Post on 19-May-2015
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Aprendendo com o Desenho Industrial:
Uma Análise de Metodologias Aplicadas ao Design de Interação
Gil Barros e Carlos Zibel Costa
Análise:Guilherme Couto
Nuno Jardim
Introdução
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Especificamente este trabalho propõe umacomparação entre as metodologias presentes naárea de desenho industrial e design de interação, e procura verificar como o design de interação pode ser aprimorado com base nesta comparação.
Etapas Sub-etapas
1. análise do problema e pesquisa1. problematização2. análise3. definição do problema
2. geração de alternativas 4. anteprojeto geração de alternativas
3. seleção de alternativas 5. avaliação, decisão, escolha
4. Realização 6. realização7. análise final da solução
Metodologia Linear
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Bonsiepe (1984)
Desenho Industrial
Guilherme Couto / Nuno Jardim
As etapas são executadas numa ordem pré-definidaSem revisõesVisão mais racionalistaPropõe um processo unidirecional de resolução de problema.
Metodologia LinearDesenho Industrial
Metodologia da Retroalimentação
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Uma evolução da metodologia linear, pois percebeu-se que eram necessárias revisões e que se retornasse a etapas anteriores, devido à descoberta de novas informações.
Bürdek (2005)
Desenho Industrial
Metodologia Espiral
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Bonsiepe (1984)
Etapas básicas que são executadas diversas vezes sempre na mesma ordem
Cada ciclo aumenta-se gradativamente a definição da solução
Cada "revolução" o projeto caminha em um eixo ortogonal ao plano circular
Desenho Industrial
Metodologia de Geração e Redução
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Bonsiepe (1984)
A sequência entre elas pode ser alterada de acordo com o problema sendo resolvido.
Um processo iterativo de geração e redução de variedade
Alguns artefatos são mais voltados para a simulação real do objeto sendo projetado enquanto outros buscam uma representação mais técnica e abstrata.
Desenho Industrial
Metodologia de Geração e Redução
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Avaliação dos Artefatos
1. “Autocomunicação" (exemplos: croquis e modelos preliminares)
2. Simulação (exemplos: renderings, mocku-ups)
3. Comunicação técnica (exemplos: desenhos deex ecução, modelos de fabricação)
Desenho Industrial
Início do Design de Interação
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Design de Interação
"Raízes nos modelos de engenharia de software e nos ciclos de vida da IHC" (PREECE; ROGERS; SHARP, 2002)
As interfaces eram projetadas para que outros profissionais utilizassemos computadores e nesta época são envolvidos nos processos profissionais da área de psicologia. Estas duas áreas, ciências exatas e psicologia, formam a base do conhecimento na área de IHC.
Apenas em meados dos anos 90 que profissionais da área do design passam a fazer parte do processo de design de interfaces computacionais de formamais consistente.
Início do Design de Interação
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Design de Interação
A etapa de design de software está preocupada em dar forma e descreveros componentes (configurar e documentar), mas não diz respeito à descoberta de necessidades do usuário ou a invenção, que devem ocorrer na etapa anterior, de requisitos de software.
Buxton (2007) traz uma citação que afirma: "… em projetos desoftware, por exemplo, a fase de design e construção são sinônimos" (NOKES et al., 2003 apud BUXTON, 2007).
Metodologia em Cascata
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Design de Interação
Na sua origem é umametodologia linear, com etapas bem definidas,onde cada etapa precisa estar completa antes de se passar para a etapa seguinte.
Retroalimentações noprocesso, mas não existe a idéia cíclica de diversas interações de desenvolvimento
Preece, Rogers e Sharp (2002)
Metodologia em Espiral
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Design de Interação
Diversas etapas executadas de maneira cíclica, aumentando o nível de definição a cada revolução.
Avaliar o produto ao longo do seu desenvolvimento, e nãoapenas no final do processo.
Metodologia em Estrela
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Design de Interação
As etapas são definidas,mas não o ordenamento entre elas, e a avaliaçãotem uma importância muito grande.
É possível passar de uma etapa para qualquer outra, desde que passando antes por uma etapa de avaliação
Metodologia de Engenharia de Usabilidade
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Design de Interação
Composto de três grandes etapas, sendo que a etapa intermediária (projeto/teste/desenvolvimento) é a maiscomplexa, subdividida em três níveis aumentando o nível de definição do projeto.
Estrutura de retroalimentação, mas que propõe um mecanismo de validação na sua etapaintermediária.
Processo apresentado por Moggridge
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Design de Interação
Composta por dez etapas, organizadas de maneira cíclica edividida em três grandes grupos: compreensão, geração e seleção.
"modelo fliperama" onde o designer (ou equipe) alterna rapidamente entre as etapas emuma sequência que pode parecer desordenada, mas na verdade é guiada pelo julgamento do designer.
Avaliação de Artefatos
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Avaliação dos Artefatos
Menos estruturados: (sketches)
2. Simulação (exemplos: renderings, mocku-ups)
Mais estruturados: (protótipos)
Design de Interação
Avaliação dos Artefatos
Não difere sketches de protótipos
Preece, Rogers e Sharp (2002)
Buxton (2007)
Pressupostos e conhecimento explícito
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Desenho Industrial IHC
"A metodologia apresenta fases nunca sejam exatamente separáveis no caso real. Elas se entrelaçam umas às outras, com avanços e retrocessos." (LÖBACH, 2001)
A presença de um pensamento mais espontâneo e intuitivo é aceita como uma das etapas no processo de design.
Metodologias apresentadas nafase IHC do design de interação tem um caráter muito mais prescritivo de sequência a ser seguida e respeitada.
Sempre um caminho explícito e racional, não existe espaço para o conhecimento tácito, implícito.
Conclusões
Conclusão A aparente semelhança entre as metodologias apresentadas não se verifica na prática, pois os pressupostos que as orientam são distintos.
Modelos e protótipos
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Desenho Industrial IHC
Taxonomia que define claramente três tipos de modelos, os de "autocomunicação" os de simulação e os de comunicação técnica.
Existe uma indefinição muito maior. Existem objetivos distintos entre um esboço (mais ligados à "autocomunicação") e protótipos (simulação), mas não deixa clara esta diferença. Além disto, não menciona os artefatos de comunicação técnica.
Conclusões
Conclusão Este tipo de generalização presente no IHC não parece interessante, pois é útil para um especialista da área ter um nome melhor definido para artefatos tão diferentes quanto um desenho rápido de rascunho e um modelo funcional implementado em software.
Considerações Finais
Guilherme Couto / Nuno Jardim
Conclusões
Em termos de metodologias quanto de artefatos o design de interação está se aproximando cada vez mais das práticas tradicionais de design.
Enquanto que a fase IHC do design de interação tinha pressupostos e práticas mais ligados à engenharia, atualmente estes modelos são mais semelhantes ao que encontramos tradicionalmente nas disciplinas de design .
As metodologias de design de interação podem ser aprimoradas tendo como modelo as metodologias do desenho industrial, principalmente observando os seus pressupostos e seus artefatos;
Seria interessante uma melhor classificação dos artefatos utilizados no design de interação, como existe no desenho industrial;
Tendo suas origens na engenharia, atualmente o design de interação migrou desta área para se tornar uma disciplina de design, e está cada vez mais próximo de disciplinas desta área, como o desenho industrial.
Bibliografia
Guilherme Couto / Nuno Jardim
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