100 200 300 400 500 D O S E tR7
Fig. 8 .- Resposta de um dos 20 DosTmetros que Foram Escolhidos, ao Acaso Dentre
o Grupo Selecionado, e Expostos a Roses de 1 R ate 500 R.
I
-20-
A variação máxima encontrada individualnente dentre estes do
sTmetros foi de + 5%,
Determinados os fatores de calibração de cada um dos do_
sTmetros termo!uminescentes en blocos de plexi-glass, estu-
dou-se a seguir a validade destes fatores para a irradiação
dos mesmos dosTmetros no simulador de ãgua descrito no iten
III.4. A diferença observada individualmente entre os fato_
res de calibração na água e no plexi-glass não foi maior do
que ± 3%. Tais resultados permitiram que os fatores de cali^
bração jã determinados, fossem usados para as irradiações no
simulador "Rando-Aiderson", pois a água, simulador universal
do tecido humano em medidas de dosinetria clTnica, ten nume-
ro atômico efetivo 7,42 e densidade 1,0 g/cm , semelhantes
aos do simulador "Rando-Alderson" (numero atômico efetivo
7,30 e densidade 0,935 g/cm ).
0 tratamento térmico dos dosTmetros termoluminescentés
tem papel decisivo n.a exatidão de suas medidas. Por esta ra_
zão, antes de cada irradiação foi aplicado um pre-recozi^
mento de 1 hora a 4Q0°C a fim de regenerar a estrutura origi_
nal da curva de emissão do Li F. Após cada irradiação e, an_
tes de efetuadas as leituras, o tratamento térmico aplicado
(põs-recozimento) foi de 15 min a 100uC, de modo a eliminar
os picos de emissão de baixa temperatura (22).
0 recozimento dos dosTmetros foi feito sempre em blocos
-21-
maciços de alumínio, perfurados com as dimensões destes detji
tores de nodo a assegurar-lhes um resfriamente uniforme.
0 efeito do desvanecimento ("Fading") (22) foi minimize
do real izando-se sistematicamente as leituras dos dosímetros
15 horas apÕs cada irradiação, nertnanecendo sempre os deteto^
res durante este período, ã temperatura ambiente e em local
protegido contra luz.
111.7 Provas Operacionais das Unidades de Teleterapia com
Cobalto-60
0 sucesso de qualquer tratamento em radioterapia depart
de não somente da experiência profissional do radioterapeu-
ta mas sobretudo da determinação precisa do rendimento do £
parelho utilizado nas irradiações, bem como da manutenção
constante de suas corretas condições de funcionamento. So-
mente a associação perfeita destes fatores permitirá a aplj_
cação precisa da dose pre-estabelecida no local desejado.Por
esta razão, antes de iniciadas as irradiações do s'imulador
"Rando"-Alderson" para estudo da distribuição da dose absor-
vida em tumor de bexiga, processou-se, nas duas unidades de
teleterapia, a uma série de provas e medidas (23) visando
verificar principalmente:
- centralização da fonte
-22-
- distância fonte-pele
correspondência entre campo luminoso e de irradiação
- erro de abertura e fechamento do obturador do aparelho em
diferentes angulações do cabeçote
posição do centro de rotação
taxa de dose de exposição (rendimento) para os diferentes
tamanhos de campo empregados
percentuais de dose em profundidade relativos a estes ta_
manhos de campo (curvas de isodose e tabelas)
- as curvas de isodose associadas ao filtro em cunha utili-
zado
Estas medidas foram realizadas com o auxilio do dosíme_
tro tipo "Baldwin-Farmer" (item III.2) e do simulador de ã_
gua descrito no item III.3, sendo que as curvas de isodose fo
ram também verificadas com os dosTmetros termoluminescentes
no simulador de água descrito no item III,4.
III.8 Irradiações do Tumor de Bexiga no Simulador " Rando-
Alderson "
Seguiu-se, nestas irradiações, o procedimento mais fre-
qüente na rotina da radioterapia em nosso meio que, para de_
terminar a distribuição da dose a ser ministrada a um pacier^
te, inicia por tomar o contorno de seu corpo na região a ser
-23-
tratada. tleste contorno são representados o tumor e os teci_
dos sãos da região a ser irradiada. Conhecidos a posição e
o volume da neoolasia, tomam-se então pontos representativos
de seu centro e contorno. Determinada a posição que o feixe
de irradiação deverá tomar durante o tratamento, ele ssra eri
tão representado, no estudo deste plano de tratamento ,por sua
curva de isodose. Esta, visando o calculo da dose, e então
colocada sobre o contorno do paciente, de maneira a tomar a
posição correta de incidência do feixe de radiação, com seu
raio principal passando pelo centro do tumor ou por qualquer
outro ponto eleito para tal. Feito isto, todas as leituras
são procedidas de modo que o percentual de dose a atingir C£
da ponto em estudo seja lido e devidamente registrado. Os r£
sultados destas leituras servem de orientação para calculo e
arranjo dos campos de irradiação, de modo que todo o volume
visadór. venha a receber a mesma dose, pelo menos teoricamen-
te. Assim sendo, a conduta geralmente adotada na rotina dos
tratamentos radioterãpicos consiste em realizar a programa-
ção do tratamento en um único plano, passando o raio princi-
pal do feixe de radiação pelo centro do tumor, perpendicular^
mente ao eixo-cifalo-caudal.
Com vistas ã sistemática desta pesquisa, foram inicial-
mente radiografadas, em duas incidências, as seções ou corte
do simulador "Rando - Alderson", onde seriam colocados os
- 2 4 -
Fig. 9 - Radiografia da Seção Transversal 32 do Simulador do Corpo Humano•< Rando - Aiderson "
- 2 5 -
dosTrnetros t e r m o l u m i n e s c e n t e s ( f i g . 9 ) . Através e s t a s r a d i £
g r a f i a s , v e r i f i c o u - s e have r h e t e r o g e n e i dade e a s s i m e t r i a s nes
t e s i m u l a d o r t a l como no corpo humano. Além d i s s o , determi
nou-se a l o c a l i z a ç ã o c o r r e t a dos os sos e x i s t e n t e s en cada
uma das seções r a d i o g r a f a d a s .
Para a s imulação p r e c i s a do tumor em e s t u d o , , ! evou- se em
c o n s i d e r a ç ã o que uma bex iga vaz ia mede, em media , 6 cm dediã_
metro a n t e r o - p o s t e r i o r ( 2 4 ) . Visando boa margem de s e g u r a n -
ç a , o volume do tumor i r r a d i a d o foi s u p o s t o t e r 8 cm de diâ_
m e t r o , e seu c e n t r o a 8,5 cm de p r o f u n d i d a d e em r e l a ç ã o ã pa_
rede a n t e r i o r cia p e l v i s .
Em g e r a l , quando se t r a t a um tumor de bexiga com teleco_
b a l t o - 6 0 , e s t e órgão é todo i r r a d i a d o . Neste e s t u d o empre -
gou-se duas t é c n i c a s de i r r a d i a ç ã o :
a t é c n i c a da i r r a d i a ç ã o d i r i g i d a com o a u x í l i o do chamado
"p ino e a r c o " , empregando t r ê s campos angulados e n t r e s i
de 120°C e ,
a t é c n i c a da t e r a p i a c i n e t i c a (ou r o t a t ó r i a ) , com a sua
v a r i e d a d e conhecida como " t e r a p i a en a rco" ou " p e n d u l a r " .
111 .8 .1 I r r a d i a ç ã o D i r i g i d a com o "Pino e Arco"
Es ta t é c n i c a foi c r i a d a pe lo " Dr. J . I.. Dobbie " n o
" C h r i s t i e H o s p i t a l " em Manchester (U.K.) (25)e e amplamente
-26-
ütilizada no tratamento de pequenas neoplasias abdominais,
dentre as quais os tumores de bexiga constituem parcela pon
derãve!.
0 princTüio básico da técnica, hoje conhecida como do
"pino e arco" consiste na aplicação do "transferidor", fa-
zendo com que seu centro coincida com o centro do tumor. Co
mo o contorno do paciente varia, a distância tumor-oele tam
bein variara. Assim, nartindo do centro do transferidor, os
seus raios "centro-sunerfTcie do Daciente", variarão de
grandeza. Conhecido o tamanho de ^um desses raios, ou seja,
a distância "pele-centro do tumor" em determinado ponto,com
a aplicação do princTnio do transferidor torna-se mais fácil
encontrar a magnitude dos demais raios, sat^endo-se portanto
qual o percentual de dose em profundidade, relativo a cada
carcpo utilizado, que atingira o tumor.
Como a anlicação de um "transferidor" propriamente ài_
to seria incõnoda, foi então criado o "pino e a co", onde
o arco da a curva do transferidor e o pino da a orientação
para o centro do tumor.
Na (fig. 10) e (fig. 11) vê-se um esquema detalhado
deste acessório, onde:
R - régua com graduação linear, firmemente presa ao cabeç£
te do aparelho
- 2 7 -
ESOUEMA DO "PINO E ARCO
F i g . 1 0 - E s q u e m a d o " P i n o e A r c o " .
PRIHCIPIO GEOMÉTRICO 00 "PINO E ARCO*
F i g . 1 1 - P r i n c í p i o G e o m é t r i c o d o " P i n o e A r c o " . hoCOI
-29-
S - caixilho que se desloca ao longo de R, e ao qual é*
preso o arco T
T - "arco" metálico, graduado em graus, que faz parte do
arco de círculo cujo centro permanece no eixo central
do feixe
U - suporte do "pino" V
V - "pino", também linearmente graduado, que pode desl£
car-se não sõ ao longo de seu comprimento como tam
bem ao longo de T-, quando .esta em sua posição mais
baixa, sua extremidade inferior 0,coincide com o cen^
tro de curvatura de T
D - distância entre o centro do tumor (0) e o centro do
campo de irradiação na pele do paciente e que 5 trans_
ferida para a regua R
d - distância entre o centro do tumor (0) e o ponto (M)
na pele do paciente, exatamente acima de 0, tal como
visto na (fig. 11) e que é transferida para o "pino"
a - ângulo entre d e D e que i determinado pelo p"\a_
111.8.1.1 Plano de Tratamento
A confecção de um plano de tratamento tem várias res^
trições, dentre as quais, destaca-se de inicio a incapaci^
dade de executã-lo em sua concepção total ou seja,em todo
-30-
o volume considerado. Por isso êle i feito em um único pla-
no, correspondente a um corte transverso do corpo do pacien
te, passando pelo centro do tumor. No desenho deste corte,
graças ã orientação radiogrãfica, ê delimitada a área a ser
tratada. 0 conjunto "contorno do paciente com delimitação
da referida area, bem como de outras areas importantes",? de_
nominado "planta baixa".
Nos tumores limitados, e com o emprego da irradiação di
rigida, determina-se então o tamanho dos campos a serem em-
pregados, bem como seu número e posição.
São em geral utilizados nesta técnica, três campos angu_
lados entre si de 120°, de maneira a contornar o corpo ds for_
ma homogênea. Existem entretanto casos em que esta angula-
ção ou número de campos varia.
Na área que limita o tumor e, habitualmente, em seu cer
tro, são tomados pontos de referência que em geral,salvo cir_
cunstãncias especiais, correspondem a 4 pontos sobre dois ei
xos ortogonais (superior, inferior, direita e esquerda),e um
quinto ponto representativo do centro do tumor.
Com o auxilio das curvas de isodose correspondentes aos
campos a serem empregados, procede-se a leitura do percentu-
al de dose em profundidade que atinge cada um dos referidos
pontos (fig. 12). Esta leitura ê" devidamente resgistrada,
-31-
Fig. 12 - Curvas de Isodose Colocadas nas Entradas dos
Três Campos Fixos de Irradiação, conforme o
Plano de Tratamento Empregado.
TÉCNICA TRÊS CAMPOS FIXOS
IO
I
-33-
para que, partindo da soma dos percentuais em cada ponto, se
Dossa calcular diretamente a dose a ser ministrada através
cada campo, a fim de se obter boa distribuição da dose absojr
vida em toda a área a ser tratada. Este simples arranjo dos
campos de irradiação nem sempre fornece uma distribuição da
dose absorvida realmente homogênea em toda a area considera-
da., requerendo ainda um "balanceamento" das doses provenien-
tes dos diversos campos, como será visto mais tarde.
De posse do quadro de percentuais de dose em profundid^
de em todos os pontos em estudo, faz-se o calculo da dose
que deve ser aplicada na pele do paciente através cada campo
de tratamento, cujo somatório devera dar a dose-tumor prê-fj^
xada.
Ao volume a -ser irradiado neste estudo simulado de um
tumor de bexiga, foi aplicada uma dose-tumor diária de 240
rads, correspondente a uma das Z5 sessões do plano de trata-
mento com dose total igual a 6.000 rads fracionados ao longo
de cinco semanas.
A dose-tumor (segundo a programação feita) recebe igual
contribuição dos três campos (I, II e III) angulados de l?0°
entre si e com as dimensões seguintes:
campo I (anterior) : 8 x 10cm
campo II (posterior) : 8 x Sem
campo III (posterior) : 8 x 8cm
>(distancia fonte-pele=80cm)
-34-
Os valores deste plano de tratamento são vistos na TA-
BELA I:
Campo
I
II
III
Contribuição total de cada campo ( * )
100
100
100
Total
Contribuição de cada campo ÜSSpontos de referencia no tumor
( s )
A
80
26
26
132
B
45
36
35
117
C
55
42
26
123
D
55
26
42
123
T
€0
33
33
126
TA3ELA I: contribuição percentual de cada canpo de irradiaçãonos pontos de referência considerados no tumor co£forme figura abaixo.
U. Wk
onde A, B, C, D = limites do tumor
T = centro do tumor
-35-
Eir. virtude da bexiga situar-se mais anteriormente, exis-
tira senpre, conforine constatado pela TABELA I, um gradiente
de dose (15% neste caso) no sentido antero-posteri or (de A pa_
ra B).
Quando a variação de dose entre os diferentes pontos con_
siderados excede a 5%, faz-se com auxilio de calculo matemãt^
co, o chamado "balanceamento de dose" a fim de que tal dife-
rença seja superada.
Pela Tabela I, vi-se que;
Ponto A Ponto B Variação na contribuição
Contri buição30 45 35 (de A para B)
do campo I
Contribui ção
dos campos 52 72 20 (de B_ para A)
II e III
Para que a dose seja a mesma era A_ e £, é preciso que o
gradiente de dose na contribuição do campo anterior (I) seja
neutralizado pelo gradiente de dose na contribuição dos cam-
pos posteriores (II e III). Para este "balanceamento", basta
reduzir a contribuição do campo anterior por um fator igual a
20/35, ou seja de 100X para 57%. Todas as contribuições des^
te campo são então decrescidas, obtendo-se os valores indica-
dos na TABELA II, onde a variação máxima de dose entre os
-35-
pontos considerados e de 2%.
TABELA II
Campo
I
II
III
Contribuição to
tal de cada cam
po ( % )
100
100
Total
Contribuição de cada campo ROÍ
pontos de referência no tumor
( « )
A
46
26
26
98
B
26
36
36
98
C
31
42
26
99
D
31
26
42
99
T
34
36
30
100
TABELA II: contribuição {%) de cada campo de irradiação nos
pontos de referência considerados no tumor (A,B,
C, D, e T) após realizado o "balanceamento de do_
se
Apôs esta correção, a dose-tumor de 240 rads/dia passou
a receber contribuições diferentes dos três campos de irra-
diação (57% do anterior e 1003 de cada posterior).
-37-
111.8.2 Irradiação Cinética (Pendular)
A técnica cinética pode ser considerada como uma tecnj_
ca com número infinito de entradas de um mesmo feixe de ir-
radiação. Os cálculos da distribuição da dose absorvida são
geralmente baseados na superposição das isodoses deste fei-
xe. A dose total num Donto qualquer é obtida adicionando-
se a contribuição deste somatório de campos estáticos, ideji
ticos e igualmente angulados entre si, em torno do centro
de rotação do aparelho (que, no caso aqui considerado, coiin
cide com o centro da area a ser tratada).
Esta técnica cinética, apesar de mais laboriosa que a
estática, no aue concerne ã avaliação da distribuição da do
se absorvida na iraa tumoral, e recomoensada por vantagens
tais como (26):
desaparecimento do gradiente de dose de A para B (tabe_
Ia I), que foi corrigido na terapia estática com o "b£
lanceamento da dose"
decréscimo considerável da dose-pele
queda brusca da dose fora da área a ser tratada, dimi-
nuindo sobremodo a irradiação dos tecidos sãos
a distribuição de dose fornecida pela terapia cinética
da, ern geral, um contorno muito mais circular e unifor^
me em torno da área tumoral, desaparecendo assim as re
entrincias observadas na terapia estática.
-38-
íí1.8.2.1-Plano de Tratamento
Na técnica rotatória também e feita a planta baixa do pa
ciente, e determinado o centro de convergência das radiações,
ou centro de rotação, que nem sempre corresponde ao centro do
tumor ou área a ser irradiada. Aqui a dose-tumor não e mais
estimada pelos percentuais de dose em profundidade mas sim,pe_
Ta razão DOSE-AR-TUMOR (Tissue-Air-Ratio) (2.5) ou ainda,empre
gandòocurvas de isodose normalizadas para determinadas profuji
didades. 0 primeiro método foi o empregado neste estudo.
Neste tipo de terapia, a distância (F) entre a fonte e o
eixo de rotação (T) do aparelho, bem como o tamanho do campo
(B) no eixo de rotação (T), permanecem constantes. Em contra^
posição, a distância fonte-pele (f) e o tamanho do campo n a
pele do paciente (A, e A~), vão variando no decorrer da rota-
ção do aparelho (fig. 13).
A fimcide facilitar os cálculos da distribuição de dose
na área tumoral , adotou-se Ü procedimento seguinte:
1Ç) tomou-se a planta baixa, jã pronta, com b tumor devida-
mente localizado (e cujo centro denominou-se T);
29) traçaram-se linhas, tal como vistas na fig. 14, em in -
tervalos iguais de 109 (pois intervalos meiiores do que
este não forneceriam variações consideráveis no célculo
da distribuição de dose),representando os raios centrais
-39-
Fig. 13- Ma Terapia Rotatória (Penduiar), a Distância
Fonte-Eixo de Rotação (F) e o Tamanho de Campo (B)
no Eixo de Rotação Permanecem Constantes, enquanto
a Distância Fonte-Pele (f) e o Tamanho de Campo na
Pele Variam.
- 4 0 -
I' Hi IV/ VII
S E Ç Ã O R E T A DO CORPO H U M A N O
I I S T A N C I A S P E I E - T U N O R DE 1 0 ° E M 1 0 °
F i g . 14 - Seção Reta da B a c i a , com as D i s t â n c i a s
P e l e - C e n t r o do Tumor Separadas de 10° em 1O(
II
-41-
de 35 campos fixos, os quais foram supostos operar, ca- |
da um, durante 1/36 do tempo de uma rotação completa.
39) achou-se então o valor médio das 36 distâncias T.I , I
TTTT T.III, ... (fig. 14), que foi em seguida tomado g
como o raio (13cm) de uma circunferência com centro em *
T (fig. 15). 1
4Q) conforme mostra a fig. 15, colocaram-se sobre cada u m
dos 35 raios da circunferência traçada, as curvas de i- 1
sodose correspondentes ao tamanho de campo selecionado
de acordo con as dimensões da área a ser irradiada. Le I
ram-se então os percentuais de dose que chegam a cada
ponto de interesse (A, B, C, D, T e R (reto). Estas |
leituras foram corrigidas, para mais ou para menos, de
acordo com a espessura de tecido mole existente ao Ion- |
go de cada raio considerado, em relação ao cTrculo.
5Q) quando os valores das doses em A,B,C,D,T e R, não cor - !
respondem a uma distribuição homogênea da dose absorvi- •
da,o mesmo procedimento i repetido até que esta homoge- '
naidade seja obtida, variando-se o ângulo de rotação,ou
o tamanho de campo de radiação ou o ângulo do filtro ep
cunha. Este filtro da metal (27), quando introduzido
no feixe de radiação distorce as curvas de isodose tor-
nando-as oblíquas (fig. 16). Este acessório, filtro em
cunhaafoi utilizado na técnica cinetica para compensar a
variação da espessura do tecido mole ao longo da trajetí)
ria da irradiação.contribuindo assim para uma distribuição ;;
/o 1
_J 4_ \/ - - i v • \
•
-42-
Fig. 15 - Estimativa do Percentual de Dose nos Pontos A, B,C, D, T e R para una Posição áo Feixe de Radia-ção em que o Círculo de 13cm de Raio Fica Exteriorao Contorno do Paciente.
Fia. 16 - Comparação Entre as Curvas de Isodose de um Mesmo Tamanho de Campo de
Irradiação, sem e £om Filtro em Cunha Respectivamente, onde 9 è" o Ân-
n .. -v u
-44-
mais homogênea e um'forne da dose absorvida.
Com base neste procedimento, concluiu-se que, para o tu
mor simulado e a ser irradiado num "Theratron "0-AEC",a
melhor distribuição de dose seria obtida fazendo-se uma
terapia em dois arcos de 12.0°, com filtro em cunha d e
45 , campo 91! x 9 e distância fonte-centro do tumor(can_
tro de rotação igual a 30 cm (fig. 17). Os valores ob-
tidos para A, 3, C, D, T e R, festas condições, são vi^
tos na TABELA III .
Nas condições de irradiação fixadas, foi aplicada ao tu
mor a mesma dose diária que na terapia fixa, ou seja,de
Z40 rads/dia, correspondentes a uma sessão do tratamen-
to total de 6000 rads um cinco semanas (ou 25 sessões).
Concluídos os cálculos dos planos de tratamento, tal cc>
mo feitos na rotina de trabalho dos radioterapeutas, e
segundo os procedimentos já descritos, passou-se, com o
auxilio das "plantas baixas", ã escolha dos pontos onde
seriam colocados os dosTmetros termoluminescentes nas
diferentes seções do simulador "Rando-Alderson", de acor-
do com as informações de interesse nesta pesquisa.
Como cada seção, ou fatia deste simulador,.possue 2.,5cm
de espessura e os mini-dosTmetros 12mm de comprimento,
para que fosse mantida uniformidade de procedimento,os
-45-
Fig. 17 - Esquema da Técnica Cinêtica Pendular utilizada,
mostrando os dois arcos de 120°, ao longo dos
quais foi descrito o movimento pendular, bem CJD
mo o posicionamento do filtro em cunha para c£
da arco, e os pontos de referencia do tumor no
paciente, onde:
A, B, C e D = limites do tumor
T = centro do tumor
R = centro do reto
TUMOR DE BEXIGA TÉCNICA ROTATÓRIA
(PENDULAR)
•
-47-
dosTrr.etros foram sistematicamente colocados na face in.
ferior de cada seção.
Assin,1ocalizados os dosínetrcs e colocadas as seções
do simulador em sua posição normal no conjunto "Rando-
Alderson" este foi irradiado como se fosse um paciente,
dentro portanto, do que 5 realizado na rotina medica.
Os resultados obtidos destas irradiações, juntamente com
os obtidos através dos cálculos, constitui ram a base pa-
ra o estudo crítico tratado na parte V. desta tese.-
- 4 R -T A B E L A I I I
EIXO
IIIIIIIVVVIVII
VIII
IXX
XIXII
XIII
XIVXVXVIXVII
XVIII
XIXXXXXI
XXII
XXIII
XXIV
XXV
T
PEP.
X
-4.
-5.
-5.
-5.
-4.
-3.
-1.
+1.
+ 3.
+ 3.
+ 4.
+4.
+4.
+4
+4
+4
+ 3
+ 1
-1
-3
-4
-4
-4
-4
-3
0 T
C E
0
0
5
2
5
2
12
0
6
0
5
5
.5
.4
.0
.8
.3
,5
.4
.0
.6
.6
.2
.5
A
N T
c
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
L
U A
px
.78
.74
.71
.73
.76
.84
.93
.07
.19
.24
.27
.31
.31
.31
.29
.27
.25
.08
.91
.81
.78
.75
.75
.77
.82
L
LEI
A
16
15
15
16
18
21
26
32
33
44
48
52
54
54
53
48
45
41
33
25
20
18
16
16
16
17
792
97?,
TURA CORRIGIDA
B
33
29
26
25
24
27
27
32
33
33
32
32
31
31
32
33
34
35
33
29
25
25
25
27
30
34
780
95%
C
21
19
17
18
18
19
21
24
26
27
28
28
29
42
46
48
53
54
49
42
36
34
32
30
29
28
814
99%
NOS POf!TOS
D
27
28
29
30
33
37
41
24
52
52
50
46
43
29
28
27
27
28
24
20
18
18
18
18
20
22
789
96%
R
•a0
0
0
0
4
n30
25
30
28
27
26
26
27
28
30
29
21
114
0
0
0
0
10
37F
45%
2
2
2
2
2
2
3!
3
3
3'
41
4
4
4
44
4
3
3
2
2
2
2
2
2
2
82
10
- 4 9 -
o n d e :
e i x o ( I , I I , . . . , XXV) = v i n t e e c i n c o e i x o s a n g u l a d o s , e n -
t r e s i , de 10 q u e p a s s a m p e l o c e n t r o do t u n o r ( T ) e
e s t ã o d i s t r i b u i d o s c o n f o r m e m o s t r a a ( f i g . 1 7 ) .
x = d i f e r e n ç a e n t r e o r a i o ( 1 3 cm) d a c i r c u n f e r ê n c i a c o m
c e n t r o em ( T ) e a d i s t i n c i a , na mesma a n g u l a ç ã o , d o cen_
t r o do t u m o r ( T ) ã p e l e do p a c i e n t e , ( f i g . 1 5 )
u = c o e f i c i e n t e d e a t e n u a ç ã o l i n e a r d o s i m u l a d o r " P . a n d o -
A l d e r s o n " p a r a o s r a i o s gama do C o b a l t o - 6 0 .
-50-
IV. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
A planta baixa do contorno do simulador de corpo huma
no "Rando-Al derson" no plano central do tunior de bsxiga con
siderado, é apresentada na fig. lã. Nela estão assinalados
todos os pontos onde foram colocados os dosTmetros termolu
mi nescentes. Em todas as irradiações, tanto na técnica es_
tática como na cinética, manteve-se constante não sõ o nú-
mero destes dosTmetros, corno também seu posicionamento no
simulador.
São apresentadas, nas fig. 19 a 2.3, representações
gráficas, no pi ano central do tumor, de seus pontos de de-
finição (A, B, C, D e T), do centro do reto (R) e das li-
nhas de isodose de 50*, 70%, 90% e 100%, obtidas segundo
os três tipos de irradiação investigados, tanto por cálcu-
los, através curvas de isodose, como por medidas com dosT-
metros termoluminescentes.
A Tabela IV compara as doses absorvidas .calculadas e
medidas, no plano central do tumor, em seus pontos de defi_
niçao (A, B, C, D e T) e no centro do reto (R), fornecidas
pela técnica estática (três campos não balanceados e três
campos balanceados) e cinética pendular de irradiação.Esta
tabela i uma sTntese dos resultados apresentados nas fig.18
a 22., acrescidos do desvio padrão das medidas com os dosT-
metros terroluminescentes, para cada ponto e técnica, e do
-57-
afastamento percentual do valor medido en relação ao £
lado.
As fig. 24, 25 e 26 são representações espaciais das
quatro seções do simulador "Rando-Alderson" onde foram efe_
tuadas as medidas com os dosTmetros termoluminescentes nas
irradiações segundo as técnicas estática e cinitica. Nelas
estão assinalados, nos pontos de definição do tumor (A, B,
C, D e T) e no centro do reto (R), os percentuais de dose
absorvida, partindo da premissa que 100% = dose-tumor (240
rads).
As fig. 27, 23 e 29 simbolizam a distribuição volum£
trica da dose absorvida ao longo das quatro seções do simu_
lador de corpo humano "Rando-Alderson", quando irradiado
de acordo com as técnicas estática e cinetica de tratamen-
to. As areas de mesma dose são representadas por uma cor
determinada sob a seguinte legenda:
70% -[_
e 100% = dose-tumor (240 rads)
f!a ( f i g . 30) vê-se os percen tua i s de dose em profündi_
dade, medidos, ao longo io eixo a n t e r o - p o s t e r i o r , passando
pe7o$ pontos A e B_ ( l imTtrofes do ttfmor) e pe7o cen t ro do
re to (R) , no plano cen t ra l do tumor, obtidos segundo as te£
nicas e s t á t i c a e c i n e t i c a de i r r a d i a ç ã o
- 5 2 -
Fig . 18 - P l a n t a ba ixa mos t r ando , o c o n t o r n o do s imu lado r
de corpo humano "Rando-Alderson" no plano cen-
t r a l do tumor c o n s i d e r a d o , a l o c a l i z a ç ã o dos 0£
sos n e s t a s eção t r a n s v e r s a l , além de todas a s
p o s i ç õ e s onde foram i n s e r i d o s os min i -dos ímet ros
t e rmomul inescen t e s de LiF .
-53-
-54-
Fig. 19 - Distribuição de dose obtida por leitura direta das
curvas de isodose preconizadas pelo plano de trat£
mento adotado s"egundo a técnica estática de "três
campos não balanceados", levando em consideração
as devidas correções de inomogeneidadé do tecido.
TRÊS CAMPOS NÃO BALANCEADOS
VALORES CALCULADOS
iinint
-56-
Fig. 20 - Distribuição da dosa obtida da laitura das dosss
absorvidas medidas com os dosTmetros termolurni-
nescantes de " LiF, segundo a ticnica estática
de "três campos não balanceados". Os ssgmantos
de curva tracejados representam um comportamen-
to provável, baseado em valores de pontos vi-
zinhos, da distribuição de dose nestas posições,
devido a impossibilidadas fTsiscas do sinulador
"Rando-Alderson", de colocação de dosTmetros
em tais locais.
ir..,TRES CAMPOS NÃO BALANCEADOS
VALORES MEDIDOS
- JI
-53
Fig. 21 -Distribuição de doss obtidas por leitura direta
da's curvas d^ iscdoõ^ estabelecidas ;)3lo plano
d;j tratamento adotado ssjundo a técnica jstãtica
de ;'tres campos bal anexados" , levando am consida^
ração as devidas correções d=? i nouogene idade do
t a c i d o.
TRÊS CAMPOS BALANCEADOS
VALORES CALCULADOS
iiXt10
-50
Fij. 22 - Distribuição da dose obtida da leitura d-ju co-
ses absorvidas medidas com os do^T^etro:» term£
1 uni nesccntes de LiF, se^u.-ido a teenier está-
tica de "trí3 cantos .JÍ! anc^ddos". Os sagi.ien-
ÍOÓ de curva tracejados, representam ur.i com ior^
tansnto provável, basaado ern loituras cie pontos
v i z i n ii o s , da distribui ção da doô2 nestas posi-
ções, devido a im lossibi 1 idadas fTsicas do SÍM_U
lador "R.ando-Alderson" de colocação de dosTme-
tros nestes locais.
TRÊS CAMPOS BALANCEADOS
VALORES MEDIDOS
-62-
Fiy. 23 - Distribuição de dose ootida da leitura da:; doses
aosürvidaj wodidas com os dcsTniatros terinolumi-
tiescsntos de LiF, segundo a técnica cinética
"pendular:i. Os segmentos da curva tracsjados
r^prosantari u;;i comportdi.iento ,:rovãvel , ba:eado
e.-i valores de pontos vizinhos, da distribuição
de dose nestas posições, devido a inpossibi1 ida
das iTsic^s do sifiulador "Rando-Al d^rson'.
-63 -
<—cr
OoaLU
Q
O a
O
T A B E L A IV
Comparação En t r e as Doses C a l c u l a d a s e Medidas ,no Plano Cen t r a l do Tumor S imulado ,
em Seus Pontos de R e f e r ê n c i a , Obt idas Segundo D i f e r e n t e s Técn icas de I r r a d i a ç ã o
O*A/T
A
B
C
D
R
TRÊS CAMPOS MSOBALANCEADOS
Calcul.
(rads )
240
248
223
234
234
115
Medido
(rads)
223 +5
2 42 +6
220 +9
220 +8
21 S ,+2
119+2
Afastarmento
%
-7
-2
-1
-6
-7
+ 3
TRÊS CAMPOSBALANCEADOS
Calcul.
(rads )
240
230
225
233
235
106
Medido
(rads)
240 +4
216 +7
240 +9
220 +7
223 +6
108 +4
Afasta-mento
%
0
-6
+6
-5
-5
+ 2
PENDULAR(cinética)
Calcul
(rads
240
230
228
240
240
108
Medi do
(rads)
242 +7
222 +9
225 +3
240 +7
240 +3
110 +3
Afasta-mento
%
+ 1
-3
-1
0
0
+ 2
v a l o r medido ( r a d s ) = media de o i t o medidas + D.P.
a f a s t amen to p e r c e n t u a l = 100 x M.H. - C .; M.M. = media dos valores medidos
C = valor calculadocri
-65-
Fig. 24 - Percentuais de dose medidos com dosímetros termo^
"luminescentes de LiF nos pontos de definição
do tumor (A, B, C, D e T) e no centro do retn(R),
ao longo de quatro seções transversais do simula^
dor "Rando-Alderson" quando irradiado segundo a
técnica estática de "três campos não balanceados.
(100% = dose-tumor)
TRÊS CAMPOS NÃO BALANCEADOS
-56-
-67-
Fig. 25 - Percentuais de dose medidos com dosTmetros termo-
luminescentes de LiF nos pontos de definição do
tumor (A, B, C, D e,T) e no centro do reto (R),ao
longo de quatro seções transversais do simulador
"Rando-Alde/son", quando irradiado segundo a té*£
nica estática de "três campos balanceados".
(100% = dose-tumor)
TRÊS CAMPOS BALANCEADOS
6 no-
-69-
Fig. 26 - Percentuais de dose medidas com dosimetros termo
luminescentes de LiF nos pontos de def in ição do
tumor (A, B, C, D» e T) e no centro do r e to (R)»
ao longo de quatro seções t r a n s v e r s a i s do simula-
dor "Rando-Alderson", quando i r rad iado segundo a
técnica c i n i t i c a "pendular" .
(100% = dose-tumor)
-70-
-71-
Fig. 27 - Distribuição volumitrica das zonas de isodose me-
didas com dosímetros termoluminescentes de LiF,
ao longo das quatro seções transversais do simula^
dor "Rando-Alderson" quando irradiado segundo a
técnica estática de "três campos não balanceados",
onde:
70% =
90% =
ioo%= li(100% = dose-tumor)
- 72 -
-73-
Fig. 28 - Distribuição vol umetri ca das zonas de isodose nedj_
das com dosímetros termo1uminescentes d9 Li F , ao
longo das quatro seções transversais do simulador
"Rando-Alderson" qusndo irradiado segundo a técni-
ca estática de "três campos balanceados", onde:
70?, =
90X =
100% =ft«p»r *.-«r|
(100% = dose-tumor)
-74-
- 7 5 -
F i g . 29 - D i s t r i b u i ç ã o v o l u m ê t r i c a das zonas de i s o d o s e nedi_
das com d o s í m e t r o s t e r m o ! u m i n e s c e n t e s de Li F ao
longo de q u a t r o seções t r a n s v e r s a i s do s i m u l a d o r -
"Rando-Alderson" quando i r r a d i a d o segundo a t é c n i -
ca c i n i t i c a " p e n d u l a r " , o n d e :
70% =
90% =
100% =
(100% = "dose- tumõr)
-76 -
Fig. 30 - Valores dos percentuais de dose em profundidade
ao longo do eixo a n t e r o - p o s t e r i o r , passando por
A e B (pontos l imí t ro fes tumor) e pelo cent ro
do re to (R)> no plano c e n t r a l do tumor.Estes va_
lores foram obtidos das medidas com os dosíme^
tros termo!uminescentes de Li F nas i r r ad i ações
das t écn icas c i n ê t i c a (pendular) e a e s t á t i c a
( t r ê s campos balanceados e t r ê s campos não ba-
lanceados ) , sendo que 100% = dose tumor (240
r a d s ) .
P R O F U N D I D A D E ( C M )
ULIXUlJ R O T A T Ó R I A ( P E H O U L A R ]
T R E S C A M P O S NAD B A L A N C E A D O S
I R E S C A M P O S B A L A H C E A D O S
-79-
V. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
V.l- Comparação entre as Linhas de Isodose Calculadas e Medidas
no Plano Central do Tumor, considerando:
V.l.l Resultados da Técnica Estática con Tres Canpos
Não Balanceados (fig. 19 e 20):
V.l.1.1 A linha de 100% medida é menor do que a calcula-
da e um pouco deslocada para baixo, no sentido
antero-posterior. Este fato pode ser atribuído
a um erro de localização na entrada dos campos
II e III, que teria causado um rebaixamento do
ponto de cruzamento dos raios centrais destes d£
is campos posteriores. Por outro lado,os pontos
C, e l) estão praticamente nas bordas do canpo an-
terior, o que dificulta sobremodo a determinação
precisa, através as curvas de isodose, do per -
centual de dose em profundidade nestas posições.
V.l.l.Z As linhas de 90%, medida e calculada, são prati-
camente iguais, sendo que na medida,observa-se
o mesmo deslocamento para baixo, mencionado no
item acima.
V.l.1.3 A dosa-pele, calculada e medida, I coincidente.
V.I. 1.4 Semelhante foi o comportamento das linhas de 50%
e 70o tanto para o calculo como para as medidas.
V.l.1.5 Por outro l3do, ainda an relação a estas linhas
de 50:/; a 10%, pode ser constatado que as reen -
trâncias e saliências nelas respectivamente en-
contEadas, devido a diferentes espessuras de te-
cido na entrada dos campos II e III, ocorrem de
modo idêntico, tanto no cálculo como na pratica.
V.l.1.5 O gradiente de dose entre j\ e 3_ (15«) que justi-
ficou o balanceamento de dose nesta técnica est_H
tica, pode ser igualmente constatado pelos resuj_
tados obtidos através as irradiações.
V.l.1.7 O ponto R, correspondente ao centro do reto, pe£
maneceu, em ambos os resultados,em torno dos 50%.
V.1.2 - Resultados da Ticnica Estática COÍTI Três Campos
Balanceados (fig. 21 a 22):
V.l.Z.l A dose-tumor medida foi idêntica i calculada.
V.1.2.2 A linha de 100% medida teve o mesmo comportamen-
to descrito no item V.1.1.1, em conseqüência das
rnasnas causas.
-81-
V. 1 .2.3 A dose no ponto /\, que deveria ser aproximadamente
igual a em 3_, conforme calculado, ficou aquên des
te valor, em face do rebaixamento sistenãtico do
ponto de cruzamento dos campos posteriores.
V.1.2.4 Os pontos limítrofes do tumor (A, 3, C, D ) , assim
como toda a ãrea turnoral considerada, estão dentro
da linha de 95" e, consequentemente, 90%.
. V.1.2.5 A dcse-pele de 103%, encontrada nos cálculos, teve
seu valor repetido nas medidas.
V.1.2.6 A diminuição das irregularidades das linhas de 50%
e 702 respectivamente, foi confirmado experimenta^
mente.
V.1.3 - Resultados da Técnica Cinética (Pendular)(fig. 23)
V. 1.3.1 As saliências e reentrãncias das linhas de 50% e
70% desapareceram por completo nesta técnica de iir
radiação
V.1.3.2 As irregularidades da linha de 100% encontradas nas
medidas com os dosTmetros termoluminescentes são
conseqüências da assinetria do contorno do simula_
dor, que e maior do lado do ponto j).
V.1.3.3 A ãrea tumoral considerada está toda dentro da 1J_
nha de 95%.
-82-
V.l.3.4 A dose no reto encontrada nas medidas foi de 46%,
confirmando seu valor previsto.
V. 1 .3.5 A dose-pele, que na teraoia estática foi de 100% ,
variou, na cinêtica, ao longo de toda a superfície
irradiada pelo feixe primário, de 25% - 50%.
V.l.3.5 A queda de dose fora da area tunoral foi bastante
brusca, conforme preconizado anteriormente e mos-
trado na fig. 30 .
V.2 Comparação entre as Doses Calculadas e Medidas, no Plano
Central do Tumor
A Tabela IV mostra os resultados dos cálculos e me_
didas com dosTmetros termo!uminescentes no plano central
do tumor, en seus pontos limítrofes (A, B, C, D),central
(T) e no reto (R)> empregando a técnica estática ( três
campos, com e sem balanceamento de dose) e a cinêtica
(pendular) de irradiação.
Mas duas variações da ticnica estática, verificou-
se que os resultados das medidas com os dosTmetros tej^
moluminescentes foram, en sua maioria, menores do n u e
os calculados, sendo que no caso de "três campos não ba
lanceados", o afastamento máximo foi de - 7% e o mínimo
-83-
de - 1% e, para os "três campos balanceados" estes valo_
res foram respectivamente de +_ 6% e 0%. Nesta técnica
estática, além do conjunto de erros inerentes ao plano
de tratamento e equipamento empregados, houve um peque
no deslocamento para baixo, conforme já mencionado ante_
riormente.do ponto de cruzamento dos raios centrais dos
campos posteriores, decorrente de erro de localização
na entrada destes campos, pois nesta técnica são feitos
três posicionamentos' diferentes, usando-se para isso
quatro escalas distintas (pino, arco, tamanho de campo
e angulação do cabeçote). Para que se possa compreen -
der a importância quantitativa deste fato, basta citar
que, se essas quatro escalas usadas na localização dos
campos, ocasionarem conjuntamente um deslocamento de 1
cm para baixo, no sentido antero-posterior do ponto de
cruzamento dos eixos centrais dos canpos posteriores, o
percentual de dose, dado pelas curvas de isodose,no poii
to >\ que deveria ser de 26%, cairia para 20%', para cada
campo: assim sendo, somando a contribuição dGS campos
II e III, terTamos em A uma diferença de 12%. Urn afas-
tamento máximo de -1% ou +5% representa, portanto, u m
valor razoável e aceitável.
Ja na técnica cinética, a distribuição d e dose
-34-
medida corn os dosTmetros termo! umi nescentes , além de
confirmar sua melhor homogeneidade em comparação com a
téc n ^ca e s t á t i c a , mostrou um afastamento máximo de -3%
e mTnimo de 0% en t r e os valores ca lculados e os medidos,
apresentando um saldo muito mais p o s i t i v o , na compara-
ção ponto a ponto, do que a t écn ica e s t á t i c a .
A razão de não t e r sido a p l i c a d o , aos r e s u l t a d o s
o b t i d o s , um cá lcu lo p rec i so de propagação de e r r o s , re_
s ide apenas no fa to que , em t r a b a l h o s desta n a t u r e z a ,
determinadas fontes de erros são i n e v i t á v e i s e inereri
tes ã" ro t ina p e r t i n e n t e a cada t é cn i ca empregada. Por
e s t a r azão , as tas fontes foram consideradas como um to_
do, ca lculando-se então o afastamento percentual e n t r e ,
o va lo r ca lcu lado , e c r e s u l t a n t e da media das l e i t u -
ras fornecidas pelos dosTmetros te rmoluminescentes .
Dentre es tas fontes de er ro podem s e r c i t a d a s :
a) As curvas de isodose u t i l i z a d a s e fornecidas pelo
fab r i can te da unidade de t e l ecoba l to-60 foram ve_
r i f i c adas em simulador de água com um dosTmetrodo
t i p o "Baidv/in-Farner", cuja p rec i são é de + 1,2%.
Destas medidas v e r i f i c o u - s e que os percen-tuais de
dose em profundidade, dados pelas curvas de i sod£
s e , concordavam com os medidos em + 3%,valor e s t e
considerado aceitável dentro dos padrões interna
cionais da radioterapia (23),
b) A água, meio i nternacionaltnente utilizado (19)nes_
te tipo de medidas, é* um meio horcogéVio, diferen-
te portanto do corpo humano ou do ?inulador "Ran-
do-Alderson".
c) 0 próprio mostrador do dosTmeiro tipo "Baldwin -
Farmer", pode ser responsável por um erro de para^
1 cixe nas leituras das doses absorvidas, estimado
em }%.
d) Os dosTmetros termoluminescentes selecionados e ca_
librados individualmente apresentaram um desvio D_£
drão máximo de 3%.
e) A fonte de Cobalto-60, do Laboratório de Padroni-
zação Secundaria da C.B.T.N. em que foram calibra^
dos, tanto o dosTmetro tipo "Baldwin-Farmer" como
os termoluminescentes, apresenta una exatidão de
+ 2,4%.
f) A simples leitura das curvas de isodose conforme
já mencionado, e outra fonte inevitável de erro,
podendo este ser apenas estimado.
-P .6 -
g ) O p r ó p r i o t r a ç a d o d e s t a s i s o d o s e s t r a z c o n s i g o o
e r r o do d o s T r n e t r o e r e g i s t r a d o r n e l e u t i l i z a d o s .
h ) O u t r o s e r r o s i n e v i t á v e i s e a p e n a s e s t i m a v e i s , s ã o
os i n e r e n t e s \ u n i d a d e de t e l e t e r a p i a como um t o -
d o , q u a n d o c o l o c a d a n a s c o n d i ç õ e s de i r r a d i a ç ã o
d e s e j a d a , p o i s p a r a i s s o , uma s e r i e de e s c a l a s s ã o
u t i l i z a d a s :
e s c a l a s de d i m e n s i o n a m e n t o do t a m a n h o de campo
de i r r a d i a ç ã o
e s c a l a l u m i n o s a i n d i c a d o r a da d i s t â n c i a f o n t e -
pele
escala de angulação do cabeçote
- escala do pino
escala do arco
i) 0 posicionamento do paciente dentro das condições
físicas de irradiação, segundo o plano de trata-
mento proposto, implica sempre, por mais cuidado-
so que seja, em um erro imperceptivel a olho nu,
mas real e apenas estimavel.
j) 0 mecanismo de abertura e fechamento do obturador
constitui outra fonte de erro inerente a cada eqni_
pamento.
-87-
k) A mesa de tratamento, na terapia cinética também a
feta as medidas de dose; na técnica empregada nes-
ta pesquisa (terapia em 2 arcos de 120°), este va-
lor foi da ordem de -1%.
1) A leitura dos resultados ( m gráficos) dos dosTne-
tros termo!uminescentes esta particularmente liga-
da àquele que a procede; para diminuir esta causa
de erro, estas leituras foram realizadas sempre pe_
Ia mesma pessoai
Em conclusão, achou-se mais objetivo, e dentro dos
propósitos desta tese, levar em consideração apenas o
"conjunto" dos erros inerentes ao procedimento de roti-
na em qualquer serviço de radioterapia, uma vez que,é a
este "conjunto" de erros, que qualquer paciente estará
exposto quando tratado segundo as técnicas deirradiação
consideradas. Consequentemente, alem deste conjunto de
erros * as leituras das doses absorvidas ficam afetadas
apenas pelo erro proveniente do sistema de medida utili_
zado, ou seja, dos dosTmetros termoluminescentes, cujo
limite máximo e de Z%. Nestas condições, os afastamen-
tos percentuais apresentados na Tabela IV alcançam, na
condição mais desfavorável possível, o valor de -7%,che
gando, em 17% dos resultados,a seren totalmente anulados.
-88-
V. 3 Dis t r ibu ição Volumétrica de Dose
Com o i n t u i t o de est imar a d i s t r i b u i ç ã o de dose
em todo o volume tumoral decorrente das técnicas de tra_
tarcento empregadas nes ta tese e , conforme jã mencionado
no inTcio,colocaram-se dosTmetros termoluminescentes em
quat ro seções do simulador de corDO humano " R a n d o-
Alderson", dentro das quais deveriam s i t u a r - s e os l im i -
tes do tumor de bexiga considerado. De posse dos resuj_
tados das l e i t u r a s des tes"dosTmetros , pode r - se - i a então
conc lu i r se o plano de t r a t amento , elaborado apenas no
plano cen t ra l do tumor, s e r i a ou não r e p r e s e n t a t i v o do
comportamento das i r r ad i ações em todo o volume a s e r tra
t ado .
Através ana l i s e dos valores dos percen tua i s de do-
se absorv ida , apresentados nas f i g . 24, 25 e 26 , as se_
gu in t e s conclusões são o b t i d a s :
V.3.1 Técnica E s t á t i c a com " t r ê s campos não balanceados"
e " t rês campos ba lanceados" .
Confirmou-se que o centro do tumor de bexiga se si_
tua exatamente en t re as seções 31 e 32 do simulador
"Rando-Alderson". Reconsiderando-se que as quat ro
seções t r a n s v e r s a i s d t s t e simulador somam 10cm de
- 8 9 -
a l t u r a ao lonao do eixo cé fa i a -cauda l (2 ,5cn de es-
pessura c a d a ) , e que os m" ni-dosTnetros t e rno lumi-
nescentes (12mn de coinprinento) foram s i s t e m á t i c a -
nente colocados na face i n f e r i o r de cada seção,
conc lu i - se que, os dosTmetros das seções 30, 31 e
32 ficaram inc lu ídos no volume tumoral i r r a d i a d o ,
enquanto que os da seção 33 posicionaram-se imedia^
tanente abaixo do l imi t e i n f e r i o r do tumor simula-
do.
A medida da dose absorvida em A_ foi predominanteme_n
te menor do que em B_, mesmo apôs o balanceamento
t e ó r i c o de dose , devido exc lus ivanente ao reba ixa-
mento do ponte de cruzamento dos raios c e n t r a i s dos
campos p o s t e r i o r e s , jã mencionado.
Pelas f i g , 24 e 25 v e r i f i c a - s e que, os percen tu-
a i s de dose absorv ida , medidos nos pontos de de f i -
nição do tumor (A, B, C, D e T) segundo as duas va_
r iações da t écn ica e s t á t i c a , demonstram que es tes
pontos se encontram nas seções 30, 31 e 32 do simu_
lador "Rando-Alderson", e que seus melhores va lo-
r e s , dentro dos l imi tes a c e i t á v e i s para a irradi_
ação co r r e t a do volume tumoral simulado, são dados
pela t écn ica e s t á t i c a de " t r ê s campos balanceados".
-90-
0bserva-53 nelhor esta distribuição volumêtrica de
dose, através a comparação das fig. 27 e 28. Na
fig. 2.7 ("três car.pos não balanceados"), a região
de 100" ([v-3) sõ aparece» e muito discretamente,
na seção 32 do simulador "Rando-Alderson", enquan-
to que na fig. 25 ("tros campos balanceados" ) ,
esta região abrande as seções 31 e 32, no meio das
quais so situa o centro do tumor.
flota-se que,nas seções 31 e 325na técnica, de "três
campos balanceados", surge uma região de 100% jun-
to a pele, nas entredas dos canpjs posteriores, de_
corrente do balanceamento de do.e.
A região de 00% (tyXffi), se estende, em ambas as
técnicas, da seção 30 a 32, ou seja, ao longo de
3 cm do eixo céfaio-caudal. 0 cilindro, ou melhor,
o ovõide formado pela projeção das zonas de 90% na
técnica de "três canpos balanceados" (fig.28), en-
quadra, de maneira homogênea e correta, to-do o vo-
lume tumoral simulado, enquanto que na técnica de
"três campos não balanceados" (fig. 27), esta volu_
me e menor na largura, alem de sofrer uma sensTvel
redução de área na seção 30.
As regiões ás 70% (I j) vão, em ambas as têcn_i_
cas da seção 30 a 32 do simulador "Rando-Alderson",
sendo entretanto que, sua melhor distribuição, o-
corre na técnica dos " três campos balanceados "
-91-
(fig. 28).
V.3.2 Técnica Cinética "Pendular" com Dois Arcos de 120°
e Filtro em Cunha.
Confirmou-se nesta técnica, assim como nas anteri£
ressque o centro do tumor se situa entre as seções
31 e 32 do simulador "Rando-Al derson". Cumpre reco_r
dar que o posicionamento dos dosTmetros termolumi-
nescentes foi o mesmo das técnicas anteriores.
Conforme apresentado na fig. 29 , a distribuição
volumétrica de dose no tumor simulado 5 muito me-
lhor, neste caso, do que a obtida pelas duas vari-
ações da técnica estática. Este fato é facilmente
compreendido lembrando-se que, na técnica cinética,
faz-se apenas uma localização do paciente ao invés
das três da técnica estática, havendo ainda u m a
compensação, e conseqüente minimização, de algumas
fontes de erro ao longo do movimento pendular d a
fonte de irradiação.
As zonas de 100% aparecem, de acordo com o plano
de tratamento aplicado, nas seções 31 e 32 do sirrm
lador "Rando-Alderson"5 uma vez que o centro do t£
mor se encontra no meio de ambas. 0 decréscimo e
deslocamento da zona de 1002 na seção 31,en direção
-92-
ao ponto £, decorre da assimetria do contorno do
simulador, que e maior do lado de D.
Nesta técnica, o volume formado pelas zonas de
90% i mais uniforme que os fornecidos pelas duas
variações da técnica estática, estendendo-se, i-
yualínente, da seção 30 a 32.
As zonas de 70% também apresentam uma distribui-
ção de dose absorvida muito mais uniforme ao lon_
go das seções do simulador "Rando-Al derson" irra^
diadas. Seu aparecimento na seção 33 deve-se ao,
tamanho de campo empregado (9H x 9 ) , que pode ser
talvez ligeiramente diminuído ao longo do eixo
cefalo-caudal, caso se deseje eliminar completa-
mente este percentual de dose absorvida nesta re
gião.
A dose no reto não ultrapassou, em qualquer das
quatro seções do simulador consideradas, o valor
de 46%. , -
- 9 3 -
VI. CONCLUSÕES
Resumindo os resul tados encontrados neste estudo compa
rat ivo da d i s t r ibu ição de dose em tumor de bexiga» obtidos
através planos de tratamento per t inentes ã rot ina da radio
terapia e as medidas com dosTmetros termoluminescentes d e
LiF, em um simulador de corpo humano de fabricação "Rando-
Alderson", conclui-se que:
"A dosimetria termoluminescente," através s^us diversos
t ipos e variedades de dosTmetros, dentre os quais os
mini-dosTmetros de Lif u t i l i zados nesta pesquisa , con
t r i b u i u notoriamente para o progresso da dosimetri a clT_
nica . Estes dosTmetros, graças a suas reduzidas dimer^
soes fTsicas (permitindo medidas aproximadamente pun-
t u a i s ) , fãci 1 manuseio, dependência energética pratica^
mente inexis ten te na faixa de energia a que seriam ex
pos tos , l inear idade de resposta em um grande i n t e rva -
lo de dose de exposição, além da poss ibi l idade d e di_
versas r e - u t i l i z a ç õ e s , permitiram um grande número de
medidas simultâneas e reprodutTveis dentro de um meio
s o l i d o , em vários e diferentes posicionamentos.
Conclui-se pois que, com tantos pontos posi t ivos a seu
-94-
favor, a dosii.ietria ternol urn" nescente apresenta, no earn
po r'a Jusinetria clínica, ura versátil e extensa faixa
de uti 1izações.
Juntamente co;.i os dosínetrcs ternol umi nascan tes , o sinw
lador "Rando-Alderson", graças ã semelhança de suas pro_
priadddes com as do corpo humano, é", até o presente mo-
nento, o melhor simulador de corpo humano de que se dis_
pões para pesquisas deste tipo. Ele é" portanto,da graji
de valia no canpo da dosimetria clínica.
Tanto na Técnica Estática com três campos angulados da
l£0° entre si, como na Técnica Cinetica de dois arcos
de 120° usando filtro em cunha, os pi anos teóricos de
tratamento, realizados exclusivamente no plano cantral
do tumor, são válidos e concordantes com os resultados
verificados experimentalmente no sinulador de corpo 'au_
mano, não só no plano central, mas em todo o volume tu-
noraI considerado (sendo, segundo o Dr. G. Drexler do
G.S.F., o limite mínimo de erro atingível jia rotina da
radioterapia com Telecobelto-SQ, da ordem de 1 0 % ) .
C O P os equipamentos utilizados, a Técnica Cinetica pen-
dular, empregando filtro em cuníia e dois arcos, de 1ZO°,
e, não apenas na teoria, mas principalmente na prática,
mais vantajosa, do ponto de vista terapêutico que a T?£
nica !Tstãtica com três campos fixos angulados de 120°
entre si.
-95-
A Técnica Cinitica empregada forneceu uma distribuição
de dose absorvida muito nais homogênea em todo o volu-
me irradiado, bem como una dose-pele nu i to menor, além
de uma brusca queda da dose absorvida fora da area tu
moral, diminuindo sobremodo a exposição dos tecidos sã_
os ãs radiações ionizantes.
-96-
S U M A" P. I 0
Realizou-se um estudo comparativo entre, ? distribui-
ção de dose no plano central de um tumor de bexiga fornecida por
cálculos baseados em curvas de isodose, e a medida com dosíme-
tros termo!uninescontes. Em extensão, mediu-se ainda a distrj_
buição de dose no resto do volume tumoral considerado, bem como
no reto, Órgão crTtico neste tipo de tratamento.
As técnicas de irradiação empregadas foram a estática,
com três campos angulados de 120° entre si, com e sem balance^
mento de dose, e a cinética pendular, em dois arcos de 120° com
filtro em cunha. Empregou-se, em ambas ,a Teleterapia com Cobal_
to-GO.
As medidas de dose absorvida foram f e i t a s com mini-cܣ
sTmetros de Li F em pÕ ,encapsu1 ados em c a p i l a r e s de vidro (12 ram
ds comprimento e 1 ,4mm de d iâmet ro ) . Foram se lec ionados 188 dp_
sTmetros com desvio padrão máximo de TI, para cada um.
Em s u b s t i t u i ç ã o ao p a c i e n t e , enpregou-s . um simulador
de corpo humano de fabr icação "Rando-Alderson". Determinada a
posição do tumor de bexiga a se r i r r a d i a d o , os dosTmetros foram
d i s t r i b u i d o s ao longo de quatro seções t r a n s v e r s a i s des te simu-
lador ,procedendo-se então as i r r a d i a ç õ e s segundo os planos de
t ra tamento e s t a b e l e c i d o s .
- 9 7 -
Dos r e s u l t a d o s d o s p e r c e n t u a i s de d o s e a b s o r v i d a m e d i
d o s n o p i a n o c e n t r a l do t u n o r , v a r i f i c o u - s e , n ã o s o m e n t e a c o n -
f i r m a ç ã o p r a t i c a d e s t e s r e s n o s r e s u l t a d o s , q u a n d o o b t i d o s p o r
c á l c u l o s a t r a v é s c u r v a s de i s o d o s e , c o n o t ambém a m e l h o r d i s t r i _
b u i ç ã o de d o s e a b s o r v i d a o r i g i n a d a p e l a t é c n i c a c i n i t i c a .
Das m e d i d a s dos p e r c e n t u a l s de d o s e a b s o r v i d a ao l o n ^ o
d e t o d o o v o l u m e t u m o r a l c o n s i d e r a d o , c o n c l u i u - s e q u e , e d i s t r i _
b u i ç ã o de d o s e a b s o r v i d a d a d a p e l a p r o g r a m a ç ã o t e ó r i c a do t r a t a ^
m e n t o n o p l a n o c e n t r a l do t u n o r , p o d e s e r e s t e n d i d a , e n t o d a s u a
v a l i d a d e , a o s d e m a i s p l a n o s t r a n s v e r s a i s da á r e a t u m o r a l .
P r i m o r d i a l m e n t e n e s t a d i s t r i b u i ç ã o v o l u m e t r i c a d e do^
s e , a t é c n i c a c i n é t i c a c o n f i r m o u s u a m e l h o r q u a l i d a d e de r e s u l -
t a d o s em r e l a ç ã o a t é c n i c a e s t á t i c a .
-98-
S I! " M A R Y
For the central plane of an assunec! malignant tumor of
the bladder, Cobalt - 60 treatment plans v/ere calculated from
published isodose curves. The calculation was done for the three
field technique, unbalanced and balanced, and for 120 degree
rotational therapy with wedge filter.
A "Rando-Aldcrson" phantom and calibrated encapsuled
Li F dosimeters with a standard deviation better than 3% of each
•-.•ere used to verify the treatment plans. Furthermore the dose
distribution to an assumed extension of the tumor and to the
rectum were measured.
Comparison of calculated treatment plans and measured
dose distributions demonstrated good agreement, n.easurenants
shov also that better Iionogenity of the dose distribution v;ere
reached with rotational therapy. Furthermore, the measurement?
?av3 satisfactory hoiiogeni ty of the v.'hole tumor vol nine ..supporting
tlio use of treatment plans just calculated for the contra! plane,
."iso in roçar-.! to the whole voluna of tumor, rotational therapy
appears to '•:• superior to fixed field therapy.
- 9 9 -
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