Post on 04-Jul-2015
FACULDADE ARNALDO HORÁCIO FERREIRA
DIKSON PACHECO DE SOUZAJOSAFÁ NOGUEIRA DOS SANTOS
MAICO UENDEL SOUZA C. PEREIRAMARCOS JOSE DA SILVA TEIXERA
DIFERENTES DOSES DE HERBICIDAS NO MANEJO QUIMICO DAS SOQUEIRAS
Luis Eduardo Magalhães – BA
2010
DIKSON PACHECO DE SOUZAJOSAFÁ NOGUEIRA DOS SANTOS
MAICO UENDEL SOUZA C. PEREIRAMARCOS JOSE DA SILVA TEIXERA
DIFERENTES DOSES DE HERBICIDAS NO MANEJO QUIMICO DAS SOQUEIRAS
Trabalho apresentado ao Curso de Agronomia da Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira – FAAHF, como requisito parcial para a obtenção de nota na disciplina Metodologia Científica, sob a orientação do Prof. Drª Mônica C. Martins.
Luis Eduardo Magalhães – BA
2010
1. INTRODUÇÃO.
A Bahia é o segundo maior estado produtor de algodão do Brasil, perde
somente para o Mato Grosso, sendo responsável por 95% dessa produção, o que
corresponde a 244 mil hectares na safra 2009/10 é a região oeste do estado baiano
(Programa Bicudo - ABAPA, 2010).
A região Oeste da Bahia apresenta perfil econômico predominante agrícola,
sendo que a cultura do algodão (Gossypium hirsutun) ocupa posição de destaque
devido aos valores econômicos gerados pela sua produção, proporcionado pelo uso
de alta tecnologia, garantindo uma produtividade de excelente qualidade.
Por ser uma cultura perene, foram adotadas algumas medidas fitossanitárias,
que tem como objetivo específico interromper o ciclo de pragas e doenças de alto
poder destrutivo, principalmente o bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis). A
principal prática é a destruição das soqueiras, que é obrigatória por Lei Federal e
regulamentada por portarias estaduais, e no estado da Bahia e Mato Grosso a data
limite é 31 de agosto.
A prática de destruição de soqueira para que tenha eficácia precisa ser
adotada pelo conjunto de cotonicultores de uma dada região, pois se executada de
forma isolada torna-se ineficaz. Caso alguns agricultores não executem a destruição
das soqueiras do algodão, ou o façam tardiamente, estarão propiciando a
reprodução do bicudo que infestará rapidamente, de forma prematura, os novos
cultivos de algodão de toda a região na safra seguinte.
Devido às novas tendências dos sistemas de cultivo, e às práticas
conservacionistas do solo, como o plantio direto, há a necessidade de realizar-se a
destruição química das soqueiras. Este método consiste em efetuar aplicações de
herbicidas para controle dos restos culturais do algodão, evitando o revolvimento do
solo com implementos mecânicos.
Na destruição química de soqueiras, parâmetros como dose, modo de
aplicação, teor de umidade do solo e intervalo de tempo entre a roçada e a
pulverização com herbicidas sobre a soqueira parecem ser fatores determinantes no
sucesso do controle químico de soqueiras (Fundação MT, 2001).
2. JUSTIFICATIVA.
Sabendo-se que a região Oeste da Bahia é destacada no âmbito nacional
devido ao alto potencial produtivo de grandes culturas (milho, soja e algodão), é de
extrema importância pesquisas que visem manter ou até mesmo melhorar o
desenvolvimento agrícola da região.
Com as novas tendências da agricultura, que tem como objetivo consolidar
altas produtividades com boas práticas conservacionistas do solo, como plantio
direto e rotação de cultura, há a necessidade de aprimorar o conhecimento das
técnicas que envolvem o manejo químico das soqueiras de algodão.
Ainda é possível observar situações onde os restos culturais do algodoeiro
não são completamente eliminados, vindo a multiplicar pragas e doenças, causando
prejuízos aos cotonicultores de uma região. Isso está ligado a alguns fatores
determinantes, como produtos, doses e época de aplicação.
Tendo em vista a necessidade da destruição das soqueiras do algodão para a
sustentabilidade desta cultura, é de fundamental importância estar realizando
estudos para avaliar diferentes métodos de aplicação e dosagens de produtos que
seja mais viável ao manejo dos restos culturais do algodoeiro.
3. OBJETIVO.
3.1 OBJETIVO GERAL
Gerar informações que auxiliem os produtores de algodão do Oeste da Bahia,
que pretendem adotar o Sistema de Plantio Direto (SPD) a realizarem o manejo
químico das soqueiras de algodão, diminuindo assim as possibilidades de erros, já
que os experimentos fornecerão dados preliminares sobre produtos e suas
respectivas dosagens. Entretanto é importante ressaltar que para o sucesso do
manejo químico das soqueiras deve-se levar em consideração que, além dos
produtos e dosagens, fatores como fertilidade do solo, características das cultivares,
condições climáticas e uso de tecnologia também influenciarão a prática.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Avaliar a eficiência do herbicida 2,4-D em diferentes doses para controle das
soqueiras do algodão;
Avaliar a eficiência dos herbicidas 2,4-D e Glyphosate associados em
diferentes doses para controle das soqueiras do algodão.
4. MATERIAL E MÉTODOS.
Os experimentos serão desenvolvidos na safra 2010/2011, em área
experimental do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Oeste Baiano (CPTO-
Ba), situada no Município Luís Eduardo Magalhães, Bahia, com a Cultivar BRS 286.
Os tratamentos adotados consistirão na utilização de dois (02) herbicidas
(Glyphosate – sal de isopropilamina de N, 480 gramas/litro, e 2,4-D – sal
dimetilamnina do ácido 2,4-diclorofenoxiacético, 806 gramas /litro). Aplicados
individualmente e associados, em diferentes doses, com operação de roçagem das
soqueiras a altura de 20cm de altura do solo. Será adotado o delineamento
experimental de blocos ao acaso com quatro repetições. As parcelas/blocos
experimentais serão constituídas por oito linhas de cinco metros de cumprimentos e
espaçadas a 0,76m entre linhas, equivalente a 30,4m2.
O 2,4-D (sal dimetilamina do ácido 2,4-diclorofenoxiacético) é um herbicida
hormonal do grupo do fenoxiacéticos. E o Glyphosate (sal de isopropilamina de N) é
um herbicida sistêmico não seletivo.
As aplicações serão realizadas em duas épocas, sendo a primeira 20 dias
após a colheita, e a segunda 30 dias após a primeira. Através de pulverizador costal,
com cilindro de CO2 e 4 pontas de jato-leque, sendo o volume de calda equivalente a
150L/ha. Serão testados sete (07) tratamentos, conforme descrito no Quadro 1:
Quadro 1. Descrição dos tratamentos a serem utilizados.
5. AVALIAÇÕES.
As avaliações serão realizadas 30 dias após cada aplicação. Onde serão
avaliadas a quantidade de plantas rebrotadas em cada parcela, onde procederá a
coleta das rebrotas para a determinação do peso de massa seca das rebrotas. As
rebrotas serão coletadas secadas em estufa artificial e pesadas. As duas primeiras
linhas das laterais das parcelas serão destacadas, e também um metro no sentido
linear, antes e após cada parcela, para assim evitarem-se influencias provocadas
por derivas.
6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES.
Quadro 2. Atividades a serem realizadas durante o ano de 2011.
Ano 2011
Atividades/meses J F M A M J J A S O N D
Elaboração do Projeto X X
Preparação das áreas e
materiais
X
Colheita do algodão e
Roçagem das soqueiras
X
Aplicação dos tratamentos X X
Avaliação dos resultados X X
Analise Estatística X
Tabulação dos dados X X
Entrega do Projeto X
7. ORÇAMENTO.
Quadro 3. Referente ao início do projeto de pesquisa até o termino do mesmo.
7. REFERÊNCIAS
http// www.aiba.org.br/index.php?id=regiãooesteAcessado em: 13 outubro de 2010, as 21:30h.
http// www.abapa.org.br Acessado em: 20 de outubro de 2010, as 21:30h
www. fundacaomt .com.br/ algodao Acessado em: 20 de outubro de 2010, as 22:00h
EMBRAPA AGROPECUÁRIA OESTE (Dourados, MS). Algodão: tecnologia de produção. Dourados, 2001. 296p.