Post on 28-Nov-2015
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA
Superintendência de Gestão Educacional
Coordenação de Educação Especial
V OFICINA PEDAGÓGICAA alfabetização da pessoa surda:
desafios e possibilidades
_________________________________________________________________SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA - SMEC
Avenida Via das Flores, 1696, Pricumã.CEP. 69.309-396 - Boa Vista – RR
Fone: (95) 3224 - 3412
Especialistas em LIBRAS: Luciane G. B. Albino Rosilda Garcia da Silva
Língua como instrumento de comunicação: A linguagem é vista como um código.
Língua como forma histórico-cultural: A linguagem é vista como uma atividade em um contexto. O sujeito é o autor da sua comunicação.
Concepções de Língua/Linguagem
Língua Natural (L1): Um enfoque para a língua/linguagem como forma histórico-cultural;
Língua Secundária (L2): Português para surdo, modalidade escrita na concepção histórico-cultural.
LIBRAS L1 e L2
PROPOSTA BILÍNGUE
Segundo Brito(1993), Karnopp (2004), Fernandes(1995) e Skiliar (1999). Uma Educação na proposta bilíngue tem que acontecer no âmbito multicultural, ou seja, não tem que conhecer apenas a gramática, mas conhecer os significados sociais.
PROPOSTA BILÍNGUE
Nesta proposta a L1 e a L2 se complementam;
Capovilla pesquisou que, o aluno tem mais desempenho na L2, quando tem o domínio da LIBRAS;
Assim negar o uso da LIBRAS é fragmentar o desenvolvimento psíquico dos surdos;
O Ensino Bilíngue tem que ser oferecido desde a Educação Infantil , a partir do 0 anos ( LDB 9394/96); por professores bilíngues( Decreto 5626/2005).
PROPOSTA BILÍNGUE
Vivência, perspectiva histórico-cultural; Trabalho conjunto escola, família, estudantes e
parceiros; O surdo vai construir o seu próprio conhecimento na
sua especificidade linguística; Toda atividade tem que ser contextualizada; Incentivar a Leitura; Explorar o espaço-visual; As imagens precisam ter significados; Ensinar os sinais da LIBRAS e, também dar
importância para os gestos sociais. Eles são produzidos, principalmente no âmbito familiar.
METODOLOGIA DE ENSINO
.
Orientação:
Como deve ser feito o sinal
Realizado a configuração de mão, deve ser feito um
semicírculo no sentido giratório do lado direito para o esquerdo levando
para o lado direito do pescoço.
Movimento: O sinal tem movimento no
sentido giratório do lado direito para o esquerdo levando
para o lado direito do pescoço.
Expressão facial e Corporal.
Expressão facial- como deve estar a expressão do rosto ou do corpo a partir do sinal realizado.
OBJETIVOS Desenvolver na criança a capacidade de
expressar sensações, sejam elas táteis ou visuais e escrita;
Proporcionar experiências que levem a criança à abstração, análise e síntese, descrição, classificação e conceituação.
Saco surpresa
Uso para lavar as mãos tesoura
Uso para cortar as unhas sabonete
Uso para lavar as mãos creme dental
Hábitos de higiene
Objetivos: Estimular na criança a habilidade de
expressar-se perante um grupo; Desenvolver na criança a capacidade de
expor seus pensamentos de forma clara e organizada, situando-se no tempo e no espaço, utilizando este recurso como apoio.
Saco de novidades
OBJETIVO Proporcionar à criança situações de
aprendizagem a partir de vivências interessantes e significativas.
Vivências
A.E.E em Língua Portuguesa Exemplo de objetivo: Estimular a escrita, a
escolha de categoria e reconhecer a letra inicial.
EXEMPLO
Letras Animal Comida
A
B
C
D
E
Histórias espontâneas (piadas, parlendas, trava-língua, entre outros);
Histórias infantis, as literatura de sinais; Quadros(2006), enfatiza que: Os surdos precisam tornar-se
leitores na Língua de sinais para se tornarem leitores na língua portuguesa;
Brincadeiras de roda; Jogos da memória, de quebra-cabeça, blocos lógicos; Mímicas; Transfigurações de imagens; Passeios culturais, entre outros. Neste contexto rico e lúdico será possível ensinar a LIBRAS
e o Português na modalidade escrita, com significação.
Atividades variadas:
A LIBRAS está associada na relação do surdo com o mundo;
O contexto social engendra a aprendizagem com significação;
A L 2/ modalidade escrita, tem que ser introduzida a partir dos conhecimentos prévios dos alunos;
A L1que vai estabelecer as relações do surdo com o mundo;
O surdo vai se reconhecer como minoria linguística e associar a diferença com a sua identidade;
A educação bilíngue é um direito dos surdos.
Com base em tudo :
BRASIL. Lei nº. 10.436, de 24 de Abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Disponível em http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/99492/lei-de-libras-lei-10436-02. Último acesso: 13/11/2013
BRASIL. Decreto nº. 5.626, de 22 de Dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº. 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais-Libras, e o art. 18 da Lei nº. 10.098 de 19 de Dezembro de 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm. Último acesso: 13/11/2013
BRITO, L. Ferreira. Integração social e educação dos surdos. Rio de Janeiro: Babel Editora, 1993.
QUADROS, Ronice Muller de. SCHMIEDT, Magali L.P. Idéias para ensinar português para alunos surdos. Brasília: MEC, SEESP, 2006.
REFERÊNCIAS:
QUADROS, Ronice Muller de. KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira.Estudos Linguisticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
FERNANDES, Eulália. CORREIA, Cláudio Manoel de Carvalho. Bilinguismo e surdez: A evolução dos conceitos no domínio da linguagem FERNANDES, Eulália (org). Surdez e bilinguismo. Porto Alegre: Mediação, 2005
SKILIAR, C. Atualidade da educação Bilingue para surdos: processos e projetos pedagógicos. Porto alegre: Mediação, 1998.
VIGOTSKI. Lev Semenovich. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.