Post on 24-Oct-2015
A qualidade da uva determina o vinho e o solo tem grande influência na
qualidade da uva. As condições ideais para o cultivo da uva exige clima seco
com temperatura em torno de 22ºC, adaptando-se bem a diversos tipos de
solo, exceto solos húmidos e mal drenados.
Porém o solo deve ser rico em matéria orgânica.
A videira tem necessidades nutritivas baixas dado que é compatível com solos
de fertilidade baixa. Tal como outras plantas, necessita principalmente de três
elementos: azoto, potássio e fósforo em quantidades baixas ou moderadas e
quantidades residuais de magnésio, manganês (ou manganésio), ferro, zinco,
cobre e boro...
As suas necessidades em água são também diminutas e é comum referir-se que
em termos de qualidade máxima um moderado stress hídrico é aconselhável na
fase de maturação.
Quando o solo dá à videira a quantidade certa de água e nutrientes, a planta
desenvolverá um crescimento vegetativo com folhas de tamanho médio ou
pequeno e frutos bem expostos e arejados de bago pequeno com uma relação
alta entre película e polpa.
Caso a videira disponha de muito alimento, em particular de azoto ou potássio,
num solo mal drenado ou com dotações altas de rega, irá então desenvolver um
vigor vegetativo exuberante com frutos de bago gordo mal expostos e mais
sujeitos ao ataque de fungos e bactérias. O vinho produzido será de fraca ou
apenas aceitável qualidade.
Características para um solo adequado à produção de uvas para o Características para um solo adequado à produção de uvas para o
fabrico do vinho de qualidade.fabrico do vinho de qualidade.
• Solo moderadamente profundo ou profundo ou sobre um extracto de rocha -
mãe “podre” que permita o avanço das raízes e o seu abastecimento moderado
em água.
• De textura fina de preferência com calhaus numerosos tanto no perfil como à
superfície.
• Com drenagem natural e fácil.
• Com suficiente matéria orgânica que satisfaça as necessidades básicas da
planta e promova uma intensa e saudável fauna subterrânea.
• Em regra um solo pouco fértil que forneça apenas os minerais suficientes para
um crescimento saudável e pouco vigoroso da videira.
Principais Ciclos da videira:Principais Ciclos da videira:
Período de repouso (Maio a Julho)
Ocorre a hibernação da videira. Perde as folhas, entrando em latência. Nessa época, faz-se a
poda seca, que consiste no corte de galhos e o resto dos ramos são amarrados.
Período de Crescimento (Agosto a Dezembro)
Faz-se a poda verde, que consiste na retirada de folhas em excesso que impedem que a
luminosidade penetre na vinha. Ocorre o brotamento das folhas, floração e produção de
seiva. Nesta época são realizados tratamentos Fitossanitários para combater pragas e
fungos favorecidos pelo alto teor de humidade.
Período de elaboração (Dezembro a Março)
Ocorre o amadurecimento dos frutos, seguido da queda das folhas. É a época da vindima.
Espécie de uva- A espécie de uva utilizada é o fator principal para a definição do sabor do
vinho.
- Quanto menor o tamanho da fruta, mais ela concentra o sabor.
- A casca concentra a maior parte do aroma e sabor, a identificar a espécie
de uva.
- A estrutura e tamanho são fundamentais. Uvas de casca fina são
predestinadas ao fino apodrecimento e por isso servem à produção de vinhos
doces.
Uva de casca dura e grossa dá origem a vinho de cor intensiva.
A quantidade de frutose determina o teor alcoólico do vinho e a
quantidade de resíduo de açúcar.
O equilíbrio do vinho depende da acidez e do açúcar nele contido.
Localização
A localização da vinha é determinante para responder a dúvida
quanto às condições climáticas.
A maioria das vinhas no mundo está localizada entre o 30° e o 50°
de latitude.
A temperatura média fica entre 10˚C e 20˚C.
Os melhores vinhos do mundo originam-se da costa oeste. onde
Florestas e montanhas protegem as vinhas do vento e da chuva.
Ainda na localização ideal, alguns fatores são responsáveis por
efeitos negativos e outros por positivos, como a humidade que pode
gerar o apodrecimento da uva e tornar-se o fator de excelência para
a produção do vinho.
Clima e Tempo
- O clima e o tempo são os fatores mais importantes para o
crescimento das parreiras.
- As condições do clima são dadas pela localização
geográfica, já o tempo é o resultado concreto dessas
condições.
- Para crescer, as plantas necessitam de calor, sol, chuva e
frio. Sol
A luz do sol é necessária para a fotossíntese. Cerca de 1300 horas de sol por
período de vegetação é o mínimo para o crescimento das vinhas.
Chuva
Uma parreira precisa de cerca de 680mm de chuva por ano, sendo que as
estações ideais são a primavera e o inverno. Chuvas no verão são
geralmente desvantajosas se comparadas com as chuvas em períodos de
temperaturas baixas. Chuvas fortes estragam as uvas e tornam a planta
propícia para a formação de fungos.
Frio
Talvez seja surpreendente, mas as temperaturas negativas de inverno são
positivas, pois a madeira endurece durante a geada e torna-se forte em
relação às pragas.
Topografia
A área das vinhas depende da altura, nível, hemisfério, direção e
inclinação da montanha.
-Em regiões quentes, as vinhas concentram-se no norte.
-A inclinação é importante porque permite maior incidência do sol, além
da vantagem de contar com o curso natural da água para as vinhas.
-Quanto maior a altura, menor a temperatura média, que baixa cerca de
1˚C a cada 100m. Isso aumenta o período de amadurecimento e a
acidez.
-Rios e lagos refletem a luz do sol, concentram calor e temperam as
variações de temperatura.
Solo
O solo ideal para a viticultura possui uma superfície relativamente fina e um
subsolo macio, que absorve bem a água. Solos quentes como os de cascalho,
areia e barro aumentam o amadurecimento. Solos frios como os argilosos
retardam o amadurecimento. O Hidrogénio e oxigénio presentes na água,
nitrogénio, potássio, ferro e cálcio são os elementos importantes para o solo.
Safra
Uma boa colheita depende do clima. Condições climáticas concretas e rápidas
podem causar a perda da colheita ou originar um vinho perfeito.
Viticultor e Produtor
Diferentes produtores podem utilizar o mesmo procedimento e, a partir da
mesma safra e produzir vinhos diferentes.
A pessoa é o fator principal a determinar a qualidade e o sabor do vinho.
Viticultura
Os diferentes métodos de cultivo do vinho influenciam na qualidade do
vinho.
Uma regra fundamental é que os brotos (rebentos) da parreira não toquem
no chão, senão nascerão deles novas mudas.
As parreiras são mantidas em forma de pinha ou em cachos, que são
tratamentos diferenciados das vinhas em centenas de variações, os quais
possuem vantagens e desvantagens.
A fermentação alcoólica O principal processo que transforma o mosto em vinho é a fermentação alcoólica:
É a transformação de açúcares (glicose e frutose), o conteúdo das uvas em álcool etílico e dióxido de carbono.
Este processo também produz gás dióxido de carbono, fazendo com que o borbulhar de ebulição, e o
aroma característico da fermentação do mosto Cuba.
Quem faz esse processo? Fermentação Alcoólica
As leveduras e algumas bactérias fermentam açucares, produzindo álcool etílico e dióxido de carbona (CO2), processo denominado fermentação
alcoólica.
Na fermentação alcoólica, as duas moléculas de ácido pirúvico produzidas são convertidas em álcool etílico (também chamado de etanol), com a
liberação de duas moléculas de CO2 e a formação de duas moléculas de ATP.
A fermentação alcoólica é um processo biológico pode ser realizado sem a presença de oxigénio é considerado um processo anaeróbico.
O que determina quais substâncias serão produzidas depende do tipo de
micro-organismos e o meio onde vivem.
As leveduras de cervejaria e padaria e em todos os outros organismos que
promovem a fermentação alcoólica, incluindo algumas plantas, fermentam a
glicose em etanol e CO2, de forma que, neste processo, toda massa de glicose
está contida nos produtos e não é utilizada outra substância como "matéria prima"
(como oxigénio, nitrato, íons ferricos, etc).
Esse tipo de fermentação é realizado por diversos microorganismos,
destacando-se os chamados “fungos de cerveja”, da
espécie Saccharomyces cerevisiae.
O homem utiliza os dois produtos dessa fermentação: o álcool
etílico empregado há milénios na fabricação de bebidas alcoólicas (vinhos,
cervejas, cachaças etc.), e o dióxido de carbono importante na fabricação do
pão, um dos mais tradicionais alimentos da humanidade. Mais recentemente
tem-se utilizado esses fungos para a produção industrial de álcool
combustível.
Processos de Vinificação
Podemos identificar três diferentes processos de vinificação:
Curtimenta; Meia Curtimenta e Bica-aberta.
Curtimenta: quando o mosto e as partes sólidas de uva se mantem durante uma fermentação.Este processo produz vinhos corados, encorpados, ricos em extracto seco e taninosos.
Meia-curtimenta: quando as partes sólidas são retirados durante a fermentação. Por este processo obtêm-se vinhos leves e aromáticos.
Bica-aberta: um vinho é feito de bica-aberta quando se faz a separação das partes sólidas antes de iniciar a fermentação.
Isto é se o vinho é produzido através do método de “bica aberta”, a fermentação é realizada com uvas sem pele e levemente esmagadas.
Assim são feitos os vinhos brancos e rosés.
O cacho de uvas
Um cacho de uvas é constituído por duas partes:
- o engaço, que lhe confere a sua estrutura típica,
-os frutos, a que chamamos bagos.
Estes ligam-se à ramificação maior (a ráquis) do engaço por meio de
ramificações mais curtas, os pedicelos.
O formato do cacho depende da forma inicial da inflorescência e das
dimensões dos bagos, bem como do seu número.
Já a compacidade do cacho, ou seja, a sua densidade, depende da dimensão e
do número das diferentes ramificações, assim como da quantidade de bagos.
A Forma do Cacho
O cacho de uvas pode ter várias formas, tais como: •piramidal,
•cónico, •cilíndrico ,
•Alado.
A forma do Bago
A forma, a cor e o tamanho dos bagos são características que
dependem, essencialmente, da casta, embora a cor também dependa do
estado de maturação (inicialmente, são verdes).
A forma é variável, podendo ir do achatado ao arqueado, passando pelo
obovoide.
Época da poda
A época depende de vários fatores, entre os quais o tamanho da vinha, topografia do terreno (riscos de geadas tardias), disponibilidade de mão-de-obra qualificada, concorrência com outras atividades na propriedade, humidade do solo e objetivos da produção (indústria, mesa).
A poda é feita durante o período de repouso da videira, isto é, desde a queda das folhas até pouco antes do início da brotação
. As podas excessivamente precoces ou demasiadamente tardias são debilitantes para a videira e retardam a brotação.
Sistemas de poda
Há grande variabilidade de sistemas de poda, em função do clima,
solo e porta-enxerto.
Mas, podem ser agrupados em;
poda curta (cordão esporonado);
mista (vara e esporão).
A poda é considerada curta quando o esporão tem até três gemas
francas, e mistas quando permanecem esporões e varas na mesma
planta.
A poda é uma operação que consiste no corte de
algumas varas da videira.
Existem dois tipos de poda: a de Inverno, realizada
quando a videira não tem folhas e a de Verão que
decorre quando a videira está em actividade.
A poda de Inverno é a principal forma de controlar a
produção da videira e a poda de Verão (ou em verde)
serve essencialmente para cortar as partes herbáceas
que encobrem os cachos da videira.
A poda é essencial para que a varas não cresçam em
demasia e evitam que estas fiquem muito finas.
Sem a poda a produção da videira gerava cachos de bagos
pequenos, pouco sumarentos e que amadureciam de forma
irregular.
Deste modo, o principal objectivo da poda é permitir uma
produção regular e de qualidade, além de coordenar a
função vegetativa da videira (crescimento das varas) com
a função produtiva (produção de uvas).
Qualquer corte na videira deve ser bem rente, liso e
inclinado para facilitar o processo de cicatrização.
O diâmetro dos ramos cortados não deve ser muito alargado,
pois a cicatrização é mais rápida quanto menor for o diâmetro
do ramo cortado.
Nas varas os cortes devem executar-se com uma tesoura de
poda e a um centímetro acima do gomo.
Os ramos mais grossos devem ser cortados com um serrote
e posteriormente alisados com uma navalha.
A poda de formação serve para alterar a forma da planta, para que esta se
adapte melhor ao sistema de condução.
Na poda do primeiro ano a planta fica com uma vara a dois olhos, a partir dos
quais nascerão duas varas vigorosas. Se as varas não tiverem vigor suficiente,
a vara deverá ser novamente podada a dois olhos.
A poda em cordão é uma das opções mais vantajosas em sistemas de
condução com arame.
Além disso, facilita os trabalhos e tratamentos da vinha.
A planta pode ser podada em cordão horizontal, ou seja, o tronco
encontra-se na vertical e partir dele o braço da videira dispõe-se na
horizontal. Esta poda designa-se de cordão unilateral, contudo existem
algumas variações: cordão bilateral (dois braços da videira que são
distribuídos em oposto) ou cordão sobrepostos (onde os braços são
distribuídos em várias “camadas” sobrepostas).
A poda em taça é mais comum em vinhas cultivadas em
regiões muito quentes e indicado para sistemas de poda
curta.
Este tipo de poda é caracterizado por apresentar braços da videira
divergentes e distribuídos regularmente de forma inclinada para fora,
originando uma abertura no interior da planta.
Para a formação da poda em taça é necessário uma nova cepa com dois
sarmentos que serão podados a dois talões de dois olhos cada um, de
onde surgirão quatro sarmentos que posteriormente serão podados a dois
olhos cada, eliminando algum que se desenvolva para o interior da taça.
Neste tipo de poda deixa-se um talão (segmento com dois olhos,
normalmente) e uma vara longa onde irão crescer os sarmentos
frutíferos.
Esta poda é importante para a fortificação e manutenção da planta, uma
vez que contribui para uma frutificação abundante na vara e fornece
outras varas vigorosas sem alterar o processo de desenvolvimento da
planta.
O conceito Denominação de Origem é atribuído a vinhos que,
pelas suas características, estão intimamente associados a uma
determinada região:
têm origem e produção nessa região;
possuem qualidade ou características inerentes ao meio geográfico
(factores naturais e humanos).
estes vinhos são submetidos a um elevado controlo em todas as
etapas de elaboração.
As comissões vitivinícolas regionais examinam os processos de
elaboração e produção do vinho, de modo a preservar a qualidade e as
suas características únicas.
VQPRD significa Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada.
Existem também as terminologias VLQPRD (Vinho Licoroso de Qualidade
Produzido em Região Determinada),VEQPRD (Vinho Espumante de
Qualidade Produzido em Região Determinada) e VFQPRD (Vinho Frisante
de Qualidade Produzido em Região Determinada). A designação VQPRD
abrange os vinhos classificados como DOC e IPR.
DOC (Denominação de Origem Controlada): Vinhos provenientes das
regiões produtoras mais antigas e, por isso, sujeitos a legislação própria
(características dos solos, castas, vinificação, engarrafamento).
IPR (Indicação de Proveniência Regulamentada): Vinhos de regiões que,
dentro de um prazo mínimo de 5 anos, têm de cumprir as regras de
produção dos vinhos de qualidade, para serem classificadas como DOC.
Vinhos que possuem indicação geográfica.
Por vezes são produzidos em regiões DOC, mas
como não respeitam alguma regra de produção ou
elaboração não são catalogados como tal.
No vinho regional é admitido incluir 15% de vinho
proveniente de outras regiões, utilizar castas e tipos
de garrafas não autorizadas nos vinhos DOC ou
encurtar os tempos de estágio.
Para denominar os vinhos regionais utiliza-se a
região de onde estes provêm: “Minho”; “Trás-os-Montes” com a sub-região “Terras
Durienses”; “Beiras” com as sub-regiões “Beira Alta”, “Beira Litoral” e “Terras de Sicó”; “Tejo”;
“Estremadura” com a sub-região “Alta Estremadura” e "Estremadura", “Terras do Sado”, “Alentejano” e
“Algarve”.
Vinhos elaborados a partir de selecções ou lotes (mistura de duas ou
mais castas) de vinhos de várias regiões.
Podem ter indicação geográfica, desde que não exista possibilidade
de confusão com um VQPRD (Vinho de Qualidade Produzido em
Região Determinada).
Vinho é um produto obtido a partir da fermentação alcoólica total
ou parcial de uvas frescas (pisadas ou não) ou do mosto de uvas
frescas. É obrigatório que a sua graduação alcoólica seja superior a
8,5%.
O vinho tranquilo é todo aquele que não contém gás, ao
contrário dos vinhos espumantes e frisantes (como
alguns Vinho Verdes) que possuem desprendimento de
gás. São normalmente tintos ou brancos, mas existe
também a versão rosé.
- Os vinhos brancos tranquilos são feitos a partir da
fermentação de uvas sem pele.
- Há alguns brancos que são elaborados a partir do
processo de maceração pelicular, ou seja, as peles das
uvas mantêm-se em contacto com o mosto antes da
fermentação para uma maior concentração aromática.
- As castas utilizadas não precisam de ser apenas
brancas: há vinhos brancos que utilizam castas tintas.
Estes vinhos têm aspecto límpido e cor amarela bastante
clara ou um pouco mais escura, a lembrar o amarelo da
palha. São bastante suaves e aromáticos (predominam
os odores a flores e frutos).
- Os vinhos tintos tranquilos são produzidos a partir
da fermentação de uvas tintas. A gama de cores
no vinho tinto vai desde o vermelho rubi até ao
vermelho mais escuro.
- Os tintos jovens são suaves, bastante aromáticos
e geralmente têm um sabor delicado.
- Os tintos mais envelhecidos têm um aroma muito
intenso e na boca apresentam uma textura macia
(diz-se que são aveludados) e um elevado teor
alcoólico (são encorpados).
- Os vinhos rosés são elaborados a partir de castas tintas
e através de um processo especial de fermentação. Após
um curto período de tempo retiram-se as peles das uvas,
pois já foi transferida alguma coloração rosada ao vinho.
Depois segue-se um processo de fermentação
semelhante ao do vinho branco (fermentação sem peles).
-Em Portugal é permitido fazer rosé a partir da mistura
de vinhos brancos e tintos.
-Os rosés podem adquirir diferentes tonalidades: desde o
rosa pálido ao vermelho claro.
-O seu sabor resulta do equilíbrio entre as
características do vinho branco (a leveza e suavidade)
e do vinho tinto (sobressaem aromas a frutos,
especialmente os vermelhos).
A designação de vinho verde refere-se ao vinho
produzido especificamente na região vitivinícola dos
Vinhos Verdes, que engloba a zona tradicionalmente
conhecida por Entre Douro e Minho. O vinho maduro é
todo o que é produzido fora desta região.
Tecnicamente “vinho verde” é uma região e não um tipo
de vinho.
No fundo permite dar destaque à especificidade dos vinhos verdes face
a todos os outros: os verdes são vinhos mais leves, frescos e,
geralmente, menos alcoólicos.
Os vinhos generosos ou licorosos resultam da adição de álcool (álcool
puro, aguardente ou brandy) durante o processo de fermentação, de
modo a suspender o processo de transformação dos açúcares em
álcool.
Deste modo, o vinho fica mais doce e alcoólico do que qualquer vinho
de mesa.
Em Portugal, a produção de generosos corresponde ao Vinho do Porto,
Madeira e Moscatel.
No vinho do Porto há uma enorme variedade de cores, uma vez que este vinho é obtido a partir de castas brancas e tintas. Assim, as cores dos tintos podem variar entre o tinto escuro e claro e as cores dos brancos variam entre o
branco pálido e o dourado.
Ao nível da doçura, os vinhos do Porto podem classificar-se em:
-muito doce, -doce,
-meio seco, -extra seco
dependendo do momento em que se interrompe a fermentação
Segundo o tipo de envelhecimento podem ser:
-vintage (se forem provenientes de uma única colheita de qualidade reconhecida e engarrafados entre 24 e 36 meses após a vindima);
-tawny (envelhecimento em casco, por oxidação);-ruby (vinhos novos com pouca ou nenhuma oxidação).
O vinho da Madeira varia em grau de doçura e graduação alcoólica de acordo com a casta utilizada na sua produção:
os vinhos da casta Sercial são secos, perfumados e de cor clara.
a casta Verdelho origina um vinho meio seco, delicado e de cor dourada;
os vinhos da casta Boal têm cor dourada escura e uma textura mais suave;
a casta Malvasia produz a variante doce dos Madeira: um vinho com perfume intenso e de cor vermelha acastanhada.
O Moscatel mais famoso é o produzido na zona de Setúbal,
obtido a partir das castas Moscatel e Moscatel Roxo.
O vinho Moscatel tem cor dourada e a nível aromático distinguem-
se odores florais e frutados (laranja e tâmaras).
Na região do Douro, particularmente na região de Favaios e Alijó,
o Moscatel é produzido a partir da casta Moscatel Galego.
Os vinhos espumantes distinguem-se pela presença de
dióxido de carbono proveniente da fermentação secundária, que lhes
atribui a típica “bolha” e espuma.
Normalmente os vinhos espumantes têm a sua fase final de fermentação
em garrafa (método clássico ou champanhês).
Existe ainda o método contínuo onde a fermentação se efectua através
da passagem do vinho por diferentes tanques (onde o vinho fermenta e
envelhece) e o método charmat onde a fermentação se realiza numa
cuba fechada.
Portugal produz espumante nas variantes branco, tinto e rosé.
Classificação dosVinhos Portugueses
• Vinho de Mesa
• Vinho Regional
• VQPRD:
• I.P.R. (7)
• D.O.C. (26)
Vinho Regional
10 Regiões:• Minho• Trás-os-Montes• Beiras• Tejo• Lisboa• Alentejano• Península de Setúbal• Algarve• Madeira•Açores
7 Áreas:• Chaves• Valpaços• Planalto Mirandês• Lafões• Biscoitos• Pico• Graciosa
IPRIndicação de Proveniência Regulamentada
D.O.C.Denominação de Origem Controlada
26 Denominações:• Vinho Verde• Douro / Porto (desde 1756)• Bairrada• Dão• Óbidos• Alenquer• Bucelas• Tejo• Setúbal• Palmela• Alentejo• Madeira•DOC Madeirense,e outros...
Regiões:
• Minho – 14% da produção (Braga)• Trás- os – Montes – 28% (Vila Real)• Beiras (Bairrada/Dão 24%(Coimbra) • Tejo - 9% (Santarém)• Lisboa – 13% (Óbidos)• Terra do Sado – 4% (P. de Setúlbal)• Alentejo - 7% (Évora)• Algarve – 1% (Faro)
Origem ancestral das castas (variedades) autóctones portuguesas
FeníciosFeníciosGregosGregos
CartaginesesCartagineses
Romanos Romanos
FrancesesFranceses
ÁrabesÁrabes
AlvarinhoAlvarinhoAlvarinhoAlvarinho Arinto Arinto Arinto Arinto BicalBicalBicalBical EncruzadoEncruzadoEncruzadoEncruzadoFernão PiresFernão PiresFernão PiresFernão Pires
Castas brancas autóctones portuguesas (alguns exemplos)
Touriga Touriga NacionalNacionalTouriga Touriga NacionalNacional TrincadeiraTrincadeiraTrincadeiraTrincadeiraAragonezAragonezAragonezAragonez CastelãoCastelãoCastelãoCastelãoBagaBagaBagaBaga
Castas tintas autóctones portuguesas (alguns exemplos)
A Vinha
•Grande diversidade de castas existente em Portugal (> 400)
•Introdução de diferentes variedades através da bacia Mediterrânea
•Domesticação de vinhas selvagens
• Cruzamentos e selecção
A origem da castas portuguesas ainda é incerta
A Vinha O fluxo genético devido à introdução de plantas não foi suficiente para homogenizar geneticamente as castas cultivadas nas diferentes regiões.
A domesticação de vinhas selvagens locais e/ou cruzamentos entre estas com castas introduzidas predominaram sobre a adopção das variedades ntroduzidas.
Portugal é devido às suas condições edafo-climáticas um país vitícola por excelência
A VinhaA Vinha
Nos Açores a produção de vinha assume especial importância nas
ilhas Pico, Terceira e Graciosa.
ALCÁCER DO SAL N=22CASTELO BRANCO N=13GUADIANA N=16MONTEMOR-O-NOVO N=6VALVERDE N=3 P1
P2
VIDEIRAS CULTIVADAS: 94 denominações
VIDEIRAS SELVAGENS: 5 populações
A Vinha A Vinha
Com origem no latim, o nome "Casta" significa "pura isto é
sem mistura".
Enologicamente podemos dizer que "Castas" é um conjunto de
videiras, cujas características morfológicas e qualidades
particulares transmitem ao vinho um carácter único, constituindo
assim uma variedade singular com componentes organolépticas
especificas.
A casta Alvarinho é uma das mais notáveis castas brancas portuguesas.
É uma casta muito antiga e de baixa produção que é sobretudo plantada
na zona de Monção e Melgaço (região dos Vinhos Verdes).
Pode adquirir duas formas distintas: cacho pequeno, pouco compacto e
bagos pequenos e dourados ou cacho médio e de bagos maiores que
permanecem esverdeados quando maduros.
Esta casta é responsável pelo sucesso dos primeiros vinhos portugueses
"monovarietais" (uma só casta), pois em Portugal os vinhos de lote (mistura
de várias castas) são mais comuns.
A casta Alvarinho produz vinhos bastante aromáticos e que atingem
graduações alcoólicas elevadas conservando uma acidez muito
equilibrada.
A casta Antão Vaz é umas das castas mais importantes da zona do
Alentejo.
É bastante resistente à seca e às doenças.
Apresenta cachos de tamanho médio com bagos pequenos e uniformes que
são de cor verde amarelada e que no fim da maturação passam a ser de cor
amarela.
Os vinhos produzidos por esta casta são bastante aromáticos (predominam
os aromas a frutos tropicais) e têm, geralmente, cor citrina.
ARINTO
Sinonímias: Pedernã
A Arinto é uma casta muito versátil, por isso é cultivada em quase todas as regiões vinícolas. Na região dos Vinhos Verdes é conhecida por Pedernã.
O cacho da casta Arinto é grande, compacto e composto por bagos pequenos ou médios de cor amarelada. Esta casta é frequentemente utilizada na produção de vinhos de lote (mais do que uma casta) e também de vinho espumante.
Avesso
A casta Avesso é cultivada na região dos Vinhos Verdes, contudo a sua
plantação concentra-se próxima da região do Douro, especificamente nas
sub-regiões de Baião, Resende e Cinfães.
Encontram-se as condições favoráveis para se desenvolver, uma vez que
prefere solos mais secos e menos férteis do que aqueles que habitualmente
existem em outras zonas da região dos Vinhos Verdes.
Os cachos da casta Avesso são de tamanho médio e os seus bagos são
grandes e verde-amarelados.
Esta casta origina vinhos aromáticos, bastante saborosos e harmoniosos.
Azal
A casta Azal Branco é uma casta de qualidade cultivada na região dos
Vinhos Verdes, principalmente nas sub-regiões de Penafiel, Amarante e Basto.
Os cachos da Azal Branco são de tamanho médio e constituídos por bagos
grandes de disposição compacta.
É uma casta muito produtiva, de maturação tardia e os seus bagos
apresentam uma cor esverdeada mesmo no final de maturação. Os vinhos que
possuem a casta Azal Branco na sua composição apresentam aromas frutados
pouco intensos.
Bical
Sinonímias: Borrado das Moscas
A casta Bical é típica da região das Beiras,
nomeadamente da zona da Bairrada e do Dão (onde
se denomina "Borrado das Moscas", devido às
pequenas manchas castanhas que surgem nos bagos
maduros).
Cercial
Sinonímias: Cerceal; Sercial; Esgana Cão
A casta Cercial é cultivada em diferentes regiões vitícolas.
De acordo com a região pode adoptar diferentes grafias e apresentar
características ligeiramente diferentes.
Chardonnay
A casta Chardonnay encontra-se é vinificada em
praticamente todo o mundo vinícola.
Estas uvas de películas verdes são usadas para
produzir vinho branco.
O mosto resultante desta casta adquire muitas das
características do "terroir" onde é plantada e do tipo de
maturação a que é sujeito.
É também uma casta muito utilizada em vinhos
espumosos incluindo o Champagne.
É uma das castas mais plantadas a nível mundial.
Códega do Larinho
Casta de produtividade média, sensível ao míldio e pouco
sensível ao oídio.
Os cachos são grandes e compactos, com bago de tamanho
médio, arredondado, de cor amarelada, com película
medianamente espessa, polpa suculenta e de sabor particular.
É uma casta de maturação média, os mostos possuem um
potencial alcoólico médio e uma acidez baixa.
Produz vinhos de cor citrina com aromas bastante
complexos, frutado intenso (frutos tropicais) e floral.
Encruzado
O cultivo da casta Encruzado é praticamente exclusivo da
zona do Dão, sendo provavelmente a melhor casta branca
plantada na região.
A casta Encruzado tem uma boa produção e é bastante
equilibrada em açúcar e acidez.
É muito sensível à podridão e a condições climatéricas
desfavoráveis (chuva e vento).
Fernão Pires
Sinonímias: Maria Gomes
A Fernão Pires é uma das castas brancas mais
plantadas em Portugal. É mais cultivada nas zonas
do centro e sul, especialmente na zona da Bairrada
(onde é conhecida por Maria Gomes), Estremadura,
Ribatejo e Setúbal.
Gouveio
A casta Gouveio é cultivada na região do Douro, onde
é também conhecida por Verdelho, por isso é muitas
vezes confundida com a casta Verdelho cultivada nos
Açores e Madeira.
É uma casta com bom amadurecimento e de boa
produção.
Apresenta cachos médios e compactos que produzem
uvas pequenas de cor verde-amarelada.
Os vinhos produzidos com Gouveio apresentam um
excelente equilíbrio entre acidez e açúcar,
caracterizando-se pela sua elevada graduação, boa
estrutura e aromas intensos.
Loureiro
A casta Loureiro existe em quase toda a região dos
Vinhos Verdes, mas é originária do vale do rio Lima.
É uma casta muito produtiva e fértil, mas só
recentemente foi considerada uma casta nobre.
Os cachos são grandes e não muito compactos,
enquanto os bagos são médios e de cor amarelada ou
esverdeada.
A casta Loureiro produz vinhos de elevada acidez e
com aromas florais e frutados muito acentuados.
Malvasia Fina
Sinonímias: Arinto Galego; Assario Branco; Boal
A Malvasina Fina é essencialmente plantada no interior do norte de Portugal, na região do Douro e na sub-região
Távora-Varosa. Contudo, é também cultivada na zona de Portalegre (onde
se denomina Arinto Galego), Dão (onde é conhecida por Assario Branco) e na Madeira (onde adquire o nome de
Boal).Marsanne
Marsanne é uma variedade de uva branca, bastante produtiva e vigorosa.
Produz vinhos de cor amarelo pálido quase esverdeado, com acidez moderada.
A sua mineralidade (quer no nariz quer na boca) e o seu baixo grau alcool, tornam-na numa casta de lote ideal.
Historicamente tem sido lotada com a casta Roussanne, baixando a viscosidade e acidez desta e imprimindo-lhe um
paladar mais complexo
Moscatel
A casta Moscatel é originária do Médio Oriente e terá sido introduzida em terras nacionais na época
do Império Romano. Sofreu muitas transformações ao longo dos
séculos e hoje, existem três variedades da casta Moscatel em Portugal.
A variedade Moscatel de Setúbal é a mais plantada em Portugal, e a sua produção concentra-
se na Península de Setúbal, cujo clima ameno permite a maturação ideal dos bagos.
Rabo de Ovelha
Sinonímias: Rabigato
A casta Rabo de Ovelha é cultivada na região do Douro, especialmente na zona do Douro
Superior. É plantada em pequenas quantidades na região
dos Vinhos Verdes sob o nome de Rabigato e nas zonas vitícolas do sul do país (Estremadura,
Ribatejo e Alentejo) onde é mais divulgada.
RoussanneEmbora niguém tenha a certeza absoluta da origem desta casta, o mais provavél é que seja nativa do vale do Rhône onde é usada tradicionalmente como uma casta
de lote.Roussanne é uma variedade de uva branca cultivada em França (Vale do
Rhône, Sabóia), na Itália, Austrália e na Califórnia. Produz vinhos de guarda muito
finos.
Sauvignon BlancDe película verde, a uva Sauvignon é originária da região de Bordeaux, em
França. É hoje plantada em muitas das regiões vinícolas mundiais, produzindo
vinhos monovarietais atrevidos e frescos. Esta casta é também muito utilizada em
vinhos de sobremesa como os Sauternes.Dependendo do clima, o sabor pode variar
de um vegetal agressivo a um tropical adocicad
SíriaSinonímias: Alvadurão; Côdega; Crato
Branco; RoupeiroA casta Síria é cultivada nas regiões do
interior de Portugal. Já foi a casta branca mais plantada na região alentejana, onde é denominada Roupeiro, contudo, verificou-
se que as temperaturas demasiado elevadas do Alentejo não eram benéficas
para esta casta: os vinhos não tinham frescura, boa acidez e perdiam os aromas
rapidamente.
TerrantezSinonímias: Folgasão; Donzelinho Branco
A casta Terrantez é originária do Dão, onde é conhecida como Folgasão. É
também cultivada nos Açores, nomeadamente na zona do Pico e
Biscoitos e na Madeira, onde é considerada uma casta nobre para a
produção de vinho generoso.
TrajaduraA casta Trajadura é oriunda da região dos Vinhos Verdes, particularmente da sub-região de Monção,
apesar de ter alguma expressão na Galiza (Espanha). Rapidamente foi difundida para as outras sub-regiões, sendo cultivada em quase toda a região dos Vinhos
Verdes. A casta Trajadura apresenta uma boa produção. Os seus cachos são muito compactos e de tamanho médio, compostos por bagos verde-amarelados de
grandes dimensões. Os vinhos produzidos com a casta Trajadura apresentam aromas pouco intensos e normalmente, são um pouco desequilibrados.
VerdelhoA casta Verdelho ficou famosa por ser uma das castas utilizadas na produção do vinho generoso da Madeira. Depois da época da filoxera, o seu cultivo decresceu na ilha, no entanto ainda hoje continua a ser utilizada
na produção de vinhos de mesa e generosos. A casta Verdelho é também
cultivada nos Açores. Ultimamente, a casta Verdelho tem sido utilizada na produção de vinhos Australianos. Os vinhos produzidos
com Verdelho são bastante aromáticos, equilibrados. Os vinhos da Madeira
elaborados a partir da casta Verdelho são meio secos e de aromas delicados.
Vinhas Velhas - BrancasPor norma utiliza-se o termo "Vinhas
Velhas" para designar um conjunto de castas com muitos anos de vida
(geralmente idades superiores a 60/70 anos).
Antigamente não era habitual utilizar a plantação separada por castas. As castas eram plantadas misturadas pois, uma vez que era raro uma doença atacar todas as estirpes ao mesmo tempo, protegia-se a produção desta forma. Era normal existir
mais de 35 variedades plantadas no mesmo lote de terreno.
ViosinhoA casta Viosinho é apenas cultivada nas regiões do Douro e de Trás-os-Montes,
onde já é utilizada desde o século XIX. É uma casta de boa qualidade e indicada para a produção de vinho tranquilo e de vinho do Porto, todavia apresenta uma
produção fraca e por isso é pouco cultivada. A Viosinho apresenta cachos e bagos pequenos de maturação precoce e bastante sensíveis à podridão. Esta casta
desenvolve-se melhor em solos pouco secos. A casta produz vinhos bem
estruturados, frescos e de aromas florais complexos.
Vitalsinonímias: Boal Bonifácio; Malvasia
Corada
Casta vigorosa, mostrando-se fértil mesmo podada em talão. Sensível à podridão, principalmente quando instalada em terrenos de aluvião. O bago tende a engelhar com a carência hídrica, não chegando, por vezes, a atingir a plena maturação. Produz vinhos com um teor
alcoólico relativamente elevado, equilibrados e harmoniosos
Tinta BarrocaA casta Tinta Barroca é plantada quase exclusivamente na região do Douro e
muito utilizada na produção de vinhos de lote. É uma das castas que compõe alguns
vinhos do Porto, contudo os seus vinhos monovarietais não são muito célebres.
Tinta CaiadaA casta Tinta Caiada encontra-se em
várias regiões vitícolas portuguesas e tem uma baixa qualidade vitícola e enológica,
por isso não tem sido uma aposta nos novos encepamentos. A Tinta Caiada
apresenta cachos e bagos de tamanho médio.
Tinta FranciscaA casta Tinta Francisca é uma casta sem grande implantação utilizada normalmente na produção de vinhos de lote e é plantada quase exclusivamente na região do Douro.Casta pouco produtiva de cacho pequeno
com bagos arredondados de tamanho médio e de cor negro-azul. É sensivel ao
oídio e à podridão.
Tinta Miúda
Casta tinta mediterrânica de origem desconhecida, é cultivada em diversas
regiões do país, com especial destaque na área das diversas DOP abrangidas pela
IGP Lisboa.
TINTA NEGRA Sinonímias: Tinta Negra Mole; Negra Mole
A casta Tinta Negra ou apenas Negra Mole é a variedade tinta mais plantada na ilha da Madeira. Também é cultivada no Algarve, embora não atinja as qualidades daquela que é cultivada na Madeira, devido às condições climáticas.Os cachos da Tinta Negra Mole variam entre o tamanho médio e grande e são formados por bagos de coloração não uniforme (variam entre o negro-azulado a rosado). Esta casta produz um vinho tinto muito doce e foi muito utilizada para produzir vinho da Madeira. Contudo, os produtores chegaram à conclusão que independentemente da qualidade desta casta, os vinhos generosos elaborados com Tinta Negra seriam sempre inferiores àqueles elaborados a partir das castas Boal, Sercial e Malvasia.
TINTO CÃO
A casta Tinto Cão é cultivada na zona do Douro desde o século XVIII, contudo como
era pouco produtiva nunca foi muito apreciada pelos agricultores. Por volta dos
anos 80 descobriu-se que a Tinto Cão possui óptimas características para a
produção de vinho do Porto.O cultivo desta casta alargou-se a outras
regiões, como o Dão, Estremadura e Península de Setúbal, onde existe em
pequenas quantidades. A Tinto Cão possui cachos muito pequenos e de maturação tardia. É muito resistente a doenças e à podridão, além de suportar temperaturas
muito elevadas. A casta Tinto Cão é frequentemente lotada com as castas
Touriga Nacional, Aragonez, entre outras. Produz vinhos de carregados de cor e de
aromas delicados e florais
A Touriga Franca é uma das castas mais plantadas na zona do Douro e Trás-os-
Montes. É considerada umas das melhores castas para a produção de vinho do Porto
e do Douro, mas o seu cultivo já foi alargado para as regiões da Bairrada,
Ribatejo, Setúbal ou Estremadura.A Touriga Franca tem produções regulares ao longo do ano e é bastante resistente a doenças. Os seus cachos são médios ou
grandes com bagos médios e arredondados. Os vinhos produzidos por
esta casta têm uma cor intensa e são bastante frutados. No vinho do Porto, a Touriga Franca integra os lotes com a
Tinta Roriz e a Touriga Nacional.
TOURIGA NACIONAL
Sinonímias: Touriga
É uma casta nobre e muito apreciada em
Portugal. Inicialmente cultivada na região do
Dão, rapidamente foi expandida à zona do
Douro para ser utilizada na produção de
vinho do Porto.
Recentemente, os produtores descobriram o
valor da Touriga Nacional na produção de
vinhos de mesa tintos e o seu cultivo foi
alargado para outras regiões como o
Alentejo. É uma casta de pouca produção:
possui cachos abundantes, mas pequenos.
Os bagos têm uma elevada concentração de
açúcar, cor e aromas. Os vinhos produzidos
ou misturados com a casta Touriga Nacional
são bastante equilibrados, alcoólicos e com
boa capacidade de envelhecimento.
TRINCADEIRA Sinonímias: Tinta Amarela
A Trincadeira é uma casta especialmente cultivada nas regiões do Alentejo e do Douro (onde é designada por Tinta Amarela). É uma casta que apresenta cachos médios e compactos e bagos médios e arredondados.É sensível às doenças e à podridão (se os bagos apanharem chuva apodrecem facilmente), por isso desenvolve-se melhor em climas secos e muito quentes. Os vinhos produzidos são ricos em cor e aromas (especialmente frutados e vegetais), ligeiramente alcoólicos e com boas condições para o envelhecimento.
VINHÃO
Sinonímias: Sousão
A casta Vinhão é essencialmente apreciada pelas suas
qualidades corantes, pois origina vinhos de cor vermelha intensa
e opacos à luz. Pensa-se que será oriunda da zona do Minho e
terá sido levada para a região do Douro, onde é conhecida por
Sousão.
Esta casta apresenta cachos de tamanho médio compostos por
bagos médios e uniformes de cor negro-azulada. Na região dos
Vinhos Verdes, a Vinhão é a casta tinta mais cultivada da
região. Os vinhos produzidos com a casta Vinhão apresentam
também elevada acidez e por vezes, ficam muito acídulos. No
Douro esta casta é essencialmente utilizada para conferir boa
cor ao vinho, incluindo o vinho do Porto.
VINHAS VELHAS - TINTAS
Por norma utiliza-se o termo "Vinhas Velhas" para
designar um conjunto de castas com muitos anos de vida
(geralmente idades superiores a 60/70 anos).
Antigamente não era habitual utilizar a plantação
separada por castas. As castas eram plantadas
misturadas pois, uma vez que era raro uma doença atacar
todas as estirpes ao mesmo tempo, protegia-se a
produção desta forma. Era normal existir mais de 35
variedades plantadas no mesmo lote de terreno.
Com o passar dos anos certas castas foram deixando de
ser plantadas em detrimento de outras que, segundo o
critério de cada viticultor, tinham melhores atributos.
Hoje em dia muitas vezes não é possível identificar todas
as castas que compõem um talhão de "Vinhas Velhas",
mas todas as "Vinhas Velhas" têm em comum as baixas
produções por hectare e uma maior concentração de
todos os componentes na uva
Minho / DOC Vinho Verde
Região Colinas em série e montanhas;
pequenas parcelas – em média
abaixo de 1 ha;
paisagens muito verdes
Ca. 35.000 ha plantados
Clima Chuva frequente;
influência do Atlantico; neblina.
Solo Solo granítico; ocasionalmente xisto.
Principais Alvarinho, Trajadura,
Variedades Loureiro, Vinhão
Vinhos Brancos: Leves, vivos, acídulos e ligeiramente petillant,com aromas florais e frutados (maçãs, frutos citrinos) Tintos: cor intensa e aroma particular
Para guardar...• Região dos vinhos verdes
• Uvas que predominam –
Vinhão (tinta) 23%
Azal 9%
Loureiro 9%
Trajadura 3%
Alvarinho 2%
• Fermentado em barrica, mostra um volume, mas também acidez. Ganham em cremosidade, porém não perdem o caráter da alvarinho (cítricos).
• Longevidade – V.Verdes (1 a 2 anos).
Alvarinho (5 a 6 anos).
Douro 1703 – Tratado de Methween
Região 1756 – 1ª região demarcada e regulamentada do mundo
Vinhas plantadas em terraços, com «muros»,
de pedra, nas colinas e nas margens do rio Douro
e seus afluentes; é uma das paisagens mais
selvagens do mundo.
Ca. 72.000 ha área de vinha plantada
(incl. castas para vinho do Porto)
dimensão média da propriedade - 1ha
Clima Muito quente no verão ,
Muito frio no inverno;
Baixa precipitação.
Solo Xisto. Pobre, solos rochosos. Baixa produção.
Castas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca,
Tinta Amarela
Vinhos Tintos: cor intensa, opacos e encorpados
Para guardar...
• Dividido em Baixo Corgo (Régua),
Cima Corgo (Pinhão) e
Douro Superior (Foz Coa).
• Temperatura média anual/Pluviometria:
Porto (14,5/1200); Baixo Corgo (18/900);
Cima Corgo (19/650);
Douro Superior (21/450);
• É o mais masculino, tem uma certa rusticidade,
mas tem uma presença na boca incrível.
• Vinhedos antigos com uvas misturadas:
30 a 35 (Qta.do Crasto Reserva ou Crus), até
mais de 50 castas diferentes (Qta. do Vale D. Maria).
• Uvas: T. Franca (14%), T. Roriz (8%), T.Barroca (8%),
Síria (7%), Trincadeira (5%), Touriga Nacional (2%).
Beiras – DOC DãoRegião Colinas em série e pequenas parcelas
de terra; Floresta (pinheiros e
eucaliptos). Paisagens de montanha
por vezes agrestes noutras áreas.
Propriedade média,
abaixo de 1ha.
Clima Quente no verão,
Outonos e Invernos são longos e frescos;
Precipitação alta.
Solo Granito, ardósia, xisto. Terreno pouco fértil.
Castas Touriga Nacional, Jaen, Alfrocheiro.
Vinhos Frutados, com aromas térreos e vegetais.
Tintos com cor rubi, bom potential para envelhecimento.
Para guardar...
• Até pouco tempo atrás (1987) – Só cooperativas.
• Expressão maior da Touriga Nacional.
Quase nasceu no Dão. No Douro eram plantadas,
misturadas as outras no mesmo vinhedo, e nunca
proporcionalmente muito presente. Violeta na cor e
no aroma.
• Cheio de colinas e planalto (perto da Serra da Estrela).
• Clima mais frio, fazendo com que a acidez seja mais elevada e mais taninos.
• É muito comum no Dão o corte (uma das caracteristicas da região).
Beiras - DOC Bairrada
Região Montes baixos que oferecem variados
tipos de terreno.
Clima Quente no Verão,
Muita precipitação
Influência benéfica do Oceano Atlântico
Solo Argila rica em lima e argila calcárica
Castas Baga, Maria Gomes,(Fernão Pires)
Vinhos Tintos são taninosos, com cor granada e rubi,
Aromas complexos e frutados e
grande potential de envelhecimento.
Brancos: aromas citrinos
Espumantes: brancos e tintos
Para guardar...
• Baga é sua uva tinta que dá o emblema a região.
São raros os anos que ela amadurece por inteiro. Em
outubro é comum chover. Antes era 90%, hoje não mais.
• Faz um pouco de frio, dai ser um clima interessante para
Pinot Noir.
• Maria Gomes e Bical são duas uvas brancas de muito caráter.
• Beiras inclui Bairrada, Dão, Lafões e Pinhel. Sobrevive
em função das duas primeiras.
LisboaRegião Noroeste de Lisboa. Costa recortada.
Colinas em série no interior.
Paisagens muito verdes e bonitas,
Poucas áreas com árvores;
Clima Atlântico, fresco;
Precipitação alta;
Ventos frios e nevoeiros;
Solo Arenoso na costa,
Argila no interior
Castas Arinto, Bastardo, Trincadeira / castas internacionais
Vinhos Vinhos de Bucelas: Brancos frescos e vivos (Arinto)
Tintos frutados, com boa relação qualidade/preço.
Vinhos de Colares: alguma aspereza, vinhos de guarda
Vinhos de Carcavelos: brancos licorosos com
notas amendoadas
Para guardar...
• Região litorânea, saindo de Lisboa.
• D.Os e sub-regiões:
Alcobaça
Óbidos
Alenquer (Qta.Pancas e Monte D‘oiro).
Bucelas (Paraiso da Arinto).
Carcavelos (Era o grande rival dos Moscateis de Setúbal).
Colares (Não tem filoxera, uva Ramisco, tânico).
• Junto com Tejo é onde as castas internacionais estão mais se
desenvolvendo.
• Uvas: Malvasia Rei (Mais plantada ) a seguir vem a Castelão.
Entre as brancas Fernão Pires e depois Vital.
Tejo
Região Área plana situada nas
margens do Rio Tejo
Vastas áreas sem árvores.
Grandes explorações agrícolas
Criação de cavalos e touros
Clima Suave, precipitação normal
Solo Variado, fértil, de terras de aluvião.
Mecanização fácil.
Castas Fernão Pires, Camarate, Trincadeira.
Vinhos Vinhos jovens, vivos e equilibrados com
aromas frutados.
Boa combinação qualidade-preço.
Região Plano na costa, com montes a oeste.
A região é flanqueada pelo
rio Tejo a norte, Oceano Atlântico a Oeste
e Rio Sado a sul.
Clima Clima Atlântico com queda de chuva regular;
Verões quentes, Invernos suaves
Solo Solo arenoso e calcárico, rochoso.
Castas: Moscatel de Setúbal, Castelão, Fernão Pires.
Vinhos Vinhos Tintos com estágio em madeira, com
notas de frutas secas e especiados
Vinho com potencial de envelhecimento.
Moscatel de Setúbal – Vinho generoso
com mais tempo de estágio em barricas velhas.
Aromas de passas, laranja e mel.
Península de Setúbal
• É onde a Castelão se expressa melhor (69%). Solo muito
arenoso ideal para ela.
• Uvas:
Fernão Pires (8%)
Moscatel graúdo (7%)
Outras (16%).
• É daqui que sai o Moscatel de Setúbal.
• D.Os Setúbal e Palmela.
Para guardar...