Material Teórico - Desenho Urbano

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Universidade Federal de São Carlos – UFSCar Curso de Graduação em Engenharia Civil

Disciplina: Desenho Técnico Civil 2

Material Teórico

1 Desenho Urbano

Profª Rochele Amorim Ribeiro 2009

1 CONCEITOS

Definição de Desenho Urbano: Desenho urbano é a representação gráfica dos elementos físicos, bióticos e antrópicos que compõe a paisagem urbana Elementos físicos – Relevo / Água Elementos bióticos: Vegetação Elementos antrópicos – Sistema viário / calçadas / Loteamentos / Mobiliário Urbano

Desenho universal Lembrar que o espaço urbano tem diversos usuários => por isso a necessidade do Desenho Universal para que todos possam usufruir o espaço de maneira confortável e segura

2 SUPERFÍCIE TOPOGRÁFICA

Definição de Superfície Topográfica Superfície formada por um feixe de retas verticais paralelas entre si e perpendiculares à superfície da terra. Equivale à Superfície do terreno. Planta: projeção horizontal da superfície topográfica

Curva de nível Interseção de um plano horizontal de cota redonda com a superfície topográfica. As curvas determinam isolinhas de altitude.

Equidistância É a diferença constante das cotas dos planos horizontais que determinarão no terreno as curvas de nível

O valor da equidistância vertical depende da escala empregada no desenho

Curva mestra Ocorrem de 5 em 5 curvas na carta topográfica e são representadas com uma linha contínua e espessa

ESCALA EQÜIDISTÂNCIA CURVAS MESTRAS

1: 25.000 10 m 50 m

1: 50.000 20 m 100 m

1: 100.000 50 m 250 m

1: 250.000 100 m 500 m

1: 1.000.000 100 m 500 m OBS: 1) A curva mestra é a quinta (5ª) curva dentro da

Pontos altimétricos Indica a altitude em um determinado ponto da superfície topográfica

Perfil do terreno: Interseção de um plano vertical com a superfície topográfica. Quando o perfil é desenvolvido ao longo de uma via é denominado “Perfil Longitudinal”

Perfil do terreno – formação côncava Curvas de nivel estão mais juntas na parte abrupta do declive (topo) e mais separadas na parte suave (base).

Perfil do terreno – formação convexa Curvas de nivel estão separadas na parte suave (topo) e mais juntas na parte inclinada do declive (base)

Estaca Marcação de pontos ao longo de uma linha pertencente à superfície topográfica, distantes entre si 20 metros. Utilizada em projeto viário para locação de vias. São denominadas E1, E2, E3, etc.

Como interpretar este desenho?

INFRAESTRUTURA DE MOBILIDADE URBANA A infraestrutura de mobilidade urbana é constituída por:

• Vias e logradouros

• Estacionamentos, terminais e estações; ponto de embarque e desembarque

• Sinalização viária

• Equipamentos e instalações de controle e fiscalização.

Hierarquia viária: Define as dimensões do gabarito das vias de acordo com suas funções e importância para o sistema viário Na área urbana há, basicamente, três tipos de vias:

• Vias arteriais • Vias coletoras • Vias locais

Tipo de via Declividade máxima

recomendada (%)

Arteriais 5

Coletoras 7

Locais 15

Via arterial: Comporta um maior volume de tráfego de funções. Há restrições para o estacionamento e permite uma maior velocidade média. Gabaritos vão de 20 a 40 metros de largura

Via coletora Tem a função de coletar o tráfego das ruas locais e canalizá-las às vias arteriais. Apresenta baixa velocidade e estacionamento permitido em um ambos os lados. Gabarito de 16 a 20 metros

Via local Tem como finalidade dar acesso às propriedades particulares. Apresenta baixa velocidade e falta de continuidade do seu traçado. Gabarito entre 10 a 15 metros

Raio de curvatura nas interseções viárias

Estacionamento

Sinalização tátil

Rebaixamento da calçada nas esquinas – modelo A

Cruzamentos – Rebaixamento de calçada modelo A

Rebaixamento da calçada nas esquinas – modelo B

Rebaixamento da calçada nas esquinas – modelo C

Cruzamentos – Rebaixamento de calçada modelo C

Rebaixamento da calçada nas esquinas – modelo D

Cruzamentos – Rebaixamento de calçada modelo D

Bibliografia consultada ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004. MACHADO, Adervan. O Desenho na Prática da Engenharia. 2a Edição. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro, 1977. MASCARÓ, Juan Luis. Loteamentos Urbanos.Porto Alegre: L. Mascaro: 2003.