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FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDEFACULDADE DE AGRONOMIA
GERMINAÇÃO DE SEMENTES E CRESCIMENTO DE PLANTAS DE FEIJOEIRO
EM RESPOSTA AO TRATAMENTO COM DIFERENTES MOLÉCULAS VIA
SEMENTES
DIVINO NUNES MESQUITAOrientador: Prof. Dr. GUSTAVO ADOLFO PAZZETTI ORDOÑEZ
Co-orientador: Prof. Ms. LUIZ OTÁVIO MARTELETO
Monografia apresentada à Faculdade deAgronomia da Fesurv - Universidade de RioVerde, como parte das exigências paraobtenção do título de Engenheiro Agrônomo.
RIO VERDE – GOIÁS
2007
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FOLHA DE APROVAÇÃO
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DEDICATÓRIA
A meus pais, Enoíde de Mesquita Oliveira e Virgílio Nunes de Oliveira (In
memorian), a quem devo a minha vida e a realização deste trabalho.
Ao meu irmão Isaías Nunes Mesquita.
A quem ler e compreender o conteúdo desta obra.
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AGRADECIMENTOS
A Deus, pela força concedida para superar todos os momentos difíceis.
Aos meus familiares.
À Faculdade de Agronomia, em especial aos professores Antônio Graciano Ramos,
Carmo dos Reis Souza, Élcio Barbosa, Gílson Pereira da Silva, Gustavo Adolfo Pazzetti
Ordoñez, Hércules Diniz Campos, Joel Cecílio, June Faria Scherer Menezes, Jurema FonsecaRattes, Levy Rei de França, Luís Henrique Pereira Carregal Pereira e Luiz Otávio Marteleto,
pelos conhecimentos transmitidos, os quais foram imprescindíveis para a elaboração deste
trabalho.
Aos colegas Danilo Lima, Edilton Proto da Silveira e Geliane Cardoso, cujas
colaborações foram primordiais para a elaboração deste trabalho.
Aos amigos Antônio Simões, Carlos Roberto Sandaniel, Edsel Freitas Portilho,
Leonilda Maria Webber, Leopoldo Guimarães Borba e Roseli Benta de Jesus pela amizade,
companheirismo e carinho durante esta jornada.
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RESUMO
MESQUITA, Divino Nunes. Germinação de sementes e crescimento de plantas defeijoeiro em resposta ao tratamento com diferentes moléculas via sementes. 2007. 34f.Monografia (Graduação em Agronomia) - Fesurv - Universidade de Rio Verde, Rio Verde,2007.
Visando avaliar a resposta do feijoeiro aos efeitos de diferentes moléculas utilizadas no
tratamento fitossanitário de sementes instalou-se no campus da Fesurv, ensaio utilizando odelineamento experimental em blocos casualizados, adotando cinco repetições. Cada blococomportou seis tratamentos compreendendo: testemunha (sem tratamento), Carboxin-tiram,Carbendazim-tiram, Auxina-citocinina-giberelina, Thiametoxam e BAS 580 01F. O ensaioexperimental foi dividido em três etapas, uma laboratorial, outra em canteiro de areia e aterceira consistiram no cultivo das plantas a campo, em vasos de polietileno tendo comosubstrato mistura 1:1 de areia grossa e areia fina, previamente esterilizada, corrigida eadubada seguindo critérios da interpretação da análise química. As variáveis analisadas paraavaliar o efeito dos tratamentos foram: porcentagem de germinação, de sementes mortas, desementes duras, comprimento radicular, altura de plantas, massa seca da parte aérea, massaseca de folhas e massa seca de raízes. Os dados das análises de variância indicaram que ostratamentos adotados influenciaram, de forma significativa algumas das variáveis avaliadas,entre elas o número de plântulas anormais e também o comprimento radicular avaliado nasetapas laboratorial e de canteiro de areia. Na etapa do cultivo em vasos, aos 20 DAE não seregistrou efeito significativo para nenhuma das variáveis avaliadas.
PALAVRAS-CHAVE
Tratamento de sementes, germinação, crescimento, bioativadores.
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1 Banca Examinadora: Prof. Dr. Gustavo Adolfo Pazzetti Ordoñez (Orientador); Prof. Dr. Antônio JoaquimBraga Pereira Braz-Fesurv; Eng. Agr. Gilmar Esmerini (Chentura).
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 Altura de plantas, de feijoeiro originadas de sementes tratadas ou não com
diferentes moléculas......................................................................................24
FIGURA 2 Comprimento da raiz principal, de plantas de feijoeiro originadas de
sementes tratadas ou não com diferentes moléculas..................................... 24
FIGURA 3 Matéria seca de raízes (MSR) de plantas de feijoeiro originadas desementes tratadas ou não com diferentes moléculas.................................... 25
FIGURA 4 Matéria seca de folhas (MSF) de plantas de feijoeiro originadas de
sementes tratadas ou não com diferentes moléculas..................................... 25FIGURA 5 Matéria seca da parte aérea (MSPA) de plantas de feijoeiro originadas de
sementes tratadas ou não com diferentes moléculas..................................... 26
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LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Relação das diferentes moléculas e respectivas doses dos produtos
comerciais testados no tratamento de sementes de feijoeiro....................... 18TABELA 2 Valores médios de comprimento de raiz, e porcentagens de germinação,
de plântulas anormais, e de sementes mortas obtidos no teste padrão de
germinação em laboratório em resposta a diferentes doses e moléculas
usadas no tratamento de sementes de feijoeiro.......................................... 21TABELA 3 Valores médios de comprimento de raiz, e porcentagens de germinação,
de plântulas anormais, e de sementes mortas obtidos no teste padrão de
germinação em canteiro de areia em resposta a diferentes doses e
moléculas usadas no tratamento de sementes de feijoeiro........................ 22
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 92 REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................................... 112.1 A cultura do feijoeiro..................................................................................................... 112.2 A germinação................................................................................................................. 112.3 Hormônios vegetais e reguladores de crescimento....................................................... 122.4 Os bioativadores e bioestimulantes............................................................................... 14
2.5 Características e efeitos das moléculas utilizadas.......................................................... 153. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................ 184 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................... 214.1 Testes padrão de germinação e comprimento de raiz.................................................... 214.2 Transcrições da análise visual de registros fotográficos................................................
224.3 Crescimento das plantas ............................................................................................... 235 CONCLUSÕES ............................................................................................................... 27REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 28ANEXOS ............................................................................................................................ 31
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1 INTRODUÇÃO
A cultura do feijoeiro ( Phaseolus vulgaris) acompanhando o notável
desenvolvimento da agricultura no Brasil vem apresentando expansão da produção. Ocupa 4,2
milhões de hectares, classificando-se em terceiro lugar, superada apenas pela soja e milho.
Nesta área são produzidos 3.178.200 toneladas, com rendimento médio de 750 kg.ha-1. O
Brasil é o maior produtor e consumidor de feijão do mundo, seguido por Índia, China,México, Estados Unidos e Uganda. O feijoeiro ocupa o 3 o lugar em termos de área plantada
com grãos no Brasil (4,2 milhões de ha), mas estudos de diferentes fontes indicam que o
feijoeiro tem potencial para produzir 6.000.000 toneladas no Brasil, sem ocorrer significativa
expansão da área cultivada. Isto indica que o rendimento médio pode atingir 1.500 kg.ha-1 .
Assim, o aumento do rendimento da cultura do feijoeiro no Brasil deverá ser o principal
responsável pelo aumento de produção. Para que isto ocorra é necessário tecnologia de
produção (ZUPPI; MENTEN; LIMA; RABALHO; FRARE, 2005).
No primeiro prognóstico para a safra nacional de feijão das águas em 2008, constata-
se para a produção esperada de 1,813 milhões de toneladas, um inexpressivo incremento de
0,7% em relação à produção alcançada em 2007, quando foi colhido um volume de 1,799
milhões de toneladas. Esse fato reflete os problemas enfrentados pelos produtores,
principalmente na região Sul onde, falta de chuvas inviabilizou o plantio de muitas áreas na
época recomendada (IBGE, 2007).
Frente à ampla adaptação de cultivares de feijoeiro ( Phaseolus vulgaris L.) às
diversas condições edafoclimáticas do Brasil, a cultura integra parte significativa do sistemade produção dos micros e pequenos produtores rurais. O feijoeiro pode ser cultivado em todas
as regiões, em cultivo das águas, da seca e de inverno. Na região Centro-oeste o cultivo de
seca é mais importante e, nas regiões Norte e Nordeste destaca-se o cultivo do (Vigna
unguiculata) caupi na época das águas.
Devido à sua extrema importância, o feijoeiro passou também a ser cultivado sob
irrigação, principalmente nas regiões Sul e Centro-Oeste, e algumas microrregiões do
Nordeste, atraindo médios e grandes produtores, altamente tecnificados. No Brasil, o feijão é
o terceiro produto em área cultivada e o sexto em produção. Devido à grande procura por
alimentos, o setor agrícola terá urgência em buscar caminhos para alcançar a sustentabilidade.
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Desta forma busca-se a otimização da produção com o mínimo de custos para
produzir, garantindo assim, a sobrevivência da propriedade produtiva. Nessa busca,
pesquisadores objetivam usar tecnologias capazes de melhorar a eficiência da cadeia
produtiva para que possa ocorrer aumento da produção verticalmente, com o mínimo de
custos, e preservando o meio ambiente.
Na cadeia produtiva do feijão, a comercialização constitue-se num dos maiores
problemas, pois um pequeno grupo controla todas as operações de intermediação junto aos
produtores, constituindo um monopólio e assim, cartelizando o setor, o que implica em
manipulações de preços e mercados.
Neste contexto, o presente trabalho de pesquisa teve como objetivo avaliar a
germinação de sementes e crescimento de plantas de feijoeiro em resposta ao tratamento comdiferentes moléculas via sementes.
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2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 A cultura do feijoeiro
Originário da América do Sul (segundo alguns autores) e México e Guatemala
(segundo outros) o feijão ( Phaseolus vulgaris, L., Leguminosae) é um dos principais
alimentos da população brasileira especialmente a de baixa renda. Na maioria das regiões produtoras predomina a exploração da cultura por pequenos produtores, com uso reduzido de
insumos, obtendo-se baixas produções. O grão é utilizado na alimentação humana, na maioria
das ocasiões de modo obrigatório, como cardápio diário. Cozido ele é consumido em mistura
com arroz e farinha, em saladas frias, transformado em pastas (tutu) ou ainda compondo
feijoadas, dentre outras (SEAGRI, 2007).
2.2 A germinação
As sementes são os principais órgãos de multiplicação das espécies cultivadas.
Portanto, a população de plantas, um dos componentes da produtividade de uma área
cultivada é determinada entre outros fatores pela germinação das sementes, que se inicia com
a absorção de água e finaliza com o alongamento do eixo embrionário. Práticas de manejo que
permitem maximizar o potencial fisiológico das sementes são importantes para obtenção de
elevadas produtividades. Morfologicamente, a germinação é a transformação do embrião em
plântula. Fisiologicamente, é a reativação do metabolismo e crescimento que fora antes paralisado. Bioquimicamente, é uma diferenciação de rotas biossintéticas e restauração de
típicos caminhos bioquímicos, de crescimento e desenvolvimento. Dentre os fatores que
regulam a germinação, a presença de hormônios é o equilíbrio entre eles, exercendo papel
fundamental (TAIZ; ZEIGER, 2004).
As raízes estão envolvidas na aquisição de água e nutrientes disponíveis ao solo,
fixacão, síntese de hormônios e armazenamento. Como esses recursos distribuem-se
irregularmente, um sistema radicular bem desenvolvido é de grande importância para a
produtividade das plantas. O desenvolvimento do sistema radicular envolve estratégias
comuns na formação de órgãos de plantas e outras particulares às raízes, sendo estas muito
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influenciadas pelos hormônios vegetais. Dentre esses hormônios encontram-se as citocininas,
as auxinas, as giberelinas, o etileno e os inibidores. Porém há uma grande dificuldade na
interpretação dos efeitos de aplicações exógenas de biorreguladores nas taxas hormonais
internas, causando grande controvérsia na literatura atual (CATO, 2006).
2.3 Hormônios vegetais e reguladores de crescimento
Uma planta para crescer necessita de luz, CO2, H2O e minerais. A planta faz mais do
que simplesmente aumentar sua massa e volume. Ela se diferencia, desenvolve-se e adquire
forma criando uma variedade de células, tecidos e órgãos. Os principais fatores que interferem
no crescimento e desenvolvimento das plantas são de natureza química. Esses sinais químicoscarregam informações e modificam o estado fisiológico das células, dos tecidos e, em alguns
casos de sistemas mais complexos. Nesse contexto, sabe-se que uma mesma substância pode
produzir respostas diferentes em diferentes fases do desenvolvimento da planta. A partir do
conhecimento das ações dos principais grupos de hormônios vegetais (auxina, citocinina,
giberelina e brassinoesteróides) tornou-se claro que sinais químicos adicionais são utilizados
pelas plantas (RAVEN et al., 2001).
Hormônios vegetais são compostos orgânicos, não nutrientes, produzidos na planta,
os quais a baixas concentrações (10-4M), promovem, inibem ou modificam processos
fisiológicos e morfológicos do vegetal (CASTRO; VIEIRA, 2001).
Processos como germinação, crescimento vegetativo, florescimento, frutificação e
maturação são afetados por diversos fatores, sendo que os hormônios vegetais desempenham
um papel importante no controle do desenvolvimento dos componentes que interferem na
produtividade. Conhecer a respeito dos locais de produção, biossínteses, vias de transporte,
estrutura química, mecanismo de ação e efeitos fisiológicos destas substâncias é importante
para estudos que visam alterar as respostas das plantas, através da manipulação destas e/ou aaplicação de seus similares (CATO, 2006).
Auxinas atuam na síntese de RNAm, induzindo a formação de enzimas que
causariam a ruptura das ligações entre as microfibrilas de celulose. Citocinina promove a
ligação do RNAt ao complexo ribossomo-mensageiro e influi na formação e função de
diversos RNAs transportadores e na síntese de proteínas. Ácido abscísico impede o
crescimento de plantas, induzem a senescência e a abscisão de folhas, flores e frutos. As
giberelinas exercem um papel importante no crescimento das plantas. O crescimento reduzido
de caules de plantas geneticamente anãs é provocado pelo bloqueio genético da produção
normal de giberelinas pelo metabolismo vegetal. Quando se fornece giberelina externamente a
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plantas anãs, a planta cresce e se desenvolve normalmente. O etileno parece induzir a
produção de proteínas específicas em diversos tecidos. Os reguladores de crescimento
retardam a alongação dos ramos, diminuindo a divisão celular no meristema sub-apical
(CASTRO, 2006).
Segundo Arteka (1996) citado por Castro e Vieira (2001), substâncias reguladoras do
crescimento podem trabalhar sozinhas ou em combinação com outras, como se verifica no
caso dos bioestimulantes, durante o processo de germinação de sementes e também, nos
eventos pós-germinativos, como a mobilização de reservas, que favorece o desempenho das
sementes no processo de germinação.
Como forma de acelerar e melhorar a germinação de sementes e também promover o
crescimento das plântulas, vários pesquisadores preconizam o uso de reguladores vegetais(PRADO NETO; DANTAS; ALMEIDA, 2007).
O uso de reguladores é uma prática já difundida principalmente em países com
pequena extensão territorial, onde se faz necessário o uso de tecnologia para a obtenção de
maiores produtividades com qualidade superior. No Brasil ainda existe, de forma geral,
resistência por parte dos agricultores em adotar novas tecnologias. Existe uma série de
trabalhos que indicam que o uso de reguladores vegetais na cultura da alfafa pode contribuir
para incremento da matéria seca e conseqüentemente, da produtividade. Neste sentido, a
utilização de reguladores vegetais se torna uma alternativa interessante. Com a descoberta dos
efeitos dos reguladores vegetais sobre as plantas cultivadas e os benefícios promovidos por
estas substâncias, muitos compostos e combinações desses produtos têm sido pesquisados
com a finalidade de resolver problemas do sistema de produção e melhorar qualitativa e
quantitativamente a produtividade (CASTRO; VIEIRA, 2001).
Segundo Castro et al. (1998) citados por Dourado Neto, Dario, Vieira Júnior,
Manfron, Martin, Bonecarrére e Crespo (2004), fitorreguladores ocasionam benefícios como
incremento do crescimento e do desenvolvimento vegetal, estimulando a divisão celular, adiferenciação e o alongamento das células, aumenta a absorção e utilização dos nutrientes e é
especialmente eficiente quando aplicados com fertilizantes foliares, sendo também compatível
com defensivos.
Os reguladores de crescimento podem ser utilizados para vários outros objetivos,
entre eles a aplicação em fases iniciais da cultura, para melhorar a germinação, a emergência e
o desenvolvimento inicial das plantas, pois no momento em que a lavoura está se
estabelecendo em campo, diversos fatores podem influenciar negativamente seu desempenho,
como desuniformidade de germinação, crescimento lento e insuficiente desenvolvimento do
sistema radicular (EMBRAPA ALGODÃO, 2003).
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Atualmente, é crescente o número de estudos realizados para avaliar interferências
dos reguladores vegetais sobre diversas culturas. Assim, cada vez mais as pesquisas têm
apontado para a utilização de produtos que apresentem em sua composição mais de um
regulador vegetal, como é o caso dos bioestimulantes (ECHER; GUIMARÃES; KRIESER;
ABUCARMA; KLEIN; SANTOS; DALLABRIDA, 2006).
2.4 Os bioativadores e bioestimulantes
Bioativadores são substâncias orgânicas complexas modificadoras do crescimento
capazes de atuar em fatores de transcrição da planta e na expressão gênica, em proteína de
membrana alterando o transporte iônico e em enzimas metabólicas capazes de afetar ometabolismo secundário, de modo a modificar a nutrição mineral, produzir precursores de
hormônios vegetais, levando a síntese hormonal e a resposta das plantas a nutrientes e
hormônios. Dois potentes inseticidas têm demonstrado esse efeito, o aldicarb e o thiametoxan
(CASTRO, 2006).
Com a modernização da agricultura, vários avanços nas técnicas de cultivo têm sido
obtidos, visando atenuar os fatores limitantes da produção tais como o clima, pragas e
doenças. A fisiologia vegetal é um dos campos da ciência agronômica que tem promovido
grandes avanços nos últimos anos através do advento de modernas técnicas como a produção
de plantas por cultura de tecidos, manipulação genética e biotecnologia. Dentre estas, a
utilização de bioativadores que visam aumentar o potencial produtivo das plantas, é uma
prática de uso crescente na agricultura moderna e amplamente difundida nos países altamente
tecnificados como E.U.A, Espanha, Chile, México e Itália. Os bioativadores proporcionam
um melhor equilíbrio fisiológico, favorecendo uma melhor aproximação ao potencial genético
da cultura. Essas substâncias quando aplicadas às plantas, modificam ou alteram vários
processos metabólicos e fisiológicos específicos. No Brasil, o uso de bioativadores começa aser explorados, e vários experimentos têm demonstrado aumento quantitativo e qualitativo na
produtividade (SERCILOTO, 2002).
Bioestimulantes são misturas de biorreguladores ou mistura entre um ou mais
biorreguladores com outros compostos de natureza química diferente como: aminoácidos,
vitaminas, sais minerais, etc (CASTRO, 2006).
Esse produto químico pode, em função da sua composição, concentração e proporção
das substâncias, incrementar o crescimento e desenvolvimento vegetal estimulando a divisão
celular, diferenciação e o alongamento das células, podendo também, aumentar a absorção e a
utilização de água e dos nutrientes pelas plantas (CASTRO; VIEIRA, 2001).
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Apesar de já terem sido feitos alguns estudos utilizando os bioestimulantes em
diferentes culturas, os resultados obtidos até agora têm sido controversos, sendo necessárias,
portanto, novas pesquisas para melhor avaliação dos efeitos destes produtos na agricultura,
uma vez que seu uso tem sido propagado em várias regiões do mundo (VASCONCELOS,
2006).
2.5Características e efeitos das moléculas utilizadas
Vitavax-Thiram 200 SC é um fungicida para tratamento de sementes composto por
dois ingredientes ativos distintos: um fungicida sistêmico (carboxina) e um fungicida de
contato (tiram), que proporcionam uma proteção completa para a semente, por dentro e por fora. Vitavax-Thiram 200 SC protege a plântula durante seus estágios mais susceptíveis de
desenvolvimento, e pode proporcionar um aumento da porcentagem de germinação,
velocidade de emergência e maior sanidade das plântulas (DUPONT AGRÍCOLA, 2007).
Trabalho científico conduzido pela Universidade de Kansas relata ser a carboxina um
catalisador que estimula a atividade enzimática da plântula, acelerando a transformação dos
nitratos em nitritos e destes em componentes orgânicos (nitrogênio protéico), dentro da
planta. O efeito bioativador do crescimento das plântulas induzido por Vitavax-Thiram 200
SC é observado com mais intensidade quando a semeadura se dá em condições
edafoclimáticas desfavoráveis ao estabelecimento da cultura. Sob condições ótimas, como
semente com alto vigor, solos férteis, ou adequadamente fertilizados e corrigidos, com
umidade e temperatura adequadas, é óbvio não se manifestar o efeito estimulante, por ser
impossível melhorar o ótimo (RUGAI, 2002).
Desrosal Plus é um fungicida composto por carbendazin e tiram indicado
exclusivamente para o tratamento de sementes de algodão, feijão e soja. O produto pode ser
aplicado sobre as sementes sem que cause qualquer tipo de dano que possa provocar redução
da germinação ou interferir negativamente no stand final da cultura, desde que manipulado e
aplicado conforme as recomendações (BAYER CROPSCIENCE, 2007).
Stimulate® é um estimulante vegetal da Stoller Interprises Inc., contendo reguladores
vegetais e traços de sais minerais quelatizados. Seus reguladores vegetais constituintes são
ácido índolbutírico (auxina) 0,005%, cinetina (citocinina) 0,009% e ácido giberélíco
(giberelina) 0,005%. Esse produto químico incrementa o crescimento e o desenvolvimento
vegetal estimulando a divisão celular, a diferenciação e o alongamento das células, tambémaumenta a absorção e a utilização dos nutrientes e é especialmente eficiente quando aplicado
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com fertilizantes foliares, sendo também compatível com defensivos (CASTRO; PACHECO;
MEDINA, 1998).
Em trabalho realizado com a aplicação de Stimulate® em Phaseolus vulgaris (L.),
Vieira (2001) relata que o bioestimulante aplicado via semente proporcionou uma melhor
uniformidade de germinação, favorecendo o surgimento de plântulas com qualidade superior,
resultando em plantas com sistemas radiculares mais desenvolvidos, apresentando raízes mais
vigorosas, com massa seca, crescimento e comprimento total superiores aos encontrados nas
plantas não-tratadas, aspectos que certamente influem positivamente na produtividade das
plantas.
Em experimento utilizando Stimulate® via sementes, na concentração de 7,0 mL.kg-1
favoreceu significativamente a germinação e o vigor de plântulas de soja, feijoeiro e arroz.Tal resultado confirmou um possível efeito sinérgico entre estes hormônios vegetais
(VIEIRA, 2001).
Em experimento utilizando Stimulate® em sementes de algodão, amendoim,
gergelim e mamona, observou-se que na dosagem de 20 mL.kg-1 proporcionou o máximo
percentual de emergência das plantas; o Stimulate® reduziu linearmente a altura das plantas
de mamona até a dosagem de 80 mL.kg-1; porém não foi detectado efeito de Stimulate® sobre
a percentagem de emergência de plantas nem sobre o crescimento inicial de amendoim e
gergelim (EMBRAPA ALGODÃO, 2003).
Aplicando Stimulate® nas dosagens de 1,00 e 1,50 L.ha-1 em tratamento de sementes
de milho constatou que houve aumento do diâmetro do colmo das plantas, de grãos nas
fileiras das espigas, e conseqüentemente aumentou-se o rendimento dos grãos (DOURADO
NETO; DARIO; VIEIRA JÚNIOR; MANFRON; MARTIN; BONECARRÉRE; CRESPO,
2004).
A aplicação de Stimulate® em sementes de soja proporcionou incremento no número
de vagens, no número de grãos e na produção por planta, na cultura da soja; as reduções na
massa de 100 grãos, observadas para alguns tratamentos utilizados, deveram-se ao aumento
no número de grão por planta, proporcionado pela aplicação do bioestimulante, que resultou
maior número de drenos fisiológicos e maior competição por fotoassimilados (KLAHOLD,
2005).
Utilizando Stimulate® na dose de 4 mL.kg-1 de sementes de maracujá amarelo,
constataram que houve maior acúmulo de massa seca, com área foliar e sistema radicular bem
desenvolvido (ECHER; GUIMARÃES; KRIESER; ABUCARMA; KLEIN; SANTOS;DALLABRIDA, 2006).
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Ao aplicar Stimulate® via tratamento de sementes de amendoim constatou que no
intervalo de concentrações de 3,5 a 5,0 mL.kg-1 de sementes houve aumentos significativos na
porcentagem de plântulas normais, no comprimento do hipocótilo e da raiz primária de
amendoinzeiro, no crescimento radicular vertical e total, na velocidade de crescimento, na
matéria seca e número de vagens e grãos por planta (CATO, 2006).
Utilizando Stimulate® na dosagem de 10 mL.kg-1 em tratamento de sementes de soja
verificaram que houve maior velocidade de germinação, bem como melhor desenvolvimento
do sistema radicular (PRADO NETO; DANTAS; ALMEIDA, 2007).
Cruiser 350FS é um inseticida sistêmico do grupo dos neonicotinóides composto por
thiametoxan. Esse produto é indicado para tratamento de sementes de algodão, amendoim,
arroz, feijão, milho, soja e trigo. O maior vigor observado na parte aérea da planta estáassociado com maior volume de raízes e o thiametoxan além de agir positivamente nos
processos associados à germinação estimula a capacidade de absorção de micros e
macronutrientes pela planta de soja (SYNGENTA, 2007).
O thiametoxan é uma substância usada como inseticida na agricultura que estimula o
crescimento da soja e aumenta sua produtividade. O composto, utilizado no início do cultivo
funciona como bioativador, aumentando a produção de hormônios que regulam o
desenvolvimento da planta. “O bioativador atua na expressão dos genes responsáveis pela
síntese e ativação de enzimas metabólicas, relacionadas ao crescimento da planta, alterando a
produção de aminoácidos precursores de hormônios vegetais”. Com a maior produção de
hormônios, a planta apresenta maior vigor, germinação e desenvolvimento de raízes. O
thiametoxan estimula a expressão gênica das proteínas de membranas, que aumentam o
transporte iônico e a absorção de minerais. Outro efeito indireto descoberto foi o aumento do
teor de citocinina, substância sintetizada na ponta das raízes. Com um maior número de
raízes, aumenta a absorção e a resistência dos estômatos da planta à perda de água, o que
beneficia o metabolismo e aumenta a resistência aos estresses (BERNARDES, 2006).
Bas 580 01F é um produto codificado da empresa Basf, cujo efeito bioativador, ainda
não é conhecido.Em trabalho experimental realizado no laboratório de sementes da Fesurv,
foi constatado que sementes de soja tratadas com a molécula BAS 580 01F na dose de 100
mL. kg-1 ocasionou maior crescimento vertical das raízes (BORGES, 2007).
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3 MATERIAIS E MÉTODOS
Instalou-se, no campus da FESURV - Universidade de Rio Verde, situada no
município de Rio Verde – GO, sob as coordenadas: 17º44’37” S, 51º17’10” W e altitude 690
metros, ensaio de pesquisa avaliando o efeito sobre a germinação e crescimento de plantas de
feijão (cv. Aporé, grupo carioca) de diferentes moléculas, utilizadas no tratamento
fitossanitário de sementes. As moléculas e respectivas doses utilizadas encontram-se descritas
nas tabela 1.
TABELA 1- Relação das diferentes moléculas e respectivas doses dos produtos comerciaistestadas no tratamento de sementes de feijoeiro
Tratamentos Ingrediente ativo Produtocomercial
Doses(mL pc.100 kg-1)
T1
T2
Testemunha
Carboxiin – tiram
//
Vitavax-Thiram
//
250T3 Carbendazin-tiram Derosal Plus 300T4 Coquetel Hormonal
(0,005% auxina,
0,009% giberelina,
0,005 citocinina e
matérias inertes).
Stimulate 250
T5 Thiametoxan Cruiser 350FS 250T6 BAS 580 01F Bas 580 01F 100
Antes de efetuar o tratamento das sementes com as moléculas descritas, as mesmas
foram submetidas à desinfecção, realizada mediante imersão em solução de hipoclorito de
sódio a 5% por período de 10 minutos, precedido de lavagem com água esterilizada, seguida
de repouso em papel absorvente à sombra por período de 24 horas. Findo esse período,
efetuaram-se os tratamentos previstos, e imediatamente após, implantaram-se para cada
espécie vegetal, três etapas laborais, uma de caráter laboratorial, outra conduzida em canteirode areia e a terceira que envolveu a germinação e o cultivo das plantas no campo.
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Nas etapas, laboratoriais e em canteiro de areia, as sementes foram submetidas ao teste
padrão de germinação e teste para avaliação do comprimento de raízes. Para tal, as sementes
foram acondicionadas em papel germtest umedecido, e mantidas em germinador a
temperatura de 30ºC, por 5 e 7 dias respectivamente. A partir das amostras, foram obtidos
registros fotográficos para cada tratamento, e entre tratamentos; a identificação dos
tratamentos nos registros foi realizada por ordem numérica, prevalecendo os números: 1 –
Testemunha, 2 – Vitavax-Thiram, 3 – Derosal Plus, 4 – Stimulate, 5 – Cruiser 350FS e 6 –.
BAS 580 01F.
A 3ª etapa foi conduzida a campo, utilizando como substrato de cultivo, mistura de
areia fina + areia grossa na proporção 1:1, esterilizada via solarização e corrigida com
calcário filler. Efetuou-se a adubação dessa mistura e em seguida a mesma foi acondicionadaem vasos de polietileno, de cor preta, com capacidade para 5 kg de substrato, os quais foram
irrigados até a capacidade de campo, previamente determinada na unidade de sucção a 6 kPa
(EMBRAPA, 1997). A fórmula de adubo utilizada para efetuar o suprimento de semeadura foi
a 8:20:18, finamente moída, num montante que obedeceu os critérios da interpretação da
análise química do substrato e do requerimento nutricional da espécie vegetal conforme a
produtividade esperada, como indicado por SOUSA; LOBATO (2004).
No dia 13 de outubro do corrente ano, efetuou-se a semeadura. Para cada tratamento
foram adotadas cinco repetições; cada unidade experimental foi representada por um vaso,
onde foram semeadas 06 sementes. Após a emergência, efetuou-se o desbaste, adotando duas
plantas por vaso, que foram uniforme e diariamente irrigadas até vigésimo dia após a
emergência, quando foi caracterizado o estádio fenológico e também foram obtidos dados de:
altura de plantas (cm), peso seco da parte aérea (g) e o peso seco das raízes (g). Na
determinação da altura de plantas foi considerada apenas a distância compreendida entre a
inserção dos cotilédones e o ápice do caule. A obtenção das raízes foi realizada pela lavagem,
do substrato de cultivo, utilizando água corrente e peneiras; posteriormente efetuou-se amedição do comprimento, e em seguida as amostras de raízes e de parte aérea foram
separadamente acondicionadas em sacolas de papel previamente identificadas e encaminhadas
até estufa de ventilação forçada, onde permaneceram a 70ºC até obtenção de peso seco
constante. Os valores para altura de plantas e comprimento de raízes foram obtidos através de
medições feitas com régua graduada.
Os dados médios obtidos de cada uma das variáveis avaliadas, em cada uma das etapas
realizadas, foram submetidos à análise de variância e teste de médias na detecção de efeito
significativo. Vale lembrar que as percentagens de: germinação, plântulas anormais e
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plântulas mortas obtidas nas etapas laboratorial e canteiro de areia foram submetidas à
transformação da raiz quadrada.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
As análises de variância indicam que os tratamentos adotados afetaram de forma
significativa, algumas das variáveis avaliadas. Esses resultados são apresentados e discutidos
a seguir:
4.1 Testes padrão de germinação e comprimento de raiz
Realizadas as análises de variância constatou-se que os tratamentos repercutiram de
forma significativa sobre algumas das variáveis avaliadas no laboratório, exceto sobre o
comprimento de raiz e sobre a porcentagem de germinação (Tabela 2).
As maiores porcentagens de plântulas anormais e de sementes mortas foram
registradas, respectivamente, nos lotes de sementes tratadas com Vitavax-Thiram e aqueles
que não receberam nenhum tratamento. Por outro lado, percentagens significativamente
menores de plântulas anormais foram registradas quando não se adotou nenhum tratamento ou
quando se fez uso de Cruiser 350FS. No caso das plântulas mortas, as menores percentagens
foram computadas nos tratamentos à base de Vitavax-Thiram e BAS 580 01F (Tabela 2).
TABELA 2- Valores médios de comprimento de raiz, e porcentagens de germinação, de plântulas anormais, e de sementes mortas obtidos no teste padrão de germinaçãoem laboratório em resposta a diferentes doses e moléculas usadas no tratamento desementes de feijoeiro
Tratamentos Doses(mL 100kg-1)
Comprimentode raizes
Germinação Plântulasanormais
Plântulasmortas
Testemunha - // - 15,8 a 85,2 a 3,6 b 9,6 aVitavax-Thiram 250 14,5 a 88,4 a 9,2 a 2,0 bDerosal Plus 300 16,7 a 87,2 a 4,8 ab 6,4abStimulate 250 16,9 a 90,0 a 4,8 ab 4,0abCruiser 350FS 250 15,5 a 91,6 a 3,2 b 5,2abBAS 580 01F 100 16,6 a 92,4 a 4,8 ab 1,6 bEm cada coluna, médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste Tukey a 1%.
Das variáveis avaliadas na etapa em canteiro de areia, apenas foi registrado efeito
significativo para tratamentos sobre o comprimento da raiz principal (Tabela 3).
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A comparação entre as médias obtidas para cada tratamento revela que o maior
comprimento dessa variável correspondeu às plantas originadas a partir de sementes que
foram tratadas com BAS 580 01F e Cruiser 350FS. O valor médio do comprimento da raiz
principal obtido sob os tratamentos citados apenas superou de forma significativa o valor
registrado nas plantas oriundas de sementes que receberam tratamento à base de Vitavax-
Thiran (Tabela 3).
TABELA 3- Valores médios de comprimento de raiz, e porcentagens de germinação, de plântulas anormais, e de sementes mortas obtidos no teste padrão de germinaçãoem canteiro de areia em resposta a diferentes doses e moléculas usadas notratamento de sementes de feijoeiro
Tratamentos Doses(mL 100kg-1)
Comprimentode raizes
Germinação Plântulasanormais
Plântulasmortas
Testemunha - // - 19,9 ab 90,8 a 4,8 a 4,4 aVitavax-Thiram 250 18,0 b 94,0 a 1,6 a 4,4 a
Derosal Plus 300 19,6 ab 94,4 a 1,2 a 4,4 aStimulate 250 19,6 ab 95,2 a 2,0 a 2,8 a
Cruiser 350FS 250 20,7 a 96,4 a 1,6 a 2,0 aBAS 580 01F 100 21,0 a 94,4 a 2,0 a 3,6 a
Em cada coluna, médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste Tukey a 1%.
4.2 Transcrições da análise visual de registros fotográficos
A biomassa de raizes foi maior em Vitavax-Thiram que na testemunha (Anexo 1).
Observou-se que Derosal Plus proporcionou maior número de raízes secundárias que
Vitavax-Thiram (Anexo 2).
Derosal Plus apresenta maior número ou volume de raízes secundárias que Vitavax-
Thiram. Também se observa que ao longo da raiz principal, a emissão de radicelas em
Vitavax-Thiram é inferior, inclusive àquela registrada para a Testemunha (Anexo 3).
A biomassa radicular para o tratamento com Cruiser 350FS é maior que para a
testemunha, a qual supera Derosal Plus (Anexo 4).
Quanto ao volume de massa radicular, Stimulate supera Derosal Plus, que por sua
vez supera Vitavax-Thiram (Anexo 5).
Quanto à biomassa radicular Stimulate supera Vitavax-Thiram (Anexo 6).
Stimulate proporcionou maior biomassa radicular, do que sob o tratamento BAS 580
01F, o qual por sua vez neste quesito supera o tratamento Derosal Plus (Anexo 7).
A biomassa de raiz em Stimulate supera àquela observada em BAS 580 01F, a qual ésuperior à correspondente ao tratamento Cruiser 350FS, o qual, por sua vez, supera o
tratamento Derosal Plus (Anexo 8).
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A biomassa radicular obtida sob o tratamento Stimulate é maior do que aquela obtida
sob tratamento BAS 580 01F, que por sua vez, é maior do que a obtida sob o tratamento
Cruiser 350FS (Anexo 9).
O volume de raízes secundárias é maior em Derosal Plus que em Vitavax-Thiram
(Anexo 10).
Quanto ao número de raízes secundárias Stimulate supera BAS 580 01F, que por sua
vez supera Derosal Plus, tratamento este que supera o tratamento Vitavax-Thiram (Anexo 11).
A comparação entre estes registros permite observar que o número de raízes
secundárias, é maior em Cruiser 350FS do que em BAS 580 01F (Anexo 12).
4.3 Crescimento das plantas
As análises de variância dos dados médios das variáveis de crescimento avaliadas no
cultivo das plantas em vasos de polietileno apontaram para a ausência de efeito significativo
para tratamentos sobre todas as variáveis avaliadas. No entanto, foram observadas algumas
discrepâncias sobre as quais, considera-se importante fazer alguns comentários.
Pela comparação entre os valores médios de altura de plantas, tomando com base às
plantas originadas a partir de sementes não tratadas constata-se que os diferentes produtos
utilizados no tratamento de sementes proporcionaram pequeno incremento no crescimento das plantas. A maior altura foi registrada nas plantas originadas a partir de sementes tratadas com
Vitavax-Thiram, seguidas das plantas oriundas de sementes tratadas com Derosal Plus e
Stimulate (Figura 1).
9,7
10,7 10,6 10,510,1 10,4
0
5
10
1 2 3 4 5 6
Tratamentos
A l t u r a d e p l a n t a s
( c
FIGURA 1- Altura de plantas, de feijoeiro originadas de sementes tratadas ou não com
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diferentes moléculas.
Quanto ao comprimento da raiz principal, os resultados obtidos mostraram que o
perfil de ação dos tratamentos não segue o mesmo comportamento registrado para altura das
plantas. Em comparação a testemunha, constatou-se que alguns tratamentos repercutiram de
forma negativa sobre este indicador de crescimento, é o caso das plantas originadas a partir de
sementes tratadas com Derosal Plus e BAS 580 01F, onde se registraram os menores valores
para esta variável. No entanto, nas plantas oriundas de sementes tratadas com Vitavax-Thiram
e Stimulate, registrou-se comprimento de raizes, superior à testemunha (Figura 2).
29,2 30,7
22,3
33,6
29,4
19,9
0
20
40
1 2 3 4 5 6
Tratamentos
C o m p . r a i z ( c
FIGURA 2- Comprimento da raiz principal de plantas de feijoeiro originadas
de sementes tratadas ou não com diferentes moléculas.
Os efeitos dos tratamentos sobre o crescimento da raiz principal não se traduziu em
maior biomassa de raízes. O peso seco de raízes registrado para os diferentes tratamentos foi
praticamente a mesma daquela obtida sob tratamento testemunha. Apenas para o tratamento
com Derosal Plus, registru-se um discreto incremento sob esta variável (Figura 3).
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0,74 0,730,8
0,72 0,73 0,74
0
0,5
1
1 2 3 4 5 6
Tratamentos
M S R ( g
FIGURA 3- Matéria seca de raízes (MSR) de plantas de feijoeiro originadas de sementestratadas ou não com diferentes moléculas.
Registrou-se um pequeno incremento para o peso seco das folhas, associado ao uso
de Cruiser 350FS e Stimulate (Figura 4).
0,780,85
0,83
0,960,9
0,82
0
0,5
1
1 2 3 4 5 6
Tratamentos
M S F ( g )
FIGURA 4- Matéria seca das folhas (MSF) de plantas de feijoeiro originadas de sementestratadas ou não com diferentes moléculas.
Excluindo o tratamento à base de Derosal Plus, constatou-se, em relação à
testemunha, pequeno incremento no valor do peso seco da parte aérea para o restante dos
tratamentos adotados (Figura 5).
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1,15
1,27
1,15
1,37 1,371,47
0
0,75
1,5
1 2 3 4 5 6
Tratamentos
M S P A ( g )
FIGUR 5- Matéria seca da parte aérea (MSPA) de plantas de feijoeiro originadas de sementestratadas ou não com diferentes moléculas.
Os resultados obtidos corroboram com os obtidos por Cato (2006), que em teste de
germinação de sementes de soja constatou efeito significativo de Stimulate® no crescimento
vertical da raiz primária. Em teste de campo, não houve diferença entre os tratamentos.
Resultados semelhantes também foram obtidos por Vasconcelos (2006) que emtestes a nível de campo utilizando sementes de amendoim sob efeito de Stimulate® não se
obteve comportamento diferenciado em relação à testemunha.
Os resultados apresentados neste trabalho são semelhantes aos obtidos por Borges
(2007), em cujo teste de laboratório verificou maior crescimento de raiz em plântulas de soja
tratadas com BAS 580 01F.
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5 CONCLUSÕES
Nas condições em que o experimento foi realizado, os resultados apresentados
permitem concluir que:
a) Os dados das análises de variância indicam que os tratamentos adotados
influenciam de forma significativa algumas das variáveis avaliadas, entre elas o número de
plântulas anormais, plântulas mortas e também o comprimento radicular nas etapas
laboratorial e de canteiro de areia;
b) No teste padrão de germinação Cruiser 350 FS e a testemunha propiciarammenores percentuais de plântulas anormais;
c) As sementes tratadas com BAS 580 01 e Vitavax-Thiram originam menores
percentuais de plântulas mortas no teste padrão de germinação;
d) Na etapa de canteiro de areia BAS 580 01F e Cruiser 350FS nas doses 100 mL
PC.100 kg-1 de sementes e 250 mL pc.100 kg-1 de sementes proporcionaram maiores
crescimento radicular vertical; e
e) Na etapa do cultivo em vasos aos 20 DAE, os efeitos das moléculas se apresentam
pouco expressivos para todas as variáveis avaliadas.
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ANEXOS
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LISTA DE ANEXOS
ANEXO 1 Biomassa radicular-T1 e T2.................................................................................32
ANEXO 2 Quantidade de raízes-T2 e T3..............................................................................32
ANEXO 3 Quantidade de raízes- T1-T3................................................................................32
ANEXO 4 Biomassa radicular- T1, T2 e T5.........................................................................32
ANEXO 5 Quantidade de raízes- T1-T4................................................................................32
ANEXO 6 Biomassa radicular- T1, T2 e T4.........................................................................32
ANEXO 7 Massa radicular- T3-T5........................................................................................33
ANEXO 8 Massa radicular- T1-T6........................................................................................33
ANEXO 9 Massa radicular- T4-T6........................................................................................33
ANEXO 10 Volume radicular- T1, T2 e T4..........................................................................33
ANEXO 11 Raízes secundárias- T1-T5.................................................................................33
ANEXO 12 Raízes secundárias- T5 e T6..............................................................................33
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ANEXO 3- Quantidade de raízes (T1-T3) ANEXO 4-Biomassa radicular (T1, T2 e T5)
ANEXO 5-Quantidade de raízes (T1-T4) ANEXO 6-Biomassa radicular (T1, T2 e T4)
3
ANEXO 1-Biomassa radicular (T1 e T2) ANEXO 2-Quantidade de raízes (T2 e T3)
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ANEXO 7- Massa radicular (T3-T5) ANEXO 8- Massa radicular (T1-T6)
ANEXO 9- Massa radicular (T4-T6) ANEXO 10- Volume radicular (T1, T2 e T4)
ANEXO 11-Raízes secundárias (T1-T5) ANEXO 12-Raízes secundárias (T5 e T6)
3