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Boletim do Mercado de Trabalho
Número 3 – Março – 2012
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Governo do Estado do Pará
Simão Robison Oliveira Jatene
Governador
Helenilson Cunha Pontes
Vice-Governador do Estado do Pará / Secretário Especial De Estado De Gestão – Seges
Instituto do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará
Maria Adelina Guglioti Braglia
Presidente
Cassiano Figueiredo Ribeiro
Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural
Sérgio Castro Gomes
Diretor de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação
Jonas Bastos da Veiga
Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais
Elaine Cordeiro Felix
Diretora de Planejamento, Administração e Finanças
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Boletim do Mercado de Trabalho
Número 3 – Março – 2012
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Expediente Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural:
Cassiano Figueiredo Ribeiro
Coordenadoria Técnica de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas:
Rosinete das Graças Farias Nonato Navegantes
Coordenação de Núcleo de Análise Conjuntural:
Sílvia Ferreira Nunes
Elaboração Técnica:
David Costa Correia Silva
Colaboração:
Edson da Silva e Silva
Jorge Eduardo Macedo Simões
Marcus Vinicius Palheta
Silvia Ferreira Nunes
Walenda Tostes
Revisão Técnica:
Rosinete das Graças Farias Nonato Navegantes
Cassiano Figueiredo Ribeiro.
Comissão Editorial
Anna Márcia Muniz
Cassiano Figueiredo Ribeiro
Glauber Ribeiro
Raimundo Sérgio Rodrigues Fernandes
Normalização:
Glauber Ribeiro
Instituto do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP
Rua Municipalidade 1461. Bairro do Umarizal
CEP: 66.050-350 – Belém/Pará
Tel: (91) 3321-0600 / Fax: (91) 3321-0610
E-mail: comunicação@idesp.pa.gov.br
Disponível em: http://www.idesp.pa.gov.br
BOLETIM DO MERCADO DE TRABALHO, 2012. Belém: Instituto de
Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará, 2012.
Mensal
40p. (Boletim do Mercado de trabalho, 3)
1. Mercado de trabalho. 2. Trabalho formal. 3. Pará (Estado). Instituto do
Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará.
CDD. 331.12098115
1. Mercado de trabalho. 2. Trabalho formal. 3. Pará (Estado). Instituto
do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará.
CDD. 331.12098115
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 4
PARTE 1 .......................................................................................................................... 5
1.1 NOTAS METODOLÓGICAS ................................................................................... 5
1.2 O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DO PARÁ EM MARÇO DE 2012 ..... 6
1.2.1 Comportamento do emprego segundo setores de atividade econômica ............ 7
1.2.2 Ocupações com maiores saldos de emprego e salário médio de admissão ........ 9
1.2.3 Admissões e desligamentos por tipo de movimentação ..................................... 10
1.2.4 Evolução do emprego no comparativo entre março de 2011 e de 2012 ........... 11
1.2.5 Comportamento do emprego na região metropolitana de Belém e demais
municípios ...................................................................................................................... 12
PARTE 2 ........................................................................................................................ 16
A Importância do Capital Humano para o Desenvolvimento Socioeconômico: Uma
Análise do Brasil e do Pará .......................................................................................... 16
2.1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 16
2.2. PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO E SUAS RELAÇÕES COM O A
FORMAÇÃO DO CAPITAL HUMANO ...................................................................... 17
2.3. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FORMAL .................................................. 19
2.4. EDUCAÇÃO NO CONTEXTO GLOBAL ............................................................ 20
2.4.1 Educação no Brasil ............................................................................................... 21
2.4.2 Análise do Ensino Básico ..................................................................................... 22
2.4.3 Análise do Ensino Superior ................................................................................. 24
2.4.4 Resultados dos Indicadores Educacionais do Pará ........................................... 25
2.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 26
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 28
PARTE 3 ........................................................................................................................ 29
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APRESENTAÇÃO
O Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP),
autarquia vinculada a Secretaria Especial de Estado de Gestão (SEGES) tem entre seus
objetivos a produção, sistematização e análise de informações sobre a conjuntura
socioeconômica do estado do Pará.
Neste sentido, dentro da ação intitulada Rede de Monitoramento do Trabalho e Renda,
acompanha o desempenho do mercado paraense, com o propósito de subsidiar o planejamento
de políticas governamentais para a geração de trabalho e renda, a serem desenvolvidas no
Estado.
Entre as atividades que compõem essa ação do IDESP, está a elaboração mensal do
Boletim do Mercado de Trabalho Paraense, o qual apresenta como tema central, uma análise
conjuntural do emprego celetista com registro em carteira, a partir dos dados divulgados pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), tendo como fonte o Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (CAGED).
Este Boletim compõe-se de três partes: a primeira traz uma breve exposição dos
procedimentos metodológicos adotados na análise mensal do emprego no estado do Pará; na
sequência, é apresentada uma análise do comportamento do mercado de trabalho formal
paraense, tendo como referência o mês de março de 2012. A segunda parte é destinada a
artigos, estudos e notas técnicas, neste mês traz o artigo intitulado “A Importância do Capital
Humano para o Desenvolvimento Socioeconômico: Uma Análise do Brasil e do Pará”, onde é
ressaltada a importância da educação para formação de indivíduos e de uma sociedade; A
última parte constitui-se de um painel de indicadores, cuja finalidade é disponibilizar aos
leitores, séries históricas estatísticas do mercado de trabalho formal nacional e estadual,
permitindo o acompanhamento da evolução dos principais indicadores de emprego e renda no
Brasil e no Pará.
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PARTE 1
1.1 NOTAS METODOLÓGICAS
O Boletim do Mercado de Trabalho Paraense toma como referência as estatísticas
sobre a evolução do emprego formal no Estado do Pará, tendo com fonte de dados o Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgado pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE).
O CAGED é um Registro Administrativo de âmbito nacional e de periodicidade
mensal, que reúne informações sobre a flutuação do emprego (movimentação das admissões e
desligamentos em determinado período), desagregadas por setores econômicos do IBGE e
classificadas por Unidade de Federação (UF), principais regiões metropolitanas e municípios
com mais de 10.000 habitantes, no caso do estado de São Paulo, e com 30.000 habitantes para
os demais Estados.
Neste sentido, o CAGED apresenta as seguintes finalidades: i) fiscalizar e acompanhar
o processo de admissão e dispensa dos trabalhadores; ii) viabilizar a construção de ações de
combate ao desemprego; iii) permitir a assistência aos desempregados; iv) ter em vista a
reciclagem profissional e a recolocação dos desempregados no mercado de trabalho; e, v)
gerar estatísticas para acompanhamento do mercado formal de trabalho.
Desta forma, os conceitos utilizados na análise mensal do mercado de trabalho
estadual são definidos a seguir:
saldo mensal: indica a diferença entre admissões e desligamentos no mês atual;
saldo acumulado no ano: resulta da diferença entre admissões e desligamentos no
período de janeiro até o mês de atual;
saldo acumulado nos últimos 12 meses: resulta da diferença entre admissões e
desligamentos no período de doze meses tendo como referência o mês atual;
variação mensal do emprego: é a relação entre o saldo do mês atual e o estoque
de emprego do primeiro dia deste mesmo mês;
variação acumulada no ano: toma como referência os estoques do mês atual e do
mês de dezembro do ano t-1, ambos com ajustes;
variação acumulada nos últimos 12 meses: toma como referência os estoques do
mês atual e do mesmo mês do ano anterior, ambos com ajustes.
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1.2 O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DO PARÁ EM MARÇO DE 2012
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostraram que o saldo de emprego com carteira
assinada no mês de março de 2012 foi de 111.746 novos postos de trabalho em todo Brasil.
Esse resultado foi equivalente à expansão de 0,29% no estoque de assalariados com carteira
assinada do mês anterior.
Nos últimos doze meses, o montante de empregos gerados atingiu 1.761.455 postos de
trabalho, correspondendo a um aumento de 4,82% no contingente de empregados celetistas do
país. No acumulado do ano, o emprego cresceu 1,17%, totalizando 442.608 postos de
trabalho.
GRÁFICO 1. Saldo de empregos formais. Brasil, Região Norte e Pará – Março de 2012.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/CAGED. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
A Região Norte, apesar de ter acompanhado a tendência de ampliação do mercado de
trabalho brasileiro, apresentou um tímido saldo de 252 novos postos de trabalho, variação
positiva de 0,01% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês
anterior. Vale ressaltar que dentre os sete estados da Região Norte, apenas três alcançaram
saldos positivos na geração de postos de trabalho: Tocantins (907), Rondônia (645) e Roraima
(326), os demais alcançaram resultados negativos: Acre (-580), Amazonas (-761), Pará (-146)
e Amapá (-139).
Apesar do resultado negativo de março, no acumulado dos últimos doze meses, a
variação de empregos no mercado de trabalho paraense foi de 7,56% , o equivalente a 48.932
novos empregos para o estado. Em termos absolutos, tal resultado garantiu ao Pará a primeira
-200.000
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
1.800.000
Brasil RegiãoNorte Pará
Mar./2012 111.746 252 -146
Acumulado no ano 442.608 10.055 4.507
Últimos 12 meses 1.761.455 110.680 48.932
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colocação no ranking de geração de empregos formais no Norte do País (Ver Gráfico 2). Os
estados do Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará e Tocantins totalizaram no
acumulado dos últimos 12 meses 110.680 novos postos, registrando crescimento de 6,93% no
total de empregos formais em toda a Região Norte.
No ano a Região Norte e o Estado do Pará registraram a criação de 10.055 e 4.507
novos empregos celetistas respectivamente, o que representou um acréscimo de 0,59% e
0,65% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O Gráfico 2, a seguir, apresenta o saldo de empregos de todos os estados da Região
Norte no mês de março, nos últimos doze meses (Abril de 2011 a março de 2012) e no
acumulado do ano.
Gráfico 2. Saldo de empregos formais no mês, nos últimos 12 meses e acumulado no ano. Estados da Região
Norte.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/CAGED. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
1.2.1 Comportamento do emprego segundo setores de atividade econômica
Conforme visto anteriormente, o Pará apresentou perdas de 146 postos de trabalho,
variação negativa de 0,02% no estoque de emprego do mês anterior. Esse resultado obtido
pelo Pará, em março foi o primeiro saldo negativo de 2012 e decorreu do fechamento de 772
postos na Indústria de Transformação, 697 postos no Comércio, 190 postos no setor de
Serviços Industriais de Utilidade Pública e 187 postos na Agropecuária. Esses saldos
negativos superaram a expansão da Construção Civil (1.074 postos), dos Serviços (390
postos) e da Extrativa Mineral (221 postos), conforme visto na Tabela 1.
-20.000
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
Norte Rondonia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins
Mar./2012 252 645 -580 -761 326 -146 -139 907
Acumulado no ano 10.055 2.874 -446 -1.387 399 4.507 107 4.001
Últimos 12 meses 110.680 7.182 4.578 29.379 2.515 48.932 7.437 10.657
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TABELA 1. Comportamento do emprego no Pará por setor de atividade econômica
– Março de 2012.
Setores de Atividade Total de
Admissões
Total de
Desligamentos Saldo
Variação
do
Emprego
(%)
Mar/Fev
Extrativa mineral 408 187 221 1,28
Indústria de transformação 3.220 3.992 -772 -0,84
Serv. Indust. de util. pública 138 328 -190 -2,50
Construção civil 6.494 5.420 1074 1,37
Comércio 7.125 7.822 -697 -0,38
Serviços 8.122 7.732 390 0,17
Administração Pública 29 14 15 0,05
Agropecuária 2.663 2.850 -187 -0,37
Total 28.199 28.345 -146 -0,02
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/CAGED. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
Construção Civil: Apresentou o melhor desempenho no saldo entre os setores da
economia, com a geração de 1.074 postos de trabalho no mês. A expansão foi sustentada
basicamente devido às obras da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Serviços: obteve o segundo melhor desempenho na criação de postos de trabalho com
carteira assinada, com saldo de 390 novos postos. As maiores contribuições originaram-se dos
subsetores “Ensino” (327); “Serviços de Alojamento, Alimentação, Reparação, Manutenção”
(87 postos), “Transportes e Comunicações” (80 postos).
Extrativa Mineral: Este setor obteve atuação positiva na criação de postos de
trabalho com carteira assinada, apresentando saldo de 221 empregos formais.
Administração Pública: foi o quarto setor que conseguiu registrar resultados
positivos no mês de março com saldo de 15 ocupações formais.
Agropecuária: apresentou saldo negativo de 187 empregos formais, em virtude de
2.663 admissões contra 2.850 desligamentos.
Serviços Industriais de Utilidade Pública: Perdeu postos de trabalho e apresentou
saldo de - 190.
Comércio: Registrou saldo negativo de 697 postos, sendo as maiores perdas
localizadas no “Comércio Varejista”, com - 553 empregos, e perdas de 144 postos de trabalho
do “Comércio Atacadista”.
Indústria de Transformação: o setor apresentou o pior saldo de empregos entre os
setores (-772), em decorrência das perdas de emprego nos subsetores “Indústria Têxtil e do
Vestuário” (-262 postos) e “Indústria da Madeira e do Mobiliário” (com - 241 postos).
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1.2.2 Ocupações com maiores saldos de emprego e salário médio de admissão
Na Tabela 2 abaixo, são apresentadas as trinta ocupações com maiores saldos
positivos dos empregos em março de 2012, além do salário. No geral essas ocupações
somaram 2.024 novos empregos.
TABELA 2. Ocupações com maiores saldos de emprego no Pará – Março de 2012.
Ocupações Admissão Desligamento Saldo
Salário
Médio
Admissão
(R$)
Auxiliar de Escritório 1.232 1.018 214 732,17
Produtor Agrícola 167 11 156 687,34
Faxineiro 600 459 141 631,87
Vigilante 351 235 116 808,54
Carregador 232 118 114 662,09
Montador de Máquinas 276 177 99 1.253,24
Operador de Alto-Forno 137 48 89 758,07
Assistente Administrativo 435 347 88 1.003,90
Motorista de Ônibus Urbano 209 126 83 1.412,72
Instalador de Linhas Elétricas 96 21 75 1.331,66
Cobrador de Transportes Coletivos 107 54 53 658,37
Mecânico de Manut. Maquinas 164 111 53 1.511,81
Empregado Doméstico 122 69 53 632,85
Assistente de Vendas 126 75 51 773,99
Carpinteiro de Obras 159 110 49 1.002,06
Promotor de Vendas 314 267 47 662,5
Carpinteiro 399 352 47 988,76
Preparador de Estruturas Metálicas 67 21 46 666,66
Trabalhador da Exploração de Castanha 47 1 46 652,49
Operador de Caminhão 65 20 45 1.724,85
Armador de Estrutura de Concreto 95 51 44 968,47
Porteiro de Edifícios 213 170 43 705,77
Pedreiro de Edificações 92 51 41 880,29
Alimentador de Linha de Produção 601 563 38 664,57
Embalador 267 231 36 654,35
Professor de Nível Médio 48 12 36 731,27
Operador de Escavadeira 85 53 32 2.148,67
Mecânico de Manut. Máq. Cortadoras 63 32 31 1.239,60
Operador de Processo de Moagem 35 6 29 622
Motorista Operacional de Guincho 113 84 29 1.547,19
Total 6.917 4.893 2.024 -
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
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As principais ocupações no Pará em março de 2012, destacadas na Tabela 2,
apresentaram saldo total de 2.024. E as profissões que apresentaram os maiores saldos foram:
auxiliar de escritório (214), produtor agrícola (156) e faxineiro (141). A respeito do salário
dessas ocupações, a média salarial foi de 957,25. Tendo em vista que o salário mínimo
estabelecido em 2012 é de R$ 622,00, das 30 ocupações apenas sete recebem mais do que
dois salários mínimos: montador de máquinas (R$ 1.253,24); instalador de linhas elétricas
(R$ 1.331,66); motorista de ônibus urbano (R$ 1.412,72); mecânico de manutenção de
máquinas (R$ 1.511,81); motorista operacional de guincho (R$ 1.547,19); operador de
caminhão (R$ 1.724,85); e operador de escavadeira (R$ 2.148,67).
1.2.3 Admissões e desligamentos por tipo de movimentação
A Tabela 3 apresenta os tipos de movimentação registrados nas admissões e
desligamentos no mês de março. Os dados mostram que as admissões somaram 28.199 postos
de trabalho, sendo que o principal tipo de admissão foi o reemprego, ou seja, o trabalhador
admitido que já esteve empregado em um momento anterior (20.617), seguido do primeiro
emprego com 7.087. Assim, as admissões de reemprego e o primeiro emprego constituem os
principais destaques representando 98,24% do total de trabalhadores admitidos. Em seguida,
enumeram-se as admissões ocorridas por meio de contrato de trabalho por prazo determinado
(472) e reintegração (23).
O número de desligamentos alcançou a somatória de 28.345, deste total, 19.508
trabalhadores foram dispensados sem justa causa, 5.159 se desligaram espontaneamente,
3.267 por término do contrato de trabalho e com prazo determinado, 327 por justa causa, 69
por morte e 15 por aposentadoria. Desse modo, o saldo do mês de março foi -146 postos de
trabalho.
TABELA 3. Admissões e desligamentos por tipos de movimentação no Pará – Março 2012.
Admissões e Desligamentos Número de trabalhadores Participação Relativa
(%)
ADMISSÕES 28.199 100
Reemprego 20.617 73,12
Primeiro Emprego 7.087 25,13
Contrato Trabalho Prazo Determinado 472 1,67
Reintegração 23 0,08
DESLIGAMENTOS 28.345 100
Aposentadoria 15 0,05
11
Admissões e Desligamentos Número de trabalhadores Participação Relativa
(%)
Desligamento por Morte 69 0,24
Dispensado com Justa Causa 327 1,15
Término Contrato Trabalho Prazo
Determinado 738 2,60
Desligamento por Término de Contrato 2.529 8,93
Desligamento à Pedido 5.159 18,20
Dispensado sem Justa Causa 19.508 68,83
Saldo (Admissões - Desligamentos) - 146 -
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
1.2.4 Evolução do emprego no comparativo entre março de 2011 e de 2012
O Gráfico 3 apresenta o saldo do emprego no mês de março para os anos de 2011 e
2012. Em ambos os anos, os setores Agropecuário, Comércio, Serviços Industriais de
Utilidade Pública e Industria de Transformação registraram resultado negativo. Por outro
lado, a Administração Pública, Serviços e o setor extrativo Mineral alcançaram nos dois
períodos resultados positivos. A única exceção ao comportamento foi o setor da construção
Civil que havia registrado em 2011 resultado negativo, mas que em 2012 obteve saldo
positivo bem expressivo, inclusive sendo o setor que mais gerou emprego no período.
GRÁFICO 3. Saldo de Empregos Formais por Setores Econômicos do Estado do Pará.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
530
-941
-20
-714
-612
424
117
-241
221
-772
-190
1074
-697
390
15
-187
-1500 -1000 -500 0 500 1000 1500
Extrativa mineral
Indústria de transformação
Serv. Indust. de util. pública
Construção civil
Comércio
Serviços
Administração Pública
Agropecuária
Mar./2012
Mar./2011
12
1.2.5 Comportamento do emprego na região metropolitana de Belém e demais
municípios
A Região Metropolitana de Belém (RMB) alcançou resultado negativo na geração de
empregos no mês de março, com a perda de 1.253 empregos celetistas. Os setores da
atividade com maior destaque negativo foram: Construção Civil com saldo negativo de 741
postos; Comércio com a perda de -346 postos; e Serviços Industriais de Utilidade Pública com
perdas de -168. Do lado positivo o setor de serviços apresentou ganhos de 84 novos postos e a
agropecuária de 42.
TABELA 2. Comportamento do emprego na RMB e demais municípios –
Março de 2012.
Setores de Atividade Econômica RMB Demais
Municípios
Estado
do Pará
Extrativa Mineral -10 231 221
Indústria de Transformação -110 -662 -772
Serv. Industriais de Utilidade
Pública -168 -22 -190
Construção Civil -741 1815 1074
Comércio -346 -351 -697
Serviços 84 306 390
Administração Pública -4 19 15
Agropecuária 42 -229 -187
Total -1253 1107 -146
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/CAGED. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do
Pará – IDESP.
O Gráfico 3 mostra o comportamento do emprego em nível municipal, apresentando
os 10 municípios que mais geraram e os municípios que mais perderam emprego. O resultado
demonstra que entre os dez municípios paraenses com maiores saldos de empregos no mês de
março, Altamira foi a melhor colocada, apresentando saldo de 1.508, com destaque é para a
construção civil em razão das obras de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte que
gerou 1.477 novos postos de trabalho. A cidade de Parauapebas foi a segunda que mais gerou
postos de trabalho, 515, sendo 313 na construção civil, 201 no setor extrativo mineral e 101
nos serviços. Apesar de ter menos de 30 mil habitantes, Canaã dos Carajás tem se situado
entre as cidades que mais geram empregos no Pará, em março obteve saldo de 245. Breu
Branco teve saldo de 108 postos de trabalho, o destaque do município é a agropecuária que
produziu 155 novos empregos. Oriximiná fecha o Top 5 dos municípios que mais geraram
empregos no estado, com 81 de saldo o município tem a indústria de transformação (49) e a
construção civil (27) como carros-chefes.
13
A sexta cidade que mais gerou empregos foi, Moju que totalizou 78 novas pessoas
empregadas, sendo a agropecuária o setor que mais contribuiu para esse saldo positivo com
100 novos empregados. Com saldo de 49 empregos Tomé-Açu foi sétimo o município que
mais contribuiu na geração de empregos no estado, o destaque vai para agropecuária com 52
novos postos de trabalho. Santa Maria das Barreias gerou saldo de 39 empregos; o mesmo
saldo do município de Rondon do Pará, este último teve como destaque o setor agropecuário
com 36 postos. Abaetetuba gerou 32 novos postos de trabalho, ocupando assim o último lugar
ranking dos 10 municípios que mais geraram empregos no Pará, dos quais 15 foram na
construção civil.
GRÁFICO 3. Ranking do saldo de emprego nos municípios paraenses - Março de 2012.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/CAGED. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
Por outro lado, na análise dos 10 municípios com maiores saldos negativos, o principal
destaque em março foi Belém (-947), sendo a construção civil o setor com maiores perdas de
postos de trabalho (602), seguido pelo comércio (-183) e pelos serviços industriais de
-947
-334
-326
-288
-164
-151
-124
-99
-85
-74
32
39
39
49
78
81
108
245
515
1.508
Belém
Almeirim
Ananindeua
Tailândia
Marabá
Barcarena
Castanhal
Jacundá
Tucuruí
Itaituba
Abaetetuba
Rondon do Pará
Santa Maria das Barreiras
Tomé-Acu
Moju
Oriximiná
Breu Branco
Canaã dos Carajás
Parauapebas
Altamira
14
utilidade pública (-171). Almerim com saldo de -334, teve grande perda de postos de trabalho
no setor agropecuário, o qual teve resultado negativo de 250. A terceira cidade que mais
perdeu postos de trabalho em março foi Ananindeua, a cidade situada na RMB, obteve saldo
de -326, as principais perdas foram na construção civil (-145), comércio (-96) e serviços (-67).
Tailândia perdeu 288 empregos, o destaque das perdas do município foi a agropecuária com
perda de 219 empregos celetistas. Marabá foi a quinta cidade que mais perdeu postos de
trabalho no período analisado, teve saldo de -164, a indústria de transformação foi o carro-
chefe das perdas da cidade 141 empregos a menos.
Barcarena continua entre as 10 cidades que mais perderam empregos no estado, o
saldo negativo foi de 164, com a construção civil (-71 postos) seguida pelos serviços (-36) e
indústria de transformação (-35). Castanhal foi à sexta cidade que mais perdeu empregos no
Pará, saldo de -124, o setor de indústria de transformação (-209) e comércio (-96) foram os
que mais contribuíram para o saldo ruim do município. Jacundá com saldo de -99, as
principais perdas foram na indústria de transformação (-62). O município de Tucuruí perdeu
85 empregos, novamente a indústria de transformação (-41) foi a que mais perdeu empregos.
Fechando a análise dos 10 municípios, Itaituba perdeu 74 postos de trabalho a construção civil
foi o setor que mais contribuiu para essas perdas com -52 empregos.
15
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de disseminação de Estatística do
trabalho. [S.l.], 2012. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/pdet > Acesso em: fev.. 2012.
16
PARTE 2
A Importância do Capital Humano para o Desenvolvimento Socioeconômico: Uma
Análise do Brasil e do Pará
David Costa Correia Silva1
2.1. INTRODUÇÃO
Este texto tem por objetivo despertar o interesse do público para relação entre capital
humano e desenvolvimento socioeconômico, sabendo que este último termo engloba um
conjunto diverso de variáveis como: economia, sociedade, meio ambiente, instituições entre
outros parâmetros relevantes. O estudo sobre os efeitos do capital humano no
desenvolvimento são importantes, pois, são as ações das pessoas os principais fatores que
determinam mudanças nas estruturas sociais.
Schultz (1961) sustentava que as pessoas são uma importante parte da riqueza das
nações. Pois, a capacidade de cada indivíduo contribui vastamente para o progresso social.
Contudo, em alguns aspectos é difícil ver as pessoas como parte da produção, e por vezes o
mero pensamento de investimento num ser humano pode parecer ofensivo, porque alguns
poderiam considerar que estaríamos reduzindo o homem a um componente material ou
aparentando-o a uma propriedade. Longe de tentar ver alguém como um objeto, mas sim
incorporá-lo ao sistema produtivo como parte fundamental do mesmo, e tendo em vista que a
atividade econômica possui início com o trabalho e tem por fim atender às necessidades da
sociedade, é relevante chamar a atenção para o fato de que são as pessoas, consciente ou
inconscientemente, que determinam o progresso socioeconômico.
Assim, posto que as sociedades, através de suas ações, determinam o caminho do
desenvolvimento, uma melhor formação educacional tende a ser relevante para o contínuo
aperfeiçoamento humano e resolução de variados problemas.
Esse trabalho está repartido em 6 seções contando com essa introdução. Na seção 2 é
mostrado um breve estudo sobre a relação entre produção, desenvolvimento e formação do
capital humano; em seguida, na seção 3 é realizada uma discussão sobre a importância da
educação formal, passando pela análise das principais teorias econômicas do capital humano.
A seção 4 conta com a análise sobre a importância dispensada a educação com fator
preponderante para o desenvolvimento das nações. A seção 5, inicia uma análise da educação
1 Bolsista do Núcleo de Análise Conjuntural do IDESP.
17
no Brasil e mostra os resultados do Pará em relação aos demais estados nas avaliações
nacionais do IDEB e o IGC. Por fim, há uma conclusão sobre as discussões realizadas.
2.2. PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO E SUAS RELAÇÕES COM O A FORMAÇÃO
DO CAPITAL HUMANO
Existem diversos recursos que propiciam o crescimento econômico e o
desenvolvimento social em uma região ou país, esses recursos também podem ser chamados
de capitais, assim têm-se: capital natural, capital financeiro, capital produtivo (máquinas e
equipamentos) e o capital humano. Quando conjugados, esses fatores produtivos convergem
para criação de riqueza e contribuem para o progresso da sociedade. O capital humano está
intrinsecamente ligado aos demais recursos visto que são as pessoas que controlam o
direcionamento dos recursos financeiros, naturais e produtivos. Nesse sentido, a formação do
capital humano é fundamental para o desenvolvimento socioeconômico, principalmente, ao
que se refere à gerência dos recursos escassos e não renováveis.
A Equação 1 mostra que a produção e/ou desenvolvimento (Y) é função das somas de:
capital natural (KN), capital financeiro (KF), capital produtivo (KP) e o capital humano (KH)
(MUELLER, 2007).
(1)
Pela Equação 1, os recursos produtivos quando somados geram riqueza e, também,
podem expressar a qualidade de vida de uma sociedade, naturalmente, a eficiência no uso dos
recursos é de suma importância para alcançar resultados duradouros, visto que boa parte dos
recursos usados são limitados.
Na Figura 1 verifica-se a relação entre o capital humano com os demais capitais, bem
como a produção e o desenvolvimento. A Figura 1 mostra, o capital humano gerencia os
recursos financeiros, produtivos e naturais no processo de geração de riqueza e de progresso
humano, e dado que o conhecimento continuamente produzido é acumulativo, o capital
humano intervém diretamente na atividade econômica e no desenvolvimento, pois, o contínuo
processo de educação e acumulação do conhecimento provoca mudanças de hábitos e adoção
de novas exigências.
18
FIGURA 1: Capital Humano e suas Relações no Sistema
Fonte: Elaboração do autor.
O processo de constituição do capital humano tanto individual quanto coletivo
contempla o processo de educação formal e informal, pode ocorrer de variadas formas, assim,
pode-se obter conhecimento por observação, aprender fazendo, na aquisição de bens ou
serviços, através de campanhas que divulgam informações sobre a melhor forma de agir em
determinadas situações ou, ainda, por meio de aulas que visam preparar o individuo para uma
atividade específica.
Um ponto a se destacar sobre o processo educacional é que, como qualquer outro
capital dentro de uma sociedade, o conhecimento tende a ser acumulativo ao longo do tempo,
ou seja, a próxima geração tende a superar as anteriores na aquisição e no uso do
conhecimento. Naturalmente, a obtenção de um estoque de conhecimento cada vez maior é
benéfica para a sociedade do ponto de vista produtivo e da qualidade de vida. Não obstante,
num plano objetivo, deve-se questionar para que serve o conhecimento.
Essencialmente a necessidade de adquirir conhecimento se sustenta na busca da
solução de problemas ou na procura em resolver determinadas tarefas da maneira mais
eficiente possível. Dessa forma, o processo de aquisição e repasse do conhecimento ou, em
outras palavras, educação, pode ocorrer em ambientes formais e informais, mas deve ter um
fim (objetivo), já que invariavelmente impõe ao individuo e à sociedade, ao menos, o custo de
tempo da formação. Ressalta-se, ainda, que a maneira como a educação está sendo organizada
tem entrado cada vez mais numa esfera formal do repasse do conhecimento.
19
2.3. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FORMAL
Segundo Bailey e Eicher (2012) existem várias formas de examinar a educação como
fator para formação do capital humano, sendo que três merecem destaque, visto que
contribuíram significativamente para a constituição de um arcabouço teórico e balizaram a
organização de políticas públicas a fim de organizar a educação em diversas sociedades.
A primeira abordagem verificou a educação como um fator da produção, esta
abordagem, desenvolvida por Romer (1986) e Lucas (1988) sugeria que o capital humano
assim como físico seria um insumo da produção, podendo, por tanto, ser acumulado. Contudo,
essa visão não oferecia nenhuma relação explícita entre os capitais humano e físico em
relação mudança tecnológica, assim, as contribuições feitas por esta linha de pesquisa foram
restritas ao capital humano em estudos de crescimento econômico, nos quais a sociedade
como um todo se beneficia da educação do indivíduo, essa externalidade social positiva
justificaria o investimento ou subsídio na formação do capital humano.
A segunda visão sobre a formação do capital humano sugere os benefícios do
aprender fazendo (learning-by-doing, em inglês), como um dos meios para formação do
capital humano. Inicialmente, as vantagens de aprender fazendo estariam na capacidade do
trabalhador conseguir produzir mais na medida em que ele vai adquirindo mais habilidade, em
razão da execução da atividade. Posteriormente, ficaria mais simples a esse trabalhador
especializado incorporar novas tecnologias relativas ao processo produtivo. Uma análise
complementar de aprender fazendo sustenta que a competitividade do trabalhador é
influenciada pelo nível básico de escolaridade.
A mais nova abordagem destacada na literatura é a interação entre tecnologia, capital
humano e as condições econômicas. Esse enfoque é fundamentado na hipótese de
interdependência entre invenção, adoção de novas tecnologias, acumulação de capital humano
e condições econômicas, essa ampliação da análise por meio da interação promoveu a
hipótese de relacionamento da mudança tecnológica e o capital humano, uma vez que os
trabalhadores qualificados assumiriam vantagens comparativas na ocorrência de novas
exigências, principalmente, no que se refere a inventar e na adaptação de novas tecnologias e
ambientes de produção. Dessa maneira, ter-se-ia que a diferença entre o grau de instrução dos
trabalhadores seria explicitada pelo grau de rotinização das tarefas desempenhadas, portanto,
trabalhadores mais qualificados estariam mais dispostos a enfrentar novos desafios, enquanto
os menos qualificados teriam dificuldades em enfrentar novas tarefas e novos equipamentos.
Ao estudar a construção e a organização da teoria do capital humano verifica-se que
o arcabouço teórico veio crescendo ao longo dos anos, justificando o investimento público e
20
privado na busca por formação. Ademais, dá para se notar que o desenvolvimento
tecnológico, sobretudo, nos ambientes de trabalho incita uma preparação cada vez maior do
candidato a emprego. Fazendo uma relação com a construção teórica no início do processo
industrial, antigamente era necessária nenhuma ou pouca instrução para desempenhar parte
das tarefas, podia-se aprender fazendo. Quando o processo de produção se tornou mais
sofisticado (menos rotinizado) o aprender fazendo encontrou dificuldades, que seriam
superadas pela educação básica ou prévia. É nesse sentido, que a educação formalizada vem
ganhando relevância.
A educação formalizada, isto é, dentro de um planejamento escolar que congrega na
metodologia ações teóricas e empíricas de uma área do conhecimento tem sido, nas últimas
décadas, a prática mais comum no processo educativo das nações industrializadas, em virtude
dos ganhos produtivos sociais, os quais são entendidos aqui como expressões de um
comportamento maximizador de bem-estar individual e/ou social, como é o caso das atitudes
a fim de evitar doenças e acidentes, somados ao ganho da produtividade que o conhecimento
formal embute na produção. Isto é, em um contexto mais amplo do que limitar formação
educacional para entrar no mercado de trabalho, a educação resulta em aquisição de
conhecimentos que implicam em ganhos de saúde, conhecimento dos direitos civis, bem
como o reconhecimento da importância ambiental. Ou seja, o processo educacional social
gera uma extensa gama de externalidades positivas.
2.4. EDUCAÇÃO NO CONTEXTO GLOBAL
A importância da educação no desenvolvimento humano está expressa entre as metas
do milênio estabelecidas pela ONU2. No que se refere à educação, as metas do milênio visam:
a universalização da educação básica até 2015; alfabetização das pessoas de 15 a 24 anos; e as
crianças de ambos os sexos terminem a educação básica. A UNESCO3 coordena as ações de
políticas globais em direção à Educação para Todos (EPT). Ela é a agência incumbida de
monitorar a implementação das atividades avaliando os progressos realizados, analisando as
políticas efetivamente formuladas, disseminando conhecimentos sobre as boas práticas e
alertando quanto aos desafios emergentes para comunidade mundial.
No entendimento da comunidade internacional, expresso pela UNESCO, atingir as
metas de educação básica de qualidade para todos é essencial para: a erradicação da pobreza,
2 Organização das Nações Unidas.
3 Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
21
a redução da mortalidade infantil, o controle do crescimento populacional, atingir a igualdade
de gênero e assegurar o desenvolvimento sustentável, a paz e a democracia.
Assim, a questão educacional é vista como um problema que limita tanto o indivíduo
quanto as sociedades, bem como um fator decisivo para solução dos problemas mais urgentes.
Verifica-se que boa parte das aspirações de desenvolvimento das nações perpassa pelo
progresso educacional, sendo esse um problema que, o Brasil ainda está longe de resolver
antes de 2015 quando terminaria o prazo estabelecido pela ONU.
2.4.1 Educação no Brasil
O Brasil possui desafios imensos em varias áreas do desenvolvimento tais como:
desigualdade de renda, fome, saúde, direitos civis. A sociedade brasileira vem melhorando no
campo educacional, segundo a UNESCO, o Brasil apresentou avanços em diversas áreas nas
últimas duas décadas: Acesso ao ensino fundamental está quase universalizado, com 94,4%
da população de 7 a 14 anos incluídos nesse nível de ensino; a proporção de jovens na idade
própria que se encontra no ensino médio é mais que o dobro da existente em 1995, mostrando
expressivo avanço no acesso à educação secundária; redução das taxas de analfabetismo entre
jovens e adultos; aumento no acesso ao ensino superior (UNESCO, 2012).
A preocupação com a educação pode ser verificada na Tabela 1, a qual mostra o
investimento público direto por estudante no Brasil no período de 2000 a 2010 para os
diversos níveis de ensino, assim como a proporção dos gastos do ensino superior em relação
ao básico.
TABELA 1: Investimento Público Direto por Estudante no Brasil 2000-2010 (R$ 1,00)
4.
Ano
Todos
os
Níveis
de
Ensino
Níveis de ensino Proporção
da
Educação
Superior
sobre a
Educação
Básica
(Estudante)
Educação
Básica
Educação
Infantil
Ensino Fundamental
Ensino
Médio
Educação
Superior
De 1ª a
4ª séries
ou anos
iniciais
De 5ª a
8ª séries
ou anos
finais
2000 1.842 1.533 1.753 1.508 1.539 1.462 16.948 11,1
2001 1.907 1.590 1.583 1.491 1.677 1.664 16.750 10,5
2002 1.902 1.575 1.491 1.741 1.616 1.171 15.879 10,1
2003 1.905 1.600 1.716 1.686 1.602 1.344 13.913 8,7
2004 2.016 1.710 1.828 1.810 1.830 1.251 14.085 8,2
2005 2.143 1.815 1.731 2.025 1.929 1.266 14.324 7,9
2006 2.495 2.167 1.873 2.230 2.449 1.732 14.446 6,7
4Histórico da estimativa do investimento público direto em educação por estudante, com valores atualizados para
2010 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
22
Ano
Todos
os
Níveis
de
Ensino
Níveis de ensino Proporção
da
Educação
Superior
sobre a
Educação
Básica
(Estudante)
Educação
Básica
Educação
Infantil
Ensino Fundamental
Ensino
Médio
Educação
Superior
De 1ª a
4ª séries
ou anos
iniciais
De 5ª a
8ª séries
ou anos
finais
2007 2.886 2.531 2.286 2.660 2.771 2.029 15.313 6,1
2008 3.309 2.908 2.438 3.050 3.254 2.344 16.309 5,6
2009 3.581 3.148 2.411 3.393 3.539 2.474 16.503 5,2
2010 4.087 3.580 2.942 3.859 3.905 2.960 17.972 5,0
Fonte: DEED/INEP.
Elaboração do autor.
A Tabela 1 expressa que o investimento em educação tem crescido no país,
comparando os investimentos no ensino fundamental e básico mais que dobraram e a
proporção dos gastos da educação superior em relação ao básico tem caido vertiginosamente,
apesar dos investimentos na educação superior terem aumentado no período examinado.
2.4.2 Análise do Ensino Básico
Outra alternativa de análise no desempenho do investimeno na educação brasileira
são as avaliações períodicas realizadas pelo governo federal. Pois, considerando que o
desenvolvimento nacional está atrelado ao progresso da educação no país, e intencionando
obter um melhor entendimento da realidade educacional nacional, o Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) vem elaborando um Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), o qual foi criado para reunir num só indicador
dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias
de desempenho nas avaliações.
O IDEB5 agrega ao enfoque pedagógico dos resultados das avaliações em larga
escala com a possibilidade de resultados sintéticos que permitem traçar metas de qualidade
educacional para os sistemas. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação
escolar, obtidos no censo escolar, e médias de desempenho nas avaliações do INEP,
o SAEB – para as unidades da federação e para o país, e a prova Brasil – para os municípios
(INEP, 2012).
5 O IDEB é um indicador que combina informações de desempenho em exames padronizados (Prova Brasil ou
Saeb) – obtido pelos estudantes ao final das etapas de ensino (4ª e 8ª séries do ensino fundamental e 3ª série do
ensino médio) – com informações sobre rendimento escolar (aprovação), sendo o valor variando entre 0 e 10.
Para mais esclarecimentos, verificar a Nota Técnica sobre o IDEB disponível em:
http://download.inep.gov.br/educacao_basica/portal_ideb/o_que_e_o_ideb/Nota_Tecnica_n1_concepcaoIDEB.p
df
23
Tal índice atende a necessidade de se estabelecer padrão e critérios para monitorar o
sistema de ensino brasileiro, além de servir para o monitoramento permanente, possui a
incumbência de mensurar o progresso dos programas em relação às metas e resultados
fixados. A Tabela 26 mostras os resultados o IDEB obtidos em três níveis de ensino básico (4ª
Série ou 5º Ano), fundamental (8ª Série ou 9º Ano) e o terceiro ano do ensino médio para os
anos de 2005, 2007 e 2009.
TABELA 2: Resultados do IDEB por UF (2005, 2007, 2009).
4ª Série ou 5º Ano 8ª Série ou 9º Ano Ensino Médio
Estado 2005 2007 2009 Estado 2005 2007 2009 Estado 2005 2007 2009
Pará 2.8 3.1 3.6 Alagoas 2.4 2.7 2.9 Piauí 2.9 2.9 3.0
Alagoas 2.5 3.3 3.7 Bahia 2.8 3.0 3.1 Alagoas 3.0 2.9 3.1
Amapá 3.2 3.4 3.8 Paraíba 2.7 3.0 3.2 Amapá 2.9 2.8 3.1
Bahia 2.7 3.4 3.8 Sergipe 3.0 3.1 3.2 Pará 2.8 2.7 3.1
Sergipe 3.0 3.4 3.8
Rio Grande do
Norte
2.8 3.1 3.3 Rio Grande do
Norte
2.9 2.9 3.1
Amazonas 3.1 3.6 3.9 Pará 3.3 3.3 3.4 Maranhão 2.7 3.0 3.2
Maranhão 2.9 3.7 3.9 Pernambuco 2.7 2.9 3.4 Mato Grosso 3.1 3.2 3.2
Paraíba 3.0 3.4 3.9 Amazonas 2.7 3.3 3.5 Sergipe 3.3 2.9 3.2
Rio Grande do
Norte 2.7 3.4 3.9
Rondônia 3.4 3.4 3.5 Amazonas 2.4 2.9 3.3
Piauí 2.8 3.5 4.0 Amapá 3.5 3.5 3.6 Bahia 2.9 3.0 3.3
Pernambuco 3.2 3.6 4.1 Maranhão 3.0 3.3 3.6 Pernambuco 3.0 3.0 3.3
Acre 3.4 3.8 4.3 Roraima 3.4 3.7 3.7 Rio de Janeiro 3.3 3.2 3.3
Rondônia 3.6 4.0 4.3 Piauí 3.1 3.5 3.8 Goiás 3.2 3.1 3.4
Roraima 3.7 4.1 4.3 Rio de Janeiro 3.6 3.8 3.8 Paraíba 3.0 3.2 3.4
Ceará 3.2 3.8 4.4 Ceará 3.1 3.5 3.9 Roraima 3.5 3.5 3.4
Tocantins 3.5 4.1 4.5 Tocantins 3.4 3.7 3.9 Tocantins 3.1 3.2 3.4
Mato Grosso
do Sul 3.6 4.3 4.6
Goiás 3.5 3.8 4.0 Acre 3.2 3.5 3.5
Rio de Janeiro 4.3 4.4 4.7 Acre 3.5 3.8 4.1 Ceará 3.3 3.4 3.6
Goiás 4.1 4.3 4.9 Espírito Santo 3.8 4.0 4.1 Rondônia 3.2 3.2 3.7
Mato Grosso 3.6 4.4 4.9
Mato Grosso do
Sul
3.4 3.9 4.1 Distrito Federal 3.6 4.0 3.8
Rio Grande do
Sul 4.3 4.6 4.9
Rio Grande do Sul 3.8 3.9 4.1 Espírito Santo 3.8 3.6 3.8
Espírito Santo 4.2 4.6 5.1
Mato Grosso 3.1 3.8 4.3 Mato Grosso do
Sul
3.3 3.8 3.8
6 Até o momento não havia sido divulgado os resultados para 2011.
24
4ª Série ou 5º Ano 8ª Série ou 9º Ano Ensino Médio
Santa Catarina 4.4 4.9 5.2 Minas Gerais 3.8 4.0 4.3 Minas Gerais 3.8 3.8 3.9
Paraná 4.6 5.0 5.4
Paraná 3.6 4.2 4.3 Rio Grande do
Sul
3.7 3.7 3.9
São Paulo 4.7 5.0 5.5 Distrito Federal 3.8 4.0 4.4 São Paulo 3.6 3.9 3.9
Distrito
Federal 4.8 5.0 5.6
Santa Catarina 4.3 4.3 4.5 Santa Catarina 3.8 4.0 4.1
Minas Gerais 4.7 4.7 5.6 São Paulo 4.2 4.3 4.5 Paraná 3.6 4.0 4.2
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Elaboração do Autor.
Pela Tabela 2, pode-se verificar que os resultados do IDEB têm sido melhorados ao
longo do tempo, apesar de existirem disparidades relevantes entre as regiões brasileiras no
que se refere ao desempenho educacional dos alunos. A respeito da educação básica as 10
piores posições foram obtidas por estados das regiões norte e nordeste, o mesmo é verificado
nos resultados do ensino fundamental. O resultado do ensino médio possui uma distribuição
melhor entre as os estados por região, apesar dos estados do Centro-Sul terem obtido as
melhores posições.
Esse resultado evidencia uma preocupação do desnivelamento educacional entre as
regiões nacionais, agora expressas de forma objetiva por meio da mensuração de notas. A
existência dos indicadores educacionais serve para procurar estabelecer um padrão de
qualidade na educação do país e tendo por base as peculiaridades de regiões distintas, fica
demonstrado o desafio que precisa ser enfrentado.
Para o estado do Pará, os resultados apontam a necessidade de investir de maneira
mais eficiente na educação. Apesar dos resultados da educação paraense ter melhorado, o Pará
figurou sempre entre os piores estados.
2.4.3 Análise do Ensino Superior
Além das análises da educação básica, existe a avaliação da educação superior no
Brasil, por meio do Índice Geral de Cursos (IGC7), o qual é uma média ponderada dos
conceitos dos cursos de graduação e pós-graduação da instituição, levando em conta
diferentes níveis de ensino (graduação, mestrado e doutorado).
A Tabela 3 mostra a média do IGC por unidade federativa em 2010, para três
classificações de ensino superior: Faculdades, Centros Universitários e Universidades.
7 Para uma melhor explicação do cálculo IGC, consultar a nota técnica disponível em:
http://download.inep.gov.br/download/areaigc/Downloads/nota_tecnica_IGC_2009.pdf.
25
Tabela 3: Média do IGC por Unidade Federativa (2010).
Faculdades Centros Universitários Universidades
UF (Sede) Média UF (Sede) Média UF (Sede) Média
AC 1,62 AC - AC 2,64
AL 1,67 AL 1,46 AL 2,39
AM 1,77 AM 1,84 AM 2,73
AP 1,67 AP - AP 2,06
BA 1,92 BA 1,99 BA 2,68
CE 2,13 CE - CE 2,62
DF 1,90 DF 2,21 DF 3,40
ES 1,93 ES 2,30 ES 3,22
GO 1,74 GO 1,91 GO 2,54
MA 1,81 MA 2,05 MA 2,39
MG 2,09 MG 2,30 MG 3,06
MS 1,90 MS 2,42 MS 2,84
MT 1,63 MT 1,80 MT 2,53
PA 1,92 PA 2,47 PA 2,34
PB 2,04 PB 2,58 PB 2,95
PE 1,88 PE - PE 2,79
PI 1,81 PI - PI 2,54
PR 2,01 PR 2,50 PR 2,95
RJ 2,26 RJ 2,21 RJ 2,83
RN 1,96 RN - RN 2,80
RO 1,82 RO 2,20 RO 2,38
RR 1,56 RR - RR 2,54
RS 2,43 RS 2,78 RS 3,09
SC 2,24 SC 2,57 SC 2,68
SE 1,78 SE - SE 2,41
SP 2,26 SP 2,35 SP 2,68
TO 1,53 TO 1,68 TO 2,12
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Elaboração do Autor.
Os dados do IGC são obtidos por unidades de ensino, os quais foram organizados por
UF, somados e divididos para ser encontrados a média. Destacando a nota nacional das
universidades foi de 2,78; dos centros universitários de 2,3 e das faculdades foi de 2,06.
A média do Pará foi: 1,92 para faculdade; 2,47 para centro universitário e 2,34 para
universidades. Assim, os resultados mostram que o estado Pará está abaixo da média nacional
para universidades e faculdades e acima no que se refere aos centros universitários.
2.4.4 Resultados dos Indicadores Educacionais do Pará
Ao longo desse texto, foi discutida a importância da formação do capital humano
para o desenvolvimento socioeconômico no longo prazo, de tal modo que os resultados do
IDEB apontam que apesar do Pará ter melhorado os níveis educacionais, quando se compara o
resultado com os outros estados verifica-se que as melhorias foram apenas tímidas já que o
estado continuou no bloco das piores unidades federativas. Já a respeito do ensino superior
26
dentre os três tipos instituições avaliadas pelo IGC, apenas uma encontra-se superior à média
nacional.
Dessa forma, o desempenho da educação no Pará é preocupante pelo resultado
presente, mas principalmente pelo que aponta para o futuro. Pois, se está comprometendo a
formação da sociedade paraense, notadamente quando se compara com a de outros estados da
federação. Em termos econômicos a formação de capital humano no Pará está comprometida
e quando se pensa em um mundo cada vez mais conectado, a educação como fator
preponderante para o progresso das sociedades e a competição entre nações, empresas e
indivíduos, urge tomar providências.
Tais providências perpassam no estudo das experiências bem-sucedidas que o
próprio IDEB e o IGC podem fornecer, apontando melhorias decorrentes de iniciativas
isoladas ou em rede, nas experiências desenvolvidas pela gestão do sistema ou mesmo de uma
unidade escolar e atende às necessidades locais específicas.
No que refere ao ensino de base, considerando a educação para a inserção no
mercado de trabalho é relevante destacar que o governo do Pará possui programas para
melhorar a qualificação dos jovens do estado ligados a Secretaria Estadual do Trabalho
Emprego e Renda (SETER), ressalta-se: Pro-Jovem direcionado para jovens desempregados
de 18 a 29 anos pertencentes a famílias com renda per capita de até meio salário mínimo, esse
programa objetiva a profissionalização, elevação da escolaridade e experiência em ações
comunitárias, os participantes recebem auxílio financeiro de R$ 100,00 por seis meses.
Esses tipos de programas são importantes uma vez que aliam o interesse presente do
individuo, educação e renda, junto ao interesse futuro da sociedade que exigem pessoas cada
vez mais capacitas na execução das funções trabalhistas.
2.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O principal objetivo desse texto foi despertar o interesse da sociedade por um dos
parâmetros mais relevantes quando se refere a desenvolvimento que é a formação das pessoas.
Para tanto, essa pesquisa se valeu de uma análise teórica sobre capital humano destacando a
importância do mesmo na estruturação de uma sociedade e os feitos do mesmo no
desenvolvimento. Em um nível mais concreto, verificou-se a importância dada pela
comunidade internacional, por meio da ONU/UNESCO, na questão educacional e os impactos
desse parâmetro no desenvolvimento das nações. Em seguida tratou-se da questão
educacional no Brasil e no Pará, os quais têm mostrado melhorias. Desde o fato de criação de
índices para avaliação do sistema de educação e das unidades educacionais
27
Como se sabe, a educação infantil, fundamental e média são de suma importância
para formação tanto de um individuo quanto de uma sociedade capaz de resolver seus
problemas mais básicos e possuir fundamentos que levem ao contínuo aperfeiçoamento. Já o
ensino superior seria responsável pelo alto grau de desenvolvimento e inovação tanto na
produção quanto no aperfeiçoamento das instituições, que invariavelmente é representado no
ganho de eficiência na realização das atividades, assim como uma melhor gerência dos
recursos usados no crescimento da economia e na melhoria da qualidade de vida da sociedade.
Assim, os resultados do IGC e do IDEB para a sociedade paraense reapresenta
preocupação uma vez que os resultados obtidos deixam o estado entre as piores unidades da
federação, mas ressalta-se que a consciência de um problema é o primeiro passo para buscar
soluções.
28
REFERÊNCIAS
BAILEY, Thomas; EICHER, Theo. Education, Technological Change, and Economic
Growth. Disponível em: <http://faculty.washington.edu/te/papers/eicherbaley.htm>. Acesso:
10 de fev.2012.
FERNANDES, Reynaldo. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Brasília
(DF) : Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2007.
FRANÇA, Gílson Nardo; GASPARINI, Carlos Eduardo; LOUREIRO, Paulo Roberto de
Amorim. Relação entre Escolaridade e Renda no Brasil na Década de 1990. [S.l.:s.n.],
[199_].
INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Indicadores
de Educação. Disponível em <http://portalideb.inep.gov.br/ >. Acesso: 09 de Maio de 2012.
MUELLER, Charles C. Os Economistas e as Relações Entre o Sistema Econômico e o
Meio Ambiente. Brasília (DF): UNB. 2007.
SCHULTZ, Theodore W. Investment in Human Capital. The American Economic Review,
Vol. 51, N°1, p. 1-17, março. 1961.
UNESCO. Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência, e a Cultura. A
importância da Educação para as Metas do Milênio. Disponível em
<http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/education/education-for-all/>. Acesso: 09 de Maio de
2012.
29
PARTE 3
1 PAINEL DE INDICADORES
1.1 P1. MOVIMENTAÇÃO DE MÃO DE OBRA
P1. 1 Admissões por setor de atividade econômica – Brasil .......................................... 30
P1. 2 Desligamentos por setor de atividade econômica – Brasil.................................... 31
P1. 3 Saldo de emprego por setor de atividade econômica – Brasil .............................. 32
P1. 4 Estoque de emprego por setor de atividade econômica – Brasil ........................... 33
P1. 5 Admissões por setor de atividade econômica – Pará ............................................ 34
P1. 6 Desligamentos por setor de atividade econômica – Pará ...................................... 35
P1. 7 Saldo de emprego por setor de atividade econômica – Pará ................................. 36
P1. 8 Estoque de emprego por setor de atividade econômica – Pará. ............................ 37
1.2 P2. REMUNERAÇÃO DA MÃO DE OBRA
P2. 1 Salário médio mensal por faixa de remuneração – Brasil ..................................... 38
P2. 2 Salário médio mensal por faixa de remuneração – Pará. ...................................... 39
P2. 3 Salário médio mensal por região de integração – Pará. ........................................ 40
30
P1. MOVIMENTAÇÃO DE MÃO DE OBRA
P1. 1 Admissões por setor de atividade econômica – Brasil.
Período
Ext.
Ind. Trans. SIUP
Const.
Civil Comércio Serviços
Adm.
Agropecuária
Outros/
Total Mineral Públ. Ignorados
2004
45.115 2.551.984 63.288 1.091.798 2.912.498 4.218.210 97.546 1.198.355 207 12.179.001
2005
46.759 2.692.463 66.406 1.257.480 2.940.198 4.717.250 85.068 1.025.525 0 12.831.149
2006
48.370 3.126.985 61.347 1.428.582 3.298.542 4.969.393 97.321 1.310.749 0 14.341.289
2007
54.161 3.525.765 70.994 1.866.537 3.774.888 5.856.365 105.502 1.405.119 0 16.659.331
2008
42.915 3.147.085 77.608 1.950.078 3.783.528 5.802.755 112.804 1.270.867 0 16.187.640
2009
57.054 3.910.066 91.743 2.463.997 4.442.260 6.875.128 103.161 1.261.438 0 19.204.847
2010
45.115 2.551.984 63.288 1.091.798 2.912.498 4.218.210 97.546 1.198.355 207 12.179.001
2011
65.366 4.087.988 104.819 2.835.271 5.054.675 8.073.000 113.200 1.368.729 0 21.703.048
2012 Janeiro 5.091 324.194 8.391 237.480 385.634 644.509 7.713 98.478 0 1.711.490
Fevereiro 5.188 328.412 8.204 226.518 376.090 676.635 21.594 97.421 - 1.740.062
Março 5.928 361.693 8.968 251.018 426.921 718.938 13.523 94.138 - 1.881.127
Jan-Mar/2012¹ 16.207 1.014.299 25.563 715.016 1.188.645 2.040.082 42.830 290.037 - 5.332.679
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/ CAGED.
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. Nota: 1Soma do meses de janeiro a Março.
31
P1. 2 Desligamentos por setor de atividade econômica – Brasil.
Período
Ext.
Ind. Trans. SIUP
Const.
Civil Comércio Serviços
Adm.
Agropecuária
Outros/
Total Mineral Públ. Ignorados
2004
30.020 2.007.432 42.638 955.147 2.235.595 3.297.262 72.418 1.132.618 90 9.773.220
2005
35.585 2.374.436 49.755 1.006.745 2.522.683 3.648.505 75.947 1.211.233 131 10.925.020
2006
34.707 2.442.224 59.037 1.171.684 2.603.404 4.195.641 76.815 1.018.951 0 11.602.463
2007
38.608 2.732.401 53.595 1.251.827 2.893.451 4.382.290 82.069 1.289.656 0 12.723.897
2008
45.490 3.347.090 63.029 1.668.669 3.392.670 5.208.106 95.186 1.386.887 0 15.207.127
2009
40.879 3.136.220 72.624 1.772.893 3.486.371 5.302.578 94.729 1.286.236 0 15.192.530
2010
40.711 3.425.038 73.889 2.209.819 3.831.647 6.010.878 97.534 1.287.384 0 16.976.900
2011
46.011 3.879.853 95.576 2.622.536 4.616.115 7.166.405 97.342 1.289.724 0 19.813.562
2012 Janeiro 3.150 280.386 7.787 186.436 386.494 536.958 9.096 87.974 0 1.498.281
Fevereiro 3.698 308.803 7.308 198.707 382.735 583.465 6.900 97.846 - 1.589.462
Março 4.324 366.741 7.947 215.083 420.509 635.756 7.799 111.222 - 1.769.381
Jan-Mar/2012¹ 11.172 955.930 23.042 600.226 1.189.738 1.756.179 23.795 297.042 - 4.857.124
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/ CAGED.
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. Nota: 1Soma dos meses de janeiro a Março.
32
P1. 3 Saldo de emprego por setor de atividade econômica – Brasil.
Período
Ext.
Ind. Trans. SIUP
Const.
Civil Comércio Serviços
Adm.
Agropecuária
Outros/
Total Mineral Públ. Ignorados
2004
30.020 2.007.432 42.638 955.147 2.235.595 3.297.262 72.418 1.132.618 90 9.773.220
2005
35.585 2.374.436 49.755 1.006.745 2.522.683 3.648.505 75.947 1.211.233 131 10.925.020
2006
34.707 2.442.224 59.037 1.171.684 2.603.404 4.195.641 76.815 1.018.951 0 11.602.463
2007
38.608 2.732.401 53.595 1.251.827 2.893.451 4.382.290 82.069 1.289.656 0 12.723.897
2008
45.490 3.347.090 63.029 1.668.669 3.392.670 5.208.106 95.186 1.386.887 0 15.207.127
2009
40.879 3.136.220 72.624 1.772.893 3.486.371 5.302.578 94.729 1.286.236 0 15.192.530
2010
40.711 3.425.038 73.889 2.209.819 3.831.647 6.010.878 97.534 1.287.384 0 16.976.900
2011
46.011 3.879.853 95.576 2.622.536 4.616.115 7.166.405 97.342 1.289.724 0 19.813.562
2012 Janeiro 1.941 43.808 604 51.044 -860 107.551 -1383 10.504 0 213.209
Fevereiro 1.490 19.609 896 27.811 -6.645 93.170 14.694 -425 - 150.600
Março 1.604 -5.048 1.021 35.935 6.412 83.182 5.724 -17.084 - 111.746
Jan-Mar/2012¹ 3.431 63.417 1.500 78.855 -7.505 200.721 13.311 10.079 - 363.809
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/ CAGED.
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. Nota: 1Soma dos meses de janeiro a Março.
33
P1. 4 Estoque de emprego por setor de atividade econômica – Brasil.
Período
Ext.
Mineral Ind. Trans. SIUP
Const.
Civil Comércio Serviços
Adm.
Agropecuária
Outros/
Total Públ. Ignorados
2004
130.501 6.503.747 322.914 1.568.302 5.726.620 10.703.608 818.740 1.499.025 -76 27.273.381
2005
140.031 6.681.295 336.447 1.653.355 6.116.435 11.273.313 840.339 1.486.147 0 28.527.362
2006
152.083 6.931.534 343.816 1.739.151 6.453.229 11.794.922 848.592 1.492.721 0 29.756.048
2007
161.845 7.326.118 351.568 1.915.906 6.858.320 12.382.025 863.844 1.513.814 0 31.373.440
2008
170.516 7.504.793 359.533 2.113.774 7.240.538 13.030.284 874.160 1.532.046 0 32.825.644
2009
172.552 7.515.658 364.517 2.290.959 7.537.695 13.530.461 892.235 1.516.677 0 33.820.754
2010
188.895 8.000.686 380.724 2.545.137 8.057.308 14.394.711 897.862 1.490.731 0 35.956.054
2011
207.183 8.145.763 387.951 2.686.371 8.472.546 15.153.788 910.415 1.546.542 0 37.510.559
2012 Janeiro 208.377 8.183.225 388.925 2.728.570 8.436.201 15.215.251 910.045 1.558.860 0 37.629.454
Fevereiro 209.867 8.202.834 389.821 2.756.381 8.429.556 15.308.421 924.739 1.558.435 - 37.780.054
Março 211.471 8.197.786 390.842 2.792.316 8.435.968 15.391.603 930.463 1.541.351 - 37.891.800
Jan-Mar/2012 209.867 8.202.834 389.821 2.756.381 8.429.556 15.308.421 924.739 1.558.435 - 37.780.054
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/ CAGED e RAIS.
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
34
P1. 5 Admissões por setor de atividade econômica – Pará.
Período
Ext. Ind.
SIUP
Const.
Civil Comércio Serviços
Adm.
Públ. Agropecuária
Outros/
Total Mineral Trans. Ignorados
2004
1.140 49.549 1.127 24.376 47.303 49.639 62 28.481 0 201.667
2005
1.563 46.687 932 27.750 51.768 52.360 194 27.224 1 208.479
2006
2.754 50.220 998 32.590 54.723 60.370 158 19.280 0 221.093
2007
2.478 51.028 1.438 33.200 66.423 58.234 118 30.290 0 243.209
2008
3.199 46.948 1.758 47.171 68.947 69.029 140 35.147 0 272.339
2009
1.869 39.315 1.864 44.378 68.765 68.841 110 29.828 0 254.970
2010
3.927 40.785 2.422 53.784 80.339 84.002 118 29.563 0 294.940
2011
4.491 46.700 2.296 76.299 96.867 106.939 938 35.247 0 369.777
2012 Janeiro 351 4.212 193 4.761 7.324 8.019 35 2.865 0 27.760
Fevereiro 508 3.141 131 6.068 6.468 8.142 12 2.500 - 26.970
Março 408 3.220 138 6.494 7.125 8.122 29 2.663 - 28.199
Jan-Mar¹ 1.267 10.573 462 17.323 20.917 24.283 76 8.028 - 82.929
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/ CAGED.
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. Nota: 1Soma dos meses de janeiro a Março.
35
P1. 6 Desligamentos por setor de atividade econômica – Pará.
Período
Ext. Ind.
SIUP
Const.
Civil Comércio Serviços
Adm.
Públ. Agropecuária
Outros/
Total Mineral Trans. Ignorados
2004
682 38.595 786 20.242 36.569 42.103 221 24.275 0 163.473
2005
767 47.719 916 24.670 44.418 45.073 136 26.983 0 190.682
2006
908 46.659 804 30.949 47.446 53.424 370 19.727 0 200.287
2007
1.331 49.835 1.252 29.439 55.311 49.591 96 28.351 0 215.206
2008
1.480 52.075 1.643 47.401 64.352 60.017 99 36.546 0 263.613
2009
1.278 41.296 1.776 44.418 64.258 64.093 193 30.278 0 247.590
2010
1.288 38.879 1.923 49.318 69.697 69.850 147 28.444 0 259.546
2011
1.919 42.783 2.137 57.460 80.487 81.339 204 31.886 0 298.215
2012 Janeiro 351 4.212 193 4.761 7.324 8.019 35 2.865 0 27.760
Fevereiro 151 3.852 129 5.039 6.047 7.031 14 2.570 - 24.833
Março 187 3.992 328 5.420 7.822 7.732 14 2.850 - 28.345
Jan-Mar¹ 689 12.056 650 15.220 21.193 22.782 63 8.285 - 80.938
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/ CAGED.
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. Nota: 1Soma dos meses de janeiro a Março.
36
P1. 7 Saldo de emprego por setor de atividade econômica – Pará.
Período Ext. Ind.
SIUP
Const.
Civil Comércio Serviços
Adm.
Públ. Agropecuária
Outros/
Total Mineral Trans. Ignorados
2004
682 38.595 786 20.242 36.569 42.103 221 24.275 0 163.473
2005
767 47.719 916 24.670 44.418 45.073 136 26.983 0 190.682
2006
908 46.659 804 30.949 47.446 53.424 370 19.727 0 200.287
2007
1.331 49.835 1.252 29.439 55.311 49.591 96 28.351 0 215.206
2008
1.480 52.075 1.643 47.401 64.352 60.017 99 36.546 0 263.613
2009
1.278 41.296 1.776 44.418 64.258 64.093 193 30.278 0 247.590
2010
1.288 38.879 1.923 49.318 69.697 69.850 147 28.444 0 259.546
2011
1.919 42.783 2.137 57.460 80.487 81.339 204 31.886 0 298.215
2012 Janeiro 351 4.212 193 4.761 7.324 8.019 35 2.865 0 27.760
Fevereiro 151 3.852 129 5.039 6.047 7.031 14 2.570 - 24.833
Março 187 3.992 328 5.420 7.822 7.732 14 2.850 - 28.345
Jan-Mar¹ 689 12.056 650 15.220 21.193 22.782 63 8.285 - 80.938
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/ CAGED.
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. Nota: 1Soma dos meses de janeiro e Fevereiro.
37
P1. 8 Estoque de emprego por setor de atividade econômica – Pará.
Período
Ext.
Ind. Trans. SIUP
Const.
Civil Comércio Serviços
Adm.
Públ. Agropecuária
Outros/
Total Mineral Ignorados
2004
5.066 91.898 8.121 53.654 126.722 162.644 26.404 48.348 -1 522.856
2005
5.862 90.866 8.137 56.734 134.072 169.931 26.462 48.589 0 540.653
2006
7.708 94.427 8.331 58.375 141.349 176.877 26.250 48.142 0 561.459
2007
8.855 95.620 8.517 62.136 152.461 185.520 26.272 50.081 0 589.462
2008
10.574 90.493 8.632 61.906 157.056 194.532 26.313 48.682 0 598.188
2009
11.165 88.512 8.720 61.866 161.563 199.280 26.230 48.232 0 605.568
2010
13.804 90.418 9.219 66.332 172.205 213.432 26.201 49.351 0 640.962
2011
16.170 89.803 9.130 76.768 179.071 227.578 26.857 49.952 0 675.329
2012 Janeiro 16.373 90.031 9.220 76.157 178.762 228.178 26.877 50.361 0 675.959
Fevereiro 16.730 89.320 9.222 77.186 179.183 229.289 26.875 50.291 - 678.096
Março 16.951 88.548 9.032 78.260 178.486 229.679 26.890 50.104 - 677.950
Jan-Mar¹ 16.951 88.548 9.032 78.260 178.486 229.679 26.890 50.104 - 677.950
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/ CAGED e RAIS.
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
.
38
P2. REMUNERAÇÃO DA MÃO DE OBRA
P2 1 Salário médio mensal por faixa de remuneração – Brasil.
Período
Salário Médio Mensal
até 0,5 SM
0,51 a 1,0
SM
1,01 a 1,5
SM
1,51 a 2,0
SM
2,01 a 3,0
SM
3,01 a 5,0
SM
5,01 a 10,0
SM
10,01 a
15,0 SM
15,01 a
20,0 SM > 20 SM Total
2005 131,72 279,18 358,53 499,75 679,84 1.074,78 1.950,42 3.455,31 4.920,08 9.945,27 579,04
2006 154,34 327,55 412,38 581,91 799,57 1.259,01 2.293,12 4.064,43 5.792,54 11.821,15 628,53
2007 170,2 355,49 450,56 639,47 884,79 1.392,44 2.529,64 4.493,97 6.399,86 13.127,87 673,1
2008 187,82 389,32 496,31 704,31 972,93 1.536,10 2.790,78 4.937,46 7.032,39 14.479,85 734,89
2009 213,03 438,55 556,65 794,55 1.098,40 1.718,01 3.123,31 5.526,91 7.851,10 16.528,21 798,64
2010 236,69 486,64 618,59 878,94 1.230,81 1.919,09 3.491,50 6.172,46 8.766,12 17.472,26 860,63
2011 251,19 513,31 667 937,32 1.303,72 2.042,12 3.704,05 6.563,35 9.341,15 18.139,11 943,04
2012 Janeiro 288,77 597,04 756,92 1.068,31 1.493,06 4.877,12 8.806,04 7.518,55 10.652,35 22.302,74 1.007,83
Fevereiro 288,25 593,11 757,35 1.068,91 1.496,90 2.437,96 4.402,32 7.514,71 10.645,23 21.792,14 1.007,83
Março 288,06 591,26 754,31 1.068,58 1.494,74 2.437,47 4.410,10 7.490,97 10.648,88 21.307,56 1.014,07
Jan-Mar/2012 865,08 1.781,41 2.268,58 3.205,80 4.484,70 9.752,55 17.618,46 22.524,23 31.946,46 65.402,44 3.029,73
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/ CAGED.
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
39
P2 2 Salário médio mensal por faixa de remuneração - Pará.
Período Salário Médio Mensal
até 0,5
SM
0,51 a 1,0
SM
1,01 a 1,5
SM
1,51 a 2,0
SM
2,01 a 3,0
SM
3,01 a 5,0
SM
5,01 a 10,0
SM
10,01 a 15,0
SM
15,01 a 20,0
SM > 20 SM Total
2005
131,2 286,94 343,8 504,47 684,95 1045,29 1931,88 3474,37 4913,76 9998,34 467,38
2006
151,94 337,56 397,13 584,81 828,41 1233,74 2264,77 4056,72 5796,32 11447,32 518,05
2007
167,64 370,29 436,59 639,2 905,88 1369,88 2536,2 4502,21 6366,47 12887,89 569,09
2008
182,12 406,84 482 702,91 996,78 1513,28 2796,94 4930,81 7039,15 15223,55 647,23
2009
212,06 456,75 543,21 783,63 1110,47 1698,83 3085,57 5493,42 7846,41 20074,98 701,56
2010
237,81 504,23 603,8 877,49 1235,83 1903,58 3473,89 6136,38 8720,68 17523,79 758,79
2011
251,7 536,61 647,63 936,29 1313,71 2036,72 3709,99 6545,36 9351,35 17119,16 833,36
2012 Janeiro 290,33 613,99 737,79 1079,03 1492,38 4879,31 8795,41 7437,94 10856,67 18835,4 879,4
Fevereiro 292,54 614,29 733,36 1078,04 1503,78 2457,44 4380,84 7492,61 10845,29 18832,26 911,81
Março 290,22 612,69 733,59 1.079,47 1.499,60 2434,27 4402,77 7.563,90 10.458,15 19.543,97 924,93
Jan-Mar/2012 291,44 614,14 735,58 1078,53 1498,08 3668,38 6588,13 7465,27 10850,98 18833,83 895,6
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/ CAGED.
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
40
P2 3 Salário médio mensal por região de integração – Pará.
ANO
Salário Médio Mensal
Região
Metropolitana
de Belém
Região
Guamá
Região Rio
Caeté
Região
Araguaia
Região
Carajás
Região
Tocantins
Região
Baixo
Amazonas
Região
Lago de
Tucuruí
Região
Rio Capim
Região
Xingu
Região
Marajó
Região
Tapajós
2000 366,73 270,12 328,18 259,8 340,78 288,58 368,88 349,2 225,86 253,37 259,43 295,88
2001 394,28 298,67 337,65 278,71 382,88 386,05 389,86 407,8 246,74 317,27 288,81 343,02
2002 373,86 266,76 298,17 282,78 366,13 490,43 429,56 383,97 263 299,18 286,63 330,83
2003 411,49 297,11 312,31 328,21 453,18 448,81 498,71 404,81 295,79 344,23 318,23 386,83
2004 451,81 337,29 379,25 347,05 491,54 498,38 453,64 447,95 334,91 386,81 372,39 428,45
2005 481,52 366,73 379,55 390,38 554,63 561,1 496,9 488,78 382,15 430,63 395,14 443,25
2006 525,16 415,11 423,05 453,63 622,55 602,32 550,29 529,69 438,88 468,1 396,64 517,31
2007 571,28 458,21 454,65 530,14 648,81 697,8 594,55 586,56 466,86 544,62 520,51 550,16
2008 619,66 491,31 513,47 619,62 735,13 886,19 645,15 708,15 540,06 557,88 586,04 640,87
2009 692,82 547,7 591,37 663,47 820,4 778,02 716,47 766,91 591,44 632,68 645,37 651,12
2010 736,46 611,62 630,65 717,28 947,02 796,97 757,06 740,5 662,85 720,5 683,78 755,87
2011 785,66 682,62 672,32 773,72 1028,76 851,8 840,69 784,26 727,18 1111,58 712,21 883,71
2012 Janeiro 842,6 1068,61 725,27 826,45 1068,61 898,7 859,69 792,26 789,26 1149,17 827,94 918,47
Fevereiro 854,46 716,44 750,79 866,67 925,54 716,43 809,42 820,17 760,92 833,77 713,52 832,54
Março 810,18 754,84 721,72 888,37 990,41 783,75 874,86 788,34 727,28 857,50 807,46 840,51
Jan-Fev/2012 848,53 892,53 738,03 846,56 997,07 807,56 834,56 806,22 775,09 991,47 770,73 875,51
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/ CAGED.
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.