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Linguística

Prof. Veríssimo Ferreira

Linguística

Ciência que estuda as línguas

naturais, no quadro das ciências

humanas e no interior da Semiologia.

Ferdinand Saussure

O desenvolvimento da

Linguística enquanto

ciência autônoma deve-

se muito às elaborações

teóricas do linguística e

filósofo suíço Ferdinand de

Saussure (1857-1913).

Objeto de Estudo

A Linguística tem como objeto de

estudo a linguagem humana – as

línguas naturais.

Ciência-Piloto

A Linguística assumiu, nestes últimos

anos, o papel de ciência-piloto,

fornecendo subsídios para uma

imensa quantidade de

outras disciplinas.

Ciência Interdisciplinar

Sendo a mais bem formalizada das

ciências humanas, a Linguística

tornou-se interdisciplinar.

Autonomia

É possível reivindicar a autonomia da

Linguística. Essa condição não afasta

nem minimiza o relacionamento

interdisciplinar.

Interesse pela Linguagem

A Linguística se interessa “pela

linguagem em ato, pela linguagem

em evolução, pela linguagem em

estado nascente, pela linguagem em

dissolução”(Jakobson).

Linguística Estrutural

Conjunto de pesquisas que repousa sobre

a hipótese de que é cientificamente

legítimo descrever a linguagem como

sendo essencialmente uma entidade

autônoma, uma estrutura.

Análise Estrutural da Linguagem

A análise da linguagem permite isolar

partes que se condicionam

reciprocamente, cada uma delas

dependendo de algumas outras, sendo

inconcebível e indefinível sem essas outras

partes.

Estrutura Elementar

Para Greimas, uma estrutura

elementar se define como sendo a

presença simultânea, em nossa

mente, de dois termos-objetos ligados

por uma relação.

Natureza da Relação

Greimas pensa que

é da natureza da

relação ser, ao

mesmo tempo,

conjuntiva e

disjuntiva. (1917-1992)

Conjunção e Disjunção

Para que possam ser percebidos, dois termos-

objetos necessitam ser parcialmente idênticos e

para que possam ser distinguidos um de outro, é

necessário que dois termos-objetos sejam

parcialmente diferentes.

Linguística, Filologia e Gramática

Nem sempre é fácil estabelecer os

limites entre ciências tão afins quanto

a Linguística, a Filologia e a

Gramática.

Objeto do Filólogo

O filólogo busca encontrar em um

texto escrito antigo o seu significado,

à luz dos conhecimentos daquela

etapa cultural.

Objeto do Linguista

O linguista antepõe ao estudo da

modalidade escrita de um idioma o

estudo da sua modalidade oral.

Objeto do Gramático

De modo análogo, o linguista não vê

por que deva estudar, com a

exclusividade do gramático, a norma

culta de uma língua.

Descaso e Preconceito Gregos

O relativo descaso dos primeiros

pensadores gregos para com os

fenômenos linguísticos pode ser imputada

ao preconceito cultural com que esse

povo sempre mirou os estrangeiros.

“Bárbaros”

Os gregos se referiam à língua de

outros povos com a onomatopeia

pejorativa “barbaroi” (=ininteligível,

rude, semelhante a um gorjeio).

Intransigência e Preconceito Linguístico

A intransigência de certos gramáticos

para incutir no povo as regras da

“norma culta” equivale à

sobrevivência daquele mesmo

preconceito linguístico grego.

Normatividade

Não cabe ao linguista ser contra ou a

favor da normatividade.

Gramaticalidade

Compete-lhe insistir no fato de que a

problemática da gramaticalidade

(não correção ou purismo da

linguagem) é matéria legitimamente

linguística.

Convenções e Valores Sociais

As línguas são um produto das

convenções e dos valores sociais, de onde

derivam as “regras” que tornam

compreensíveis as intercomunicações dos

indivíduos e asseguram a sobrevivência e

coesão das sociedades.

Planejamento da Fala

Qualquer utilização da língua por um

falante tem de ser por ele planejada

para que sua mensagem atinja

determinados objetivos, com

exclusão de outros.

Regras do Comportamental Social

As regras linguísticas são regras do

comportamento social dos indivíduos.

Fazem parte da tábua de valores que

uma geração transmite à outra.

Sociolinguística

Os problemas correlacionados com

as regras linguísticas têm sido tratados

pela Sociolinguística.

Sociolinguística

Ramo da linguística que estuda as

relações entre língua e sociedade e

dá ênfase ao caráter institucional das

línguas.

Sociolinguística

Estuda o comportamento linguístico

dos membros de uma comunidade e

de como ele é determinado pelas

relações sociais, culturais e

econômicas existentes.

Sociolinguística e Sociologia da Língua

O foco da Sociolinguística é

o efeito da sociedade sobre a língua,

enquanto a Sociologia da Língua

foca o efeito de língua sobre a

sociedade.

Aceitabilidade e Decisão Pessoal

Nem sempre é fácil distinguir os

verdadeiros limites entre o que é, numa

língua, admissível, aceitável, gramatical, e

o que é simplesmente matéria de escolha

e decisão pessoal.

Linguística e Estilística

Mas sempre se pode afirmar que o

que é aceitável concerne à

Linguística e o que é opcional

concerne à Estilística.

Linguagem Popular

Ao contrário do que afirmam, a

linguagem popular, acoimada de

“solecista”, “errada”, não é arbitrária:

ela possui as suas regras.

Ciência Descritiva e Explicativa

A Linguística não é prescritiva nem

normativa, ela é uma ciência

descritiva e explicativa.

Interesse pelas Línguas

A Linguística se interessa por todas as

línguas, independentemente do

número de falantes ou grau de

desenvolvimento econômico das

sociedades que as usam.

Cinésica

Uso estruturado dos movimentos do

corpo e das mãos na comunicação.

Gestos

Existem duas espécies de gestos: os

intencionais (culturalmente

condicionados) e os autísticos

(naturais, instintivos).

Gestos Intencionais

Só os gestos intencionais podem ser

estudados como um sistema

semiótico que deve ser aprendido

pelos indivíduos.

Paralinguística

Estudo das emissões sonoras

suprassegmentais (tom, altura,

intensidade, volume da voz, ritmo da

fala, pausas) que são peculiares a

cada comunidade.