Post on 23-Dec-2021
As ligações rebitadas são ligações em que se utilizam peças adicionais designadas “rebites”. O rebite tem uma haste que se introduz em furos executados nas peças. Posteriormente, deforma-se plasticamente a extremidade saliente da haste para constituir a ligação.
As ligações rebitadas fazem parte das ligações fixas (não desmontáveis), apesar de ser possível destruir os rebites para separar as peças.
LIGAÇÕES PERMANENTES
Ligações Rebitadas
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LIGAÇÕES PERMANENTES
Ligações Rebitadas
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O processo de fixação do rebite nas peças, com formação da segunda cabeça, chama-se “rebitagem” ou “cravação”. Geralmente, a cravação do rebite começa com a abertura de furos coincidentes nas peças a unir. Por estes furos faz-se passar a haste do rebite e golpea-se a extremidade da haste do rebite de forma que esta se deforme e comprima fortemente as peças a unir. Durante este golpeamento, forma-se uma segunda cabeça, chamada cabeça de travamento, cabeça golpeada ou cabeça rebitada.
LIGAÇÕES PERMANENTES
Ligações Rebitadas
A cravação do rebites pode ser feita a quente ou a frio. Quando os rebites são feitos de aço, com diâmetro até 10...12mm ou quando os rebites são feitos de cobre, latão ou ligas leves, a rebitagem pode ser feita a frio. Os rebites de aço de maiores diâmetros são aquecidos até ao rubro claro. A rebitagem pode ser manual (com martelo) ou mecanizada. Quando se rebita usando uma máquina a qualidade da rebitagem melhora e o processo é mais económico e mais rápido. Porém, é preciso usar um sujeitador. 3
LIGAÇÕES PERMANENTES
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Ligações Rebitadas
LIGAÇÕES PERMANENTES
Ligações Rebitadas
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Quando a rebitagem é feita a quente, a união das peças fortalece devido à contracção térmica do rebite durante o arrefecimento, podendo atingir-se o limite de escoamento do material em alguns pontos do rebite.
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Ligações Rebitadas
Vantagens das ligações rebitadas são:
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Bom comportamento na presença de cargas pulsantes
acentuadas, melhor que as ligações soldadas.
Execução geralmente simples e pouco dispendiosa.
Possibilidade de utilização para unir peças de materiais
distintos, difíceis de soldar e para materiais que não
toleram o calor da soldadura.
Controle de qualidade simples (o som resultante do
percussão).
Possibilidade de desfazer a ligação em caso de
necessidade, cortando as cabeças dos rebites
(tornandao a ligação “desmontável”).
A destruição de um rebite não se propaga aos
restantes rebites da ligação
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Ligações Rebitadas
Vantagens das ligações rebitadas
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Ligações Rebitadas
Desvantagens das ligações rebitadas
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Relativamente grande gasto de metal e de mão-de-obra para operações complementares (furar, marcar, mandrilar os furos).
Um maior gasto de metal, em comparação com as ligações soldadas: 3,5 ... 4% da massa de construção atribui-se aos rebites, ao posso que nas ligações soldadas só é 1 ... 1,5%.
Redução da resistência do material (debilitação) por causa dos furos: 13 ... 42%, o que é maior que nas ligações soldadas: 10 ... 40%
Menor produtividade que a soldadura.
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Ligações Rebitadas
Desvantagens das ligações rebitadas
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Ligações Rebitadas
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Classificação
As ligações por rebites podem ser classificados em dois/três grandes grupos:
Ligações resistentes
Ligações estanques (herméticas)
Ligações resistentes-herméticas
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As ligações estanques devem garantir a hermeticidade e são tipicamente usadas em reservatórios de baixa pressão. As ligações resistentes devem suportar cargas de trabalho significativas (conjuntos de máquinas, pontes, estruturas metálicas de construções, etc.). Há ligações que devem ser simultaneamente herméticas e resistentes: são as ligações resistentes-herméticas (caldeiras, colectores de gás, tanques de pressão, etc.)
As ligações rebitadas também podem ser classificadas de acordo com a disposição mútua das peças ligadas: a) Juntas sobrepostas b) Juntas de topo (com cobre-junta)
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Ligações Rebitadas
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Ligações Rebitadas
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As ligações rebitadas podem ser monofilares ou multifilares.
Também se pode classificar segundo a disposição das filas de rebites:
- disposição em filas
- disposição alternada
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Tipos de rebites.
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Os tipos de rebites podem ser distinguidos utilizando diferentes critérios. Em função da secção transversal da haste podem ser diferenciadas em:
maciços (inteiriços),
ocos e
semi-ocos.
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Classificação do tipo de Rebite segundo a cabeça
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a) cabeça redonda b) cabeça contra-punçoada abaulada c) cabeça contra punçoada plana d) rebite tubular (oco) com rebordos recurvados e) rebites ocos f) rebites explosivos (semi-ocos)
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Ligações Rebitadas
Classificação do tipo de Rebite segundo a cabeça
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O material dos rebites deve ser o mesmo que o das peças a
unir, se possível. Isto evita a formação de pares galvânicos que
podem acelerar a corrosão electroquímica.
O coeficiente de dilatação térmica do material influi na
resistência de ligações, especialmente quando há cargas
dinâmicas, pois pode ocorrer o alívio do aperto. Por isso
também, convém que o material do rebite seja o mesmo que o
das peças a unir.
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Material dos rebites
Os rebites são feitos de aços macios dos tipos Aço 2, Aço 3 . Também se podem empregar aços mais resistentes mas a sua rebitagem é mais difícil. Na aviação, é muito comum o uso de rebites de duralumínio. Nas ligações de vários materiais pouco resistentes também se empregam rebites de alumínio, cobre, latão e outras ligas, que podem ser cravados a frio.
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Ligações Rebitadas
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Cravação do Rebite Quando não é possível formar a segunda cabeça segundo os procedimentos normais, podem ser usados os rebites semi-ocos (explosivos). A cravação destes rebites é feita colocando uma peça de encosto (maçacoto) quente na cabeça do rebite, de forma que esse é aquecido depois de introduzido no orifício. O calor da peça de encosto acaba por detonar a mistura explosiva na extremidade oposta da haste, expandindo-a e cravando o rebite no lugar. Os rebites explosivos podem ser de duralumínio, aço ao crómio-molibdénio ou aço ao carbono especial.
Os rebites com vareta interior também se usam quando não há acesso do outro lado, para formar a segunda cabeça. Estes rebites são ocos e têm no seu interior uma vareta com uma extremidade avolumada e uma haste com ou sem concentrador de tensões, na forma de uma ranhura. Durante a cravação, a vareta é puxada para o exterior, expandindo as paredes internas do rebite e formando, deste modo, a segunda cabeça.
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Cravação do Rebite
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Na aviação; reservatórios de baixa pressão; pontes, estruturas metálicas de construções; caldeiras, colectores de gás, tanques de pressão; Automoveis;
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Ligações Rebitadas
Aplicação das Ligações Rebitadas
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Ligações Rebitadas
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