Lição 3 joel, o derramamento do espírito santo

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Na sequência do estudo dos profetas menores,

veremos hoje uma visão panorâmica do livro do profeta Joel, o segundo destes livros no cânon da Bíblia.

- O livro de Joel mostra-nos que o Senhor deseja derramar o Espírito Santo aos que se arrependem de seus pecados para que tenham vida espiritual plena.

INTRODUÇÃO

"Yoe’l"(יואל) - "Jeová é Deus". Joel é um profeta do

reino do sul, o reino de Judá.

- Segundo alguns estudiosos, o ministério de Joel é da época do rei Joás, ou seja, um pouco anterior a Isaías e a Amós.

I – O LIVRO DE JOEL

Segundo os estudiosos da Bíblia, o livro de Joel seria

datado de cerca de 828 a.C., durante o reinado de Joás, antes da morte de Jeoiada, sendo posto por eles entre II Cr.24:14 e II Cr.24:15.

A mensagem do livro diz respeito ao juízo que viria

sobre o povo de Deus.

- A mensagem de Joel também fala do futuro, menciona o derramamento do Espírito Santo e o "dia do Senhor". Por causa de sua profecia do derramamento do Espírito Santo, é conhecido como "o profeta pentecostal".

O livro de Joel, que tem três capítulos, pode ser

dividido em três partes, a saber:

1ª parte - o dia do Senhor exemplificado - Jl.1 2ª parte - o dia do Senhor profetizado - Jl.2 3ª parte - o julgamento das nações e as bênçãos do

milênio - Jl.3

Na Bíblia Hebraica e na Septuaginta , o livro de Joel

tem quatro capítulos, pois há uma divisão diferente dos versículos do que o que nós adotamos.

- O capítulo 2 de Joel, que para nós tem 32 versículos, nessas versões tem apenas 27 versículos. O capítulo 3 de Joel nessas versões corresponde ao nosso Jl.2:28-32 e o nosso capítulo 3 é o capítulo 4 daquelas versões, divisão que é seguida pela Bíblia de Jerusalém e pela Tradução Ecumênica Brasileira

Na Septuaginta, aliás, o livro de Joel ocupa um lugar

diferente no cânon, pois ele é o quarto livro dos profetas menores, depois de Miqueias (a ordem dos profetas menores na Septuaginta é a seguinte: Oseias, Amós, Miqueias, Joel, Obadias, Jonas, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias).

- O livro de Joel está, segundo alguns, relacionado com a 7ª letra do alfabeto hebraico, “zayin” (ז), cujo significado é de “arma”, “espada”, indicando, portanto, que se trata de um livro que trata, sobretudo, do juízo divino, de movimento e de luta.

O livro de Joel inicia-se com uma mensagem do profeta tanto aos anciãos do povo quanto a todo o povo, em que o Senhor estava a alertar o povo através da natureza, visto que uma série de pragas havia assolado a produção dos judaítas (Jl.1:4).

- As pragas de gafanhotos mostravam que a renovação promovida por Joás com a restauração do templo era apenas uma religiosidade externa. Intimamente, os judaítas continuavam longe do Senhor.

II – O DIA DO SENHOR EXEMPLIFICADO

Toda a dizimação da plantação tinha um único

objetivo: fazer despertar o povo para a sua triste realidade espiritual (Jl.1:5).

- O problema do povo de Judá era que haviam se embriagado com vinho, ou seja, procurado as coisas terrenas e não as coisas celestiais (Ef.5:18).

A situação desoladora por que passava Judá em

termos materiais era o reflexo de sua vida espiritual, uma figura da real situação espiritual de quem vive apenas para as coisas terrenas.

- Devemos pensar nas coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus, se é que já ressuscitado com Cristo e estamos mortos para o mundo, com nossa vida escondida em Cristo Jesus (Cl.3:1-3).

Alguns estudiosos das Escrituras entendem que este

quadro traçado pelo profeta não se aplicaria apenas aos dias de Joás, mas seria, também, um profecia do que ocorrerá com Israel na segunda metade da Grande Tribulação (Jl.1:9).

- O profeta, no entanto, não fica apenas na denúncia do pecado do povo, até então apenas escondido em seus corações e que não havia se manifestado, o que se daria apenas após a morte de Jeoiada. O profeta traz, também, o remédio para esta situação.

A solução era o arrependimento dos pecados e a

conversão a Deus (Jl.1:14-17).

- A mensagem do profeta é que temos de buscar a Deus enquanto é tempo (Is.55:6), “porque o dia do Senhor está perto, e virá como uma assolação do Todo-Poderoso” (Jl.1:15).

Após ter chamado o povo a se arrepender de seus

pecados, o profeta passa a descrever o que será o “dia do Senhor”.

- O profeta começa dizendo que é preciso clamar que o dia do Senhor está perto, de forma pública e notória (Jl.2:1).

III – O DIA DO SENHOR PROFETIZADO

Este “toque da trombeta” fala de arrependimento

antes do juízo divino (Nm.29:1).

- A “festa das trombetas” é tipo do arrebatamento da Igreja. Precisamos nos arrepender antes que Jesus volte para buscar a Sua Igreja (I Ts.4:16).

Joel conclamava o povo ao arrependimento, porque

o dia do Senhor estava perto e seria um dia de trevas e de tristeza, dia de nuvens e de trevas espessas, um dia igual ao qual nunca houve nem haverá (Jl.2:2).

- “O dia do Senhor é grande e mui terrível; e quem o poderá sofrer? “(Jl.2:11 “in fine”).

O caminho para se escapar do “dia do Senhor” é o

caminho da conversão (Jl.2:12,13).

- Os sacerdotes são conclamados a chorar entre o alpendre e o altar (Jl.2:17). Não há possibilidade de pertencer ao povo de Deus sem que, antes, sejamos convertidos

Com o arrependimento e a conversão, diz Joel, o

Senhor teria zelo da Sua terra e Se compadeceria do Seu povo e, em virtude disto, o Senhor responderia com o retorno da abundância (Jl.2:18-27).

- A abundância não seria apenas material, pois o arrependimento e a conversão também trariam o derramamento do Espírito Santo (Jl.2:28,29)

A plenitude da vida espiritual torna indispensável o

derramamento do Espírito Santo. Não há como termos abundância espiritual, termos plenitude de vida espiritual sem que sejamos alcançados pelo derramamento do Espírito Santo.

- Deus deseja que tenhamos abundância espiritual e esta abundância vem pelo derramamento do Espírito Santo. Este derramamento segue ao arrependimento e conversão, é um momento posterior, portanto, à salvação.

A profecia de Joel começou a se realizar no dia de

Pentecostes, mas não findou ali nem nos tempos apostólicos.

- O dia de Pentecostes era apenas uma parte do que estava prometido e profetizado, era o início de um período.

A profecia de Joel ainda não se concretizou em Israel,

o que se dará tão somente quando Israel for salvo, o que ainda não ocorreu (Rm.11:7-11; II Co.3:14-16).

- No dia em que os judeus se converterem, na iminência da batalha do Armagedom, aí, sim, convertidos, serão todos os israelitas remanescentes cheios do Espírito Santo.

Por que temos tido redução no número de batismos

com o Espírito Santo entre nós?

R: Porque o derramamento do Espírito Santo, como ensina o profeta Joel, somente vem quando há prévios arrependimento e conversão. Porque não há que se falar em plenitude de vida espiritual onde ainda habitam o pecado e a prioridade das coisas terrenas.

O derramamento do Espírito Santo é uma ocorrência

posterior ao arrependimento e à conversão, algo que é indispensável para que fujamos do juízo divino (Jl.2:30-32).

- Ou buscamos a plenitude do Espírito Santo, prometida para antes do “grande e terrível dia do Senhor”, ou, por rejeitarmos esta oferta gratuita do Senhor, seremos levado a experimentar este dia tenebroso.

O terceiro capítulo de Joel descreve a remoção do

cativeiro de Judá e de Jerusalém, ou seja, a conversão de Israel lhe traria liberdade do pecado e de seus inimigos.

- O Senhor não Se limitará a salvar Israel, mas, também, julgará aqueles que tentaram destruir o Seu povo.

IV – O JULGAMENTO DAS NAÇÕES E AS BÊNÇÃOS DO MILÊNIO

O Senhor congregará todas as nações no vale de

Josafá e, ali, com elas, entrará em juízo por causa do Seu povo (Jl.3:2).

- O Senhor, neste dia, retribuirá todo o mal que se fizeram aos judeus ao longo da história da humanidade (Jl.3:3-8).

Após esta grande vitória, Israel terá abundância

material e espiritual (Jl.3:18).

- Judá será um lugar de delícias, um lugar que será habitado para sempre e onde haverá purificação, porque o Senhor habitará em Sião (Jl.3:20,21).

Este estado de delícias, previsto para ocorrer no milênio, já está

à disposição da Igreja desde já. O crente revestido de poder, batizado com o Espírito Santo é um crente que é (Jl.3:18):

a) “monte que distila mosto”;

b) “outeiro que mana leite”;

c) “rio que está cheio de água”;

d) “uma fonte que sai da casa do Senhor e rega o vale de Sitim”.

conclusão

“...ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO SANTO” (Ef. 5.18)