Post on 07-May-2018
Litíase urinária- Identificação dos grupos de risco e tratamento
Humberto Lopes UFJF
II Encontro de Urologia do Sudeste - BH
Litíase urinária
• 11% homens X 5,6% mulheres • Brancos X negros • Oxalato de cálcio – 80% • Recorrência
– 40% 5 anos, 75% 20 anos
• Recorrentes – novos cálculos – 43% - 80% ( 3 anos )
• NEJM, set 2010
Litíase urinária
• Objetivos do tratamento clínico – Prevenir novos cálculos – Estabilizar cálculos existentes – Prevenir complicações urológicas
• Obstrução do trato urinário • Infecção do trato urinário • Insuficiência renal crônica – hiperoxalúria primária,
hiperuricemia, cálculo coraliforme
Litíase urinária
• Prevenir complicações não urológicas – Osteodistrofia – hipercalciúria absortiva, acidose
tubular renal, hiperoxalúria primária – Miocardiopatia – hiperoxalúria primária – Retinopatia – hiperoxalúria primária – Artrite gotosa – hiperuricemia
Litíase urinária
• Identificar condições não urológicas predisponentes: – Hiperparatireoidismo – Gota – Sarcoidose – Síndromes GI má-absortivas – Doença de Crohn – Pancreatite – Cirurgia Bariátrica
Litíase urinária
• Avaliação • Urina de 24 horas
• Quando ? 20 dias a 3 meses – 8 a 12 semanas
após início da prevenção – cada 12 meses
Litíase urinária Diagnóstico / Fisiopatologia
Fatores favorecedores Anatômico Funcional
Classificação Tipo de cálculo Fatores predisponentes
• promotores • Inibidores
Litíase urinária
• Fisiopatologia – mecanismo de formação – Excesso de promotores
• Hipercalciúria • Hiperuricosúria • Hiperoxalúria • Cistinúria • Cálculos induzidos por medicamentos
– Deficiência de inibidores • Hipocitratúria • Hipomagnesiúria
• pH urinário, baixo volume de urina, ITU
Litíase urinária
• Avaliação metabólica – Simplificada
• Baixa suspeita de alterações metabólicas • Ausência de fatores de risco
– Quando? • Primeiro episódio, cálculo único, cálculo de oxalato de
cálcio, não coraliforme, ausência de alterações anatômicas, estruvita
Litíase urinária • Avaliação metabólica
– Completa • Alta suspeita de alteração metabólica • Fatores de risco para recorrência
– Quando? • Os que não se enquadram na avaliação simplificada • Não cálcico - ácido úrico, cistina, fosfato de cálcio • Gota, erros inatos metabolismo de purina • Doença mieloproliferativa • Doenças GI má-absortivas • Acidose tubular renal • Hipercalcemia
• Grupo de alto risco – recorrentes, história familiar, criança, nefrocalcinose, rim único
Litíase urinária
• Classificação – Hipercalciúria: absortiva, renal, reabsortiva – Hiperuricosúria – Hiperoxalúria: primária, entérica – Hipocitratúria – Hipomagnesúria – Baixo volume de urina – Cistinúria – Gota – Litíase por infecção e medicamentos
Litíase urinária
• Cálculo calcicos – Hipercalciúria 30% – 60% – Hiperuricosúria 30% – 46% – Hipomagnesúria 7% – 23% – Hipocitratúria 5% – 29%
Worcester EM, Coe FL. Semin Nephrol 2008;28:120
Litíase urinária
• Distúrbios associados – Hiperparatireoidismo – Doenças granulomatosas – Hiperoxalúria primária – Hiperoxalúria entérica – Acidose tubular renal – Nefrocalcinose – Cálculo de ácido úrico – Cálculo de estruvita e infecção – Cálculo de cistina – Cálculo por medicamento
Litíase urinária
• Caso clínico 1 – Mulher, 65 anos, com história de litíase urinária
recorrente há 8 anos, tendo eliminado espontaneamente 25 cálculos. Foi submetida 3 UTL com Laser e uma Percutânea. TC atual revelou 3 pequenos cálculos em rim Esquerdo e 2 no Direito. Tem história de doença inflamatória intestinal e antecedentes de Litíase na família.
Litíase urinária
• Esta condição é melhor descrita como: A) hiperoxalúria primária B) Diatese gotosa C) Acidose tubular renal D) Hiperoxalúria entérica E) hiperuricosúria
Litíase urinária
• Esta condição é melhor descrita como: A) hiperoxalúria primária B) Diatese gotosa C) Acidose tubular renal D) Hiperoxalúria entérica E) hiperuricosúria
Caso Clínico 1
• O fator de risco mais associado com a formação de cálculo recorrente secundário a esta condição é?
A) hiperabsorção de oxalato do jejuno B) hiperexcreção de cálcio no tubulo distal C) diminuição de absorção de citrato noileo
terminal D)hiperabsorção de cálcio no intestino delgado E) aumento da absorção colônica de oxalato livre
Caso Clínico 1
• O tratamento de escolha para pacientes com esta condição inclui:
A) suplementação de cálcio, citrato de potássio,
aumento da ingesta hídrica B) restrição de oxalato na dieta C) tiazídicos e citrato de potásio D) alopurinol E) piridoxina
Caso clínico 2
Homem de 50 anos, obeso, é avaliado com história de cólica renal há 2 dias, nega febre e vômitos. História prévia de litíase há 6 anos, tendo eliminado cálculos espontaneamente. Nega cirurgias e a história familiar é negativa para nefrolitíase, mas positiva para gota. RX simples de abdomem normal. Avaliação prévia do cálculo: oxalato de cálcio.
Caso Clínico 2
• O mais importante fator que predispõe o paciente a esta alteração metabólica é:
A) hipercalciúria B) baixo pH urinário C) hipocitratúria D) baixo volume de urina E) hiperuricosúria